Capítulo 9
Marcação das testas dos preservados
1. Que convocação clamou Jeová aos ouvidos de Ezequiel enquanto ainda no templo?
JEOVÁ e seu profeta Ezequiel ainda estavam no templo profanado de Jerusalém, em visão, quando Ezequiel descreveu a seguir o que aconteceu: “E ele passou a clamar em alta voz aos meus ouvidos, dizendo: ‘Cheguem-se os que fixam sua atenção na cidade, cada um com a sua arma na mão para arruinar!’” — Ezequiel 9:1.
2. A quem não se aplica a expressão “os que fixam sua atenção na cidade” e qual é sua missão?
2 Aqui, ‘os que fixavam sua atenção na cidade’ não eram membros do governo municipal de Jerusalém. De modo que os convocados por Jeová não incluíam o Rei Zedequias, que então governava Jerusalém e todo o Reino de Judá, naquele ano 612 A. E. C. O Rei Zedequias e seus príncipes certamente não procuravam destruir Jerusalém. De fato, apelaram para o Faraó do Egito, a fim de que viesse e ajudasse a salvar a cidade. Aqueles a quem Jeová clamou eram os que ‘fixavam sua atenção na cidade’, não para preservá-la ou governá-la, mas para destruir os seus habitantes com aquelas armas “para arruinar”. Não eram judeus. Então, quem eram?
3. Quem viu Ezequiel chegar então e ficar ao lado do altar, e o que os distinguia?
3 Examinemo-los junto com Ezequiel, ao dizer ele: “E eis que vieram seis homens da direção do portão superior que dá para o norte, cada um com a sua arma maçadora na mão; e havia entre eles um homem vestido de linho, com um tinteiro de secretário sobre os quadris, e eles passaram a entrar e a ficar de pé junto ao altar de cobre.” — Ezequiel 9:2, NM ed. ingl. de 1971.
4. Por que era de mau augúrio que os sete homens viessem ao templo procedentes do norte, e em que se distinguia um dos homens dos outros seis?
4 De mau augúrio, estes vieram do norte, pois aquela era a direção da qual os poderosos exércitos de Babilônia vieram contra Jerusalém, três anos depois, em 609 A. E. C. Passaram pelo portão setentrional interno do templo de Jeová para o seu pátio interno, e ficaram ao lado do altar de cobre, no seu centro, mas não para oferecer sacrifícios a Jeová. Ali, do lado setentrional do altar, podiam ser vistos pelos vinte e cinco homens que se encontravam entre o altar e o pórtico do templo, e que se curvavam em adoração diante do sol ao leste. (Ezequiel 8:16) Visto que eram sete em número, constituíam uma equipe completa para ação unida. Mas o homem “vestido de linho” se destacava dos outros seis pela sua vestimenta. Também ficou separado deles por ser enviado na frente deles.
5. Quem eram evidentemente estes “seis homens” e a quem representavam?
5 Os “seis homens” da visão eram evidentemente pessoas sobrenaturais, tais como anjos materializados. Não se diz que eram babilônios, embora os babilônios fossem usados para destruir a Jerusalém literal. Visto que os “seis homens” tinham cada um a sua “arma maçadora” na mão, representavam as forças executoras celestiais de Jeová, que estão sob as suas ordens. Representam um exército celestial, como que soldados. Eles podiam, na realidade, usar soldados babilônicos como agentes terrestres.
O MARCADOR DE TESTAS
6. Que espécie de pessoa é o homem “vestido de linho”, e que perguntas surgem quanto ao papel que desempenha?
6 O sétimo, o homem “vestido de linho”, era de categoria mais elevada (não que fosse de natureza mais elevada) em comparação com os “seis homens” armados. Observa-se que ele tem um “tinteiro de secretário” na cintura, evidentemente preso ao seu cinto. Mas não se diz que ele é o “secretário do chefe do exército”, de modo a estar associado com assuntos militares. (Jeremias 52:25) Pode ter sido um pacífico secretário governamental. (2 Samuel 8:17; 20:25; 1 Reis 4:3) Em que espécie de missão se enviou este homem, de linho, na visão? Isto é tornado evidente pela comissão que recebeu de Jeová, que andava no seu carro celeste. Ezequiel diz sobre isso:
7. De onde clama Jeová para o homem “vestido de linho” e o que manda o homem fazer?
7 “E no que se referia à glória do Deus de Israel, foi retirada de cima dos querubins sobre os quais viera a estar e levada para o limiar da casa, e ele começou a chamar o homem vestido de linho, sobre cujos quadris havia o tinteiro de secretário. E Jeová prosseguiu, dizendo-lhe: ‘Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e tens de marcar com um sinal as testas dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as coisas detestáveis que se fazem no meio dela.”’ — Ezequiel 9:3, 4, NM ed. ingl. de 1971.
8. O que era o “limiar da casa” para cima do qual se locomoveu a glória de Jeová, e em que espécie de missão foi enviado o homem “vestido de linho”?
