Honrando a Jeová
“Ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos.” — 1 Tim. 1:17, ARA.
1. Somente como pode a criatura obter uma perspectiva correta da honra pessoal?
DE QUE valor é a honra pessoal se o nome de Jeová não for honrado? Que mérito há na honra mundana que desconsidera os princípios justos? Somente por honrar a Jeová, o Rei da eternidade, a Fonte de toda a verdadeira honra e glória, pode a criatura obter uma perspectiva correta da honra pessoal. Ao honrar a Jeová, ela não procurará fazer um nome para si mesma. Antes, terá mentalidade semelhante à do Filho de Deus, Jesus Cristo, que declarou: “Honro a meu Pai, . . . Eu não procuro a minha própria glória; . . . Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai.” (João 8:49-54, ARA) Honra pessoal e glória mundanas são fúteis e vãs. A verdadeira honra se acha em testemunhar humildemente o nome e o reino do grande Deus, Jeová. “Aos que me honram, honrarei.” — 1 Sam. 2:30, ALA.
2, 3. O que mostra a história concernente à afeição humana para com a honra pessoal?
2 Através da história, o homem terreno tem lutado por um nome e glória imortais. Feitos heróicos têm-se tornado parte do folclore da maioria das nações. Em muitas partes da terra, a vindicação da honra pessoal tem ocupado grande parte da história. Há o el valor Español na Espanha clássica e o die Ehre na Alemanha medieval. Em alguns lugares, o nome da pessoa tem sido limpo de insulto pelo duelo com espadas ou pistolas, e, no caso de pessoas que não sabiam usar armas letais, isto significava suicídio virtual. Mas, significava salvar a dignidade. O New International Dictionary de Webster diz que “salvar a dignidade” significa “preservar alguém a dignidade ou posição perante outros”. — Página 2223, coluna 2.
3 No Oriente, o suicídio tem por muito tempo sido considerado como meio de se limpar o nome, sendo exemplo clássico o dos quarenta e sete ronins (cavaleiros plebeus), em Tóquio, em princípios de 1700. Estes pagaram uma divida de honra por matarem secretamente o oficial da corte que tinha causado a morte do chefe deles. Entretanto, isto lhes trouxe o desagrado do dominador do Japão. Só poderiam redimir sua honra por praticarem o seppuku (rasgar o estômago), e isto fizeram, todos os quarenta e sete, destripando-se ao mesmo tempo. Assim, ganharam um nome que tem sido honrado por cânticos, danças e peregrinação até hoje.
4. Quão extensiva é a afeição para com um nome e honra nestes tempos modernos?
4 O amor sensível por um nome e honra se encontra também neste século vinte. O comerciante oriental ainda se suicida antes de defrontar a desonra por não poder pagar as dívidas no fim do ano. Em toda a terra há os que se cobrem de orgulho profissional, de distinção de casta ou de posição social, e que são escravos da etiqueta. O modo de vida de muitos é governado pelo pensamento: Como serei visto pela comunidade local? Nos países ocidentais, esta suscetibilidade tem resultado muitas vezes num modo de vida além das possibilidades, para se estar na moda com o último modelo de automóvel e com os últimos aparelhos domésticos. A honestidade é muitas vezes sacrificada para “se manter em dia coro os vizinhos”.
5. Em que reverte o orgulho na honra pessoal, e em que resulta isso?
5 Em que reverte tudo isto? Reverte em um injustificável orgulho pessoal. Significa. que se deve fazer uma demonstração externa de respeitabilidade, de “ser alguém”, apesar dos fatos. É uma afeição emocional de orgulho para com o nome, mesmo às custas do sacrifício de todos os princípios. É uma questão de simular dignidade, manter dignidade, salvar dignidade. O anseio desequilibrado de uma boa reputação, sem se preocupar em honrar a Jeová, tem resultado em se falar e viver mentirosamente. Tem resultado em crime e em muita infelicidade. Quando é praticado na congregação cristã, põe em perigo a relação da criatura para com o Criador e pode resultar na perda da vida eterna. Como mostra o registro da Bíblia, salvar a dignidade não tem lugar entre o verdadeiro povo de Deus.
