Capítulo 7
A cristandade saberá — no seu fim
1. Qual é o propósito do Criador para com a terra, tornando assim a poluição dela algo de que Ele não gosta?
O CRIADOR não gosta de ver esta terra poluída e profanada. É a criação dele e se destinava a dar-lhe crédito. Seu propósito original era que esta terra, como lar da humanidade, fosse em toda a parte um paraíso, de modo que tornasse este globo terrestre um ornamento na magnífica Via-Láctea celeste da qual é uma partícula minúscula.
2. Que comparação há entre a atual condição da terra com a possível condição dela apresentada ao homem no seu original lar paradísico, e por isso, que perguntas surgem quanto ao prazer ou à ira do Criador?
2 O primeiro casal humano teve seu início num paraíso que se ajustava belamente à sua perfeição humana. Tinham diante de si e de seus descendentes futuros a oportunidade de ampliar seu lar paradísico original para envolver completamente a terra. (Gênesis 1:26 a 2:25) Agora, veja-a, depois de seis mil anos da existência do homem na terra! Sua condição está longe de ser o paraíso feliz de vida, saúde e beleza que era do propósito de seu Criador. Isto dificilmente Lhe poderia dar motivo de prazer, assim como tampouco a nós humanos. De fato, tem Ele o direito de se irar com isso? Se Ele não tiver o direito de se irar com isso, quem é que teria?
3. Que pergunta surge quanto à atuação do Criador quando sua criação é profanada pelas criaturas que moram nela?
3 No entanto, o que faz um Criador quando sua criação foi profanada e sua superfície estragada e arruinada pelas criaturas que deviam tomar conta dela? Destrói ele toda esta criação, junto com as criaturas vivas nela?
4. Em vista do que há de ser feito, por que se considera aqui a terra de Judá, e o que aconteceu àquela terra em 607 A. E. C.?
4 Fazer isso seria um desperdício de sua atividade criativa e sinal de derrota. O que devia fazer e o que se propõe fazer foi ilustrado por ele naquilo que fez com a terra de Judá e Jerusalém lá no sétimo século antes de nossa Era Comum. Jeová havia levado seu povo à Terra da Promessa, no ano 1473 A. E. C. Ela era então, conforme disse Jeová, “uma terra que espiei para eles, uma terra que manava leite e mel. Era o ornato de todas as terras”. (Ezequiel 20:6, 15) A geração daqueles israelitas que Jeová levou a esta terra bela permaneceu fiel a Ele. Mas, seus descendentes começaram a profanar a terra por adotarem a idolatria e o derramamento injusto de sangue inocente. Seguiram-se repetidos expurgos religiosos, mas os israelitas sempre recaíam na idolatria. Por fim, em 607 A. E. C., Jeová eliminou todos os idólatras judeus e deixou assim a terra de Judá completamente desolada.
5. Como permitiu Jeová que a terra de Judá passasse por um expurgo e como passou ela a ser usada novamente para o fim pela qual foi dada?
5 A terra de Judá e Jerusalém não deixaram então de existir. Jazeram desoladas por setenta anos, sendo que Jeová não permitiu que nem mesmo idólatras pagãos, não israelitas, se mudassem para lá e continuassem a profanação dela. Jeová determinou que sua adoração pura fosse restabelecida naquela terra que passava por um expurgo. No fim dos setenta anos de desolação, Jeová trouxe de volta à terra um restante arrependido e purificado de israelitas, para ocuparem novamente a terra de Judá e Jerusalém e para restabelecerem ali a adoração pura de seu Deus. Jeová repovoou o país com seus adoradores, os quais o usavam em harmonia com o propósito sagrado pelo qual lhes havia dado a terra. Predisse isso por meio de seu profeta Ezequiel.
6. Primeiro, que tarefa difícil tinha Ezequiel e por que mandou Jeová que Ezequiel falasse à própria terra?
6 Ezequiel teve primeiro tarefa difícil de profetizar contra os habitantes da terra de Judá e de Jerusalém, que profanavam a sua propriedade dada por Deus. Jeová usou Ezequiel para falar à própria terra, a fim de indicar o que lhe aconteceria por causa de seus ocupantes idólatras, desafiadores de Deus. Ainda com referência ao ano 613 A. E. C., Ezequiel nos fala disso nas seguintes palavras:
7, 8. O que se mandou que Ezequiel dissesse aos montes, aos morros, aos regos e aos vales a respeito do expurgo, e, por isso, o que teria de saber o país?
7 “E continuou a vir a haver para mim a palavra de Jeová, dizendo: ‘Filho do homem, fixa tua face para os montes de Israel e profetiza a eles. E tens de dizer: “Ó montes de Israel, ouvi a palavra do [Soberano] Senhor Jeová: Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová aos montes e aos morros, aos regos e aos vales:
8 Eis-me aqui! Estou trazendo sobre vós uma espada e hei de destruir os vossos altos. E os vossos altares terão de ser desolados e os vossos pedestais-incensários terão de ser destroçados, e vou fazer os vossos mortos cair diante dos vossos ídolos sórdidos. E vou por os cadáveres dos filhos de Israel diante dos seus ídolos sórdidos e vou espalhar os vossos ossos ao redor dos vossos altares. Em todas as vossas moradas, as próprias cidades ficarão devastadas e os próprios altos ficarão desolados, para que jazam devastadas e os vossos altares jazam desolados e sejam realmente destroçados, e realmente se façam cessar os vossos ídolos sórdidos, e se cortem os vossos pedestais-incensários, e se obliterem os vossos trabalhos. E os mortos hão de cair no vosso meio e tereis de saber que eu sou Jeová. — Ezequiel 6:1-7.a
OS IDÓLATRAS TERÃO DE SABER QUEM ELE É
9. O que queria Jeová que aquela bela terra fosse em sentido religioso e o que violava então a adoração exclusiva no seu templo?
9 Altos idólatras, altares idólatras, pedestais-incensários idólatras, ídolos sórdidos — estas eram as coisas vis por meio das quais os habitantes infiéis dos montes, dos morros e dos vales, e das margens dos regos da terra de Judá poluíam sua propriedade dada por Deus. Ele queria que aquela bela terra fosse santificada como lugar de sua adoração pura, mas então, depois de oitocentos e sessenta anos de ocupação, veja o estado em que estava! Dessacrada por aqueles corrompidos altos, altares, pedestais-incensários e ídolos sórdidos, ao passo que o templo de Jeová era desconsiderado como único lugar certo de adoração, com a ajuda de seu sacerdócio ali!
10. Por que trazia Jeová então a espada da guerra agressiva contra aquela terra?
10 Não era de se admirar, portanto, que Jeová decidisse trazer a “espada” de guerra agressiva contra aqueles montes, morros, regos e vales da terra de Judá, para fazer com que os cadáveres dos idólatras abatidos caíssem em volta de seus ídolos que eram sórdidos como o esterco de animais. Seus altos, seus pedestais-incensários e seus altares, com que haviam realizado sua adoração idólatra, haviam de ser destroçados pelos invasores altamente militarizados que Jeová traria contra esta terra, para expurgar dela seus habitantes idólatras.
