Superintendentes — dêem bom exemplo ao “rebanho”
“Torna-te exemplo para os fiéis, no falar, na conduta, no amor, na fé, na castidade.” — 1 Tim. 4:12.
1. Por que devemos esperar que os superintendentes cristãos dêem bom exemplo?
HÁ MUITO envolvido em alguém servir como superintendente na congregação cristã. Este fato é reconhecido por milhares de homens dedicados, espirituais, que hoje são incumbidos deste privilégio. Visto que todos na congregação são irmãos e irmãs cristãos, os anciãos designados sabem que sua responsabilidade não os torna melhores do que os outros adoradores de Jeová. (Mat. 23:8-12) Contudo, em vista de suas responsabilidades e dos requisitos bíblicos que precisam satisfazer, espera-se deles mais. É assim como Jesus disse: “Deveras, todo aquele a quem muito foi dado, muito se reclamará dele; e a quem encarregaram de muito, deste reclamarão mais do que o usual.” (Luc. 12:48) “O rebanho” fica grandemente afetado por aquilo que esses subpastores dizem e fazem. Espera-se, portanto, que esses homens dêem bom exemplo aos outros.
2. Em que sentido específico exortou Paulo a Timóteo para que se tornasse exemplo?
2 Não é exagero dar muita ênfase a este assunto de dar bom exemplo. É um dos pontos de conselho direto encontrado na primeira carta de Paulo ao superintendente Timóteo. Paulo não pressupôs nada como garantido, e não queria que Timóteo o fizesse. Visto que Timóteo ainda era jovem, alguns talvez estivessem inclinados a menosprezá-lo. Sem dúvida, Paulo pensava nisso ao escrever: “Nenhum homem jamais menospreze a tua mocidade. Ao contrário, torna-te exemplo para os fiéis, no falar, na conduta, no amor, na fé, na castidade. Até eu chegar, continua a aplicar-te à leitura pública, à exortação, ao ensino. Não negligencies o dom em ti, que te foi dado por intermédio duma predição e quando o corpo de anciãos pôs as suas mãos sobre ti.” (1 Tim. 4:12-14) Não haveria nenhum motivo legítimo para os outros menosprezarem a Timóteo, se ele continuasse a seguir o proceder cristão, exemplar, na vida.
3. O que devem examinar os superintendentes, e por quê?
3 Iguais a Timóteo, os superintendentes entre os do povo de Jeová, hoje em dia, devem examinar seu próprio modo de vida. Embora o nosso estudo envolva especialmente os superintendentes, os servos ministeriais e os homens que procuram ter maior responsabilidade congregacional, todos os cristãos devem considerar com cuidado o que está envolvido em servir de exemplo para “o rebanho”. (2 Cor. 13:5) Mas, agora perguntamos: “Anciãos, estão realmente dando bom exemplo?” Seus concrentes os observam, tendo em mente estas palavras registradas em Hebreus 13:7: “Lembrai-vos dos que tomam a dianteira entre vós, os que vos falaram a palavra de Deus, e, ao contemplardes em que resulta a sua conduta, imitai a sua fé.” Sim, anciãos, seus companheiros cristãos querem mostrar-se fiéis a Jeová. Para isso, precisam não só de conselho baseado nas Escrituras e de palavras de consolo, mas também de seu exemplo animador. Eles imitarão a sua fé ao observarem sua conduta correta e o resultado que ela dá.
4. (a) Como enfatizam 1 Timóteo 3:1 e Mateus 20:26, 27, o que está envolvido em servir como superintendente cristão? (b) Desincumbirem-se das responsabilidades requer o que da parte do ancião? (c) Segundo 1 Tessalonicenses 5:12, 13, com quem é que os irmãos devem ter consideração e como devem demonstrá-la?
