Anciãos designados para pastorear o rebanho de Deus
1. (a) Que espécie de homens são os superintendentes nas congregações das testemunhas de Jeová? (b) Basicamente, o que faz um superintendente na congregação?
A ORGANIZAÇÃO teocrática das testemunhas de Jeová não tem ministros assalariados nas suas congregações. Homens maduros, espiritualmente qualificados, da própria congregação, são designados como anciãos e superintendentes. (Tito 1:5, 7) Estes homens estão interessados no bem-estar do rebanho inteiro sob os seus cuidados. A palavra “superintendente” é a tradução portuguesa da palavra hebraica paqidh e da palavra grega epískopos. A palavra hebraica deriva-se dum termo que significa “visitar, dar atenção a, inspecionar”, e também “designar ou comissionar”. O termo grego está relacionado com episkopéo (supervisão), e significa “supervisionar ou vigiar”. Portanto, um superintendente numa congregação cristã é alguém designado para cuidar da congregação, para visitar e edificar os associados com ela. Os “superintendentes” cristãos correspondem aos reconhecidos como “homens mais maduros” das congregações, sendo que todos estes “homens mais maduros” ou anciãos designados têm responsabilidades como superintendentes do rebanho de Deus.
2. Quando Paulo falou aos anciãos da congregação de Éfeso, que conselho encorajador lhes deu, e qual foi o motivo deste conselho?
2 Quando o apóstolo Paulo, voltando de uma de suas viagens missionárias, chegou a Mileto, enviou uma mensagem a Éfeso e “chamou os anciãos da congregação”. (Atos 20:17, margem da ed. ingl. de 1971) Quando estes anciãos foram visitar Paulo, lembrou-lhes como ele se havia gasto a favor deles e os exortou a fazer o mesmo para com todo o rebanho confiado aos cuidados deles. Disse: “Não me refreei de vos falar coisa alguma que fosse proveitosa, nem de vos ensinar publicamente e de casa em casa. . . . Não obstante, não levo a minha alma em conta como estimada por mim, desde que eu possa terminar a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho cabal das boas novas da benignidade imerecida de Deus. E agora, eis que sei que todos vós, entre os quais eu estive pregando o reino, não vereis mais o meu rosto. . . . não me refreei de falar a todos vós todo o conselho de Deus. Prestai atenção a vós mesmos e a todo o rebanho, entre o qual o espírito santo vos designou superintendentes para pastorear a congregação de Deus, que ele comprou com o sangue do seu próprio Filho.” (Atos 20:16-28) Paulo tomava seu trabalho muito a sério e queria incutir nos seus co-anciãos a seriedade de sua responsabilidade perante Deus como superintendentes do rebanho.
3. (a) Considerava-se algum ancião de Éfeso como sendo o principal? (b) Que perguntas interessantes se suscitam agora?
3 Note-se que nenhum ancião era considerado como sendo o principal, o chefe da congregação. Este cargo foi dado por Deus ao seu próprio Filho, Jesus Cristo. (Efé. 1:22, 23; Col. 1:18) Os anciãos serviam debaixo de Cristo como um corpo. Eram um grupo de pessoas iguais no que se referia à sua responsabilidade. Paulo falava deles como sendo um “corpo de anciãos”; exigia-se de todos eles que dessem o mesmo exemplo excelente à congregação. (1 Tim. 4:14, margem da ed. Ingl. 1971.) Como se tornaram estes homens qualificados para ser anciãos na congregação de Éfeso? Por certo, deve ter havido alguma organização, alguma ordem, alguma direção para o rebanho de Deus. Mas, por que foram estes homens específicos designados como pastores?
REQUEREM-SE QUALIFICAÇÕES DEFINIDAS
4. Onde se encontram na Bíblia os pormenores sobre as qualificações dos superintendentes ou dos anciãos, e por que é importante aderir a elas bem de perto?
4 Para sabermos pormenores sobre as qualificações, podemos recorrer à primeira carta que Paulo escreveu a Timóteo. Encontramos no terceiro capítulo uma descrição de como deve ser o superintendente ou ancião. Estes requisitos não devem ser encarados levianamente. Só se pode esperar a bênção de Deus quando se segue de perto a sua Palavra. — 1 João 3:22.
5. (a) A fim de se habilitar para uma designação de ancião, qual deve ser a situação da moral da pessoa? (b) Qual é o significado da declaração de que “o superintendente . . . deve ser irrepreensível”?
5 Era perfeitamente próprio que algum homem na congregação cristã de Deus ‘procurasse alcançar o cargo de superintendente’, que procurasse satisfazer as normas exigidas, porque isto mostraria que estava desejoso duma obra excelente. No entanto, antes de um homem cristão poder ser recomendado para este cargo, certamente tem de mostrar “as suas obras pela sua boa conduta com a mansidão que pertence à sabedoria”, conforme salientou Tiago. (Tia. 3:13) Tem de ser um homem que odeia o mal. Senão, não terá o “temor de Jeová”, que é “o início da sabedoria”. (Pro. 9:10; 8:13) Basicamente, se um homem quiser habilitar-se para ser designado como ancião, terá de aderir coerentemente à norma moral mais elevada. Conforme já aprendemos no artigo precedente, a sabedoria de cima é primeiramente “casta”. Portanto, a moral do ancião precisa ser correta e estar em plena harmonia com a Palavra de Deus. Paulo, ao escrever ao jovem Timóteo, no terceiro capítulo, começando no versículo dois, disse: “O superintendente, portanto, deve ser irrepreensível.” Irrepreensível significa estar livre de repreensão ou culpa. Sua conduta, seus tratos com as pessoas e seu modo de vida não podem ser da espécie que possa ser posta em dúvida. Precisa estar acima de vitupério quanto à sua conduta na congregação, no seu emprego secular e em todas as outras partes. Precisa ser homem das normas morais mais elevadas. — 2 Cor. 6:3, 4.
6. Que influência têm os costumes locais sobre o requisito de que o superintendente seja “marido de uma só esposa”?
6 O superintendente, se for casado, deve ser “marido de uma só esposa”. Os costumes locais não alteram este requisito. Ele não pode ser polígamo, tendo duas ou mais esposas. — Mat. 19:3-9.
7-9. O que está incluído em ser (a) “moderado nos hábitos”; (b) “ajuizado”, e (c) “ordeiro”?
7 O homem qualificado para ser superintendente também deve ser “moderado nos hábitos”, não alguém que vai a extremos. Deve ter um conceito equilibrado sobre as suas responsabilidades como cristão e desincumbir-se delas dum modo que tenha o respeito dos concristãos.
8 A próxima qualificação mencionada é que ele deve ser “ajuizado”. Seu ponto de vista deve sempre ser governado pela Palavra de Deus. Isto o habilita a ser equilibrado no seu modo de pensar. Saberá o que é próprio e o que é impróprio, certo ou errado, baseado nas Escrituras. Por isso precisa estar bem versado na Palavra de Deus. — Rom. 12:2; Sal. 19:7.
