Deixe que os frutos do espírito transformem a sua personalidade
“Produzi, pois, fruto próprio do arrependimento. Toda árvore, pois, que não produzir fruto excelente, há de ser cortada e lançada no fogo.” — Mat. 3:8, 10.
1. Em seu sermão do Monte, como foi que Jesus disse que podemos notar a diferença entre as árvores boas e as ruins?
“PELOS seus frutos os reconhecereis.” Esta verdade proverbial é amiúde citada, mas nem todos que a repetem sabem que a citam do famoso Sermão do Monte de Jesus. Naquele Sermão, por meio da ilustração, o Grande Instrutor dissertou sobre este princípio de verdade, dizendo: “Será que se colhem uvas dos espinhos ou figos dos abrolhos? Do mesmo modo, toda árvore boa produz fruto excelente, mas toda árvore podre produz fruto imprestável; a árvore boa não pode dar fruto imprestável, nem pode a árvore podre produzir fruto excelente. Toda árvore que não produz fruto excelente é cortada e lançada no fogo. Realmente, pois, pelos seus frutos reconhecereis estes homens.” “O homem bom, do bom tesouro do seu coração, traz para fora o bom, mas o homem iníquo, do seu tesouro iníquo, traz para fora o que é iníquo; pois é da abundância do coração que a sua boca fala.” — Mat. 7:16-20; Luc. 6:45.
2. Que espécie de fruto disse Paulo que identificava as pessoas que irão para a destruição eterna?
2 Em sua carta, aos gálatas, Paulo também disse que a raça ruim podia facilmente ser reconhecida pelo fruto imprestável que produz. Portanto, se o leitor vir uma pessoa praticando fornicação ou impureza ou se empenhando em conduta desenfreada, se vir uma pessoa idólatra ou alguém que pratica o espiritismo, se vir uma pessoa demonstrando ódio, contenda ou ciúmes, ou alguém dando vazão a acessos de ira, se vir alguém atiçando contendas, divisões, seitas ou invejas, se vir alguém entregando-se à bebedeira ou às orgias licenciosas, ou se vir alguém praticando coisas como estas, então saiba que está contemplando uma árvore podre que está, prestes a ser cortada e lançada no fogo da destruição eterna. “Quanto a tais coisas”, continua Paulo, “aviso-vos de antemão, do mesmo modo como já vos avisei de antemão, de que os que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus”. — Gál. 5:19-21.
3. Mediante tais textos, a que conclusões chegamos?
3 Estas conclusões, portanto, são inescapáveis: as árvores podres têm de primeiro se tornar árvores boas antes de poderem produzir bom fruto; o coração do homem tem de primeiro se tornar bom, antes que sua boca possa falar coisas boas; os incorrigíveis que resistirem e ressentirem mudar serão sumariamente queimados, aniquilados. Ademais, se tais mudanças na personalidade e no proceder da pessoa não fossem possíveis, então, o aviso de Paulo aos gálatas não teria significado, seria sem propósito.
4. Como são possíveis, hoje em dia, mudanças drásticas na personalidade?
4 Como é possível, contudo, alterar e mudar a formação mental, os hábitos de vida, o modo de a pessoa falar e agir para com os demais, ao ponto que a pessoa tenha personalidade completamente nova? Bem, como foram possíveis tais drásticas mudanças no caso dos cristãos coríntios, que anteriormente eram fornicários, adúlteros, ladrões, beberrões, vituperadores, extorsores, e assim por diante? As inspiradas Escrituras respondem: “Mas vós fostes lavados, mas vós fostes santificados, mas vós fostes declarados justos no nome de nosso Senhor Jesus Cristo e com o espírito de nosso Deus.” Portanto, com esta mesma agência divina, a força ativa de Jeová, o espírito santo do nosso Deus, as mesmas mudanças nos verdadeiros seguidores de nosso Senhor Jesus Cristo podem ser realizadas atualmente. — 1 Cor. 6:11.
5. (a) Descrevam os “frutos do espírito”. (b) Quem os pode demonstrar?