4 Isto não significa que você, como ancião designado, seja indispensável. De modo algum. Mas tem uma “obra excelente” em servir seus irmãos e irmãs espirituais. (1 Tim. 3:1) Sua posição não é de alguma suposta ‘grandeza’ resultante de seus esforços. (Mat. 20:26, 27) Sim, você tem privilégios e responsabilidades adicionais. Mas, desincumbir-se deles corretamente exigirá que, humildemente, trabalhe como escravo para Jeová, para Jesus Cristo e para seus concrentes. (Rom. 12:11; Gál 5:13; Col. 3:23, 24) De fato, precisa trabalhar arduamente, presidir, admoestar e fazer outras coisas a favor de seus irmãos e de suas irmãs na fé. Eles reconhecem que você tem uma designação a cumprir; mas é o seu trabalho árduo, junto com o seu exemplo, que os induzem a serem sensíveis em dar apoio aos seus esforços. Tal consideração é correta e está em harmonia com as palavras do apóstolo Paulo: “Solicitamo-vos agora, irmãos, que tenhais consideração para com os que trabalham arduamente entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e que vos admoestam; e que lhes deis mais do que extraordinária consideração em amor, por causa do seu trabalho.” — 1 Tes. 5:12, 13.
Bom Exemplo “no Falar”
5. Em que circunstâncias diversas devem os superintendentes dar bom exemplo “no falar”, e por que é isso necessário?
5 Não pode haver dúvida a respeito da necessidade de os superintendentes proverem bom exemplo “no falar”. Isto, certamente, é algo que precisa ser assim no seu próprio lar. Deve evidenciar-se também quando falam com membros individuais da congregação ou da tribuna pública, bem como quando estão dando testemunho de casa em casa, na localidade. Os comentários do superintendente podem influenciar outros mais do que ele se dá conta disso. Portanto, o que ele diz precisa sempre basear-se em princípios da Palavra de Deus ou ser governado por eles.
6. Por que precisam os anciãos prevenir-se contra pensamentos errados e por que devem falar “coisas boas”?
6 Para que as palavras sejam edificantes, o coração precisa estar cheio das boas coisas da Palavra de Deus. Então, a boca falará “coisas boas”, fazendo declarações espiritualmente apropriadas e edificantes. (Mat. 12:34) O superintendente precisa prevenir-se para não permitir que pensamentos ou idéias erradas se arraiguem na sua mente e no seu coração, visto que isto, por fim, se revelará no que ele fala e será prejudicial para os outros. A Bíblia aconselha, mostrando o que evitar e que espécie de declarações devem ser ouvidas: “Evitem a boca suja. Digam só o que é bom e útil àqueles com quem vocês estiverem falando, e o que resulte em bênção para eles.” — Efé. 4:29, O Novo Testamento Vivo.
7. Por que devem os superintendentes cristãos refrear-se de divulgar opiniões ou idéias estritamente pessoais?
7 Os subpastores cristãos, para darem exemplo no falar, não devem ir “além das coisas que estão escritas”. (1 Cor. 4:6) Quer em questões de doutrina, quer de moral ou de organização cristã, o superintendente deve ‘pregar a palavra’. (2 Tim. 4:2) Se introduzisse opiniões estritamente pessoais ou divulgasse idéias contrárias ao ensino recebido por meio do “escravo fiel e discreto”, isso causaria confusão. Portanto, em vez de avançar presunçosamente num proceder que pode levar à desonra, por que não esperar por Jeová e sua organização? (Pro. 11:2) Talvez haja posteriormente explicações e esclarecimentos adicionais do assunto. Ou o ancião, por meio de oração e estudo diligente da Palavra de Deus, com a ajuda das publicações da Torre de Vigia, talvez verifique que estava errado e ficará assim satisfeito de não ter divulgado conceitos errôneos.
8. (a) Por que se deve evitar lutar sobre palavras e ficar envolvido em debates? (2 Tim. 2:14-19) (b) Quando alguém suscita uma pergunta e precisa de ajuda espiritual, como se deve prestar tal auxílio?
