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O que é percepção extra-sensorial?A Sentinela — 1963 | 15 de março
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(Gál. 5:20, 21) Os verdadeiros cristãos não procuram cultivar a PES nem tampouco consultam os perceptores extra-sensoriais, os chamados “psíquicos”, em busca de ajuda. Sabem que Deus deu aos cristãos a Bíblia Sagrada como orientação para eles — o Livro que expõe a PES como não sendo outra coisa senão um termo moderno para o poder de produzir fenômenos espíritas.
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O nosso auxílio está em nome de JeováA Sentinela — 1963 | 15 de março
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’O nosso auxílio está em nome de Jeová’
Conforme relatado por AUGUST PETERS
MUITO se tem dito sobre a perseguição das testemunhas de Jeová na Alemanha nazista. O que sobreveio aos proclamadores das boas novas neste país foi uma prova de que o seu pensamento e a sua conduta cristã eram genuínos. Os cristãos esperam ser perseguidos, assim como Jesus o foi. (João 15:20) Mas talvez se pergunte: Poderia eu manter a minha integridade sob severa prova? A Palavra de Deus e as experiências dos nossos irmãos cristãos na Alemanha deverão capacitá-lo a responder confiantemente: Sim! Não pode haver dúvida de que Jeová nos fortaleceu durante momentos de grande perigo. A nossa posição intransigente a favor do seu reino provou ser o melhor proceder em cada caso. Sei isso por experiência pessoal.
INTERROGATÓRIO PELA GESTAPO
Quando irrompeu a tempestade da perseguição, eu tinha quarenta e três anos de idade e tinha quatro filhos. Ser brutalmente arrancado da minha família era em si mesmo uma provação. Na delegacia da polícia, um jovem agente da Gestapo, quase adolescente, fez-me diversas perguntas. Estava determinado a não fornecer nenhum pormenor aos “filisteus” acerca da congregação da qual eu era o superintendente. Os nazistas não queriam saber nada sobre Jeová, nem aprender nada dele. Eu recusei-me a entregar meus irmãos fiéis à espada. Diversos socos no rosto, dados por quatro homens robustos, não me fizeram mudar de atitude. A ficha que estavam fazendo permaneceu incompleta.
No dia seguinte, um agente da Gestapo voltou com o principal auxiliar da prisão da delegacia. Outra audiência seria realizada, desta vez no sótão, dentro de portas à prova de som. Conseguiriam completar a ficha hoje? As vinte e quatro horas que decorreram me tornaram ainda mais determinado. A minha recusa, como questão de princípio, de responder às perguntas que tinham que ver com a congregação dificultou-lhes achar base para queixa contra mim. Ficaram cada vez mais irados e se viram obrigados a marcar uma terceira audiência cerca de vinte e quatro horas mais tarde, no porão da Gestapo. Eu já tinha ouvido os gritos lastimosos que vinham do porão. Eram de prisioneiros políticos antinazistas. Agora era a minha vez.
No sábado de manhã; um secretário da Gestapo visitou-me e aconselhou-me de modo “amistoso” a dizer-lhes o que desejavam saber a fim de que eu pudesse ser solto e voltar para junto de minha família. Notando a minha determinação, ele encolheu os ombros e disse: “Está bem, se é assim que o deseja.” Daí, fui transferido para outra cela, onde fiquei com outro prisioneiro. Só uma parede fina separava a nossa cela da sala da guarda e podíamos ouvir tudo que se passava
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