Capítulo 21
A teocracia triunfa sobre todas as nações
1. Em vez de ter o cumprimento do último capítulo da profecia de Zacarias 14, o que aconteceu a Jerusalém e ao Monte das Oliveiras em 70 E. C.?
PASSAR de ser vítima dum ataque internacional para ser o centro religioso procurado por todas as nações — este é o tema do glorioso capítulo final da profecia de Zacarias! Esta metamorfose maravilhosa não aconteceu com a Jerusalém terrestre, no ano 70 E.C. Naquele ano, os pés postos no Monte das Oliveiras que do leste dá vista para Jerusalém, eram os pés da Décima Legião das quatro legiões romanas, sob o General Tito, que cercaram a cidade condenada. Não foi a metade da cidade que foi para o exílio, mas a cidade inteira e seu templo foram destruídos, sendo que 1.100.000 judeus pereceram durante o sítio da cidade e 97.000 sobreviventes judeus foram levados cativos, ficando espalhados aos cantos da terra, “para todas as nações”. (Lucas 21:20-24) Este certamente não foi o cumprimento da profecia emocionante do Deus Altíssimo, conforme declarada em Zacarias 14:1-4:
2. Segundo Zacarias 14:1-4, quem eram os que seriam ajuntados contra Jerusalém? Seria destruída a cidade? E os pés de quem estavam sobre o Monte das Oliveiras?
2 “Eis que vem um dia pertencente a Jeová, e teu despojo certamente será repartido no meio de ti. E hei de ajuntar todas as nações contra Jerusalém para a guerra; e a cidade será realmente capturada e as casas rapinadas, e as próprias mulheres serão violentadas. E metade da cidade terá de ir para o exílio; mas, quanto aos que sobrarem do povo, não serão decepados da cidade. E Jeová há de sair e guerrear contra essas nações como no dia em que guerreia, no dia da peleja. E naquele dia seus pés estarão realmente postados no monte das oliveiras, que está defronte de Jerusalém, ao leste; e o monte das oliveiras terá de ser fendido pelo meio, desde o nascente e até o oeste. Haverá um vale muito grande; e metade do monte será realmente movida para o norte e metade dele para o sul.”
3. A quem se aplica o pronome feminino, hebraico, “ti”, e que perguntas suscita isso?
3 Nestas palavras emocionantes de profecia, o pronome “ti”, no texto hebraico, é do gênero feminino e por isso se refere à cidade. Mas, realmente não à cidade terrestre de Jerusalém, nem nos dias dos apóstolos de Jesus, nem no nosso século vinte. Estas palavras divinas são dirigidas a uma cidade mais elevada, “a uma cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial”, à qual se chegou a congregação cristã dos israelitas espirituais. (Hebreus 12:22) Mas como pode ser isso? Como pode Jeová dos exércitos ajuntar todas as nações terrestres contra a “Jerusalém celestial” e esta cidade ser capturada por eles, suas casas rapinadas e suas mulheres violentadas, metade da cidade indo para o exílio?
4. No seu Sermão do Monte, que nome deu Jesus a Jerusalém, e a que direito renunciou a Jerusalém terrestre na ocasião em que ele entrou nela triunfalmente?
4 Lembremo-nos do que foi representado pela antiga Jerusalém até os dias dos apóstolos de Cristo. Lembre-se das palavras de Jesus no Sermão do Monte: “Não jureis absolutamente, nem pelo céu, porque é o trono de Deus; . . . nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei.” (Mateus 5:34, 35) Até o ano 607 A. E. C. costumava estar ali em Jerusalém o “trono de Jeová”, sendo um trono material ocupado por um descendente real ungido de Davi, com o qual Jeová fizera um pacto para um reino eterno na linhagem de sua família. No ano 33 E.C., quando Jesus, o descendente ungido com espírito do Rei Davi, entrou montado em Jerusalém, numa procissão triunfal, esta cidade não o quis como Rei. A Jerusalém terrestre renunciou assim ao seu direito de ter o Herdeiro Permanente do Rei Davi sentado num trono no seu meio. Seu Supremo Tribunal, o Sinédrio, fez com que Jesus fosse morto numa estaca de execução logo fora das muralhas de Jerusalém. — Mateus 21:1-43.
5. Como não se deixou falhar a promessa de Deus, de um reino eterno na linhagem de Davi, por causa da morte violenta de Jesus?
5 Falharia a promessa divina, de um reino eterno na linhagem real de Davi, por causa desta morte violenta do Herdeiro Permanente de Davi, ungido com espírito? Impossível! Os judeus descrentes, liderados pelos seus pastores religiosos, consideravam Jesus como falso cristo. Mas não era assim! Pois, no terceiro dia, o Deus Todo-poderoso do céu fez o humanamente impossível. Ele ressuscitou dentre os mortos o Herdeiro Permanente do Rei Davi, não lhe dando de volta seu corpo carnal, sacrificado para sempre, mas dando-lhe natureza espiritual, “natureza divina”, revestida de imortalidade. Este é o significado das próprias palavras do apóstolo cristão Pedro: “Até mesmo Cristo morreu uma vez para sempre quanto aos pecados, um justo pelos injustos, a fim de conduzir-vos a Deus, sendo morto na carne, mas vivificado no espírito.” — 1 Pedro 3:18; 2 Pedro 1:4; 1 Coríntios 15:42-45, 53, 34.
6. (a) A presença de quem ascendeu o ressuscitado Jesus e o que fez ali? (b) Como indicaram as palavras do apóstolo Pedro aos judeus indagadores, em Pentecostes, que a Jerusalém terrestre deixou de ter o direito de ter nela o trono de Jeová?
6 No quadragésimo dia depois disso, este transformado Jesus Cristo ascendeu do Monte das Oliveiras, ao leste de Jerusalém, para a presença celestial, invisível, de Jeová Deus, a fim de apresentar ao Juiz Supremo o valor resgatador de seu sacrifício humano, perfeito. Dez dias depois, em 6 de sivã de 33 E.C., ou no dia festivo de Pentecostes, Jeová Deus usou seu retornado Filho Jesus Cristo para derramar espírito santo sobre o apóstolo Pedro e sobre mais de cem outros discípulos que esperavam reunidos num sobrado na Jerusalém terrestre. Por conseguinte, sob a força dinâmica deste espírito derramado, o apóstolo Pedro disse à multidão de milhares de judeus indagadores: “Portanto, que toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o fez tanto Senhor como Cristo, a este Jesus, a quem pendurastes numa estaca.” (Atos 1:12-15; 2:1-36) Estas palavras significavam que o direito de ter um trono representativo de Jeová ocupado pelo Herdeiro Permanente do Rei Davi havia passado da Jerusalém terreste para a “cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial”. — Mateus 21:42-44.
7. Em vista da Jerusalém envolvida, que perguntas surgem quanto ao cumprimento de Zacarias 14:2?
7 Nenhuma das nações da terra, quer judaicas, quer gentias, pode destronar a Jesus Cristo de seu assento régio na “Jerusalém celestial”. Nem pode qualquer nação ou ajuntamento de nações realmente capturar a “Jerusalém celestial” e pilhá-la. Então, como pode a profecia de Zacarias 14:2 aplicar-se à “Jerusalém celestial” e achar cumprimento nela? Se é que é assim, como se cumpriu então no caso da “Jerusalém celestial”, e quando?
8, 9. (a) A que tempo aplicou o próprio Jeová esta profecia e quando começou este tempo? Por quê? (b) Que anúncio se ouviu no céu em confirmação disso?
8 Novamente, devemos lembrar-nos de que o profeta, o próprio Deus, a aplicou ao “dia [que vem,] pertencente a Jeová”. (Zacarias 14:1) Este dia espetacular, o dia de Jeová, já veio. Zacarias 14:3 prediz que o dia de Jeová seria assinalado por Sua luta, Sua guerra; portanto, este dia notável, em que Jeová novamente mostrará a todas as nações ser Guerreiro deve ser o assinalado pela “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. A questão sobre a qual esta guerra será travada será resolvida na forçosa situação mundial “que em hebraico se chama Har-Magedon”. Já podemos ver todas as nações políticas sendo reunidas por lideranças diabólicas para o local deste confronto inevitável. (Revelação 16:13-16) Por conseguinte, este “dia pertencente a Jeová” começou no ano 1914 E.C., no fim dos “tempos designados das nações” gentias, por volta de 4/6 de outubro daquele ano. Naquele tempo, houve nos céus o “nascimento” do reino messiânico de Jeová, o reino cristão de Jeová. Podia-se ouvir ali, então, a proclamação:
9 “O reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.” — Revelação 11:15.