8 Paulo disse a Timóteo que advertisse os outros “que não lutem sobre palavras, coisa que não é de nenhuma utilidade, porque subverte os que estão escutando”. O apóstolo mencionou então os efeitos perniciosos de declarações feitas por homens que se haviam desviado da verdade. Não há nada a ganhar, e provavelmente há muito a perder em sentido espiritual, com a luta sobre palavras ou com o envolvimento em debates com os que rejeitam o ensino salutar. (2 Tim. 2:14-19; Tito 1:7-9) Isto não significa que alguém não possa sinceramente fazer uma pergunta sobre um assunto que não entende. Todavia, a insistência em algum ponto de vista pode causar perturbação desnecessária. Naturalmente, quando alguém precisa de ajuda espiritual, há um modo correto de ensinar, que é “com brandura”. — 2 Tim. 2:23-26.
9. O que se requer dos superintendentes, para ensinarem com eficácia?
9 Os superintendentes devem ‘trabalhar arduamente no falar e no ensinar’, não somente contatando com a verdade os de fora, mas edificando espiritualmente a congregação. (1 Tim. 5:17) Requer tempo e esforço para preparar discursos bíblicos e partes das reuniões, que sejam espiritualmente revigorantes, instrutivas e práticas. Por estudarem regularmente as Escrituras e usarem as publicações da Sociedade Torre de Vigia, os esboços de discursos e outra matéria do “escravo fiel e discreto”, os oradores e instrutores podem preparar muitos pontos bons que os habilitem a transmitir ensino salutar. E por se tornarem exemplo em falar, os superintendentes mostram que se empenham de modo correto.
Manter Sempre Uma “Boa Conduta”
10, 11. (a) Que relação há entre a conduta e a sabedoria celestial? (b) O que acontece quando se mostra a sabedoria de cima, em comparação com situações em que se evidenciam tendências ímpias?
10 Os superintendentes congregacionais precisam tornar-se exemplo também na “conduta”. Para serem bem-sucedidos em manter uma boa conduta, precisam ter sabedoria celestial e entendimento. O discípulo Tiago salienta este ponto, dizendo: “Quem é sábio e entendido entre vós? Mostre ele as suas obras pela sua boa conduta com a brandura que pertence à sabedoria. Mas, se tiverdes ciúme amargo e briga nos vossos corações, não vos jacteis e não mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce de cima, mas é a terrena, animalesca, demoníaca. Porque, onde há ciúme e briga, ali há desordem e toda coisa ruim.” — Tia. 3:13-16; 1 Ped. 2:12.
11 As relações com os outros anciãos e com os outros membros da congregação são fortalecidas pela boa conduta que reflete a sabedoria divina. (Tia. 3:17, 18) Por outro lado, brigas, ciúme, jactância e outras tendências e ações mundanas, animalescas e demoníacas derrubam tais relações. Essas más tendências não têm lugar nas fileiras do povo de Deus Agir alguém de modo egocêntrico sempre refuta qualquer profissão de amor cristão. Portanto, a boa conduta requer que não se esteja “fazendo nada por briga ou por egotismo, mas, com humildade mental, considerando os outros superiores” à própria pessoa. (Fil. 2:3) Tal conduta é deveras exemplar, visto que reflete uma atitude mental semelhante à demonstrada por Cristo Jesus — Fil. 2:5-8.
12. (a) Como devem ser encarados e tratados os membros femininos da congregação? (b) O que se requer que os superintendentes façam a respeito de violações das normas de moral de Deus? (c) No que se refere a questões judicativas, manterem os anciãos confidências lança que responsabilidade sobre eles?