11. Por que era necessária tal ação drástica com a espada da guerra, mas o que chegaria a terra a saber assim?
11 Exigia tal ação drástica para livrar aqueles montes, morros, regos e vales da terra de Judá desses rebeldes contra a adoração pura do único Deus vivente e verdadeiro. Haviam decidido deixar Jeová fora de seus pensamentos e haviam feito com que os montes, morros, regos e vales da terra dada por Deus fossem identificados com a adoração falsa e os nomes de deidades falsas. Agora, por meio de sua obra de expurgo, ele faria com que estes montes, morros, regos e vales soubessem novamente quem é o verdadeiro Deus: “Tereis de saber que eu sou Jeová.” — Ezequiel 6:7.
12. Como ficaram os israelitas culpados de imoralidade espiritual e segundo que regra era isso punível?
12 A imoralidade física é impura. A imoralidade espiritual, ou fornicação espiritual, é ainda pior. A fornicação espiritual — era dela que estes antigos israelitas eram culpados, num grau chocante. Mediante o pacto que Jeová havia estabelecido por intermédio do profeta Moisés, em 1513 A. E. C., Jeová havia estabelecido com a nação de Israel uma relação marital. Ele era como um Marido celestial para a nação. (Jeremias 31:31, 32) Mas a nação não apreciava sua relação bendita com ele, porém, uniu-se a falsos deuses em adoração idólatra. Com isto a nação cometeu imoralidade espiritual. Era a fornicação física punível segundo a lei de Deus? Sim. Também a fornicação ou imoralidade espiritual era punível, pois significava infidelidade para com o pacto da nação com ele. Jeová passou a dizer por meio de Ezequiel como os israelitas desleais seriam punidos e sofreriam por causa de sua imoralidade espiritual:
13. O que disse Jeová, por meio de Ezequiel, a respeito dos espalhados que escapassem da espada, e o que teriam de saber?
13 “E quando acontecer, vou deixar-vos como restante os que escaparem da espada entre as nações, quando fordes espalhados entre as terras. E os vossos fugitivos hão de lembrar-se de mim entre as nações às quais terão sido levados cativos, porque fiquei quebrantado diante do seu coração fornicador que se desviou de mim e diante dos seus olhos que vão fornicando atrás dos seus ídolos sórdidos; e hão de ter aversão nas suas faces diante das coisas más que fizeram em todas as suas coisas detestáveis. E terão de saber que eu sou Jeová; não foi à toa que falei em fazer-lhes esta coisa calamitosa.” — Ezequiel 6:8-10.
14. De modo comparativo, o que seriam os israelitas idólatras que escapassem, com que sentimento passariam a residir no exílio e o que teriam de saber?
14 Os que escapassem da espada de execução lá na terra de Judá seriam apenas um restante daqueles fornicadores espirituais, idólatras. Mas seriam levados à escravidão, tirados dos montes, morros, regos e vales nos quais cometeram as coisas detestáveis a Jeová, Aquele com quem tinham sido casados pelo seu pacto nacional. Mas, seria apenas para a sua vergonha que eles passariam a residir nas terras de seus captores. Seus falsos deuses não se mostrariam salvadores deles. Visto que abandonaram a Jeová, a fim de seguir a imoralidade espiritual, ele os entregaria aos seus inimigos. O restante cativo dos fugitivos saberia então que ele é Jeová, a quem não se pode tratar com desrespeito quanto ao seu pacto matrimonial: Eles saberiam por dura experiência, nos países distantes de seus captores, que nos termos de Seu pacto com eles não falara em vão ao adverti-los de que traria sobre eles as conseqüências terríveis de terem abandonado a Sua adoração pura.
15. De modo similar como comentou a cristandade imoralidade espiritual, o que lhe acontecerá quanto a ter um lugar no domínio chamado cristão e o que terá de saber a respeito de seu executor?
15 Igual aos montes, morros, regos e vales da terra de Judá, o domínio da cristandade foi poluído pelas coisas religiosas que ela adotou dos pagãos idólatras, a fim de praticar sua imoralidade espiritual. Ela devia ter mantido seu domínio livre de toda adoração falsa, porque se apresentara perante todas as nações como sendo cristã e por isso estando no “novo pacto” com Deus, por intermédio do Mediador Jesus Cristo. Mas a sua condição de cristã aos olhos do mundo foi profanada por ela, por imitar os “pagãos” em idolatria religiosa, tanto no ensino como na prática. Ela assume erroneamente a condição de cristã. Não tem direito a ser chamada cristã. Tal condição e nome devem ser retirados dela. Jeová a privará de tal condição e nome na destruição dela. Todos os aderentes dela, que escaparem da execução quando ela for destruída, não têm perspectiva de vida livre no futuro. Serão tomados e submetidos ao controle dos elementos seculares deste mundo. Terão de saber que seu executor é realmente Jeová e que ele não falou à toa na sua Palavra sagrada, escrita, a Bíblia Sagrada.
MEDIDAS DRÁSTICAS PARA FAZÊ-LOS SABER
16, 17. Como no caso de Israel, de que modo terá de saber a cristandade que Ele é Jeová? E com que pormenores foi Ezequiel mandado descrever isso?
16 O conhecimento de que Ele é Jeová terá de ser imposto aos fornicadores espirituais da cristandade, assim como teve de ser imposto no caso dos poluidores dos montes, morros, regos e vales da terra de Judá. Para enfatizar isso ainda mais, o Senhor Deus prosseguiu dizendo ao seu profeta Ezequiel:
17 “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Bate palmas e bate com o pé, e dize: “Ai!” por causa de todas as más coisas detestáveis da casa de Israel, porque cairão à espada, pela fome e pela peste. Quanto ao que estiver longe, morrerá de peste; e quanto ao que estiver próximo, cairá à espada; e quanto ao que tiver remanescido e tiver sido resguardado, morrerá de fome, e eu vou levar a cabo o meu furor contra eles. E vós tereis de saber que eu sou Jeová, quando os seus mortos vierem a estar entre os seus ídolos sórdidos, ao redor dos seus altares, sobre cada morro alto, em todos os cumes dos montes e debaixo de cada árvore frondosa, e debaixo de cada árvore grande, ramosa, lugar onde ofereceram um cheiro repousante a todos os seus ídolos sórdidos. E vou estender minha mão contra eles e fazer do país um baldio desolado, sim, uma desolação pior do que o ermo na direção de Dibla, em todas as suas moradas. E terão de saber que eu sou Jeová.’” — Ezequiel 6:11-14.
18. Por que se mandou que Ezequiel clamasse, batesse palmas e batesse com o pé, e por que não haveria para os fornicadores espirituais nenhum lugar seguro da execução do julgamento de Deus?
18 Pensar em toda a destruição que havia de sobrevir aos habitantes da terra de Judá, pela fome, pela peste e pela espada de guerra, faz com que se exclame: “Ai!” Sim, faz com que se torne esta exclamação enfática por se bater palmas e se bater com o pé! Os culpados não poderão escapar da execução das decisões judiciais do Soberano Senhor Jeová. Se um fornicador espiritual escapasse de uma forma de execução, certamente o atingiria outra forma dela. Longe ou perto, não importaria onde a pessoa estivesse fisicamente, não estaria a salvo. Estaria marcada para o aniquilamento. E a fome e a peste que fariam suas vítimas não seriam pragas que sobreviessem à terra de Judá provindas de outras terras, mas tais desastres surgiriam de dentro dela, em resultado da atividade externa da espada do invasor agressivo. Somente pela plena execução da decisão judicial divina acabaria e se aplacaria o furor de Jeová contra eles.
19. O aspecto dos cadáveres jazendo nos lugares de adoração idólatra atestaria silenciosamente o que, e salientaria o que a respeito dum pacto com Deus?
