Tenhamos intenso amor uns pelos outros
‘Tende intenso amor uns pelos outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados.” — 1 Ped. 4:8.
1, 2. Como confirma o escritor bíblico João a importância de demonstrarmos o amor agape em nossa vida?
NA SUA primeira carta a concristãos, o apóstolo João mencionou o amor de Deus ao enviar Seu Filho para livrar a humanidade e mostrou que os cristãos devem imitar esta expressão de amor. Não se trata duma questão de escolha, mas é realmente uma obrigação nossa, de nos amarmos uns aos outros. Ele disse: “Amados, se é assim que Deus nos amou, então nós mesmos temos a obrigação de nos amarmos uns aos outros.” (1 João 4:11) Portanto, João enfatiza aqui a importância do “novo mandamento” de Jesus. (João 13:34, 35) Os cristãos devem ser exemplares em mostrar amor uns aos outros. O próprio Jeová deu o exemplo em mostrar amor (agape) segundo princípios pelos seus filhos terrestres. Portanto, como filhos obedientes e como servos de Deus, devemos seguir este exemplo e mostrar amor, não só a Jeová Deus, mas também uns pelos outros.
2 João confirmou novamente esta obrigação e mostrou a seriedade do assunto em 1 João 4:20, 21, ao escrever: “Se alguém fizer a declaração: ‘Eu amo a Deus’, e ainda assim odiar o seu irmão, é mentiroso. Pois, quem não ama o seu irmão, a quem tem visto, não pode estar amando a Deus, a quem não tem visto. E temos dele este mandamento, que aquele que ama a Deus esteja também amando o seu irmão.” Portanto, esta questão de mostrarmos amor agape, amor abnegado, pelos nossos irmãos e irmãs cristãos, é algo muito sério, porque com isso mostramos que amamos o próprio Jeová Deus.
3. Quem é nosso irmão visível, a quem devemos amar?
3 Quem é nosso irmão visível a quem devemos amar? Ora, não podemos limitar isso a alguém da mesma raça, da mesma cor ou da mesma nacionalidade, podemos? Antes, nosso irmão é nosso conservo de Jeová na congregação cristã, local, ou em qualquer outra congregação das testemunhas cristãs de Jeová em toda a terra. Ele é nosso irmão na fé. (Gál. 3:26-28) Por isso, somos obrigados pelo amor de Jeová a ter intenso amor pelos nossos irmãos cristãos, provando assim que somos verdadeiros cristãos.
4. O que recomenda Paulo em 2 Coríntios 13:5, e, portanto, que perguntas devem ser consideradas por todos?
4 Hoje em dia, como organização, as testemunhas cristãs de Jeová têm tal amor uns pelos outros. Não há luta entre grupos nacionais; não há preconceito ou ódio racial. E é assim que deve ser. O sinal do verdadeiro cristianismo existe definitivamente na organização. Mas, a questão é: Como agimos nós pessoalmente nesta questão de mostrar amor aos nossos irmãos cristãos? Demonstramos individualmente verdadeiro amor agape uns pelos outros? Temos individualmente intenso amor uns pelos outros? Neste respeito, convém que cada um examine a si mesmo segundo a norma especificada na Palavra de Jeová. Sim, conforme Paulo disse: “Persisti em examinar se estais na fé, persisti em provar o que vós mesmos sois.” — 2 Cor. 13:5.
5. (a) É o amor opcional como qualidade dos cristãos? (b) Até onde deve estender-se o amor do cristão?
5 Aprendemos das palavras de Jesus, e também das de João, que o amor pelos nossos irmãos é uma qualidade cristã necessária. Não é algo que podemos chamar de opcional; o amor não é algo que podemos praticar apenas quando conveniente. Antes, a ordem de Jesus aos seus discípulos, de se amarem uns aos outros, é realmente uma lei régia, que deve influenciar todas as nossas ações. Tampouco podemos limitar nosso amor apenas a alguns associados íntimos na congregação, mas antes, nosso amor deve estender-se para incluir toda a associação dos irmãos, em todas as partes da terra. Assim como Pedro escreveu: “Tende amor à associação inteira dos irmãos.” (1 Ped. 2:17) Quão importante é, então, que não limitemos nosso amor, mas que o estendamos para incluir toda a associação dos irmãos.