10. Também, por causa disso, o que diziam as vozes daqueles que defendiam o reino mundial do Senhor Jeová e do seu Cristo?
10 Podiam-se então ouvir as vozes dos que apoiavam este reino mundial de nosso Senhor Jeová e de seu Cristo, dizendo: “Agradecemos-te, Jeová Deus, o Todo-poderoso, aquele que é e que era, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar. Mas as nações ficaram furiosas, e veio teu próprio furor e o tempo designado para os mortos serem julgados, e para dar a recompensa aos teus escravos, os profetas, e aos santos e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e para arruinar os que arruínam a terra.” — Revelação 11:16-18; 12:1-10.
11. Acreditavam as nações gentias que os Tempos dos Gentios terminariam, conforme predito, em 1914 E.C.? E qual foi um dos grandes motivos de sua atitude?
11 As nações haviam sido avisadas durante mais de três décadas de que estes “tempos designados das nações” gentias terminariam no outono (hem. set.) de 1914 E.C. (Lucas 21:24) As nações não criam que estes “tempos designados” de governo ininterrupto de toda a terra pelas nações gentias, a partir do ano 607 A. E. C., terminariam naquele ano de 1914 E.C. Por que não? Em primeiro lugar, porque os clérigos em conjunto da cristandade, os sacerdotes e os pregadores de suas igrejas, não acreditavam nisso e por isso não o pregavam. Zombavam e escarneciam dos do restante ungido de israelitas espirituais, os quais, como Estudantes Internacionais da Bíblia, apontavam para a cronologia da Bíblia e declaravam que os “tempos dos gentios” terminariam em 1914, introduzindo um “tempo de tribulação” sem precedentes em todas as nações. Entretanto, a evidência sobrepujante desde aquele ano memorável prova que os clérigos da cristandade estavam errados. Os Tempos dos Gentios terminaram mesmo naquele tempo.
12. Neste respeito, o que não podiam as nações atacar diretamente? Por isso, o que atacaram, em expressão de que sentimento?
12 Em desafio à evidência que começou a acumular-se a partir de 1914, as nações gentias não quiseram crer, ou preferiram não crer, que seu prazo de poder mundial sem oposição por parte dum reino messiânico de Deus havia terminado. Não podiam desfazer o que havia ocorrido naquele ano na “Jerusalém celestial”. Não podiam atacar diretamente aquela cidade celestial invisível e seu Rei messiânico, Jesus Cristo. Mas podiam atacar o que a representava na terra. Podiam atacar os do restante ungido da “congregação dos primogênitos que foram alistados nos céus”. Podiam atacar este restante dos “embaixadores, substituindo a Cristo”, que avisavam as nações sobre o fim dos Tempos dos Gentios em 1914. Podiam atacar este restante de “herdeiros de Deus, mas co-herdeiros de Cristo”. (Hebreus 12:22, 23; 2 Coríntios 5:20; Efésios 6:20; Romanos 8:16, 17) Isto foi exatamente o que as nações mergulhadas na guerra fizeram. Revelação 11:18 havia predito profeticamente: “As nações ficaram furiosas.” Expressaram seu furor por perseguir o restante ungido.
13. As nações, na realidade, estavam atacando a “Jerusalém celestial” por causa de que aspecto espiritual do restante ungido sob ataque, e quando acharam que tinham ‘capturado a cidade’?
13 O que as nações fizeram a este restante dos embaixadores do Reino, os herdeiros do Reino, alistados nos céus, era o mesmo que fazê-lo à “Jerusalém celestial”, onde estes do restante ungido tinham a sua “cidadania” (Filipenses 3:20) Aquelas nações começaram a guerrear, não só contra o restante ungido, mas contra tudo o que representavam e o que pregavam. Jeová Deus, o Todo-poderoso, não impediu isso, pois o havia predito. (Zacarias 14:1, 2) Ele havia predito: “A cidade será realmente capturada.” Foi mesmo? Foi, conforme representada pelo restante ungido. Muitos membros do restante ungido foram detidos em acampamentos militares ou em prisões. Mas as nações achavam que haviam mesmo ‘capturado’ a “cidade” espiritual, quando prenderam e levaram a uma penitenciária federal em Atlanta, Geórgia, E. U. A., na primavera e no verso de 1918, sete membros destacados do Corpo Governante do restante ungido.a
14. O que aconteceu à Jerusalém terrestre nos anos 1917, 1948, e 1967 E.C. foi de que importância para o cumprimento de Zacarias 14:1-4, e por quê?
14 A captura de Jerusalém, na Palestina, alguns meses antes, pelo General Allenby, britânico, cujas tropas entraram em Jerusalém em 10 de dezembro de 1917, no dia após a sua rendição, não desempenhou nenhum papel no cumprimento de Zacarias 14:2. A Jerusalém terrestre foi capturada dos turcos muçulmanos, que certamente não adoravam o Deus cujo nome é Jeová. O Soberano Senhor Jeová havia decretado a destruição da Jerusalém terrestre dos judeus, e nem antes, nem depois de sua destruição no ano 70 E.C. autorizou ele que esta cidade terrena fosse reconstruída pelo seu povo. O que lhe era então de importância real e primária era a Jerusalém superior, a “Jerusalém celestial”. Portanto, no caso da Jerusalém terrestre, reconstruída no segundo século por mãos não-judias ou gentias, o que lhe aconteceu em 1917 E.C., ou em 1948 E.C., ou em 1967 E.C., não era de nenhuma importância e não tinha nenhuma relação com o cumprimento de Zacarias 14:1-4.
15. Além de tal encarceramento e detenção, que mais ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial que corresponde aos maus tratos infligidos aos habitantes da “Jerusalém” capturada?
15 Durante a Primeira Guerra Mundial, além de encarceramentos e detenções em acampamentos militares, havia amplos ataques por turbas e maus tratos infligidos aos membros do restante ungido que representavam a “Jerusalém celestial”. Grande parte de sua propriedade foi também destruída. (Veja The Golden Age, N.º 27, de 29 de setembro de 1920, que publicou o artigo: “‘Angústia de Nações’: Causa, Aviso, Solução.”) A injustiça e a brutalidade não-cristãs que assim ocorreram, correspondiam ao que Zacarias 14:1, 2, predissera: “A cidade será realmente capturada e as casas rapinadas, e as próprias mulheres serão violentadas.”
16. (a) Como foram alguns para o exílio, conforme predito? (b) Como foi repartido o “despojo” da cidade no meio dela, segundo a profecia?
16 Sem dúvida, esta perseguição alienou muitos membros do restante ungido, sendo assim levados ao exílio espiritual pelo inimigo; conforme foi predito: “E metade da cidade terá de ir para o exílio.” Que dizer da parte adicional da profecia: “E teu despojo certamente será repartido no meio de ti”? O que os atacantes queriam era despojar os do restante ungido da riqueza de influência e do atrativo popular que o restante exercia a favor do então já estabelecido reino de Deus. Seus atacantes fizeram isso por proscrever a literatura deles e reprimir suas atividades como embaixadores do Reino.
17. Quem mostrou ser ‘os que sobraram’, a respeito dos quais se profetizou: “Não serão decepados da cidade”?
17 Apesar de todas as difamações, oposição e perseguição às mãos dos atacantes, havia uma parte fiel do restante ungido que se negou a ser alienado, exilado, do reino messiânico de Deus, então já estabelecido na “Jerusalém celestial”. Estes são os mencionados na profecia, ao dizer: “Quanto aos que sobrarem do povo, não serão decepados da cidade.” Portanto, estes são os que sobreviveram às dificuldades e provações da primeira guerra mundial, aproveitada pelos inimigos para atacar os do restante ungido e despojá-los da sua embaixada do reino messiânico de Jeová.