19 E que aspecto apresentariam! Em toda a parte haveria cadáveres dos fornicadores espirituais em volta de seus altares idólatras, junto aos seus pedestais-incensários, sobre os quais ofereceram incenso de cheiro repousante aos seus falsos deuses, nos seus “altos” religiosos no cume dos morros e montes, e à sombra de árvores frondosas e de grandes árvores ramosas! Um horrível silêncio atestaria o fim lamentável dos fornicadores espirituais por parte do Deus que exige devoção exclusiva a Ele! Terão sido obrigados a saber que o único Deus vivente e verdadeiro é Jeová. Um pacto com Ele não é um mero pedaço de manuscrito, a ser rasgado e cancelado unilateralmente pela parte infiel ao pacto, em qualquer ocasião que queira! O pactuante não devia pensar que Jeová não se importa com seus pactos, que se esquece deles ou que não obriga o pactuante, bem como a si mesmo, a cumprir o pacto. Ele é fiel ao Seu pacto. Não só abençoa o pactuante fiel ao pacto, mas também pune o pactuante infiel ao pacto, segundo as punições especificadas no pacto.
20. Portanto, como deveriam ser purificados os montes, os morros, os regos e os vales de Judá e como deviam descansar de todo o mau uso, e o que deveriam saber os violadores do pacto?
20 Os cadáveres putrefatos de todos estes mortos seriam deixados atrás, quando o restante dos sobreviventes fosse levado embora, pelos seus captores, para países estrangeiros. Os montes, os morros os regos e os vales da terra de Judá ficariam limpos de toda a idolatria poluidora e de todos os fornicadores espirituais idólatras, por serem deixados desolados. Ora, a desolação seria pior do que o ermo que estende “na direção de Dibla”. (Ezequiel 6:14, NM; LXX; Al; Aramaica; Siríaca; Árabe) A terra seria considerada purificada e descansada de sua poluição, segundo o decreto de Jeová, por jazer desolada durante setenta anos, sem homem, nem animal doméstico. Ele estava obrigado a vindicar sua palavra inquebrantável. Tinha de defender a realidade de sua própria Divindade. Ele disse com relação àqueles violadores do pacto, àqueles fornicadores espirituais: “E terão de saber que eu sou Jeová.”
21. Que cumprimento moderno terá este tipo antigo, resultando tudo em conhecimento vital para quem?
21 Aquele tipo antigo não deixará de se cumprir no seu equivalente moderno e antitípico. A cristandade será desarraigada de sua posição profundamente entrincheirada durante dezesseis séculos. Seu domínio será desolado, sem haver seus clérigos hipocritamente cristãos, nem suas instituições eclesiásticas. Os homens olharão para o lugar onde ela costumava existir e florescer, e ela não existirá mais. (Salmo 37:9, 10) Igual ao seu tipo antigo, terá de sentir a plena força das palavras do Deus a quem ela desvirtuou: “E terão de saber que eu sou Jeová.” (Ezequiel 6:14) Sua adoração pura sobreviverá à destruição eterna da cristandade de cima da terra.
O FIM DELA ESTÁ PRÓXIMO!
22. Deve-se ter dó ou lástima em vista da destruição da cristandade? E com que resultado disso alegrar-se-ão os amantes da verdade e da justiça?
22 Deve a destruição dum sistema idólatra de religião falsa, hipócrita, causar dó aos que amam a verdade e a justiça, ou mesmo causar pena ao Deus da adoração verdadeira? A grande opressão, a cegueira, o desnorteamento do povo que resultaram de tal religião falsa impedem que os amantes da verdade e da justiça sintam pena. Ao contrário, alegram-se com a limpeza do caminho para a prevalência da adoração pura e verdadeira em toda a terra. O próximo fim da cristandade não os enche de tristeza ou consternação. O próprio Soberano Senhor Deus não sentirá pena assim como tampouco sentiu quando causou a destruição de seu tipo antigo, os habitantes da terra de Judá e de Jerusalém. Em evidência disso, o profeta Ezequiel escreveu:
23. Não sentindo dó nem lástima, Jeová pode trazer o que sobre os que fazem coisas detestáveis, e assim os fará saber o quê?
23 “E continuou a vir a haver para mim a palavra de Jeová, dizendo: ‘E no que se refere a ti, ó filho do homem, assim disse o [Soberano] Senhor Jeová ao solo de Israel: “Um fim, o fim chegou para as quatro extremidades do país. Agora te sobreveio o fim, e eu terei de enviar a minha ira contra ti, e vou julgar-te segundo os teus caminhos e ‘trazer sobre ti todas as tuas coisas detestáveis. E meu olho não terá dó de ti, nem terei compaixão, pois trarei sobre ti os teus próprios caminhos, e no teu meio virão a estar as tuas próprias coisas detestáveis; e tereis de saber que eu sou Jeová.”’” — Ezequiel 7:1-4.
24. Por que foi com precisão que Jeová disse que “um fim, o fim” havia chegado para o país, e a que deu realmente fim?
24 Ainda era o ano 613 A. E. C., quando Jeová fez esta declaração. A destruição da cidade de Jerusalém e de seu templo profanado, portanto, estavam apenas a seis anos no futuro, os últimos seis anos dum período de quarenta anos de se levar o “erro” da casa de Judá. (Ezequiel 4:6) Jeová podia dizer, portanto, com bastante precisão, que “um fim, o fim” havia chegado para as quatro extremidades do país, o “solo de Israel”. Ele mesmo sentia a urgência do progresso dos acontecimentos, ao dizer: “Agora te sobreveio o fim.” Isto significa que chegara o tempo para ele tomar ação judicial para com o “solo de Israel”, até as suas quatro extremidades. Por isso ele acrescentou: “E eu terei de enviar a minha ira contra ti, e vou julgar-te segundo os teus caminhos e trazer sobre ti todas as tuas coisas detestáveis.” Não é com o “solo de Israel”, “as quatro extremidades do país”, que Ele acaba. O solo sem vida não tem responsabilidade perante Ele. De direito, é com o sistema religioso infiel que por mais de três séculos havia funcionado neste solo que Jeová acaba na sua ira justa.
25. Que lei a respeito de conseqüências não será mudada por Jeová com respeito ao sistema religioso detestável, e o que terão de saber seus aderentes religiosos quanto aos seus pactos?
25 Ele não se deixará refrear pelo dó e pela compaixão, de acabar com aquele sistema religioso, com suas coisas detestáveis. Ele não mudará a sua lei, de que aquilo que alguém ou alguma nação semeia também terá de ceifar. Devem sobrevir-lhe as conseqüências de seu próprio proceder infiel, para que o sistema religioso coma os frutos de seus próprios atos. Deste modo, os aderentes religiosos deste sistema terão de ser obrigados a saber que ele é Jeová, que ele é o mesmo Jeová que disse ao seu povo pactuado, pela boca do profeta Moisés: “Se não fizerdes assim, então certamente pecareis contra Jeová. Neste caso, sabei que o vosso pecado vos alcançará [vos há de achar].” — Números 32:23, NM; Almeida, atualizada.
26. Quanto a discernir que se recebe o que se merece, o que é indicado pela observação feita por Nabuzaradã a Jeremias a respeito da destruição de Jerusalém?