9 Precisa também ser “ordeiro”. Isto envolve ser pontual. As reuniões que dirige devem ser bem ideadas, e ele deve manter boa ordem, deixando apenas uma pessoa por vez falar, caso os membros da congregação devam dar comentários. (1 Cor. 14:26-33) Os registros mantidos devem ser esmerados e em boa ordem. Ser ordeiro inclui também outra coisa. Exige que ele reconheça a ordem teocrática, que saiba avaliar a necessidade da submissão a Cristo, cabeça da congregação, e que compreenda a sua própria posição em relação ao rebanho, como pastor plenamente responsável perante Deus. — 1 Cor. 11:3; Jer. 23:1-4.
10. Como pode aquele que “procura alcançar o cargo de superintendente” mostrar que é “hospitaleiro”?
10 O superintendente deve ser também “hospitaleiro”. Deve dar boas-vindas aos estranhos, fazendo com que tenham prazer em estar presentes. Deve demonstrar que tem também muito prazer em ver os que já conhece por mais tempo. Visando isso, certamente demonstrará os frutos da justiça e será pacífico com todos, jovens e idosos, na congregação. — Heb. 13:1, 2.
“QUALIFICADO PARA ENSINAR”
11, 12. (a) Explique os fatores incluídos em alguém estar “qualificado para ensinar”. (b) Por que é importante que os anciãos estejam realmente qualificados como instrutores da Palavra de Deus?
11 Uma das qualificações especialmente importantes dos anciãos é que estejam ‘qualificados para ensinar’. (1 Tim. 3:2) O homem precisa ter mentalidade espiritual para fazer isso entre cristãos. A experiência e os anos na verdade serão de ajuda nisso. Precisa-se ter amplitude e profundeza de conhecimento bíblico, e estas são obtidas pela freqüência regular às reuniões congregacionais e pelo diligente estudo pessoal durante um período de anos. O ancião certamente deve saber ler, pois desejará recorrer à Palavra de Deus e poder dizer: ‘Está escrito assim.’ Além disso, deve poder aplicar o que lê e transmitir aos outros as idéias certas, de modo claro e pronto. Ensinar é uma arte.
12 Certamente, haverá na congregação outros homens, além dos anciãos designados, que são cristãos maduros, zelosos no ministério e exemplares na conduta. Mas os anciãos precisam estar qualificados como instrutores. Isto não quer dizer que simplesmente participam em ensinar a Bíblia aos recém-interessados. Envolve mais do que isso. Os anciãos são aqueles aos quais os concristãos recorrem como instrutores da Palavra de Deus. Devem poder chegar diante da congregação e transmitir instruções das Escrituras, que edifiquem os que já são crentes. Precisam ter um conhecimento exato da verdade, para que, ao presidirem às reuniões da congregação, saibam se os comentários dados pelos outros são corretos e assim podem ajudar a congregação a obter o entendimento correto do assunto. Se estiverem habilitados como anciãos, devem ter uma compreensão clara da verdade, para que não só possam “dizer” aos outros o que é correto, mas também raciocinar sobre isso com eles e ajudá-los a compreender isso. — Efé. 4:11, 12.
13. A fim de estar qualificado como ancião, em que precisa o homem coerentemente basear o seu ensino, e o que deve ele evitar?
13 Quando Paulo escreveu a Tito a respeito da designação de “homens mais maduros”, ele especificou que, para um homem estar qualificado, deve ‘apegar-se firmemente à palavra fiel com respeito à sua arte de ensino’. (Tito 1:5, 9) Não deve ser alguém inclinado a se estribar na sua própria opinião. Conforme Paulo aconselhou a Timóteo, deve apegar-se à Palavra de Deus ao falar à congregação; deve ‘pregar a palavra’. — 2 Tim. 4:2.
14. Como se deve encarar o trabalho de se ser instrutor na congregação?
14 Ser instrutor na congregação de Deus é um grande privilégio, mas também uma séria responsabilidade. (Tia. 3:1) Os que ‘procuram alcançar o cargo de superintendente’ farão bem em esforçar-se diligentemente para se tornarem qualificados neste respeito. E os que têm as qualificações devem sentir prazer em usar este “dom” para a edificação da congregação, não se refreando temerosamente, mas confiando em Jeová quanto à sua orientação e bênção. (Rom. 12:6-8) Ao continuarem a olhar humildemente para Jeová em busca de orientação, serão ajudados a fazer o trabalho dum modo que dê glória a Deus e seja uma bênção para os que o amam.
15. (a) Por que não estaria qualificado como ancião aquele que bebe em excesso? (b) Por que não estaria qualificado como ancião aquele que é beligerante ou egocêntrico?
15 Para um homem ser instrutor eficiente, precisa comportar-se dum modo que não feche a mente e o coração daqueles aos quais procura ajudar. Portanto, é compreensível que se requeira de alguém designado como ancião que ele não seja “brigão bêbedo, não espancador, mas razoável, não beligerante”. (1 Tim. 3:3) Não deve ser dado a muito vinho. Deve sempre ter o domínio dos seus sentidos e de suas faculdades de raciocínio, nunca ficando embriagado. Não deve ser a espécie de pessoa que procura resolver as questões com o punho. Nem deve ser alguém que constantemente grite com as pessoas ou que retribua a falta de bondade com observações duras ou se negue a falar com seu irmão, que talvez o tenha ofendido. (Rom. 12:17, 18) Ocasionalmente, pode acontecer alguma coisa que o irrite, mas, assim como se dá com todos os cristãos, ele deve ter autodomínio, que é um dos frutos do espírito de Deus. Deve ser tratável, não egocêntrico, mas disposto a escutar os outros e a não se ofender quando alguém lhe der uma sugestão para melhorar o modo de se fazerem as coisas. Talvez saiba de experiência e da Bíblia que certas sugestões não são válidas, mas este não é motivo para ser impaciente com um irmão que procura ajudar. Lembre-se de que o discípulo Tiago disse que “a sabedoria de cima é . . . razoável”. Aquele que não é beligerante, mas sim razoável, ajuda a promover um ambiente pacífico. E, conforme salientou Tiago, “o fruto da justiça tem a sua semente semeada sob condições pacíficas para os que fazem paz”. — Tia. 3:18.
16. Como mostra o cristão maduro que ele não é “amante do dinheiro”?
16 Reconhecendo o que a Bíblia diz sobre o valor relativo das coisas materiais, o cristão maduro não deve ser “amante do dinheiro”. Nunca se empenhará em práticas comerciais desonestas para obter dinheiro. Nem permitirá que mesmo trabalho secular honesto relegue seu ministério ao segundo plano. Os superintendentes entre as testemunhas de Jeová não esperam receber salário pelos seus serviços prestados às ovelhas na congregação. O apóstolo Paulo, que também era ancião, não esperava que as congregações lhe pagassem por aquilo que fazia. Costumava ganhar seu próprio sustento por fabricar tendas. Assim, nunca eram um peso para a congregação, mas, antes, tinha prazer em dar de si mesmo a favor dela. (Atos 20:33, 34) Prestava os seus serviços gratuitamente e não estava assim comprometido com ninguém, de modo algum. “Vossa maneira de viver esteja livre do amor ao dinheiro, ao passo que estais contentes com as coisas atuais”, escreveu o apóstolo Paulo em Hebreus 13:5.