5 Assegurando-nos ainda mais de que é a força ativa de Jeová ou seu espírito santo que produz o excelente fruto demonstrado pelos verdadeiros cristãos, Gálatas 5:22-25 declara: “Os frutos do espírito são amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio. . . . Além disso, os que pertencem a Cristo Jesus penduraram na estaca a carne com as suas paixões e desejos. Se estamos vivendo por espírito, continuemos também a andar ordeiramente por espírito.” Enquanto a pessoa tiver o “espírito do mundo”, jamais poderá esperar produzir frutos desta espécie, pois somente os que recebem “o espírito que é de Deus” podem produzi-los. — 1 Cor. 2:12.
A BELEZA DA NOVA PERSONALIDADE
6. De que modos se refletirá a nova personalidade na maneira de falar da pessoa?
6 O poderoso espírito de Jeová pode certamente dar à pessoa uma personalidade inteiramente nova. Por exemplo, se o leitor for longânime, de temperamento brando e exercer o domínio próprio, certamente a sua linguagem e modo de falar terão de melhorar. Se controlar a língua, serão evitadas as observações vilipendiadoras, odiosas e cortantes. Terá resposta branda a dar aos que se lhe opõem e vituperam. (1 Ped. 3:15) A linguagem suja, os gracejos obscenos, o falatório tolo e as palavras pervertidas não lhe passarão pelos lábios, se estiver sendo orientado pelo espírito de Jeová, pois amará a sua santa Palavra, a Bíblia, e os preceitos divinos que ela contém. Tal Palavra ordena: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra pervertida . . . nem conversa tola, nem piadas obscenas.” “Agora, realmente, afastai de vós a todas elas, . . . a linguagem ultrajante e a conversa obscena da vossa boca.” — Efé. 4:29; 5:4; Col. 3:8; Tia. 3:8-12; Pro. 15:1.
7. (a) De que outros modos pode o espírito de Jeová modificar a personalidade duma pessoa? (b) Por exercer o domínio próprio, que ‘desejos nocivos’ podem ser evitados, resultando na salvação da vida da pessoa?
7 Por deixar que o poder do espírito de Jeová renove a sua personalidade, o leitor poderá exercer a autodisciplina e o domínio próprio neste mundo imoral, louco pelo sexo, que busca emoções. Poderá ‘amortecer . . . os membros do seu corpo . . . com respeito a fornicação, impureza, apetite sexual, desejo nocivo’. Tais ‘desejos nocivos’ abrangem as coisas que formam hábitos prejudiciais como o vício de narcóticos e a escravidão ao fumo. O mesmo se dá quando se trata de seus hábitos pessoais de comer e de beber. A moderação e o domínio próprio o impedirão de se tornar glutão ou beberrão. A moderna sociedade sofisticada talvez não veja com bons olhos a insinuação de que está infestada de beberrões, preferindo chamar a tais viciados pelo nome mais fantasioso de “alcoólatras”. Mas, não importa que nome lhes seja dado, a Bíblia declara que a menos que eles transformem suas personalidades por exercerem domínio próprio, jamais viverão na nova ordem de justiça de Deus, limpa e sóbria. — Col. 3:5; 1 Cor. 6:10; Pro. 23:20, 21.
8. Como pode a pessoa demonstrar o fruto do espírito de Deus em seu lar, e com que resultados?
8 Especialmente ao associar-se com outras pessoas, deve irradiar a nova personalidade que apenas o espírito de Jeová é capaz de criar. Comece a fazer isso no lar, entre os parentes consangüíneos, quer eles estejam ou não na Verdade, ao tratar dos muitos problemas econômicos e das dificuldades sociais dos tempos. Se exercer domínio próprio, se mostrar brandura, se provar que tem fé, se manifestar bondade e benignidade, se for longânime, se abençoar o lar com paz e alegria e, acima de tudo, se mostrar amor para com todos, ora, até mesmo, como diz o apóstolo Pedro, os maridos descrentes que têm o espírito do mundo talvez “sejam ganhos sem palavra, por intermédio da conduta de suas esposas, por terem sido testemunhas oculares de sua conduta casta, junto com profundo respeito”. — 1 Ped. 3:1, 2.
9. (a) Além de em casa, onde mais pode a pessoa refletir a personalidade semelhante à de Cristo? (b) Que desculpa, então, terão os oponentes para falar mal da sua pessoa?
