Capítulo 4
A transformação do “servo” messiânico
1. Como reagirão os reis da atual geração diante da demonstração de poder do “Servo” messiânico de Jeová?
OS REIS da atual geração da humanidade ‘olharão assombrados’ para a vindoura demonstração apresentada pelo “Servo” messiânico, de sua posição mudada na organização de Deus. Fecharão a boca em silêncio, ao darem consideração à demonstração atemorizante, que confirmará a transformação do “Servo”, de Jeová, o Messias. — Isaías 52:13-15.
2. Por que é que a transformação do “Servo” messiânico não constitui boas novas nem para os “reis” das nações, nem para a maioria dos outros habitantes da terra?
2 A transformação do “Servo” messiânico é da mais alta importância; do contrário, Jeová não teria chamado atenção especial para ela, por meio de seu profeta Isaías, no oitavo século antes de nossa Era Comum. Estas deviam ser realmente boas novas para todos na terra. Mas não as são para os “reis” das nações. Para estes governantes políticos, o caso é de se apegarem ao seu poder político, ou de serem desalojados pelo reino celestial do “Servo” exaltado de Jeová, Jesus, o Messias. Não gostam da idéia de serem desalojados por um governo melhor para todo o povo. Não é de estranhar, pois, que a transformação do antes auto-sacrificado “Servo” de Jeová no Seu servidor mais elevado no universo, não sejam boas novas para eles! Quanto a isso, para quem, dentre os quatro bilhões de habitantes da terra, atualmente, é isso algo a ser crido como boas novas? Quem dentre todos esses bilhões tem fé nestas notícias espantosas, que hoje são proclamadas em todo o mundo pelas testemunhas cristãs de Jeová?
3. De fato, lá quando foi registrada a profecia de Isaías, que pergunta foi suscitada?
3 A questão quanto a se ter fé nesta notícia surpreendente foi suscitada já no oitavo século A. E. C., quando Jeová inspirou Isaías a predizer a mudança maravilhosa na condição do “Servo”. Por isso, logo depois de falar sobre a transformação milagrosa na condição do “Servo”, o profeta Isaías passa a levantar a questão: “Quem depositou fé na coisa ouvida por nós? E quanto ao braço de Jeová, a quem foi revelado?” — Isaías 53:1.
4, 5. No primeiro século E. C., que pergunta surgiu sobre a profecia de Isaías, e por quê?
4 Lá no oitavo século antes de nossa Era Comum, a questão era: É verídica a informação dada a Isaías e relatada por ele à nação de Israel? Ocorreria mesmo a enorme transformação com respeito ao “Servo” de Jeová? Revelar-se-ia o “braço de Jeová”, seu enorme poder para realizar coisas, tornando veraz a informação divulgada? Mais de setecentos e sessenta anos depois, suscitou-se a questão: Mostrou-se veraz a informação transmitida por Isaías? Podia-se divulgar seu cumprimento a todos como fato realizado pelo invencível “braço de Jeová”? Revelou-se Seu “braço” a todos os que têm olhos para ver?
5 Suscitou-se assim no primeiro século E. C. a questão sobre tudo isso, por causa da controvérsia sobre Jesus Cristo, Descendente de Abraão e de Davi. Foi por isso que o apóstolo Paulo escreveu sobre o assunto e mostrou que a informação ouvida por Isaías se cumprira em Jesus Cristo, como o “Servo” mencionado em Isaías 52:13 e 53:11. A glorificação de Jesus Cristo, no céu, depois de seus sofrimentos extraordinários como homem na terra, eram boas novas, Boa-Nova, Evangelho. “Não obstante”, escreveu o apóstolo Paulo com referência especial ao seu próprio povo, “nem todos obedeceram às boas novas. Pois Isaías diz: ‘Jeová, quem depositou fé na coisa ouvida [de] nós?’ De modo que a fé segue à coisa ouvida. Por sua vez, a coisa ouvida vem por intermédio da palavra acerca de Cristo.” — Romanos 10:16, 17.
6. Apesar de que fatos é verdade mesmo hoje que “nem todos obedeceram às boas novas”?
6 Algo similar pode-se dizer hoje. “Nem todos obedeceram às boas novas.” Isto se dá mesmo depois de as testemunhas cristãs de Jeová terem gasto mais de sessenta anos na proclamação de que os “tempos dos gentios” terminaram no outono (setentrional) de 1914 E. C., em plena primeira guerra mundial, e que o “Servo” de Jeová recebeu então um novo enaltecimento, por ser exaltado ao trono do reino messiânico. (Hebreus 10:12, 13; Salmo 110:1, 2; Lucas 21:24; Revelação 12:5-10) A evidência sobrepujante que se acumulou desde 1914 E. C., em prova deste glorioso fato, foi indicada por essas Testemunhas de Jeová. As boas novas sobre o reino messiânico do “Servo” de Jeová são melhores notícias hoje do que eram há dezenove séculos atrás, nos tempos apostólicos. Em vista da relativamente pequena proporção da população do mundo, que depositou fé na “coisa ouvida [de] nós” ou proclamada por nós, pode-se dizer verazmente: “Nem todos obedeceram às boas novas.” Isto explica o estado lamentável do mundo da humanidade hoje em dia.