18. Foi este ataque das nações reunidas durante A Primeira Guerra Mundial o último ataque em cumprimento da profecia? E o que já prova se foi assim ou não?
18 Não devemos pensar, porém, que a profecia se cumprisse plenamente com a Primeira Guerra Mundial e que não houvesse mais ataques maciços pelas nações ajuntadas. A “Jerusalém celestial” ainda continuava, e ela tinha na terra um restante devoto de representantes leais, aos quais se confiaram os interesses terrestres do reino messiânico de Deus. Conforme se pode esperar, aquele ataque, da Primeira Guerra Mundial, lançado contra eles pelas nações reunidas não foi o último ataque lançado contra a “Jerusalém celestial” e seus cidadãos espirituais na terra. A Segunda Guerra Mundial de 1939-1945 provou isso. Ofereceu às nações aguerridas uma oportunidade excelente para recomeçar o ataque, sim, em escala ainda mais maciça e com maior violência. Ficou mais claro do que nunca que esta guerra atroz entre as nações terrestres foi travada pelo domínio do mundo, em desafio à soberania legítima de Jeová sobre a terra. Na luta pela dominação da boa terra de Deus, estas nações estavam de fato lutando contra o governo celestial que o Soberano Senhor Jeová havia empossado na “Jerusalém celestial”. Portanto, mais uma vez, “as nações ficaram furiosas” contra o restante.
19. Como se comparou o ataque contra a “cidade” durante a Segunda Guerra Mundial com o da Primeira Guerra Mundial e o que planejou o Corpo Governante para o futuro, a partir de 1942?
19 A violência e as medidas de repressão adotadas contra os do restante ungido das testemunhas cristãs de Jeová excederam em muito as que sofreram durante a primeira guerra mundial. A perseguição não se levantou apenas contra o restante ungido dos israelitas espirituais; levantou-se também contra aqueles dos “dez homens” de todas as línguas das nações, que se haviam juntado ao restante do Israel espiritual na adoração no templo espiritual de Jeová. (Zacarias 8:20-23) Os fiéis apegaram-se firmemente à sua neutralidade cristã para com os combates mundiais e se apegaram ao governo teocrático de Jeová como único governo legítimo de toda a terra. Notavelmente, embora os campos de concentração e as prisões abrissem suas portas para deixar entrar milhares de testemunhas cristãs, intransigentes, de Jeová, nos países em guerra, nenhum dos do Corpo Governante das testemunhas cristãs de Jeová foi encarcerado. Em vez de cederem às pressões do inimigo e providenciarem o fechamento de sua obra dada por Deus, os do Corpo Governante planejaram a partir de 1942 a expansão do testemunho do reino messiânico de Jeová para regiões mais novas da terra, mesmo antes de chegar a paz com a sua organização das Nações Unidas em 1945.
20. Resolveu a Segunda Guerra Mundial a questão predominante? E em que pensarão as nações ao fazerem o ataque final contra o restante ungido?
20 Do mesmo modo que a Primeira Guerra Mundial, a Segunda Guerra Mundial tampouco resolveu nada. Certamente, não foi resolvida a questão do domínio do mundo, mas a tensão por causa dele está aumentando entre as superpotências. Elas ainda se rebelam contra o domínio mundial do Soberano Universal Jeová. Têm ressentimento contra os que proclamam e advogam a soberania mundial por parte do grande Teocrata Jeová por meio de Seu reino messiânico. Quem advoga isso não são as igrejas religiosas da cristandade, mas as teocráticas testemunhas cristãs de Jeová. Portanto, em breve virá o tempo em que todas as nações empenhadas na rivalidade internacional pelo domínio do mundo decidirão que as testemunhas cristãs de Jeová não têm direito a um lugar na terra. Em flagrante rejeição de tudo o que sugere Deus ou a regência divina, destruirão toda a cristandade religiosa e todo o paganismo religioso. Daí, num esforço total, lançarão seu ataque final contra as testemunhas cristãs sobreviventes do Soberano Senhor Jeová. Será que as nações serão bem sucedidas esta vez?
O MONTE DAS OLIVEIRAS FENDIDO PELO MEIO
21. Que chance de sobrevivência terão os do restante ungido e seus companheiros?
21 Sob o futuro ataque em massa das nações de potência nuclear, que chance de sobrevivência têm os do restante ungido e seus co-proclamadores do reino messiânico de Jeová? Tanta “chance” como a Palavra profética de Deus lhes permite. Que “chance” lhes permite? Pois, ela diz:
22. Que prediz Zacarias 14:3-5 para o Monte das Oliveiras?
22 “E Jeová há de sair e guerrear contra essas nações como no dia em que guerreia, no dia da peleja. E naquele dia seus pés estarão realmente postados no monte das oliveiras, que está defronte de Jerusalém, ao leste; e o monte das oliveiras terá de ser fendido pelo meio, desde o nascente e até o oeste. Haverá um vale muito grande; e metade do monte será realmente movida para o norte e metade dele para o sul. E vós certamente fugireis para o vale dos meus montes; porque o vale dos montes chegará até Azel. E tereis de fugir, assim como fugistes por causa do tremor de terra nos dias de Uzias, rei de Judá. E Jeová, meu Deus, certamente chegará, estando com ele todos os santos.” — Zacarias 14:3-5.
23. Quanto a como se fenderá pelo meio o simbólico “Monte das Oliveiras”, o que diz a profecia dada a Daniel, à qual recorremos como ilustração?
23 Visto que Jerusalém aqui é simbólica — da “Jerusalém celestial” — também o deve ser o “monte das oliveiras”. Então, como será aquilo que ele simboliza “fendido pelo meio”, tornando-se dois montes, “meus montes”, conforme diz Jeová? Um profeta a quem Zacarias talvez conhecesse pessoalmente, na antiga Babilônia, registrou um sonho profético que ilustra como se dará isso. Por volta do ano 605 A. E. C., o rei de Babilônia teve seu sonho a respeito duma estátua semelhante a um homem, a qual, por meio de seus quatro metais e o barro, representava a sucessão ininterrupta de potências mundiais, desde a Babilônia até a Potência Mundial Anglo-Americana da atualidade, junto com todos os governantes políticos associados dos nossos tempos. Daí, a alguma distância, via-se um grande monte. Deste monte original foi cortada uma pedra sem a intervenção de mãos humanas. Sem que alguma mão humana a lançasse, ela se pós em movimento e seguiu velozmente seu caminho. Para o espaço sideral? Não; mas para aquela estátua metálica de domínio mundial por potências mundiais, políticas. Sem errar, ela bateu contra a estátua, atingindo-a nos seus pés, formados em parte por ferro e em parte por argila. Em vez de ela se despedaçar diante do impacto com aqueles pés, ora, quer o creia, quer não, ela os esmiuçou. Com isso caiu toda a estátua. O que veio a seguir? O seguinte:
Nesta ocasião, o ferro, a argila modelada, o cobre, a prata e o ouro foram juntos esmiuçados e tornaram-se como a pragana da eira do verão, e o vento os levou embora, de modo que não se achou nenhum traço deles. E no que se refere à pedra que golpeou a estátua, tornou-se um grande monte e encheu a terra inteira.” — Daniel 2:1, 31-35.
24. Que interpretação do sonho deu Daniel ao Rei Nabucodonosor?
24 Apenas dois montes ficaram então à vista — o grande monte que enchia a terra inteira e o monte original, longe da terra, e por isso não parte da terra. Este é o resultado que confronta todos os habitantes futuros de nossa terra, no cumprimento deste sonho simbólico. O que significa isso? Escute, ao passo que Daniel interpreta o sonho ao Rei Nabucodonosor, de Babilônia:
“E nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. E o próprio reino não passará a qualquer outro povo. Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempo indefinido pois viste que se cortou do monte uma pedra sem mãos, e que ela esmiuçou o ferro, o cobre, a argila modelada, a prata e o ouro. O próprio grandioso Deus tem dado a conhecer ao rei o que há de acontecer depois disso. E o sonho é certo e a sua interpretação é fidedigna.” — Daniel 2:36-45.
