A mansidão e o autocontrole produzem frutos pacíficos
“Quem dentre vós é sábio e entendido? Que mostre ele, pela sua conduta correta, suas obras, com mansidão que é própria da sabedoria. Outrossim, o fruto da justiça tem a sua semente espalhada sob condições pacíficas, para aqueles que fazem paz.” — Tia. 3:13, 18, NM.
1. (a) Em que consistem os frutos pacíficos do espírito de Deus? (b) Que precauções se precisam tomar se há de haver uma safra abundante de tais frutos?
É DA vontade de Jeová que suas testemunhas felizes produzam abundantes frutos espirituais. Estes produtos do espírito de Deus consistem não só em bondade, fé, alegria, amor e benignidade, mas também em paz, mansidão, longanimidade e autocontrole. Ora, se hão de resultar frutos tão deliciosos, então não basta apenas semear sob as condições certas, mas é de igual importância que se lance a semente certa. A antiga lei que Jeová deu a Israel proibia o uso de sementes misturadas ou de duas espécies de sementes juntas. E Jesus disse: “Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.” Portanto, certifique-se de plantar apenas a boa espécie de semente, a espécie correta. “Pois aquilo que o homem semear isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o espírito, do espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.” O apóstolo acrescenta então o seguinte ponto significativo: “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.” — Lev. 19:19; Deu. 22:9; Mat. 7:16, 18; Gál. 5:22, 23; 6:7-10, ARA.
2. (a) E correto que um servo dedicado procure ser nomeado como superintendente? (b) Que reputação precisa ter, antes de estar qualificado para ser nomeado superintendente?
2 No arranjo teocrático, certos servos do Senhor são colocados como superintendentes do rebanho de Deus. (Atos 20:28) Nesta posição de responsabilidade precisam tomar a liderança em dar os frutos pacíficos e em fazer o bem a todos, especialmente aos que lhes são relacionados, seus fiéis irmãos e irmãs na congregação de Deus. As Escrituras dizem que é elogiável se o servo dedicado do Senhor procura ser nomeado para o cargo de superintendente. Isto se dá por causa das elevadas exigências que precisam ser satisfeitas antes que alguém esteja qualificado para servir nesta capacidade. Entre os pré-requisitos para alguém receber de Jeová a mordomia como superintendente acha-se que deve ter “testemunho favorável das pessoas de fora”, não ser “desordeiro bêbedo, nem espancador, . . . não beligerante”. Nunca deve ser pugnaz, mandão, ou ser ditatorial ou dominante, nunca deve ser sobranceiramente despótico com o rebanho, nunca irritado ou irascível. Antes, para satisfazer as normas elevadas de Jeová, precisa ser “moderado nos hábitos, de mente sã, ordeiro”. Não deve ‘falar injuriosamente de ninguém’ e precisa ser ‘razoável’ para com todos, compreender os outros e os problemas deles, “exibindo toda a mansidão para com todos os homens”. — 1 Tim. 3:1-3, 7; Tito 3:2, NM.
3. Que bom conselho deu o superintendente Paulo a Timóteo em Primeira Timóteo, capítulo seis?
3 O jovem Timóteo foi um destes superintendentes qualificados na primitiva congregação cristã, e Paulo, o apóstolo e superintendente, deu-lhe bom conselho sobre o que devia fazer quando surgissem invejas, ciúmes e disputas violentas. Timóteo foi informado de que surgiriam certas pessoas dentro da própria congregação, que estariam cheias de orgulho e mentalmente doentias em questões doutrinais. “Destas coisas”, disse o apóstolo, “provêm a inveja, a contenda, as linguagens abusivas, as suspeitas iníquas, as disputas violentas sobre ninharias da parte de homens corrutos na mente e despojados da verdade”. Que devia Timóteo fazer sob tais circunstâncias? Disse-se-lhe que não tivesse nada que ver com tais perturbadores ou sua maldade venenosa. Devia apressar-se e fugir da iniqüidade deles, seguindo “a justiça, a devoção piedosa, a fé, o amor, a perseverança, a mansidão de temperamento”. Paulo colocou aqui o temperamento manso na mesma classe com os outros cinco requisitos essenciais. — 1 Tim. 6:4, 5, 11, NM.
