O Motivo Correto de Servir a Deus
1. Como se compara o motivo cristão de servir com as razões mundanas?
ALGUÉM que escolher o ministério como carreira vitalícia poderá ter certeza de que seus amigos lhe perguntarão: Por que ser um ministro? Dá-se isto porque realmente sente que é o que Deus deseja, ou qual é a sua razão de fazer tal escolha? Alguém que siga o ramo da advocacia ou da medicina talvez ache que tem talento especial para tal trabalho ou que êste lhe proverá bons rendimentos ou uma posição na comunidade. Outra pessoa talvez se torne professor por causa da oportunidade que isso lhe dá de modelar as vidas de seus estudantes. Mas, a pessoa que segue uma carreira vitalícia com motivos verdadeiramente impessoais é muito rara. Todavia êste foi o caso dos primitivos discípulos de Jesus, assim como se dá com os verdadeiros cristãos hodiernos.
2. Que atitude tiveram os discípulos para com o ministério?
2 Por que foi que Jesus abandonou a carpintaria, ao invés de devotar seus talentos a ela e a ganhar renome como artífice? Por que foi que Lucas, o médico, descontinuou a sua lucrativa profissão para devotar a vida ao ministério? Por que foi que os apóstolos deixaram suas atividades comerciais de pesca? Certamente que êstes homens não buscavam seus interêsses pessoais ou uma alta posição na comunidade quando se associaram com alguém que era descrito como ‘desprezado e que era evitado pelos homens’. (Isa. 53:3) Trabalhavam com Jesus no ministério porque sabiam que êle possuía a verdade. Quando diversos discípulos tropeçaram, em virtude de um ensinamento difícil, Jesus disse aos doze: “Será que vós também quereis ir?” Então Pedro respondeu: “Senhor, para quem havemos de ir? Tu tens declarações de vida eterna.” Sabiam que aprender a verdade e então servir a Deus lhes traria vida interminável; de modo que mudaram voluntàriamente seu inteiro modo de vida para participarem no ministério. — João 6:67, 68.
3. Por que abandonou certo clérigo a sua posição?
3 Assim como houve grande contraste entre o clero pomposo e interesseiro dos dias de Jesus e os apóstolos, que se associavam com êle por causa de terem amor à verdade, assim também, hoje em dia há grande diferença entre o clero assalariado da cristandade e os que ensinam e pregam voluntàriamente, como as testemunhas de Jeová. (Mat. 23:5-8; Miq. 3:11) Ilustrando isto, há o comentário de um antigo ministro, conforme relatado no Saturday Evening Post, de 17 de novembro de 1962: “Não ficamos perturbados por apenas êste incidente, ou apenas pela nossa igreja, mas pelo que o ministério em geral veio a significar. Pensamos em nossos co-ministros em nossa localidade. Todos se consideravam cristãos. Todavia, nós parecíamos ser competidores — para o máximo de aumento em membros, o edifício mais impressionante, os membros em perspectiva de maior proeminência . . . Alguns fizeram vergonhosa politicagem para obter a amizade de outras pessoas que talvez os ajudassem a serem promovidos a igrejas mais proeminentes. Certamente, jamais discutimos questões teológicas ou como satisfazer melhor as necessidades espirituais de nossas comunidades. Nas reuniões ministeriais, a conversa se circunscrevia principalmente aos edifícios, salários, ou as ginásticas das campanhas de aumentar membros . . . Não era êste o ministério para o qual eu achava que fôra chamado.” Embora ainda cresse em Jesus Cristo, abandonou o ministério, porque achou que a sua vida seria desperdiçada como um diretor recreativo ou naquilo que, para êle, parecia ser pouco mais do que uma sociedade das manhãs de domingo, de admiração mútua.
4. Em que estava Jesus interessado? O que tinha Paulo a dizer a respeito do motivo correto em servir?
4 Por certo que apenas ter aumento considerável de membros ou possuir uma congregação financeiramente influente, ou a maior das igrejas, não era o que interessava a Cristo ou aos que serviram junto com êle. Jesus se interessava em achar os que desejavam adorar a Deus em espírito e em verdade, ao invés de fazer com que grandes multidões viessem até êle para ouvi-lo pregar sermões lisonjeadores. Em verdade, êle indicou que a estrada que conduziria à destruição seria a larga, mas a estrada da vida seria estreita e apertada, e difícil de seguir. Mesmo assim, o apóstolo Paulo reconheceu que havia algumas pessoas que serviam a Deus com motivo errado. Como disse: “Alguns estão pregando a Cristo por inveja e rivalidade.” Êste parece ser o caso, atualmente, quando os ministros dos dias modernos competem para obter os edifícios mais amplos ou as maiores assistências nas igrejas. Entretanto, Paulo continuou e disse: “Mas outros também por boa vontade. Êstes últimos estão propalando o Cristo por amor, . . . mas os primeiros fazem isso de briga, não com motivo puro.” — Fil. 1:15-17.