8 Ora, o homem de linho foi enviado numa missão pacífica para salvar vidas. Neste ponto a Presença Divina mudou-se de cima do espantoso estrado semelhante a gelo, que havia acima das quatro rodas e das cabeças dos quatro querubins, para a entrada setentrional do templo. Para onde? “Para o limiar da casa.” (Ezequiel 8:3, 4; 9:3) Não se tratava do pórtico do templo, diante do qual estavam os vinte e cinco adoradores do sol. Era apropriadamente o limiar do compartimento mais recôndito do templo, o limiar do Santíssimo, no qual se encontrava a Arca do Pacto. Na tampa de ouro daquela Arca dourada havia dois querubins de ouro, enfrentando-se com asas estendidas. Entre os querubins e acima deles aparecia a milagrosa luz Xequiná, como símbolo da presença de Deus no Santíssimo. (Números 7:89) Desta posição por cima do limiar interno do templo, Jeová deu as suas ordens ao “homem vestido de linho”. Ele devia passar por Jerusalém, na frente dos “seis homens”. Devia usar a sua pena e tinta para fazer uma obra de marcação.
AS TESTAS DE QUEM SÃO MARCADAS, E COMO
9. Quem estava em perigo e com quem se propôs Jeová ter compaixão?
9 Todo o povo de Jerusalém estava em perigo de vida, porque Jeová estava prestes a ‘agir em furor’ na execução de sua decisão judicial contra a cidade. Apesar de seu “furor” justificado, teria compaixão de alguns de seus habitantes. De quem? Daqueles que não simpatizavam com as coisas detestáveis cometidas no templo de Jeová, nem com a violência de que os religiosos infiéis haviam enchido o país. (Ezequiel 8:17, 18) Havia ‘homens que suspiravam e gemiam por causa de todas as coisas detestáveis que se faziam’ em Jerusalém.
10. Quanto aos com quem Jeová teria compaixão, o que se exigia do homem “vestido de linho” para cumprir a sua missão para com estes?
10 O homem com o tinteiro à cintura devia marcar todos estes na testa, onde o sinal seria bem visível. Para que o homem vestido de linho pudesse fazer isso, teria de ir de casa em casa, de lar em lar, para achar os homens entristecidos com a maneira em que seu Deus Jeová estava sendo ofendido. A fim de que estes homens que suspiravam e gemiam pudessem ser distinguidos dos que ofendiam a Deus, precisavam ser marcados na testa. Isto os assinalaria como verdadeiros adoradores de Jeová.
11. De que valor era para o portador o sinal feito com tinta na sua testa, segundo as ordens dadas por Jeová aos “seis homens”?
11 De que valor seria tal sinal de tinta na testa para tais adoradores puros do único Deus verdadeiro e vivente? A resposta se torna evidente da ordem oficial que Jeová deu a seguir aos “seis homens” armados com armas maçadoras. O profeta Ezequiel conta-nos o que ouviu: “E àqueles outros ele disse aos meus ouvidos: ‘Passai pela cidade, atrás dele, e golpeai. Não deixeis o vosso olho ter dó e não tenhais compaixão. Deveis matar o velho, o jovem, e a virgem, e a criancinha, e as mulheres — para a ruína. Mas não vos aproximeis de nenhum homem em quem haja o sinal, e deveis principiar desde o meu santuário.’” — Ezequiel 9:5, 6.
12. Em vista dos instrumentos de execução que os “seis homens” tinham, por que era apropriado o sinal na testa, e quem ficou responsável pela matança dos filhos menores sem marcação?
12 De acordo com estas instruções divinas, qualquer israelita com a testa marcada não seria morto pelos “seis homens”. Visto que o instrumento usado para matar os israelitas não marcados era uma “arma maçadora”, foi provavelmente usada para esmagar os crânios dos que mereciam ser executados. Quão apropriado era, então, que se marcasse a testa dos adoradores de Jeová, porque os “seis homens” golpeariam a cabeça! Ao verem o sinal na testa, refrear-se-iam de esmagar aquela cabeça. A idade ou o sexo não era motivo de se preservar alguém que ofendia a Jeová, quer solteiro, quer casado. Os pais sem sinal não teriam seus filhos menores marcados na testa. Por isso, eles seriam os responsáveis pela matança de seus filhinhos, sendo que os Dez Mandamentos declaravam explicitamente que se traria a “punição pelo erro dos pais sobre os filhos, sobre a terceira geração e sobre a quarta geração”. Não criarem seus filhos na adoração pura de Jeová tornaria estes pais negligentes responsáveis pelo resultado da lei justa de Deus contra seus filhos melhores. — Êxodo 20:5.
ONDE COMEÇA O ESMAGAMENTO DE CABEÇAS
13. Por que se sentiam os israelitas idólatras a salvo dentro do santuário nominal de Jeová, mas quais foram as ordens de Jeová aos “seis homens” quanto a aviltar a casa?
13 Visto que Jeová disse: “Deveis principiar desde o meu santuário”, os “seis homens” armados não deviam refrear-se diante da idéia de matar pessoas dentro do templo Dele. Todos os israelitas idólatras talvez se sentissem seguros dentro do templo, pensando que cadáveres profanariam o santuário de Jeová, mas que sua adoração falsa de ídolos não profanaria o santuário Dele. No entanto, Jeová se havia afastado para longe de seu santuário nominal, e em evidência disso, ele queria que fosse profanado pelos cadáveres daqueles que profanaram o santuário com a sua idolatria. Por isso, Ezequiel nos diz a respeito dos “seis homens” com suas armas maçadoras: “De modo que principiaram com os homens idosos que estavam diante da casa. E ele lhes disse mais: ‘Aviltai a casa e enchei de mortos os pátios. Saí!’ E eles saíram e golpearam na cidade.” — Ezequiel 9:6, 7.
