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Um segredo que os filipenses aprenderamA Sentinela — 1983 | 1.° de julho
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Um segredo que os filipenses aprenderam
QUEM é que não gosta de aprender um segredo? Certamente, ficou emocionado quando alguém lhe tomou por confidente e lhe contou um segredo, talvez um evento feliz que a pessoa lhe confiou até ele ou ela o tornar público.
Outra espécie de segredo é o conhecimento ou o discernimento de que outros carecem. Essa espécie de segredo foi importante para certo grupo de cristãos do primeiro século, a congregação da cidade macedônia de Filipos. Para entendermos o que era esse segredo especial e vermos como podemos tirar proveito dele, vejamos brevemente um pouco do fundo histórico da carta escrita aos filipenses, carta essa que agora faz parte da Bíblia.
PAULO — AOS FILIPENSES
O missionário Paulo estava preso em Roma por volta dos anos 59 a 61 EC. Durante esse tempo, ele pôde refletir nas muitas situações que vivera em suas viagens. Pôde lembra-se dos muitos irmãos fiéis com quem se encontrara e das muitas congregações que tivera o privilégio de iniciar no caminho da verdade e de vê-las crescer. Ele não podia deixar de pensar na congregação de Filipos. Ocupava um lugar muito especial em seu coração, por causa das experiências muito incomuns associadas com ela.
Foi durante a segunda viagem missionária, por volta do ano 50 EC, que o espírito de Deus impediu que ele (e Silas) pregassem no distrito da Ásia, na Mísia e na Bitínia. Portanto, Paulo seguiu para Trôade, onde certa noite teve uma visão. “Certo homem macedônio estava em pé, suplicando-lhe e dizendo: ‘Passa à Macedônia e ajuda-nos.’” (Atos 16:9) Paulo e seus companheiros partiram imediatamente de barco para a Samotrácia e depois para o porto de Neápolis. Daí, viajaram por terra até Filipos.
Talvez para a sua surpresa, encontraram poucos judeus naquela cidade, e, pelo visto, nem sequer uma sinagoga. No sábado, Paulo e Silas, em vez de como de costume irem a uma sinagoga, foram para fora do portão, para junto dum rio, e começaram a falar às mulheres reunidas ali. (Atos 16:13) Poderá descobrir mais a respeito dessa memorável visita a Filipos por ler Atos 16:11-40. O testemunho de Paulo levou ao início duma congregação na Europa, e ele havia de revisitar essa congregação em Filipos, talvez até duas vezes. — Atos 20:1, 2, 6; Filipenses 2:24.
Paulo, quando preso em Roma, podia pensar nos excelentes cristãos com quem se associara em Filipos. Lídia demonstrara extraordinária hospitalidade. Evódia e Síntique haviam trabalhado lado a lado com Paulo na divulgação das “boas novas”. Paulo tampouco podia esquecer-se do carcereiro e de sua família, bem como do acontecimento milagroso ligado à ocasião em que aceitaram o cristianismo.
Ao refletir no amor, na bondade e no interesse dos filipenses, Paulo tinha motivos para escrever-lhes uma carta. (Filipenses 1:3, 12) Esta revela o amor que ele sentia por eles e o “fruto justo” que eles demonstravam. — Filipenses 1:11.
QUAL É O SEGREDO?
Em sua carta, Paulo falou dum segredo que ele pessoalmente aprendera, e a evidência é que os filipenses o haviam aprendido dele. Tratava-se dum segredo que ajudou Paulo a atravessar diversas provas no decorrer dos anos. Ele escreveu: “Em tudo e em todas as circunstâncias aprendi o segredo tanto de estar suprido como de ter fome, tanto de ter abundância como de sofrer carência. Para todas as coisas tenho força em virtude daquele que me confere poder.” (Filipenses 4:12, 13) Portanto, tratava-se dum segredo do modo de vida cristão, não importa qual fosse a situação da pessoa, sempre devia confiar em Jeová.