5. Como deve ser demonstrado o verdadeiro interêsse na adoração verdadeira?
5 Jeová não considera apenas o serviço que a pessoa presta, a êle, nem a posição dela, mas considera o coração, para determinar o motivo dos que o servem. De maneira que depende de cada cristão considerar o seu motivo pessoal de servir a Deus, se é por razões pessoais, ou por rivalidade, ou por espírito de competição, ou por amor e com boa vontade, e com motivo puro. Não permita que o seu “serviço” seja o de um adorador formal, satisfeito enquanto nada fôr exigido dêle. Tais pessoas até mesmo lamentam o tempo que é ocupado em palestrarem sôbre a sua fé. Conforme o ex-clérigo, a quem já nos referimos, queixou-se: “As pessoas ouvem antes falar sôbre a sua idéia do Cristianismo do que sôbre a de Cristo . . . Não só não queriam ouvi-la; não desejavam falar a respeito dela.” Êle verificou que os que ensinavam às turmas da escola dominical furtavam-se de instruções adicionais, e quando tentou desenvolver um programa, que abrangesse a igreja inteira, de pequenos grupos de palestras nas casas dos membros para desenvolvê-los espiritualmente, não mais do que dez pessoas vieram a assistir a êle, e dentro de dois meses o programa estava morto. Isto certamente dista muito do Cristianismo ensinado por Jesus, quando êle disse: “Tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, de tôda a tua alma, e de tôda a tua mente.” Jesus deu o exemplo por mostrar que a adoração verdadeira é demonstrada pelo serviço. — Mat. 22:37.
SERVIÇO VOLUNTÁRIO PARA JEOVÁ
6. Que atitude mostram milhares de cristãos, na atualidade?
6 Conforme predisse o salmista, há muito tempo atrás, há atualmente homens sôbre a terra que desejam servir a Jeová de tôda a alma. Davi profetizou: “O teu povo se oferecerá voluntàriamente no dia de tua fôrça militar.” (Sal. 110:3) Mostram vivo interêsse em aprender e em estudar a Palavra de Deus. Sentem-se felizes em falar a respeito das Escrituras e sentem-se movidos de um desejo, do fundo do coração, de servirem a Jeová. Como resultado, dedicam sua vida a Jeová, e simbolizam-no pelo batismo público. Esta foi a forma simples dos primitivos cristãos de se tornarem discípulos e é o mesmo método que é praticado pelas hodiernas testemunhas de Jeová. É maravilhoso observar milhares de pessoas darem êste passo cada ano. Em verdade, durante 1963, 62.798 pessoas, em todo o mundo, foram batizadas em símbolo da dedicação de sua vida a Jeová, a fim de participarem no ministério. Não servem por vantagens financeiras, assim como não o fizeram os primitivos apóstolos. Nem se detêm pela falta de interêsse manifesto pelo povo em geral, mas servem pela alegria de representar a Jeová e de promover os interêsses do Reino. Servem por amor a Deus e amor ao próximo. Reconhecem a veracidade das palavras de Jesus, “Não podeis trabalhar como escravos para Deus e para as Riquezas”, e assim colocam os interesses do Reino e o ministério em primeiro lugar em suas vidas. — Mat. 6:24; 1 Cor. 9:18.
7. Por que era falsa a acusação de Satanás?
7 Desde os tempos de Jó, tem sido a contenda de Satanás que os homens servem a Deus por razões egoístas: “É a trôco de nada que Jó teme a Deus? Não cercaste como de uma muralha a sua pessoa, a sua casa e todos os seus bens? Abençoas tudo quanto êle faz . . . Mas estende a tua mão e toca em tudo que êle possui; juro-te que te amaldiçoará em teu próprio rosto.” (Jó 1:9-11, Maredsous) Mas, Jó não servia a Deus a trôco do que pudesse receber no sentido de confortos materiais ou de um modo próspero de vida. Mesmo quando perdeu tôdas as posses, inclusive seus filhos e suas filhas, numa série de calamidades, ainda assim, disse Jó com simplicidade: “O próprio Jeová tem dado, e o próprio Jeová tem tirado. Que o nome de Jeová continue a ser abençoado.” (Jó 1:21) De forma que Jó não serviu a Jeová por causa de benefícios materiais, e nem o faz o povo de Jeová nestes tempos. Sentem-se como o apóstolo Paulo a respeito de seu serviço a Deus, quando êle disse: “Não somos vendedores ambulantes da palavra de Deus, assim como muitos homens são, mas falamos em sinceridade, sim, como enviados por Deus, sob a vista de Deus, em companhia de Cristo.” — 2 Cor. 2:17.