14. Por que não era mais a presença nos recintos do templo como um amuleto de proteção contra se ser morto, e com quem começaram os “seis homens” sua obra de execução, passando depois para quem?
14 Portanto, estar alguém dentro do local do santuário do templo de Jeová não era como ter um “medalhão de São Cristóvão” ou um amuleto pendurado no pescoço, para se proteger contra a morte por parte dos executores de Jeová. Aquele templo poluído não era mais santuário de refúgio para religiosos hipócritas. Por isso, que dizer dos setenta “idosos da casa de Israel, com Jaazanias, filho de Safã”, que queimavam incenso diante das esculturas idólatras nas paredes internas da casa que havia diante do santuário? (Ezequiel 8:7-11) Foi com eles que os “seis homens” começaram a sua obra de execução. Depois havia aquelas mulheres “sentadas, chorando o deus Tamuz”. Também morreram esmagadas pelas armas maçadoras. Os “vinte e cinco homens” que estavam entre o pórtico e o altar, e que adoravam o sol, não são chamados “homens idosos”, ou “anciãos”, mas eles também foram mortos pelos “seis homens”. (Ezequiel 8:14-16) De modo que a casa e os pátios do templo ficaram profanados com os mortos. Isto só deixou Ezequiel vivo ali!
15. A vista da matança nos recintos do templo talvez suscitasse que pergunta na mente de Ezequiel, e o que clamou ele?
15 A vista horrenda dentro do templo talvez suscitasse a seguinte pergunta na mente de Ezequiel: Se ninguém foi preservado vivo num lugar tão sagrado como o templo, como é que alguém lá fora, na cidade secular de Jerusalém, teria a oportunidade de ser preservado vivo? Ezequiel nos diz qual a sua reação diante da impressão que isto lhe causou, dizendo: “E aconteceu que, enquanto golpeavam e eu ficava remanescendo, passei a lançar-me com a minha face por terra e a clamar e a dizer: ‘Ai! [Soberano] Senhor Jeová! Arruínas a todos os que restam de Israel, derramando o teu furor sobre Jerusalém?’”’ — Ezequiel 9:8.
16. Por que perguntou Ezequiel a respeito dos ‘que restavam de Israel’ enquanto Jeová derramava seu furor sobre Jerusalém?
16 Foi toda a nação de Israel eliminada naquele tempo? No máximo havia apenas um restante ou ‘os que restavam de Israel’, visto que os assírios haviam conquistado o Reino de Israel, de dez tribos, ao norte, e haviam deportado todos os sobreviventes para partes distantes do Império Assírio. Mais tarde vieram os babilônios e sitiaram Jerusalém, levando ao exílio em Babilônia o Rei Joaquim, sua casa e milhares de outros judeus, inclusive Ezequiel. Lembrando-se de como as promessas de Jeová, em benefício de toda a humanidade, estavam relacionadas com a nação de Israel, Ezequiel ficou tão amedrontado, que se prostrou e clamou.
17. O que disse Jeová em resposta a Ezequiel?
17 Ezequiel informa-nos do que Jeová lhe disse em resposta: “De modo que ele me disse: ‘O erro da casa de Israel e de Judá é muito, muito grande, e o país está cheio de derramamento de sangue e a cidade está cheia de deturpação; pois disseram: “Jeová deixou o país e Jeová não vê.” E também, no que se refere a mim, meu olho não terá dó, nem terei compaixão. Hei de trazer o procedimento deles sobre a sua própria cabeça.’” — Ezequiel 9:9, 10.
18. O que diremos sobre se Jeová tinha justificativa para trazer então suas forças executoras contra a casa de Israel e de Judá, e isso sem dó nem compaixão?
18 Quando consideramos sem sentimentalismo as coisas más que Jeová apresenta ali, não estava ele justificado em trazer suas forças executoras contra a ofensora “casa de Israel e de Judá”? Ele havia demonstrado por muito tempo que os via com olhar triste e sentia compaixão por eles, ao repetidas vezes enviar-lhes seus profetas fiéis para adverti-los, mas eles não haviam escutado, e haviam perseguido e matado seus porta-vozes obedientes. Portanto, por que deveria seu olho ter dó agora e ele ter compaixão? Chegara por fim o tempo de Ele deixar a punição do “procedimento deles” recair sobre quem devia sobre as cabeças responsáveis deles.
19. Em que resultou a história, em harmonia com a visão dada a Ezequiel, e como confirmam também as Lamentações escritas por Jeremias que a matança foi indiscriminada?