9 Não pode haver nenhuma pretensão hipócrita neste respeito. Esta nova personalidade não deve ser verniz superficial para amostra exterior, nem é bonito véu com que a pessoa se cobre e que tira, conforme a ocasião. Ao invés, se tiver o espírito de Deus, antes que o espírito do mundo, então, esta nova personalidade tem de ser parte inseparável de sua própria pessoa. Em todas as ocasiões, quer esteja em sua congregação local ou numa viagem ao redor do mundo, quer dentro ou fora de casa, onde quer que vá, esta bela personalidade semelhante à de Cristo tem também de ir. Quando visitar seus vizinhos e amigos no trabalho de casa em casa, quando for cuidar dos negócios, quando for para a escola, seja lá para onde for, tem de demonstrar esta mesma nova personalidade para que todos a vejam. Os seus amigos e vizinhos, seus colegas de serviço, seus professores e colegas de escola, serão compelidos a ver como o poder do espírito de Jeová pode criar em Suas testemunhas personalidades inteiramente novas. Que falem mal da sua pessoa por causa de não perder o controle de si, porque não mente, nem rouba nem tapeia os outros, porque não comete fornicação ou adultério, porque não é escravo dos narcóticos que viciam, inclusive o fumo, porque não se embebeda, ‘visto que não continua a correr com eles neste proceder para o mesmo antro vil de devassidão’. — 1 Ped. 4:3, 4.
10. Que características da personalidade identificam os da congregação cristã?
10 Outro lugar onde será observada a sua amorosa “nova personalidade”, e especialmente admirada e apreciada, é em relação com a congregação do povo de Jeová. Quer essa congregação seja pequena, compondo-se de um punhado de pessoas, quer seja grande assembléia internacional das testemunhas de Jeová, tem de ‘andar dignamente da chamada com que foi chamado, com completa humildade mental e brandura, com longanimidade, suportando aos outros em amor, diligenciando observar a unidade do espírito [que é de Deus] no vínculo unificador da paz’. (Efé. 4:1-3) Colossenses 3:12-14 também é dirigido ao leitor que está associado com a congregação de Jeová, quando diz: “Como escolhidos de Deus, santos e amados, revesti-vos das ternas afeições de compaixão, benignidade, humildade mental, brandura e longanimidade. Continuai a suportar-vos uns aos outros e a perdoar-vos uns aos outros liberalmente, se alguém tiver razão para queixa contra outro. Assim como Jeová vos perdoou liberalmente, vós também o fazei. Além de todas as coisas, porém, revesti-vos de amor, pois é o perfeito vínculo fie união.”
A SUA PRÓPRIA RESPONSABILIDADE
11. (a) De quem é a responsabilidade para uma nova personalidade, da criatura ou do Criador? Expliquem. (b) Como foi que Jesus destacou este ponto?
11 Qual é a sua responsabilidade ou obrigação pessoal neste assunto de transformar a sua personalidade? Quando faz a dedicação de sua vida para fazer a vontade de Deus, será que fica inteiramente ao critério de Jeová a sua adquisição de uma nova personalidade? Quando sai da água batismal, em símbolo de tal dedicação a Deus, será que automática e imediatamente sai adornado com uma limpa e nova personalidade? Não, a mudança não se processa deste modo ou com tal rapidez. Primeiro de tudo, Jeová faz a parte dele; não há dúvida quanto a isto. Ele provê sua força ativa ou espírito santo que torna possível a grande mudança. Outrossim, Jeová torna esta provisão disponível apenas para os que a desejam, para os que a buscam, para os que pedem ou suplicam a Ele que lhes dê tal espírito. Jesus destacou este princípio divino quando disse, em seu Sermão do Monte: “Persisti em pedir, e dar-se-vos-á; persisti em buscar, e achareis; persisti em bater, e abrir-se-vos-á. Pois, todo o que pede, recebe, e todo o que busca, acha, e a todo o que bater, abrir-se-á.” Para os que pedem, primeiro, Jeová pode “fazer mais do que superabundantemente além de todas as coisas que peçamos ou concebamos”. — Mat. 7:7, 8; Efé. 3:20.