8. Como seguem as testemunhas de Jeová o exemplo de Paulo?
8 Talvez seja surpreendente para muitas pessoas compreender que nas 22.761 congregações das testemunhas de Jeová, em todo o mundo, nem o ministro-presidente, nem seus auxiliares ministeriais estão servindo por causa de receberem salário ou uma casa paroquial ou benefícios de aposentadoria, ou qualquer coisa semelhante a estas. Ao invés disso, sustentam a si próprios como o fizeram os primitivos cristãos e aceitam o ministério como um depósito da parte de Deus. Nisto, seguem o exemplo do apóstolo Paulo. Para não ser pesado aos cristãos aos quais servia, êle trabalhava na sua profissão como fabricante de tendas. Por conseguinte, podia declarar: “De ninguém cobicei a prata, ou o ouro, ou a vestimenta. Vós mesmos sabeis que estas mãos têm cuidado das minhas necessidades, bem como das daqueles que estavam comigo.” Paulo também destacou o motivo correto de participar no ministério, quando disse: “Por labutardes assim, tendes de auxiliar os que são fracos e tendes de ter em mente as palavras do Senhor Jesus, quando êle mesmo disse: ‘Há mais felicidade em dar do que há em receber.’” Assim é que Paulo não participava do ministério em busca de alguma vantagem pessoal, mas, ao invés disso, pela alegria que obtinha em ajudar a outras pessoas e em partilhar a verdade com elas. — Atos 18:3; 20:33-35.
RECOMPENSAS E PROVAÇÕES DO SERVIÇO
9. O que deve incluir a nossa fé? Dêem exemplos de homens de fé e o que aguardavam?
9 Outrossim as Escrituras mostram que Jeová oferece muitas bênçãos espirituais e também a recompensa de vida interminável para os que o servem. Isto não é uma egoísta motivação para o serviço, mas, ao invés, é um encorajamento para a fé e a perseverança e uma evidência do amor de Jeová. As Escrituras contam como homens de fé nos tempos antigos tiveram a confiança nas promessas que Jeová deu e foram encorajados, apesar de violenta oposição. Assim é que Hebreus 11:6 declara: “Além disso, sem fé é impossível agradar-lhe bem, pois aquêle que se aproxima de Deus tem de crer que êle existe e que se torna o recompensador dos que sèriamente o buscam.” Diz-se-nos que Abraão aguardava o arranjo do reino de Deus, “aguardava a cidade que tem verdadeiros alicerces, cujo construtor e criador é Deus”. De Moisés, está escrito: “Estimava o vitupério do Cristo como riqueza maior do que os tesouros do Egito; pois olhava atentamente para o pagamento da recompensa.” — Heb. 11:10, 26.
10. Como sabemos que não é errado aguardar a promessa de uma recompensa?
10 Paulo também mencionou a esperança cristã no futuro como razão de se servir, quando escreveu aos colossenses: “Ouvimos da vossa fé em conexão com Cristo Jesus e do amor que tendes por todos os santos, por causa da esperança que está sendo reservada para vós nos céus. Desta [esperança] já ouvistes antes, por se contar a verdade daquelas boas novas.” Mesmo a respeito de Jesus, disse-se: “Pela alegria que se lhe apresentou, êle aturou uma estaca de tortura, desprezando a vergonha, e se tem assentado à direita do trono de Deus.” De modo que não é egoísmo nem é errado crer que Deus se torna galardoador dos que fervorosamente o buscam, nem se pode dizer que nosso motivo em servir a Êle é errado por motivo de têrmos tal esperança. — Col. 1:4, 5; Heb. 12:2; Rom. 12:12.