25. O que representa o “monte” original, e o que representa o “monte” que se desenvolve da pedra?
25 Por meio desta interpretação inspirada, “fidedigna”, sabemos que a pedra-monte que encheu a terra inteira representa um reino permanente. Por conseguinte, o monte do qual a pedra foi cortada “sem mãos” representa um reino permanente. Visto que é o “Deus do céu” quem estabelece sobre toda a terra o “reino que jamais será arruinado”, aquele monte original, que engendra a “pedra”, representa o reino universal de Deus. Representa sua regência teocrática. O monte que se desenvolveu da pedra e que se torna o único monte na terra representa o reino do Filho de Deus, Jesus Cristo, o reino messiânico, que será o único reino dominando a terra depois de a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, acabar com os reinos de criação humana, controlados pelo Diabo, do atual sistema de coisas. (Revelação 16:14-16) De modo que haverá dois “montes” simbólicos, dois reinos, o do Soberano Senhor Jeová, como o Grande Teocrata, e o de Seu Messias, Jesus, sobre toda a terra. Desta maneira, Jeová usará o reino de seu Filho como agente, ao mais uma vez exercer sua soberania universal.
26. O que simboliza o Monte das Oliveiras no seu estado indiviso e como se compara isso com a “Jerusalém celestial”?
26 A profecia divina dada por meio de Zacarias, a respeito ‘daquele dia’, corresponde ao sonho profético interpretado por Daniel. De modo que o “monte das oliveiras” ao leste da Jerusalém terrestre representa, no seu estado indiviso, o reino universal do Soberano Senhor Jeová. Assim como o ponto mais alto do Monte das Oliveiras se eleva à altitude de 903 metros, ultrapassando assim a altitude geral de Jerusalém em mais de 120 metros, assim o reino universal de Jeová domina a “Jerusalém celestial” e a usa como seu agente teocrático. — Hebreus 12:22.
27. Por que não representa a fenda do Monte das Oliveiras uma divisão em si do reino universal de Jeová?
27 O reino universal de Deus nunca fica dividido contra Bi mesmo. (Mateus 12:25, 26) Não é isto o que é representado pela fenda do Monte das Oliveiras, “pelo meio”. Jeová não agiu contra a sua própria soberania ao estabelecer o reino messiânico de seu Filho. Então, o que representa esta divisão do Monte das Oliveiras e quando ocorre?
28. Representa a fenda do monte a divisão da supremacia e soberania de Jeová? Portanto, o que representa realmente fender-se o monte “pelo meio”?
28 Não representa a divisão da supremacia de Jeová, nem a divisão de sua soberania universal. Ele sempre permanece o Deus Altíssimo e Soberano Senhor do universo. Em harmonia com o sonho profético interpretado em Daniel 2:44, 45, fender-se o monte ao leste de Jerusalém representa o estabelecimento de um reino subsidiário de seu próprio reino universal, porque se estende sobre uma região que realmente é território rebelde, de modo que Jeová não pode tratar diretamente com ela. É o reino de alguém da linhagem do Rei Davi, terreno, e também um reino à maneira do Rei-Sacerdote Melquisedeque. Portanto, não é um governo apenas sobre o domínio terrestre do Rei Davi, mas também sobre toda a terra. — Salmo 110:1-4; Hebreus 5:10 a 8:1; Atos 2:34-36.
29. Portanto, esta fenda produz que espécie de reino, quando ocorreu esta fenda e por quê?
29 Isto produz um reino do Filho unigênito de Deus ao lado do reino de Deus, o Pai, e sujeito a ele. E visto que este reino secundário tem relações com o reino terrestre de Davi, deve tomar em conta os Tempos dos Gentios, de 2.520 anos de duração, que foram impostos ao reino de Davi. Portanto, o reino secundário nas mãos do Rei messiânico, o Filho de Deus, foi só estabelecido no fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E.C. — Lucas 21:24; Daniel 4:16, 23-25; Hebreus 10:12, 13.
30. O que chama Deus os dois montes resultantes, o que representa cada um deles e o que se precisa dizer quanto a haver oposição de um contra o outro?
30 Isto explica por que Jeová fala dos dois montes resultantes da fenda do Monte das Oliveiras como sendo “meus montes”. (Zacarias 14:5) Biblicamente, o monte ao norte representaria o reino universal de Jeová e o monte ao sul, o reino messiânico de seu Filho. (Salmo 75:6, 7) Este recém-produzido “monte” do reino está sujeito, não oposto, ao reino universal, conforme se declara em 1 Coríntios 15:25-28:
“Pois ele tem de reinar até que Deus lhe tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. Como último inimigo a morte há de ser reduzida a nada. Pois Deus ‘lhe sujeitou todas as coisas debaixo dos pés’. Mas, quando diz que ‘todas as coisas foram sujeitas’, é evidente que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. Mas, quando todas as coisas lhe tiverem sido sujeitas, então o próprio Filho também se sujeitará Aquele que lhe sujeitou todas as coisas, para que Deus seja todas as coisas para com todos.”
31. (a) Como mostra a profecia que ambos os reinos permanecem sujeitos a Jeová? (b) O que indica estarem ali seus “pés”, e quem é o Principal com quem Ele vem?
31 Que ambos os reinos estão, desde o começo, sujeitos ao Soberano Senhor Deus está explicado na declaração: “E naquele dia seus pés estarão realmente postados no monte das oliveiras, que está defronte de Jerusalém, ao leste.” E quando o monte simbólico se fende, metade para o norte e metade para o sul, os pés de Jeová permanecem postos em ambos os montes, “meus montes”. Visto que o Monte das Oliveiras era mais de cem metros mais alto do que a antiga Jerusalém, O Deus Altíssimo, Jeová, podia dum ponto elevado assim observar o que estava acontecendo com respeito à “Jerusalém celestial” no que se referia aos seus interesses na tetra. Em linguagem simbólica, quando Jeová postou seus pés no Monte das Oliveiras, significava que ele havia vindo. Assim como predisse profeticamente: “E Jeová, meu Deus, certamente chegará, estando com ele todos os santos.” O Principal destes “santos” celestiais, naturalmente, é seu filho sem pecado, Jesus Cristo, a quem ele constitui rei sobre o “monte” do reino secundário. (Zacarias 14:5) Tais “santos” agem como forças executoras de Jeová.
32. (a) O que resulta da fenda do monte e que proveito se tira da formação resultante? (b) Os fugitivos passam a estar ali sob que provisão divina?
32 “Haverá um vale muito grande; e metade do monte será realmente movida para o norte e metade dele para o sul. E vós certamente fugireis para o vale dos meus montes; porque o vale dos montes chegará até Azel. E tereis de fugir, assim como fugistes por causa do tremor de terra nos dias de Uzias, rei de Judá.” (Zacarias 14:4, 5) Esta fuga do restante repatriado do povo de Jeová não é uma fuga em pânico, “a fim de entrar nas grutas das rochas e nas fendas dos rochedos” e dizer “aos montes e às rochas: ‘Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está sentado no trono e do furor do Cordeiro.’” (Isaías 2:20, 21; Revelação 6:15, 16) Será uma fuga para a provisão protetora de Deus, uma fuga para o vale muito grande entre “meus montes”, protegido ao norte e ao sul pelas metades do simbólico Monte das Oliveiras. Sim, para estar sob os pés de Jeová. Este vale de proteção divina estendia-se desde o vale do Cédron, dominado pela muralha oriental de Jerusalém, até o leste, para Azel, com bastante lugar para os fugitivos.
33. Quando começou a fuga do restante, tendo alguma relação com que fuga descrita em Revelação, capítulo doze? Contudo, por que dura mais tempo?