12. Ao aceitar a responsabilidade pessoal de despir-se da velha personalidade, como se pode evitar a autoconfiança?
12 Por conseguinte, é sua responsabilidade primeiro pedir a Jeová que lhe dê Seu espírito santo, bem como provar-se digno de recebê-lo por dedicar a vida a fazer a Sua vontade. Daí, ao receber tal ajuda e poder divinos, é sua obrigação deixar que os frutos desse espírito transformem a sua personalidade. É sua responsabilidade despir-se da velha personalidade, junto com seus costumes. Isto não é coisa fácil de fazer. É tremendo empreendimento, e cada um, individualmente, tem de fazer tremendo esforço. No entanto, com todo o seu esforço pessoal, sem a força ativa ou espírito de Jeová, isso jamais poderá ser conseguido, pois nenhuma criatura humana que seja descendente do pecador voluntário, Adão, tem o poder e a força em si mesma. Jamais se esqueça disso. Jamais se torne autoconfiante ou autodependente. Ao invés, continue pedindo o espírito de Jeová, continue a buscar a ajuda de Jeová neste sentido.
13. Como tentam algumas pessoas desculpar-se da responsabilidade pessoal na questão de transformarem as suas personalidades?
13 Já ouviu alguém tentar desculpar-se desta responsabilidade pessoal, por dizer: “Eu sou assim mesmo. Não posso mudar”? Esta é a muleta fraca em que amiúde se ampara o beberrão ou o alcoólatra e os viciados no fumo e em narcóticos. Ninguém duvida da veracidade da primeira declaração: “Eu sou assim mesmo.” Mas, quando acrescentam, “Não posso mudar”, querem dizer realmente “Não quero mudar.” Este é o mesmo espírito, a mesma atitude mental que Caim tinha. Ao invés de atender ao aviso de Jeová de “voltar a fazer o bem”, Caim obstinadamente se apegou à falsa premissa: “Não posso voltar atrás; não posso mudar” e assim, de cabeça em riste, este homem do tipo ‘não posso voltar atrás’ mergulhou no proceder de violência e de desobediência, para a sua destruição eterna. — Gên. 4:6-8; Judas 11.
14. Será que as chamadas “duplas personalidades” estão livres para entregar-se periòdicamente à conduta desenfreada?
14 Daí, há os que gostariam de enganar a si mesmos e a outros para que cressem que têm o que gostam de chamar de incontrolável “dupla personalidade”. Isto, acham eles, os desculpa de responsabilidade pessoal e lhes dá licença a darem vazão a ira a mínima provocação, ou a se entregarem a um lance periódico de conduta desenfreada. Mas, ora essa, quão errados estão! Não se aceita nenhum “Médico e Monstro” na sociedade teocrática das testemunhas cristãs de Jeová, pois estas chamadas “duplas personalidades” não são agradáveis a Deus. Jesus declarou: “Quem não está do meu lado é contra mim.” Também está escrito: “Não podeis estar bebendo o copo de Jeová e o copo de demônios; não podeis estar participando da ‘mesa de Jeová’ e da mesa dos demônios.” Não pode ter o espírito do mundo e, ao mesmo tempo, ter o espírito de Deus. Só o tolo pensa que pode permanecer limpo e, ainda assim, periòdicamente, voltar ao seu vômito e a rolar-se na lama. — Mat. 12:30; 1 Cor. 10:21; 2 Ped. 2:22; Pro. 26:11.
15. Quais filhos da luz, como devem proceder as personalidades cristãs?
15 O dia e a noite não podem ser divididos e misturados para satisfazer os caprichos de todos. Portanto, se já saímos das trevas para a Sua maravilhosa luz, então, como filhos da luz, não podemos comportar-nos quais filhos das trevas. Este é o argumento de Paulo aos romanos. “A noite está bem avançada; o dia já se tem aproximado. Portanto, ponhamos de lado as obras pertencentes à escuridão e revistamo-nos das armas da luz. Andemos decentemente, como em pleno dia, não em festanças e em bebedeiras, nem em relações ilícitas e em conduta desenfreada, nem em rixa e ciúme. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não estejais planejando antecipadamente os desejos da carne.” — Rom. 13:12-14; 1 Ped. 2:9.
