Observância da sujeição em todas as fases da vida
SUJEIÇÃO! São muitos os que se rebelam contra a idéia da sujeição, mas os cristãos dedicados sabem que, quer gostem que não, todos, exceto Deus, estão e devem estar em sujeição a alguém. Até mesmo Jesus Cristo é submisso a seu Pai, não obstante seja contrário o dogma da trindade. — 1 Cor. 11:3; 15:28.a
Não podemos contestar. Jeová Deus é um Deus de ordem. Para que haja ordem é preciso que haja uma organização, e a existência de uma organização envolve o princípio da sujeição, princípio este que se aplica a toda esfera da atividade humana, a toda fase da vida. Conforme expressou o apóstolo Pedro: “Sujeitai-vos . . . Todos vós, porém, cingi-vos de humildade mental uns para com os outros.” — 1 Ped. 5:5.
De modo que não resta dúvida quanto a escravos se sujeitarem a seus senhores, devendo sujeitar-se sem queixas. Não, porém, em todas as coisas, mas apenas nas coisas a que seus senhores têm direito legal. Os senhores não podem apropriadamente interferir com a religião de seus escravos, tampouco podem exigir de seus escravos que cometam atos criminosos. Isto salienta o fato de que a sujeição dos escravos a seus senhores é uma sujeição relativa, comparativa, e não absoluta. Não deixa Deus fora de consideração. Ao ponto em que hoje os cristãos estão obrigados a seus patrões, a fim de prover as coisas de modo honesto aos olhos de todos os homens, a tal ponto se pode dizer que estão similarmente em sujeição. — Tito 2:9-12.
A sujeição relativa é também exigida das esposas cristãs, e isso quer o marido seja cristão quer não. Embora precisem sujeitar-se “aos seus maridos, em tudo”, tal sujeição precisa ser equilibrada com o temor de Deus e respeito consciencioso pela vontade de Deus. (Efé. 5:24) Vê-se a prova de que se trata de sujeição relativa no fato de que deve ser observada para que não sobrevenha opróbrio à adoração de Jeová. — Tito 2:3-5.
Há também a sujeição relativa de todos os cristãos às autoridades superiores, os dominadores políticos, que foram colocadas por Deus nas suas posições relativas. Os cristãos não podem escapar desta sujeição enquanto ambas as partes estiverem sobre esta terra. Embora os cristãos estejam livres, não podem usar tal liberdade como desculpa para burlar as leis que não estejam em conflito com as leis de Deus, tampouco podem entregar-se à devassidão moral, causando assim a justa indignação dos governos. Antes, os cristãos darão a todos o que lhes é devido, honra e respeito segundo a sua situação. — Rom. 13:1-7.
Tal sujeição, porém, não quer dizer que se devam fazer concordatas com os governos mundanos, ganhando-se em troca certos favores por permitir que os governos façam nomeações de alto cargo, conforme alguns fizeram. Tal amizade com o mundo significaria inimizade com Deus; sendo que é uma sujeição que os torna parte do mundo. Que a sujeição dos cristãos a César é relativa se vê também do fato de que é uma questão de consciência. — Tia. 4:4; João 17:16.
Mas, acima de tudo, os cristãos precisam sujeitar-se a Jeová Deus e ao seu instrumento terrestre visível ou canal. A respeito desta sujeição dentro da congregação cristã, o apóstolo Paulo escreveu: “Sede obedientes aos que tomam a dianteira entre vós e sede submissos, pois vigiam sobre as vossas almas como quem há de prestar contas; para que façam isso com alegria e não com suspiros, porque isso vos seria prejudicial.” — Heb. 13:17.
A sujeição dentro da congregação cristã tem muitas facetas, por assim dizer. Os jovens têm de sujeitar-se aos mais idosos, as mulheres, aos homens, os membros individuais, aos servos designados, os ajudantes ministeriais, ao superintendente que preside. Tal submissão ou sujeição é demonstrada pela cooperação uns com os outros, sendo pontuais, sendo fidedignos, fazendo o melhor possível. Significa principalmente estar em sujeição aos arranjos para o ministério de campo, quer sejam essas instruções dadas diretamente pelo corpo administrativo quer através de seus representantes viajantes ou locais.
Observando a sujeição em todas as fases da vida, a sujeição total a Jeová Deus, a sujeição teocrática dentro da sociedade do Novo Mundo de testemunhas e a sujeição relativa aos que dominam quais senhores econômicos, maridos ou as autoridades superiores políticas deste velho mundo, os cristãos estarão mantendo a integridade, evitando trazer opróbrio sobre a adoração pura de Jeová, e ganhando a aprovação de Jeová, bem como a vida eterna no seu novo mundo de justiça.
[Nota(s) de rodapé]
a Para pormenores, veja-se A Sentinela de 1.° e 15 de junho e 1.° de julho de 1963.