SALVANDO A DIGNIDADE NOS TEMPOS BÍBLICOS
6. Onde apareceu pela primeira vez o orgulho e a honra pela salvação da dignidade, é como se manifestaram?
6 Há quase 6.000 anos atrás, a astuta serpente, o Diabo, introduziu no jardim do Éden, uma falsa apreciação pela honra. A mulher, Eva, foi “completamente enganada” pelo pensamento de que ela podia fazer um nome para si mesma comparável com o de Deus. Seu esposo, Adão, tornou-se transgressor junto com ela. (Gên. 3:4-6; 1 Tim. 2:14) Ao sentir a vergonha do pecado, o casal apelou para a salvação da dignidade. Fizeram vestimentas para si mesmos e se esconderam de Jeová entre as árvores do Jardim. Quando foi chamado às contas perante Jeová, o homem tentou salvar a dignidade por culpar a mulher, e a mulher, por sua vez, culpou a serpente. Entretanto, o esforço de salvar a honra pessoal não podia pôr de lado o principio divino. Jeová pronunciou a sentença, com justiça, em harmonia com a sua lei previamente expressa. As desculpas para salvar a reputação não podiam livrar o casal da expulsão vergonhosa do Éden, nem da morte eterna no pó da terra. — Gên. 2:17; 3:7-19.
7. Como tem Satanás tentado salvar a reputação, e qual é a prova de que ele falhou?
7 Não obstante, o que dizer a respeito da astuta serpente, Satanás, o Diabo? O registro bíblico mostra que Jeová o fará esmagar à inexistência, péla ‘semente de sua mulher’, Cristo Jesus. (Gên. 3: 15) Enquanto isso, Satanás tem tentado salvar a reputação pela jactância orgulhosa de que, havendo causado que Eva, depois Adão, se desviassem de Jeová, ele pode desviar de Deus toda a humanidade. Jeová tem respondido convincentemente a este desafio por meio das testemunhas de outrora, tais como Jó, seu perfeito Filho, Jesus Cristo, e por meio de suas fiéis testemunhas cristãs. (Jó 1:6-12; 2:1-10; Heb. 11:1-12:2) Satanás, por sua vez, tem produzido uma “semente” orgulhosa, composta de homens rebeldes que se têm glorificado na fama e na honra pessoal, sem consideração para com o nome de Jeová.
8. O que tem gerado o desejo de honra, e quem foi um exemplo antigo?
8 Desde tempos remotos, este desejo de honra pessoal tem gerado violência e desonestidade. O primogênito de Adão, Caim, ao descobrir que o seu sacrifício não foi aceito por Jeová, pensou em salvar a dignidade por destruir a seu irmão, Abel. Quando Jeová perguntou a Caim: “Onde está Abel, teu irmão”? ele respondeu mentindo desdenhosamente: “Não sei: sou eu guardador do meu irmão?” Seu orgulho pela dignidade só lhe trouxe a maldição de Jeová e, finalmente, a morte eterna. — Gên. 4:3-16, ARA.
9, 10. Como foi confundida a busca de um nome e da glória (a) nos dias de Noé e (b) após o Dilúvio?
9 Por um período de mil e seiscentos anos, desde a rebelião no Éden, a terra foi assolada pelo orgulho, por uma raça de homens que desonrava a Deus, junto com a prole híbrida de espíritos iníquos com mulheres, “os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama”. “E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra. Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.” Aquela comunidade orgulhosa, mundana, manteve uma dignidade presunçosa por algum tempo, zombando de Noé, de sua pregação e da construção da arca, mas pereceu desonrosamente como um mundo de ímpios. — Gên. 6:4, 12, 13; 2 Ped. 3:5-7, ARA.
10 Após o Dilúvio, Satanás colocou outra vez no coração do homem imperfeito o buscar de glória e nome pessoais antes que o honrar a Jeová. O bisneto de Noé, Nemrod, “deu início a tornar-se poderoso na terra. Ele mostrou-se, poderoso caçador em oposição a Jeová”. Os homens viajaram para o oriente, para o vale de Senaar. “E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.” O que fez o “nome” por eles? Em vindicação de seu próprio nome, Jeová confundiu a língua deles e os espalhou sobre a face da terra. — Gên. 10:8, 9; 11:1-9, ARA.
