Organização teocrática com a qual avançar agora
1. (a) Segundo o Salmo 68:18, o que eram estes doze apóstolos? (b) De que modo agiam juntos como grupo, e, por isso, o que estavam autorizados a fazer?
AQUELES “doze apóstolos do Cordeiro” eram dádivas do grande Teocrata Jeová à congregação, mediante Jesus Cristo. O salmo de Davi (Sal. 68:18) havia predito tais dádivas, e o apóstolo Paulo ligou o salmo com o seu cumprimento, dizendo: “Por isso ele diz [no Salmo 68:18]: “Quando ele ascendeu ao alto, levou consigo cativos, deu dádivas em homens.’ . . . E ele deu alguns como apóstolos, alguns como profetas, alguns como evangelizadores, alguns como pastores e instrutores, visando o treinamento dos santos para a obra ministerial, para a edificação do corpo de Cristo.” (Efé. 4:8-12) No início, estes doze apóstolos, por causa de sua posição, serviam como corpo governante para a inteira congregação dos crentes. Por isso faziam designações de homens qualificados na congregação para ajudá-los em assuntos menos vitais. Como ilustração, quando a congregação de Jerusalém havia aumentado a cinco mil membros e havia surgido um problema perturbador, aconteceu o seguinte:
2. Como resolveram os apóstolos a dificuldade com a distribuição de alimentos, e, portanto, o que aconteceu quanto à palavra de Deus?
2 “De modo que os doze chamaram a si a multidão dos discípulos e disseram: ‘Não é agradável que deixemos a palavra de Deus para distribuir comida às mesas. Portanto, irmãos, procurai vós mesmos, dentre vós, sete homens acreditados, cheios de espírito e de sabedoria, para que os possamos designar a esta incumbência necessária; mas, nós mesmos nos devotaremos à oração e ao ministério da palavra.’ E a palavra falada agradou a toda a multidão, e selecionaram . . . e puseram-nos diante dos apóstolos, e, depois de terem orado, estes puseram as suas mãos sobre eles. Conseqüentemente, a palavra de Deus crescia e o número dos discípulos multiplicava-se grandemente em Jerusalém.” — Atos 6:1-7.
3. (a) Por que eram teocráticas as designações dos sete ajudantes? (b) Houve acréscimo ao corpo governante, e o que mostra o relato a respeito da solução do assunto da circuncisão?
3 Visto que estes sete ajudantes foram designados pelo corpo governante apostólico, que estendeu as mãos em aprovação de tais ajudantes, estas designações eram teocráticas, não congregacionais, nem democráticas. Mais tarde, acrescentaram-se ao corpo governante em Jerusalém “homens mais maduros” ou “anciãos” (presbíteros) oficiais, designados teocraticamente. Assim, por volta do ano 49 E. C., quando Paulo e Barnabé foram a Jerusalém e apresentaram a questão da circuncisão dos crentes não-judaicos, o corpo governante que tratou da questão e a resolveu se compunha de “apóstolos e homens mais maduros”, sob a orientação do espírito santo de Deus. — Atos 15:1-29; 16:4.
4, 5. (a) O que mostra se a congregação do primeiro século era ou não uma sociedade civil governada por autoridade mundana? (b) O que era a congregação inteira, em conjunto, e como é isto indicado pelas palavras de Isaías 43:10?
4 Aquela congregação do primeiro século não era uma sociedade civil, registrada e estatuída pelo governo judaico em Jerusalém ou pelo Senado do Império Romano, com funcionários designados segundo as especificações de César. Não, mas era uma organização teocrática com encarregados e ajudantes designados teocraticamente pelo corpo governante e por Jesus Cristo, a “cabeça da congregação”. As “dádivas em homens” que lhe foram dadas não procediam do imperador romano, o César, mas do grande Teocrata, Jeová Deus, mediante Jesus Cristo. Para que fim? “Visando o treinamento dos santos para a obra ministerial.” (Efé. 4:11, 12) Toda a congregação era um corpo de serviço, cujos membros todos prestavam serviço sagrado ao grande Teocrata, Jeová. Constituíam um só “servo” composto de seu Governante Divino, cujas testemunhas eram. Davam testemunho de que Ele havia enviado o prometido Messias, na pessoa de Jesus Cristo, seu Filho. A eles, como israelitas espirituais, aplicavam-se as palavras:
5 “‘Vós sois as minhas testemunhas’, é a pronunciação de Jeová, ‘sim, meu servo a quem escolhi’.” — Isa. 43:10.