SUPERINTENDENTES SÃO “HOMENS MAIS MADUROS”
17. Por que tem a vida doméstica dum homem muito que ver com ele estar qualificado como ancião?
17 O ancião, se for pai, deve ser “homem que presida de maneira excelente à sua própria família, tendo os filhos em sujeição com toda a seriedade”. Isto mostra que deve ser pessoa ordeira e gozar do respeito de todos os filhos que moram na sua casa, e que eles o escutem e lhe obedeçam. Quando um homem cuida bem de suas responsabilidades no lar, está em condições de ajudar outros a aprender o que a Bíblia diz sobre estes assuntos. Poderá falar francamente e não estará inclinado a atenuar o conselho bíblico por ele mesmo ter consciência pesada. (1 Tim. 3:12, 13) Mas, Paulo acrescenta, “se um homem não souber presidir à sua própria família, como tomará conta da congregação de Deus?” (1 Tim. 3:4, 5) Cuidar duma congregação do povo de Deus, que possa ter de 25 a 200 pessoas, é uma responsabilidade muito pesada. A Bíblia mostra que é preciso tomar em consideração a vida doméstica do homem ao se determinar se ele está qualificado para ser ancião.
18. (a) Menciona a Bíblia um requisito específico de idade para alguém estar qualificado como ancião? (b) Que indícios definidos fornece ela sobre o assunto da idade?
18 O pai que tem filhos em sujeição a ele não é ele mesmo adolescente. A Bíblia não menciona nenhum requisito específico de idade, mas, em vista do requisito de ter os próprios filhos em sujeição, com toda a seriedade (tendo eles bastante idade para manifestar tal seriedade), pode-se presumir que os anciãos entre os cristãos do primeiro século não tinham apenas dezoito ou dezenove anos de idade; tinham experiência da vida e haviam demonstrado que eram homens ‘sábios e entendidos’. São chamados de “homens mais maduros”. O próprio Timóteo, a quem Paulo escreveu, pode ter tido vinte e poucos anos de idade quando “os irmãos em Listra e Icônio davam dele bom relato”. (Atos 16:2) Timóteo pode ter tido trinta e tantos anos quando se lhe disse: “Nunca ponhas as mãos apressadamente sobre nenhum homem; tampouco sejas partícipe dos pecados de outros; mantém-te casto.” (1 Tim. 5:22) Neste tempo, Timóteo já estava plenamente habilitado para assumir estas pesadas responsabilidades e demonstrava sabedoria ao transmitir a outros homens fiéis aquilo que havia aprendido, a fim de que fossem adequadamente habilitados para ensinar outros. Embora os jovens amiúde pensam que sabem tudo, adquirir sabedoria exige tempo, experiência e convívio com pessoas.
19, 20. (a) Por que não se deve recomendar um recém-convertido para ser designado para ancião? (b) Que base precisa tal pessoa antes de poder tornar-se ancião?
19 Assim como se dá com os que são jovens num sentido físico, assim também alguém que apenas recentemente se tornou cristão dedicado e batizado precisa obter experiência. Requer tempo para se obter suficiente conhecimento e experiência na aplicação dos princípios bíblicos, para se estar “qualificado para ensinar” estas coisas a concristãos. Portanto, o superintendente não pode ser um “homem recém-convertido”. Paulo apresenta um motivo muito bom porque um “homem recém-convertido” não está habilitado para ser ancião. Ele diz: “Para que não venha a enfunar-se de orgulho e a cair no julgamento aplicado ao Diabo.” — 1 Tim. 3:6.
20 Se um cristão recém-batizado recebesse um cargo de responsabilidade na congregação, talvez lhe subisse à cabeça, como se diz. É muito melhor deixar alguém desenvolver-se progressivamente na madureza. É preciso que seja maduro em conhecimento e compreensão da Palavra de Deus. Ele precisa tornar-se sábio e entendido, e mostrar “as suas obras pela sua boa conduta com a mansidão que pertence à sabedoria”. Daí, depois de algum tempo, poderá estar habilitado para ser servo ministerial, e, depois disso, esforçar-se para ser ancião na congregação.
21. Que influência tem a reputação do homem entre os de fora da congregação sobre ele estar qualificado para ser ancião, e por quê?
21 Há outro assunto que merece consideração, conforme Paulo admoestou Timóteo. É de se esperar que o cristão trate bondosamente os concristãos e mostre ter amor a eles. Mas, para alguém ser superintendente numa congregação do povo de Deus, “deve ter também testemunho excelente de pessoas de fora, a fim de que não caia em vitupério e num laço do Diabo”. Os cristãos têm forçosamente associação com não-cristãos. Esta é uma parte necessária de sua vida, porque precisam pregar as boas novas do Reino em toda a parte, a toda espécie de pessoas. Estas pessoas de fora formam opiniões sobre as testemunhas de Jeová, e falam sobre elas depois de estes cristãos terem visitado seus lares, tentando ajudá-las. Os interessados também são convidados aos Salões do Reino das testemunhas de Jeová e ali se associam com os superintendentes e outros membros da congregação. Qual é a opinião destas pessoas a respeito daquele que é superintendente das testemunhas de Jeová? “Além disso, precisa ter boa reputação entre o público não-cristão, para que não seja exposto a escândalo e não venha a ser apanhado pelo laço do Diabo.” (1 Tim. 3:7, Nova Bíblia Inglesa) Deve praticar na sua vida diária as coisas que ensina aos outros a fazer. As pessoas para as quais trabalha e com as quais trabalha devem poder ver sua honestidade, sua pontualidade e sua disposição de cumprir um dia inteiro de trabalho para seu patrão, de não ser preguiçoso. Deve ser bondoso para com seus vizinhos e seu comportamento moral deve estar além de dúvida. Tudo isso tem que ver com ele estar ou não qualificado para ser superintendente na congregação de Deus. — 1 Ped. 2:12; Dan. 6:4, 5.
22. Que atitude para com a responsabilidade deve aceitar aquele que ocupa o cargo de superintendente?
22 As normas a serem observadas pelos designados como anciãos são elevadas, mas não são inalcançáveis. A fim de ser usado por ele precisa-se ter genuíno amor a Jeová e ter disposição voluntária. O apóstolo Pedro, escrevendo a anciãos na congregação do primeiro século, disse: “Portanto, dou esta exortação aos homens mais maduros entre vós, pois eu também sou homem mais maduro, igual a eles, e testemunha dos sofrimentos do Cristo, parceiro na glória que há de ser revelada: Pastoreai o rebanho de Deus que está aos vossos cuidados, não sob compulsão, mas espontaneamente; nem por amor de ganho desonesto, mas com anelo; nem como que dominando sobre os que são a herança de Deus, mas tornando-vos exemplos para o rebanho.” (1 Ped. 5:1-3) Uma coisa que Pedro salientou é que não deve assumir esta responsabilidade sob compulsão por parte de outro, mas que deve aceitá-la espontaneamente. Não há glória ligada com o cargo de pastor; antes, envolve muito tempo e trabalho. Não aceite este cargo por amor de ganho pessoal, mas, antes, conforme o expressa a versão de Lincoln Ramos, “por devotamento”. — 1 Ped. 5:2, 3, Pereira.