11, 12. No caso de Faraó do Egito, como mostrou Jeová a futilidade do orgulho pelo nome e pela glória?
11 Mais de oitocentos anos após o Dilúvio, Jeová enviou Moisés ao Egito para libertar o Seu povo, Israel. Quando Moisés declarou a sua missão a Faraó, o orgulhoso dominador do Egito disse: “Quem é Jeová, para que eu deva obedecer à sua voz?” Jeová humilhou a Faraó por trazer uma série de pragas devastadoras sobre o Egito. Jeová, por ocasião destas pragas, disse a Faraó: “Mas, de fato, por esta razão te mantive em existência, para te mostrar o meu poder e a fim de fazer declarar o meu nome em toda a terra.” É pela mesma razão que Deus tem permitido o deus deste mundo iníquo, Satanás, o Diabo, existir até o dia atual. — Êxo. 5:2; 9:16.
12 Jeová mostrou o seu poder a Faraó por matar os primogênitos do Egito e por conduzir Seu próprio povo a salvo através das águas separadas do mar Vermelho. Na última tentativa de salvar a reputação e de redimir a honra e o orgulho nacional, Faraó conduziu o seu poderoso exército em perseguição, investindo-se por entre as paredes de água. Jeová tinha predito o resultado: “E eis que endurecerei o coração dos egípcios, para que entrem nele atrás deles; e serei glorificado em Faraó, e em todo o seu exército, nos seus carros e nos cavaleiros.” (Êxo. 14:17, 18, ARA) As paredes de água ruíram, terminando a glória do Egito como potência mundial. Quão insignificantes são os homens e as nações para enaltecer a sua própria glória contra a glória do Criador, Jeová Deus!
13. Podem as nações,, os dominadores ou a clerezia salvar a dignidade perante Jeová? O que mostra o registro da Bíblia?
13 Os poderes mundiais, desde os dias do Egito até agora, se levantam gloriosamente apenas para definhar com o tempo. O registro bíblico menciona o curto período de glória de alguns e a profecia bíblica descreve acuradamente a ascensão e a queda dos outros. (Daniel, capítulos 7, 8 e 11) Nenhuma das poderosas nações que brandem projéteis nesta era nuclear será capaz de salvar a dignidade, a glória ou a honra quando Jeová executar o juízo sobre elas no Armagedon. A clerezia orgulhosa das seitas da cristandade, junto com os “principaes do rebanho” perecerão igualmente e em desonra. — Jer. 25:32-36, VB.
MANTENDO A HONRA PERANTE JEOVÁ
14, 15. (a) Contra o que devem vigiar os que amam a justiça? (b) Que aviso devemos tomar dos registros concernentes a Jó e a Moisés?
14 Os que amam a verdadeira justiça precisam estar em constante vigilância, para que não fiquem contaminados pelo espírito orgulhoso deste mundo. Até mesmo servos fiéis de Deus têm vacilado nisto, recobrando-se só quando repreendidos. Como vimos, Jó tentou justificar=se por ocasião de sua provação. Foi, esta a razão da justa indignação de Eliú: “Contra Jó se acendeu a sua ira, porque se justificava a si mesmo, mais do que a Deus.” Somente por se mostrar atento às obras maravilhosas de Deus e por reconhecer a repreensão foi que Jó pôde manter uma posição honrosa perante Jeová. — Jó 32:2; 36:3, 22-26, ARA.
15 O servo de Deus, Moisés, tentou salvar a dignidade perante Israel. Isto Acorreu quando ele tirou água milagrosamente do rochedo, em Meribá, mas fazendo isso irado e sem dar a devida honra a Jeová. Apesar de se ter arrependido e retido a sua posição honrosa como profeta junto ao povo de Deus, este passo em falso fez que ele perdesse o privilégio de liderar Israel para dentro da terra prometida. — Núm. 20:9-13.