6. Portanto, quem é este “mordomo” e “escravo” mencionado por Jesus em Lucas 12:42-44?
6 De modo que as muitas testemunhas formam um só “servo”, a quem Jeová chama de “meu servo a quem escolhi”. Este “servo” composto é aquele a quem Jesus Cristo se referia quando falava de ir embora e voltar, dizendo: “Quem é realmente o mordomo fiel, o discreto, a quem o seu amo há de designar sobre todo o corpo de assistentes, para que lhes dê a sua medida de mantimentos no tempo devido? Feliz é aquele escravo, se o seu amo, ao chegar, o achar fazendo isso! Eu vos digo verazmente: Ele o designará sobre todos os seus bens.” — Luc. 12:42-44.
7. Como se referiu Jesus a esta mesma classe na sua profecia sobre a terminação do sistema de coisas?
7 Note que Jesus também chama este “mordomo” de “escravo” de seu amo. Na profecia sobre a terminação do sistema de coisas, Jesus falou desta mesma classe do “escravo”, dizendo: “Quem é realmente o escravo fiel e discreto a quem o seu amo designou sobre os seus domésticos, para dar-lhes o seu alimento no tempo apropriado? Feliz aquele escravo, se o seu amo, ao chegar, o achar fazendo assim. Deveras, eu vos digo: Ele o designará sobre todos os seus bens.” — Mat. 24:45-47.
8. Quando e como designou Jesus esta classe do “mordomo” ou “escravo” e o que passou ela a fazer?
8 Antes de o Senhor Jesus Cristo partir por ascender ao céu, reuniu seus discípulos fiéis, inclusive seus apóstolos leais. No dia de Pentecostes depois de sua ascensão de volta a seu Pai celestial, Jesus recebeu e derramou o espírito santo sobre seus discípulos reunidos em Jerusalém, e assim designou esta classe do “escravo”, esta classe do “mordomo”, para dar aos seus “domésticos”, seu “corpo de assistentes” o alimento espiritual, “sua medida de mantimentos no tempo devido”. A classe do escravo passou a fazer assim.
INSPEÇÃO, DESIGNAÇÃO, “DÁDIVAS EM HOMENS”
9. Quando empreendeu o Senhor Jesus Cristo a inspeção da classe do “escravo” e o que verificou a respeito dela?
9 No ano 1914 E. C., no fim dos “tempos designados das nações”, o Senhor Jesus Cristo foi empossado no reino messiânico celestial. Depois disso, empreendeu uma inspeção da classe do “escravo” ou “mordomo” na terra. (Mat. 25:14-30; Luc. 19:11-27) Encontrou na terra discípulos dedicados, batizados e ungidos que, apesar da Primeira Guerra Mundial, de perseguições e de outras dificuldades se esforçavam a servir os interesses do reino messiânico de Jeová. Esforçavam-se a alimentar espiritualmente os “domésticos” ou o “corpo de assistentes” fiéis do então reinante Senhor e Amo, Jesus Cristo.
10. Que designação fez ele quanto à classe do “escravo” fiel em 1919 e que nome adotou ela em 1931?
10 Os fatos da história moderna mostram que ele, no ano de 1919, revivificou estes muito afligidos discípulos e os reuniu como corpo unido. Daí os designou como sua classe do “escravo” “sobre todos os seus bens”, quer dizer, sobre todos os seus interesses régios na terra. (Rev. 11:7-12) Foram os deste corpo ativo de cristãos dedicados e ungidos que em meados de 1931 adotaram um nome para diferenciá-los das seitas da cristandade, a saber, testemunhas de Jeová. — Isa. 43:10-12; 44:8.