Os filipenses haviam aprendido esse segredo e isso influiu neles de diversas maneiras. Em primeiro lugar, a congregação era muito zelosa na pregação. Paulo escreveu: “Estais brilhando como iluminadores no mundo.” (Filipenses 2:15) Aceitaram as boas novas com grande alegria e depois continuaram a promover essas boas novas. Paulo pôde descrevê-los como “participantes comigo . . . em defender e estabelecer legalmente as boas novas”. — Filipenses 1:7.
Quando Paulo escreveu sua carta, sabia que eles estariam interessados em suas experiências de prisão. Ele descreveu que, embora preso, seus assuntos ‘resultaram mais para o progresso das boas novas do que de outro modo’, conforme disse, “minhas cadeias se têm tornado conhecimento público, em associação com Cristo, entre toda a Guarda Pretoriana”. (Filipenses 1:12, 13) Relatou também que a maioria dos cristãos romanos estava mostrando mais coragem para falar a palavra de Deus destemidamente em razão das cadeias dele. Deve ter encorajado os filipenses saber que Paulo, embora na prisão, continuava zeloso pela pregação do Reino assim como eles. — Filipenses 1:14.
Outra coisa que podia estar relacionada com o segredo mencionado em Filipenses 4:12, 13, era terem a atitude mental correta. Sua disposição era, não de agradar a si mesmos, mas de ajudar a outros. Deveras, eles foram muito úteis a Paulo. Enquanto ele estava em Tessalônica, por duas vezes eles lhe enviaram ajuda, a única congregação que fez isso. (Filipenses 4:15, 16) Mais tarde, quando, por causa da perseguição, a congregação de Jerusalém padecia dificuldades e necessitava de ajuda, os filipenses, embora fossem pobres, contribuíram liberalmente. Paulo escreveu que essa dádiva foi “além de sua capacidade real”. (2 Coríntios 8:3) Ainda mais tarde, quando Paulo estava preso em Roma, eles lhe enviaram bens materiais por meio de Epafrodito.
Sim, os filipenses tinham interesse amoroso pelos co-cristãos. Agiam como Paulo os exortou, “não visando, em interesse pessoal, apenas os [seus] próprios assuntos, mas também, em interesse pessoal, os dos outros”. Que espírito revigorante isso mostrava! Sugeria que os filipenses tinham uma atitude mental de humildade, assim como Jesus, e não eram críticos para com outros. — Filipenses 2:1-5, 14.
PODEMOS APRENDER E APLICAR O SEGREDO DELES
Distantes como estamos no tempo, não estamos em condições de nos associar diretamente com o apóstolo Paulo. Portanto, quão gratos devemos ser por Jeová Deus ter preservado em sua Palavra a inspirada carta aos filipenses! Podemos, pois, empenhar-nos em aprender e aplicar os maravilhosos conselhos contidos nela, incluindo o segredo que Paulo aprendeu e evidentemente partilhou com eles.
Para os filipenses, esse segredo envolvia conhecimento, atitude e conduta. Paulo incentivou-os a ‘comportar-se da maneira digna das boas novas acerca do Cristo’. (Filipenses 1:27) Ao seguirem a admoestação de Paulo, viriam a ser “inculpes e inocentes, filhos de Deus sem mácula no meio duma geração pervertida e deturpada”. (Filipenses 2:15) Naturalmente, manter tal conduta correta exigiria cautela, mesmo com respeito ao seu modo de pensar. Isso certamente constitui uma lição para nós. Talvez queiramos fazer o que muitos outros que procuram aplicar esse “segredo” têm feito — memorizar e considerar regularmente o que Paulo escreveu em Filipenses 4:8 sobre os nossos pensamentos. Consegue repetir essa passagem de cabeça?