12 Para dar bom exemplo, os superintendentes e outros irmãos de responsabilidade precisam sempre comportar-se de maneira circunspecta para com os do sexo oposto. Devem suplicar ‘às mulheres mais idosas, como a mães, às mulheres mais jovens, como a irmãs, com toda a castidade’. (1 Tim. 5:1, 2) Precisa haver constante vigilância para se prevenir contra o ‘afrouxamento’ com respeito à aderência às elevadas normas de moral de Deus. Se houver evidência definitiva de que alguns estejam tentando corromper moralmente a outros, os superintendentes precisam agir prontamente para manter a organização limpa, sabendo que Jeová “exige punição por todas estas coisas”. (1 Tes. 4:3-8) Ao mesmo tempo, os subpastores designados precisam refrear-se de considerarem abertamente assuntos judicativos que envolvem aqueles que violaram princípios justos de Deus. É preciso manter a confidência. Só se pode esperar que a congregação tenha plena confiança em anciãos que exercem a devida supervisão e cuja conduta pessoal esteja sempre acima de qualquer crítica.
Exemplares “no Amor”
13. Que espírito precisam ter os superintendentes, se querem ser bem-sucedidos em dar bom exemplo, e por quê?
13 OS superintendentes realmente não podem ser bem-sucedidos em se tornarem “exemplo para os fiéis” a menos que mostrem o espírito de amor. Depois de lembrar a Timóteo que devia ‘atiçar o dom de Deus que havia nele’, Paulo disse: “Porque Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de poder, e de amor, e de bom juízo.” (2 Tim. 1:6, 7) Sabemos que se produz um efeito salutar na nossa vida em resultado de Deus ter manifestado para conosco esta qualidade do amor. Quando os superintendentes dão bom exemplo na demonstração do fruto do espírito que é o amor, isto, mais do que qualquer outra coisa, mostra o que sentem para com seus companheiros na adoração de Jeová. O amor tem poder atraente, induzindo-nos a procurar conselho e ajuda de subpastores amorosos. Apreciamos a cordialidade de seu interesse e seu desejo sincero de ajudar-nos a fazer progresso espiritual.
14. Os superintendentes casados têm que oportunidades de mostrar que ‘amam sua esposa como ao seu próprio corpo’, e isto habilita sua esposa a fazer o quê?
14 Os superintendentes, para procederem como homens espirituais, esforçam-se a fazer com que ‘todos os seus assuntos se realizem com amor’. (1 Cor. 16:13, 14) Estes homens, quando casados, devem “estar amando as suas esposas como aos seus próprios corpos”, o qual alimentam e acalentam. (Efé. 5:28, 29) Os superintendentes reconhecem quanto o seu próprio corpo requer diariamente certo cuidado. Do mesmo modo, também sua esposa requer atenção e cuidados espirituais, regulares, que a habilite a desempenhar seu papel de apoio, como esposa, dum modo que é “decente no Senhor”. (Col. 3:18, 19) A consideração do texto do dia, do Anuário das Testemunhas de Jeová, a recapitulação da matéria nas publicações da Sociedade, a preparação para as reuniões cristãs e ficar atento a ocasiões de orar em conjunto — tudo isso é expressão de tal amor. Também, conforme surge a oportunidade, os anciãos devem ajudar sua esposa de outras maneiras. Isto, bem como a maneira correta de criar os filhos que o casal talvez tenha, fornecerá evidência de que o homem preside bem à sua própria família e assim satisfaz um dos requisitos bíblicos para superintendentes. — 1 Tim. 3:4, 5; 5:8.
15. Como pode o superintendente mostrar que pode ‘tomar conta da congregação de Deus’ e que ele tem amor?
15 De fato, o superintendente que preserva um bom arranjo familiar mostra que pode ‘tomar conta da congregação de Deus’. (1 Tim. 3:5) Ao desincumbir-se das responsabilidades congregacionais, o ancião toma vivo interesse nos aparentados com ele na fé. (Gál. 6:9, 10) Os superintendentes preparam e dirigem reuniões congregacionais, visitam os doentes e outros em necessidade, e participam regularmente na proclamação pública das “boas novas”. Tudo isso é exemplo do amor a Deus, às “ovelhas” aos seus cuidados e àqueles a quem esses anciãos pregam a mensagem do Reino.