4, 5. (a) Para com quem deviam os cristãos do primeiro século mostrar mansidão, conforme o apóstolo Paulo lhes fez lembrar? E por quê? (b) Neste respeito, o que se exige dos cristãos do século vinte?
4 Outro superintendente do primeiro século, chamado Tito, foi informado de que era sua responsabilidade como superintendente continuar “a lembrar-lhes [isto é, aos da congregação] de . . . não falarem injuriosamente de ninguém, de não serem beligerantes, de serem razoáveis, exibindo toda a mansidão para com todos os homens. Pois até nós éramos outrora insensatos, desobedientes, enganados, escravos de vários desejos e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros”. (Tito 3:1-3, NM) Como uma das razões para ser de temperamento manso para com todos os outros homens, Tito devia lembrar às congregações quão bondoso e amoroso o próprio Deus tem sido para com nós, salvando-nos, não porque alguma atividade de justiça da nossa parte obrigasse Deus a isso, mas salvando-nos segundo a sua própria misericórdia divina para com nós, por meio de Jesus Cristo, seu Filho abnegado. Quanta mansidão isso revelou, num grau sem igual, da parte do Deus Altíssimo para com nós! Junto com esta mansidão, quão longânimo tem sido Deus para com nós, os da humanidade, durante todos os séculos até agora! Isto não se deu porque Deus é vagaroso ou indiferente, mas porque ele não quer que sejamos destruídos. Deseja que tenhamos o tempo necessário para chegar ao arrependimento que conduz à salvação. Podemos assim considerar que a paciência benigna de Deus para com nós significa a nossa salvação. — Tito 3:4-7; 2 Ped. 3:9, 15.
5 Nada menos do que isso se exige hoje dos fiéis superintendentes cristãos. Estes também precisam continuamente fazer as congregações lembrar-se de estarem em humilde subserviência e sujeição voluntária ao “nosso Salvador, Deus”, e para que o imitemos em nossa conduta para com os outros na questão da mansidão no tratamento. Seu Filho, “Jesus Cristo, nosso Salvador”, imitou a seu Pai celestial neste respeito, e nós também devemos fazer isso.
SUPERINTENDENTES, PASTOREIEM. O REBANHO DE DEUS!
6, 7. (a) Que animal ilustra bem o povo do Senhor, e por que? (b) Como admoesta Pedro e Paulo os encarregados da superintendência sobre o rebanho de Deus?
6 Há algumas razões muito boas a considerar por que as Escrituras se referem repetidas vezes ao povo do Senhor como “ovelhas”, ilustrando-o como tais, em vez de compará-lo com outros animais, digamos, com vacas, porcos, mulas, ursos, lobos, cachorros ou bodes. As ovelhas são facilmente conduzidas pelo seu próprio pastor. São de temperamento manso, dóceis e pacíficas, não só para com outros animais, mas também para com os de sua própria espécie. A todos os outros animais bem conhecidos faltam estas características desejáveis, em graus diversos. Visto que as ovelhas são tão dóceis, seus pastores precisam tratá-las concordemente. Pedro, o apóstolo, escreveu aos pastores do rebanho de Deus, nomeados por espírito santo: “Aos homens mais idosos [superintendentes] entre vós dou esta exortação, pois eu, também, sou homem mais idoso [superintendente], igual a eles . . . Pastoreai o rebanho de Deus que está ao vosso cuidado, não sob compulsão, mas espontaneamente, nem por amor de lucro desonesto, mas com fervor, nem como tendo domínio sobre os que são a herança de Deus, mas tornando-vos exemplos para o rebanho.” — 1 Ped. 5:1-3, NM.