33 Em nosso século vinte, a fuga dos do restante restabelecido dos israelitas espirituais começou depois de sua libertação de Babilônia, a Grande, e de seus consortes políticos e militares, na primavera (hem. set.) de 1919 E.C. Em Revelação 12:1-14, a fuga da “mulher” celestial de Deus para o ermo, após o nascimento do reino messiânico e a guerra no céu, para expulsar o Diabo e seus anjos, tem alguma relação com a fuga dos do restante ungido, na terra, a partir de 1919. Mas a fuga por parte dela não é igual à deles; a fuga e permanência dela no ermo, longe da face do diabólico “dragão”, é apenas por mil duzentos e sessenta dias, ou três “tempos” proféticos e meio. Coincide parcialmente com a fuga dos do restante ungido, “os remanescentes da sua semente, que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus”. (Revelação 12:17) Mas a fuga de todos estes dedicados, batizados, que se tornam parte do restante ungido, não acabou no fim dos 1.260 dias da mulher. O restante ainda está naquele “vale” simbólico, sob a proteção do reino universal de Jeová e o reino messiânico de seu Filho.
34. Quando ocorre o cumprimento desta parte da profecia a respeito de Jeová sair como no dia de sua peleja, para lutar?
34 No entanto, quando se dá o cumprimento da seguinte parte da profecia: “E Jeová há de sair e guerrear contra essas nações como no dia em que guerreia, no dia da peleja”? (Zacarias 14:3) Não se deu em 1914, no fim dos Tempos dos Gentios, embora o estabelecimento do reino messiânico dos céus fosse um passo naquela direção. Mas, ainda é futuro o tempo fixado por Jeová dos exércitos para ir travar guerra contra as nações que atacam os representantes de sua “Jerusalém celestial”, na terra. Estas nações gentias (inclusive as da cristandade) lançaram um ataque feroz contra os do restante ungido, durante a Primeira Guerra Mundial, e depois um mais violento e amplo durante a Segunda Guerra Mundial. Mas o seu ataque final está sendo planejado agora e ainda está para vir — sob a liderança do predito “Gogue da terra de Magogue”. (Ezequiel 38:1 a 39:5) Jeová dos exércitos fará então com que este seja o último ataque deles, e ele se distinguirá como Guerreiro de modo mais glorioso do que em qualquer anterior ‘dia em que guerreava’, em qualquer antigo “dia da peleja”.
A GUERRA E OS EFEITOS ‘DAQUELE DIA’
35. Como profetiza Jeová que aquele será o dia mais escuro de todos para as nações atacantes e como se indica a imobilização das coisas operacionais dos inimigos?
35 Aquele dia da guerra de Jeová contra as nações atacantes deve ser o dia mais tenebroso de sua existência. Ele até mesmo previu tal dia para eles, dizendo: “E naquele dia terá de acontecer que não se mostrará haver nenhuma lua preciosa — as coisas ficarão solidificadas.” (Zacarias 14:6) “E acontece, naquele dia, que não há luz preciosa, é intensa escuridão.” (Young, em inglês) “Acontecerá naquele dia que não haverá luz, mas frio e gelo.” (ALA) Não brilhará sobre eles nenhuma luz de favor divino, nem calor amoroso. As luzes artificiais da ciência moderna não removerão a escuridão do desfavor divino. As coisas operantes ficarão imobilizadas, endurecidas com o frio, como que solidificadas. Isto nos faz lembrar das perguntas de Jeová ao patriarca Jó: “Acaso entraste nos depósitos da neve, ou vês mesmo os depósitos da saraiva, que reservei para o tempo de aflição, para o dia de peleja e de guerra? Do ventre de quem sai realmente o gelo, e quanto à geada do céu, quem é que a dá à luz?” (Jó 38:22, 23, 29) Jeová tem à sua disposição fenômenos naturais para lutar.
36. Como fala Jeová, por meio do profeta Isaías, a respeito da escuridão da “grande tribulação” sobre Babilônia, a Grande, e o que pressagiará esta escuridão?
36 A respeito da falta de luz e de calor naquele dia, Jeová dos exércitos diz sobre o tempo vindouro da “grande tribulação” sobre toda a Babilônia, a Grande, como inimiga da “Jerusalém celestial”, as seguintes palavras: “Eis que está chegando o próprio dia de Jeová, cruel, tanto com fúria como com ira ardente, para fazer da terra um assombro e para aniquilar nela os pecadores da terra. Pois as próprias estrelas dos céus e suas constelações de Quesil não deixarão brilhar a sua luz; o sol realmente escurecerá na sua saída e a própria lua não deixará resplandecer a sua luz.” (Isaías 13:9, 10) Quando Jeová dos exércitos executar sua sentença adversa nos seus inimigos, durante este dia que pertence a ele, como que não haverá nem a luz quente do sol, nem a luz fria da lua. Tal escuridão pressagia a vindoura destruição!
37. O que será extraordinário quanto a este dia, conforme predito em Zacarias 14:7?
37 Como resulta para Jeová dos exércitos e sua organização teocrática este dia que é escuro e frio para os atacantes da “Nova Jerusalém”? Ele mesmo nos diz isso nas seguintes palavras: “E terá de tornar-se um dia conhecido como pertencente a Jeová. Não será dia, nem será noite; e terá de suceder que ao tempo da noitinha ficará claro.” — Zacarias 14:7.
38. De que modo se tornará este período, de não haver nem dia nem noite, uma luz no tempo da noitinha, e para quem?
38 Significa esta descrição um período de vinte e quatro horas de luz mediana, meio luz, meio escuridão, uma penumbra? Não para Jeová dos exércitos, nem para sua “Jerusalém celestial”, nem mesmo para os que na terra representam a “Jerusalém celestial”, nem para todos os que fugiram para o “vale muito grande” entre os dois “montes” de Jeová. Antes, significa um período de tempo que não é dividido entre um período diurno e um período noturno. Mesmo quando costumeiramente está para cair a noitinha, não ficará escuro, mas claro. Todo o período será de luz. Assim, ao passo que as nações atacantes tenham escuridão mortífera, os adoradores fiéis de Jeová, na terra, usufruem a luz contínua de seu favor e de sua aprovação, assim como durante a nona praga sobre o antigo Egito os egípcios sofreram três dias de intensa escuridão, mas “para todos os filhos de Israel mostrou-se haver luz nas suas moradas”. (Êxodo 10:23) Neste “dia”, Jeová lança crescente luz sobre os seus adoradores leais, por aumentar-lhes o entendimento de Sua Palavra inspirada, escrita. — Provérbios 4:18.
39. Por que é este um dia que pertence especialmente a Jeová e como resultará no que se refere à questão universal que já está em debate por quase seis mil anos?
39 Quão gloriosamente brilhante este dia vem a ser para Jeová dos exércitos, pois a vitória com que o coroa resulta na vindicação de sua soberania universal, não se isentando de sua soberania universal nenhuma parte de todo o seu domínio da criação, nem mesmo esta comparativamente pequena terra! Seu nome já “inalcançavelmente elevado” atinge então novas alturas de fama universal. (Salmo 148:13; Isaías 12:4) Com o Seu próprio nome pessoal ficará eternamente associado o nome hebraico Har-Magedon, a situação mundial em que se trava e ganha a guerra de todas as guerras, “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. Jeová dos exércitos obterá esta vitória superlativa por meio de seu reino messiânico, exercido pelo seu Filho celestial, a quem Ele torna “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. (Revelação 16:13-16; 19:11-21) Ele merece que lhe pertença este dia extraordinário, pois é nele e por meio dele que resolverá para sempre a questão milenar da Soberania Universal a Seu próprio favor! O rebelde infame que suscitou esta questão há quase seis mil anos atrás, Satanás, o Diabo, sairá perdendo. Portanto, depois de as forças terrestres deste saírem perdendo no Har-Magedon, ele mesmo e seus demônios serão lançados num abismo! — Revelação 20:1-3.
40, 41. Depois de se lançar Satanás e seus demônios no abismo, que bênçãos se seguirão para os adoradores de Jeová, conforme predito em Zacarias 14:8-16?
40 Quantas bênçãos seguirão para a humanidade durante os mil anos em que Satanás, o Diabo, e seus demônios estiverem presos em cadeias, no abismo! Os efeitos deste “dia” vitorioso são profeticamente detalhados pelo próprio Deus vitorioso, nas seguintes palavras:
41 “E naquele dia terá de acontecer que sairão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental e metade delas para o mar ocidental. Isto se dará no verão e no inverno. E Jeová terá de tornar-se rei sobre toda a terra. Naquele dia Jeová mostrará ser um só e seu nome um só. Toda a terra se transformará como o Arabá, desde Geba até Rimom, ao sul de Jerusalém; e ela terá de erguer-se e ficar habitada no seu lugar, desde o portão de Benjamin até o lugar do Primeiro Portão, até o Portão da Esquina, e desde a Torre de Hananel até os tanques de lagar do rei. E as pessoas certamente habitarão nela; e não virá a haver mais nenhuma condenação à destruição, e Jerusalém terá de ser habitada em segurança.” — Zacarias 14:8-11.