TANTO CAPAZ DE EXORTAR COMO DE REPREENDER
23. Em que devem basear os superintendentes sua exortação e repreensão, e por que precisam estar qualificados para isso?
23 Na carta inspirada a Tito menciona-se outra qualificação importante dos superintendentes. Esta envolve o ensino, mas num sentido especial. O texto diz: “O superintendente tem de estar . . . apegando-se firmemente à palavra fiel com respeito à sua arte de ensino, para que possa tanto exortar pelo ensino que é salutar como repreender os que contradizem.” (Tito 1:7-9) Não costuma ser difícil para alguém que tem bom conhecimento da verdade usar a Bíblia para exortar seus irmãos e para animá-los a continuarem fiéis no serviço. Mas a responsabilidade dos superintendentes não pára ali. Quando surgem dificuldades, precisam também resolvê-las. Precisam usar as Escrituras para “repreender os que contradizem” a verdade. Se fosse designado para ancião, estaria disposto a assumir esta responsabilidade?
24. Quanto a repreender, que perguntas precisa considerar aquele que procura estar qualificado como ancião?
24 Ao escrever a sua segunda carta a Timóteo, Paulo salienta a seriedade desta obrigação que Timóteo tinha como superintendente, dizendo: “Eu te mando solenemente perante Deus e Cristo Jesus, que está destinado a julgar os vivos e os mortos, e pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, ocupa-te nisso urgentemente, em época favorável, em época dificultosa, repreende, adverte, exorta, com toda a longanimidade e arte de ensino.” (2 Tim. 4:1, 2) Negar-se-ia ou refrear-se-ia de dar repreensão ou censura quando necessária, ou recorreria à Palavra de Deus e a usaria para ajudar seu irmão a endireitar seu modo de pensar e a harmonizar sua conduta novamente com o que está escrito ali? Para ser ancião, precisa estar disposto a dar a necessária repreensão. O que está fazendo, talvez não seja apreciado em cada caso pelo malfeitor, mas alguns serão gratos. “O mandamento é uma lâmpada e a lei é uma luz, e as repreensões da disciplina são o caminho da vida.” (Pro. 6:23) Embora às vezes seja difícil, tomaria a iniciativa de dar as “repreensões da disciplina”, a fim de ajudar alguém a permanecer no “caminho da vida”? É deveras uma bênção para a congregação que haja homens dispostos a aceitar tal responsabilidade. — 2 Tim. 2:24-26.
25. Até que ponto é às vezes necessário ir na repreensão dos que praticam o pecado?
25 Os superintendentes também precisam ter a coragem de fazer algo publicamente, quando necessário. Paulo admoestou Timóteo: “Repreende perante todos os espectadores aquele que pratica pecado, para que os demais também tenham temor.” (1 Tim. 5:20) Às vezes acontece que alguns na congregação de Deus recusam a repreensão. Teria então medo de que isto acontecesse: “O homem repetidas vezes repreendido, mas que endurece a cerviz, será repentinamente quebrado, e isto sem cura”? (Pro. 29:1) Outra tradução expressa isso do seguinte modo: “Pessoa empedernida às repreensões, será, de repente, e irremediavelmente arruinada.” Poderia ir a tal ponto, preocupado com a condição espiritual da congregação como um todo, ou desconsideraria a obstinação da pessoa e fecharia os olhos desde o começo para com a sua transgressão? O superintendente precisa poder “tanto exortar pelo ensino que é salutar como repreender os que contradizem”. — Tito 1:9.
26. Que espécie de pessoas não deve haver na congregação cristã? Portanto, a que precisam estar atentos os anciãos?
26 Paulo foi induzido pelo espírito de Deus a escrever de antemão que haveria aqueles que afirmariam ser cristãos, mas que desejariam servir a Deus do seu próprio modo, não segundo as Escrituras. Ele disse: “Pois haverá um período de tempo em que não suportarão o ensino salutar, porém, de acordo com os seus próprios desejos, acumularão para si instrutores para lhes fazerem cócegas nos ouvidos; e desviarão os seus ouvidos da verdade, ao passo que serão desviados para histórias falsas.” (2 Tim. 4:3, 4) Para o superintendente não há margem de transigência. Se ele realmente amar a congregação e estiver decidido a ajudá-la, precisa mostrar coragem e falar a verdade e a justiça. A congregação precisa do “ensino que é salutar”. Como ancião, seria bastante vigilante, junto com os outros anciãos na sua congregação, para seguir o conselho de Paulo, no qual ele escreve: “Quanto ao homem que promove uma seita, rejeita-o depois da primeira e da segunda admoestação, sabendo que tal homem foi desviado do caminho e está pecando, estando condenado por si mesmo”? As palavras adicionais de Paulo sobre isso são: “Mas, eu vos escrevo agora para que cesseis de ter convivência com qualquer que se chame irmão, que for fornicador, ou ganancioso, ou idólatra, ou injuriador, ou beberrão, ou extorsor, nem sequer comendo com tal homem. . . . ‘Removei o homem iníquo de entre vós.’” — Tito 3:10; 1 Cor. 5:11, 13.
27. (a) Visto que toda espécie de pessoas entram em contato com a congregação cristã, que advertência deu Paulo sobre o que ia acontecer? (b) Ocorrem tais coisas em nossos dias? (c) Por isso, o que precisam fazer os anciãos?
27 Não há dúvida de que surgirão problemas na congregação. Toda espécie de pessoas se associam com a congregação e se tornam cristãos. Mas, nem todos permanecerão cristãos, e alguns até mesmo tentarão subverter a fé dos outros e a induzi-los a má conduta. Conforme disse Paulo: “Sei que depois de eu ter ido embora entrarão no meio de vós lobos opressivos e eles não tratarão o rebanho com ternura, e dentre vós mesmos surgirão homens e falarão coisas deturpadas, para atrair a si os discípulos.” Não era agradável pensar nisso, mas Paulo esperava lá naquele tempo que surgissem dificuldades dentro da congregação de Deus. E elas surgiram. Por que deveríamos pensar que hoje é diferente, quando há tanta perturbação no mundo e pessoas de todas as nações e línguas, com idéias diferentes sobre a vida, estão fugindo de “Babilônia, a Grande”, o império mundial da religião falsa, e estão procurando refúgio na organização teocrática de Jeová? É por isso que é tão necessário designar anciãos na congregação para pastorear o rebanho de Deus que lhes é confiado e para manter a congregação pura. O verdadeiro pastor protege o rebanho contra os elementos lupinos. — Atos 20:29, 30.