7 Prestem atenção, todos os superintendentes e servos ministeriais! Servos nomeados nas congregações locais, servos de circuito, servos de distrito, servos de filial, servos de zona — todos os homens maduros de influência a quem o espírito santo de Jeová nomeou para cuidar de seu rebanho feliz e pastoreá-lo — nunca se esqueçam de que precisam ser excepcionalmente pacíficos, amorosos, mansos, pacientes, gentis e bondosos, especialmente com as ovelhas meigas do Senhor, que estão sob os seus cuidados e proteção. Nunca se esqueçam de que precisam ter estas qualificações antes e depois de serem recomendados para a nomeação para a mordomia especial nesta sociedade teocrática. “O superintendente”, está escrito, “tem de estar livre de acusação como mordomo de Deus, não obstinado, [não, mas guiado pela vontade divina,] nem dado à ira, nem desordeiro embriagado, nem espancador, nem cobiçoso de lucro desonesto, mas alguém que ame os estranhos, quem ama a bondade, são em mente, justo, tendo benevolência, exercendo autocontrole, apegando-se firmemente à palavra fiel quanto à sua arte de ensinar, capaz não só de exortar pelo ensinamento que é saudável, mas também de repreender aqueles que contradizem.” — Tito 1:7-9, NM.
8. (a) Por que razão não se permitiu que Moisés entrasse na terra da promissão? (b) Por que é muito importante que o superintendente tenha sempre completo autocontrole?
8 O autocontrole ou controle do próprio espírito precisa ser imposto a si próprio. O autocontrole precisa ser vigiado e cuidado, e constantemente usado, se há de ser útil quando necessário. Lembra-se do superintendente Moisés, a respeito de quem está escrito: “Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra”? (Núm. 12:3, Al) No entanto, este mesmo Moisés perdeu a oportunidade de entrar na Terra Prometida, tudo por causa dum único acesso de ira em que perdeu o controle. É por isso que o superintendente nunca deve ficar descuidado ou perder o controle sobre o seu gênio, nem mesmo por um instante. Se lhe faltar o autocontrole e não puder controlar o seu espírito, então, como diz o Provérbio, ele é “como uma cidade derribada, que não tem muros”. Ao contrário, os superintendentes fiéis precisam estar bem fortificados e ser fidedignos em tempos de necessidade, capazes de fornecer proteção, apoio e defesa aos mais fracos na congregação, e isso só podem fazer se tiverem sempre mansidão com autocontrole. — Núm. 20:9-12; Pro. 25:28.
9. (a) Como devem os rebeldes ser repreendidos e corrigidos? (b) Quando surge oposição dentro ou fora da congregação, não há justificativa para se perder a paciência e ficar irado?
9 Conforme já citado das Escrituras, o superintendente precisa apegar-se fielmente à Palavra de Deus, e precisa poder exortar pelo ensino salutar, e “repreender aqueles que contradizem”. Por isso é às vezes necessário que o superintendente repreenda e corrija os que se tornam desequilibrados e deturpados no seu modo de pensar, que repreenda os que contradizem a verdade. Mas, tal conselho nunca deve ser dado dum modo dominante ou beligerante, ou num acesso de ira. No velho mundo existe a teoria de ‘combater o fogo com fogo’, mas, dentro da organização de Jeová, tal prática está inteiramente fora de lugar. É muito melhor combater uma labareda literal com água fria, do que lançar nela alguma mistura explosiva. Assim também é segundo a sabedoria e o conselho divino afastar as disputas acesas na congregação com a água refrigerante e refrescante da verdade da Palavra de Deus, de modo calmo e manso. A sabedoria divina diz: “Uma resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura excita a ira. O homem irascível excita rixas; mas quem é tardio em irar-se aplaca contendas.” “Melhor é a paciência do que a arrogância.” Certamente, o superintendente paciente, que fala a verdade dum modo bondoso e manso, está plenamente capaz de lidar com toda espécie de oposição que surja dentro da congregação, pois, na verdade, a língua que possui, quando controlada e usada segundo a direção de Jeová, é uma arma poderosa, tão poderosa, de fato, que “a língua suave quebranta ossos”. De acordo com estes princípios da verdade, as instruções, teocráticas do apóstolo Paulo, dirigidas a todos os superintendentes, dizem: “O escravo do Senhor não precisa lutar, mas precisa usar de tato para com todos, estar qualificado para ensinar, refreando-se debaixo do mal, instruindo com mansidão os que não estão favoravelmente dispostos.” — Pro. 15:1, 18; 25:15; Ecl. 7:8; 2 Tim. 2:24, 25, NM.