“ÁGUAS VIVAS” PARA TODA A HUMANIDADE
42. O que era o mar oriental e o que era o mar ocidental com relação a Jerusalém, e o que representam respectivamente estes dois mares?
42 Com relação à Jerusalém terrestre, em que se baseia o quadro profético de Zacarias, o “mar oriental” é o Mar Salgado ou Mar Morto, e o “mar ocidental” é o Grande Mar ou Mar Mediterrâneo. Ambos estes mares são aqui usados simbolicamente, evidentemente simbolizando povos, como no caso de Revelação 17:15. O Mar Morto é o ponto mais baixo na terra, 394 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo, e não tem absolutamente nenhuns peixes nem vida vegetal. Portanto, pode muito bem representar os inúmeros mortos humanos que estão no Seol, Hades, a sepultura comum da humanidade. Por outro lado, o Mar Mediterrâneo está cheio de peixes e de vida vegetal, e está num nível mais elevado. Por isso, pode bem representar a “grande multidão” de adoradores de Jeová, que se associam agora com os do restante ungido do Israel espiritual e que sobreviverão à “grande tribulação” junto com os do restante. (Revelação 7:9-15) Os desta “grande multidão” herdaram de nosso primeiro pai humano a pecaminosidade e as imperfeições, bem como a condenação à morte. Precisam ser libertos destas incapacidades, a fim de poder viver para sempre no novo sistema de coisas de Deus. — Romanos 5:12.
43. As águas que corriam para o leste e para o oeste se comparam com as águas vistas em que outra visão? Por isso, o que representam tais águas?
43 Ambos os mares simbólicos precisarão das “águas vivas” que sairão, não da Jerusalém terrestre, no Oriente Médio, mas da “Jerusalém celestial”, que é a sede do reino messiânico do Filho querido de Jeová, Jesus Cristo. Estas simbólicas “águas vivas” não são apenas águas frescas, correntes, para saciar a sede, mas são águas que dão vida aos para quem fluem. Assim como as águas saindo do templo da visão de Ezequiel deram cura e vida ao Mar Morto, fazendo com que abundasse com peixes, assim as “águas vivas” que correm para o leste e para o oeste, desde a “Jerusalém celestial”, transmitirão vida na terra. (Ezequiel 47:1-12) De modo que estas “águas vivas” se comparam também com o “rio de água da vida” visto pelo apóstolo cristão João na visão da Nova Jerusalém. (Revelação 21:2 a 22:2) Concordemente, representam a todas as provisões de Jeová por meio de seu Messias, Jesus, uma vez sacrificado mas agora reinante, para que toda a humanidade obtivesse a vida eterna, tornada disponível durante a regência milenar de Jesus Cristo sobre toda a terra. — Revelação 14:1; 20:4-6, 13, 14.
44. (a) O que transmitirão as águas que fluem para o simbólico Mar Morto aos assim representados? (b) O que transmitirão as águas aos representados pelo Mar Mediterrâneo, e por quanto tempo se terá de tomar destas águas?
44 As “águas vivas” que fluem para o leste, evidentemente através do “vale muito grande” entre os dois montes, para o Mar Morto, transmitem uma ressurreição dos mortos para uma existência animada e consciente aqui na terra. “Há de haver uma ressurreição tanto de justos como de injustos”, disse o apóstolo Paulo. (Atos 24:15; João 5:28, 29) As “águas vivas” que correm para o oeste, para o Mar Mediterrâneo, transmitem figurativamente livramento da condenação à morte e da pecaminosidade, das imperfeições e das fraquezas herdadas do pecador Adão. Se a humanidade continuasse em tais coisas, morreria, pois apenas os absolutamente perfeitos serão justificados para a vida eterna numa terra paradísica. Portanto, a “grande multidão” de adoradores leais de Jeová, que sobrevivem à “grande tribulação” com que terminará este sistema de coisas precisarão de tais “águas vivas”. Do mesmo modo aqueles humanos, comparados ao Mar Morto, que obtêm a ressurreição dentre os mortos, serão no início como uma “grande multidão” de sobreviventes. Ainda estarão na pecaminosidade, imperfeição, fraqueza e sujeição à morte herdadas. Terão de continuar a beber das “águas vivas”.
45. Fluírem estas águas tanto ‘no verão como no inverno’ permitirá o que aos da classe do mar oriental e da classe do mar ocidental, e qual será o resultado final disso conforme representado em Revelação 20:14?
45 “Isto se dará no verão e no inverno.” (Zacarias 14:8) Visto que estas “águas vivas” não serão afetadas pela estação seca, sem chuva, do ano, continuarão a fluir o ano inteiro, sem queda no nível de água. Durante os mil anos do reinado de Cristo sobre a humanidade, elas continuarão a fluir, para beneficiar todos os mortos resgatados e todos os vivos na terra paradísica. Deste modo, todos na terra poderão continuar a beber até terem sido curados e restabelecidos em perfeição humana imaculada e livre de doenças, igual à de Adão na sua criação perfeita no Jardim do Éden. Quando todos os do mar oriental e do mar ocidental tiverem atingido este estado glorioso, pela obediência leal ao reino messiânico, então se cumprirá o quando de Revelação 20:14:“E a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. Este significa a segunda morte, o lago de fogo.” Que provisão bendita por meio da “Jerusalém celestial”!
46. Como é o enaltecimento da “Jerusalém celestial” representado pelo que acontece à Jerusalém terrestre e à terra em volta dela, e por meio de que se torna a Jerusalém celeste assim enaltecida?
46 A “Jerusalém celestial” será então enaltecida. Não mais será como a Jerusalém terrestre capturada por nações atacantes e rapinada por elas, tendo a sua população reduzida porque metade de seus cidadãos foram levados ao exílio. (Zacarias 14:1, 2) No caso dela, tem de se cumprir o quadro profético como quando “toda a terra” em volta da Jerusalém terrestre afunda e se transforma como o Arabá, como a fossa tectônica através da qual flui o rio Jordão para o Mar Morto, e, em contraste, a cidade de Jerusalém se eleva. Fiel a este quadro, a “Jerusalém celestial” ficará enaltecida em resultado da vitória magnífica de Jeová sobre as nações atacantes e ela se tornará a capital do reino messiânico, celestial. Assim se elevará acima da terra sobre a qual rege o Reino. Este reino messiânico é assim muito superior aos reinos humanos das nações gentias na terra. Portanto, então, ao se tornar sujeita a este governo mais elevado, será como se “toda a terra”, na terra, abundasse para se tornar como a baixa fossa tectônica, transformando-se “como o Arabá, desde Geba até Rimom, ao sul de Jerusalém”. — Zacarias 14:10.
47. Para corresponder com a profecia de Zacarias 14:11, como ficará a “Jerusalém celestial” “habitada em segurança”?
47 A capital celestial, a “Jerusalém celestial”, tornar-se-á semelhante à anterior Jerusalém terrestre, com suas muralhas protetoras e seus bem conhecidos portões, torre e lagar real. Não haverá nenhuma maldição divina, “nenhuma condenação à destruição”, sobre a “Jerusalém celestial”, por causa de qualquer infidelidade da parte dos seus habitantes. (Revelação 22:3; Zacarias 14:11) A capital celestial será plenamente habitada, plenamente povoada. A inteira “congregação dos primogênitos que foram alistados nos céus” estará presente, o número total dos 144.000 israelitas espirituais, unidos no reino celestial com o glorificado Messias, Jesus, o Filho de Jeová Deus. (Hebreus 12:22, 23; Revelação 7:4-8; 14:1-4; 20:4-6) Morarão em segurança como que dentro das muralhas duma cidade.