28. Como deve agir a pessoa dedicada a Deus diante da disciplina, e por quê?
28 Aquele que é dedicado a Jeová Deus dá-se conta de que nasceu em pecado e foi formado em iniqüidade. Todos cometerão erros alguma vez. Portanto, quando um superintendente da congregação procurar ajudar a um de nós a corrigir algo que estejamos fazendo errado, devemos reconhecer o motivo por que ele o faz. Jeová não quer que nenhuma das suas ovelhas se perca. É por isso que temos a admoestação: “Filho meu, não deprecies a disciplina da parte de Jeová, nem desfaleças quando és corrigido por ele; pois Jeová disciplina aquele a quem ama; de fato, açoita a cada um a quem recebe como filho.” (Heb. 12:5, 6) Todo aquele que suportar a disciplina recebida mediante a organização de Jeová certamente terá prova de que Jeová está tratando com ele. “Pois, que filho há a quem o pai não disciplina?” (Heb. 12:7) Assim como se deu nos tempos antigos, quando Deus tratou com a nação judaica, assim também hoje Deus usa os “homens mais maduros” entre seu povo para dar disciplina. (Deu. 22:18) Aceita com apreço a disciplina dada pelos que, como anciãos, pastoreiam o rebanho de Deus? — Pro. 8:33; 12:1-3; Heb. 12:11.
PREOCUPAÇÃO AMOROSA COM O REBANHO
29. Que espécie de amor devemos todos nós ter, e quem deve dar o exemplo nisso?
29 O amor ao concristão precisa destacar-se na vida de qualquer verdadeiro cristão. Não é apenas uma questão de ser agradável em cumprimentar os outros. O amor é a preocupação altruísta que induz a pessoa a por o bem-estar dos outros na frente dos seus próprios interesses, trabalhando ativamente para o seu bem. O Senhor Jesus disse aos seus verdadeiros seguidores: “Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor entre vós.” E acrescentou: “Este é o meu mandamento, que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (João 13:35; 15:12) Predomina esta qualidade na congregação com a qual se reúne para adoração? Manifesta-se na sua própria vida? Os anciãos precisam ser exemplares em demonstrar tal amor aos outros na congregação.
30. A quem dirigiu Paulo a sua carta à congregação Filipense, e o que disse ele sobre o efeito que o amor devia ter entre eles?
30 Paulo, escrevendo à congregação filipense, dirigiu a carta “a todos os santos em união com Cristo Jesus, os quais estão em Filipos, junto com superintendentes e servos ministeriais”. Ele lhes disse: “Isto é o que continuo a orar: que o vosso amor abunde ainda mais e mais com conhecimento exato e pleno discernimento; que vos certifiqueis das coisas mais importantes, para que sejais sem defeito e não façais outros tropeçar, até o dia de Cristo, e estejais cheios de fruto justo, que é por intermédio de Jesus Cristo, para a glória e o louvor de Deus.” Mais adiante, na mesma carta, ele acrescentou: “Tornai plena a minha alegria por serdes da mesma mentalidade e terdes o mesmo amor, conjuntados em alma, tendo um só pensamento na mente, não fazendo nada por briga ou por egotismo.” (Fil. 1:1, 9-11; 2:2-4) O amor é a coisa principal, pois Deus é amor, e nós temos de nos lembrar de que somos à sua imagem.
31. Como tem Jeová demonstrado seu amor à humanidade, e, portanto, o que exige isso dos que têm qualificações espirituais ao surgirem problemas?
31 Jeová deu atenção à humanidade pecadora porque ama a sua criação. “Quem não amar, não chegou a conhecer a Deus, porque Deus é amor. Por meio disso é que se manifestou o amor de Deus em nosso caso, porque Deus enviou o seu Filho unigênito ao mundo, para que ganhássemos a vida por intermédio dele. O amor é neste sentido, não que nós tenhamos amado a Deus, mas que ele nos amou e enviou seu Filho como sacrifício propiciatório pelos nossos pecados. Amados, se é assim que Deus nos amou, então nós mesmos temos a obrigação de nos amarmos uns aos outros.” (1 João 4:8-11) Deus não parou de amar a humanidade quando surgiu o pecado. E os anciãos não devem parar de amar o rebanho quando surgem problemas. Em Gálatas 6:1, 2, dá-se o conselho: “Irmãos, mesmo que um homem dê um passo em falso antes de se aperceber disso, vós, os que tendes qualificações espirituais, tentai restabelecer tal homem num espírito de brandura, ao passo que cada um olha para si mesmo, para que tu não sejas também tentado. Prossegui em levar os fardos uns dos outros e cumpri assim a lei do Cristo.”
32. Como pode o superintendente mostrar amor quando alguém que pecou se dirige a ele em busca de ajuda?
32 Às vezes é o próprio malfeitor que toma a iniciativa de obter ajuda. Talvez se dirija a um superintendente para confessar sua transgressão. Seu desejo de emendar seu proceder é elogiável. “Quem encobre as suas transgressões não será bem sucedido, mas, ter-se-á misericórdia com aquele que as confessa e abandona.” (Pro. 28:13) o superintendente que amar o seu rebanho tomará o tempo para ouvir a transgressão de alguém e usará a Bíblia para ajudá-lo a corrigir seu modo de pensar e sua conduta. Quando alguém confessa as suas faltas e desiste delas, então é isso o que o ancião quer ver realizado. Em outras palavras, a pessoa se converteu, desviou-se de sua transgressão e segue no caminho certo. Portanto, em harmonia com Provérbios 28:13, o ancião estará em condições de ter misericórdia. Contudo, poderá ser que um ancião deseje que o transgressor fale com ele cada mês, para certificar-se de que endireite as veredas para os seus pés. O superintendente amoroso dará esta atenção extra aos do rebanho.
33. O que precisa o ancião usar como guia em todos os assuntos, e como deve considerar as “ovelhas” que lhe foram confiadas?
33 O ancião precisa crer na Palavra de Deus. Em toda ela! Precisa usá-la como seu guia e precisa mostrar amor aos irmãos, às ovelhas que lhe foram confiadas, reconhecendo que são as ovelhas de Deus. Mesmo quando os anciãos exortam, admoestam, animam, repreendem e disciplinam, eles mostram amor, porque estão procurando ajudar seus irmãos a tomar o rumo certo na vida. Há na sua congregação tais anciãos para cuidar de sua pessoa?
34. Como evidenciou Paulo a sua preocupação com os seus irmãos?
34 Paulo certamente sabia o que queria dizer sobre alguém ser superintendente ou ancião. Ele tinha amor profundo pelas congregações. “Além destas coisas de espécie externa, há o que de dia a dia me assedia, a ansiedade por todas as congregações”, escreveu ele. (2 Cor. 11:28) Paulo, com preocupação ansiosa, admoestou o corpo de anciãos de Éfeso: “Prestai atenção a vós mesmos e a todo o rebanho, entre o qual o espírito santo vos designou superintendentes para pastorear a congregação de Deus, que ele comprou com o sangue do seu próprio Filho.” — Atos 20:28.
35. Embora os superintendentes cristãos tenham muito trabalho a fazer, por que têm a mesma satisfação que a registrada em Atos 20:35?
35 É absolutamente necessário que todos os superintendentes se mantenham despertos e trabalhem arduamente a favor de todos na congregação, e eles têm prazer nisso. Sua satisfação está em acordo com o que se declara em Atos 20:35: “Por labutardes assim, tendes de auxiliar os que são fracos e tendes de ter em mente as palavras do Senhor Jesus, quando ele mesmo disse: ‘Há mais felicidade em dar do que há em receber.’”
