Seguindo a paz mediante ampliar o conhecimento
“Todos os teus filhos serão ensinados por Jeová, e abundante será a paz dos teus filhos.” — Isaías 54:13.
1. Por que é vital a visão?
O ALIMENTO material tem muito a ver com a boa visão que nos permite enxergar a beleza e as dimensões de uma multidão de coisas, e saber o que está acontecendo ao nosso redor. Quão satisfatório é o alimento, mas quanto mais ainda o é a visão aguda! Quão agradável é enxergar perto e longe, apreciar as dimensões, ver as cores, a ação das máquinas, a arquitetura, as pessoas a trabalhar e a brincar, viajar para ver novas coisas, distrair-se com um livro e ir ao passado ou ao futuro com os olhos da mente, ou voar, nadar, reviver a juventude e ser parte de uma aventura! A visão nos capacita a olhar às guerras e às divisões passadas e presentes e a seguir a paz. A visão é um equipamento maravilhoso a ser usado na busca da paz com Jeová Deus, o Criador dos olhos e do alimento que sustenta a visão.
2. O que é necessário para se manter a visão espiritual?
2 Mais do que o alimento material é necessário para a visão sadia dos olhos o é o alimento espiritual para a visão espiritual. Assim como é indispensável que se vá diariamente a um determinado lugar e numa determinada hora para comer o alimento material preparado pelo encarregado disto, assim também achamos que devemos comer regularmente o alimento espiritual num lugar escolhido, numa hora determinada, e servido por alguém que sabemos que toma a dianteira nesta importante refeição.
3. A despeito das circunstâncias, o que é necessário quanto ao lugar de estudo?
3 Seja qual for o lugar que a pessoa escolha para ingerir o alimento espiritual, ele precisa ter a qualidade da paz, precisa ser um lugar onde se possa meditar, ponderar e arrazoar as coisas. É um lugar onde discutirá a Bíblia com os demais na família e, portanto, deve-se permitir que toda a atenção se centralize no assunto em consideração. O Salmo 133:1, 3 indica a vantagem de tal ambiente: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali ordena o SENHOR [Jeová] a sua bênção.” — ALA.
4. O que nos deve orientar no planejamento do tempo de estudo?
4 A hora pode ser diferente com cada indivíduo, mas para uma pessoa aproveitar ao máximo o alimento espiritual, precisa uma mentalidade alerta, a fim de que arrazoe, faça comparações e use a imaginação, formando quadros dos acontecimentos examinados ao estudar. Estudar tarde da noite, depois de longas horas de trabalho extra ou depois de um dia de trabalho seguido de algumas horas de bombardear a mente pela TV, não será tão proveitoso como se deseja que seja. Antes, escolha uma hora que lhe seja conveniente, bem como à sua família, a fim de que estude proveitosamente. Tenha em mente a admoestação de Colossenses 3:23, 24: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor, e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança.” — ALA.
5, 6. (a) Quem deve estar mais qualificado para tomar a dianteira num grupo de estudo? (b) Por que são estas qualidades essenciais para o estudo pessoal?
5 O que toma a dianteira nestas refeições espirituais, quer estejam muitos presentes ou poucos, precisa ser uma pessoa que siga a paz, apreciando que o alimento espiritual é tão importante como se diz em Provérbios 3:13-18: “Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento:porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, e melhor a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que pérolas, e tudo o que podes desejar não é comparável a ela. O alongar-se da vida está na sua mão direita, na sua esquerda riquezas e honra. Os seus caminhos são caminhos deliciosos, e todas as suas veredas paz. É árvore de vida para os que a alcançam e felizes são todos os que a retêm.” (ALA) Reconhecermos que a verdadeira sabedoria vem de Jeová Deus fará com que aguardemos ansiosamente as horas de estudar com a família ou com o grupo.