11. O que se pode dizer a respeito dum corpo governante para esta classe do “escravo fiel e discreto”?
11 Esta classe do “escravo fiel e discreto” da atualidade tem um corpo governante visível, assim como a mesma classe tinha um corpo governante lá no primeiro século, a partir de Pentecostes de 33 E. C.
12, 13. (a) Que serviços espirituais dos que eram “dádivas em homens” prestaram os doze apóstolos depois do derramamento do espírito? (b) Que relato prova que se empenhavam na evangelização?
12 Conforme já observamos, a classe do “escravo fiel e discreto”, lá naquele tempo, foi favorecida com dádivas em homens ou dádivas na forma de homens. Estes foram providos por Jeová Deus mediante Jesus Cristo. Segundo Efésios 4:7-11, nem todas estas dádivas eram apóstolos. Alguns eram profetas, outros eram evangelizadores, outros eram pastores e ainda outros eram instrutores. Naturalmente, os apóstolos eram ao mesmo tempo profetas, evangelizadores, pastores e instrutores. Os doze apóstolos profetizaram no dia de Pentecostes, sob a força do espírito santo derramado, em cumprimento de Joel 2:28, 29. (Atos 2:16-18, 21) Também evangelizavam ou declaravam as boas novas, porque, depois de os doze apóstolos terem sido presos, encarcerados, levados ao tribunal, chibateados e soltos, o que fizeram? Atos 5:42 nos diz:
13 “Cada dia, no templo e de casa em casa, continuavam sem cessar a ensinar e a declarar as boas novas [em grego: evangelízein] a respeito do Cristo, Jesus.”
14. Visto que a congregação é chamada de “rebanho de Deus”, impôs-se que obrigação aos doze apóstolos? Cumpriram-na eles?
14 O relato prova que não eram apenas evangelizadores, mas também instrutores. Eram aqueles apóstolos também pastores? Sim. Lembre-se de que, junto ao Mar da Galiléia, o ressuscitado Jesus disse a Pedro que provasse seu amor e seu afeto por obedecer à ordem: “Apascenta meus cordeiros. . . . Pastoreia minhas ovelhinhas. . . . Apascenta minhas ovelhinhas.” (João 21:15-17) Todos os outros apóstolos também se tornaram pastores espirituais na congregação e agiram como tais. O mero fato de a congregação ser chamada de “rebanho de Deus” impunha àqueles apóstolos a obrigação de serem pastores deste rebanho.
15. Como mostra o registro se os apóstolos monopolizaram ou não o ministério do profetizar?
15 Entretanto, embora os doze apóstolos e o apóstolo Paulo fossem capazes de servir e serviram como profetas, evangelizadores, pastores e instrutores, não monopolizaram estas formas do ministério cristão. Havia outros homens dedicados e batizados que se especializavam ou destacavam nestas variedades de ministérios. (1 Cor. 12:4, 5) Por exemplo, quando o apóstolo Paulo, em Éfeso, batizou aqueles homens, cerca de doze deles, “no nome do Senhor Jesus”, e lhes impôs as mãos, “veio sobre eles o espírito santo e começaram a falar em línguas e a profetizar”. (Atos 19:1-7) Nos dias dos apóstolos, o dom da profecia milagrosa foi concedido pelo espírito santo a muitos outros cristãos dedicados e batizados. (1 Cor. 12:7-10, 27-29; 14:29-32; Atos 13:1; 21:10) Portanto, não eram apenas os apóstolos que profetizavam.