26 Mesmo os que Jeová usa como seus executores na terra talvez reconheçam que o sistema religioso detestável só recebe o que merece, e que não merece misericórdia. Veja o que o profeta Jeremias nos diz sobre o que um oficial do exército babilônico lhe disse, depois da destruição de Jerusalém no ano 607 A. E. C.: “A palavra que veio a haver para Jeremias da parte de Jeová, depois de Nebuzaradã, chefe de guarda pessoal, o ter enviado de Ramá, tomando-o enquanto estava preso com algemas no meio de todos os exilados de Jerusalém e de Judá, que estavam sendo levados ao exílio em Babilônia. O chefe da guarda pessoal tomou então Jeremias e disse-lhe: ‘O próprio Jeová, teu Deus, proferiu esta calamidade contra este lugar, para que Jeová a cumprisse e fizesse assim como falou, porque vós pecastes contra Jeová e não obedecestes à sua voz. E esta coisa vos aconteceu.’” — Jeremias 40:1-3.
27. Como se compara a existência da cristandade com a de Israel na Terra da Promessa até a designação de Ezequiel, e o que estava prestes a lhe acontecer?
27 Hoje em dia, a cristandade tem estado em existência por mais tempo do que os 860 anos que a casa de Israel havia existido na Terra da Promessa no tempo em que Ezequiel foi designado para profeta e vigia de Israel. Ela tem uma lista mais longa de coisas detestáveis cometidas no seu domínio religioso. Tem levado mais tempo para chegar ao seu dia de ajuste de contas. Mas agora, por fim, seus pecados a acharam, a alcançaram. O fim dela, que Jeová decretou, está prestes a vir sobre ela, e ela não pode esperar misericórdia Dele. Já está além de toda possibilidade de arrepender-se e converter-se a Ele.
28. Conforme predito, qual tem sido o proceder religioso da cristandade, e faz-lhe Jeová alguma injustiça por trazer sobre ela os seus próprios caminhos?
28 Assim como foi predito a respeito destes últimos dias, a cristandade tem mantido uma “aparência de piedade”, “uma forma de devoção piedosa”, mas ela tem estado “renegando sua verdadeira força”, ‘mostrando-se: falsa para com o seu poder’. (2 Timóteo 3:1-5, CT; NM) Por não permanecer fiel à Bíblia Sagrada, ela desconsidera o Deus apresentado na Bíblia, Jeová. Ele não lhe faz injustiça por trazer sobre ela as conseqüências de seu proceder e por mostrar-lhe quão detestável para Ele lhe são as suas coisas religiosas. No fim dela é correto que saiba que há deveras um Deus chamado Jeová, que dá a devida retribuição.
29, 30. O que trará Jeová sobre o habitante do país, causando forçosamente uma calamidade, e saber-se-á que aquele que golpeia é quem?
29 Nunca poderá a cristandade de direito clamar contra Jeová: “Agoureiro!” porque ele mandara Ezequiel dizer, com vistas a ela, bem como à casa infiel de Israel:
30 “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Eis que vem uma calamidade, uma calamidade única! Terá de chegar o próprio fim. Terá de chegar o fim; terá de acordar para ti. Eis que está chegando! A grinalda terá de chegar a ti, ó habitante do país, terá de chegar o tempo, o dia está próximo. Há confusão e não a exclamação dos montes. Agora, brevemente derramarei sobre ti o meu furor e vou levar a cabo a minha ira contra ti, e vou julgar-te segundo os teus caminhos e trazer sobre ti todas as tuas coisas detestáveis. Nem o meu olho terá dó, nem terei compaixão. Segundo os teus caminhos trarei isso sobre ti mesmo e as tuas próprias coisas detestáveis virão a estar bem no teu meio; e vós tereis de saber que sou eu, Jeová, quem dá o golpe.’” — Ezequiel 7:5-9.
31. Que espécie de grinalda virá a estar sobre o habitante do país, e qual não será o motivo da gritaria?
31 Não, não há engano no que ouvimos da primeira vez quando Jeová falou. Ele queria dizer isso mesmo. Portanto, para dar ênfase, ele se repete em muitos sentidos quanto ao fim, acrescentando alguns novos pormenores. De fato, uma “grinalda” terá de chegar ao habitante idólatra do país, mas rodeará a cabeça do habitante com coisas calamitosas, não com a bela ornamentação dum idólatra que está numa festividade. Não será um tempo para cerimônias bem programadas, mas de confusão, visto que a religião falsa não poderá unir as pessoas de qualquer modo útil a elas mesmas, nem mesmo contra um inimigo comum. A gritaria ouvida então será a de grande confusão, não a dos foliões nos “altos” religiosos, nas montanhas, nem os gritos de homens que pisam as uvas ajuntadas dos vinhedos nas faldas das montanhas. Haverá o barulho predito para este tempo pelo profeta Isaías:
32. A que se deverá então o barulho, segundo Isaías 66:6?
32 “Há o som de um rebuliço procedente da cidade [de Jerusalém], um som procedente do templo! É o som de Jeová retribuindo aos seus inimigos o que merecem.” — Isaías 66:6.
33. Por que não se terá dó então, e a quem saberão que devem atribuir o fim calamitoso?
33 Quando as pessoas, na sua grande aflição, finalmente clamarem para Jeová como último recurso para obter alívio, ele não as ouvirá. Seu olho não sentirá dó, nem terá compaixão com estes adoradores idólatras, que continuamente se refrearam de escutá-lo. Quando ele deixar de responder às suas orações, passarão a sentir que é contra eles. Ele predisse, por meio de seus profetas e pelos seus instrutores bíblicos, que este fim calamitoso sobreviria ao sistema religioso infiel. Por isso, quando vier sobre eles, só o poderão atribuir a ele, e a ninguém mais. É assim como ele disse aos religiosos obstinados e refratários: “Vós tereis de saber que sou eu, Jeová, quem dá o golpe.”
O “BASTÃO” DE USO DIVINO NAQUELE DIA
34. Que forças executoras tinha Jeová prontas para seu uso nos dias de Ezequiel?
34 Lá nos dias de Ezequiel, Jeová tinha as suas forças executoras prontas e Ele predisse quem seriam, a saber, as forças militares da Terceira Potência Mundial da história bíblica, a saber, de Babilônia, cujo rei era então o poderoso Nabucodonosor. Concordemente, Jeová tem agora prontas as suas forças executoras visíveis, preparadas para golpear a cristandade, o equivalente hodierno da terra de Judá e de Jerusalém. Jeová se refere a elas nas palavras seguintes:
35. Que período de tempo traz Jeová então repetidas vezes à atenção, e em vista disso, o que não deviam fazer respectivamente o comprador e o vendedor, por certos motivos?
35 “Eis o dia! Eis que está chegando! Saiu a grinalda. Brotou o bastão. Floresceu a presunção. A própria violência se levantou como bastão de iniqüidade. Não procede deles, nem procede da sua opulência; e não procede deles próprios, nem há neles qualquer eminência. Tem de vir o tempo, tem de chegar o dia. Quanto ao comprador, não se alegre ele; e no que toca ao vendedor, não se ponha de luto, porque há animosidade ardente contra toda a sua massa de gente. Porque o próprio vendedor não voltará àquilo que se vendeu, enquanto a vida deles ainda estiver entre os viventes; porque a visão é para toda a sua massa de gente. Ninguém voltará, e não se apossarão cada um da sua própria vida, pelo seu próprio erro.” — Ezequiel 7:10-13.
36. Na cabeça de quem se havia de colocar a “grinalda”, o que era o “bastão” que brotou, estando assim pronto para ser usado, e contra quem se tomaria ação presunçosa?