COMEÇO SEM PERSPECTIVAS PROMISSORAS
7, 8. (a) Para cumprir a profecia inspirada de Isaías, aonde enviou Jeová seu Filho? (b) Como descreve Isaías 53:2 a espécie de começo que teria o Filho de Deus como homem?
7 O que o profeta Isaías passa a contar-nos então, no capítulo cinqüenta e três, depois de fazer as perguntas iniciais, exigia que o “Servo” de Jeová estivesse por um tempo aqui, na terra. Jeová sabia disso, e, no seu tempo devido, enviou seu Filho mais fidedigno desde o céu, para nascer na nossa raça e tornar-se criatura humana, homem, filho duma mulher. Mais do que isso, Jeová deu a este Filho transferido um começo de aparência tão humilde e pobre, que não parecia provável que chegasse a ser alguma coisa, e que a luminosa profecia sobre o “Servo” de Jeová se cumprisse nele. De modo que Isaías explica o motivo de suas perguntas iniciais, por dizer a seguir:
8 “E ele subirá qual rebento perante alguém [um observador] e como raiz dentre uma terra árida. Não tem nenhuma figura imponente, nem qualquer esplendor; e vendo-o nós, não há aparência, de modo que o desejássemos.” — Isaías 53:2.
9. Como se deu que o começo que Jesus recebeu como homem foi humilde?
9 Surge como “rebento”, muda ou renovo, sim, como “raiz” dependente de água em solo seco, árido e crestado. Imagine só! Não seria uma grande humilhação para o “Servo” de Jeová receber tal começo fraco na terra, como homem? Contudo, foi assim que se deu com o começo terrestre de Jesus Cristo. Sem considerar se havia famílias de destaque, muito estimadas, lá no ano 2 A. E. C., com ligações régias com o Rei Davi, Jesus foi dado à luz por uma virgem judia que passou a estar casada com um humilde carpinteiro, na cidade obscura de Nazaré, na Galiléia. Quando Maria deu à luz seu filho primogênito, Jesus, ela estava num estábulo em Belém e deitou o filho recém-nascido numa manjedoura. Sendo visitantes em Belém, encontraram a cidade tão apinhada de gente, que se registravam ali segundo o decreto de César, que não havia para eles nem mesmo lugar num albergue.
10. Como aconteceu que Jesus cresceu em Nazaré, e que efeito teve isso sobre a atitude das pessoas para com ele?
10 Depois de Maria e seu marido carpinteiro, José, se terem fixado numa casa em Belém, tiveram de fugir para preservar a vida de Jesus contra as ordens do Rei Herodes, o Grande, de que os soldados matassem todos os meninos de dois anos ou menos de idade, em Belém. Depois de voltarem da terra de refúgio, o Egito, não voltaram à sua cidade natal de Belém, mas fixaram-se na pouco estimada cidade Galiléia de Nazaré. Jesus cresceu ali e tornou-se carpinteiro igual ao seu Pai adotivo, José. Portanto, era natural que, quando mais tarde se relatou que Jesus era daquela cidade, certo buscador do Messias perguntasse: “Pode sair algo bom de Nazaré?” Numa disputa também se fez a pergunta: “Será que o Cristo vem realmente da Galiléia?” e lançou-se o desafio: “Pesquisa e vê que nenhum profeta há de ser levantado da Galiléia.” — João 1:46; 7:41, 52.
11. Como se mostrou veraz que o “Servo” de Jeová, Jesus Cristo, não tinha “figura imponente”, nem “esplendor”?
11 De modo que Jesus não parecia ter suas raízes terrenas no solo certo, no que se referia à localidade. Embora nascesse como varão perfeito, pela operação milagrosa do espírito de Deus, a humildade de sua relação com a família real de Davi não lhe dava nenhuma “figura imponente” aos olhos daqueles que procuravam um Messias majestoso, com formação muito impressionante, segundo as normas do mundo. Tampouco tinha Jesus qualquer “esplendor” externo, quanto a apresentar-se em grande estilo, a fim de magnificar suas relações régias e sua reivindicação legítima do trono de Davi, em Jerusalém. Jesus sabia que era o “Servo” de Jeová, enviado desde o céu, e que fora feito temporariamente “um pouco menor que os semelhantes a Deus”, “um pouco menor que os anjos”, e que, depois de sua volta ao céu, seria o tempo para Deus cumprir o Salmo 8:5 e coroá-lo de “glória e honra” e sujeitar-lhe “a vindoura terra habitada”. — Hebreus 2:5-9.