10. Qual é o objetivo de se repreender os que se desviam da fé, e assim, como devem ser tratados os espiritualmente doentes?
10 O objetivo de se repreender os que não estão favoravelmente dispostos, ou os que se desviam da fé, deve ser o de proteger o rebanho de Deus contra as influências corrompedoras e as falsas filosofias, e, ao mesmo tempo, restaurar, não destruir, os que se desviam. “Irmãos, ainda que um homem dê um passo em falso antes de se aperceber disso, vós que tendes as qualificações espirituais, procurai restaurar tal homem em um espírito de brandura, olhando cada um a si mesmo, temendo ser também tentado.” Se as ovelhas saudáveis precisam ser cuidadas com ternura, quanto mais devem as doentes receber consideração gentil! Portanto, os superintendentes que são espiritualmente fortes e maduros devem exercer terna consideração quando procuram ajudar e auxiliar os espiritualmente doentes. Devem lembrar-se que as ovelhas não são suas. As ovelhas são do Senhor. Portanto, nunca as tratem como faria o mercenário, mesmo que se desviem por algum tempo. Mas, quando “lôbos vorazes” se intrometerem sob o disfarce de ovelhas, a fim de corromper o rebanho, então os superintendentes, como pastores fiéis, lidarão prontamente com tais segundo o que .realmente são. “Removei o homem iníquo de entre vós.” — Gál. 6:1; Mat. 7:15; João 10:11-13; Atos 20:29, 30; 1 Cor. 5:9-13, NM.
11. Requer-se menos em matéria de humildade, mansidão, autocontrole, e assim por diante, daquele que não é superintendente ou servo ministerial?
11 Todo este maravilhoso conselho e a sabedoria da Palavra inspirada de Jeová, tão evidentemente dirigidos aos superintendentes e servos ministeriais, aplica-se com força igual a cada uma das testemunhas de Jeová. Nenhum novato, nenhuma criancinha na verdade, ou, neste respeito, nenhuma pessoa que se tem associado toda a sua vida com a organização de Jeová, deve pensar nem por um momento que se exige dele menos do que dos que tomam a dianteira no que se refere à qualidade dos frutos que produzem. Deus não é respeitador de pessoas, do sexo ou da idade. Assim como foi no antigo Israel, assim também é hoje; há uma só lei para todos, tanto para os superintendentes como para o povo, bem como para os estrangeiros e estranhos. Todos se encontram na mesma competição, na mesma corrida, na corrida de vida ou morte. Portanto, que todos corram conforme Paulo aconselhou: “Todo aquele que participa num certame exerce autocontrole em todas as coisas. . . . Por conseguinte, . . . eu subjugo o meu corpo e o conduzo como escravo, para que, depois de ter pregado a outros, eu mesmo, de algum modo, não venha a ser desaprovado.” Paulo dirigiu-se a todos os verdadeiros cristãos quando escreveu aos “fiéis em união com Cristo Jesus”, dizendo: “Rogo-vos . . . que andeis dignamente da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade da mente e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente observar a unidade do espírito no laço unificador da paz. Há um só corpo.” Requer todos os membros neste corpo congregacional para manter esta paz e união cristãs. Portanto, aquilo que se requer dos superintendentes em questão de mansidão de temperamento, de paciência, de gentileza, de autocontrole, de longanimidade, de humildade, de amor e assim por diante, exige-se também de cada um dos d.o povo dedicado de Jeová. — Êxo. 12:49; Lev. 24:22; 1 Cor. 9:25-27; Efé. 1:1; 4:1-4, NM.