DESIGNAÇÕES DE ANCIÃOS
36. (a) Como se fizeram as designações de anciãos na congregação cristã do primeiro século? (b) Como se fazem tais designações hoje em dia, seguindo que norma?
36 Quem faz as designações de anciãos? Atos, capítulo 14, versículo 23, relata com relação a uma viagem missionária de Paulo e Barnabé: “Designaram-lhes homens mais maduros para cargos [em cada] congregação, e, oferecendo orações com jejuns, encomendaram-nos a Jeová, em quem se tinham tornado crentes.” Não houve eleição na congregação. As designações foram feitas por Paulo e Barnabé, membros representantes do corpo governante. Evidentemente, de modo similar, Timóteo e Tito fizeram tais designações, segundo as instruções recebidas de Paulo. (1 Tim. 5:22; Tito 1:5) Hoje em dia, quando há congregações espalhadas em toda a terra, são os homens mais maduros nestas congregações, os quais, depois de darem ao assunto consideração com oração, fazem recomendações ao corpo governante na sede quanto aos que satisfazem as qualificações bíblicas, enviando as recomendações ao escritório da Sociedade Torre de Vigia no país. O corpo governante faz então as designações. Mas isto não é feito segundo alguma norma que este estabeleceu. Faz-se de acordo com o que é especificado na Palavra inspirada de Deus, de modo que se pode dizer verazmente àqueles anciãos ou superintendentes: “O espírito santo vos designou superintendentes.” — Atos 20:28.
37. (a) Quantos anciãos pode ter uma congregação? (b) Explique como e quando se farão recomendações de anciãos adicionais numa congregação. (c) Por quanto tempo pode alguém continuar a servir como ancião numa congregação? Se ele se mudar para outra congregação, aplicar-se-á ali a sua designação para ancião? Por que é assim?
37 Algumas congregações talvez tenham mais anciãos do que outras. A Bíblia não estipula nenhum número específico. (Fil. 1:1) Mas entra em bastantes pormenores sobre as qualificações daqueles que são designados para anciãos, e é importante aderir a esta norma dada por Deus. De ano em ano, por volta de 1.º de setembro, é correto que os anciãos nas congregações considerem se então há outros na congregação que se harmonizam com a descrição bíblica dos qualificados para ser anciãos. Se houver, poderão ser recomendados ao corpo governante para serem designados, e, quando designados, poderão começar a compartilhar com todos os outros anciãos da responsabilidade de pastorear o rebanho naquela congregação. Enquanto continuarem a satisfazer os requisitos bíblicos, continuarão a ser anciãos naquela congregação. Entretanto, caso mudem para outra congregação, visto serem novatos naquela região e praticamente desconhecidos à congregação, não serão considerados anciãos ou superintendentes pelos que se associam ali. Terão de demonstrar suas qualificações espirituais pela sua atividade cristã ali, e, com o tempo, os anciãos locais, sem dúvida, recomendarão a tais para serem designados como anciãos naquela congregação. Naturalmente, se um ancião se empenhar alguma vez em conduta não-cristã de natureza tal que seja desassociado ou posto sob prova, então se avisará o corpo governante e ele será removido como ancião, visto que obviamente não daria bom exemplo ao rebanho. Contudo, ele só não poder fazer alguma parte do trabalho de superintendente, por causa de doença ou idade avançada, não cancelará a sua designação para ancião.
38. (a) Em que cargos devem servir os anciãos na congregação, se de todo for possível, e por quê? (b) A fim de deixar o ancião livre para se concentrar no seu empenho de ensinar, em benefício da congregação em que trabalho se pode pedir outros que lhe ajudem?
38 Os anciãos têm certas designações oficiais a cumprir na congregação. Se houver anciãos suficientes, devem ser designados para servo de congregação, servo ajudante de congregação, servo de estudos bíblicos, servo do estudo da Sentinela e servo da Escola do Ministério Teocrático. Onde possível, devem ser também os dirigentes de estudos de livro de congregação e os oradores públicos, por serem instrutores. Se houver apenas dois ou três anciãos, sempre serão designados para os primeiros três cargos que se acabam de mencionar. Um deles poderá ocupar dois cargos, se houver apenas dois anciãos. Usualmente, os três anciãos diferentes que ocupam tais cargos constituem uma comissão judicativa na congregação. (1 Cor. 5:12, 13; 6:1-4) Todavia, seria também muito proveitoso que os que são anciãos presidissem a todas as reuniões de congregação, onde isto for possível. Mesmo que haja apenas um ancião na congregação, seria de proveito que ele presidisse ao estudo da Sentinela, à reunião de serviço e à Escola do Ministério Teocrático, bem como a um estudo de livro de congregação, se estiver disposto e for capaz de fazer isso. Poderá pedir-se que outros ajudem com os pormenores de organização, preparando programas e cuidando dos arranjos de serviço de campo, mas é o ancião quem está “qualificado para ensinar”, de modo que, onde houver um ancião da congregação regularmente presente a uma reunião, seria de máximo proveito para a congregação que ele fosse o designado a presidir. Naturalmente, compreende-se que pode haver casos em que isto não é possível, devido a doença ou idade avançada.
39. Explique o rodízio das designações entre os anciãos. Portanto, o que se deve ter em mente ao se recomendarem homens para serem designados para anciãos?
39 A presidência do corpo de anciãos tem rodízio. Portanto, cada ano, em 19 de outubro, se houver mais de um ancião na congregação, um novo servo de congregação ou presidente do corpo de anciãos assumirá seu trabalho. Usualmente, este novo servo de congregação será o homem que era servo ajudante de congregação no ano precedente. Também serão trocados os designados para os outros cargos principais ocupados pelos anciãos. Em vista disso, quando os “homens mais maduros” duma congregação recomendarem alguém como ancião, devem ter em mente, que, com o tempo, requerer-se-á dele cuidar de todas estas diversas designações. Está habilitado para isso? Está disposto a isso?
40. Quem é avisado ao se designarem anciãos, e quais são as suas funções na congregação?
40 Quando o corpo governante fizer as designações de anciãos, deve-se avisar disso a congregação inteira. Todos os associados com a congregação devem saber quem são os anciãos, para que possam aproveitar-se plenamente dos seus serviços. Os anciãos não são chefões; não são designados para dominar sobre alguém. Devem ser pastores amorosos, exemplos para o rebanho, servos dispostos a servir a seus irmãos cristãos. (Mat. 20:25-28; 1 Ped. 5:1-3) Precisam colocar-se à disposição daqueles que precisam de ajuda, ser tratáveis, dispostos a escutar quando surgem problemas e dar encorajamento amoroso a todos.