48. O que é desafiado pelas nações atacantes e o que aprenderão sobre isso, com que resultado para a terra inteira?
48 As nações atacantes da terra desafiaram o reino do Deus Altíssimo, sua soberania universal. Mas, finalmente, tiveram de aprender que a sua soberania é uma realidade — para a própria destruição delas. Em vez de exercerem ainda um reino controlado pelo Diabo sobre a terra, cumprir-se-á a profecia: “E Jeová terá de tornar-se rei sobre toda a terra. Naquele dia Jeová mostrará ser um só e seu nome um só.” — Zacarias 14:9.
JEOVÁ, O REI, “UM SÓ É SEU NOME UM SÓ”
49. (a) O que significará então para a humanidade terem um só rei? (b) Em que sentido será o governo “de nosso Senhor e do seu Cristo”, e em que estado viverá a humanidade sob ele na terra?
49 O que pressagia isso para toda a humanidade senão união, sim, união em toda a terra, entre todos os habitantes da mesma! Um só Rei “sobre toda a terra” — Jeová, o Soberano Universal! Mas, assim como o Rei Davi representava a Jeová, quando se sentava no trono na Jerusalém terrestre, assim o Herdeiro Permanente do Rei Davi, o Messias Jesus, representará a Jeová na “Jerusalém celestial”, ao reinar por mil anos sobre a humanidade remida. Assim será sob “o reino de nosso Senhor e do seu Cristo”, que a humanidade, os sobreviventes vivos e os mortos ressuscitados, terá a bendita oportunidade de ganhar a vida eterna em perfeição humana numa terra transformada num paraíso, que ultrapassará a todos os parques ou jardins lindos que há hoje na terra. — Revelação 11:15
50. Naquele tempo, como é que “Jeová mostrará ser um”?
50 Assim como disse o profeta Moisés, lá no ano 1473 A. E. C.: “Escuta, o Israel: Jeová, nosso Deus, é um só Jeová. E tens de amar a Jeová, teu Deus”, assim será neste “dia” agora tão próximo: “Jeová mostrará ser um.” O reinante Messias Jesus defenderá a adoração deste único Deus Altíssimo e aderirá a ela, pois, quando um escriba judaico lhe perguntou há dezenove séculos atrás: “Que mandamento é o primeiro de todos?”, Jesus respondeu: “O primeiro é: ‘Ouve, ó Israel: Jeová, nosso Deus, é um só Jeová, e tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua mente, e de toda a tua força.”, (Deuteronômio 6:4, 5; Marcos 12:28-30) A doutrina anticristã da Trindade, da cristandade, de “Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo”, será rejeitada por toda a humanidade esclarecida como blasfema mentira pagã.
51. Compartilha alguma criatura o nome divino em uma forma não composta? Como se acha este nome escrito nas Escrituras Hebraicas?
51 Também, assim como Jeová é Um só, não uma autocontraditória “trindade em unidade”, assim o seu nome será um só. Ninguém em toda a criação compartilha este nome em forma não composta.b Assim como Ele disse, por meio de seu profeta Isaías: “Eu sou Jeová. Este é meu nome; e a minha própria glória não darei a outrem, nem o meu louvor a imagens entalhadas.” (Isaías 42:8) Quando o profeta Moisés escreveu pela primeira vez o nome divino, ele o soletrou com quatro consoantes hebraicas, sem vogais, a saber יהוה (IHVH). Este nome escrito com quatro letras (tetragrama) ocorre 6.961 vezes nas inspiradas Escrituras Hebraicas, de Gênesis a Malaquias.
52. “Naquele dia”, como se mostrará o nome de Jeová “um só” no que se refere à sua pronúncia?
52 Sua pronúncia exata é hoje desconhecida. Por este motivo, só no português já é pronunciado de modos diferentes; e a maneira em que outras línguas não-hebraicas pronunciam este tetragrama difere consideravelmente. Mas “naquele dia” do reino de Jeová por seu Messias, ele revelará a pronúncia exata assim como fez a Moisés. Então haverá apenas uma pronúncia deste nome sagrado por todos, em toda a terra. Isto será alcançado por se fazer com que toda a humanidade fale novamente apenas uma só língua.
53. De que outro modo, além da uniformidade na pronúncia, mostra o nome de Jeová ser “um só”, por causa de sua ocorrência de uma extremidade da Bíblia à outra?
53 Além da uniformidade mundial na pronúncia, há mais envolvido na unidade deste nome sagrado. Este nome, usado tantos milhares de vezes, desde o seu primeiro aparecimento em Gênesis 2:4 até o seu último aparecimento na exclamação jubilante “Aleluia!”, em Revelação 19:6, basta em si mesmo para ser usado em todas as muitas ligações em que está: envolvido o nome de Deus. Este único nome abrange assim em si mesmo uma multidão de associações, que nos dão uma idéia cabal de como é Deus. Este um só nome não precisa substituto; não precisa de substituição. Não é verdade que na ocasião do batismo de Jesus, no ano 29 E.C., o nome deste Filho de Deus tornou-se ‘substituto ou substituição por Jeová’, e que Jesus é o mesmo que Jeová, não se precisando assim mais usar o nome de Jeová. Tampouco é verdade que o título sem nome “O SENHOR” ou apenas “Deus” possa ser corretamente usado como substituto do nome identificador Jeová. Este é um raciocínio enganoso da parte dos clérigos religiosos da cristandade e do judaísmo. Seu raciocínio errôneo perecerá junto com eles. No vindouro novo sistema teocrático de coisas de Jeová, Seu nome será apenas um só!
FLAGELO E CONFUSÃO PARA OS INIMIGOS ATACANTES
54, 55. Por que se estremece só de pensar no que se profetizou sobre o que acontecerá aos olhos e às línguas dos que atacam a Jerusalém celestial?
54 Quando as nações da terra fizerem seu vindouro ataque final contra a “Jerusalém celestial”, zombarão irreligiosamente das testemunhas cristãs de Jeová na terra e sua língua, sem dúvida, ultrajará e blasfemará este nome santíssimo. Mas, não por muito tempo baterão com a língua nos dentes e olharão os seus olhos com desdém para os que proclamam o reino da “Jerusalém celestial”. Isto faz com que estremeçamos ao ouvir o que sobrevirá aqueles atacantes:
55 “E este mostrará ser o flagelo com que Jeová flagelará todos os povos que realmente prestarem serviço militar contra Jerusalém: Haverá apodrecimento da carne enquanto a pessoa estiver de pé; e os próprios olhos da pessoa apodrecerão nas suas órbitas e a própria língua apodrecerá na boca da pessoa. E naquele dia terá de acontecer que se espalhará entre eles a confusão da parte de Jeová; e eles realmente agarrarão, cada um, a mão de seu companheiro, e sua mão realmente se levantará contra a mão de seu companheiro. E o próprio Judá também guerreará em Jerusalém; e certamente se ajuntará a riqueza de todas às nações ao redor, o ouro, e a prata, e as vestes, em quantidade excessiva. E assim mostrará ser o flagelo do cavalo, do mulo, do camelo e do jumento, e de toda sorte de animal doméstico que vier a estar naqueles campos, semelhante a este flagelo.” — Zacarias 14:12-15.
56. Por que não pode ser sincero que os povos da cristandade se dizem chocados em vista da narrativa deste flagelo?
56 Terrível? Horrendo? Sádico? Medonho? Perverso? Os leitores da Bíblia, na cristandade, talvez se mostrem chocados com tal narrativa inspirada da batalha! Mas, não seria hipócrita da parte deles fazerem isso? Como podem estar sinceramente chocados, quando as nações chamadas “cristãs” que eles apóiam patrioticamente agora estão preparadas para travar a última guerra, com as bombas incendiárias de napalm lançadas de aviões, com fogo líquido expelido de armas, com corrosivos gases químicos, com explosivos que arrancam a face da pessoa, de modo que a vítima sobrevivente precise usar duma máscara e ser alimentada de modo intravenoso, com as bombas nucleares de potência tão enorme, que podem fazer dezenas de milhares de criaturas humanas desaparecer no ar? Como podem os apoiadores de tal malvadez achar falta em Jeová dos exércitos? Devem antes ficar chocados e horrorizados com si mesmos!