12. (a) O que indica que não foi a aparência física de Jesus que o tornou incomum? (b) Então, o que havia na sua “aparência” que fez com que os líderes religiosos, judaicos, não o desejassem?
12 As Escrituras Sagradas não nos fornecem nenhuma descrição inspirada a respeito da aparência física, perfeita, de Jesus, mas, evidentemente, por si mesmo, podia passar por um homem comum. Assim podia subir a Jerusalém de modo incógnito, sem ser identificado na multidão. (João 7:9-13) Embora Jesus Cristo tivesse boa aparência, contudo, foi o que ele representava e o que pregava e ensinava que lhe deu uma aparência diferente aos olhos do povo. A opinião pública a respeito dele estava dividida: “Havia muitos cochichos sobre ele entre as multidões. Alguns diziam: ‘Ele é um homem bom.’ Outros diziam: ‘Não é, mas desencaminha a multidão.’ Ninguém, naturalmente, falava dele publicamente, por causa do temor dos judeus.” E por que havia tal “temor dos judeus”? Porque a multidão sabia que Jesus era homem procurado: “Os judeus buscavam matá-lo.” (João 7:1, 12, 13) Sim, para os líderes religiosos, judaicos, na antiga Jerusalém, não havia “aparência, de modo que o desejássemos”, quer dizer, que desejassem a Jesus, o Messias.
13. (a) Como foi que os líderes religiosos, judaicos, do primeiro século, tornaram Jesus muito repelente tanto para judeus como para gentios? (b) Qual era seu objetivo?
13 No primeiro século E. C., os líderes religiosos, judaicos, que praticavam o judaísmo daqueles dias, eram os que controlavam o pensamento religioso das massas. Faziam as pessoas encarar as coisas do modo em que eles mesmos as encaravam. Eram estes líderes religiosos que chamavam Jesus de beberrão, amigo de cobradores de impostos e pecadores. (Mateus 11:19; Lucas 7:34; 19:1-7) Foram estes líderes religiosos que acusaram Jesus perante o Governador Pôncio Pilatos de ser blasfemador, falso Cristo e sedicioso contra o Império Romano, e também, mais tarde, como “impostor”. (Mateus 27:11-26, 62-64) Assim, Jesus foi feito o menos atraente possível aos olhos do público em geral, judeu e gentio. Os que dominavam a opinião pública não lhe concediam nenhum atrativo. O objetivo disso era apagar todo o desejo público por ele, como o verdadeiro Messias, o Descendente de Abraão e do Rei Davi. Apenas um pequeno restante judaico via o atrativo do verdadeiro Messias em Jesus.
DEU-SE-LHE UMA APARÊNCIA REPELENTE
14. Que descrição adicional deu Isaías 53:3 quanto a como seria tratado o “Servo” de Jeová?
14 Até que ponto Jesus Cristo foi difamado entre seu próprio povo, segundo a carne, é descrito adicionalmente na profecia de Isaías, a respeito do “Servo” de Jeová: “Ele foi desprezado e evitado pelos homens, homem de dores e conhecedor de doença. E era como se se ocultasse de nós a face. Foi desprezado e não o tivemos em conta.” — Isaías 53:3.
15, 16. Quem ‘desprezava’ e ‘evitava’ a Jesus, e por quê?
15 Em harmonia com esta profecia a respeito do “Servo” de Jeová, por quem foi Jesus desprezado e evitado? O registro diz que, mesmo até a última semana de sua vida terrestre, o povo comum ouvia Jesus de bom grado: “E a grande multidão escutava-o com prazer.” (Marcos 12:37) Mas, numa reunião de fariseus e de principais sacerdotes, disse-se: “Será que um só dos governantes ou dos fariseus depositou fé nele? Mas esta multidão, que não sabe a Lei, são pessoas amaldiçoadas.” (João 7:48, 49) Os líderes religiosos, justos aos seus próprios olhos, e os aderentes deles, eram os que desprezavam Jesus e o evitavam, exceto para virem e o atacarem verbalmente, ou tentarem apanhá-lo nas suas palavras, tendo assim com que acusá-lo, para promover seus próprios interesses. — Mateus 12:22-30; Marcos 12:13; Lucas 11:53, 54; 20:20-26.
16 Sob tal influência religiosa, não era de se admirar que a maioria do próprio povo de Jesus ficasse induzido a desprezá-lo e a evitá-lo, bem como seus seguidores, como se ele fosse falso profeta, falso Messias, pseudocristo. Em resultado disso, veio a dar-se o declarado em João 1:10, 11: “Ele estava no mundo, e o mundo veio à existência por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. Veio ao seu próprio lar, mas os seus não o acolheram.” Deu-se exatamente o que Jesus disse aos seus próprios concidadãos ali na sinagoga de Nazaré, na Galiléia: “Deveras, eu vos digo que nenhum profeta é aceito no seu próprio território.” (Lucas 4:24) Também: “Um profeta não passa sem honra a não ser no seu próprio território e em sua própria casa.” (Mateus 13:57; Marcos 6:4; João 4:43, 44) Mas, pense em quanto as pessoas perderam por desprezarem e evitarem o “Servo” de Deus!