CRESCIMENTO EM DIREÇÃO À MADUREZA E PERFEIÇÃO
16. Será que devemos supor que obter uma nova personalidade é algo que ocorra rápida e totalmente?
16 Alguém poderá concluir da linguagem enfática empregada pelo apóstolo Paulo, em Colossenses 3:9, que o despir-se da velha personalidade e substituí-la pela nova personalidade é algo que ocorra rápida e totalmente. Tal conclusão, contudo, não se harmoniza com as Escrituras, nem com os fatos. O crescimento à madureza, partindo da plantação na primavera até os frutos da colheita, ilustra o ponto. O processo é gradual e requer grande quantidade de esforço e de trabalho árduo da parte do agricultor. Pedro avaliava este princípio do crescimento e desenvolvimento graduais quando escreveu: “Supri à vossa fé, a virtude, à virtude, o conhecimento, ao conhecimento, o autodomínio, ao autodomínio, a perseverança, à perseverança, a devoção piedosa, à devoção piedosa, a afeição fraternal, à afeição fraternal, o amor.” Acrescenta Paulo: “Ao ponto que fizemos progresso, prossigamos andando ordeiramente nesta mesma rotina.” — 2 Ped. 1:5-7; Fil. 3:16.
17. Como mostram João e Tiago que é necessário o constante esforço no sentido do aprimoramento da personalidade da pessoa?
17 Portanto, a mudança dos traços de personalidade leva tempo e é algo que jamais termina na humanidade imperfeita. A perfeição da personalidade jamais será obtida deste lado da nova ordem de justiça de Jeová. Por isso, há mister de esforço constante para aprimoramento. Os escritores inspirados, João e Tiago, declaram isto da seguinte forma “Se fizermos a declaração: ‘Não temos pecado’, estamos desencaminhando a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os nossos pecados e para nos purificar de toda a injustiça. Se fizermos a declaração: ‘Não temos pecado’, fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós.” “Todos nós tropeçamos muitas vezes. Se alguém não tropeçar em palavra, este é homem perfeito, capaz de refrear também todo o corpo.” — 1 João 1:8-10; Tia. 3:2.
18, 19. Em que contenda, que jamais finda, estão empenhados os cristãos, conforme demonstrado no caso de Paulo?
18 Nem mesmo o apóstolo Paulo, enquanto estava na carne decaída, alcançou a perfeição em sua personalidade. De outra forma, não teria dito: “Acho assim a seguinte lei no meu caso: que, quando quero fazer o que é direito, está presente em mim aquilo que é mau. Eu realmente me deleito na lei de Deus segundo o homem que sou no íntimo, mas observo em meus membros outra lei guerreando contra a lei da minha mente e levando-me cativo à lei do pecado que está nos meus membros.” Portanto, até o dia de sua morte, este grande guerreiro cristão admitiu que era necessário travar árdua luta. “Amofino o meu corpo e o conduzo como escravo, para que, depois de ter pregado a outros, eu mesmo não venha a ser de algum modo reprovado.” — Rom. 7: 21-23; 1 Cor. 9:27.
19 Como no caso do apóstolo Paulo, assim se dá conosco, se não castigarmos as tendências pecaminosas do corpo carnal decaído e o conduzirmos como escravo aos ditames da nova personalidade, se deixarmos de manifestar os frutos do espírito de Jeová, nós também seremos desaprovados por Jeová, e isso seria muito trágico.
20, 21. Segundo o aviso de Jesus, quais serão as conseqüências se deixarmos de permitir que os frutos do espírito transformem as nossas personalidades?
20 Compreende o que significa isso, ser desaprovado por Jeová? Pouco antes de Jesus ser preso, naquela última noite, ele avisou a seus discípulos das terríveis conseqüências que adviriam sobre seus seguidores ungidos se fossem desaprovados por causa de não produzirem os frutos do espírito de Jeová. “Eu sou a verdadeira videira”, disse Jesus, “e meu Pai é o lavrador. Todo ramo em mim que não dá fruto, ele tira, e todo o que dá fruto, êle limpa, para que dê mais fruto. . . . Assim como o ramo não pode dar fruto de si mesmo, a menos que permaneça na videira, do mesmo modo tampouco vós podeis, a menos que permaneçais em união comigo. . . . Se alguém não permanece em união comigo, ele é lançado fora como ramo e seca-se; e homens ajuntam estes ramos e os jogam no fogo, e eles se queimam”. — João 15:1-6.
21 Jeová é produtivo viticultor, e ele cuidará de que todos em sua exuberante organização teocrática produzam e manifestem os agradáveis frutos do Seu espírito. Não se engane quanto a isto, se deixar de produzir os frutos da personalidade cristã, não haverá lugar para o leitor na sociedade teocrática das testemunhas cristãs de Jeová! Todos os parasitas infrutíferos, silvestres e anarquistas em sua organização cultivada são ràpidamente cortados, lançados fora, secados e eventualmente são lançados no fogo da eterna destruição! “Coisa terrível é cair nas mãos do Deus vivente.” — Heb. 10:31.
