Preservados de ser mortos junto com os inimigos do rei
1. Rejeitarmos agora o novo Rei da Terra poderia ter que conseqüências, segundo que exemplo de aviso da antiguidade?
JÁ QUE vivemos no “tempo do fim” do atual “sistema de coisas”, pode ter as conseqüências mais sérias para nós se rejeitamos o novo Rei da terra. (Dan. 12:4; Mat. 24:3) Há dezenove séculos atrás, as conseqüências foram muito sérias para os israelitas que viviam no fim do sistema judaico de coisas, que girava em torno de Jerusalém e de seu templo. (Heb. 9:26) Este foi um exemplo de aviso para nós hoje. Este aviso é enfatizado para nós na parábola de Jesus a respeito do homem de nobre estirpe, que confiou dez minas de prata a dez escravos seus.
2. Quando partiu Jesus, como Rei prospectivo, e quem eram seus ‘concidadãos’, que enviariam atrás dele uma delegação para se opor ao seu reinado?
2 Na parábola, Jesus passou a dizer: “Mas os seus cidadãos o odiavam e enviaram um corpo de embaixadores após ele, para dizer: ‘Não queremos que este homem se torne rei sobre nós.’” (Luc. 19:14) Foi depois de sua ressurreição dentre os mortos que Jesus, como o ungido com o espírito santo de Deus para se tornar o Rei messiânico, ascendeu da terra para o céu, apenas dez dias antes do dia festivo de Pentecostes de 33 E. C. Segundo a nacionalidade carnal de Jesus, “seus cidadãos” eram os israelitas ou judeus. Em harmonia com isso, está escrito: “Quando chegou o pleno limite do tempo, Deus enviou o seu Filho, que veio a proceder duma mulher e que veio a estar debaixo de lei, para livrar por meio duma compra os debaixo de lei, para que nós, da nossa parte, recebêssemos a adoção como filhos.” (Gál. 4:4, 5) “Veio ao seu próprio lar, mas os seus não o acolheram.” (João 1:11) Pois bem, depois da ascensão de Jesus ao céu, como foi que seus concidadãos judaicos enviaram uma delegação ou representação após ele, para expressar suas objeções ao exercício do poder real de Jesus sobre eles?
3. Visto que seus ‘concidadãos’ eram de carne e sangue como podiam enviar “após ele” uma delegação para objetar ao seu reinado?
3 Sendo de carne e sangue, nenhum grupo de embaixadores judaicos podia ir ao céu e comparecer na presença santa de Deus, dizendo-lhe que não desse o reinado messiânico ao seu ressuscitado Filho Jesus. Mas não precisavam fazer isso. Avisaram a Deus exatamente como se fizessem isso. Como? Foi a partir do dia festivo de Pentecostes, porque foi então que os discípulos cristãos, que se haviam mantido “ocultos”, apresentaram-se em público. Foi então que o apóstolo Pedro, agindo como porta-voz para os cerca de 120 discípulos, disse a mais de três mil judeus reunidos em Jerusalém: “Que toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o fez tanto Senhor como Cristo, a este Jesus, a quem pendurastes numa estaca.” (Atos 2:36) Mas concordaram as autoridades religiosas em Jerusalém com este anúncio de que Jesus era o Messias? Não, se puder servir de indício sua oposição e perseguição seguinte dos discípulos de Jesus. Portanto, pela sua objeção oficial ao testemunho dado pelos discípulos, de que Jesus era o prometido Messias de Deus, avisavam a Deus no céu que não queriam seu ressuscitado Filho como Rei messiânico deles. — Atos 5:34-39.
4. (a) Por rejeitarem Jesus como o rei messiânico, a que se expuseram os ‘ cidadãos” judaicos? (b) A que resultado levou isso mais tarde a tais “cidadãos”, mas o que aconteceu aos judeus cristianizados?