USANDO A MANSIDÃO E O AUTOCONTROLE NO LAR
12. Onde estão ausentes a mansidão e o autocontrole? E em que resultou isso?
12 Alguns dos mais espinhosos problemas da vida são os domésticos. Veja o enorme número de casais infelizes, a prevalência de delinqüência paternal e infantil, o espantoso número de lares rompidos e a crescente onda de divórcios, como evidência do colapso e do declínio moral da sociedade humana infeliz deste velho mundo. Os maridos e as esposas discutem e brigam tanto em particular como em público. A delinqüência juvenil abrange desde acessos de fúria infantil até o assalto aberto e a matança dos pais. É mais que evidente que nestes lares rompidos não há paz e tranqüilidade, porque há uma falta completa da mansidão e do autocontrole semelhantes a Cristo.
13. Por outro lado, quando os maridos e as esposas cumprem a vontade divina, que condições domésticas felizes prevalecem?
13 Tais condições deploráveis não são encontradas onde marido e mulher são testemunhas felizes de Jeová. Por que não? Simplesmente porque os mesmos princípios cristãos de paciência, amor, gentileza, longanimidade, tolerância e controle do temperamento, desenvolvidos e praticados na congregação, são transferidos para a vida dentro da família. “Vós, esposas, estai em sujeição a vossos maridos, como convém no Senhor. Vós, maridos, continuai a amar vossas esposas e não vos zangueis amargamente com elas.” E a seguinte instrução é dada tanto a maridos como a esposas: “Continuai a suportar-vos uns aos outros e a perdoar-vos uns aos outros livremente, se alguém tiver razão de queixa contra outro.” Não há absolutamente nenhuma desculpa ou razão, não há nenhum problema que seja tão grande, ou emergência que seja tão vital, que justifique que os casados percam o controle sobre as suas emoções e gênios. Se os maridos e as esposas estiverem cumprindo a vontade divina, então terão de ser de temperamento manso, bondosos, cheios de consideração e tolerância mútua e para com os seus filhos, em todos os tempos. — Col. 3:18, 19, 13, NM.
14. Onde há uma família dividida, que conselho deve ser seguido pelo cônjuge cristão?
14 Talvez diga: Tudo isso está muito bom num lar teocrático onde tanto o marido como a esposa sejam servos dedicados de Deus, mas o que me diz dum lar onde, talvez, a esposa cristã esteja casada com um homem que não está na verdade? Há muitos lares assim, hoje em dia, e quando o chefe da casa não é um verdadeiro cristão, ele chegará forçosamente a perder a compostura e a ser desarrazoado, e às vezes, simplesmente mau. Isto, porém, não justifica que a esposa abandone a sua condição feliz para participar com o seu marido no estado mental infeliz dele. Sob tais circunstâncias, o cônjuge dedicado deve seguir a vontade divina, a saber: “Vós, esposas, estai em sujeição aos vossos próprios maridos, de modo que, se quaisquer [maridos] não forem obedientes à palavra, sejam vencidos, sem palavra, por meio da conduta de suas esposas . . . seja o vosso adorno . . . [a] vestimenta incorrutível do espírito quieto e manso, que é de grande valor aos olhos de Deus.” Ao fazer isto, a esposa dedicada, de temperamento manso, gozará de felicidade e de contentamento não partilhados pelo .seu marido de temperamento irascível. — 1 Ped. 3:1-4, NM.
15. Que conselho bíblico precisa ser seguido pelos pais que têm filhos menores, se quiserem ter a sua casa abençoada com paz e contentamento?
15 Os pais no lar cristão não só precisam ser de temperamento manso entre si, mas precisam também ter a mesma disposição mental para com seus filhos. “Vós, pais, não fiqueis irritando a vossos filhos, mas continuai a criá-los na disciplina e no conselho de autoridade de Jeová.” Disciplinar os filhos é absolutamente necessário, pois o conselho de Jeová é: “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe. Castiga a teu filho, e te fará descansar; e dará delicias à tua alma.” É um ato de amor, não de ódio ou de má vontade para com o filho, quando os pais lhe administram uma disciplina corretiva. “O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que o ama a seu tempo o castiga.” — Efé. 6:4, NM; Pro. 29:15, 17; 13:24, Al.