COMO SE ADQUIRE O AMOR CRISTÃO PELOS IRMÃOS?
6. Como pode o cristão passar a adquirir a capacidade de demonstrar amor agape?
6 Visto que o amor é tão importante na vida do cristão, então, como adquire o cristão tal amor? Hoje há muitos na congregação cristã que são muito novos na sua adoração de Jeová, e é apenas correto que queiram cumprir com a lei régia, o ‘novo mandamento’ que Jesus determinou para seus seguidores. Pois bem, primeiro reconhecemos que o amor agape é realmente fruto do espírito de Deus, conforme Paulo salientou em Gálatas 5:22. Portanto, o cristão precisa procurar e seguir a orientação do espírito santo de Deus em união com a organização que Jeová usa hoje na terra.
7. Por que é o conhecimento da Palavra de Deus importante para se cultivar a qualidade do amor?
7 Além disso, é todo-importante ter conhecimento de Jeová Deus e de seus maravilhosos atributos. Neste respeito, o cristão precisa aprender exatamente o que é o amor e como age para com seu irmão e seu próximo. Este conhecimento, naturalmente, provém do estudo da Palavra de Deus, em particular e em associação com o povo de Deus hoje na terra. Portanto, o cristão precisa criar profundo apreço de todas as verdades encontradas na Palavra de Deus e tornar-se estudante diligente da Bíblia. Conforme disse Pedro, devemos passar a ‘ansiar o leite não adulterado pertencente à palavra’. — 1 Ped. 2:2.
8. Como entra nisso o coração, e por quê?
8 Daí, naturalmente, entra em cena o coração, porque o amor é principalmente uma qualidade do coração. Por isso Pedro escreveu: “Amai-vos uns aos outros intensamente de coração.” (1 Ped. 1:22) Com o conhecimento correto do que é o amor agape e como age, o coração pode ser orientado e dirigido no caminho certo em mostrar amor, primeiro a Jeová, o Deus de amor, e depois ao seu irmão e ao próximo. Ter o cristão criado tal amor no seu coração lhe tornará possível, por fim, dedicar-se a Jeová, o Deus de amor, e depois secundar esta dedicação por cumprir as leis de Jeová e levar sua vida cotidiana em harmonia com os princípios de Deus, encontrados na Palavra dele. — 1 João 5:3.
9. (a) O que é às vezes mais difícil do que obter conhecimento da Bíblia ou pregar? (b) Quão importante é o amor agape para o cristão, no que se refere às suas relações com seus irmãos?
9 Alguns cristãos talvez não achem muito difícil encher a mente com o conhecimento de Jeová e suas leis e requisitos, e talvez gostem de sair e pregar as boas novas do reino de Deus a outros. No entanto, para estas mesmas pessoas, viver a verdade e aprender a se amarem “uns aos outros intensamente de coração” às vezes é mais difícil do que apenas obter conhecimento de mandamentos, leis e princípios, ou pregar em público. É neste respeito que o cristão precisa aprender a harmonizar-se com os princípios a respeito de suas atitudes, sua conduta, sua relação com cada um na congregação, e é nisso que é muitíssimo importante o amor agape. Isto significa que o cristão precisa aprender a viver obedientemente toda a verdade de coração.