17. Visto que o próprio Jesus nunca ficou doente, de que modo mostrou ser “homem de dores e conhecedor de doença”?
17 Como criatura humana, perfeita, nascido sem pecado e doença inerentes, Jesus nunca esteve nenhum dia doente, na sua vida terrestre. Contudo, Isaías 53:3 disse: “Foi . . . homem de dores e conhecedor de doença.” Mas, essas dores não eram suas próprias, tampouco a doença. Ele veio dum céu sadio, mas a um mundo doentio, cheio de dores e conhecedor de todas as espécies de doenças, até a morte. Veio como médico amoroso. Curou a muitos de suas doenças físicas e aliviou-lhes os sofrimentos do corpo. Mas, veio especialmente para aliviar as pessoas pecaminosas de seus males espirituais e aliviá-las de suas dores duma consciência que as condenava. Tampouco evitava os fisicamente doentes ou os espiritualmente enfermos. Quando se hospedou com o cobrador de impostos Zaqueu, de Jericó, e ajudou-o a recuperar a saúde espiritual, Jesus disse: “O Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido.” (Lucas 19:1-10) Quando foi criticado pelos escribas judaicos e fariseus por comer com cobradores de impostos e pecadores, que procuravam a cura espiritual, Jesus disse: “Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os que estão adoentados. Eu não vim chamar os que são justos, mas sim pecadores ao arrependimento.” (Lucas 5:27-32) No entanto, os principais sacerdotes e escribas judaicos, bem como os fariseus, encaravam Jesus como doente e enfermo, que precisava das ministrações religiosas deles.
18. (a) Conforme mencionado em Isaías 53:3, a face de quem é ‘oculta’? (b) Uma comparação de traduções bíblicas indica, evidentemente, que quem é que ‘oculta’ a face?
18 A profecia de Isaías 53:3 diz sobre o “Servo” de Jeová neste respeito: “Era como se se ocultasse de nós a face.” O que se ocultava era a face do “Servo”. Mas a pergunta é: Quem a ocultava? Era o “Servo” que ocultava a sua própria face, igual ao leproso, a quem a lei mosaica ordenava que ocultasse o rosto e clamasse: “Impuro!”? É assim que a tradução da Liga de Estudos Bíblicos verte esta passagem, dizendo: “Como alguém que esconde seu rosto.” Mas a versão do Pontifício Instituto Bíblico de Roma reza: “Como pessoa da qual se desvia o rosto.” Assim, o rosto de quem é ocultado? Será que o de aspecto feio escondia o seu próprio rosto? Ou somos nós os que escondemos o rosto dele? Então, este, de aspecto feio, saberia que nos recusamos a olhar para ele, em horror ou desprezo e desdém. Conforme o fraseia a versão do Centro Bíblico Católico de São Paulo (5.ª edição): “Como aqueles, diante dos quais cobrimos o rosto.” Ou, segundo a versão atualizada da tradução de João Ferreira de Almeida: “Como um de quem os homens escondem o rosto.” Naturalmente, nós mesmos podemos ocultar de nós a face daquele de aspecto feio por simplesmente virarmos a cabeça ou cobrirmos os olhos.
19, 20. (a) Tinha Jesus algum motivo para ocultar seu rosto em embaraçamento? (b) Quem é que o ‘desprezou e não o teve em conta’, e como mostraram isso?
19 Jesus Cristo, porém, não tinha nada de que se envergonhar ou pelo qual devia, embaraçado, ocultar o rosto de nós. Olhava as pessoas nos olhos. (Marcos 3:5; 10:21) Eram seus opositores e inimigos que se recusavam a olhar para ele com favor e reconhecê-lo como o predito “Servo”, o Messias de Deus. Conforme Isaías 53:3 prossegue dizendo: “Foi desprezado e não o tivemos em conta.” Não foi estimado como o Messias; não foi considerado como tendo o valor precioso do Messias. Foi classificado como não valendo mais do que um escravo negociável. (Êxodo 21:32) Trinta moedas de prata, o preço dum escravo em Israel, foi o pagamento que os principais sacerdotes de Jerusalém estipularam a Judas Iscariotes, por lhes trair seu Amo, Jesus Cristo. (Mateus 26:14-16; 27:3-10) Na profecia de Zacarias 11:12, 13, trinta moedas de prata são chamadas sarcasticamente de “valor majestoso”, com que se avaliava um pastor espiritual assim como Jesus Cristo era.