6 As criaturas humanas precisam tomar decisões diariamente, e elas têm um certo alvo como guia. Isto pode ser as normas da religião delas ou uma conglomeração de idéias dos homens tanto passadas como presentes, agrupadas às suas próprias inclinações e emoções egoístas. A crença delas estará evidente na sua personalidade. O que assimilam na mente governará as suas ações. É por isto que os que desejam servir a Deus e usar a Sua Bíblia como guia precisam estudá-la todos os dias. (Jer. 10:23; Pro. 3:5, 6) Isto precisa ser feito por todos individualmente, a fim de que as idéias da Bíblia se tornem também as suas.
O PRÍNCIPE DA PAZ — UM EXEMPLO
7-9. (a) Como estabeleceu Jesus um exemplo quanto ao desenvolvimento de uma boa visão espiritual? (b) Que espécie de alimento deu a Jesus estas qualidades?
7 Cristo Jesus é um exemplo notável quanto a se alimentar alguém regularmente da palavra de Deus. (João 17:3) Ele usou os princípios de Jeová para tomar decisões. (Mat. 19:3-6) Isto resultou numa notável visão perspicaz. Desde a sua juventude Jesus examinava regularmente as Escrituras: “Crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.” (Luc. 2:52, ALA) Quando lê o discurso de Jesus, chamado comumente de Sermão do Monte, que se acha registrado em Mateus, capítulos 5-7, considera quantos textos das Escrituras Hebraicas examinou Jesus e citou no referido discurso? Ele podia também ver o futuro e predizer coisas que iam acontecer. Lembre-se de quando ele disse aos discípulos que Pedro o negaria três vezes. (Mat. 26:34) Podia ver a perseguição que viria. Para comprovar a sua exatidão compare João 16:2 com Atos 8:1.
8 Jesus podia ver até mais além disto, pois em Mateus 24 e Lucas 21 temos profecias de Jesus que se estão cumprindo atualmente e pelas quais podemos ver se temos visão espiritual sadia.
9 Jesus tinha o mais acurado discernimento espiritual e via a importância de colocar o seu Pai celestial em primeiro lugar na sua vida. De fato, Jesus disse: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.” (João 4:34, ALA) Ele desfrutava a paz de Jeová Deus. E ensinou a outros a maneira de seguir e de se obter a mesma paz.
10-13. (a) Ilustre a necessidade de preparação, a fim de que se esteja bem equilibrado para ensinar outros eficientemente. (b) Que conhecimento nos é essencial e por que deve ser acurado?
10 As instruções que Jesus transmitiu ainda estão em nossa Bíblia e há razão pela qual podemos desfrutar a paz se formos da espécie de pessoas descritas em Mateus 5:6 (ALA): “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.” Mas, para se obter a salvação, não se pode deixar de dizer a outros estas coisas maravilhosas, assim como indica Romanos 10:10: “Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação.” — ALA.
11 Os que são ensinados serão instrutores e instrutores precisam ter conhecimento. Disse o instrutor Paulo a Timóteo: “Isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros.” (2 Tim. 2:2, ALA) Aprender coisas novas e interessantes é uma coisa. É como prepararmos uma refeição para nós mesmos; podemos usar muitos subterfúgios, resultando em apenas uma merenda ou um sanduíche. Não tomamos a refeição que revigora. Logo ficaremos pensando por que não passamos bem fisicamente e não somos felizes. Portanto, estarmos suficientemente fortes para ensinar outros é outra coisa.
12 Mas, se havemos de transmitir estas coisas a outrem, nós ponderamos, nós pensamos num modo de ensinar estes pontos a pessoas de várias crenças. Preparamos alimento para muitas refeições espirituais. Estando preocupados com os outros obterem um profundo entendimento das verdades bíblicas, nós mesmos nos tornaremos bem equilibrados. Estaremos em condições de ensinar o conhecimento de Deus a outros. Desfrutamos a paz de Jeová e podemos ajudar outros a seguir a paz com ele.