10. Que advertência faz João sobre o amor, e, por isso, como deve o cristão orientar corretamente seu amor?
10 Se amarmos os nossos irmãos, então teremos de eliminar tudo o que tenderia a nos separar de qualquer deles. Teremos de ter cuidado de não começarmos a amar as coisas erradas. Foi por isso que João, por amor aos seus irmãos cristãos, os advertiu contra amarem o mundo. Ele disse: “Não estejais amando nem o mundo, nem as coisas no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo o que há no mundo — o desejo da carne, e o desejo dos olhos, e a ostentação dos meios de vida da pessoa — não se origina do Pai, mas origina-se do mundo.” (1 João 2:15, 16) Portanto, se alguém passasse a amar o mundo ou as coisas no mundo, seu amor estaria mal orientado. Ele se separaria de seus irmãos que não amam o mundo, nem as coisas do mundo. Em pouco tempo, não seria encontrado com os irmãos nas reuniões congregacionais, nem no serviço de campo, cristão, mas procuraria companheiros mundanos ou interesses mundanos, em vez de seus irmãos cristãos. Portanto, quão cuidadosos devemos ser para manter nosso amor orientado corretamente e procurarmos sempre a associação daqueles que adoram a Jeová assim como nós fazemos!
11. (a) O verdadeiro amor agape para com os outros deve impedir que pensemos de que modo? (b) O que fica afetado, se não demonstrarmos verdadeiro amor pelos nossos irmãos?
11 O verdadeiro amor segundo princípios deve fazer com que pensemos nos outros, não apenas em nós mesmos e nos nossos próprios interesses, insistindo em que temos o direito de fazer as coisas sem considerar como afetaria os outros. Por isso, devemos pensar na nossa aparência pessoal e nos nossos interesses pessoais, a fim de não perturbarmos neste sentido alguém da congregação, nem o fazermos tropeçar. (2 Cor. 6:3, 6) Devemos vigiar nossa conduta, nossa palavra e nossas associações, pensando não apenas nos nossos próprios desejos e interesses, mas nos interesses de nossos irmãos, refletindo em como seriam afetados pelo que fazemos ou dizemos. (Fil. 2:4) É bom lembrar-se de que, se o amor agape não se desenvolver corretamente em nós, então isso afeta realmente nossa relação com Jeová. Lembre-se das palavras de João: “Pois, quem não ama o seu irmão, a quem tem visto, não pode estar amando a Deus, a quem não tem visto.” — 1 João 4:20.
EM IMITAÇÃO DO AMOR DE JEOVÁ
12. Que exemplo nos dá Jeová nesta questão do amor e, por isso, o que nos aconselha Pedro?
12 Convém também considerar que Jeová ama a todos nós e que todos nós somos imperfeitos. De modo que Jeová não restringe seu amor apenas a alguns na congregação, mas, por intermédio de seu arranjo amoroso, está disposto a perdoar nossos enganos e erros, e a aceitar nosso serviço amoroso. Portanto, o amor intenso de coração pelos nossos irmãos baseia-se na verdade e no apreço genuíno do valor de nossos irmãos aos olhos de Jeová. Pedro aconselhou: “Acima de tudo, tende intenso amor uns pelos outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados. Sede hospitaleiros uns para com os outros, sem resmungar. Na proporção em que cada um recebeu um dom, usai-o em ministrar uns aos outros como mordomos excelentes da benignidade imerecida de Deus, expressa de vários modos.” (1 Ped. 4:8-10) Portanto, Jeová dá a cada um certo dom para usar no serviço divino e ele aceita nosso serviço apesar de nossas imperfeições, fraquezas e faltas. Se amarmos nossos irmãos assim como Jeová nos ama, devemos poder olhar para mais além dos erros e enganos deles, e aprender a trabalhar em associação íntima com TODOS na congregação, cobrindo os enganos dos outros com o amor.
