A alegria que se encontra nas associações do novo mundo
CERTO morador, ao ouvir uma Testemunha proferir um sermão à sua porta, disse: “Eu soube imediatamente que é uma testemunha de Jeová. Vocês são tão felizes!” Essa observação não é absolutamente única. Vez após vez a imprensa pública tem comentado a felicidade das Testemunhas por ocasião de suas assembléias, de que parecem derivar tanta alegria de sua religião.
A sua condição alegre, notada por homens de boa vontade para com Deus, atrai estes para a sociedade do Novo Mundo. Semelhantes ao salmista, anelam ‘ver a prosperidade dos escolhidos de Deus, para que se regozijem com a alegria da sua nação’. À medida que progridem, regozijam-se com as associações do Novo Mundo assim como Davi: “Regosijei-me quando me disseram: Vamos á casa de Jehovah.” — Sal. 106:5; 122:1, VB.a
É assim que deve ser, pois nos tempos antigos ordenou-se especificamente ao povo de Jeová que se regozijasse: “E vos regosijareis . . . em todas as cousas em que metterdes a mão, nas quaes Jehovah vosso Deus vos tiver abençoado.” Também a ordem apostólica às testemunhas cristãs de Jeová é: “Regosijae-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regosijae-vos.” — Deu, 12:7; Fil. 4:4; 3:1, VB.
Não resta dúvida de que Jeová Deus tem abençoado o seu povo nos tempos modernos. Ele lhes dá muitos motivos para regozijo. Para mencionar apenas alguns destes: O estabelecimento do reino de Deus, a manifestação da presença de Cristo, o retorno deles da servidão à Babilônia moderna para a sua “terra” de adoração pura, o espírito santo derramado sobre o povo de Deus, o aparecimento de uma “grande multidão” de pessoas desejáveis de todas as nações, a luz sempre crescente e a prosperidade da sociedade do Novo Mundo. — Ageu 2:7; Apo. 7:9; 11:15.
Só o conhecimento não é suficiente para se ter alegria duradoura. Para que a alegria continue, ela precisa ser cultivada. Precisa ter solo apropriado. É o resultado do proceder correto na atmosfera de paz e harmonia com o povo de Deus. Entre as coisas que fazem que a pessoa tenha alegria se acha a generosidade. Ao mesmo tempo, a generosidade é o resultado da alegria. A generosidade de Israel em contribuir material para o templo lhes proporcionou alegria; a alegria dos irmãos em Macedônia fez que manifestassem generosidade. — 1 Crô. 29:9, 14; 2 Cor. 8:1, 2.
Assim se dá hoje também. As alegres Testemunhas estão ansiosas de prestar ajuda; a ajuda que dão resulta em maior alegria. Quando constroem um Salão do Reino, trabalham numa assembléia ou oferecem voluntariamente o seu tempo e recursos em outras ocasiões, o resultado é alegria. Jesus disse que há mais alegria em dar, e isso se aplica especialmente quanto a dar a verdade acerca do reino de Deus aos homens de boa vontade, tanto de casa em casa como nos seus lares mediante estudos bíblicos. — Atos 20:35.
A associação é outra grande ajuda para o regozijo. Todos precisamos dela, pois não é bom para nós ficarmos sozinhos. Mas devemos cuidar de que a nossa busca de associação com outros não seja impelida por motivos materialistas.
É verdade que a pessoa pode ter preferências, e não há nada de errado nisso, pois até mesmo Jesus tinha preferências. Jesus preferia os doze apóstolos ao resto de seus discípulos: mas mesmo dentre esses Jesus preferiu três: Pedro, Tiago e João; e destes três um era o favorito de Jesus: o apóstolo amado, João. Mas Jesus despendeu-se liberalmente por todos ao passo que tinha a oportunidade e eles reconheciam a sua própria necessidade. — Mar. 6:31-34.
Portanto, interessemo-nos pelos outros, buscando associação com eles. Observemos os fracos, os irregulares, os acanhados, os de pouco desenvolvimento e humildes dentre os “cordeiros” e demo-nos o trabalho de os cumprimentar com sorriso, com cordial e edificante aperto de mão e conversação edificante. E, acima de tudo, procuremos induzi-los a se expressarem e receberem, por conseguinte, a maior alegria que provém de dar. — 1 Tes. 5:14.
Para que as nossas associações do Novo Mundo produzam alegria, é preciso que sejam salutares. O coração humano é enganoso, a carne é fraca, e, a menos que sejamos cuidadosos, podemos ser facilmente enlaçados pelas nossas fraquezas, para o nosso pesar eterno. Desejamos também precaver-nos contra nos tornarmos uma carga para outros ou permitirmos que as nossas associações sejam limitadas a meras coisas mundanas, tais como comida e bebida.
Por fim, para que as nossas associações sejam alegres, sejamos tolerantes com os outros, não rejeitando a ninguém por causa de peculiaridades insignificantes e sendo nós próprios naturais. Tudo isso produz verdadeiro regozijo nas associações do Novo Mundo.
[Nota(s) de rodapé]
a Para pormenores, veja-se A Sentinela de 15 de novembro de 1961.