16. Por causa de que proceder recebeu Pedro duas vezes repreensão?
16 Pedro, em duas ocasiões, caiu na mesma armadilha de salvar a dignidade. Quando Jesus foi preso e Pedro o seguiu até o pátio da casa do suma sacerdote, ele tentou defender-se três vezes por negar que era discípulo de Jesus. (Luc. 22:54-62) Alguns anos mais tarde, Paulo repreendeu a Pedro por ‘dissimular’ perante os cristãos judeus que tinham vindo de Antioquia com Tiago. Ele se esquivava de associar-se com os não-judeus por causa das aparências. (Gál. 2:11-14) Em ambos os casos, Pedro foi repreendido. Ele teve que aprender “do modo mais duro”.
17. Para manter que bom nome devem os cristãos ser cuidadosos?
17 Os cristãos, embora evitem a glória pessoal e o orgulho de salvar a dignidade, devem, ao mesmo tempo, ser cuidadosos em manter uma reputação que honre a Deus. Os superintendentes devem ter um “bom testemunho dos de fora”. (1 Tim. 3:7, ARA) Todos os outros ministros do Reino, também, devem manter um bom nome pela honestidade, conduta correta e cuidado da família, ministrando “as coisas corretas perante todos os homens”. (Rom. 12:17) Não se trata de se limpar exteriormente como os fariseus dos dias de Jesus, para ‘parecer exteriormente justos aos homens’. (Mat. 23:27, 28, ARA) É para que possam representar honrosamente a Jeová, por amoldarem toda atividade da vida diária à Sua santa vontade. “Não dando nós nenhum motivo de escândalo em cousa alguma, para que o ministério não seja censurado. Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós como ministros de Deus.” — 2 Cor. 6:3, 4, ARA.
18. Que atitude deve o cristão ter dentro da congregação?
18 O ministro cristão deve, semelhantemente, honrar a Jeová dentro da congregação, por mostrar apreciação sincera a toda espécie de provisão feita, para que ele possa “crescer para a salvação”. (1 Ped, 2:1-3) Não deve permitir o orgulho pessoal ou a salvação da dignidade ‘extinguir o fogo do espírito’. Deve estar atento à admoestação de Paulo: “Certificai-vos de todas as coisas; segurai firme o que é correto. Mantende-vos afastados de toda forma de iniqüidade. — 1 Tes. 5:19, 21, 22.
19. Que atitudes do velho mundo são, às vezes, trazidas para dentro da congregação, e com que resultado?
19 Alguns têm tentado trazer atitudes do velho mundo para dentro da congregação. Por exemplo, eles se sentem envergonhados de ser repreendidos ou disciplinados, desconsiderando o princípio de, Deus de que isto é necessário para todos crescerem à. madureza espiritual. (Pro. 4:13) Eles se ausentam durante a visita do servo de circuito, ou não aceitam discursos, ou não fazem a revisão escrita na Escola do Ministério Teocrático: Alguns imaturos têm chegado até a falsificar suas revisões escritas, seus relatórios de serviço de campo ou outras maneiras para manter uma pretensa dignidade perante os servos da organização de Jeová. Vistes não podem enganar a Jeová ou a Sua organização, e, no tempo devido, se acharão na mesma condição de Ananias e Safira, porque ‘trapacearam’ não a homens, mas a Deus’. — Atos 5:1-11.
20. O que acham alguns difícil, e que conselho sadio dá a Bíblia para eles?
20 Em alguns países, onde as mulheres fazem todo o serviço doméstico, é ofensivo ao orgulho do homem ir de casa em casa com a Bíblia. Outros, como servos designados numa congregação, encontram dificuldade para servir as irmãs. Estes deviam cultivar humildade na associação com o povo de Deus, antes que deixar a organização que eles sabem ser a guardiã da verdadeira Palavra de Jeová. “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” — Miq. 6:8, ARA.
21. Dê exemplos que mostrem onde o cristão não pode transigir nos princípios bíblicos pelo orgulho de saltar a dignidade ou por causa do medo?