AUXÍLIO DOS SERVOS MINISTERIAIS
41. Que provisão faz a Bíblia para outros irmãos ajudarem os anciãos?
41 Mas, suponhamos que uma congregação não tenha suficientes irmãos qualificados como anciãos para ocupar todos os cargos principais no corpo de servos da congregação. Ou mesmo que os anciãos possam ocupar mais de um cargo, talvez precisem de ajuda no cuidado de alguns dos pormenores do trabalho. O que se fará então? A Bíblia faz a provisão de servos ministeriais, diákonoi.
42. Como é a congregação protegida pelos requisitos bíblicos a serem satisfeitos pelos servos ministeriais?
42 As qualificações que tais servos ministeriais precisam ter servem de proteção contra qualquer acusação legítima lançada contra a congregação quanto aos homens a quem ela confia responsabilidades. Estas qualificações, especificadas em 1 Timóteo 3:8-10, 12, 13, são as seguintes: “Os servos ministeriais devem igualmente ser sérios, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não ávidos de ganho desonesto, mantendo o segredo sagrado da fé em consciência limpa. Também, sejam estes primeiro examinados quanto à aptidão, e então sirvam como ministros, estando livres de acusação. Os servos ministeriais sejam maridos de uma só esposa, presidindo de maneira excelente aos filhos e às suas próprias famílias. Pois os homens que ministram de maneira excelente estão adquirindo para si uma posição excelente e muita franqueza no falar na fé, em conexão com Cristo Jesus.”
43. (a) O que indicam as Escrituras quanto à idade e a experiência dos designados para servos ministeriais? (b) Destinam-se os servos ministeriais a ser pastores e instrutores na congregação, e como sabemos isso? (c) Até que ponto precisa alguém satisfazer os requisitos bíblicos antes de ser recomendado ao corpo governante para ser designado para servo ministerial?
43 Embora não se estipule nenhum requisito duma idade específica, é evidente que tais servos ministeriais devem ser homens adultos, com idade suficiente para estarem casados e terem filhos. Não devem ser novatos na congregação, mas homens que foram “examinados quanto à aptidão”. Antes de serem designados para servos ministeriais, será proveitoso que tenham sido dedicados e batizados pelo menos por algum tempo, suficiente para se poder examinar a sua aptidão. Não se exige deles estarem ‘qualificados para ensinar’ na congregação. As qualificações bíblicas deles mostram que não se destinavam a ser designados para pastores e instrutores do rebanho. Certamente, devem ser zelosos no ministério, ativos no trabalho que Jesus designou aos seus discípulos, a saber, a pregação da mensagem do Reino e fazer discípulos. Mas, além disso, os requisitos estipulados nas Escrituras mostram que os que são servos ministeriais devem ser exemplares na sua vida particular e nas suas relações com outros. Portanto, antes de alguém ser recomendado ao corpo governante, para ser designado para servo ministerial, deve-se dar consideração cuidadosa a cada um destes requisitos bíblicos; nenhum deles deve ser desconsiderado ou tratado como sendo de pouca importância.
44. (a) Quantos servos ministeriais pode ter uma congregação? (b) Como são designados e quanto tempo poderão servir?
44 Assim como se dá quando alguém se torna ancião na congregação, os que já são anciãos fazem recomendações ao corpo governante daqueles que estão qualificados para serem servos ministeriais. O corpo governante faz então a designação. (Atos 6:3-6) Não há número fixo dos que podem ser servos ministeriais numa congregação. (Fil. 1:1) Cada ano, por volta de 1°. de setembro, será apropriado que os anciãos considerem se há mais alguém na congregação que devia ser recomendado para tal serviço, e tal recomendação pode ser feita ao corpo governante das testemunhas de Jeová. Os assim designados continuarão a servir enquanto satisfizerem os requisitos bíblicos, como no caso dos anciãos. Contudo, convém que estes servos ministeriais façam o que é sugerido em 1 Timóteo 3:1, isto é, ‘procurar alcançar o cargo de superintendente’. Naturalmente, quando alguém for designado para ancião, para superintendente, não é mais servo ministerial, embora possa continuar a cuidar de algumas das mesmas funções de antes.
DEVERES DOS SERVOS MINISTERIAIS
45, 46. (a) Quais são alguns dos deveres dum servo ministerial na congregação? (b) Quem designa aos servos ministeriais o trabalho específico que farão para a congregação? (c) Podem os servos ministeriais ser transferidos para outras designações de trabalho, de ano em ano?
45 Os servos ministeriais podem fazer muito trabalho numa congregação. No primeiro século, na congregação de Jerusalém, temos um exemplo do trabalho feito por tais servos ministeriais. A distribuição de suprimentos de alimentos às viúvas necessitadas na congregação, embora não fosse tão importante como o “ministério da palavra”, foi classificada como “incumbência necessária”. Evidentemente, havia muito a fazer, pois, não se designou apenas uma pessoa para cuidar de tudo, mas sim “sete homens acreditados”. — Atos 6:1-6.
46 Hoje em dia, nas congregações das testemunhas de Jeová, há também muita vital “incumbência necessária” que não envolve diretamente o “ministério da palavra”. Isto inclui cuidar dos suprimentos de literatura, da designação de território para pregar e de cuidar das contas da congregação. Há trabalho necessário relacionado com a manutenção do Salão do Reino, a limpeza dele cada semana, por em ordem as cadeiras, cuidar da ventilação, operar o sistema sonoro nos salões maiores, manter um registro da assistência, dar boas-vindas aos novatos e apresentá-los aos anciãos da congregação. Em algumas congregações talvez haja servos ministeriais suficientes para que se possa designar alguém diferente para cada um destes deveres. Em outras partes, alguém talvez possa cuidar de diversas destas designações. Em alguns casos, talvez seja proveitoso designar mais de uma pessoa para cuidar de certo trabalho. Alguns dos anciãos talvez tenham sob a sua supervisão certos registros, mas, se houver servos ministeriais disponíveis, estes podem ser designados para ajudar a cuidar deles, a fim de liberar os anciãos para o trabalho mais importante de pastorear. Os servos ministeriais podem também ajudar em designar território a ser trabalhado quando grupos de publicadores se reúnem para a obra de pregação pública. Ao passo que os servos ministeriais sejam designados oficialmente pelo corpo governante, o “corpo de anciãos” local pode designar-lhes o trabalho específico que farão a favor da congregação. E assim como há um rodízio dos anciãos nas diversas designações, cada ano, assim também os anciãos podem providenciar que os servos ministeriais cuidem de designações diferentes de trabalho, cada ano, ao ponto que isto for prático. Que privilégio maravilhoso é poder servir aos irmãos assim como fazem os servos ministeriais!
47. (a) O que se pode fazer quando não há anciãos suficientes na congregação para cuidarem de todos os estudos de livro de congregação e das outras designações normalmente cuidadas pelos anciãos? (b) Quando um servo ministerial é designado como servo ajudante temporário de congregação deve ele ser considerado como fazendo parte da comissão judicativa da congregação?