13. Como podem os anciãos mostrar amor aos seus co-anciãos na congregação?
13 Isto se daria especialmente com os anciãos oficiais nas congregações cristãs. Alguns anciãos não devem achar que são superiores a outros anciãos por já estarem na organização de Deus por mais tempo ou por terem sido designados para anciãos por um período maior de tempo. Antes, devem apreciar seus co-anciãos e estimar o valor e a dignidade humana deles à vista de Deus, respeitando as opiniões e pensamentos deles, conforme se baseiam na Palavra de Deus. Jeová não faz nenhuma distinção com respeito a quanto tempo alguém já serve ou é ancião. Portanto, os que já estão mais tempo no serviço de Jeová não devem tentar impor suas idéias ou opiniões a outros anciãos, mas devem aprender a cooperar com eles em amor, concedendo-lhes o devido respeito pelo seu “dom’” ministerial e o uso deste como anciãos designados.
14. Que conselho dá Paulo sobre a cooperação com os anciãos e como pode isto ser aplicado por todos na congregação?
14 O mesmo ponto aplica-se realmente a todos na congregação de Deus, quanto a colaborar com os anciãos. Nenhum dos anciãos é perfeito, de modo que temos de ter cuidado para não aumentarmos as faltas ou imperfeições humanas dum ancião e para não tendermos a menosprezar seu conselho ou seus pontos de instrução baseados na Palavra de Deus. Não podemos desconsiderar o conselho só porque haja certas peculiaridades relacionadas com certo ancião, de que não gostamos. Não, mas não devemos fazer caso de faltas e imperfeições, e, antes, devemos considerar o amor do ancião por Jeová e seu zelo no serviço Dele, aprendendo a respeitar todos os anciãos e a cooperar com todos eles na congregação. Paulo salientou este ponto em Hebreus 13:17, onde ele diz: “Sede obedientes aos que tomam a dianteira entre vós e sede submissos, pois vigiam sobre as vossas almas como quem há de prestar contas; para que façam isso com alegria e não com suspiros, porque isso vos seria prejudicial.” Quão bom é quando os irmãos cooperam intimamente com os anciãos e têm amor de coração a eles e à obra excelente que fazem!
15. Como aplicaria 1 Timóteo 1:5 nesta questão de nos amarmos uns aos outros intensamente de coração?
15 Sim, o amor a todos os nossos irmãos deve provir dum coração puro e deve ser de todo o coração. Lembre-se de que Paulo disse a Timóteo: “Realmente, o objetivo desta ordem é o amor proveniente dum coração puro, e duma boa consciência, e duma fé sem hipocrisia.” (1 Tim. 1:5) Isto significa que nosso coração foi purificado pela verdade, e quando verificamos que somos faltosos em algum sentido no amor pelos nossos irmãos, então devemos permitir que a verdade purifique nossa vida pelo uso mais freqüente da Palavra de Deus. O coração puro deve impelir-nos a ter uma relação sadia, honesta e útil com todos os irmãos na congregação. Nossa consciência será assim boa, porque estará sossegada. Teremos a certeza de fazer o que é direito. Nosso amor será facilmente observável pelos outros, porque não será uma demonstração hipócrita, nem algo inventado só pelas aparências. O verdadeiro amor é uma qualidade piedosa, uma pura qualidade íntima que é real e que procede dum coração bom e puro.
16. Como deverão os anciãos dar conselho, se tiverem verdadeiro amor pelos seus irmãos?
16 Os que são anciãos na congregação podem mostrar tal amor de coração pelos seus irmãos por terem consideração em como falam com eles. Neste caso, certamente é essencial a humildade. O ancião não deve estar cheio de orgulho, pensando que é melhor do que os outros na congregação. Cada um na congregação é uma propriedade valiosa, uma das “ovelhas” de Jeová. (João 10:16) De modo que os anciãos, ao falarem com outros e darem conselhos, devem pensar em como suas palavras ou ações afetam os outros. Seu conselho deve ser dado de modo humilde e bondoso. Gálatas, capítulo seis, versículo um, mostra que é essencial ter o “espírito de brandura” quando se procura ajudar espiritualmente um irmão. Este, pois, é o modo amoroso; procura-se sinceramente ajudar o outro e não se elevar acima dos outros, nem se considerar mais importante por causa dum cargo.