20 Além disso, quando foi para fazer uma escolha perante o juiz provincial Pôncio Pilatos, os líderes religiosos deram a Jesus Cristo menos valor do que ao assaltante criminoso Barrabás. Clamaram ao Governador Pôncio Pilatos que lhes livrasse este assassino, no Dia da Páscoa, em vez de o “Servo” de Jeová, Jesus Cristo. (Mateus 27:15-26) A que extremo maior poderia ir-se para mostrar quanto Jesus Cristo era desprezado pelos que desejavam tirá-lo do caminho? Assim, na pessoa de Jesus Cristo, o “Servo” de Jeová ‘não foi tido em conta’.
OS QUE CONFESSAM SUA RESPONSABILIDADE
21, 22. (a) As pessoas de que nação são indicadas por Isaías como tendo a atitude errada para com o “Servo” de Jeová? (b) O que disse o apóstolo Pedro que “homens de Israel” tinham feito ao “Servo” de Jeová?
21 Notamos a quem o inspirado profeta Isaías envolve em tudo isso? Ele não disse: ‘Foi desprezado e os gentios não o tiveram em conta.’ Não disse que houve ocultamento da face diante dos gentios, das nações não-judaicas. Isaías disse, sob inspiração, que se ocultava a face “de nós”, e que nós “não o tivemos em conta”. (Isaías 53:3) É ao seu próprio povo que Isaías envolve nesta atitude e proceder errados para com o “Servo” de Jeová. Isaías como que faz ali uma confissão pelo seu próprio povo, a nação de Israel. É por isso que o apóstolo Pedro, alguns dias depois da festividade de Pentecostes de 33 E. C., disse a uma multidão de adoradores no pórtico de Salomão, do templo em Jerusalém:
22 “Homens de Israel, por que vos admirais disso [da cura milagrosa que Pedro e João acabavam de realizar], ou porque estais fitando os olhos em nós como se nós o tivéssemos feito andar [o homem curado] por intermédio de poder pessoal ou de devoção piedosa? O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos antepassados, glorificou o seu Servo, Jesus, a quem vós, da vossa parte, entregastes e repudiastes na face de Pilatos, quando ele tinha decidido livrá-lo. Sim, vós repudiastes aquele santo e justo, e pedistes que um homem, um assassino, vos fosse concedido liberalmente, ao passo que matastes o Agente Principal da vida. Mas, Deus levantou-o dentre os mortos, fato de que somos testemunhas. Conseqüentemente, o seu nome, pela nossa fé no seu nome, tornou forte este homem que observais e conheceis, e a fé que é por intermédio dele tem dado ao homem esta saúde completa à vista de todos vós. E agora, irmãos, sei que agistes em ignorância, assim como também fizeram vossos governantes. Mas, deste modo Deus tem cumprido as coisas que ele anunciou de antemão por intermédio da boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de sofrer. Deus, depois de suscitar o seu Servo, enviou-o primeiro a vós, para vos abençoar, por desviar a cada um de vós das vossas ações iníquas.” — Atos 3:12-18, 26; Lucas 23:18-25.
23. Como se juntaram os gentios aos judeus em mostrar que tinham Jesus em pouca conta?
23 Naturalmente, é verdade que os gentios se juntaram aos judeus em mostrar em quão pouca conta tinham a Jesus. Lemos em Mateus 27:27-31: “Os soldados do governador levaram então Jesus para o palácio do governador e ajuntaram em volta dele todo o corpo de tropa. E, tendo-o despido, puseram sobre ele um manto escarlate, e trançaram uma coroa de espinhos e a puseram na cabeça dele, e puseram uma cana na sua direita. E, ajoelhando-se diante dele, divertiam-se às custas dele, dizendo: ‘Bom dia, ó Rei dos judeus!’ E, cuspindo nele, tomaram a cana e começaram a bater-lhe na cabeça. Por fim, tendo-se divertido às custas dele, tiraram o manto e puseram nele sua roupagem exterior, e o levaram para ser pendurado numa estaca.”
24, 25. (a) Mas, a liderança de quem seguiam os gentios neste respeito? (b) Como já fora Jesus tratado perante o Sinédrio judaico?
24 No entanto, aqueles gentios apenas seguiam a liderança que lhes fora provida pelos líderes religiosos, judaicos. Segundo Mateus 26:63-68, depois de Jesus se negar a responder às acusações levantadas contra ele por muitas testemunhas, perante o Sinédrio judaico de Jerusalém, presidido pelo sumo sacerdote, aconteceu o seguinte:
25 “O sumo sacerdote disse-lhe, por isso: ‘Pelo Deus vivente, eu te ponho sob juramento para nos dizeres se tu és o Cristo, o Filho de Deus!’ Jesus disse-lhe: ‘Tu mesmo o disseste. Contudo, eu vos digo: Doravante vereis o Filho do homem sentado à destra de poder e vindo nas nuvens do céu.’ O sumo sacerdote rasgou então a sua roupagem exterior, dizendo: ‘Ele blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? Vede! Agora ouvistes a blasfêmia. Qual é a vossa opinião?’ Eles deram a resposta: ‘Está sujeito à morte.’ Cuspiram-lhe então no rosto e o esmurraram. Outros o esbofetearam, dizendo: ‘Profetiza-nos, ó Cristo. Quem te golpeou?’”
