Capítulo 9
Crescimento e proteção da organização capital de Deus
1. (a) Quem é o maior Organizador? (b) Segundo Romanos 1:19, 20, o que deviam as criaturas inteligentes na terra ter percebido a respeito deste Organizador?
O MAIOR organizador em existência é a “Grande Causa Primária”, o Criador de todas as coisas feitas. Sua inigualável capacidade de organização é amplamente demonstrada por todas as suas obras no céu e na terra. Na Roma (Itália) do primeiro século, havia os que adoravam, não o deus nacional Júpiter, mas o Deus Todo-poderoso, vivente. A estes adoradores se escreveu por volta dos meados do primeiro século E. C. “Aquilo que se pode saber sobre Deus é manifesto entre eles, porque Deus lho manifestou. Pois as suas qualidades invisíveis são claramente vistas desde a criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas, mesmo seu sempiterno poder e Divindade, de modo que eles são inescusáveis.” (Romanos 1:19, 20) Desde a criação do mundo da humanidade, os homens inteligentes deviam ter podido discernir que há um Criador, Deus, embora fosse invisível e mesmo sem ele falar-lhes desde o invisível. Deviam ter percebido pelas obras visíveis que fez e arranjou tão ordeiramente que ele é um Organizador perfeito.
2, 3. (a) Qual é a base para se crer que Ele organizaria suas criaturas inteligentes com idéias próprias? (b) Que aviso deu Ele por meio de Enoque a respeito de sua organização celestial, invisível?
2 Visto que este Deus soube organizar as criações ininteligentes de modo tão perfeito, nos céus visíveis e na espantosa ecologia da terra, ele pode organizar e organizaria todas as suas criações vivas e inteligentes. Seria no interesse da paz e harmonia universais e para impedir a anarquia, que ele organizasse tais criaturas, de idéias próprias. Ele demonstrou visivelmente a sua capacidade de organização mais de três mil e quatrocentos anos atrás, quando organizou a nação de Israel junto ao monte Sinai, na Arábia, e deu-lhes um código de leis, que não tinha igual entre todas as nações pagãs. Durante um tempo imensurável antes disso, ele já tinha uma organização invisível composta de criaturas espirituais, celestiais. Enoque, sétimo homem da linhagem do primeiro homem, deu a nos, na terra, um aviso a respeito desta organização invisível, dizendo:
3 “Eis que Jeová vem com as suas santas miríades, para executar o julgamento contra todos e para declarar todos os ímpios culpados de todas as suas ações ímpias que fizeram de modo ímpio, e de todas as coisas chocantes que os pecadores ímpios falaram contra ele.” — Judas 14, 15; Gênesis 5:18-24; Hebreus 11:5.
4. Quando fazia a humanidade parte da organização universal de Deus, quando deixou de fazer parte e quando retornará a humanidade àquela organização?
4 O homem e a mulher perfeitos, no jardim edênico que Jeová Deus plantara como seu lar, faziam parte de Sua organização universal. Eram a parte terrestre, visível, dela. E visto que a terra é chamada de escabelo de Jeová, que está entronizado nos céus, o homem e a mulher perfeitos eram a parte mais inferior de sua organização universal. (Isaías 66:1) Quando o homem foi expulso do jardim do Éden por pecar em rebeldia contra Jeová Deus, ele foi expulso da santa organização universal de Deus. Querubins santos, procedentes de sua organização invisível, apareceram à entrada do jardim do Éden e impediram que o homem e a mulher desobedientes voltassem a ele. (Gênesis 3:1-24) Quando o reino messiânico de Deus restabelecer um Paraíso edênico na terra, os obedientes de toda a humanidade serão elevados à perfeição e santidade humana, e depois disso, Jeová Deus, o grande Organizador, fará da humanidade novamente parte de sua organização universal. (Lucas 23:43) Haverá então harmonia sublime entre o céu e a terra.
5. O que se propõe Deus a estabelecer sobre toda a sua criação inteligente e donde se tirarão os membros componentes disso?