INTENSO AMOR “AGAPE” MOSTRADO POR TODOS
17, 18. Como podemos seguir o conselho de Paulo (a) de ‘admoestar os desordeiros’ e (b) de ‘falar consoladoramente às almas deprimidas’?
17 Em 1 Tessalonicenses 5:14, o apóstolo Paulo deu bom conselho sobre como TODOS nós, em cada congregação, podemos ampliar-nos para incluir as necessidades de nossos irmãos, ampliando assim nosso amor de uns pelos outros: “Exortamo-vos, irmãos: admoestai os desordeiros.” Não falava ali apenas aos anciãos na congregação, mas a TODOS na congregação. Ocasionalmente podemos ver alguém na congregação, que talvez esteja à beira de má conduta, e esta seria uma ocasião apropriada para seguir o conselho de Paulo, de ‘admoestar os desordeiros’. Isto não significa que devemos advertir severamente um irmão ou talvez começar a tagarelar sobre o que ele faz. Não, antes, devemos amorosamente e com tato tentar ajudar nosso irmão de modo pessoal e indicar-lhe a direção certa, animando-o a obras corretas e a abandonar as obras erradas. Naturalmente, se observarmos algo muito sério, então seria bom considerar o assunto com um dos anciãos, que poderá dar o necessário conselho àquele que é desordeiro.
18 Paulo escreveu também que devemos ‘falar consoladoramente às almas deprimidas’. (1 Tes. 5:14) Em muitas congregações há idosos, talvez doentios, que talvez se sintam deprimidos por não poderem realizar o serviço de campo assim como faziam antes. Talvez se sintam um pouco desamparados e limitados na sua capacidade. Podemos ajudar a tais de modo espiritual, conforme for necessário, e mostrar-lhes quanto todos na congregação apreciam seu bom exemplo em assistir às reuniões e se empenhar no serviço, embora de modo limitado, encorajando-os de qualquer modo possível.
19. Por que poderá um irmão talvez estar fraco em certo sentido e como poderemos ‘amparar os fracos’?
19 Neste mesmo texto, Paulo aconselhou também a que ‘amparemos os fracos’. Talvez tenha observado alguns que são fracos na obra de pregação ou em freqüentar as reuniões. Poderia falar amorosamente com tais irmãos e tentar animá-los, e, em alguns casos, fazer arranjos práticos para ajudá-los. Ou podemos verificar que alguém está enfraquecendo na fé, talvez por estar especulando quanto ao futuro. Há alguns que sempre fazem perguntas para as quais não há respostas bíblicas, e, quando os anciãos ou outros na congregação não podem responder às suas perguntas, começam a duvidar do cumprimento das profecias ou mesmo de que Jeová use hoje sua organização. Como poderemos ajudar a tais fracos? Certamente podemos animá-los a reconhecer o valor da congregação, não podemos? Veja como Jeová usa hoje sua organização para fazer a pregação das boas novas! Esta é a obra que Jesus disse que tinha de ser feita, e que outra organização a faz? (Mat. 24:14; 28:19, 20) Jesus disse também que haveria a classe dum “escravo fiel e discreto”, que supriria alimento espiritual ao povo de Deus, e, hoje em dia, os do povo de Jeová são os únicos espiritualmente bem nutridos, por causa da associação com tal “escravo”. (Mat. 24:45, 46) Por meio dela, entramos em contato íntimo com Jeová, seu Filho e seu povo na terra. Para onde poderíamos voltar-nos, se abandonássemos hoje a organização de Deus? Não há outro lugar! (João 6:66-69) Esta é a única organização que ele usa, e, se nós mesmos estivermos convencidos disso, deveremos poder ajudar outros enfraquecidos na fé.