19 A história realmente resultou assim, em harmonia com esta visão dada a Ezequiel. A cidade de Jerusalém e seu templo foram destruídos, e a terra do Reino de Judá foi desolada cinco anos depois, ou seja, em 607 A. E. C. Entre os mortos durante e depois do sítio de Jerusalém havia “o velho, o jovem, e a virgem, e a criancinha, e as mulheres”. Não importava aos soldados babilônios quem era morto. Eles não tinham nenhuma dó. Podemos ler por nós mesmos como as condições mortíferas na “cidade que abundava em povo” afetou a todos, sem consideração da idade, no Livro de Lamentações, escrito pelo profeta-sacerdote Jeremias, que sobreviveu à destruição de Jerusalém somente pela proteção divina. Suas lamentações, apesar de sua bela poesia, retratam para nós as condições e os acontecimentos confrangedores que sobrevieram à cidade condenada, sendo que mães até mesmo cozinhavam seus próprios filhos e os comiam para saciar as dores da fome. — Lamentações 1:1, 4, 6, 15, 18; 2:10, 20, 21; 4:10, 4, 16; 5:11-14.
20, 21. Segundo o registro histórico, como se cumpriu a ordem dada aos executores: “Deveis principiar desde o meu santuário”?
20 Tampouco se respeitou alto posto ou condição sagrada. A ordem de Jeová aos executores era: “Deveis principiar desde o meu santuário.” (Ezequiel 9:6) E por isso, os funcionários da mais alta categoria, do templo de Jeová, foram destinados à morte violenta, por terem falhado em manter Seu santuário livre da adoração idólatra. Que nem eles, nem outros homens responsáveis de destaque escaparam da execução é atestado pelo registro triste de 2 Reis 25:18-21, nas seguintes palavras:
21 “Outrossim, o chefe da guarda pessoal tomou a Zeraías, o sacerdote principal, e a Sofonias, o segundo sacerdote, e três guardas das portas [do templo]; e da cidade tomou um oficial da corte, que tivera o comando sobre os homens de guerra, e cinco homens dos que tiveram acesso ao rei, que se achavam na cidade; e o secretário do chefe do exército, aquele que recrutara o povo da terra, e sessenta homens do povo da terra, que se achavam na cidade; e Nebuzaradã, chefe da guarda pessoal, tomou-os então e conduziu-os ao rei de Babilônia, a Ribla. E o rei de Babilônia passou a golpeá-los e a entregá-los à morte em Ribla, na terra de Hamate. Assim foi exilado Israel do seu solo.”
22. Entre os sobreviventes da destruição de Jerusalém, quem eram os que realmente tinham a promessa divina e a proteção, e os fatos a seu respeito revelam que a marcação de testas era que espécie de trabalho?
22 Lá naquele tempo, nenhum habitante de Jerusalém levava um sinal literal na testa, para avisar os executores usados por Jeová de que devia ser poupado da morte violenta. Não há registro na Bíblia que mostre que algum servo comissionado de Jeová passasse pelo meio de Jerusalém e usasse pena e tinta para marcar “as testas dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as coisas detestáveis que se fazem no meio dela”. (Ezequiel 9:4) O profeta-sacerdote Jeremias não o fez; o próprio profeta Ezequiel tampouco o fez, porque ele mesmo era um exilado em Babilônia durante todo o reinado de Zedequias, último rei de Jerusalém. De acordo com a promessa e a proteção divinas, alguns escaparam da execução, tais como Baruque, secretário de Jeremias, e Ebede-Meleque, o etíope, e os recabitas. (Jeremias 45:1-5; 39:15-18; 35:1-19) Mas estes sobreviventes não levavam nenhum sinal de tinta na testa literal. Portanto, a marcação das testas, conforme vista na visão por Ezequiel, evidentemente é uma obra simbólica.
23. Que espécie de figura era este homem vestido de linho com o tinteiro de secretário, e onde se cumpre na realidade a sua obra salvadora de vidas?
23 Também, o “homem vestido de linho, com um tinteiro de secretário sobre os quadris”, era figura profética, e encontra seu cumprimento aqui neste século vinte, relacionado com a antitípica Jerusalém infiel, a saber, a cristandade. E, surpreendentemente, uma obra que corresponde de perto à do homem vestido de linho com o tinteiro de secretário à cintura começou e ainda continua em toda a cristandade, durante este “tempo do fim”. Quem cumpre, então, o quadro deste homem empenhado em tal obra salvadora de vidas, em toda a antitípica Jerusalém? Que os fatos históricos falem por si mesmos para identificá-lo.
O HODIERNO MARCADOR DE TESTAS
24. Que livro foi publicado pela Sociedade Torre de Vigia em 1931, e, segundo ele, a quem representava este homem com um tinteiro?
24 Não faz muito tempo atrás, no ano 1931, publicou-se em inglês um livro bíblico intitulado “Vindicação”.a Este livro, que fora amplamente distribuído em toda a cristandade, foi publicado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.). Tratava-se de um comentário sobre os primeiros vinte e quatro capítulos da profecia de Ezequiel. Esclarecia que a profecia do homem “vestido de linho” não se cumprira em nenhum único homem em contato com a cristandade, por exemplo, tal como Charles Taze Russell, primeiro presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.), que faleceu em 31 de outubro de 1916, terminando assim a sua obra terrestre como cristão, no meio da Primeira Guerra Mundial. Sobre isso disse Vindicação (Volume I, em inglês) nas páginas 99 e 100, sob o subtítulo “Homem com o Tinteiro”:
Além do Senhor Jesus Cristo, Deus nunca confiou desde então a nenhuma única pessoa na terra um trabalho exclusivo a ser feito por tal pessoa. Logo desde o começo do seu ministério, Cristo Jesus tinha uma organização visível, e seus apóstolos, agindo coletivamente sob a sua direção, constituíam a parte visível dela. Havia unidade de ação da parte dos apóstolos fiéis; . . . ‘O homem com o tinteiro de escrevente ao seu lado’, portanto, representa claramente a classe ungida do “servo” do Senhor na terra, classe que faz parte da organização de Deus.