4 Os concidadãos de Jesus tinham as suas próprias idéias sobre quem devia tornar-se seu rei, no papel do Messias. Expunham-se assim como enganados por falsos messias, falsos cristos. Foi com falsos ideais messiânicos que os judeus nacionalistas se revoltaram no ano 66 E. C. contra César, não o querendo mais como rei. (João 19:15) Os poucos anos de independência que ganharam do Império Romano terminaram quando Jerusalém e seu templo foram reduzidos a ruínas no ano 70 E. C. Os milhares de judeus cristianizados eram gratos de que não se haviam deixado enganar a participar da revolta messiânica dos judeus, e eles continuavam a ‘fazer negócios’ com as figurativas minas de prata que lhes foram dadas por Jesus Cristo antes de ele partir para o “país distante”, celestial. Não perderam nada de espiritual com a destruição horrível de Jerusalém e com a dispersão cruel dos judeus incrédulos.
FAZER NEGÓCIOS COM AS COISAS VALIOSAS DO REI
5. Na parábola, quando o nobre, na volta, fez as contas com seus escravos, o que disse o primeiro que se apresentou?
5 Na parábola de Jesus, é só depois de o “homem de nobre estirpe” voltar de sua longa viagem para fora, que ficamos sabendo o que seus dez escravos fizeram com as minas de prata que lhes foram confiadas. Lemos: “Por fim, tendo ele voltado, depois de se assegurar o poder régio [ou: o reino], mandou convocar esses escravos a quem dera o dinheiro de prata, a fim de averiguar o que tinham ganho com a atividade comercial. Apresentou-se, então, o primeiro, dizendo: ‘Senhor, a tua mina ganhou dez minas.’” (Luc. 19:15, 16) Segundo Uma Tradução Americana, este escravo disse: “Teus vinte dólares produziram duzentos, senhor!” Segundo a tradução da Comunidade de Taizé, ele disse: “Senhor, os cinqüenta cruzeiros renderam dez vezes mais.” Ganhara dez vezes mais do que recebera.
6. (a) O que representava este primeiro escravo? (b) Como se fizeram negócios com a “mina” de prata do Senhor a partir de Pentecostes?
6 Visto que os “dez escravos” da parábola representam todos os discípulos gerados pelo espírito e ungidos de Jesus Cristo a partir de Pentecostes do ano 33 E. C. e até agora, este primeiro escravo representa uma classe ou um grupo de tais discípulos cristãos. Sem dúvida, os doze apóstolos fiéis e o apóstolo Paulo pertenciam a esta classe. Sendo apóstolos ou “enviados”, certamente haviam ampliado o campo em cultivo, que seu Senhor Jesus Cristo deixou como algo valioso e produtivo com que começar a trabalhar ou fazer negócios. O livro dos Atos dos Apóstolos mostra como eles negociaram com a simbólica mina de prata. A partir do dia festivo de Pentecostes, lemos a respeito do “ensino dos apóstolos”, ao qual os crentes cristãos se devotavam, que “muitos portentos e sinais começaram a ocorrer por intermédio dos apóstolos”, e que, “ao mesmo tempo, Jeová continuava a ajuntar-lhes diariamente os que estavam sendo salvos”. — Atos 2:42, 43, 47.
7. O que fizeram os apóstolos sob perseguição, por exemplo, depois do que passaram no Sinédrio de Jerusalém?
7 Os apóstolos continuaram sua obra de pregar e de ensinar, apesar de serem punidos injustamente por fazerem isso. Por exemplo, depois de os apóstolos terem tido uma audiência perante o Sinédrio de Jerusalém, aconteceu o seguinte: “Mandaram chamar os apóstolos, chibatearam-nos e ordenaram-lhes que parassem de falar à base do nome de Jesus, e soltaram-nos. Estes [apóstolos], portanto, retiraram-se do Sinédrio, alegrando-se porque tinham sido considerados dignos de serem desonrados a favor do nome dele. E cada dia, no templo e de casa em casa, continuavam sem cessar a ensinar e a declarar as boas novas a respeito do Cristo, Jesus [ou: o Messias, Jesus].” — Atos 5:40-42, Tradução do Novo Mundo; Pontifício Instituto Bíblico.
8. Devido à aderência estrita dos apóstolos à pregação e ao ensino, o que aconteceu com referência ao número dos crentes?
8 Em aderência estrita ao seu ministério, os doze apóstolos disseram à congregação de Jerusalém: “Nós mesmos nos devotaremos à oração e ao ministério da palavra.” (Atos 6:4) Não é de se admirar que depois leiamos: “Conseqüentemente, a palavra de Deus crescia [pela pregação e pelo ensino] e o número dos discípulos multiplicava-se grandemente em Jerusalém; e uma grande multidão de sacerdotes começou a ser obediente à fé.” O número dos crentes deve ter aumentado então a mais de cinco mil, pois lemos um pouco antes: “Muitos dos que tinham escutado o discurso creram, e o número dos homens chegou a cerca de cinco mil.” — Atos 6:7; 4:4.