5 O organizador perfeito tem mais em mente do que apenas restabelecer a parte terrestre, visível, de sua organização universal. No livro de seus propósitos registrados, a Bíblia Sagrada, ele nos informa a respeito de seu grandioso propósito de estabelecer uma organização capital sobre todas as suas criaturas inteligentes. Logicamente, esta organização capital estará nos santos céus, logo abaixo do próprio Deus Altíssimo. O mais notável de tudo é que aqueles que Ele toma para constituir esta organização capital são tirados da humanidade aqui no escabelo de Deus, a terra. Quanta exaltação isto não é para eles! No último livro da Bíblia Sagrada temos uma ilustração disso.
6. Nos dias de Davi, que foi constituído capital da organização visível de Jeová e como ficou enaltecida sua qualidade de capital nos dias de Davi?
6 Lembramo-nos de que nos dias do Rei Davi, quando a nação de Israel era a organização teocrática, visível, de Jeová Deus, a cidade de Jerusalém foi constituída em capital real desta organização teocrática. (2 Samuel 5:1-10) A categoria de capital, da cidade de Jerusalém, foi enormemente elevada quando a Arca do Pacto de Jeová foi transferida para lá e alojada numa tenda perto do palácio do Rei Davi, em Jerusalém. (2 Samuel 6:11-14; 7:1-3) Jeová estava entronizado nesta tenda sagrada por meio de seu espírito, como Rei celestial, invisível, de Israel.
7-10. (a) O nome de que cidade é adaptado à organização capital de Deus? (b) Como mostra o apóstolo João a aplicação deste nome e como descreve ele a organização capital?
7 Apropriadamente, pois, o nome da Jerusalém terrestre é adaptado à organização capital de Jeová. Só que ela se torna, naturalmente, uma Nova Jerusalém. A Bíblia Sagrada não poderia estar completa sem se trazer este fato glorioso à nossa atenção. Em Revelação, capítulo vinte e um, faz-se a aplicação do nome e identifica-se a organização à qual é aplicado. O idoso apóstolo cristão João escreve e nos diz:
8 “E eu vi um novo céu e uma nova terra, pois o céu anterior e a terra anterior tinham passado, e o mar já não é. Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, e preparada como noiva adornada para seu marido. Com isso ouvi uma voz alta do trono dizer: ‘Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.’
9 “E veio um dos sete anjos que tinham as sete tigelas cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: ‘Vem para cá, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro.’ Levou-me assim no poder do espírito para um grande e alto monte, e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém descendo do céu, da parte de Deus, e tendo a glória de Deus. Seu resplendor era semelhante a uma pedra mui preciosa, como pedra de jaspe, brilhando como cristal. Tinha uma grande e alta muralha, e tinha doze portões, e junto aos portões, doze anjos, e havia nomes inscritos, os quais são os das doze tribos dos filhos de Israel. Ao leste havia três portões, e ao norte havia três portões, e ao sul havia três portões, e ao oeste havia três portões. muralha da cidade tinha também doze pedras de alicerce, e sobre elas os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
10 “E não vi templo nela, pois Jeová Deus, o Todo-poderoso, é o seu templo, também o Cordeiro o é. E a cidade não tinha necessidade do sol, nem da luz, para brilhar sobre ela, pois a glória de Deus a iluminava, e a sua lâmpada era o Cordeiro. E as nações andarão por meio da sua luz, e os reis da terra lhe trarão a sua glória. E os seus portões de modo algum se fecharão de dia, porque não haverá ali noite. E trarão a ela a glória e a honra das nações. Mas, tudo o que não for sagrado, e todo aquele que praticar uma coisa repugnante e a mentira, de modo algum entrará nela; somente os escritos no rolo da vida do Cordeiro entrarão.” — Revelação 21:1-4, 9-14, 22-27.