13 Há ainda outra razão pela qual devemos certificar-nos de que o nosso ensino seja acurado e efetivo. Os a quem ensinamos precisam ser instruídos, a fim de ficarem “adequadamente qualificados para ensinar outros”. Quão diferente é prepararmos uma ligeira merenda para nós mesmos e prepararmos uma excelente refeição para uma família de amigos! Há, porém, uma diferença ainda maior em ensinar estes amigos a prepararem uma refeição para os amigos deles. As verdades que nós ensinamos a estes homens fiéis serão transmitidas a outros, mas tais homens não devem tomar filosofias de homens nem diluir a verdade, a fim de permitir a transigência ou tornar-se simplesmente uma escola de coisas novas. Eles precisam passar adiante acuradamente as verdades de Jeová a todos os mansos e em toda a terra, a fim de que estes possam conhecer a vontade de Deus e desfrutar a paz procedente dele. Podemos compreender, portanto, por que, em buscar a paz, precisamos obter conhecimento, conhecimento acurado, não só de Jeová Deus, mas também de seu filho sacrificado, Jesus Cristo. Um inspirado escritor da Bíblia, Pedro, ao expressar sua oração pelos buscadores da paz, aos quais ele escreveu, disse: “Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus nosso Senhor. Visto como pelo seu divino poder nos têm sido doadas todas as cousas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.” — 2 Ped. 1:2, 3, ALA.
14. De que grande valor é voltar-se constantemente à Bíblia para ensinar as pessoas de boa vontade?
14 A verdade deve ser explicada tão simplesmente como Jesus a explicou durante o seu ministério terrestre, falando uma linguagem que se possa entender e de um modo em que as informações possam ser passadas adiante. (João 4; Luc. 24) Requer-se pleno conhecimento para ensinar de maneira simples. Para nos certificar disto, precisamos mostrar aos outros onde se encontra isto na Palavra de Deus, a Bíblia. Assim, se as nossas palavras forem esquecidas, elas podem ser procuradas novamente na Bíblia e ali estão tão acuradas e dignas de crédito como quando Jesus as proferiu, há 1900 anos atrás: “A tua palavra é a verdade.” — João 17:17, ALA.
15. O que retira o nosso estudo da categoria dos enfadonhos e o torna uma ocasião a ser aguardada com ansiedade?
15 Para se obter esta espécie de conhecimento é preciso estudo. Obter conhecimento não deve ser considerado como tarefa enfadonha de desenterrar fatos secos e de ler volumes, Antes, trata-se de uma refeição espiritual que aguardamos. Estamos ansiosos pela procura dos tesouros de Jeová. O alimento material é desfrutado plenamente quando o preparo cuidadoso ressalta todo o sabor. Há tempo envolvido na preparação do alimento e, também, no comer, a fim de que seja apreciado e satisfaça as nossas expectativas. O mesmo se dá com o alimento espiritual. Precisamos buscar e desencavar se desejamos as recompensas que Provérbios 2:4-6 prometeu: “Se continuares a buscá-lo como a prata, e se continuares a procurá-lo como a tesouros escondidos, neste caso entenderás o temor de Jeová e acharás o próprio conhecimento de Deus. Jeová é quem dá sabedoria; da sua boca procedem conhecimento e discernimento.”
A NECESSIDADE URGENTE DE CONHECIMENTO
16. (a) Que razões existem para impelir-nos a estudar regularmente? (b) Ilustre a necessidade de alimento espiritual.
16 Há muitas razões que nos impelem a obter conhecimento. Vivemos num tempo em que podemos presenciar o fim deste mundo iníquo. Aumenta a pressão; “os dias são maus”. (Efé. 5:16, ALA) Precisamos do conhecimento. Pessoas que professavam ser servas de Deus têm sido destruídas por falta de conhecimento. (Osé. 4:6, 9) Não podemos iludir o Deus da sabedoria. É ele o Criador dos requisitos para a vida no seu futuro mundo paradísico. Portanto, não nos devemos iludir, pensando que o conhecimento seja somente para alguns escolhidos. O alimento e a bebida materiais são absolutamente necessários para todos se conservarem vivos; não há substituto que mantenha a vida no corpo. Tampouco podemos achar uma alternativa para o estudo e a obtenção do conhecimento. Não há dúvida quanto a isto: “A vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17:3, ALA) Outra razão que nos impele a obter conhecimento’ é que o nosso “deleite está na lei de Jeová”. (Sal. 1:2) Se esta for a nossa atitude seremos mui úteis a Jeová Deus, ajudando muitos outros a crescer na sua organização e tornando conhecido ao nosso próximo o caminho da paz. Quantas vezes nós temos que instigar as pessoas a comer alimento material. “Filho meu, saboreia o mel, por que é saudável, e o favo, porque é doce ao teu paladar. Então sabe que assim é a sabedoria para a tua alma; se a achares, haverá bom futuro, e não será frustrada a tua esperança.” — Pro. 24:13, 14, ALA.