9, 10. (a) Como se ampliou o campo em cultivo, segundo Atos, capítulos oito a dez? (b) Que explicação deu o apóstolo Paulo sobre como ele negociava com a simbólica mina de prata?
9 Depois, tendo Jerusalém por base de operações, o campo de operações foi estendido aos samaritanos circuncisos e a um prosélito etíope, circunciso, e depois, no tempo designado de Deus, a todos os não-judeus ou gentios incircuncisos. (Atos, capítulos 8-10) No concílio do corpo governante cristão em Jerusalém, o discípulo Tiago comentou a ampliação do campo de cultivo, abrangendo o mundo gentio, ao dizer: “Simeão [Pedro] tem relatado cabalmente como Deus, pela primeira vez, voltou a sua atenção para as nações, a fim de tirar delas um povo para o seu nome. E com isso concordam as palavras dos Profetas.” (Atos 15:14, 15) Depois disso, o apóstolo Paulo empreendeu a sua segunda viagem missionária e penetrou na Europa. Paulo disse a respeito de si mesmo: “Visto que sou, na realidade, apóstolo para as nações, glorifico o meu ministério.” (Rom. 11:13) No retorno de sua terceira viagem missionária, Paulo explicou como negociava com a simbólica mina de prata que o Senhor Jesus Cristo lhe havia confiado, dizendo aos anciãos da congregação de Éfeso, na Ásia Menor:
10 “Não me refreei de vos falar coisa alguma que fosse proveitosa, nem de vos ensinar publicamente e de casa em casa [ou: publicamente e em vossas casas, Negromonte; em público e em casas particulares, Hoepers]. Mas, eu dei cabalmente testemunho, tanto a judeus como a gregos, do arrependimento para com Deus e da fé em nosso Senhor Jesus.” — Atos 20:20, 21.
11. Em resultado de os escravos cristãos negociarem com a simbólica mina, quanto testemunho havia sido dado cerca de dez anos antes da destruição de Jerusalém?
11 Então, será que os apóstolos e seus condiscípulos ungidos, lá no primeiro século, multiplicaram as minas simbólicas que o Senhor Jesus Cristo lhes confiou como seus escravos cristãos? Sim, fizeram isso. Temos o testemunho escrito do apóstolo Paulo, quando escreveu sua carta aos colossenses, da sua prisão domiciliar em Roma, cerca de dez anos antes da destruição de Jerusalém no ano 70 E. C., falando sobre a divulgação das boas novas: “Boas novas que se vos apresentaram, assim como estão dando fruto e estão aumentando em todo o mundo . . . boas novas que ouvistes e que foram pregadas em toda a criação debaixo do céu.” (Col. 1:5, 6, 23) Assim, anos antes do fim do sistema judaico de coisas, que girava em torno de Jerusalém, dera-se um testemunho mundial.
NEGOCIAR COM AS “MINAS” NO SÉCULO VINTE
12. (a) Por que não se deve atribuir à cristandade o mérito pelo hodierno ‘aumento em todo o mundo’ por parte das “boas novas”? (b) A quem se deve atribuir o mérito, e por quê?
12 Atualmente, depois de passarem dezenove séculos, pode-se dizer também que as boas novas estão “aumentando em todo o mundo” e que foram “pregadas em toda a criação debaixo do céu”? Sim, e muito mais do que no primeiro século E. C. O mérito disso não deve ser atribuído à cristandade, que já tem agora mais de dezesseis séculos de idade. Ela e suas centenas de milhões de membros das igrejas não proclamem que o Senhor Jesus Cristo assegurou para si o “poder régio” no fim dos Tempos dos Gentios em 1914, ano da Primeira Guerra Mundial. Não proclamem as boas novas de que o reino messiânico, nas mãos do Senhor Jesus, nasceu nos céus quando terminaram os Tempos dos Gentios em 1914 e que seu reino celestial não tem nada que ver com a Liga das Nações ou as Nações Unidas, das quais a cristandade depende para a manutenção da paz e da segurança mundiais. Não é à cristandade, mas sim ao restante ungido das testemunhas cristãs de Jeová que cabe o mérito pela pregação das boas novas, em toda a criação, de tal reino messiânico como já estabelecido nos céus desde 1914, para livrar toda a criação terrestre de toda a injustiça e para abençoar a humanidade com um governo perfeito e divino.