25. Onde, para quem e quando foi lançado este livro, quatro dias depois de se adotar que Resolução identificadora?
25 Este livro foi lançado na tarde de 30 de julho de 1931, depois de se proferir um discurso sobre o “Homem com o Tinteiro de Escrevente”, perante os muitos milhares que assistiam ao congresso internacional dos Estudantes Internacionais da Bíblia, realizado em Columbus, Ohio, E. U. A. Apenas na tarde do domingo precedente, em 26 de julho, adotara-se unanimemente nesta reunião internacional a Resolução pela qual adotaram para si o nome bíblico de “Testemunhas de Jeová”. — Isaías 43:1, 10-12, VB.
26. Os que adotaram esta Resolução identificaram-se assim como sendo o quê? Com que perspectiva se alegraram então e de quem receberam uma comissão de trabalho?
26 Desta maneira, estes seguidores dedicados e ungidos de Jesus reconheceram-se como testemunhas cristãs de Jeová, ao passo que o profeta Ezequiel era testemunha pré-cristã de Jeová. Estavam muito gratos de que seu Deus, Jeová, havia-lhes definitivamente revelado o trabalho que deviam fazer, conforme indicado na visão dada a Ezequiel a respeito do homem “vestido de linho, com um tinteiro de secretário sobre os quadris”. Sentiram-se muito animados diante da perspectiva de se empenharem na obra de marcar a testa daqueles que haviam de ser preservados no dia em que Jeová executar sua decisão judicial contra a antitípica Jerusalém infiel, a saber, a cristandade. Por fazerem isso, cumpriram como classe ungida o papel do homem visionário com o tinteiro. De fato, este homem visionário com o tinteiro tinha seu equivalente moderno nesta classe unida dos servos dedicados, batizados e ungidos de Jeová. Era como se Jeová, do alto de sua organização celestial, semelhante a um carro, dissesse doravante a este hodierno ‘homem com o tinteiro’ as palavras de ordem: “Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e tens de marcar com um sinal as testas dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as coisas detestáveis que se fazem no meio dela.” — Ezequiel 9:4.
OS MARCADOS NA TESTA
27. Então, quem são os representados pelos homens que suspiravam e gemiam em vista de todas as coisas detestáveis feitas em Jerusalém, e qual é a sua esperança?
27 Quem são os homens que suspiram e gemem por causa de todas as coisas religiosas detestáveis que se fazem na cristandade e por parte dela? Não são membros da classe hodierna de Ezequiel, classe de cristãos dedicados e ungidos com o espírito de Deus. (Isaías 61:1-3) Não são parte da classe do ‘homem com o tinteiro’, que é a mesma classe dedicada, batizada e ungida dos servos unidos de Jeová. Por isso não esperam morrer e ter uma ressurreição espiritual para o domínio celeste, como filhos espirituais de Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo no seu reino celestial. São pessoas associadas com a cristandade, mas que têm reverência sincera pelas coisas de Deus e que se sentem angustiadas por causa de todos os ensinos e ações não-cristãos da cristandade, tudo o que lança vitupério sobre o santo nome de Deus. Quanto à sua esperança de vida eterna, sentem-se satisfeitos de viver numa terra purificada, restabelecida a uma condição paradísica e sob o reino celestial de Deus. Desejam ter sobre si o Filho de Deus, Jesus Cristo, como seu “Pastor Excelente” e seguir as suas pisadas como seus discípulos.
28. Na sua parábola do Pastor Excelente, como se referiu Jesus a pessoas desta espécie, e por que é preciso que se lhes marquem agora simbolicamente suas testas?
28 Na parábola de Jesus sobre o Pastor Excelente, ele indicou que teria tal rebanho de pessoas semelhantes a ovelhas na terra. Chamou-as de suas “outras ovelhas” porque, depois de falar sobre o “aprisco” com os que serão co-herdeiros dele no reino celestial, prosseguiu: “Tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um só pastor.” (João 10:16) A classe do ‘homem com o tinteiro’ também as chama de “outras ovelhas”. Estas “outras ovelhas”, que vivem neste “tempo do fim” da cristandade, são as que precisam ter a testa marcada para serem preservadas no tempo em que os “seis homens” executores de Jeová passarem pela cristandade para destruir a todos os não marcados. — Ezequiel 9:5, 6.
O “SINAL”
29. Segundo o objetivo antigo em marcar as pessoas, por que é apropriado tal sinal para estas simbólicas outras ovelhas da atualidade?