20. O que queria Paulo dizer quando disse que devemos ser “longânimes para com todos”?
20 “Sede longânimes para com todos”, escreveu também Paulo. (1 Tes. 5:14) Portanto, nossa bondade e nosso amor fraternais devem incluir a todos na congregação. Devemos estar dispostos a não fazer caso das fraquezas e das imperfeições de todos, e ser longânimes para com todos, não apenas para com alguns, quando o achamos fácil de fazer. Temos de aprender a ser pacientes e a não ser ralhadores, exigentes ou críticos dos outros. Em harmonia com 1 Tessalonicenses 5:15, queremos ver “que ninguém pague a outro dano por dano, mas, [empenhar-nos] sempre pelo que é bom de uns para com os outros e para com todos os demais”. No 1 Te 5 versículo 13 do mesmo capítulo, Paulo dissera: “Sede pacíficos uns com os outros.” Portanto, devemos procurar sempre estar em paz com nossos irmãos.
21. Como devemos expressar nosso amor nas reuniões cristãs?
21 Nosso amor aos irmãos deve ser expressivo, não latente. Deve incluir ter consideração para com nossos irmãos. Por exemplo, quando vamos às nossas reuniões de congregação, convém não só falar com os que conhecemos bem, mas também procurar os novos e os tímidos ou retraídos, e incluí-los nos nossos cumprimentos e nas nossas palestras. Assim os animamos e ajudamos a ficar à vontade e usufruir a companhia dos irmãos. Tampouco queremos desconsiderar as crianças. Nosso amor deve dirigir-nos a conversarmos também com elas e a elogiá-las pelos seus bons esforços em servir a Jeová Deus. Devemos deixá-las saber quanto apreciamos o bom exemplo que dão no serviço de campo e sua boa conduta na escola e no lar. Assim as animamos amorosamente a continuar no caminho certo de servir a Jeová Deus.
MOSTREMOS AMOR DE MODO MATERIAL
22. (a) De que modos poderá ser expresso nosso amor em certas ocasiões, e que exemplo correto forneceu Jesus neste respeito? (b) Quais são algumas maneiras em que podemos mostrar amor de modo material?
22 Ao avançarmos ainda mais no “tempo do fim” deste velho sistema, reconhecemos que é necessário que nos acheguemos sempre mais uns aos outros, no vínculo do amor, tendo intenso amor uns pelos outros. Podem surgir ocasiões em que vemos que nossos irmãos precisam de auxílio, e quão bom é que os conheçamos bem e os amemos! Às vezes pode significar mais do que apenas ajuda espiritual, porque poderá haver necessidade de auxílio material. João escreveu sobre esta necessidade, em 1 João 3:17 e 18: “Mas, todo aquele que tiver os meios deste mundo para sustentar a vida e observar que o seu irmão padece necessidade, e ainda assim lhe fechar a porta das suas ternas compaixões, de que modo permanece nele o amor de Deus? Filhinhos, amemos, não em palavra nem com a língua, mas em ação e em verdade.” Se mostrarmos amor aos nossos irmãos em sentido material, novamente estaremos imitando o bom exemplo de Jesus. Lembramo-nos de que, às vezes, alimentava multidões tanto com alimento material como com nutrição espiritual, para que pudessem voltar em segurança para seus lares e não desfalecer no caminho. (Mat. 14:14-21; 15:32-38) Assim ocasionalmente também poderemos mostrar amor de modo material. Nossos irmãos e irmãs cristãos talvez adoeçam. Podemos então mostrar intenso amor por fazer coisas tais como levar-lhes alimentos, ajudá-los a limpar seu lar ou cuidar de outras incumbências para eles. Poderá haver outros que precisam de ajuda para chegar às reuniões, e nós talvez tenhamos um carro à disposição. Podemos mostrar amor de maneira prática por levá-los conosco às reuniões. Sim, há muitas maneiras em que se pode mostrar amor prático agora e no futuro, por prover a ajuda necessária em sentido material.
