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Profanar o nome de Deus — por não usá-loA Sentinela — 1986 | 1.° de maio
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Profanar o nome de Deus — por não usá-lo
JEOVÁ lidou misericordiosamente com o povo de Israel por causa do seu próprio nome, para que este não fosse profanado entre as nações. (Ezequiel 20:9, 13, 14, 22) Com o tempo, porém, os israelitas refrearam-se de usar o nome de Deus, de modo que por fim foi perdida a pronúncia. Este desuso do nome de Deus equivalia a profaná-lo.
Nesse respeito, R. Laird Harris observou: “É um fato muitíssimo curioso a pronúncia do nome do Deus de Israel ter sido totalmente perdida. A fé de Israel foi a única fé digna da antiguidade. Foi o primeiro monoteísmo do mundo e é a única fé antiga que se tornou verdadeiramente uma religião mundial. Foi sem igual por ser totalmente espiritual e excluir a representação material da deidade. Foi também ímpar, infelizmente, na perda da pronúncia do nome da deidade. A situação é deveras estranha e dificilmente teria sido predita por aqueles homens sinceros que achavam que não deviam atrever-se a pronunciar o inefável nome para não profaná-lo. O resultado parece ter sido realmente uma profanação de espécie diferente. Não usar o nome de Deus parece tê-lo profanado assim como o uso vulgar do Nome teria feito. Mas, os fatos são claros. Os antigos hebreus, naturalmente, pronunciavam e escreviam o nome de Deus.” — The Law and the Prophets, editado por John H. Skilton, Nutley, Nova Jersey, 1974, página 215.
Os israelitas sabiam que, se esquecessem o nome de Jeová, o próprio Deus ‘o descobriria’. (Salmo 44:20, 21) Conseqüentemente, quando isso ocorreu, ele “voltou a sua atenção para as nações, a fim de tirar delas um povo para o seu nome”. (Atos 15:14) Embora não saibamos hoje precisamente como pronunciar o nome divino em hebraico, uma tradução apropriada e adequada do Tetragrama (as quatro consoantes hebraicas que representam o nome) para o português é Jeová. Atualmente, mais de três milhões de pessoas são conhecidas como Testemunhas de Jeová, e sentem-se felizes de levar o nome de seu Deus e de serem identificadas com ele.
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“Meigos” ou “pequeninos” — qual?A Sentinela — 1986 | 1.° de maio
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“Meigos” ou “pequeninos” — qual?
EM 1 TESSALONICENSES 2:7 o apóstolo Paulo descreveu a si mesmo e seus companheiros do seguinte modo: “Tornamo-nos meigos entre vós, como a mãe lactante que acalenta os seus próprios filhos.” Algumas traduções (A Bíblia Viva; A Bíblia na Linguagem de Hoje) rezam ali “amáveis” e “carinhosos”, mas outras versões (Álvaro Negromonte; Matos Soares) usam as palavras “pequeninos” e “pequenos”. Por que esta diferença?
Os tradutores seguem uma das duas versões encontradas nos textos e manuscritos gregos. Alguns textos (Textus Receptus, Tischendorf, Merk) e manuscritos gregos rezam é·pi·oi, que significa “meigo”, mas outros textos (Westcott e Hort, Nestle-Aland) e manuscritos gregos rezam né·pi·oi, que significa “pequeninos”.
Nesse respeito, O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento (Volume I, 1975, página 282, em inglês) comentou: “Há duas versões de 1 Tes. 2:7: (a) ēpioi (fomos meigos na vossa companhia); (b) nēpioi (pequeninos). A palavra precedente [neste versículo] termina em n, e parece provável que, ao copiar, este n foi repetido por erro. Ademais, a interpretação da segunda versão causa dificuldades. Pois, no v. 7b, não é a ele, mas aos tessalonicenses que Paulo compara a ‘filhos’; ele e seus colegas eram como uma ama-de-leite (trophos).” Apropriadamente, pois, muitas traduções rezam aqui “meigos” em vez de “pequeninos”.
Mas, por que usou Paulo aqui a palavra “meigos”? Foi por causa do genuíno amor e por preocupação de não prejudicar o crescimento espiritual daqueles a quem ele e seus companheiros missionários instruíram. (1 Tessalonicenses 2: 8) W. E. Vine (An Expository Dictionary of New Testament Words, reimpressão de 1962, Volume II, página 145) observa que a palavra é·pi·os “era usada freqüentemente pelos escritores gregos como caracterizando uma babá com crianças provadoras, ou uma professora com estudantes refratários, ou de pais para com seus filhos. Em 1 Tes. 2:7, o Apóstolo a usa com referência à conduta dele mesmo e de seus companheiros missionários para com os conversos em Tessalônica.” Quando ensinamos a Palavra de Deus às pessoas, tenhamos sempre em mente a meiguice demonstrada por Paulo e seus companheiros, e imitemos o seu exemplo.
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