29 Então, qual é o “sinal” simbólico marcado na sua testa? Na antiguidade, nos tempos de Ezequiel, era costume de adoradores de certo deus ou deusa identificar-se como tais por fazerem o sinal ou escreverem o nome de tal deidade sobre as sobrancelhas. Do mesmo modo, marcava-se a ferro, na testa de escravos, senão também na sua mão, o nome de seu dono, para indicar assim abertamente a quem pertenciam. Hoje seria igualmente próprio que tais “outras ovelhas” simbólicas fossem marcadas assim, para mostrar publicamente a quem adoram como Deus e a quem pertencem como escravos espirituais. Representa o “sinal”, então, ter conhecimento bíblico na cabeça, e é a obra de marcação a de pôr conhecimento bíblico na mente das pessoas?
30. Por que não é o “sinal” simbólico ter-se apenas conhecimento bíblico, conforme ilustrado no caso dos oficiais do templo que foram mortos por Nabucodonosor em Ribla, depois da destruição de Jerusalém?
30 Não exatamente, embora isso possa constituir uma parte importante da questão. O que importa não é o que o religioso tem na cabeça, mas o que ele mostra ser. Que dizer de “Seraías, o sacerdote principal, e Sofonias, o segundo sacerdote, e os três guardas das portas”, que todos foram mortos pelo rei de Babilônia em Ribla, depois da destruição de Jerusalém e de seu templo? (Jeremias 52:24-27) Todos estes funcionários do templo tinham na cabeça o conhecimento necessário da Palavra escrita de Jeová, mas o que eram eles pessoalmente? Apesar de todo este conhecimento na cabeça, permitiram que judeus apóstatas realizassem todas aquelas coisas idólatras detestáveis no templo dedicado ao único Deus vivente e verdadeiro, Jeová. Não haviam ‘suspirado e gemido por causa de todas as coisas detestáveis’ que se faziam em Jerusalém. Do mesmo modo, todo o conhecimento que os clérigos religiosos da cristandade têm na cabeça, da instrução recebida nos seminários religiosos, não os salvará quando os “seis homens” de Jeová passarem pela cristandade com suas armas maçadoras. Portanto, torna-se evidente que o mero conhecimento bíblico não pode ser o “sinal”.
31. O que é realmente o “sinal” simbólico, e a que ordem divina de se dissociar obedeceram eles?
31 Na realidade, o sinal simbólico é a evidência, como que exibida na testa descoberta de alguém, que ele é discípulo dedicado e batizado de Jesus Cristo e tem personalidade semelhante à de Cristo, que o distingue de todos os cristãos hipócritas. Não é apenas ter por fora “uma forma de devoção piedosa”, mas é mostrar-se fiel “ao seu poder”, no íntimo e por fora, tendo a verdadeira fé acompanhada por obras em prova dela. (2 Timóteo 3:5; Tiago 2:18-26) Este “sinal” visível ou discernível torna claro às forças executoras de Jeová que os marcados não simpatizam com todas as coisas religiosas detestáveis que se dizem e fazem no meio da cristandade, coisas que são infiéis ao nome de Cristo, que ela leva. De fato, eles têm ‘suspirado e gemido’ por causa de todas estas coisas que desonram a Deus, e em protesto eles têm saído da cristandade e renunciado a toda a participação dela. Chegam a apreciar que ela é parte integrante de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa, motivo pelo qual precisam obedecer à ordem divina: “Saí dela, povo meu.” — Revelação (Apocalipse) 18:4; Isaías 52:11.
32, 33. Portanto, o que é realmente esta obra de se marcar testas e como foi esta obra indicada pela ordem de Jesus após a sua ressurreição dentre os mortos?
32 Forçosamente, pois, a marcação de testas feita pelos do restante ungido dos herdeiros do reino celestial de Jeová precisa ser mais do que simplesmente transmitir conhecimento bíblico às pessoas por colocar na mão delas a Bíblia e literatura bíblica, a fim de as lerem e obterem o que mentalmente puderem da leitura dela. Inclui ajudá-las a entender o que lêem e daí harmonizar sua vida com o que lêem na Palavra de Deus. Significa instruir tais pessoas e edificar nelas uma verdadeira personalidade cristã, personalidade fundada em Jesus Cristo como Alicerce e apegada a todas as regras e todos os princípios bíblicos de conduta cristã. As instruções que Jesus deu aos seus apóstolos e discípulos depois de sua ressurreição dentre os mortos eram:
33 “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do sistema de coisas.” — Mateus 28:16-20.
34. Desde quando vivemos na “terminação do sistema de coisas”, e, por isso, o que é correto que estes ainda façam, embora pareçam ter apenas uma perspectiva terrestre?
34 Temos toda a prova disponível para saber que vivemos na “terminação do sistema de coisas”, desde o fim dos “tempos designados das nações” gentias, em meados do segundo semestre de 1914 E. C. (Lucas 21:24) Atualmente, muitos acham que a única coisa razoável que podem fazer é tornar-se uma das “outras ovelhas” do Pastor Excelente, Jesus Cristo. O que precisam fazer neste respeito? O seguinte: obedecer-lhe como Pastor Excelente e tornar-se um de seus discípulos. As ovelhas, quer do “pequeno rebanho” régio quer do ‘outro’ aprisco, precisam seguir o único Pastor, que morreu entregando sua alma humana a favor de todos eles. Isto significa que, na atual “terminação do sistema de coisas”, os que Deus designa para serem “outras ovelhas” precisam tornar-se seus discípulos e ser batizados em água, e ser ensinados todas as coisas que ele mandou que seus discípulos observassem. (Lucas 12:32; João 10:14-16) Visto que ele é seu modelo e foi batizado em água, eles também precisam ser batizados em símbolo de se chegarem a Deus para fazer a Sua vontade. — Hebreus 10:5-10; 1 Pedro 2:21.