17-19. O que é necessário fazer, a fim de arranjar tempo para se manter em dia com tudo o que há nas, congregações para estudar?
17 Considere agora um dos obstáculos para se obter conhecimento: o tempo. Qual é a melhor ocasião, quanto tempo pode ser gasto no estudo e que método de aproveitar o tempo pode produzir a maior recompensa em conhecimento? Pense no tempo gasto no estudo como um investimento que lhe retribuirá em abundância. Será cuidadoso e prudente com referência ao seu tempo não sendo contudo avarento ao ponto de terminar como o rico que morre desnutrido? Paulo deu um bom conselho em Efésios 5:15, 16: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e, sim, como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.” — ALA.
18 O tempo programado precisa ser suficiente para a preparação semanal dos estudos bíblicos com a congregação. Querer-se-á ler bons e edificantes artigos como os que são publicados em A Sentinela e Despertai! O desejo de se obter conhecimento faz com que se estude as doutrinas da Bíblia e as perguntas que outros fazem. Todo este estudo requer tempo.
19 Há muitas pessoas que freqüentam reuniões congregacionais três noites por semana, dirigem estudo bíblico com pessoas recém-interessadas em outra noite e ainda têm três noites para estudar ou fazer outras coisas. Mas, por que não empregar uma delas estudando com a ,família a Palavra de Deus?
20. A decisão de cancelar ou adiar a hora de estudo deve ser orientada por que guia?
20 A fim de que se leve a cabo alguma coisa, este estudo tem de ser regular, tem de ser um período estabelecido de tempo e que não seja adiado por nada. Seguimos então o princípio delineado na Palavra de Jeová, em Mateus 6:33 (ALA): “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino.” A única ocasião em que o estudo pode ser adiado é quando algo mais importante aos olhos de Jeová demande atenção.
POR QUE ESTUDAR
21. O que determina se Jeová dará conhecimento dele para nós ou não?
21 É provável que a pergunta que mais se faz seja: “Como devo estudar?” Logo de início, a coisa mais importante é estudar com uma atitude correta. O motivo que nos impele a buscar conhecimento é o que determinará se havemos de ter a ajuda contínua de Jeová ou não. Este ponto está bem ilustrado em Mateus 13:23: “Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica, e produz.” — ALA.
22. O progresso no conhecimento é baseado no reconhecimento de que fatos?
22 Os fatos abaixo alistados devem ficar indelevelmente gravados em nossa mente mediante revisá-los até que sejam uma parte integrante de nosso raciocínio. Se assim fizermos, jamais pararemos de obter conhecimento. Os cristãos precisam crescer em conhecimento. (Heb. 5:12-6:2; 2 Tim. 2:15; Efé. 4:13) Jeová é o grande Instrutor. (Isa. 30:20) Cristo Jesus é o principal Instrutor. (Mat. 5:2; 13:1-52; Mar. 4:1, 2; 9:31; João 3:2; 13:13; 15:1-8; 20:16) Ao obtermos conhecimento, sentamo-nos aos pés dos divinos instrutores celestiais. (Isa. 54:13; João 6:45) O espírito de Jeová é essencial para se obter conhecimento. (João 14:26; 4:24; Atos 1:16; 2 Ped. 1:21; 1 Cor. 2:10) Jeová tem revelado tanto a si mesmo como os seus propósitos mediante a Bíblia. E ela é um depósito de sabedoria divina. (2 Tim. 3:16, 17; João 17:17; 2 Ped. 1:19, 21) Jeová usa a sua organização para ensinar e alimentar o seu povo. (Mat. 24:45-47) Por isso, creia sem suspeitar a verdade esclarecida