11. Que corpo é representado pela Nova Jerusalém e qual é a nacionalidade dos membros dela, em que nível oficial?
11 Não há engano sobre isso. Esta “cidade santa”, a Nova Jerusalém, representa a congregação cristã, pura, imaculada e santa. Está composta inteiramente de israelitas espirituais, judeus no íntimo, circuncidados no coração. É verdade que os “doze apóstolos do Cordeiro” eram judeus ou israelitas naturais, circuncisos; mas, a partir do dia festivo de Pentecostes do ano 33 E.C., todos tornaram-se israelitas ou judeus espirituais, pois foi então que se derramou sobre eles o espírito santo de Jeová por meio do Cordeiro Jesus Cristo. (Atos 1:12 a 2:42) Estes israelitas espirituais são 144.000 em número (12 x 12 x 1.000), agrupados como que em doze tribos, sendo os nomes destas doze tribos inscritos nos doze portões da Nova Jerusalém. (Revelação 7:4-8) O que traz à atenção seu cargo oficial é que são chamados os ‘reis da terra’. (Revelação 20:4, 6) São mais elevados do que as “nações” na terra, que andam por meio da luz da Nova Jerusalém. — Revelação 5:10.
12, 13. (a) Na descrição de Revelação, o que mostra que a Nova Jerusalém há de ser uma organização capital? (b) Como é o marido da noiva identificado por uma das simbólicas pedras de alicerce?
12 O nome Nova Jerusalém indica que se trata duma organização capital, parecida à Jerusalém nos dias do Rei Davi e de seu filho, o Rei Salomão. Mas o que mostra que a Nova Jerusalém de 144.000 israelitas espirituais seja a organização capital sobre todo o domínio da criação de Jeová? O seguinte: Nova Jerusalém é chamada “a noiva, a esposa do Cordeiro”. (Revelação 21:2, 9; 22:17) Diz-se a este Cordeiro figurativo: “Foste morto e com o teu sangue compraste pessoas para Deus, dentre toda tribo, e língua, e povo, e nação, e fizeste deles um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e reinarão sobre a terra.” (Revelação 5:9, 10) Este Cordeiro, antigamente morto, é o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Jeová Deus. De acordo com isso, um dos “doze apóstolos do Cordeiro” escreveu aos seus concristãos e disse:
10 “Não foi com coisas corrutíveis, com prata ou ouro, que fostes livrados da vossa forma infrutífera de conduta, recebida por tradição de vossos antepassados. Mas foi com sangue precioso, como o de um cordeiro sem mácula nem mancha, sim, o de Cristo.” — 1 Pedro 1:18, 19; 1 Coríntios 5:7.
14, 15. (a) Quem é a Cabeça desta noiva-esposa? (b) Por causa de que herança dos membros dela eleva-se a posição da noiva-esposa, e o que disse Pedro sobre a condição do Marido?
14 Como marido, o Cordeiro Jesus Cristo é a cabeça de sua noiva-esposa, a Nova Jerusalém: “o marido é cabeça de sua esposa”. (Efésios 5:23) Contudo, a noiva-esposa é composta de filhos de Deus, gerados pelo espírito, que não são só ‘herdeiros de Deus’, mas também “co-herdeiros de cristo”. (Romanos 8:16-18) Tal herança eleva a condição da noiva-esposa, e ela compartilha com seu marido da glória e da honra dele nos céus. Então, qual é a posição celestial de seu “marido”, o Cordeiro Jesus Cristo? Pedro, um dos “doze apóstolos do Cordeiro”, disse a respeito dele:
15 “Cristo morreu uma vez para sempre quanto aos pecados, um justo pelos injustos, a fim de conduzir-vos a Deus, sendo morto na carne, mas vivificado no espírito. . . . pela ressurreição de Jesus Cristo. Ele está à direita de Deus, pois foi para o céu; e foram-lhe sujeitos anjos, e autoridades, e poderes.” — 1 Pedro 3:18, 21, 22.