36 Não se esqueçam eles da vinda deste dia extraordinário os religiosos hipócritas que afirmam manter relações com o Soberano Senhor Deus por meio dum pacto, mediante seu mediador. Deve ser um dia terrível; senão, Jeová não traria tantas vezes atenção a ele. Em vista da descrição que fornece por meio de Ezequiel, deve ser um dia muito trágico! Naquele dia, há de colocar-se a “grinalda” como diadema na cabeça das pessoas condenadas, para coroá-las com calamidade. O “bastão” simbólico para se dar a punição está à disposição, para o uso de Jeová, porque já brotou. Nos dias de Ezequiel, era o Rei Nabucodonosor, junto com as suas então invencíveis forças militares babilônicas. Babilônia, conforme representada pelo seu rei e os exércitos dele, faria esta coisa presunçosa contra o povo escolhido de Jeová e seu templo.
37. Que termo aplica Jeová a Babilônia e o que significa para ela que havia brotado?
37 Por este motivo, Jeová dirige-se a Babilônia como sendo a Presunção personificada, dizendo: “‘Eis que sou contra ti, ó Presunção’, é a pronunciação do Soberano Senhor, Jeová dos exércitos, ‘pois tem de chegar o teu dia, o tempo em que terei de fixar a atenção em ti. E a Presunção há de tropeçar e cair, e não terá quem a faça levantar-se.’” (Jeremias 50:31, 32) Visto que a PRESUNÇÃO babilônica havia ‘brotado’, estava em condições de esforçar-se e estava pronta para isso.
38. De que nos faz lembrar a menção de violência, tendo começado em 1914 E. C., e de que modo veio a ser a “violência” um “bastão” para punir a iniqüidade?
38 A violência que assinalava Jerusalém e Judá nos dias de Ezequiel faz-nos lembrar que, desde o ano de 1914 E. C., nós também entramos numa “era de violência”, especialmente na cristandade. Será que esta violência “se levantou como bastão de iniqüidade”? Certamente que sim! Os religiosos violentos estão semeando um “vento” violento, e “ceifarão o tufão”. (Oséias 8:7) A violência traz consigo a sua própria punição como que por meio dum “bastão”, por causa de sua própria iniqüidade. No caso destes religiosos violentos, precisa demonstrar-se a veracidade de Provérbios 13:21: “Os pecadores são os que a calamidade persegue, mas os justos são os a quem o bem retribui.” Os religiosos violentos não merecem ser protegidos contra o “bastão” da punição. Não se encontra neles nenhuma “eminência”, nenhum merecimento de serem poupados da execução das decisões judiciais de Jeová. Não há nada desculpável da parte deles, nem de sua opulência, nem de sua própria pessoa. Merecem sentir o “bastão” por causa de sua iniqüidade.
39, 40. Por que não devia o vendedor guardar luto, nem o comprador alegrar-se, e devia a “massa de gente” esperar que cada um pudesse obter posse de sua própria vida por cometer o erro?
39 Vejamos agora o efeito de longo alcance da vinda deste dia de punição merecida. Não há nenhum motivo para o comprador se alegrar por ter comprado o bem de raiz hereditário dum companheiro israelita e assim esperar colher os produtos daquela terra até o ano do Jubileu. Não se lamente o israelita endividado, que se viu obrigado pela situação econômica a vender sua propriedade hereditária, por causa de sua perda até o próximo ano de Jubileu na terra de Judá. Por que não? Por causa da animosidade ardente de Jeová contra “toda a sua massa de gente”, tanto compradores como vendedores. Quando chegar o dia calamitoso, ou serão mortos, ou então serão tirados da terra para serem levados ao exílio distante. Mesmo que os vendedores sobrevivessem até o próximo ano de Jubileu, mesmo que ‘a vida deles ainda esteja entre ‘os viventes’, ao chegar aquele ano de libertação, nenhum vendedor retornará à propriedade hereditária que vendeu para pagar sua dívida. Por que não?
40 Porque o exílio dos religiosos violentos se estenderia além do tempo do próximo ano de Jubileu. O exílio duraria mais do que o ciclo de cinqüenta anos do Jubileu. (Levítico 25:8-54) Jeová faria vigorar seu decreto, de que a terra de Judá jazesse desolada, sem homem nem animal doméstico, por setenta anos. (Jeremias 25:11, 12; 29:10) Além disso, depois de a terra por muito tempo desolada começar novamente a ser ocupada, não mais se restabeleceria na terra de Judá o sistema do Jubileu. Toda propriedade hereditária vendida antes daquele dia calamitoso terá sido vendida para sempre. Portanto, por que deveria o vendedor estar de luto? Teria de separar-se dela de qualquer modo, ao chegar aquele dia de retribuição. E o mesmo se daria com o comprador, motivo pelo qual não tinha razão de se alegrar com a sua compra. A “visão” da vindoura catástrofe destina-se a “toda a sua massa de gente”, sem distinção. Não deviam esperar que, por se cometer algum “erro” planejado eles “se apossarão cada um da sua própria vida”.
41. O que sugere a perda permanente do vendedor quanto aos aderentes da cristandade, e até que ponto será a defesa da cristandade afetada pelo medo?
41 De tal resultado das coisas podemos tirar uma conclusão para hoje: Qualquer aderente da cristandade, que sofrer perda material pela destruição dela, no vindouro dia calamitoso, nunca recuperará o que perdeu. Segundo o modelo profético antigo, nos dias de Ezequiel, a cristandade há de ser sitiada pelos seus desoladores. Será um tempo de grande medo da parte dos membros dela. Terão medo de ir em sua defesa ou de batalhar contra os decididos a causar a destruição dela. Que se toque a trombeta militar para convocar os defensores dela aos seus postos de defesa. A resposta a isso será como predito por Jeová na descrição adicional dos acontecimentos naquele “dia” dada a Ezequiel, dizendo:
42. Como descreve Jeová a reação que haveria à chamada para a defesa e também os efeitos do medo e do pesar?
42 “Tocaram a trombeta e houve preparação por parte de todos, mas não há quem vá à batalha, porque a minha animosidade ardente é contra toda a sua massa de gente. Lá fora está a espada e por dentro há peste e fome. Quem estiver no campo, morrerá à espada, e quem estiver na cidade, a este devorarão a própria fome e peste. E seus fugitivos certamente conseguirão escapar e tornar-se-ão nos montes quais pombas dos vales, todos gemendo, cada um no seu próprio erro. Quanto a todas as mãos, continuam a abaixar-se; e quanto a todos os joelhos, continuam a pingar água. E cingiram-se com serapilheira e cobriu-os o estremecimento; e em todas as faces há vergonha e em todas as suas cabeças há calvície.” — Ezequiel 7:14-18.
43. Tal desânimo se deverá à recusa de quem de lutar por eles?
43 A recusa de Jeová, de lutar por eles contra seus sitiantes desanimará os religiosos sob ataque. Os que conseguirem manter-se vivos abaixarão as mãos em pura fraqueza, como que paralisados. Por causa do medo, os membros deles transpirarão tanto que seus joelhos pingarão suor. Não será nenhum dia de glória para os falsos religiosos, mas sim um de vergonha para eles. Em vista da derrubada de seu prezado sistema religioso, eles como que rasparão a cabeça em lamento.
DE NADA SERVIRÃO AS RIQUEZAS MATERIAIS NAQUELE TEMPO!