16. O que induziu Paulo a agir nos melhores interesses da congregação coríntia, e encontra-se hoje a mesma atitude entre os superintendentes cristãos?
16 Há ocasiões em que os superintendentes acham necessário dar conselho direto ou tomar ação disciplinar. Desejam ajudar as pessoas e proteger a congregação. Neste respeito, os anciãos imitam o apóstolo Paulo. Motivado pelo amor, o apóstolo agiu nos melhores interesses da congregação de Corinto, embora isso lhe causasse considerável tensão. Ele escreveu: “Eu vos escrevi em muita tribulação e angústia de coração, com muitas lágrimas, não para vos entristecer, mas para que soubésseis que amor tenho, mais especificamente por vós.” (2 Cor. 2:4) Embora alguns naquela congregação não reconhecessem plenamente os esforços incansáveis e altruístas de Paulo, ele estava disposto a gastar-se ainda mais a favor deles, pois disse: “Da minha parte, de muito bom grado gastarei e serei completamente gasto em prol das vossas almas. Se eu vos amo mais abundantemente, hei de ser amado menos?” (2 Cor. 12:15) Muitos superintendentes, iguais a Paulo, empenham-se de todo o coração. Fazem isso por amor aos seus irmãos, dando assim um exemplo elogiável.
17. Que efeito têm tido os bons exemplos de muitos superintendentes sobre a organização do povo de Deus, fornecendo a base para que sentimentos da parte dos subpastores fiéis?
17 É possível indicar muitos superintendentes que, durante anos, gastaram-se literalmente em servir a Jeová e em cuidar das necessidades de seus irmãos e irmãs espirituais. O exemplo dado por tais homens tem promovido o espírito de amor em toda a organização do povo de Deus. Nossa confiança tem sido fortalecida por tais exemplos de pastoreio do “rebanho” nestes dias dificultosos. Esses subpastores, por terem verdadeiro amor ao “rebanho” e interesse nele, têm motivos para se expressarem assim como Paulo, que escreveu: “Que o Senhor vos faça aumentar, sim, que vos faça abundar em amor uns para com os outros e para com todos, assim como nós também fazemos convosco, a fim de que ele torne os vossos corações firmes, inculpáveis na santidade perante o nosso Deus e Pai, na presença de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos.” — 1 Tes. 3:12, 13.
Mostrar Fé Fortalece os Concrentes
18. Que obras devem poder indicar os superintendentes como evidência de que têm fé genuína?
18 Apesar das clamorosas profissões religiosas de muitos, hoje em dia, “a fé não é propriedade de todos”. (2 Tes. 3:2) No entanto, deve ser nossa propriedade, se havemos de agradar a Deus. (Heb. 11:6) Também nisso os superintendentes cristãos precisam dar exemplo a todos — “na fé”. Além disso, precisam ter atos ou obras para provar a existência de fé genuína da sua parte. (Tia. 2:14-26) Entre outras coisas, essas obras incluem atos tais como consolar concrentes doentes, suprir os necessitados dentre eles e participar regularmente na proclamação das “boas novas do reino”. — Mat. 24:14; veja Mateus 25:34-40.
19. Por que é essencial a fé, e a que habilita ela a muitos?
19 É significativo que Paulo salientou repetidas vezes o ponto de que ‘o justo viverá em razão da fé’. (Rom. 1:17; Gál. 3:11; Heb. 10:38) A fé não somente nos fornece uma visão do que nos aguarda, mas também nos induz a fazer alguma coisa. Por exemplo, requer fé para alguém se alistar como pioneiro auxiliar ou como regular, servindo então como pregador das “boas novas” por tempo integral. (Mar. 13:10) Apesar das responsabilidades familiares e de outros deveres, muitos superintendentes e servos ministeriais providenciam participar nesta atividade. Muitos ajustam seu emprego secular e outros assuntos de modo a darem mais atenção às responsabilidades congregacionais. E a fé genuína é necessária para se ter participação direta na pregação das “boas novas”, para cumprir designações nas assembléias cristãs, para construir Salões do Reino ou para se empenhar nas diversas atividades teocráticas de dia em dia. Deveras, requer fé da parte dos superintendentes e de todos os do povo de Jeová para crer, viver, trabalhar e adorar segundo a Palavra de Deus.