13. (a) Depois de o restante ungido emergir da Primeira Guerra Mundial, quão numerosos eram os aderentes do recém-nascido Reino, e por quê? (b) Como veio este restante a possuir as “minas” simbólicas e como negociou com elas?
13 Quando os deste restante ungido emergiram da Primeira Guerra Mundial e de suas perseguições, no ano 1918, eram o alvo do ódio de todas as nações e gozavam de má reputação religiosa. (Mat. 24:9) O campo cultivado que lhes sobrava para produzir mais aderentes do recém-nascido reino messiânico de Deus estava muito pequeno. Eram como os apóstolos e os condiscípulos de Cristo no período entre a ressurreição do Senhor Jesus da morte vergonhosa e o dia festivo de Pentecostes. Portanto, o que aconteceu era como que uma nova consignação das simbólicas minas de prata, no ano 1919, aos do restante ungido das testemunhas cristãs de Jeová. Naquele ano de 1919, houve a primeira assembléia geral do após-guerra dos do restante ungido, em Cedar Point, Ohio, E. U. A., e com uma renovação do espírito de Jeová Deus, os do restante ungido puseram-se novamente a fazer negócios ou a negociar com as simbólicas minas de prata, recém-recebidas do Senhor Jesus Cristo, então revestido de poder régio. Na sua maneira de fazerem negócios ou negociarem com estas “minas” imitaram o exemplo apostólico do primeiro século, pela pregação e pelo ensino destas boas novas do reino”. — Mat. 24:14.
14, 15. (a) Quem é agora chamado a prestar contas sobre como empregaram as “minas”? (b) Na parábola, quais foram as recompensas dos escravos que ganharam riquezas para seu Senhor?
14 Agora se chama os membros do restante ungido a prestar contas sobre como empregaram as minas simbólicas. Sabem que seu Senhor espera deles um aumento. Qual é a recompensa pelo aumento do número de minas simbólicas? A parábola de Jesus, depois de falar sobre a prestação de contas feita pelo escravo que ganhara mais dez minas, passa a responder a esta pergunta:
15 “Ele [o retornado Senhor] lhe disse assim: ‘Muito bem, escravo bom! Porque te mostraste fiel num assunto muito pequeno, tem autoridade sobre dez cidades.’ Veio então o segundo [escravo], dizendo: ‘Tua mina, Senhor, produziu cinco minas.’ Disse também a este: ‘Tu também; toma conta de cinco cidades.’” — Luc. 19:17-19.
16. (a) O que é indicado por poder o “homem de nobre estirpe” dar a governança sobre quinze cidades, no caso de dois escravos dentre os dez? (b) No que se refere aos membros do restante que agora ganham riquezas para o retornado Senhor Jesus Cristo que dizer de eles obterem a governança agora sobre cidades na terra?
16 Poder o retornado “homem de nobre estirpe” designar os escravos bons e fiéis, que produziram aumento, para governarem cidades, um escravo dez cidades e o outro, cinco, prova que ele se assegurara o poder régio e o exercia então. Poder o nobre designar escravos sobre quinze cidades, no caso dos primeiros dois, mostra que seu poder régio era bastante extensivo. Visto que eles se mostraram fiéis com uma soma relativamente pequena, tal como uma mina de prata, podia-se confiar-lhes uma responsabilidade maior, a governança de cidades. No cumprimento atual da parábola, aqueles do restante ungido que aumentam os valores do já reinante Senhor Jesus Cristo, têm sua aprovação e seu favor no presente. Retêm sua esperança de governar com ele no reino celestial. Mas, atualmente, durante seu serviço ativo na terra, não recebem nenhuma governança literal sobre várias cidades terrenas. A aprovação de seu Senhor ainda não os autoriza a se meter na política do mundo e a obter uma governança política na terra. Precisam continuar a não fazer parte deste mundo, até a morte, a fim de reinarem com Cristo acima.