22. Por que não devemos depreciar a disciplina de nosso amoroso Pai, Jeová?
22 Quão melhor, então, é ser corrigido pelo nosso Pai celeste, como pelo Grande Cultivador que purifica o seu povo por meio de sua Palavra e dos seus tratos, de modo que continuemos em Sua fértil organização e produzamos mais dos frutos do espírito, em união com Cristo Jesus, nosso Senhor. É verdade, como Paulo escreveu aos hebreus, que tal disciplina corretiva e a purificação de nossas personalidades é dolorosa, “no entanto, depois dá fruto pacífico, a saber, a justiça, aos que têm sido treinados por ela”. Portanto, não “deprecies a disciplina da parte de Jeová, nem desfaleças quando és corrigido por ele; pois Jeová disciplina aquele a quem ama”. — Heb. 12:5-11.
COMECEM A ENUMERAR AS SUAS BÊNÇÃOS
23. Junto com o povo de Jeová, quais são algumas das grandiosas bênçãos que poderão agora usufruir em grande medida?
23 Deixarem que os frutos do espírito transformem a sua personalidade, deste lado do Armagedom, lhes trará muitas bênçãos do Reino, até mesmo no meio das presentes condições sórdidas do mundo. Poderão, também, enumerar suas bênçãos e privilégios, junto com as testemunhas de Jeová. Terão liberdade das privações, pois gozarão continuamente dum banquete de rico alimento espiritual. O seu cálice transbordará de alegria e felicidade. Jamais precisam os justos, que buscam em primeiro lugar o Reino, mendigar seu pão. (Mat. 4:4; 6:31-33; Isa. 25:6; Sal. 37:25) Terão liberdade do temor do homem, pois sabemos que Jeová pode livrar os justos e lhes conceder a vitória, mesmo quando seus inimigos os torturarem até a morte. (Sal. 118:6; Luc. 12:4; 1 João 4:18) Terão liberdade da escravidão a Satanás e à sua organização demoníaca, pois a Verdade os libertará para se tornarem os escravos felizes e voluntários de Jeová e Cristo Jesus. (João 8:32; Rom. 6:6, 16; 1 Cor. 7:23; Gál. 1:10; Col. 3:23, 24; 1 Ped. 2:16) Terão a liberdade de adorar e de se reunir com Cristo Jesus em seu próprio meio, quer abertamente aos milhares, em grandes assembléias das testemunhas de Jeová, quer secretamente, atrás das cortinas de ferro e de bambu. (Mat. 18:20) Terão a liberdade e o privilégio, mediante a oração, de falarem diretamente com seu Pai, Jeová, suplicando-lhe o seu espírito, a sua orientação, a sua força e a sua proteção. (Mat. 6:6; João 14:13, 14) Terão a liberdade e a honra de levarem o nome que inspira temor, de JEOVÁ, ao servirem quais dedicados agentes de publicidade e testemunhas suas, proclamando as boas novas eternas a todas as nações.
24. Qual é a finalidade todo-importante cumprida por darmos mais dos frutos do espírito?
24 Acima de tudo, jamais despercebam a maior de todas as bênçãos e privilégios que qualquer criatura possa ter, a saber, participar na vindicação da preciosa Palavra e do sagrado Nome de seu Pai, Jeová. Jesus, em sua ilustração da videira e dos ramos, destacou especialmente este propósito sobrepujante de dar mais frutos do espírito, dizendo: “Nisto é glorificado o meu Pai, que persistais em dar muito fruto e vos mostreis meus discípulos.” — João 15:8.
25. Portanto, o que devemos continuar a fazer, e com que resultados?
25 Portanto, continue a permitir que os frutos do espírito transformem a sua personalidade. Continue a provar que é verdadeiro seguidor das pisadas de Cristo Jesus e imitador de sua amorosa personalidade. Então, ao invés de ler a história nauseante de sua velha personalidade, da qual se despiu, todos ficarão tão felizes e emocionados de tomar conhecimento da sua atrativa nova personalidade pelos frutos que o espírito santo de Jeová tem produzido. Tudo isso para a honra, e o louvor e a santificação de Jeová, a mais gloriosa personalidade de todo o universo.