pelo “escravo fiel e discreto”. (Mat. 24:45; 1 Cor. 13:7) Jeová ensina somente os mansos. (Sal. 25:9) O ensino de Jeová produz paz. (Isa. 54:13; Sal. 119:165) Adquira conhecimento para o benefício de outros. (Pro. 15:28; 20:5; 14:25) O conhecimento não é tudo o que Jeová requer do seu povo. (2 Ped. 1:5-8) O nosso conhecimento precisa ser acurado. (1 Tim. 2:3, 4; Col. 3:2; 9, 10) A fé se desenvolve segundo o conhecimento acurado. (Efé. 4:13; Col. 2:6, 7) O estudante deve expressar-se segundo vai entendendo a verdade. (Gál. 6:6) Não pode ter mentalidade independente. Os pensamentos precisam estar em obediência a Cristo. (2 Cor. 10:5) Precisamos de, ajuda para obtermos conhecimento. Pro. 4:18; 1 Cor. 2:13; Luc. 24:32) Somos obrigados a ouvir e aprender. (Heb. 2:1) Firmeza e disciplina são necessárias para a obtenção de conhecimento. (Mat. 16:21-23; Pro. 4:13; 17:10) Receba a verdade com apreciação. (Tia. 1:21) Busque o conhecimento mediante oração. (Tia. 1:5-7; Mat. 7:7; Mar. 11:24; Col. 1:9, 10) Não ser criticador. (Rom. 8:5; Atos 17:11) Não há atalhos para se obter o conhecimento, nem substitutos para o estudo. (2 Tim. 3:16, 17; Pro. 2:1-7) Recapitular é essencial para se reter a verdade. (João 14:26; 2 Ped. 1:12; 3:1, 2; Rom. 15:14, 15) A meditação é essencial para se conservar o conhecimento. (Pro. 15:28; Sal. 77:12; Gên. 24:63; 2 Tim. 2:7) O conhecimento significa a vida. (João 17:3; Mat. 4:4) A faculdade de raciocínio é mantida e desenvolvida mediante o conhecimento. — Pro. 3:21, 22; 2:1, 10-15.
23. Para que fim servem as ilustrações?
23 As ilustrações são uma ajuda para o entendimento. Ao adquirirmos o conhecimento que Jesus nos trouxe deparamos com o uso de muitas ilustrações interessantes para frisar e esclarecer os pontos. Mateus 13:34, 35; 15:15 indicam como Jesus usou ilustrações; usou ilustrações que seriam facilmente compreendidas por fazendeiros, pescadores, donas de casa e pelos de outras rodas da vida. As ilustrações hoje em dia são usadas livremente nas publicações das testemunhas de Jeová. Note-as no livro Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado e note como ajudam o leitor a compreender mais plenamente a informação impressa.
PRATICAR O QUE LEMOS
24-30. Que pontos ilustrados em Juízes 6-8 penetram em nossa mente, ajudando-nos a relembrar deste acontecimento e a obter conhecimento de Jeová?
24 Tendo, pois, a mente fértil bem cultivada por estes princípios podemos dïrigir-nos à mais cativante festa da Palavra de Jeová. Para que possamos derivar o máximo do quadro apresentado perante nós, visualizamos mentalmente as coisas envolvidas nos eventos. Com Juízes, capítulos 6-8, vem a nossa mente um tempo em que os juízes governavam Israel e nos unimos a um fazendeiro chamado Gideão. Ele fora então visitado pelo anjo de Jeová, que provou que Gideão tinha sido escolhido para livrar os israelitas das mãos dos midianitas. Somos logo apanhados numa cadeia de acontecimentos rápidos. Numa noite cai o altar de Baal e ergue-se o de Jeová, mandando os patriarcas da cidade em busca do sangue de Gideão. O pai de Gideão os manda de volta com um desafio ao deus deles chamado Baal. Os mensageiros de Gideão reúnem 32.000 homens e então, com mais dois prodígios divinos que eliminam quaisquer dúvidas da mente de Gideão, marchamos para a fonte de Harode, há menos de oito quilômetros do maciço campo dos agressores midianitas no vale de Jezreel.