23. O que se poderá algum dia exigir de nós, se tivermos intenso amor pelos nossos irmãos?
23 Todos os servos de Deus enfrentam hoje problemas, e há indícios de que tais problemas aumentarão. Por isso é sábio familiarizar-nos bem com nossos irmãos, sempre tendo intenso amor uns pelos outros. Sabemos que vivemos nos “últimos dias”, e Satanás sabe isso também. Reconhecendo que seu tempo é curto, ele procura causar muitos problemas aos povos da terra. Todos nós podemos ter de enfrentar situações em que nossa própria vida talvez esteja em perigo. Talvez tenhamos de mostrar então a espécie de amor que Jesus mostrou, ao ponto de depormos nossa vida pelos nossos irmãos. O Anuário das Testemunhas de Jeová de 1975 forneceu bons exemplos de como nossos irmãos, na Alemanha nazista, ajudaram-se amorosamente uns aos outros em face da terrível perseguição. Deveras, tiveram intenso amor uns pelos outros, e sua expressão deste amor foi tanto espiritual como material, ajudando-se mutuamente em continuar fiéis no serviço de Jeová e protegendo-se uns aos outros a todo custo. Fará o mesmo? Protegerá amorosamente seus irmãos, nunca jamais os traindo? No futuro próximo, nossa própria vida poderá depender de tal amor mútuo.
24. Por que não precisa o cristão de regras pormenorizadas, abrangendo cada situação, quando se trata de expressar amor para com os seus irmãos?
24 Podemos agora mesmo edificar-nos mutuamente no espírito do amor agape. Não precisamos de regras e regulamentos para nos dizer quando nos devemos amar mutuamente. Lembre-se de que a ordem de Jesus, de amarmos, indicou que não devemos refrear-nos, mas que devemos tomar a iniciativa em mostrar amor pelos nossos irmãos em todas as ocasiões. Se tivermos intenso amor pelos nossos irmãos, então nosso coração nos impelirá a prover toda a ajuda possível, quando e onde quer que seja necessária. Assim, como verdadeiros cristãos, nos destacaremos em mostrar amor uns pelos outros, e o mundo reconhecerá o sinal identificador do amor.
25, 26. (a) Como age o verdadeiro amor, segundo 1 Coríntios 13:4-7? (b) Por que é tão importante que nos amemos uns aos outros intensamente do coração?
25 Em 1 Coríntios 13:4-7, Paulo nos fornece uma excelente descrição de como o verdadeiro amor cristão deve agir. Ele diz: “O amor é longânime e benigno. O amor não é ciumento, não se gaba, não se enfuna, não se comporta indecentemente, não procura os seus próprios interesses, não fica encolerizado. Não leva em conta o dano. Não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade. Suporta todas as coisas, acredita todas as coisas, espera todas as coisas, persevera em todas as coisas.” Daí, no 1 Co 13 versículo 8, o apóstolo acrescenta: “O amor nunca falha.” Tal amor é necessário não só da parte dos anciãos e dos servos ministeriais, mas também da parte de todos os cristãos que hoje se chamam testemunhas de Jeová.
26 Sim, conforme disse Paulo, “o amor nunca falha”. O cristão nunca deve parar de amar, e não há limite para o amor, nem há lei que o possa diminuir. O verdadeiro amor pode ser praticado em qualquer ocasião e em qualquer lugar. Paulo disse, em Romanos 13:8, que o amor é a única dívida que os cristãos devem ter uns para com os outros. Atualmente, aproxima-se depressa o fim deste sistema. Portanto, dentre todos os tempos é ESTE o tempo para termos “intenso amor uns pelos outros”. (1 Ped. 4:8) Não é verdade que, como servos de Deus, esperamos viver uns com os outros para sempre? Isto significa também que devemos querer amar uns aos outros para sempre. Assim, agora é o tempo de fortalecermos nossos vínculos como cristãos e cultivarmos a capacidade de amarmo-nos uns aos outros intensamente de coração, imitando assim nosso amoroso Deus Jeová.