16. Como mostrou Paulo, em Mileto, que outros, além dos apóstolos, cumpriam o ministério de pastores espirituais?
16 Que dizer da dádiva de “pastores” espirituais? Há evidência histórica que indica que não faltavam. Por volta do ano 56 E. C., quando em caminho para Jerusalém, Paulo, o “apóstolo para as nações”, parou no porto marítimo de Mileto e mandou chamar os anciãos oficiais da vizinha congregação de Éfeso, para que o visitassem antes de partir seu navio. No decorrer de suas observações de despedida, Paulo fez lembrar a estes anciãos ou presbíteros a obra espiritual para a qual foram designados, dizendo: “Prestai atenção a vós mesmos e a todo o rebanho, entre o qual o espírito santo vos designou superintendentes para pastorear a congregação de Deus, que ele comprou com o sangue do seu próprio Filho. Sei que depois de eu ter ido embora entrarão no meio de vós lobos opressivos e eles não tratarão o rebanho com ternura.” (Atos 20:28, 29) De modo que aqueles anciãos eram tanto superintendentes como pastores espirituais.
17. A quem representam os “anjos” semelhantes a estrelas, em Revelação 1:20; 2:1; e, por isso, que responsabilidade lhes cabia?
17 Sem dúvida, não só o ancião, presbítero, superintendente ou pastor individual, mas todo o “corpo de anciãos” era o que o glorificado Senhor, Jesus Cristo, chamou de “anjo”, simbolizado por uma estrela celestial. Assim, por volta do ano 96 E. C. ele disse ao idoso apóstolo João, na ilha de Patmos, que escrevesse, dizendo: “Ao anjo da congregação em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que segura na sua direita as sete estrelas, aquele que anda no meio dos sete candelabros de ouro.” (Rev. 2:1; 1:20) O “corpo de anciãos” (ou presbitério) ali em Éfeso devia agir como estrela em lançar luz celestial, espiritual, sobre a congregação, para a qual o espírito santo os havia constituído pastores. Estes pastores espirituais a guiariam de modo certo por meio de tal luz. — 1 Tim. 4:14, margem da ed. ingl. de 1971.
18. Como mostra 1 Pedro 5:1-4 que Pedro reconheceu que a dádiva de pastores incluía outros, além dos apóstolos?
18 Além disso, com respeito à dádiva de pastores à congregação do primeiro século, o apóstolo Pedro escreveu algo por volta dos anos 62-64 E. C. Colocando-se no mesmo nível dos “anciãos” das congregações na Ásia Menor, Pedro escreveu: “Portanto dou esta exortação aos anciãos entre vós, pois eu também sou ancião, igual a eles, e testemunha dos sofrimentos do Cristo, parceiro na glória que há de ser revelada: Pastoreai o rebanho de Deus que está aos vossos cuidados, . . . tornando-vos exemplos para o rebanho. E, quando o pastor principal tiver sido manifestado, recebereis a coroa imarcescível da glória.” (1 Ped. 5:1-4, margem da ed. ingl. 1971; Rohden; Pereira) Portanto, Pedro reconheceu que a dádiva de pastores incluía outros além dos apóstolos.
19. Conforme Paulo indica em Tito 1:5-9, quem eram os “instrutores” incluídos entre as “dádivas em homens”?
19 “Instrutores” também foram dados como “dádivas em homens”. Estes não se referem a pais que ensinam seus filhos em reuniões de família ou a membros comuns da congregação que ensinam a pessoas interessadas as verdades bíblicas nos seus próprios lares, mas sim a homens especialmente dotados com a arte de ensinar e por isso designados para instrutores dentro da congregação, nos seus estudos bíblicos regulares. Por exemplo, após o seu livramento do primeiro encarceramento em Roma, o apóstolo Paulo escreveu a Tito, a quem havia deixado em Creta para designar anciãos oficiais nas congregações, em cidade após cidade. Ao especificar as qualificações de tais anciãos, que deviam também ser superintendentes, Paulo escreveu: “O superintendente tem de estar . . . apegando-se firmemente à palavra fiel com respeito à sua arte de ensino, para que possa tanto exortar pelo ensino que é salutar como repreender os que contradizem.” — Tito 1:5-9.