44. Que perguntas surgem quanto ao uso da riqueza material que o sistema da religião falsa acumulou, no dia da calamidade, e qual deve ser a resposta?
44 Espere um instante! Que dizer da enorme riqueza acumulada pelo sistema da religião hipócrita, falsa? Não poderão os controladores religiosos de toda esta riqueza material usar estes vastos recursos para comprar o caminho para a segurança, ou para comprar alimentos e bebida a fim de combater a fome? Jeová não permitirá que a prata ou o ouro subornem a ele ou as suas forças executoras, de modo a poupar os sistemas religiosos que têm confiado nas riquezas materiais para salvá-los no dia do ajuste de contas. Ele diz por meio de seu profeta Ezequiel:
45. O que disse Jeová a respeito de se obter livramento por meio de prata e ouro no dia de sua fúria, e quais são as coisas que deixará então ser profanadas?
45 “A própria prata deles lançarão nas ruas e o próprio ouro deles tornar-se-á uma coisa abominável. Nem a sua prata nem o seu ouro poderá livrá-los no dia da fúria de Jeová. Não fartarão as suas almas e não encherão os seus intestinos, porque isso se tornou uma pedra de tropeço, causando seu erro. E o ornato do enfeite que a pessoa tem — coloca-se como razão para orgulho; e eles fizeram com isso suas imagens detestáveis, suas coisas repugnantes. Por isso é que vou fazer dele uma coisa abominável para eles. E vou entregá-lo na mão dos estranhos como saque e aos iníquos da terra como despojo, e eles certamente o profanarão. E terei de desviar deles a minha face e eles realmente profanarão meu lugar escondido, e por certo entrarão nela salteadores e a profanarão.” — Ezequiel 7:19-22.
46. O que se tornou para os religiosos hipócritas “uma pedra de tropeço, causando seu erro”, e que relato vergonhoso fez o profeta Miquéias a respeito de tais religiosos dos seus dias?
46 Imagine dinheiro de prata ser lançado nas ruas da cidade de Jerusalém! Imagine dinheiro de ouro tornar-se algo abominado! Contudo, estas riquezas materiais eram antes as coisas muito estimadas e avidamente procuradas. Mas, colocarem o dinheiro na frente dos interesses espirituais e o anseio pelo dinheiro tornaram-se uma pedra de tropeço, que fez os religiosos hipócritas tropeçar e cair no “erro”, só para ganharem lucro injusto. Quão vergonhoso era que o profeta Miquéias tinha de relatar: “Seus próprios cabeças julgam apenas por suborno e seus próprios sacerdotes instruem somente por um preço, e seus próprios profetas praticam a adivinhação meramente por dinheiro; contudo, estribam-se em Jeová, dizendo: ‘Não está Jeová no nosso meio? Não virá sobre nós nenhuma calamidade.’ Portanto, por vossa causa Sião será arada como mero campo e a própria Jerusalém se tornará meros montões de ruínas, e o monte da casa [de Jeová] será como os altos duma floresta!” — Miquéias 3:11, 12.
47. De que maneira têm os líderes religiosos da cristandade cobrado pelos serviços religiosos prestados, e este materialismo tem-se mostrado uma pedra de tropeço para cair em que erro?
47 No que se refere aos líderes religiosos da cristandade, eles também têm cobrado dinheiro aos membros das igrejas pelos seus serviços eclesiásticos. Têm cobrado pela realização de batismos e de casamentos, pela bendição de lares e de propriedades dos membros das igrejas, pela celebração de missas na igreja e pelas orações a favor das “almas dos mortos no Purgatório”, pela concessão de indulgências, pela admissão na igreja ou pelos assentos nela, pela educação nas escolas religiosas, pelo serviço de capelães no exército e por levarem imagens de “santos” em procissões, ao mesmo tempo aceitando dinheiro do Estado político, nos lugares onde há união entre Igreja e Estado ou uma Igreja Estatal. Inventaram-se inúmeros outros modos para tirar dinheiro do povo. E grande parte deste dinheiro tem sido investido no centro financeiro de Wall Street, na cidade de Nova Iorque, e em outras empresas comerciais, para obter lucro monetário. Esta ganância de dinheiro e de riquezas materiais tem feito com que os líderes religiosos da cristandade tropeçassem e caíssem escandalosamente em conduta errônea perante Deus. — 1 Timóteo 6:10.
48. Quão sem valor serão o ouro e a prata, mesmo que cunhados, no dia da fúria de Jeová, e de que modo se tornarão “uma coisa abominável” para os que os possuam?
48 Mas nenhuma criatura humana pode comer ouro ou prata, nem títulos e ações de papel! No dia de ajuste de contas de Jeová com eles, os religiosos hipócritas não poderão consumir ouro e prata para encher suas entranhas necessitadas de alimento no meio das condições de fome. Não poderão resgatar a sua vida com ouro e prata por subornar a Jeová e seus agentes executores na terra. Não disse o apóstolo cristão Pedro a Simão, mágico profissional da cidade de Samaria: “Pereça contigo a tua prata, porque pensaste obter posse da dádiva gratuita de Deus por meio de dinheiro”? (Atos 8:9-20) Sim! E quanto aos que pensam que poderão comprar uma saída e satisfazer os anseios animalescos de sua alma, o Soberano Senhor Deus diz: “Nem a sua prata nem o seu ouro poderá livrá-los no dia da fúria de Jeová.” (Ezequiel 7:19) Tais metais cunhados não terão valor. Até mesmo o ouro se tornará para seus donos “uma coisa abominável”, quando por fim refletirem que é sua ganância que está causando a sua destruição.
49. Que “ornato do enfeite que a pessoa tem” constituíram os líderes religiosos como “razão para orgulho” em comparação com quem?
49 Os líderes religiosos da cristandade adornaram-se com crucifixos, anéis, mitras, báculos, insígnias, tronos e outros apetrechos de ouro e prata. Fizeram de tais coisas dispendiosas “o ornato do enfeite que a pessoa tem”, e constituíram-nos em motivo de orgulho, considerando-se superiores aos leigos comuns.
50. Em que mais, além de para si próprios, têm os líderes religiosos usado o ouro, a prata e jóias para ornamentação, e como serão tais coisas profanadas no dia da fúria de Jeová?
50 Usaram também tal ouro, prata e jóias para ornamentar as imagens e os emblemas usados nas suas igrejas. Jeová chama-os de “imagens detestáveis”, “coisas repugnantes”, apesar de seu feitio artístico. Como no caso da antiga Jerusalém, no dia da fúria de Jeová contra ela, tais objetos de ouro, prata e jóias da adoração falsa serão saqueados pelos “estranhos” anti-religiosos e serão tomados como “despojo” pelos “iníquos” irreligiosos. Estes não considerarão como intocáveis as coisas, mesmo as imagens religiosas, tidas como sagradas pela cristandade. Profanarão tais coisas reputadamente sagradas. O enorme acúmulo de riquezas da cristandade cairá nas mãos dos saqueadores irreligiosos, gananciosos, no “dia da fúria de Jeová”!
51. Como ocorreu uma profanação chocante de coisas consideradas santíssimas lá em 607 A. E. C., e por este motivo, para onde teve de voltar Jeová a sua face?