O “ESCRAVO INÍQUO”
17. Que pergunta surge agora sobre alguém ressentir-se de se requerer dele a produzir aumento para o Senhor, e que caso de ressentimento mostra a parábola de Jesus?
17 Ressente-se alguém de nós ou ofende-se ele porque o Senhor Jesus Cristo, agora revestido de poder régio, exige um aumento daquilo que confiou aos seus escravos? Se temos desculpa ou não por nos sentirmos assim neste respeito é mostrado no caso do escravo que era diferente dos outros que empregaram as suas minas. Lemos: “Mas, veio um diferente, dizendo: ‘Senhor, aqui está a tua mina, que guardei num pano. Compreendes, eu tive temor de ti, visto que és homem rigoroso, apanhas o que não depositaste e ceifas o que não semeaste.’” — Luc. 19:20, 21.
18. Por que não podia este escravo que não produziu lucros ser desculpado à base da consciência?
18 Podia este escravo diferente ser desculpado por motivos de consciência? Não; porque não se lhe pedira fazer algo de errado, a saber, empregar a mina de seu Senhor para ganhar lucro desonesto. Não importava qual o conceito que formasse de seu amo, era mero escravo e devia ter feito a coisa honesta que seu amo lhe pedira fazer. Se era preguiçoso demais para trabalhar, devia ter depositado a mina no banco e deixado os banqueiros trabalhar por ele. De modo que ele tinha uma péssima desculpa.
19. Segundo o que respondeu o amo àquele escravo, e como?
19 Seu amo respondeu e o julgou segundo a própria desculpa dele, pois lemos: “Ele lhe disse: ‘Da tua própria boca te julgo, escravo iníquo. Sabias, não e verdade, que sou homem rigoroso, apanhando o que não depositei e ceifando o que não semeei? Então, por que e que não puseste meu dinheiro de prata num banco? Assim, na minha chegada, eu o teria cobrado com juros.’” — Luc. 19:22, 23.
20, 21. (a) Era impróprio, duro e descortês que o amo chamasse o escravo de “iníquo”? (b) O que mostra a parábola sobre se o “escravo iníquo” merecia outra oportunidade?
20 Chamar este escravo de “iníquo” não era impróprio, duro e descortês, porque este escravo, que temia trabalhar com a mina valiosa de seu amo, causara deliberadamente uma perda ao seu amo. Estavam envolvidos tempo e dinheiro valiosos, e o escravo não fizera uso leal deles para seu amo, nem com o desejo de prosperar e aumentar os bens de seu amo. Devolver o escravo apenas o que havia recebido há muito tempo atrás não era o modo correto de um escravo acolher um rei! Quão desprezível! Quão desrespeitoso! Quão vil! Quanta falta de amor e entusiasmo com o recém estabelecido reino de seu amo! Tratava-se dum fracasso absoluto de prestar qualquer serviço ao seu amo quando ele tinha o tempo e os meios para tal. Na ocasião do ajuste de contas, merecia ele outra oportunidade, Observe:
21 “Com isto [o amo] disse aos que estavam parados ali: ‘Tirai dele a mina e dai-a ao que tem as dez minas.’ Mas eles lhe disseram: ‘Senhor, ele tem dez minas!’ — ‘Eu vos digo: A todo aquele que tem, mais será dado; mas daquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado. Ademais, trazei para cá estes inimigos meus que não quiseram que eu me tornasse rei sobre eles e abatei-os diante de mim.’” — Luc. 19:24-27.
22. (a) Portanto, que oportunidade régia perdeu aquele escravo inútil? (b) Do lado de quem se colocou realmente aquele escravo e como pressagiavam o mal para esse escravo as palavras de seu amo?
22 Tirar a mina daquele escravo inútil significava que ele perdeu a oportunidade de mostrar-se digno de ter “autoridade sobre dez cidades” ou de ‘tomar conta de cinco cidades’, participando assim no reino de seu amo então régio. (Luc. 19:17, 19) Não se lhe podiam confiar quaisquer responsabilidades do reino. Embora tivesse uma atitude negativa para com o reino de seu amo, ele se colocou do lado daqueles que tinham atitude positiva contra este homem reinar sobre eles. A parábola não diz nem mostra se ele foi morto junto com os inimigos do amo, que não quiseram que se tornasse rei sobre eles. Mas a parábola mostra que, logo depois de o amo dizer que o escravo que não tem zelo nem interesse para com o reino de seu amo perderá a oportunidade que tem, o amo disse aos seus súditos reais que abatessem seus inimigos perante ele.