25 Mas eis algo que dificilmente podemos crer em nossos olhos. Gideão está fazendo o que Jeová tinha ordenado há muito tempo antes que os oficiais do exército fizessem. “E continuarão os oficiais a falar ao povo, dizendo: Qual o homem medroso e de coração tímido? Vá, torne-se para sua casa, para que o coração de seus irmãos se não derreta como o seu coração.” (Deu. 20:8, ALA) Será que o seu coração quase derrete ao ver que 22.000 homens voltam para a casa? O que se poderá fazer visto que os midianitas são como insetos em número e o que fazer se eles viessem a saber o plano de Gideão e o tamanho do seu exército então reduzido a 10.000?
26 Eis que são então levados à água. Pararam para beber! Alguns deles levam ràpidamente mão em concha cheia de água à boca e são quase imediatamente separados dos outros, perfazendo um total de 300. Os 9.700 que se ajoelharam para beber estão sendo mandados para casa! Lembramo-nos das palavras do anjo a Gideão: “Ferirás os midianitas como se fossem um só homem.” (Juí. 6:16, ALA) Mas com tão poucos? Não é de se admirar de que o nome deste lugar tenha sido chamado corretamente de Harode, que significa “tremor”.
27 Considere-se agora como um dos trezentos. Concluirá então que a nossa, vitória será pelo poder de Jeová e não nosso e nós fazemos bem em seguir as instruções de Gideão sem qualquer outra preocupação. Temos agora o ponto que Jeová frisa a todos na presente e nas futuras gerações: seguir instruções.
28 Cai a noite, Gideão inspeciona o acampamento do inimigo e revigora-se pelo que ouve. Volta logo e organiza os 300 em três grupos. Cada homem recebe o mais esquisito equipamento de guerra trombetas, tochas e cântaros opacos. Gideão explica como usá-los e indica o sinal.
29 É a hora, meia noite; as trevas eram densas como uma parede, cegando os homens que se moviam. Suponhamos que alguém caísse e acordasse o inimigo ou alguém ficasse ansioso demais e não esperasse pelo sinal de Gideão, mas corresse independentemente à frente dos arranjos de Jeová. Que hora tensa, sentimo-la em nossos ossos; segundos parecem horas. Aproximamos, podemos ouvir as vozes abafadas do inimigo, trocando as sentinelas à meia noite. Os acampados dormem: Pronto, trezentas e uma trombetas irrompem-se num sonoro ressoar, trezentos e um cântaros são quebrados e trezentas e uma tochas se elevam, ao passo que trezentas e uma vozes másculas bradam: “A espada de Jeová e de Gideão!”
30 O acampamento dos midianitas irrompeu-se num pânico destrutivo. O acampamento que era como a areia do mar tornou-se numa massa correndo em desordem. Viraram-se uns contra os outros, matando-se numa confusão louca. Uma fuga cega os levou quilômetros e quilômetros sobre um território acidentado, morrendo cento e vinte mil pela espada dos seus próprios companheiros e pelas mãos de outros israelitas que Gideão chamou para que lhes interceptassem a fuga nas travessias do Jordão.
31. (a) Como podemos gravar as coisas para serem relembradas para uso futuro? (b) Mas realmente qual é o ponto mais essencial para ser mantido na mente?
31 É uma visão que jamais esquecerá. Assim, não esquecerá se viver o que lê enquanto estuda. Use todos os seus sentidos. Use a descrição para formar um quadro. Estimule a sua imaginação. Tome parte nos acontecimentos. Sinta o gosto dos alimentos. Monte nos cavalos. Escale os montes. Toque as trombetas. Ande sobre a grama úmida. Sinta a ocasião; apanhe-lhe o sentido. E enquanto faz tudo isto, aplique a si mesmo os conselhos dados. Se gravar na sua mente os motivos das ações e como o nome e a vontade de Jeová estavam envolvidos, lembrará prontamente deste conhecimento para usá-lo. Note quanto tempo depois foram relembradas na Bíblia as ações de Gideão e, mais importante, que foi Jeová quem deu a vitória. — 1 Sam. 12:11; Sal. 83:9, 11; Isa. 9:4; 10:26; Heb. 11:32.