51 Profanações chocantes de coisas antes consideradas como santíssimas ocorreram lá no ano 607 A. E. C., apenas seis anos depois de se dar esta profecia. Estas coisas tinham que ver com o próprio Jeová, uma casa, um templo, dedicado a Ele, e uma cidade onde ele colocara seu santo nome! Não era de se admirar que dissesse a respeito dos religiosos que o adoravam ali formalisticamente: “Terei de desviar deles a minha face”! (Ezequiel 7:22) Isto nos faz lembrar o que o próprio Jesus Cristo disse aos judeus sobre o templo deles em Jerusalém, que seria destruído no ano 70 E. C.: “Eis que a vossa casa vos fica abandonada.” (Mateus 23:38) Abandonada por Jeová como lugar de sua adoração pura!
52, 53. Qual era então o “lugar escondido” de Jeová, e por que permitiu ele até mesmo a profanação dele por “salteadores” babilônicos sem puni-los então?
52 Para que abriu caminho este estado abandonado do templo de Jerusalém, lá nos dias de Ezequiel? Referindo-se às forças militares babilônicas, Jeová disse: “E eles realmente profanarão meu lugar escondido, e por certo entrarão nela salteadores e a profanarão.” — Ezequiel 7:22.
53 O “lugar escondido” de Jeová era a câmara mais recôndita do templo e era chamado de “Santíssimo”. No “dia da fúria de Jeová”, permitir-se-ia que os invasores babilônicos profanassem até mesmo este compartimento santíssimo. Nenhum babilônio pagão seria imediatamente morto por Jeová ou atacado de lepra por invadi-lo em busca de saque. Permitir-se-ia que tais “salteadores” babilônicos ou caldeus, sem qualquer punição divina, na ocasião, profanassem o templo até mesmo no seu compartimento mais sagrado. Isto se daria porque a presença de Jeová não estaria mais ali! Permitiu-se mesmo que os “salteadores” caldeus tirassem os utensílios e objetos sagrados do templo de Jerusalém e os levassem embora, exibindo-os nos templos de seus deuses e deusas pagãos na Babilônia idólatra. Deixaram atrás as ruínas fumegantes do templo saqueado, que haviam incendiado. — 2 Reis 25:8-17; 2 Crônicas 36:17-19; Daniel 5:2, 3, 22, 23.
54. De que era profética tal profanação antiga de coisas sagradas para o futuro já não muito distante?
54 Estes acontecimentos chocantes da história antiga eram proféticos e refletiam o futuro agora não muito distante. Quando Jeová desviar a sua face dos adoradores hipócritas da cristandade, o que poderemos esperar, à luz do passado? A profanação, o mau uso e a destruição das coisas agora consideradas sagradas pela cristandade, até mesmo suas coisas mais sagradas, quer sejam o próprio coração e centro da cristandade, tal como a Cidade do Vaticano, quer as residências palaciais dos patriarcas dos diversos sistemas eclesiásticos irmanados, greco-ortodoxo, constantinopolitano, armênio e cóptico, ou o palácio do arcebispo anglicano. Nada será sagrado para os saqueadores!
O OBJETIVO DIVINO EM TUDO ISSO
55, 56. Que conseqüências trará Jeová sobre os religiosos falsos, e qual é o propósito válido de Jeová em tudo isso?
55 O Soberano Senhor Deus, que assim executa suas decisões judiciais contra a religião falsa, tem um objetivo válido em tudo isso. Ele passa a fazer a declaração clara deste objetivo no que ele diz a seguir ao seu profeta Ezequiel:
56 “Faze a corrente, porque a própria terra ficou cheia de julgamentos sangrentos e a própria cidade ficou cheia de violência. E vou fazer entrar as piores das nações e elas certamente se apossarão das suas casas, e vou fazer cessar o orgulho dos fortes, e seus santuários terão de ser profanados. Virá angústia, e eles hão de procurar a paz, mas não haverá nenhuma. Virá adversidade sobre adversidade e virá a haver notícia sobre notícia, e as pessoas procurarão realmente uma visão do profeta, e do sacerdote perecerá a própria lei e dos homens idosos o conselho. O próprio rei por-se-á a prantear; até mesmo o maioral se vestirá de desolação, e as próprias mãos do povo da terra ficarão perturbadas. Agirei para com eles segundo o seu caminho e os julgarei com os seus julgamentos; e terão de saber que eu sou Jeová.” — Ezequiel 7:23-27.
57. Como se cumpriu na realidade a ordem de Jeová a Ezequiel: “Faze a corrente”?
57 Os sobreviventes da destruição de Jerusalém em 607 A. E. C., nas correntes do cativeiro, podiam muito bem meditar no que aconteceu à sua terra e à sua nação. Podiam aperceber-se dolorosamente de que deveras há um Deus que intervém nos assuntos dos homens, e que seu nome é Jeová. “Faze a corrente”, Jeová ordenou a Ezequiel, a fim de indicar o que Jeová mantinha em reserva para os sobreviventes da catástrofe nacional. Mais seis anos, e aqueles sobreviventes se encontraram em cadeias, levados ao exílio distante numa terra pagã. Falando pelos sobreviventes, depois da destruição de Jerusalém, o profeta Jeremias disse em lamentação: “Bloqueou-me como que com um muro de pedras, para que eu não saísse. Fez pesados os meus grilhões de cobre.” (Lamentações 3:7) Jeremias nos conta também o que o rei de Babilônia fez ao Rei Zedequias, que fugira da cidade arrombada e ainda assim foi capturado: “E ele cegou os olhos de Zedequias, após o que o rei de Babilônia o prendeu com grilhões de cobre e o levou a Babilônia, e o pôs na casa de custódia, até o dia da sua morte.” — Jeremias 52:11; 39:7.
58. Por que se forjou a “corrente” para a casa de Judá?
58 Por que se devia forjar a “corrente” de cativos e exilados para a casa de Judá? Jeová explicou a Ezequiel o motivo de se fazer esta corrente simbólica, dizendo: “Porque a própria terra ficou cheia de julgamentos sangrentos e a própria cidade ficou cheia de violência.” Os habitantes culpados de tais coisas iníquas mereciam ser postos em cadeias e levados embora da terra que profanaram.
59. Por que foram chamados de “piores das nações” os que Jeová usou para forjar a corrente?
59 No entanto, a quem usaria Jeová para prendê-los com a corrente? A resposta nos faz estremecer, quando Jeová prossegue: “E vou fazer entrar as piores das nações e elas certamente se apossarão das suas casas.” Ah! “As piores das nações.” Os exércitos babilônicos enquadram-se nesta descrição, porque a Babilônia ocupava então a posição da Terceira Potência Mundial da história bíblica. Nem mesmo o Egito podia detê-los. Mais adiante, ao profetizar contra o rei do Egito, Ezequiel chamou os babilônios agressivos de “tiranos das nações”. (Ezequiel 30:11) Ao profetizar contra o “líder” da antiga Tiro, Ezequiel disse: “Eis que farei chegar sobre ti estranhos, os tiranos das nações, e eles hão de desembainhar as suas espadas contra a beleza da tua sabedoria e profanar a tua refulgência.” — Ezequiel 28:1, 2, 7.
60. Como fez Jeová “cessar o orgulho dos fortes” e cumpriu ele sua determinação de que “seus santuários terão de ser profanados”?
60 Durante cerca de dezoito meses lunares, a cidade de Jerusalém resistiu ao sítio por parte das “piores das nações”, e depois a cidade foi arrombada. (2 Reis 25:1-4) De fato, Jeová havia feito então “cessar o orgulho dos fortes”. O ungido Rei Zedequias deles, na casa real de Davi, foi capturado em fuga. (2 Reis 25:4-7) Os principais do seu sacerdócio da família do irmão de Moisés, Arão, foram mortos. (2 Reis 25:18-21) Além disso, conforme Jeová disse, “seus santuários terão de ser profanados” pelas “piores das nações”, e isto não excluiria o suntuoso templo construído pelo sábio Rei Salomão, em Jerusalém. — Ezequiel 7:24; 2 Reis 25:8-17.