16. Como entra Paulo, em Filipenses 2:5-11, em maiores pormenores sobre a condição atual do Marido da noiva-esposa?
16 O apóstolo Paulo escreveu a outros “co-herdeiros de Cristo” em mais pormenores ainda, dizendo: “Mantende em vós esta atitude mental que houve também em Cristo Jesus, o qual, embora existisse em forma de Deus, não deu consideração a uma usurpação, a saber, que devesse ser igual a Deus. Não, mas ele se esvaziou e assumiu a forma de escravo, vindo a ser na semelhança dos homens. Mais do que isso, quando se achou na feição de homem, humilhou-se e tornou-se obediente até à morte, sim, morte numa estaca de tortura. Por esta mesma razão, também, Deus o enalteceu a uma posição superior e lhe deu bondosamente o nome que está acima de todo outro nome, a fim de que, no nome de Jesus, se dobre todo joelho dos no céu, e dos na terra, e dos debaixo do chão, e toda língua reconheça abertamente que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus, o Pai.” — Filipenses 2:5-11.
17. (a) Em que posição colocou esta elevação o Filho de Deus e como criou Deus uma “organização” capital? (b) Quanto ao sacerdócio, que posições relativas ocupam Jesus Cristo e os de sua noiva-esposa?
17 Nenhuma criatura poderia elevar-se mais alto do que a “direita de Deus”, e a “posição superior” à qual Deus o enalteceu era esta posição à mão direita. (Salmo 110:1; Atos 2:34-36; Hebreus 1:3, 13; 8:1, 2; 10:12, 13; 12:2) Isto colocou o Cordeiro Jesus Cristo na posição capital sobre todo o restante da criação de Deus. Naturalmente, o Cordeiro Jesus Cristo não é em si mesmo uma “organização”. Mas, visto que Jeová Deus lhe dá uma noiva-esposa, a saber, a congregação de 144.000 co-herdeiros, o Deus Altíssimo cria uma organização capital sobre toda a sua santa organização universal. Nesta organização capital estabelecida pelo Ser Supremo, Jesus Cristo é seu Sumo Sacerdote e os da classe noiva-esposa são 144.000 subsacerdotes, um “sacerdócio real”. (1 Pedro 2:9) Biblicamente, pois, além de qualquer refutação, o Deus Altíssimo, Jeová, tem agora uma organização capital por meio da qual ele trata com todo o restante de sua organização universal.
A TERCEIRA VISÃO
18, 19. (a) Segundo a visão anterior de Zacarias, o que se precisava fazer por Jerusalém? (b) Na sua terceira visão, o que queria fazer o homem com a corda de medir?
18 Este entendimento bíblico da organização capital de Jeová, à qual se dá o nome de Jerusalém, ajudar-nos-á a compreender a terceira visão que o profeta Zacarias teve naquele maravilhoso dia 24 do décimo primeiro mês (sebate) do ano 619 A. E. C. Zacarias acabava de ter a sua visão a respeito dos quatro artífices, enviados por Jeová para “arremessar para baixo os chifres das nações que levantam um chifre contra a terra de Judá para dispersá-la”. Esta dispersão, portanto, incluía Jerusalém, e por este motivo ela teria de ser reajuntada no tempo determinado por Jeová, quando ele ‘retornaria a Jerusalém com misericórdias’. (Zacarias 1:14-21) Segue-se, portanto, logicamente o tema da terceira visão de Zacarias. Foi assim que se deu a visão:
19 “E passei a levantar os olhos e a ver; e eis que havia um homem, e na sua mão havia uma corda de medir. Eu disse, pois: ‘Aonde vais?’ Por sua vez, ele me disse: ‘Medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e qual é o seu comprimento.’” — Zacarias 2:1, 2.
20. (a) O que indicava a seu respeito ser ele homem jovem? (b) Visto que as muralhas de Jerusalém ainda não haviam sido reconstruídas, que medição permitia isso ao moço?