47 Em lugares onde há um crescimento muito rápido das congregações, pode acontecer que não haja suficientes anciãos para fazerem todo o trabalho necessário de ensinar e pastorear. Em certos lugares, onde todos são bastante novos no serviço de Deus, talvez nem mesmo haja um só ancião. Mas eles certamente podem ter reuniões regulares para estudo e participar na pregação a outros, e, com o tempo, sem dúvida, alguém do seu meio se habilitará como ancião. Numa congregação em que há alguns anciãos, talvez não haja suficientes para cuidar de todos os estudos de livro de congregação. Talvez seja proveitoso, em alguns casos, ter grupos maiores; em outra parte, um ancião talvez possa presidir a mais de um de tais estudos, fazendo-o em ocasiões diferentes durante a semana. Mas, onde necessário, os servos ministeriais poderão ajudar por cuidarem de alguns destes grupos de estudo até que haja anciãos disponíveis. De modo similar, devido às circunstâncias locais, talvez se peça a um servo ministerial que cuide temporariamente de um dos cinco cargos principais de anciãos. Entretanto, receber ele tal designação da parte dos anciãos locais não o constitui ancião. E se for servo ajudante temporário de congregação ou servo temporário de estudos bíblicos, não será considerado como fazendo parte da comissão judicativa da congregação. Para tratar de tais assuntos, convidar-se-á um ancião de outra congregação vizinha para ajudar. Entretanto, com empenho diligente, aquele que ajuda com o trabalho normalmente feito por um ancião pode ele mesmo, com o tempo, habilitar-se como um dos “anciãos” que são superintendentes do rebanho.
48. O que poderemos todos nós fazer para mostrar que somos progressistas no nosso conceito como servos de Deus?
48 Convém que todos os cristãos sejam progressistas no seu conceito. Ninguém quer permanecer criança, nem física nem espiritualmente. Os primitivos cristãos hebreus foram admoestados: “Agora que temos abandonado a doutrina primária a respeito do Cristo, avancemos à madureza.” (Heb. 6:1) Disse-se a Timóteo: “Pondera estas coisas; absorve-te nelas, para que o teu progresso seja manifesto a todos.” (1 Tim. 4:15) Faz tal progresso como cristão? Torna-se sua devoção a Jeová cada vez mais forte? Progride no desenvolvimento dos frutos do espírito? Aumenta no seu amor aos seus irmãos cristãos? Empenha-se em harmonizar a sua própria vida mais plenamente com a Palavra de Deus? Visto que a organização das testemunhas cristãs de Jeová se tem empenhado em aderir de perto à Palavra de Deus e em fazer os ajustes necessários para se harmonizar com ela mais de perto, evidentemente tem usufruído o espírito de Deus. Atualmente, numa escala sem precedentes, as testemunhas de Jeová proclamam em todas as partes da terra o reino de Deus como a única esperança da humanidade. Ajudam pessoas sinceras a saber o que a Bíblia ensina, a agir em harmonia com ela e assim ser realmente ‘sábias e entendidas’. Se quiser ajuda para poder aprender as boas coisas contidas na Palavra de Deus e tirar pleno proveito delas, elas terão prazer em ajudá-lo também.
AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ PREGAM E ENSINAM
49-51. Até que ponto têm sido ativas as testemunhas de Jeová no ano passado na pregação das boas novas do Reino?
49 As testemunhas de Jeová ajudam toda espécie de pessoas, em todo o mundo; são ativas em 207 terras diferentes. Sob a direção de noventa e três escritórios da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, 1.510.245 homens e mulheres cristãos empenharam-se em ir de casa em casa ou em proclamar as boas novas do reino de Deus de outro modo, cada mês, durante o ano passado. Isto significa que mais 125.000 Testemunhas pregaram e ensinaram a Palavra de Deus do que no ano de serviço de 1970. No entanto, antes de terminar o ano, o número aumentou a 1.590.793.
50 Visto que as testemunhas de Jeová estão interessadas em ajudar outros a compreender melhor a Bíblia e seu significado para a humanidade atual, devotaram 291.952.375 horas, no ano passado, a falar sobre a Palavra de Deus. Não é isto boa evidência de que realmente procuram consolar pessoas de todas as nações? Não ajudaria um estudo cuidadoso da Palavra escrita de Deus as pessoas a se tornarem ‘sábias e entendidas’? Para realizar isto, as testemunhas de Jeová, durante o ano, dirigiram cada semana 1.257.904 estudos bíblicos gratuitos nos lares dos interessados. Ajudam os membros da religião a que pertence os outros de um modo assim? As testemunhas de Jeová não só pregam de casa em casa e ensinam em lares particulares, mas deixam também compêndios bíblicos sempre que puderem, para que, se o ouvinte não tiver tempo para estudar quando é visitado pelas testemunhas de Jeová, ele mesmo possa ler as “boas novas” segundo a sua própria conveniência. Durante o ano, as testemunhas de Jeová distribuíram 18.168.032 livros encadernados e Bíblias, 10.590.176 folhetos, 218.898.563 exemplares de A Sentinela e Despertai! e angariaram o total de 2.702.972 assinaturas novas para estas revistas.
51 Para que possa ver mais plenamente o que as testemunhas de Jeová fizeram no seu ministério, bem como onde o fizeram, publicamos aqui uma tabela apresentando o relatório mundial das testemunhas de Jeová sobre o ano de serviço de 1971. Veja as páginas 310-313.
52. O que motiva as testemunhas de Jeová no seu ministério, e, por isso, de que benefícios gozam?
52 As testemunhas de Jeová não são muitas em número, comparadas com a população do mundo, mas amam a Jeová Deus e sua Palavra, a Bíblia. Crêem naquilo que Tiago escreveu, no capítulo 4, versículo 4: “Não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Portanto, todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Imagine só! Não é verdade que todas as nações do mundo estão em dificuldades? Não pode ver que a mão de quase cada homem se levanta contra seu próximo, mesmo na cristandade? É evidente que não manifestam o espírito de Deus. É realmente diferente deles? Ama deveras a Jeová Deus e ‘ama o seu próximo como a si mesmo’? Se quiser ser tal espécie de pessoa, então, como diz a Bíblia, terá de ‘sujeitar-se a Deus, mas opor-se ao Diabo, e ele fugirá de sua pessoa. Chegue-se a Deus, e ele se chegará à sua pessoa’. (Tia. 4:7, 8) Se fizer isso, virá a usufruir a supervisão amorosa que Jeová provê para todo o ‘rebanho de Deus’.
Jesus, depois de chamá-los a si, disse-lhes: “Sabeis que os que parecem estar governando as nações dominam sobre elas, e seus grandes exercem autoridade sobre elas. Não é assim entre vós; mas quem quiser tornar-se grande entre vós, terá de ser o vosso ministro, e quem quiser ser o primeiro entre vós, tem de ser o escravo de todos.” — Mar. 10:42-44.
[Foto na página 300]
Os anciãos não só precisam ser capazes de falar perante uma assistência, mas também ‘qualificados para ensinar’ os concrentes.
[Foto na página 304]
Estaria disposto a dar a um concristão a necessária repreensão baseada na Palavra de Deus? Os anciãos precisam ser capazes tanto de exortar como de repreender.
[Tabela nas páginas 310-313]
(Para o texto formatado, veja a publicação)
RELATÓRIO MUNDIAL DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ SOBRE O ANO DE SERVIÇO DE 1971