20. Como indicou Paulo a Timóteo que os “anciãos” oficiais das congregações são “dádivas” na forma de “instrutores”?
20 Por volta do mesmo tempo, o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo, que havia recebido autoridade para fazer designações. Dizendo-lhe a base em que se deviam designar superintendentes para uma congregação, Paulo alista dezesseis qualificações. Entre todas estas observamos que o sétimo requisito é: “qualificado para ensinar”. (1 Tim. 3:1-7) Visto que o superintendente tinha de ser mais do que um “homem recém-convertido”, ele tinha de ser oficialmente “ancião”. Que os “anciãos” não-apostólicos se encontravam entre as “dádivas” em forma de instrutores, foi indicado pelo apóstolo Paulo a Timóteo, ao dizer-lhe: “Os anciãos, que presidem de modo excelente, sejam contados dignos de dupla honra, especialmente os que trabalham arduamente no falar e no ensinar.” (1 Tim. 5:17, margem da ed. ingl. 1971) Concordemente, as testemunhas de Jeová se empenham hoje a ter “anciãos” oficiais para presidir os estudos bíblicos no meio da semana, dirigidos em locais convenientes para os membros da congregação que moram naquela vizinhança. Somente quando não houver suficientes anciãos disponíveis para todos estes estudos bíblicos semanais usam-se “servos ministeriais” para dirigir tais estudos bíblicos locais. — 1 Tim. 3:8, 9, 12, 13.
EVANGELIZAÇÃO
21, 22. (a) Quem são os terceiros alistados por Paulo como “dádivas em homens”, e designou Jesus apenas os apóstolos como tais? (b) Que homem foi pessoalmente chamado de “evangelizador”, e até que ponto agiu como tal?
21 Os terceiros entre as “dádivas em homens” são chamados pelo apóstolo Paulo de “evangelizadores”. (Efé. 4:8, 11) Durante os dias do Senhor Jesus Cristo na terra, ele enviou mais do que apenas os doze apóstolos para evangelizarem. (Luc. 9:1-6; 10:1-11) Assim, também, quando ascendeu ao céu e derramou o espírito santo sobre os seus discípulos que esperavam no dia de Pentecostes, ele deu outros além dos doze apóstolos para serem evangelizadores.
22 Filipe de Cesaréia, a quem os apóstolos designaram com mais seis outros para cuidar da distribuição de alimentos aos discípulos necessitados, em Jerusalém, não permaneceu muito tempo naquele serviço que podia ser feito por um servo ministerial da congregação. Depois de seu co-trabalhador Estêvão ter sido martirizado, levantou-se uma perseguição contra os cristãos às instigações de Saulo de Tarso, e os discípulos, com exceção dos apóstolos, espalharam-se de Jerusalém. Entre este discípulos espalhados encontrava-se Filipe, e ele desceu a Samaria, e fez ali uma obra produtiva de evangelização. Depois, ele apresentou as boas novas a um eunuco oficial da Rainha Candace, que voltava para a Etiópia, e então fez trabalho de evangelização ao longo do litoral mediterrâneo, de Asdode para cima até Cesaréia. (Atos 8:1-40) Mais de vinte anos depois, Filipe ainda estava ocupado na sua evangelização, pois, quando Paulo e seus companheiros missionários visitaram Filipe em Cesaréia, este ainda era chamado de “Filipe, o evangelizador”. (Atos 21:8) Mostrou ser de muito valor, como uma das “dádivas em homens”.
23. A quem disse Paulo, por carta, que devia continuar a trabalhar como evangelizador?
23 Timóteo, companheiro missionário do apóstolo Paulo, foi outra das “dádivas” na qualidade de evangelizador. Pouco antes de sua morte, por volta de 65 E. C., Paulo escreveu uma segunda carta a Timóteo e disse: “Faze a obra dum evangelizador, efetua plenamente o teu ministério [em grego: diakonia].” — 2 Tim. 4:5; 1 Tes. 1:1, 5; 2:2, 4, 8, 9; 3:2, 6.
E QUE DIZER DE HOJE?