20 O portador da corda de medir mostrou ser um moço, e ele, naturalmente, ainda tinha muita coisa a aprender ou coisas sobre as quais tinha de ser informado. Com todo o ímpeto da juventude, ele estava interessado no pleno restabelecimento de Jerusalém e estava ansioso de ver quão larga ela ficaria e quão comprida devia ficar. Por isso tinha a corda de medir. Havia pelo menos a Jerusalém daquele ano 519 A. E. C. que se podia medir. Entretanto, as muralhas da cidade ainda não haviam sido reconstruídas, nem seriam reconstruídas ainda por muito tempo. Tanto tempo depois quanto o nono mês lunar (quisleu) do ano 456 A. E. C., mais de sessenta e três anos depois, relatou-se na capital persa de Susã: “A muralha de Jerusalém está derrocada e seus próprios portões foram queimados com fogo.” (Neemias 1:1-3) É possível que em 519 A. E. C. a Jerusalém de então ainda não tivesse atingido os limites da anterior cidade, antes do exílio. Ou é possível que a cidade restabelecida fosse estendida além de seus limites anteriores. O moço com a corda de medir talvez pensasse em medir quais deviam ser os limites finais da segunda Jerusalém.
21. Que disse um anjo a outro anjo para avisar o moço com a corda de medir?
21 Era correto que um moço entusiástico fixasse os limites da Jerusalém à qual Jeová retornava com misericórdias? Vejamos isso no que Zacarias relata a seguir: “E eis que saía o anjo que falara comigo e outro anjo saía ao seu encontro. Ele lhe disse então: ‘Corre, fala àquele moço lá, dizendo: “‘Como terra campestre será Jerusalém habitada, por causa da multidão de homens e de animais domésticos no meio dela. E eu mesmo’, é a pronunciação de Jeová, ‘tornar-me-ei para ela uma muralha de fogo ao redor e tornar-me-ei uma glória no meio dela.’”” — Zacarias 2:3-5.
22. Em vista do que aconteceu nos dias do Governador Neemias e também após a destruição de Jerusalém, em 70 E.C., devemos entender de modo literal esta informação dada ao moço?
22 Falava Jeová dos exércitos ali da literal Jerusalém terrestre dos dias de Zacarias? Os fatos posteriores indicaram claramente que Ele não o fazia. Por que não? Porque Jerusalém deixou de ser habitada “como terra campestre”. Sessenta e quatro anos mais tarde, as muralhas de Jerusalém foram completamente reconstruídas sob a liderança do Governador Neemias, em 455 A.E.C. Também, estas muralhas reconstruídas tinham doze portões, conforme relatou o Governador Neemias. (Neemias 2:3 a 6:15; 7:1) Havia o Portão do Vale, o Portão dos Montes de Cinzas e o Portão da Fonte, ao sul; o Portão das Águas, o Portão dos Cavalos e o Portão de Inspeção, ao leste; o Portão da Guarda, o Portão das Ovelhas e o Portão do Peixe, ao norte; o Portão da Cidade Antiga, o Portão de Efraim e o Portão da Esquina, ao oeste. (Neemias 2:13, 14; 3:26, 28, 31; 12:39; 3:32, 3, 6; 2 Crônicas 25:23) Esta cidade foi destruída pelas legiões romanas no ano 70 E.C. (Lucas 21:20-24) A terceira Jerusalém, que ainda existe neste ano de 1973, também é murada e tem portões em todos os quatro lados. Mas, construiu-se uma Jerusalém moderna ao lado dela, cuja população é relatada como sendo de 275.000 habitantes ao todo.
23. (a) Como se torna evidente que Zacarias 2:4, 5, não se cumpre a Jerusalém hodierna? (b) Onde, então, devemos procurar o cumprimento da profecia?
23 Embora a Jerusalém da atualidade se tenha expandido muito além da velha cidade murada, até mesmo à “terra campestre”, nenhum observador informado argumentaria, num mesmo os próprios israelenses, que Jeová dos exércitos se tenha tornado para ela “uma muralha de fogo ao redor” e “uma glória no meio dela”. Quanto à proteção, a Jerusalém da República de Israel confia nas Nações Unidas, das quais é membro desde 1949, e também na ajuda militar fornecida à República de Israel por nações amigas, tais como os Estados Unidos da América, que são na maior parte gentios. Tudo isso nos obriga a olhar para a Jerusalém espiritual em busca do cumprimento da profecia divina de Zacarias 2:4, 5. A profecia tem que ver com o restante dos israelitas espirituais, que ainda se têm de tornar parte da Nova Jerusalém celestial, sob o Governador Zorobabel Maior, Jesus Cristo, a organização capital da organização universal de Jeová.