20. (a) Que papel desempenha a fé em tomar posição firme contra o Diabo? (b) De que modo especial podem os superintendentes ajudar os concrentes a superar provações para a sua fé?
20 Precisa-se também de fé para suportar dificuldades e vencer provações para a fé. Depois de Pedro ter exortado os anciãos a se tornarem exemplos para “o rebanho”, ele advertiu: “Mantende os vossos sentidos, sede vigilantes. Vosso adversário, o Diabo, anda em volta como leão que ruge, procurando a quem devorar. Mas, tomai vossa posição contra ele, sólidos na fé, sabendo que as mesmas coisas, em matéria de sofrimentos, estão sendo efetuadas na associação inteira dos vossos irmãos no mundo.” (1 Ped. 5:8, 9) Os superintendentes têm de estar sempre atentos às táticas do Diabo e às artimanhas que ele usa para desviar, enlaçar ou devorar os servos de Deus. Os cristãos nunca devem deixar-se levar à complacência quanto à situação com que se confrontam, e os subpastores designados do “rebanho” devem ser especialmente vigilantes. Em muitos países, a experiência mostra que, quando dificuldades e provações sobrevêm às Testemunhas de Jeová, os superintendentes estão na dianteira da batalha. Com confiança em Deus, estes anciãos continuam a ajudar seus concrentes de diversas maneiras, resistindo ao Adversário, orando incessantemente, e usando o grande escudo da fé e outra armadura espiritual. — Efé. 6:10-18.
21. Os superintendentes, por eles mesmos serem exemplos de fé, ajudam “o rebanho” a fazer o que, quanto à fé e a esperança?
21 Os superintendentes devem ajudar ‘o rebanho” a andar pela fé e a alegrar-se na esperança à frente. Visto que são invisíveis, não podemos ver a Jeová Deus e seu Filho no domínio celestial. Não obstante, seus tratos conosco são reais. (Heb. 11:27) O que está acontecendo em resultado da sua liderança ocorre em cumprimento do que a Bíblia predisse. Os superintendentes devem estar ansiosos de ajudar seus irmãos e suas irmãs espirituais a reconhecer este fato e a compreender que membros da “grande multidão” estão sendo ajuntados em número considerável. A bênção de Jeová está sobre a obra que está sendo feita. (Isa. 60:22; Rev. 7:9) Sentimos a segurança espiritual que ele prometeu. (Sal. 91:1, 2) Os frutos do espírito santo de Jeová, inclusive a fé, são hoje abundantes entre o povo de Deus. (Gál. 5:22, 23; veja Romanos 1:8.) Nossos olhos de fé contemplam a vindoura execução dos julgamentos de Jeová. (Rev. 11:16-18; 16:14, 16) Depois da “grande tribulação” deve começar uma nova ordem, e a terra será levada a um estado paradísico. (Mat. 24:21; Luc. 23:43; 2 Ped. 3:11-13) Haverá uma ressurreição. (João 5:28, 29; Atos 24:15) A família humana será restabelecida a uma relação pacífica com Deus, e a vida eterna será a sorte daqueles que forem obedientes durante a prova final. (Rev 20:7-10) Mas, ao passo que aguardamos o futuro, apreciamos as dezenas de milhares de superintendentes que agora servem como exemplos de fé, como subpastores leais, que fazem muito para ajudar “o rebanho” a se alegrar na esperança à frente. — Rom. 12:12
“Na Castidade” — Exemplos Dignos
22. (a) Como pode o refletir sobre Filipenses 4:8 e Tiago 3:17 ajudar os superintendentes a dar exemplo na castidade? (b) Ao recomendarem irmãos para responsabilidades dentro da congregação, de que modo precisam os superintendentes esforçar-se a permanecer castos?