21 Há ocasiões em que os princípios cristãos entram em conflito com as exigências de César ou com os costumes da comunidade local. Pode o cristão manter a dignidade perante o mundo por submeter-se às exigências de César no sentido de que viole a neutralidade cristã? Pode ele manter a dignidade por efetuar um ato religioso pagão num enterro, Por enfeitar a sua casa com símbolos pagãos num dia de festa, ou, de outra maneira, conformar-se a costumes mundanos? Pode ele entregar-se a práticas desonestas para realizar um casamento dispendioso a fim de manter a dignidade perante o mundo? Pode ele usar o casamento consensual ou as práticas imorais, por não poder arcar com as despesas de uma extravagante festa de casamento que lhe mantenha a dignidade? Para todas estas perguntas a Bíblia responde com um retumbante Não! — Atos 4:18-20; 5:29; 15:29.
A HONRA E A NOVA PERSONALIDADE
22. (a) Para o que não há lugar na congregação cristã? (b) Por que devemos ser francos e honestos uns para com os outros, e como?
22 Não há lugar na congregação cristã para a honra própria, a manutenção da dignidade ou esconder-se atrás da mentira. Estas coisas podem ser o costume das nações infelizes e sem amor das quais viemos: Entretanto, o apóstolo nos diz: “Isto, portanto, digo e testifico no Senhor, para que não mais continueis a andar assim como andam também os gentios na inutilidade de suas mentes, enquanto estão mentalmente em escuridão e alienados da vida que pertence a Deus, por causa da ignorância que há neles, por causa da insensibilidade dos seus corações.” Nosso profundo amor e apreciação de Jeová e de toda a sua bondade, junto com o amor pelo, nosso próximo cristão nos fará francos e honestos uns para com os outros, sem temer o homem. (Efé. 4:17, 18; 1 João 4:17, 18; 2 Tim. 1:7, 8) Como diz ainda o apóstolo: “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.” — Efé. 4:25, ARA.
23. (a) O que renunciam os cristãos? (b) Como é a salvação da reputação aliada da vergonha? (c) Se um cristão cometer pecado, o que não deve ele fazer?
23 Não há lugar na sociedade do Novo Mundo de Jeová para atitudes impróprias do velho mundo. “É por isso que, visto que temos este ministério segundo a misericórdia que nos foi demonstrada, não nos comportamos impròpriamente, mas temos renunciado às coisas dissimuladas que envergonham; não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus, mas, por tornar manifesta a verdade; recomendamo-nos a cada consciência humana à vista de Deus.” (2 Cor. 4:1, 2) Os que andam com Deus renunciam o método desleal e a astúcia deste mundo e são francos a favor da verdade. Não vivem de maneira vergonhosa, necessitando Sempre de salvar a dignidade. A salvação da reputação é baseada em orgulho e medo, não em princípio bíblico. É aliada da vergonha e é um pretexto para remover a vergonha, não importa o custo em princípio, apenas a pessoa deve parecer direita. Mesmo se um cristão comete um pecado, deveria ele salvar a dignidade por ficar inativo numa condição vergonhosa? Não, deveria antes confessar o seu pecado perante Jeová e, depois, endireitar o seu caminho. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” — 1 João 1:9; 2:1, 2; Sal. 32:1, 5, ARA.
24. Como podemos estar completamente livres do modo astuto de o mundo salvar a dignidade?
24 A humildade, o amor cristão e a sincera apreciação de nossa relação com Jeová nos manterão no caminho da justiça. É isto que roga o apóstolo, “que andeis dignamente da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade da mente e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor”. Cristo tem dado “homens por dons” na congregação para ensinar e treinar todos os que têm parte na benignidade imerecida de Jeová, mediante seu Filho. Aceitemos alegremente o treinamento, progredindo à plena madureza junto com a organização cristã de Jeová “para que não mais sejamos criancinhas, lançados como que pelas ondas e levados ao capricho de todo o vento doe ensino, pela fraudulência dos homens, pela astúcia em maquinar o erro. Mas, falando a verdade, cresçamos, por amor, em todas as coisas, naquele que é a cabeça, Cristo”. (Efé. 4:1, 2, 8, 11-16) Qualquer que tenha sido contaminado pelo modo astuto do velho mundo deve transformar por completo a sua mente, enchendo-a do conhecimento acurado da vontade de Deus ‘para que ande de maneira digna de Jeová’. — Rom. 12:1, 2; Col. 1:9-12.