57. Ao refletirmos na seriedade do flagelo, quão sério é o ataque das nações contra a Jerusalém celestial, algo que temos de tomar em conta?
57 Ao pensarmos na severidade do “flagelo com que Jeová flagelará todos os povos que realmente prestarem serviço militar contra Jerusalém”, precisamos lembrar-nos da seriedade da ação que os povos e as nações tomam. (Zacarias 14:12) Ao prestar serviço militar contra a “cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial”, atacam a organização capital do Grande Teocrata, o Soberano do universo. Poderia haver maior impudência descarada? Poderia haver uma rebeldia mais extrema, mais rematada? Que insulto isto é para o maior e mais elevado Personagem em todo o domínio da existência! Tais revoltosos impudentes, desafiantes e insultantes contra a soberania universal do Grande Teocrata precisam aprender com quem estão lidando. “Porque o nosso Deus é também um fogo consumidor.” “Coisa terrível é cair nas mãos do Deus vivente.” (Hebreus 12:29; 10:31) É nas mãos dele que eles caem quando se lançam em ímpio serviço militar contra o que Jeová chama de “menina do meu olho”. — Zacarias 2:8.
58. Como é que “Judá” espiritual “guerreará em Jerusalém”, quem guerreará ao lado dele e a que serão assim poupados?
58 O ataque das nações religiosamente desiludidas será contra o que representa visivelmente a “Jerusalém celestial”, a saber, os do restante ungido dos israelitas espirituais, “que foram alistados nos céus”. (Hebreus 12:22, 23) Isto é indicado quando a profecia diz: “E o próprio Judá também guerreará em Jerusalém.” (Zacarias 14:14) Junto com este restante ungido que guerreia espiritualmente a favor dos interesses da capital teocrática de Jeová estará a “grande multidão” de pessoas de todas as nações, tribos e povos, que tomam sua posição ao lado do governo teocrático de Jeová. (Revelação 7:9-17) Sendo guerreiros em defesa do que é representado pela “Jerusalém celestial”, serão poupados ao “flagelo com que Jeová flagelará” todos os atacantes.
59. Quer seja aplicado literalmente conforme descrito, quer não, qual será o efeito do flagelo sobre as forças atacantes?
59 Quer o “flagelo” seja literalmente assim como descrito na profecia, quer não, silenciar-se-ão as bocas que se abriram para soltar terríveis gritos de guerra e de ameaças! As línguas apodrecerão. A faculdade da visão ficará de repente obscurecida, de modo que os atacantes de olhar feroz só poderão golpear cegamente contra o alvo de seu ataque. Os olhos apodrecerão! Os músculos e tendões dos altamente treinados e fisicamente desenvolvidos guerreiros perderão sua força, sua elasticidade e sua mobilidade, ao estarem de pé para uma ação de vida ou morte, não enquanto estão deitados no solo como cadáveres. A carne que reveste sua estrutura óssea apodrecerá! O flagelo atacará repentinamente também os cavalos, os mulos, os camelos, os jumentos e toda outra sorte de animais domésticos nos seus acampamentos militares. O equipamento móvel de ataque ficará imobilizado de modo impotente! — Zacarias 14:12, 15.
60. O que fará a ampla confusão dos atacantes?
60 Tudo isso já é bastante aterrorizante! Mas o terror deste desfecho surpreendente será aumentado pela confusão que o Deus Todo-poderoso criará entre os pretensos atacantes. Sua unidade de ação contra a “Jerusalém celestial” e os guerreiros de “Judá” será quebrantada. Iguais a gladiadores com capacete cegante na cabeça, num espetáculo numa arena romana perante multidões de sanguinários espectadores circenses, eles agarrarão mãos e golpearão cegamente uns aos outros. Perderão a visão do objetivo comum. Os interesses pessoais passarão a sobrepor-se. Sua teoria da evolução, a respeito da “sobrevivência do mais apto”, passará a dominá-los e controlá-los. A confusão mortífera se tornará geral, ao se empenharem em matança mútua. — Zacarias 14:13.
61. (a) Que lembranças de Jeová guerrear no passado “no dia da peleja”, se suscitam assim? (b) Do lado de quem lutará Ele na guerra vindoura?
61 Este é o clímax ‘daquele dia’! Jeová passará à ação, para “guerrear contra essas nações, no dia da peleja”. (Zacarias 14:3) Isto relembra a luta de Jeová contra os cavaleiros e os carros do orgulhoso Faraó do Egito, no Mar Vermelho, nos dias do profeta Moisés! Faz lembrar a derrota que Jeová infligiu às forças combinadas de Moabe, Amom e Monte Seir, na margem ocidental do Mar Morto, nos dias do Rei Jeosafá de Judá (936-911 A.E.C.). Faz lembrar de como Jeová, por meio de seu anjo, matou numa só noite 185.000 soldados assírios do Rei Senaqueribe, que ameaçava Jerusalém nos dias do Rei Ezequias de Judá! (Êxodo 14:1 a 16:21; 2 Crônicas 20:1-26; 2 Reis 18:13 a 19:36) Mas, impressionantes como foram estas lutas de Jeová na antiguidade, sua luta pela sua soberania universal, “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, na iminente situação mundial chamada Har-Magedon, será muito maior em magnitude. (Revelação 16:13-16) Ali Ele lutará à mão direita de seu Messias, seu Filho. (Salmo 110:4-6) A previsão registrada da luta diz:
62, 63. (a) Como descreve Revelação 17:12-14 a luta pela vitória do Messias de Jeová? (b) O que será muito precioso e muito apreciado como despojo da vitória?
62 “E os dez chifres que viste significam dez reis, os quais ainda não receberam um reino, mas eles recebem autoridade como reis por uma hora, junto com a fera. Estes têm um só pensamento, e assim, dão o seu poder e autoridade à fera. Estes batalharão contra o Cordeiro, mas, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, o Cordeiro os vencerá. Também o farão com ele os chamados, e escolhidos, e fiéis.” — Revelação 17:12-14.
63 Assim, os senhores políticos e reis da terra, embora entreguem seu poder e sua autoridade às Nações Unidas, como organização para manter a soberania humana sobre toda a terra, sofrerão a derrota às mãos do Cordeiro, uma vez sacrificado, Jesus Cristo, o Rei, e serão destruídos. (Revelação 19:11-21) Assim se vindicará eternamente a soberania de Jeová sobre todo o universo, inclusive esta terra. Esta vindicação divina será em si mesma já um despojo muito precioso da vitória. A maior questão de todos os tempos terá sido resolvida para a satisfação de todos os que vivem no céu e na terra. Os interesses da adoração pura e verdadeira do único Deus vivente e verdadeiro, no seu templo espiritual, terão sido preservados para todo o sempre. Os sobreviventes da guerra, na terra, apreciarão estas coisas inestimáveis mais do que todos os despojos materiais que os inimigos mortos deixarem atrás em abundância: “E certamente se ajuntará a riqueza de todas as nações ao redor, o ouro, e a prata, e as vestes, em quantidade excessiva.” — Zacarias 14:14.
[Nota(s) de rodapé]
a Estes membros encarcerados do Corpo Governante eram sete em número, quatro deles sendo membros da comissão editorial da revista Watch Tower (Sentinela), três deles sendo também membros da diretoria da Watch Tower Bible and Tract Society, um deles sendo o presidente da Sociedade, outro seu secretário-tesoureiro e mais outro o co-autor do livro “O Mistério Consumado”; além dos precedentes, houve o outro co-autor de “O Mistério Consumado”, um quarto membro da diretoria da Sociedade e o supervisor do escritório da Sociedade. — Veja The Watch Tower de 15 de janeiro de 1918, páginas 18, 23; de 15 de junho, página 178; de 1.º de julho, página 194; de 15 de julho página 222. (Note que nem todos os membros da Diretoria da Sociedade faziam parte da Comissão Editorial, nem eram todos os membros da Comissão Editorial também diretores da Sociedade.)
b O nome Jesus ou Jesua é um nome composto, sendo uma abreviação do nome hebraico Jeosué (Josué), que significa “Jeová É Salvação”. — Números 13:16.