11. Como é que a perspectiva de bênçãos futuras ajuda a pessoa?
11 É essa perspectiva de vida no nôvo sistema de coisas, com tôdas as suas maravilhosas bênçãos, que muitas vêzes incentiva os novos estudantes das Escrituras a partilharem a verdade com outras pessoas, e, ao progredirem à madureza, é a convicção do que aprenderam que os mantém fiéis, mesmo depois de muitos anos de serviço. Dá-lhes firme determinação de satisfazer os requisitos divinos para a vida,e têm confiança de que Deus recompensará os que o servem fielmente, muito embora êles sejam confrontados pela morte, devido à sua adoração fiel, assim como Jesus o foi. Jesus predisse que no tempo do fim, tempo em que vivemos agora, haveria muitos homens e mulheres que serviriam fervorosamente a Deus, e assim profetizou: “E estas boas novas do reino serão pregadas em tôda a terra habitada, em testemunho a tôdas as nações; e então virá o fim.” — Mat. 24:14.
12. Por que devemos continuar no ministério de casa em casa, apesar da oposição encontrada?
12 Ser um pregador de casa em casa das boas novas é talvez a mais difícil de tôdas as tarefas. Não vai, trazer para a pessoa uma vida de popularidade ou de títulos lisonjeiros, ou proventos confortáveis, ou poderosas relações no govêrno, assim como não o trouxe para Jesus. Terem os ministros da cristandade o respeito do público, em geral, e uma respeitável posição social, incentivos de salários, e assim por diante, tende a classificá-los como amigos do mundo, semelhantes aos escribas e fariseus dos dias de Jesus, os quais não eram os verdadeiros proclamadores das boas novas, mas, realmente se opunham a elas. Os que trabalham para ganhar a aprovação do atual sistema mundano têm a sua recompensa agora, mas os que servem para promover os interêsses do Reino aguardam a recompensa de vida na nova ordem de justiça. Verificam que, junto com o conhecimento da Palavra de Deus, vem a obrigação de usá-lo, e sentem-se felizes de ter tal privilégio. Realmente todo o cristão está obrigado a servir como ministro de Deus; de outra forma, não poderá dizer verdadeiramente que é cristão ou seguidor de Cristo. Apesar das provações, o ministério é o maior privilégio que a criatura humana pode usufruir, oportunidade que não pode ser comprada com dinheiro, sendo concedida por Deus. — Mat. 23:8-10; Tia. 4:4; João 17:14.
13. Como e por que têm os cristãos mostrado sua devoção a Jeová, apesar da perseguição?
13 As testemunhas de Jeová esperam que a participação no ministério traga oposição, mesmo da parte dos que professam também ser cristãos. Com freqüência, têm sido acusadas falsamente de ser espiões, sionistas, sediciosas, assim como Paulo foi acusado nos seus dias de ser ‘uma peste, e atiça sedições entre todos os judeus, e é uma ponta-delança da seita dos nazarenos’. Durante os anos de guerra, as Testemunhas tiveram de escolher entre renunciar a sua fé ou morrer. Em alguns países, suportaram longos anos de prisão, por terem recusado abandonar sua posição neutra como ministros de Jeová, e algumas delas ainda estão na prisão. Por que é que consideram o serviço a Deus tão importante, a ponto de darem até mesmo a vida por amor a êle? Porque crêem na verdade da Palavra de Deus e têm a esperança de obterem a recompensa de vida interminável. Conforme Paulo explicou: “É, de fato, a homens que agora estou tentando persuadir, ou a Deus? Ou busco eu agradar a homens? Se ainda estivesse agradando a homens, não seria escravo de Cristo.” Paulo estava tão convencido da fidelidade de Deus, que declarou: “Nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem governos, nem coisas presentes, nem coisas por vir, . . . será capaz de nos separar do amor de Deus.” Paulo mostrou sua apreciação pelo amor de Deus através de seu serviço. — Atos 24:5; Gál. 1:10; Rom. 8:38, 39.
14. O que tem que ver o amor com o serviço?
14 Semelhantemente Jesus, mesmo sabendo a porção que estava em reserva para êle, persistiu em seu serviço fiel a Jeová. Viera para efetuar a vontade de seu Pai e resolveu executá-la, mesmo que lhe significasse a morte. O seu proceder firme e seu desejo de ser fiel, sob tôdas as circunstâncias, baseavam-se também no amor, conforme êle disse: “a fim de que o mundo saiba que eu amo o Pai.” Tal amor, hoje em dia, ajuda-nos a testemunhar a todos com quem nos encontramos, com perfeita liberdade de palavra, não nos restringindo de explicar a verdade a outras pessoas. Como disse o apóstolo João: “No amor não há temor.” E por que têm os cristãos êste amor invacilante? ‘Porque Deus nos amou primeiro.’ — João 14:31; 1 João 4:17-19.