25. Como nos podemos revestir de uma nova personalidade, e com que resultado?
25 Isto significa revestir-se da personalidade cristã, a nova personalidade, que é tão diferente da personalidade do velho mundo com a sua maneira pervertida de pensar. Portanto, o apóstolo admoesta “que vos despojeis da velha personalidade que se conforma ao vosso procedimento anterior, e que se corrompe segundo seus desejos enganosos; mas, para que sejais feitos novos na força que ativa vossa mente, e vos revistais da nova personalidade que foi criada, segundo a vontade de Deus, em verdadeira justiça e benevolência”. (Efé. 4:22-24) Se nos tivermos revestido da nova personalidade, mediante o estudo diligente e mediante a obediência à Palavra de Deus, então, nossa mente será ativada pelo espírito de Deus. Assim, procuremos sempre ser uma honra para o grande nome de Jeová, como suas testemunhas, e nunca nos empenharmos em obter glória pessoal, um nome perante os homens, ou manter o orgulho de salvar a dignidade. — Mat. 5:16; Luc. 16:15.
26. Que façanha para salvar a dignidade tem Satanás programado, mas, qual será o resultado final?
26 O orgulho de manter a dignidade, com “olhos altivos”, é detestável a Jeová. (Pro. 6:16-19, ARA) Tal orgulho se originou de Satanás, o Diabo, que tentou fazer para si mesmo — um nome exaltado maior do que o de Jeová e elevar o seu trono “acima das estrelas de Deus”. Ele ficou deslumbrado pelo seu próprio “resplendor” (Isa. 14:12-14; Eze. 28:17, ARA) Agora que este resplendor defronta com á, extinção no Armagedon, Satanás segue o seu método corruto de “dominar ou arruinar”. Ele planeja, cegamente uma nova façanha para salvar a dignidade, tentando derrubar toda a humanidade na ribanceira de um abismo nuclear. Ele impele os líderes do mundo à se prepararem para um suicídio racial numa escala colossal. Nisto ele falhara! Jeová, a despeito da ira das nações mundanas, lutará e libertará o seu próprio povo e ‘destruirá os que destroem a terra’. (Joel 2:32; Apo. 11:18, ARA) Satanás será lançado fora desonrosamente ‘como um aborto que causa horror . . . como uma carniça que se calca aos pés, . . . porque arruinou o país dele’. — Isa. 14:19, 20, Maredsous.
27. (a) Que responsabilidade suplanta todas as outras? (b) De quem se pode dizer que é feliz? (c) Que dia glorioso está perto?
27 Os sobreviventes desta batalha universal serão aqueles que, semelhantes a Jó, a Cristo Jesus e ao restante, recusam quebrar a integridade, mesmo em face do perverso ataque final de Satanás contra a sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová: (Eze. 38:14-16) Esses serão os que reconhecem que, em tudo o que estiver envolvida a honra, há uma responsabilidade que suplanta todos os deveres e obrigações terrenas, a responsabilidade de honrar o grande Dador da vida, Aquele que pôs a terra a girar pelo espaço e criou o homem sobre ela. (Atos 17:24-28; Sal. 36:9) Como Soberano Supremo dó universo, ele exige devoção exclusiva de suas criaturas inteligentes, e devemos estar contentes em lha dar. (Deu. 5:9, 10) Felizes seremos se buscarmos, acima de tudo, a glória de Jeová, exultando-nos em seu grande propósito de, agora, em nossos dias, e por meio de suas maravilhosas obras de que somente Ele é capaz, vindicar o seu grande nome para sempre. Apressa-se o dia em que esse nome inigualável será exaltado “acima dos céos”, e a terra toda “se encherá do conhecimento da gloria de Jehovah como as aguas cobrem o mar”! — Sal. 57:5; Hab. 2:14, VB.