26. Quem iniciou a ação que levou Jesus a julgamento perante o governador romano?
26 Depois daquela sessão noturna do Sinédrio de Jerusalém, houve de madrugada uma reunião dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo, para se consultarem sobre a maneira de eliminar Jesus, a quem o Sinédrio havia condenado à morte como blasfemador. Não foi por qualquer exigência da autoridade gentia, do governador romano Pôncio Pilatos, mas de sua própria iniciativa que decidiram entregar Jesus a Pilatos e a levantar acusações políticas contra ele. — Mateus 27:1, 2.
27. Portanto, segundo os fatos, às mãos de quem sofreu o Messias todos estes maus tratos?
27 Ninguém pode corretamente negar que Isaías era judeu natural, circunciso. Na sua profecia inspirada, ele não desculpa seu próprio povo, nem prediz que seu próprio povo estaria livre da culpa relacionada com os maus tratos infligidos ao “Servo” sofredor de Jeová. Como um dos do seu próprio povo, Isaías usa o pronome “nós” e a primeira pessoa do plural em predizer as indignidades lançadas sobre este “Servo”. Era ao povo de Isaías que este notável “Servo” de Jeová havia de ser enviado, e os fatos da história provam que este “Servo”, o Messias, veio ao povo de Isaías no tempo devido de Jeová. O profeta Isaías predisse como iriam tratar tal “Servo” messiânico. E os fatos históricos mostram que os gentios também ficaram envolvidos. Havia um motivo vital para isso, conforme revela a própria profecia de Isaías.
28. Por que era necessário que Jesus Cristo passasse por todo este sofrimento e desgraça?
28 Aqui parece impor-se a nós a pergunta: Por que sujeitaria Jeová este notável “Servo” seu a todo esse sofrimento e desgraça? Sem dúvida, era para demonstrar uma coisa. Era preciso resolver uma questão, que exigia que o Deus Todo-poderoso permitisse todo esse sofrimento. Em primeiro lugar, Jesus Cristo, enviado na qualidade do predito “Servo”, provou que podia suportar todo este sofrimento e indignidade, mesmo até uma morte dolorosa e ignominiosa numa estaca de execução. Provou que podia ser completamente submisso a Jeová Deus, em todo este sofrimento, sem lamuriar em queixa. Em tudo isso, manteve a sua perfeita inocência, em lealdade e fidelidade imaculadas ao Soberano Senhor Jeová Deus. Ora, este era o ponto a ser salientado. Era a questão predominante a ser resolvida por meio deste “Servo” de Jeová.
29. (a) Quando se suscitara anteriormente a questão a respeito da submissão, lealdade e fidelidade dos servos de Jeová? (b) Por que se suscitou esta questão em conexão com Jó?
29 Declarada em termos claros, a questão da submissão, devoção leal e fidelidade dos servos e adoradores de Jeová fora suscitada com relação ao homem Jó, não muito antes do nascimento do profeta Moisés no século dezesseis A. E. C. O que tornava esta questão tão séria, com aplicação universal, era que uma pessoa espiritual, celestial, o principal adversário de Jeová, Satanás, o Diabo, a havia suscitado. Jó não era hebreu, israelita ou judeu, mas era adorador devoto de Jeová, como único Deus vivente e verdadeiro. Satanás, o Diabo, tinha seus próprios seguidores no céu, os anjos demoníacos, e ele não gostava de ver Jeová apontar para este Jó, da terra de Uz, como caso exemplar de devoção sincera, reverente e de coração puro a Jeová. Satanás não tinha confiança na honestidade e no altruísmo da adoração de Jó a Jeová, nem nos de qualquer outra criatura inteligente em existência, quer no céu, quer na terra. Satanás queria demonstrar um caso notável. Por meio disso, queria provar que tinha razão em não ter confiança em que alguma criatura se apegasse a Jeová qual Deus e Soberano Universal, sem interesse egoísta.
30. O que tentou Satanás provar com respeito a todos os servos de Jeová, no céu e na terra?
30 Portanto, Satanás pôs-se a provar o erro da confiança de Jeová em Jó, e, por meio deste caso de prova, também o erro da confiança de Jeová em todos os outros servos e adoradores dele, no céu e na terra. Não se havia o próprio Satanás, o Diabo, rebelado contra a soberania universal de Jeová? Não tinha também consigo outros rebeldes, os anjos demoníacos? Ora, pensava ele, por que devia qualquer outra criatura ser diferente dele e de seus anjos demoníacos? Satanás pensava e argumentava, por isso, que todos os que ainda se mantinham sujeitos à soberania universal de Jeová haviam sido subornados por Ele. Se apenas tivesse permissão e oportunidade, provaria isto no caso deste homem Jó, classificado como inculpe na devoção a Jeová.