24. Quem se empenha hoje na evangelização, e sob a orientação de quem?
24 Hoje em dia, as testemunhas cristãs de Jeová acatam estas palavras dirigidas a Timóteo há dezenove séculos atrás. Os anciãos oficiais, qualificados para proferir conferências públicas da tribuna de oradores, não são os únicos que se empenham na evangelização. Todos os membros dedicados e batizados das mais de 27.150 congregações em toda a terra fazem isso. Em Revelação 14:6 assegura-se-nos que isto está sendo feito sob orientação angélica, pois este versículo predisse um anjo voando no meio do céu, que “tinha boas novas eternas para declarar, como boas notícias aos que moram na terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo”.
25. Quem foi animado em 1919 para se empenhar de modo mais direto na evangelização, e o que dizia A Sentinela?
25 No primeiro ano do após-guerra, em 1919, ocorreu a revivificação de nossa atividade pública, cristã. Todos os que constituíam cada congregação foram animados a participar na pregação do reino de Deus — os anciãos, diáconos ou servos ministeriais oficiais, bem como todos os outros, tanto homens como mulheres dedicados. Deviam fazer isso não apenas pela distribuição de tratados de quatro páginas, mas também por irem de porta em porta, assim como então faziam os “colportores”, oferecendo diretamente aos moradores livros e folhetos como ajudas para o estudo da Bíblia. O artigo “Anunciando o Reino”, na revista Sentinela, dizia:
Abre-se diante de vós uma porta de oportunidade. Entrai por ela depressa. Lembrai-vos, ao sairdes nesta obra, que não estais apenas atuando como agentes duma revista, mas que vós sois embaixadores do Rei dos reis e Senhor dos senhores, anunciando ao povo de modo dignificante a vinda da Idade de Ouro, o glorioso reino de nosso Senhor e Mestre, o qual os cristãos têm esperado e pelo qual oraram durante muitos séculos. Sois anjos de paz, trazendo a um mundo dilacerado pela guerra, afligido pelo pecado, triste e de coração despedaçado a alegre mensagem de salvação. Quão maravilhoso é o nosso privilégio! — The Watch Tower, de 15 de setembro de 1919, página 281, parágrafo 6.
26. Em que tempo momentoso vivemos, segundo a prova disponível, e o que terá de desaparecer e o que terá de se estabelecer?
26 Agora, depois de todos os anos intermediários, temos mais provas do que nunca de que Jeová Deus entronizou seu Filho Jesus Cristo no reino messiânico, nos céus, no fim dos Tempos dos Gentios, no ano de 1914. Sabemos que estamos no “tempo do fim” no que se refere às nações políticas deste mundo e que a destruição delas, na vindoura “grande tribulação” sobre toda a terra, está ameaçadoramente próxima. (Dan. 12:1-4; Mat. 24:21, 22; Rev. 7:14) Nós, da nossa parte, aproximamo-nos dos portais da nova ordem justa em toda a terra, prometida por Jeová Deus, na qual a ordem substituirá completamente o cambaleante sistema iníquo de coisas. A velha ordem destes últimos milhares de anos terá de desaparecer no meio da iminente tribulação ardente. Terá de se estabelecer a nova ordem, sob o governo teocrático de Jeová!
27, 28. (a) Então, qual é esta informação e o que se precisa fazer com ela? (b) O que proveu Jeová para a realização desta obra, e qual é a sua atitude para com tal trabalho?
27 Estas são as únicas boas novas hoje na terra. São a Boa-Nova. São o Evangelho. Com elas podemos fazer uma gloriosa evangelização! Jesus disse na sua profecia de Mateus 24:14 e Marcos 13:10 que “estas boas novas do reino” terão de ser pregadas de modo internacional antes de vir o fim deste sistema de coisas. Jeová, o grande Teocrata, proveu-nos hoje a organização teocrática para fazer esta pregação das boas novas até o seu término.
