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LábioAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Os lábios não constituem indício seguro do que existe no coração, visto que o indivíduo pode empregá-los para proferir palavras hipócritas. (Mat. 15:8) No entanto, os lábios não conseguem ocultar de Deus a verdadeira condição do coração (Heb. 4:13), e, por fim, desvendarão o que existe no coração. — Pro. 26:23-26; Mat. 12:34.
Moisés quis escusar-se de falar perante o Faraó porque era de “lábios incircuncisos”, isto é, era como se seus lábios possuíssem um prepúcio sobre eles e, assim sendo, fossem longos e grossos demais para falar com facilidade. É possível que ele tivesse alguma dificuldade na fala. (Êxo. 6:12, 30) Isaías, quando convocado por Jeová, desejava servir, mas lamentou ‘estar perdido’ (BJ) porque, sendo homem impuro de lábios, tinha contemplado a Jeová em visão, e não era apto a levar a mensagem pura de Deus. Jeová fez então com que os lábios de Isaías fossem purificados. — Isa. 6:5-7; compare com João 15:3; Isaías 52:11; 2 Coríntios 6:17.
A profecia de Oséias incentivava Israel a oferecer a Jeová os “novilhos” de seus lábios, representando os sacrifícios de louvor sincero. (Osé. 14:2) O escritor cristão do livro de Hebreus faz alusão a esta profecia ao exortar os co-crentes a oferecerem a Deus “um sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios que fazem declaração pública do Seu nome”. — Heb. 13:15.
Em sentido figurado, um “lábio macio” indica linguagem enganosa. (Sal. 12:2, 3) Tais lábios, bem como os lábios duros ou enganosos, podem ser prejudiciais, ferindo em profundidade como uma espada, ou envenenando como uma víbora. (Sal. 59:7; 140:3; Rom. 3:13) A pessoa que “abre bem os seus lábios” é aquela que fala de modo impensado ou insensato. (Pro. 13:3) Isso pode conduzi-la à ruína, pois Deus determina que todos terão de prestar contas por suas palavras. — Deut. 23:23; Núm. 30:6-8; Pro. 12:13; compare com Jó 2:10; Mateus 12:36, 37.
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LaçoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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LAÇO
Veja ARMADILHA.
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LádanoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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LÁDANO
Há certa incerteza quanto ao que é designado pela palavra hebraica nekhó’th, item levado por uma caravana de ismaelitas, aos quais José foi vendido, e um dos produtos excelentes que Jacó mandou seus filhos levar como presente para aquele que era governante do Egito. (Gên. 37:25; 43:11) O termo nekhó’th tem sido traduzido de forma variada como “especiarias” (Al), “resina” (CBC), “tragacanto” (IBB; PIB; VB); “arômatas” (ALA), e, segundo definido por um léxico hebraico e aramaico, de Koehler e Baumgartner, “ládano”. (NM) O ládano é uma resina macia, castanho-escura ou negra que exsuda das folhas e dos ramos de várias variedades de Cistus, esteva ou xara, plantinha arbustiva dotada de flores grandes, de cinco pétalas, que se parece com a rosa silvestre. A resina tem sabor amargo, mas cheiro fragrante. É usada em perfumes, e, em certa época, também era empregada na medicina. Com referência a esta substância, o antigo historiador grego, Heródoto (História, Livro III, seção 112, Clás. Jackson), escreve: “Embora odorífero, . . . extraem-no da barba dos bodes e das cabras, tal qual a goma que escorre lentamente das árvores. Empregam-no na composição de vários perfumes, e é principalmente com ele que os árabes se perfumam.”
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LadrãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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LADRÃO
Alguém que, deliberadamente, apossa-se daquilo que pertence a outrem sem permissão, especialmente alguém que pratica a fraude e o engano, ou que rouba secretamente. O modo de agir dos ladrões era quase o mesmo antigamente como o de hoje. Vinham roubar geralmente à noite (Jó 24:14; Jer. 49:9; Mat. 24:43; Luc. 12:39; João 10:10; 1 Tes. 5:2-5; 2 Ped. 3:10; Rev. 3:3; 16:15), e uma das formas comuns de penetração na casa era por uma janela. (Joel 2:9) Por outro lado, ladrões e assaltantes de estradas armavam uma emboscada e caíam sobre suas vítimas em áreas desertas, onde era virtualmente impossível obter ajuda. Não raro, não hesitavam em empregar violência ou em ameaçar e pôr em perigo a vida daqueles de cujos bens se apoderavam. — Juí. 9:25; Luc. 10:30, 36; 2 Cor. 11:26.
Os termos das línguas originais traduzidos “roubar” e “salteador” podem também referir-se a reter de outrem o que lhe é legitimamente devido, ou conseguir coisas de outros por meios fraudulentos ou por apropriar-se, em proveito próprio, daquilo que a pessoa estava obrigada a dar a outros. Por deixarem de pagar os dízimos que sustentavam a verdadeira adoração no templo, os judeus dos dias de Malaquias estavam ‘roubando a Deus’. (Mal. 3:8, 9) Provérbios 28:24 fala de a pessoa roubar a seu pai ou a sua mãe, significando, como é evidente, privar os pais, de algum modo, do que pertence de direito a eles. Jesus Cristo condenou os cambistas por terem transformado o templo num “covil de salteadores”. Isto sugere que os cambistas cobravam taxas exorbitantes para seus serviços. — Mat. 21:12, 13.
Em sua segunda carta aos coríntios, o apóstolo Paulo escreveu: “A outras congregações roubei, por aceitar provisões, a fim de ministrar a vós.” (2 Cor. 11:8) Não havia nada de fraudulento em Paulo receber de outros as provisões para seu sustento. Mas, evidentemente, ele se referiu a isso como se fosse roubar aquelas congregações no sentido de ter usado aquilo que recebera delas para suprir suas necessidades enquanto labutava, não a favor delas, mas em prol dos coríntios.
Em alguns casos, ‘roubar’ pode referir-se ao ato justificado de se apoderar daquilo a que se tem direito, sendo dada ênfase à maneira furtiva em que tal ato é executado. Para exemplificar, alguns israelitas ‘furtaram’ o corpo de Saul da praça pública de Bete-Sã. (2 Sam.
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