31. (a) Onde foi que Satanás suscitou o desafio a respeito de Jó? (b) Como mostrou Jeová sua confiança no homem Jó?
31 Na presença dos reunidos filhos celestiais de Deus, Satanás disse na face de Deus, a respeito do então próspero Jó: “Mas, ao invés disso, estende tua mão, por favor, e toca em tudo o que ele tem, e vê se não te amaldiçoará na tua própria face.” Tão forte era a confiança de Jeová no homem Jó, que Ele não tinha medo de deixar Jó ser provado assim, a fim de refutar o desafio de Satanás. O próprio Jeová não tocou nos vastos bens de Jó. Deixou que o maldoso Satanás fizesse isso e assim transformasse Jó de “maior de todos os orientais” no mais pobre de todos, privando-o até mesmo de seus sete filhos e três filhas. Rebelou-se Jó contra a soberania universal de Jeová sob a pressão desta extrema adversidade?
32. O que mostram os fatos sobre se Jó se mostrou rebelde sob tal pressão?
32 Não havia nem o mínimo indício de rebelião nas palavras de Jó: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei para lá [para o solo]. O próprio Jeová deu e o próprio Jeová tirou. Continue a ser abençoado o nome de Jeová.” E o historiador acrescenta o comentário: “Em tudo isso Jó não pecou, nem atribuiu a Deus algo impróprio.” — Jó 1:1-22.
33. Como foi Jó afligido adicionalmente quanto à sua saúde e no seu lar, e qual foi a sua reação?
33 Sem se convencer a respeito de Jó, Satanás desafiou Jeová para submetê-lo a outra prova. Novamente, na presença dos reunidos filhos celestiais de Deus, Satanás, disse a Deus: “Pele por pele, e tudo o que o homem tem dará pela sua alma. Ao invés disso, estende agora tua mão, por favor, e toca-lhe até o osso e a carne, e vê se não te amaldiçoará na tua própria face.” Jeová não recuou diante deste desafio, mas deixou que Satanás atingisse Jó com uma doença terrível e repugnante, da cabeça aos pés. A carne dele se decompôs. Perdendo toda esperança de que seu marido se restabelecesse, a esposa de Jó disse-lhe: “Ainda te aferras à tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre!” Será que Jó violou então sua integridade exemplar e amaldiçoou o Soberano Universal às instigações de sua esposa, que havia perdido seus dez filhos de um só golpe? Não, porque o historiador registra: “Mas ele lhe disse: ‘Como fala uma das mulheres insensatas, também tu falas. [Devemos] aceitar apenas o que é bom da parte do verdadeiro Deus e não aceitar também o que é mau?’ Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios.” — Jó 2:1-10.
34. Que efeito tiveram sobre Jó os argumentos dos três pretensos consoladores?
34 Com o decorrer do tempo, três pretensos consoladores vieram como amigos para visitar o mortalmente enfermo Jó. Vieram a ser consoladores lastimáveis. Um após outro, todos os três discutiram com Jó para convencê-lo de que era hipócrita religioso, assim como Satanás havia argumentado perante Deus. Insistiram no argumento de que Jó sempre havia sido pecador, e, por isso, Deus o punia. Jó negou isso corretamente. Recusou desistir da afirmação de sua integridade no passado e disse a estes acusadores: “É inconcebível da minha parte declarar-vos justos! Até eu expirar não removerei de mim a minha integridade!” (Jó 27:5) Apesar da afirmação de Jó, de sempre ter sido homem íntegro até o tempo de sua doença, Jó não achava que Jeová exercia a Sua soberania universal de modo errado e opressivo. Jó não se rebelou contra Deus por deixá-lo sofrer assim perda, doença e acusações falsas, apesar de ter servido e adorado fielmente o Soberano Universal, Jeová.
35. Qual foi o resultado do caso de prova envolvendo Jó, e como resultou em vindicação?
35 Por conseguinte, Satanás não viu nem ouviu Jó amaldiçoar Deus na face. Perdeu este caso decisivo de prova. Mesmo no caso deste homem imperfeito, o desafio de Satanás a Deus mostrou não ter base. Satanás foi obrigado a retirar a mão de tocar nos ossos e na pele de Jó, e o Deus Todo-poderoso curou a Jó. A carne dele tornou-se mais nova do que a dum jovem. (Jó 33:25) Ficou tão rejuvenescido, que se tornou pai de mais dez filhos, sendo sete filhos e três filhas. Ficou também duas vezes mais rico do que antes. Acrescentaram-se-lhe cento e quarenta anos à sua vida e ele viu seus bisnetos. (Jó 42:10-17) Naturalmente, isto foi uma vindicação de Jó como homem de integridade inquebrantável para com o Soberano Universal, Jeová Deus. Sim, mas foi especialmente uma vindicação do próprio Jeová, como Soberano Universal. Ele ocupa legitimamente tal posição. Exerce sua soberania de modo tal, que até mesmo criaturas humanas na terra podem ver a justeza dela e apegar-se a ela inseparavelmente, apesar de sofrimentos.