24. Depois da Primeira Guerra Mundial, quem foram os únicos sobreviventes na terra que eram obrigados a responder à chamada incitante de Isaías 60:1-3, por causa da glória de Jeová?
24 O ano de após-guerra de 1919 E. C., encontrou um restante dos israelitas espirituais sobrevivendo na terra e ansiosamente desejando pregar “estas boas novas do reino” em todo o mundo, em testemunho a todas as nações. (Mateus 24:14) A Nova Jerusalém celestial, sob Cristo, foi representada por este restante fiel. Em vista do que representavam na terra, estes israelitas espirituais eram obrigados a responder à ordem profética incitante: “Levanta-te, ó mulher, dá luz, pois chegou a tua luz e raiou sobre ti a própria glória de Jeová. Pois, eis que a própria escuridão cobrirá a terra e densas trevas os grupos nacionais; mas sobre ti raiará Jeová e sobre ti se verá a sua própria glória. E nações hão de ir à tua luz e reis à claridade do teu raiar. E terão de ir a ti os filhos dos que te atribulam, encurvando-se; e todos os que te tratam com desrespeito terão de curvar-se junto às próprias solas dos teus pés e terão de chamar-te de cidade de Jeová, Sião do Santo de Israel.
25. Até que ponto apressaria Jeová o crescimento de sua organização?
25 “E quanto ao teu povo, todos eles serão justos; por tempo indefinido terão posse da terra, rebentão da minha plantação, trabalho das minhas mãos, para eu ser embelezado. O próprio pequeno tornar-se-á mil e o menor, uma nação forte. Eu mesmo, Jeová, apressarei isso ao seu próprio tempo.” — Isaías 60:1-3, 14, 21, 22.
26. Por que era bem apropriada lá em 1919 E.C. esta chamada incitante para os representantes da “cidade de Jeová”, e como os havia glorificado Jeová?
26 A chamada à espiritual “cidade de Jeová, Sião do Santo de Israel”, foi muito apropriada na ocasião. Lá no ano de 1919 E. C., a perspectiva dos povos da terra era lúgubre e tenebrosa. Hoje é ainda mais tenebrosa! Lá naquele tempo era ocasião de os do restante representativo da Nova Jerusalém se levantarem da condição rebaixada, abatida, à qual as perseguições durante a Primeira Guerra Mundial os haviam levado, e de raiar, de ‘dar luz’. Raiar com quê? Lançar que luz? A única luz que os do restante fiel tinham, não era qualquer esclarecimento mundano desta chamada Era do Cérebro, mas a “glória de Jeová”, que havia raiado sobre seu restante devoto. A glória é resplandecente, magnífica, lançando luz. Jeová os havia glorificado por livrá-los da escravidão e da sujeição abjeta aos seus inimigos religiosos, políticos e militares. Ele havia glorificado o restante por designar os membros dele para ser testemunhas de Sua soberania e embaixadores de Seu reino messiânico estabelecido. Tinham de deixar ver em toda a parte esta “glória de Jeová” sobre eles, atuando como suas testemunhas e seus embaixadores do Reino.
27. Portanto, para quem precisa Jeová tornar-se “uma muralha de fogo ao redor”, e por quê?
27 Então, para quem deve Jeová tornar-se “uma muralha de fogo ao redor”? Não para a Nova Jerusalém, nos céus invisíveis, mas para o restante da Nova Jerusalém, ao passo que os deste restante glorificado saem neste mundo tenebroso e atuem como testemunhas de Jeová dos exércitos e como Seus embaixadores do Reino.
28. Por que é a “muralha de fogo” de Jeová ao redor do seu restante mais eficiente nesta Era da Violência do que as muralhas de pedra em torno da Antiga Jerusalém?