SERVIR POR AMOR A DEUS
15. Por que foi que Jesus e os apóstolos serviram a Deus?
15 Se alguém lhe perguntasse por que deveria o cristão servir a Deus, como é que responderia? Certa jovem publicadora das boas novas que oferecia algumas publicações bíblicas a um morador foi inquirida sôbre o que obteria pelo seu trabalho. Ela respondeu: “A vida eterna!” Ela tinha fé na promessa de Jeová. Que razão daria para servir a Deus, que pudesse ajudar a encorajar alguém mais a servir a Êle? Podemos perguntar: Por que foi que Jesus serviu a Jeová? Por causa de seu amor ao Pai o mover a fazer a vontade de seu Pai e testemunhar da verdade. (João 18:37) Por que foi que Paulo serviu a Deus? Por causa de saber que isso significaria vida para êle, e para os que ouvissem à mensagem. Foi por isso que êle serviu qual embaixador das boas novas, continuando a obra que Cristo iniciou. — 2 Cor. 5:20.
16. Quais são algumas das razões fortes para se servir?
16 Assim é que podemos dizer que nosso serviço se baseia em amor a Deus e ao próximo, que está de acôrdo com as instruções do próprio Jesus, e que significa salvação executá-las. (Mat. 22:37-39; 28:19; 1 Tim. 4:16) Servir a Deus fornece verdadeiro motivo de se viver, não apenas para a sobrevivência pessoal, mas para contribuir com algo para a edificação de outras pessoas, dando-lhes esperança de vida, de acôrdo com o propósito de Deus. — Rom. 8:28.
17. Em que se deve basear o nosso serviço? Por quê?
17 Talvez aconteça que algumas pessoas comecem o ministério de casa em casa, especialmente as crianças, porque foram influenciadas pela família ou pelos amigos. Associam-se com a congregação local e participam no serviço sem porem nisso o coração. Outras talvez achem que esta é a melhor religião que já acharam, e, todavia, jamais estudaram suficientemente a fundo para ter um desejo que as mova a partilhar o que já aprenderam. Algumas pessoas talvez gostem da boa associação com pessoas retas e achem que é digno do esfôrço de se cultivar, ao passo que outras talvez até se associem por razões egoístas, para corromper ou até destruir a fé dos com quem se encontrarem. Mas, seja qual fôr a razão, Jeová conhece o coração, e os que servem com motivos errados jamais receberão sua bênção ou a recompensa de vida. Portanto, nosso serviço não se deve basear em temor das conseqüências que advêm de deixar de fazê-lo, nem de razões pessoais egoístas, mas, ao invés disso, em amor verdadeiro e sincero a nosso Criador. — 2 Cor. 6:1, 2; Jer. 20:9.
18. Que atitude devemos ter para com os a quem servimos?
18 Há necessidade de cada pessoa edificar e fortalecer a sua fé, o seu amor e a sua apreciação pela verdade, e, daí, praticar diligentemente a justiça de Deus, que torna o nosso serviço aceitável a êle. Alguém que toma parte no ministério deve sentir-se profundamente preocupado com os a quem êle ministra e fazer todo o esfôrço de melhorar a sua apresentação e eficiência, de modo que possa ser de ajuda às pessoas. Esta é a atitude que o próprio Jeová expressou em Ezequiel 33:11: “Deleito-me, não na morte do iníquo, mas em que alguém iníquo desvie-se de seu caminho e verdadeiramente continue a viver. Desviai-vos, desviai-vos de vossos maus caminhos, pois por que é que morreríeis? Nosso serviço agora bem que poderá, significar vida para nós mesmos, bem como para outras pessoas.
19. O que acontecerá aos que servem por motivos egoístas?
19 Se alguns servem para agradar aos parentes ou a entes queridos, o que acontecerá quando êste velho sistema se aproximar do seu fim e Gogue de Magogue atacar o povo de Jeová? Se o nosso motivo de servir a Deus é realmente o de agradar aos homens, não agradaremos a Deus, nem suportaremos a pressão dêste ataque completo. (Eze. 38:11, 16) Os que servem por razões incorretas ou por interêsses pessoais serão peneirados com o tempo. Não só enfrentarão oposição da parte dos amigos do mundo, ou até mesmo de sua própria família, como no caso de Jó, mas se desvanecerão debaixo das falsas acusações muitas vêzes lançadas contra os cristãos. Se os que servem por motivos falsos não desistirem com o tempo, por si mesmos, por causa de falta de fé, o próprio Jeová, por meio dos anjos, eliminará os que não merecem a vida e os consignará à destruição, na vindoura batalha do Armagedom. (Mat. 24:12; 13:20, 21, 38-41) Torna-se claro que os que servirem temporàriamente por razões egoístas só estão enganando a si mesmos. Jesus enfatizou isto, quando disse: “Nem todo o que me disser: ‘Senhor, Senhor’, entrará no reino dos céus, senão aquêle que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus.” — Mat. 7:21-23.