O segredo de se confiar em Deus e de servi-lo com alegria, quer se tenha muito, quer pouco em sentido material, pode resultar numa vida muito satisfatória. No caso de Paulo, pense na satisfação que ele podia sentir ao refletir nos frutos de seus labores manifestos na congregação filipense. Ele vira a congregação crescer em amor pela verdade cristã e em zelo pela divulgação das boas novas. Ele também testemunhou o amor deles em ação para com co-cristãos. Podia derivar muita satisfação de ver que eles haviam aprendido também o segredo de confiar completamente em Deus em tudo o que faziam e em servi-lo com tudo o que tinham.
Todos os cristãos hoje podem perguntar-se corretamente quanto a se já aprenderam o importante segredo mencionado por Paulo em Filipenses 4:12, 13. Uma evidência é termos a bênção de Jeová, estarmos “cheios de fruto justo”. (Filipenses 1:9-11; 4:17) Também, se tivermos aprendido esse segredo vital e o manifestarmos, os que se encontram à nossa volta serão ajudados a fazer o mesmo. Estaremos dando um bom exemplo para os outros, assim como fez Paulo, de modo que pôde aconselhar os filipenses: “Tornai-vos unicamente imitadores meus, irmãos, e ficai observando os que estão andando dum modo que está de acordo com o exemplo que tendes em nós.” (Filipenses 3:17; veja os versículos Fil. 3:13, 14.) Portanto, para nós e para outros, esse segredo é de muitíssimo valor; contribuirá para a obtenção da vida eterna.
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Lembra-se?A Sentinela — 1983 | 1.° de julho
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Lembra-se?
Tem desfrutado a leitura dos diversos números recentes de — A Sentinela? Em caso afirmativo veja se consegue recordar-se dos seguintes pontos:
□ É a doença o resultado dum pecado específico da nossa parte?
Não, não necessariamente. A doença é uma das evidências de que todos nós herdamos o pecado e a imperfeição de Adão. (Romanos 5:12) Entretanto, o pecado deliberado pode levar-nos a pecar contra o espírito santo de Deus, algo muito pior do que a doença física. (Mateus 12:31, 32) — 15/2, página 31.
□ Que evidência notável indica hoje que o governo de Deus é uma realidade?
A existência de milhões de Testemunhas de Jeová em todo o mundo, que desde já se sujeitam ao Reino de Deus, evidencia a realidade do governo de Deus. Não mais encaram as coisas do ponto de vista racial ou nacionalista, mas trabalham juntos como corpo unido de irmãos e irmãs. (João 13:34, 35) — 15/4, páginas 6, 7.
□ Por que devem os cristãos estar cônscios do tempo?
Deus sempre teve um tempo designado para expressar sua vontade e seu julgamento. Por consultarmos a Bíblia, podemos aperceber-nos da chegada de eventos, tais como a presença invisível de Cristo que afetam os humanos. — 1/5, páginas 4 a 7.
□ O que é o “lugar santo” que é invadido pela “coisa repugnante”, que causa desolação?
O “lugar santo” é a “Jerusalém celestial” representada pelos fiéis cristãos ungidos na terra. Mas, os líderes religiosos, por colocarem as Nações Unidas como substituto do Reino de Deus, realmente postaram esse substituto humano no “lugar santo”. Isso constitui uma “coisa repugnante” à vista de Deus. Também a cristandade afirma ter um “lugar santo”, representado pelo seu campo religioso de operação. Hoje, as Nações Unidas representam uma ameaça para esse “lugar santo” da cristandade, devido à ação tomada por muitas nações ateístas. A palavra profética de Deus indica que tal confronto resultará em desolação. (Revelação 17:16) — 15/6, páginas 5, 6.
□ Qual é o “segredo sagrado” considerado por Paulo em sua carta aos Efésios?
Trata-se do propósito de Deus de restaurar a paz e a união universais por meio de sua “administração”. (Efésios 1:9, 10) — 1/7, página 9.
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