16. Quão importante é a correção paternal para os filhos que desejam viver no novo mundo de Deus?
16 Agora, quanto aos filhos, e isto inclui também todos os adolescentes, lembrem-se eles de que esta disciplina prescrita por Jeová é um remédio para o seu bem, porque a desobediência, a obstinação e os acessos de ira são os caminhos do pecado e da morte, e se acham ligados no seu coração, desde o seu nascimento. Se quiserem viver sob o domínio do reino de Deus, então estas tendências diabólicas herdadas têm de ser desarraigadas e substituídas por qualidades piedosas, e a vara da correção paternal ajudará a fazer isso. “A estultícia está ligada ao coração do menino, mas a vara da correção a afugentará dele.” — Pro. 22:15, Al.
17. (a) Explique por que não havia delinqüentes juvenis no antigo Israel quando se faziam vigorar as leis de Jeová. (b) Porque é pràticamente inexistente o problema da delinqüência entre as testemunhas de Jeová hoje em dia?
17 Pode haver casos raros em que a criança está tão empedernida na sua obstinação que nem mesmo a vara da correção a poderá afugentar. Nos dias de Israel, os pais foram mandados por Jeová a levar tais rebeldes aos anciãos da cidade, e estes, por sua vez, levavam o incorrigível para fora e o apedrejavam até morrer. Não havia delinqüentes juvenis debaixo de tal sistema. (Deu. 21:18-21) Assim também hoje, a sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová não pode tolerar e não tolerará a delinqüência juvenil no seu meio. Portanto, para evitar o possível golpe mortífero da desassociação da congregação, os filhos sábios, teocráticos, darão ouvidos e seguirão ao que diz a Palavra de Deus: “Filhos, sede obedientes a vossos pais em união com o Senhor, porque isto é justo.” “Vós, filhos, sede em tudo [sem exceção] obedientes a vossos pais, pois isso é bem agradável no Senhor.” “Ouve a teu pae que te gerou”, diz o Provérbio, “e não desprezes a tua mãe quando ella for velha”. — Efé. 6:1; Col. 3:20, NM; Pro. 23:22.
18. Em que sentido é a organização das testemunhas de Jeová semelhante ao jardim do Éden nos seus belos frutos, e como se torna isso possível?
18 Portanto, quer sejam casados, quer solteiras, quer sejam adultos, quer juvenis, do restante ou da “grande multidão”, superintendentes ou não, todas as testemunhas de Jeová, com a ajuda do espírito santo de Deus e pelo exercício da mansidão e do autocontrole, podem produzir uma safra abundante e interminável de frutos pacíficos. Sob os cuidados amorosos de Jeová, a organização delas é semelhante ao jardim do Éden, na beleza da paz e da união. Isto se dá porque cada um tem profundo respeito e amor pelas leis e pelos mandamentos de Jeová, junto com zelo e devoção para a execução da vontade divina em tudo. “Filho meu, não te esqueças da minha lei, e o teu coração guarde os meus mandamentos. Porque eles aumentarão os teus dias, e te acrescentarão anos de vida e paz.” “Muita paz têm os que amam a tua lei, e para eles não há tropeço.” — Pro. 3:1, 2; Sal 119:165, Al.
19. De que modo podem os que amam a paz e o contentamento ter a certeza de usufrui-las eternamente?
19 Todas as pessoas, em toda a parte, que forem de boa vontade e amarem a paz e a união, e que quiserem participar na inigualável felicidade e vida em eterna paz e contentamento, numa terra paradísica sob o domínio do reino de Deus, precisam, então, associar-se prontamente com as testemunhas de Jeová que amam a paz, e precisam ser, junto com elas, de temperamento manso, calmos, amorosamente pacientes e ter domínio sobre si mesmos. Continue a obedecer à vontade divina, a qual inclui o Salmo 37: “Não te indignes por causa dos malfeitores. . . . Pois murcharão prontamente como a relva . . . Deixa a ira e abandona o furor . . . Pois os próprios malfeitores serão cortados, mas os que esperam em Jeová,são os que hão de possuir a terra. Apenas mais, um pouco, e não existirá o iníquo, e prestarás certamente atenção ao seu lugar, e ele não existirá. Mas os mansos [os de temperamento manso] é que possuirão a terra e terão grande deleite na abundância de paz.” — Sal. 37:1, 2, 8-11, NM.