20. Como podemos fortalecer a nossa posição no favor de Jeová?
20 Se almejarmos estar entre a multidão de verdadeiros louvadores de Jeová, os quais receberão a coroa da vida, então, não nos devemos deixar levar por qualquer oposição que talvez surja contra nós. Ao invés disso, como o homem discreto na ilustração de Jesus, edificaremos a nossa casa sôbre a rocha da obediência a Cristo Jesus, estabelecendo a nossa fé nêle e trabalhando para aprofundar, ampliar e fortalecer o nosso conhecimento da verdade, vivendo de acôrdo com ela e ajudando outras pessoas também a obter um alicerce semelhantemente sólido de obediência, que significará vida. Então, quando as tempestades da oposição, que as Escrituras predizem, avassalarem o povo de Jeová com tribulação tal como jamais ocorrerá de nôvo, nossa obediência fiel não será desmoronada, mas suportará tôda a oposição contundente e nos ajudará a permanecer firmes a favor da adoração correta. (Mat. 7:24-27) Não há nada que possamos dar a Deus para mostrar nosso amor a êle e a nossa apreciação pela vida e as bênçãos futuras que êle nos estende, exceto a nossa adoração e nosso serviço; de modo que devemos dar-lhe isto de todo o coração. — Heb. 13:15.
21. Que bênçãos dá Jeová a seus servos agora? O que se exige de nós?
21 Conhecer e servir a Jeová traz bênçãos mesmo agora. Não temos causa de atemorizar-nos, em virtude das condições instáveis no mundo, mas, ao invés disso, temos paz mental e confiança, por causa de nosso conhecimento das Escrituras. Ao passo que talvez percamos a amizade de conhecidos do mundo ou até mesmo de nossa própria família, recebemos irmãos e irmãs, pais e mães e lares, cêm vezes mais, da família de Jeová, e, em adição a isto, a promessa de vida interminável. Podemos ter certeza disto, “pois Deus não é injusto, para se esquecer de vossa obra e do amor que mostrastes ao seu nome”. Para obter isso, Paulo aconselha: “Mas, desejamos que cada um de vós mostre a mesma diligência, para ter a plena certeza da esperança até o fim, para que não fiqueis indolentes, mas sejais imitadores daqueles que pela fé e pela paciência herdam as promessas.” — Heb. 6:10-12; Rom. 8:6; Mar. 10:30.
22. O que resulta numa posição correta perante Jeová? Qual é o proveito que alguém tem em servir a Deus?
22 Assim é que, ao passo que a maioria talvez escolha uma carreira por causa de desejos pessoais de prestígio ou de boa recompensa financeira, não são estas coisas que obtêm o favor de Deus. Mas, servir a pessoa por motivos bíblicos de amor a Deus e ao próximo, e com apreciação pelas bênçãos e pela esperança que Jeová estende, isso sim, resulta em correta posição perante Deus. Assim como ainda há muita coisa a ser feita agora, na obra de Jeová, e em partilhar a verdade com homens que buscam a Deus, assim também haverá muito a ser feito para embelezar e povoar a terra, durante o reinado milenar de Cristo. O motivo de servir, naquele tempo, continuará a ser o nosso amor a Jeová. Se desejar viver naquele tempo feliz, então, mostre-o por meio de serviço fiel. Lembre-se de que o livro que conserva a memória, de Jeová, está sendo escrito agora. Conforme sua Palavra registra: ‘“E êles certamente que se tornarão meus’, diz Jeová dos exércitos, ‘no dia em que eu produzir uma propriedade especial. E eu mostrarei compaixão para com êles, assim como um homem mostra compaixão para com seu filho que o serve. E vós de nôvo certamente que vereis a distinção entre um justo e um iníquo, entre alguém que serve a Deus e alguém que não o serve.”’ — Mal. 3:17, 18.