36. (a) Quando e como foi suscitada pela primeira vez a questão da soberania universal? (b) Que alcance tinha a questão envolvendo a integridade das criaturas de Deus?
36 No entanto, a questão não se resolveu com Jó. Nem era uma questão nova, que surgiu pela primeira vez nos dias de Jó. Naquele tempo, já tinha mais de 2.400 anos. Como? Porque a questão foi suscitada no Jardim do Éden, pouco depois da criação do perfeito Adão e Eva. Naquele tempo, o filho espiritual de Deus, que agora é Satanás, o Diabo, viu o que achava ser uma oportunidade de estabelecer uma soberania para si mesmo, pelo menos sobre a humanidade, se não também sobre anjos. Rebelou-se contra o seu Pai celestial, Jeová, e separou-se da soberania deste. Daí, usando Eva como tentadora, Satanás exerceu pressão sobre o homem perfeito, Adão, para se juntar a ele na rebelião contra o Soberano Universal, Jeová. Assim se suscitou pela primeira vez a questão da soberania universal. O caso não era então apenas: Quem dentre a humanidade aderirá à soberania universal de Jeová, mas, era mais crítico: Quem no céu manterá a integridade para com o Deus Altíssimo e permanecerá leal e fiel à Sua soberania universal como legítima para toda a criação?
37. Por que era especialmente apropriado que o principal Filho celestial de Jeová fosse provado — também como homem na terra — quanto à questão da devoção altruísta à soberania universal de Jeová?
37 Por este motivo, a questão suprema estendia-se tão alto quanto o principal filho celestial de Deus, o principal servidor de Jeová, “o primogênito de toda a criação”. (Colossenses 1:15; Revelação 3:14) Sua posição oficial no céu era a de Logos ou Palavra, Porta-voz. (João 1:1-3) Mais do que todas as outras criações de Jeová Deus, era este servidor mais elevado de Deus que precisava ser testado e provado nesta questão da devoção altruísta à soberania universal de Jeová. Até o tempo de Jó, e por mais de quinze séculos depois, ele havia mantido sua integridade para com seu Pai celestial, Jeová. Havia-se comportado de modo imaculado como servidor principal de seu Pai, como A Palavra. No entanto, isto se dera sem ele sofrer dores físicas, sem passar pela maior humilhação e desonra imerecida. Não foi aqui nesta terra, como homem igual ao perfeito Adão no Jardim do Éden. Mas, agora, que este altamente honrado e respeitado servidor de Deus sofra tais coisas adversas aqui na terra — às mãos de Satanás, o Diabo — e veja-se então se ele manterá sua integridade para com Deus e permanecerá submisso à soberania universal Dele! Este era, logicamente, o raciocínio de Satanás.
38, 39. Logo depois da rebelião no Éden, como indicou Jeová que era do seu propósito que houvesse tal prova?
38 Enfrentar o desafio de Satanás nesta questão, exigiria que o Deus Todo-poderoso trouxesse seu Filho unigênito, o Logos, para baixo à terra, por fazê-lo nascer como criatura humana. Com completa confiança neste Filho amado e na sua devoção inquebrantável ao seu Pai celestial, Jeová propôs-se fazer isso. Tomou este propósito logo depois de Satanás, o Diabo, ter conseguido quebrantar a integridade do homem perfeito Adão. Este propósito está contido nas palavras de Deus, dirigidas à simbólica serpente, no Jardim do Éden:
39 “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o calcanhar.” — Gênesis 3:15.
40. O sofrimento intenso que isso significaria para o Filho de Deus, ao passar por esta prova, é retratado em que profecia?
40 A machucadura do calcanhar do ‘‘descendente’’ da mulher significava intenso sofrimento para o principal servidor celestial de Jeová na terra, das mãos do mesmo que havia causado todo o sofrimento injusto ao fiel Jó. Mas, Satanás, o Diabo, não se satisfazia com menos do que isso. Nunca acharia que se fez uma prova satisfatória, permitindo-lhe provar seu argumento. Seu desafio à soberania universal de Jeová nunca seria enfrentado plenamente sem que se concedesse tal coisa. Jeová apercebia-se disso. Estava decidido a resolver a questão por meio do seu tesouro celestial mais prezado, seu Filho unigênito, seu principal servidor executivo. Sua determinação de fazer isso foi expressa nesta profecia notável a respeito de “meu servo”, apresentada em Isaías 52:13 a 53:12.