61. Por que não encontraram os habitantes sitiados paz, embora a procurassem?
61 Mas, que dizer da situação dentro de Jerusalém, durante o sítio por parte das “piores das nações”? Havendo a espada da guerra punitiva por fora e sendo que a fome e a peste faziam suas vítimas por dentro, deve ter havido angústia dentro da cidade sitiada, assim como Jeová predissera. Por que foi que Ele disse: “Eles hão de procurar a paz, mas não haverá nenhuma”? Isto foi porque não procuravam a paz dum modo que Jeová mandara fazer, por meio do profeta Jeremias, a saber, sair e render-se incondicionalmente aos babilônios. (Jeremias 21:7-9; 38:1-3, 9-23) Portanto, o que se seguiu?
62. O que se daria quanto a obter informações, uma lei eficiente, conselho prático ou saber como usar as mãos?
62 Havia de vir “adversidade sobre adversidade” e “notícia sobre notícia”, mas nenhuma boa notícia, de qualquer parte. De nada serviria ‘procurar uma visão do profeta’, além do verdadeiro profeta de Jeová, Jeremias, que estava em detenção. De nada serviria a lei conforme dada pelo sacerdote que era contra o sacerdote Jeremias; ela havia de perecer. O conselho dado pelos homens idosos de experiência não era prático; também havia de perecer. O obstinado Rei Zedequias, que temia os seus próprios príncipes, não tinha outro recurso senão ‘pôr-se a prantear’. Cada maioral só podia rasgar a sua vestimenta em expressão do desespero e pesar íntimos, e assim ‘vestir-se de desolação’. Em vista de tal estado mental, espiritual e nervoso de seus líderes, o que podia o “povo da terra”, comum, fazer senão ficar perturbado quanto ao uso de suas mãos, não sabendo como e em que usá-las? (Ezequiel 7:25-27) Só podiam culpar a si mesmos!
63. Por que podiam os habitantes sitiados apenas culpar a si mesmos à luz de seus julgamentos e de sua conduta, e que perguntas surgem quanto às obrigações de Jeová neste respeito?
63 Aqueles habitantes sitiados da terra de Judá e de Jerusalém haviam continuamente desconsiderado o conselho do Deus de Israel. Haviam perseguido seus profetas, inclusive o sacerdote Jeremias. Os julgamentos feitos e executados pelos seus tribunais haviam causado o derramamento de sangue inocente, ou então, por causa da iniqüidade do povo, estes tribunais tinham de tratar de crimes capitais envolvendo sangue. Disso resultaram deveras “julgamentos sangrentos”! A própria capital, Jerusalém, estava “cheia de violência”, apesar de ser o centro da adoração religiosa no templo de Jeová. Em tais circunstâncias, estava Jeová obrigado a tratar estes rebeldes religiosos com brandura, por tolerar seu terrível “erro” e não fazer caso dele? Devia ele agir como se não existisse? Devia tratá-los como se fosse outro Deus, não o Soberano Senhor Jeová, com quem seus antepassados haviam feito um pacto solene por intermédio do mediador Moisés? O que devemos dizer em toda a justiça?
64. O que estava Jeová obrigado a fazer, como participante do pacto com Israel, a fim de não deixar nenhuma impressão errônea de si mesmo na mente deles?
64 Jeová estava obrigado a cumprir a Sua parte do pacto solene e agir para com eles “segundo o seu caminho”. Também “com os seus julgamentos”. Quer dizer, Jeová estava obrigado a ‘julgá-los’ com os julgamentos que se aplicavam a eles segundo a lei de Seu pacto, para retribuir-lhes o que mereciam. Era justo e eqüitativo que Ele fizesse isso. Precisava ser fiel a si mesmo. Não devia deixar nenhuma impressão errônea de si mesmo na mente deles. Ele é o mesmo Jeová que Aquele com quem seus antepassados entraram em obrigações solenes sob a lei dada mediante Moisés. Precisavam ser obrigados a saber que Ele é Jeová. O modo de fazer isso era o modo justo que Ele escolheu.
QUE DIZER DA CRISTANDADE?
65. Portanto, que perguntas surgem com respeito à cristandade, quanto ao tratamento que ela merece?
65 Deve-se tratar a cristandade atual de modo diferente? Não está o domínio dela também ‘cheio de julgamentos sangrentos’? Não está ela, mesmo nos seus centros e baluartes religiosos, “cheia de violência”? Então, por que se deveria esperar um tratamento diferente dela?
66. Como no caso da antiga Jerusalém, quando começar o sítio da cristandade, na “grande tribulação”, qual será o seu modo de proceder e qual será o resultado para ela?
66 Quando na vindoura “grande tribulação” ocorrer o sítio que resultará na destruição dela às mãos das “piores das nações”, ela continuará a agir assim como já agiu. Persistirá em procurar a paz e em estabelecer termos à sua maneira, mas “não haverá nenhuma” assim. Haverá mais angústia extrema do que já sente. Sem falta, perecerão as visões adicionais de seus falsos profetas. Perecerá e será desconsiderada a lei de seu sacerdócio e de seus clérigos; o mesmo se dará com o conselho de seus anciãos sábios nas coisas do mundo. Os regentes eclesiásticos prantearão. Os maiorais religiosos perderão a confiança na sua própria liderança e terão a aparência de desolação quanto às suas esperanças. Suas hostes de leigos terão mãos nervosas, não sabendo como aplicar sua força para salvar as suas instituições religiosas. O resultado, para a cristandade, será o mesmo da Jerusalém típica.
67. Visto que a cristandade sempre afirmou representar a Deus, em que resultará então tomá-la Jeová pela sua palavra?
67 Os caminhos da cristandade estão escritos nas páginas da história, desde o seu começo no quarto século até agora. Visto que deu a entender a todo o mundo que ela representa o Soberano Senhor Deus, Jeová precisa tomá-la pela sua palavra e agir para com ela segundo os seus caminhos. Os julgamentos dele que se aplicam a ela estão escritos na Sua Palavra sagrada, a Bíblia; e Ele terá de julgá-la de pleno acordo com eles. Estes julgamentos são imutáveis. Por ele executá-los nela e assim causar seu fim, a cristandade saberá que Ele não mudou. Ainda é o mesmo Deus, neste século vinte. Ela terá de saber que Ele é Jeová.
[Nota(s) de rodapé]
a Aqui começa a série de sessenta e duas ocorrências no livro de Ezequiel onde Jeová diz que outros ‘terão de saber que eu sou Jeová’ como segue: Ezequiel 6:7, 10, 13, 14; 7:4, 9, 27; 11:10, 12; 12:15, 16, 20; 13:9, 14, 21, 23; 14:8; 15:7; 16:62; 20:12, 20, 26, 38, 42, 44; 22:16; 23:49; 24:24, 27; 25:5, 7, 11, 17; 26:6; 28:22, 23, 24, 26; 29:6, 9, 16, 21; 30:8, 19, 25, 26; 32:15; 33:29; 34:27; 35:4, 9, 15; 36:11, 23, 38; 37:6, 13; 38:23; 39:6, 7, 22, 28.