28 Está esta organização terrestre, visível, ansiosa de fazer tal obra grandiosa? Veja! Os anciãos e superintendentes designados das congregações trabalham ativamente neste sentido. Os servos ministeriais das congregações cooperam neste sentido. Os membros das congregações, homens, mulheres e seus filhos, dedicados, participam no trabalho, tanto de casa em casa, como publicamente. O corpo governante destas congregações teocráticas está de toda a alma apoiando esta evangelização e fazendo todo o arranjo possível para a realização desta obra dentro do tempo divinamente concedido. A atual classe do “escravo fiel e discreto” foi designada sobre todos os interesses do Reino, pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, e, como fiel mordomo de seus interesses, distribui o alimento espiritual por meio da evangelização.
29. (a) Segundo o que é modelada esta organização, e por isso, que espécie de organização é ela? (b) Quanto tempo ficará disponível como instrumento divino?
29 Esta organização evangelizadora mundial não é modelada segundo nenhuma sociedade civil da atualidade que talvez seja exigida pelas leis dos governos políticos dos homens, que agora enfrentam a destruição na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. (Rev. 16:14-16) Nenhuma sociedade civil da terra amolda a organização evangelizadora, nem a governa. Antes, esta governa tais sociedades como meros instrumentos temporários, úteis para a obra do grande Teocrata. Por isso é modelada segundo o Seu objetivo para ela. É uma organização teocrática, regida do Alto divino para baixo, e não das fileiras para cima. Os membros dedicados e batizados dela estão sob a Teocracia! As sociedades civis, terrenas, deixarão de existir quando, dentro em breve, perecerem os governos humanos que lhes concedem alvará. Mas a organização teocrática continuará a existir, servindo seu Governante Teocrático Supremo. Entrará na sua nova ordem justa sob a proteção dele. Estará logo disponível, assim que acabar a “grande tribulação”, e estará logo pronta para servir como Seu instrumento, na sua nova ordem.
30. Por que temos motivos excelentes para avançar unidos para a nova ordem de Deus?
30 Portanto, avante para a nova ordem sob a Teocracia! Nosso Líder, o Rei reinante celestial, Jesus Cristo, encabeça a nossa coluna avançante. Não rompamos as nossas fileiras, nem corramos em medo e pânico desordeiro. Não temos nada a temer em vista do ajuntamento de nossos muitos inimigos. Temos do nosso lado Deus, o Todo-poderoso, o grande Teocrata, a quem obedecemos como governante antes que aos homens. É ele quem nos chefia. É a obra dele em que nos empenhamos às suas ordens, mediante Jesus Cristo. Somos seus “homens de boa vontade” e Ele se agrada de nós. É Seu espírito que permeia toda a organização, e este espírito santo é a força ativa que nos une inquebrantavelmente.
31. Que grande privilégio temos relacionado com a Palavra de Deus, e o que devemos deixar saber a todos?
31 Nossa mensagem vitalizadora, o Evangelho que pregamos e ensinamos, provém Dele e é tirada de Sua Palavra revelada, a Bíblia Sagrada. Nossa mensagem é verdadeira e terá de ter em breve seu cumprimento que alegrará o coração! Sentimo-nos altamente honrados de sermos favorecidos pelo privilégio de proclamá-la e ensiná-la a toda a humanidade. Temos diante de nós a gloriosa recompensa por cumprirmos com este maravilhoso privilégio. Portanto, avante, unidos, para a nova ordem sob a Teocracia! Deixe todos saber quanto apreciamos que Jeová já reina como Deus-Rei. — Sal. 96:10.
[Tabela na página 333]
(Para o texto formatado, veja a publicação)
A Hodierna Organização Teocrática das Testemunhas Cristãs de Jeová
JEOVÁ DEUS
Jesus Cristo
Cabeça da Congregação Cristã
Classe do “Escravo Fiel e Discreto”,
que Jesus ‘designou sobre todos os seus bens’. — Mat. 24:45-47.
CORPO GOVERNANTE
ANCIÃOS ANCIÃOS ANCIÃOS ANCIÃOS ANCIÃOS
na Congr. na Congr. na Congr. na Congr. na Congr.
SERVOS SERVOS SERVOS SERVOS
MINISTERIAIS MINISTERIAIS MINISTERIAIS MINISTERIAIS