35. Em vista de que exposição na Sentinela de 1934 podia realmente começar a obra de marcar testas, e por que não houve até então nenhum esforço organizado para se ajuntar as “outras ovelhas”?
35 Concordemente, pois, em 1934, ou três anos depois do lançamento do livro Vindicação (Volume I), a revista A Sentinela publicou no seu número inglês de 15 de agosto de 1934 o artigo intitulado “Sua Bondade”. Neste esclareceu-se, nas páginas 249 e 250, que até mesmo as “outras ovelhas” do tempo atual precisam ser constituídas dos que se dedicaram a Deus mediante Cristo e que simbolizaram esta dedicação incondicional por serem imersos em água, iguais a Jesus. Este é o ponto mais antigo que marca o início da obra do restante ungido de marcar a testa dos que Deus decide preservar vivos durante a “grande tribulação” sobre a antitípica Jerusalém infiel, a cristandade. Por quê? Porque antes disso, a obra para com estes consistia apenas em transmitir-lhes conhecimento bíblico. (Mateus 24:15-22; Marcos 13:14-20) Mas, nem mesmo naquele tempo os das “outras ovelhas” da atualidade foram identificados como sendo os mesmos que constituíam a “grande multidão” predita em Revelação 7:9-17. Portanto, até aquele tempo, não se fez nenhum esforço organizado de ajuntar as “outras ovelhas”.
36. No ano de 1935, o que assinalou especificamente que havia começado a obra do homem com o tinteiro, e, por isso, quem se apresentou para entrar numa relação dedicada com Deus, por meio de Cristo?
36 No segundo trimestre do ano seguinte, porém, aconteceu algo que demarcou definitivamente que começara por fim a obra do hodierno homem “vestido de linho, com um tinteiro de secretário sobre os quadris”. Onde? No congresso geral das testemunhas de Jeová em Washington, D. C., E. U. A. Centenas de pessoas que não se sentiam com direito a uma herança celestial junto com Cristo apresentaram-se ali para o batismo em água, a fim de simbolizarem que haviam decidido entrar numa relação dedicada com Jeová, mediante Cristo. O que os induziu tão fortemente a fazer isso num batismo em massa? O seguinte: Na tarde de sexta-feira, 31 de maio de 1935, o então presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.) proferiu perante os congressistas a conferência sobre “A Grande Multidão”, e nesta ele explicou Revelação 7:9-17. Mostrou que os que constituíam esta “grande multidão” não seriam uma classe espiritual, com esperança celeste, sob os 144.000 co-herdeiros de Jesus Cristo. Antes, seriam uma classe terrestre, tendo a esperança de um Paraíso terrestre, a saber, as “outras ovelhas” do Pastor Excelente, Jesus Cristo. No dia seguinte houve o batismo.
37. O que aconteceu no dia seguinte, no congresso de Washington, mostrando que não precisava haver mais nenhuma hesitação quanto a se fazer e simbolizar a plena dedicação a Deus mediante Cristo?
37 Então, de fato, não precisava haver mais nenhuma hesitação da parte de alguém quanto a fazer uma plena dedicação de si mesmo a Jeová, por intermédio do Pastor Excelente, Jesus Cristo, e submeter-se ao batismo em água, em símbolo desta dedicação incondicional. Por isso, não constituiu surpresa quando no dia seguinte, sábado, 1.º de junho de 1935, foram imersas 840 pessoas neste congresso de Washington (D. C., E. U. A.). (Veja The Golden Age, de 17 de julho de 1935, página 655, coluna 2.)
38. Todos aqueles 840 batizandos foram batizados como sendo o quê? E desde então tem havido grande participação em que acontecimento nas diversas assembléias das testemunhas de Jeová?
38 Estes foram batizados por imersão total do corpo, em água, como discípulos dedicados do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, em obediência a Mateus 28:19, 20. Fazia-se isso sem considerar a possibilidade de Jeová revelar-lhes mais tarde que os designou para o “pequeno rebanho” dos co-herdeiros de Cristo ou de que os designou para serem das “outras ovelhas” que constituem a atual “grande multidão”. O pastoreio desta “grande multidão” de “outras ovelhas” por parte do Cordeiro é belamente descrito em Revelação 7:16, 17. Desde então se realizaram serviços batismais com participação notavelmente grande de pessoas recém-dedicadas nas assembléias de circuito e de distrito, nacionais e internacionais, das testemunhas de Jeová, até agora.
39. Quantos foram assim batizados desde a Segunda Guerra Mundial, e em que obras participam agora estes, sob a supervisão de quem?