23. (a) Por que conduta má não foi esse escravo tachado de “iníquo”? (b) A luz do fracasso daquele escravo que obrigação têm os “escravos” batizados e ungidos de Cristo desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914?
23 Deve-se notar que este escravo inútil não foi chamado de “iníquo” por ter maltratado seus co-escravos, nem por ter cometido imoralidade, tal como fornicação, adultério ou homossexualismo. Não, mas ele foi julgado como iníquo por sua falta de apoio às perspectivas do Reino de seu amo, por não trabalhar para aumentar as riquezas do reino de seu amo. Não estando a favor de seu amo como rei, estava contra ele. (Mat. 12:30; Luc. 11:23) Assim, também, desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914, é algo sério quando os “escravos” batizados e ungidos do já reinante Rei Jesus Cristo negligenciam seu dever de aumentar o conhecimento público, o apoio e a aderência leal com respeito ao reino dele. São responsáveis por ‘fazer negócios’ com as minas simbólicas que lhes foram confiadas para as usarem até que faça um ajuste de contas com eles.
24. (a) Que privilégio não querem perder para outros estes “escravos” cristãos? (b) Perderem a recompensa régia significaria para eles perderem o quê?
24 Não devem querer que seus privilégios quanto ao reino de Cristo lhes sejam tirados e dados a um pregador e instrutor zeloso do Reino, semelhante ao escravo que ganhou as dez minas. Tirar-se-lhes a mina simbólica significaria que deixam de ganhar um lugar no Reino celestial, para governarem, como que, “dez cidades” ou “cinco cidades”. Perderem isso significaria para eles perderem tudo. Significaria sua destruição junto com os inimigos diretos do governo messiânico de Deus, que não querem que Jesus Cristo exerça o poder régio sobre eles durante mil anos. (Rev. 20:4, 6) Aproxima-se cada vez mais o tempo de os santos anjos que acompanham Jesus Cristo na sua vinda executarem a vingança divina em todos os opositores e não-apoiadores do reino messiânico. Isto começará antes da batalha do Har-Magedon.
25. (a) Por que começará antes da batalha do Har-Magedon a execução da vingança divina? (b) Então, o que significaria para nós, professos cristãos, se fossemos achados iguais aquele “escravo iníquo”?
25 Começará com a destruição da religiosa Babilônia, a Grande, no irrompimento da “grande tribulação”, representada pelo sítio e pela destruição de Jerusalém lá em 70 E. C. (Rev. 17:1-16; Mat. 24:15-22) Ai de nós se pertencermos àquela classe de professos cristãos que foi representada pelo “escravo iníquo que guardou a sua mina num pano, só para no fim perdê-la! Significará para nós a destruição eterna na “grande tribulação”, junto com os “inimigos” do Rei.
26. Que duas classes serão poupadas a ser mortas junto com os inimigos do Rei? E por quê?
26 Os ungidos “escravos” cristãos que produzem lucro espiritual para seu Amo celestial, o Rei Jesus Cristo, serão poupados à matança dos inimigos do Rei. O mesmo se dá com a “grande multidão”, que aceita as atividades negociadoras dos “escravos” fiéis e lucrativos, e que lealmente toma sua posição perante o trono de Jeová Deus e de seu Cordeiro Jesus Cristo, clamando entusiasticamente para todos ouvirem: “Vitória ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro!” — Rev. 7:9, 10, 14, 15, New English Bible.
“É assim que obtemos o conhecimento de que estamos amando os filhos de Deus, quando amamos a Deus e cumprimos os seus mandamentos. Pois o amor de Deus significa o seguinte: que observemos os seus mandamentos; contudo, os seus mandamentos não são pesados, . . . Quem deposita a sua fé no Filho de Deus, este tem o testemunho no seu próprio caso. Quem não tem fé em Deus, fez dele um mentiroso, porque não depositou fé no testemunho dado, o qual Deus, como testemunha, tem dado a respeito do seu Filho.” — 1 João 5:2, 3, 10.