28 Que proteção poderia oferecer uma muralha literal de pedra, tal como cerca a Jerusalém Antiga, na República de Israel, nestes dias de armas nucleares e de mísseis com ogivas nucleares? Tal idéia é ridícula! As muralhas de pedra construídas em volta de Jerusalém pelo Governador Neemias, em 455 A. E. C. (e mais tarde) não resistiram com bom êxito às legiões romanas no ano 70 E.C. Nesta Era de Violência, a potência de fogo nuclear precisa ser enfrentada com fogo. Jeová dos exércitos pode enfrentá-la assim. Ele pode ser e prometeu tornar-se uma “muralha de fogo” ao redor do restante fiel da Nova Jerusalém. Neste caso, quem os poderia assaltar realmente?
29. De que proteção de Eliseu, em Dotã, lembram-se os israelitas espirituais e o que discernem quanto ao que resultaria para os inimigos que tentassem abrir uma “brecha” na muralha que Deus é ao redor deles?
29 Os do restante glorificado dos israelitas espirituais, portanto, não confiam em defesas feitas pelo homem ou naturais. Esperam que Jeová dos exércitos seja uma “muralha de fogo” ao redor deles, embora seja invisível para eles e para seus inimigos. Lembram-se de que os “cavalos e . . . carros de guerra, de fogo”, de que estavam cheios os morros em volta da cidade de Dotã, eram invisíveis ao servo do profeta Eliseu e às forças de guerra da Síria, que cercaram Dotã para capturar Eliseu. (2 Reis 6:13-17) Abrem-se-lhes os olhos espirituais para discernirem que o Deus Todo-poderoso, por meios invisíveis, pode protegê-los e que significaria destruição ardente para qualquer inimigo que tentasse arrombar a “muralha de fogo” e atacá-los. “Porque o nosso Deus é também um fogo consumidor.” — Hebreus 12:29.
30. Como estavam os do restante sobrevivente inclinados em 1919 E.C. a limitar o crescimento da organização e qual era o fato real a respeito da “colheita” dos “filhos do reino”?
30 Por que é que pessoas interessadas, tais como o moço com a corda de medir, pensam em delimitar o crescimento da organização capital de Jeová? Não se deve temer que, de outro modo, a “cidade” fique grande e extensa demais, tornando impossível construir uma “muralha” protetora adequada ao seu redor! Por algum tempo, lá em 1919 E.C., depois de acabar a Primeira Guerra Mundial, os do restante sobrevivente dos israelitas espirituais pensavam que a colheita predita por Jesus para a “terminação do sistema de coisas” havia terminado e que tudo o que precisavam fazer daí em diante, na terra, era uma ‘obra de respiga’, para reunir apenas alguns dos que sobravam ou que haviam sido despercebidos. (Mateus 13:39) Não discerniram no momento que a colheita espiritual estava apenas realmente começando e que havia muitos mais dos “filhos do reino” a serem reunidos à organização capital de Deus, “filhos” que eles não tinham tomado em consideração nas suas idéias preconcebidas. De fato, era preciso reunir o pleno número do restante para elevar o grupo predeterminado a 144.000 “filhos do reino”, durante esta “terminação do sistema de coisas”
31. (a) Que cálculo fazemos da população de Jerusalém nos dias de Zacarias? (b) Como se fez o moço com a corda de medir compreender que seria impróprio ele limitar o tamanho da cidade por temer o quê?
31 Evidentemente, na visão de Zacarias, de 519 A. E. C., o moço com a corda de medir queria delimitar até que comprimento e que largura a restabelecida Jerusalém devia aumentar. Naquele tempo, a população de Jerusalém, pelo que parece, não era muito grande. Lembremo-nos de que apenas 42.360 israelitas e uns 7.560 servos e cantores, num total de uns 4.920 haviam voltado do exílio em Babilônia, em 537 A. E. C., e que mais tarde, no tempo do Governador Neemias, providenciou-se “para trazer para dentro um em cada dez, para morar em Jerusalém, a cidade santa”. De modo que Jerusalém tinha apenas alguns milhares de habitantes nos dias de Zacarias. (Esdras 2:64, 65; Neemias 7:66, 67; 11:1, 2) Portanto, quando o anjo de Jeová disse ao moço que “como terra campestre será Jerusalém habitada, por causa da multidão de homens e de animais domésticos no meio dela”, este sabia que não lhe cabia delimitar o comprimento e a largura de Jerusalém, a fim de por uma muralha material em volta dela. A população dela havia de aumentar segundo o que Jeová se propunha, e ele lhe proveria proteção segura.