39 Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, mais de um milhão de pessoas recém-dedicadas foram assim batizadas em todo o mundo como discípulos de Jesus Cristo, o Pastor Excelente. Somente durante o ano de serviço de 1970 das testemunhas de Jeová foram batizadas 164.193 pessoas em símbolo de sua dedicação a Jeová, sem consideração do lugar em que Ele decida colocá-los na Sua organização teocrática. Esta crescente “grande multidão” de discípulos batizados de Cristo ajuda agora o hodierno ‘homem com o tinteiro’, o pequeno restante ainda na terra dos 144.000 co-herdeiros de Jesus Cristo. Sob a supervisão deste restante ungido, participam na marcação da testa dos que “suspiram e gemem por causa de todas as coisas detestáveis” que ocorrem no meio da cristandade. A marcação prossegue até mesmo em países fora da cristandade.
40. Quão extensiva é atualmente a atividade das testemunhas de Jeová e quem mais, além dos da cristandade, é agora marcado simbolicamente na testa?
40 De fato, as testemunhas de Jeová são ativas em 208 terras e grupos de ilhas em todo o globo. Muitos aderentes de religiões não-cristãs ouvem e aceitam as boas novas do reino de Deus, abandonando tais religiões não-cristãs em resposta à chamada de Jeová, de que os que desejam ser seu povo saiam de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. Estes, pela aceitação dos ensinos de Cristo, pela dedicação e pelo batismo em água, também se habilitam a ser marcados na testa como verdadeiros discípulos de Jesus Cristo.
41. Quando e por que precisarão tais pessoas de fora da cristandade tal sinal simbólico na testa?
41 Precisarão deste sinal simbólico quando Babilônia, a Grande, da qual a cristandade tem sido a parte dominante, for destruída na iminente “grande tribulação”, para que as forças executoras de Jeová lhes poupem a vida. (Revelação 17:1 a 19:2) É razoável concluir-se que, se não se preservarem os falsos religiosos hipócritas dentro da cristandade, que não foram marcados na testa como verdadeiros cristãos, todos os não marcados fora da cristandade tampouco serão preservados vivos, porque não são verdadeiros discípulos de Cristo, assim como tampouco são os hipócritas religiosos da cristandade.
RELATÓRIO SOBRE A REALIZAÇÃO DA OBRA
42. O que indica se a obra de marcação dentro e fora da cristandade será ou não realizada completamente, e por que teria sido considerado responsável o homem com o tinteiro se não tivesse cumprido a sua comissão?
42 Na visão dada ao profeta Ezequiel, a marcação de testas para salvar vidas, na Jerusalém condenada, foi executada até o fim. Do mesmo modo, pois, com toda a certeza, a marcação realizada já por mais de trinta e cinco anos virá ao seu fim, em toda a terra, dentro e fora da cristandade. A certeza disso foi prevista pelo que o profeta Ezequiel disse quanto a se o homem encarregado da marcação executou sua comissão ou não: “E eis que o homem vestido de linho, sobre cujos quadris havia o tinteiro, trazia de volta a palavra, dizendo: ‘Fiz exatamente como me ordenaste.”’ (Ezequiel 9:11) Se o homem tivesse deixado de cumprir com a sua comissão, teria sido considerado responsável pela matança dos homens que ‘suspiravam e gemiam’ e cuja testa não teria sido marcada. Ele teria sido igual a Ezequiel, que teria sido considerado responsável pelo sangue dos israelitas executados, se como vigia não lhes tivesse dado o aviso da parte de Jeová. — Ezequiel 3:17-21.
43. O que estão decididos a continuar a fazer os do restante ungido dos servos de Jeová, e o que continuam a fazer por causa disso?
43 Os do restante ungido dos servos de Jeová estão hoje tão decididos a ser fiéis como era o homem vestido de linho na visão. Com este fim, continuam apesar de oposição e perseguição a ir de casa em casa, apresentando as boas novas do reino de Deus, a fim de entrar em contato com todos os que “suspiram e gemem por causa de todas as coisas detestáveis” que se fazem dentro e fora da cristandade e que são detestáveis para Jeová, o único Deus vivente e verdadeiro. Jesus Cristo profetizou: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mateus 24:14) Quando este “fim” vier e a marcação tiver sido completada, os do restante ungido desejarão levar um relatório Àquele que os comissionou, Jeová, e dizer: “Fiz exatamente como me ordenaste.”
44. O que desejam fazer agora as ‘outras ovelhas’, e por que precisam manter o “sinal” na testa, e como?
44 Os das “outras ovelhas” que cooperam com eles na obra de marcar testas não são menos desejosos de se mostrar fiéis ao lado dos do restante ungido, o atual homem “vestido de linho, com um tinteiro de secretário sobre os quadris”. A fim de que estes das “outras ovelhas” sejam poupados pelos “seis homens” executores de Jeová, na iminente “grande tribulação”, precisam manter este “sinal” simbólico na testa, para que os “seis homens” nunca se cheguem a eles com o fim de usarem suas armas maçadoras na cabeça deles. Poderão reter este “sinal salvador de ida na sua testa por leal e obedientemente participarem na marcação junto com os do restante ungido, trajados do linho simbólico da justiça de Deus. Isto garantirá que os da “grande multidão” destas “outras ovelhas” marcadas ‘saiam da grande tribulação’ e entrem no serviço adicional de Jeová, no Seu novo sistema de coisas sob o Cordeiro Jesus Cristo. — Revelação 7:17.
[Nota(s) de rodapé]
a Esgotado.