22 Finalmente, exorta-se aos superintendentes a ‘se tornarem exemplo para os fiéis na castidade’. Isto significa mais do que apenas ter mentalidade limpa e conduta de boa moral. É evidente que precisam ter cuidado de que aquilo em que se fixa a sua mente seja casto. (Fil. 4:8; Tia. 3:17) Mas, a fim de permanecerem castos, os superintendentes precisam também usar de bom juízo ao considerarem irmãos para terem responsabilidades na congregação. As qualificações destes precisam ser cuidadosamente avaliadas à luz dos requisitos bíblicos. Nunca se deve mostrar favoritismo para com amigos ou parentes. Se houver dúvidas sobre a conduta moral de alguém, deve-se deixar que o tempo e os fatos eliminem tais dúvidas. Isto está em harmonia com o conselho salutar encontrado em 1 Timóteo 5:22: “Nunca ponhas as mãos apressadamente sobre nenhum homem; tampouco sejas partícipe dos pecados de outros; mantém-te casto.”
23. O que ajudará os superintendentes a manter-se castos ao lidarem com assuntos judicativos?
23 Os superintendentes também evitam compartilhar os pecados de outros por cuidarem devidamente de assuntos judicativos. Ao lidarem com casos de transgressão, os anciãos devem ser misericordiosos quando as circunstâncias requerem misericórdia, mas não devem tolerar o pecado ou encará-lo levianamente. (Pro. 28:13; Tia. 2:13; veja Judas 3-15, 22, 23.) Os anciãos designados precisam ter cuidado para que não sejam influenciados pela parcialidade, pelo sentimento ou pela emoção, quando ouvem declarações de transgressores ou o testemunho de outros. Os subpastores fiéis manter-se-ão castos por se deixarem governar pelos princípios bíblicos nas decisões que tomam.
24. O que possibilitará aos superintendentes expressarem-se assim como Paulo em 1 Coríntios 11:1?
24 Quando os fiéis superintendentes cristãos se tornam exemplos nas maneiras descritas, todos eles poderão dizer de boa consciência, assim como Paulo: “Tornai-vos meus imitadores, assim como eu sou de Cristo.” (1 Cor. 11:1) Embora cônscio de suas fraquezas pessoais, o apóstolo pôde dizer com confiança que estava seguindo a Cristo. O mesmo se dá com os superintendentes atuais, que se esforçam a cumprir com os requisitos de Deus.
A Congregação É Animada a Falar a Palavra com Denodo
25. A imitação do bom exemplo dado pelos superintendentes cristãos pode produzir que resultado na congregação, em vista da bênção de Deus?
25 Que resultado podemos esperar de seguir o exemplo provido pelos subpastores fiéis do “rebanho de Deus”? Ora, todos na congregação ficarão animados a continuar a falar a palavra de Deus com denodo, ao passo que mantêm uma boa conduta! (Atos 4:29-31; 1 Ped. 2:12) O fruto do amor identificará inconfundivelmente a congregação como composta dos verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, e isso atrairá outros à associação do povo de Deus. (Zac. 8:23; João 13:34, 35) Demonstrar-se-á fé ativa em boas obras tais como a pregação das “boas novas”, fazer discípulos e empenhar-se num proceder piedoso. (Mat. 24:14; 28:19, 20) Com a prevalência da castidade na vida de todos os que procuram ter a aprovação de Deus, a congregação inteira será mantida limpa. Portanto, sirvamos a Jeová com fidelidade, apreciando as bênçãos que usufruímos como povo de Deus. E continue nosso amoroso Pai celestial a abençoar nossos esforços unidos, ao passo que trabalhamos com os superintendentes cristãos que dão bom exemplo ao “rebanho”.