32. Embora o número dos participantes dos emblemas na anual Ceia do Senhor aumentasse, o que se dava quanto à proteção de Jeová?
32 No caso dos do restante hodierno dos herdeiros espirituais da organização capital de Jeová, o número dos membros aumentou com o passar dos anos. Por conseguinte, o número dos cristãos dedicados e batizados que assistiu à celebração anual da Ceia do Senhor e que participou dos emblemáticos pão e vinho, aumentou segundo os relatórios enviados para se manter um registro. Não importava até que ponto aumentasse o número dos do restante dos israelitas espirituais de Jeová em toda a terra, Jeová os protegeria como que com “uma muralha de fogo” em todo o redor. Ele os preservou durante todos estes tempos perigosos, até mesmo durante a onda de loucura de guerra, do mundo, durante 1939-1945 E.C., sim, até o presente.
33. O que mostram os fatos quanto a Jeová tornar-se “uma glória no meio dela”, conforme representada pelo restante ungido?
33 Cumpriu Jeová também para com este restante ungido de herdeiros da Nova Jerusalém a sua promessa: “Tornar-me-ei uma glória no meio dela”? (Zacarias 2:5) Fez isso realmente, porque se glorificou por ser o Protetor celestial no meio dos do restante perseguido, hostilizado e combatido. Sobreviverem apesar de não terem uma proteção visível da espécie terrena, carnal, dá glória ao Deus a quem adoram e em quem põem sua confiança. Gloriam-se Nele e não no homem; e depois de anos de testemunho ao seu nome e Reino, adotaram o nome pelo qual são conhecidos mundialmente desde 26 de julho de 1931, a saber, testemunhas de Jeová. Por meio deles, e não por meio de qualquer outra organização religiosa hoje na terra, divulgou-se em toda a terra o nome de Jeová. Eles evitam conscienciosamente lançar qualquer vitupério sobre Seu santo nome. Imitando seu Filho Jesus Cristo, esforçam-se a viver segundo as regras de conduta especificadas na Sua palavra sagrada, a Bíblia Sagrada, obedecendo antes a Ele como governante do que aos homens, e este proceder tem dado glória ao nome Dele. (Atos 5:29) Ele é deveras uma glória no seu meio!
A CHAMADA DO LIBERTADOR
34. Quem é o ponto de reunião ao qual se devem reunir todos os amantes da adoração pura e que convocação para se reunir se tem proclamado desde 1919 E.C.?
34 Não é o Deus glorioso, Jeová dos exércitos, um ponto de reunião ao qual todos os amantes da adoração pura, que não é maculada pela política, pelo militarismo e pelo comercialismo, devem reunir-se em união e fraternidade? Sim! E o lugar de se reunir é onde se vê a Sua glória. Ele faz a chamada para a reunião e liberta seu povo da escravidão religiosa à Babilônia, a Grande, convocando-os a se reunirem. Desde 1919 E. C., tem-se proclamado as palavras de sua chamada: “‘Eh! Eh! Fugi, pois, da terra do norte’, é a pronunciação de Jeová.” — Zacarias 2:6.
35. (a) O que se chamava de “terra do norte” nos dias de Zacarias e por quê? (b) O que prefigurava para hoje a fuga dali?
35 Nos dias do profeta Zacarias, a “terra do norte” era Babilônia, a cidade conquistada pelos medos e pelos persas no ano 539 A. E. C. Babilônia estava realmente ao leste de Jerusalém, mas, quando enviou seus exércitos para destruir Jerusalém, em 607 A. E. C., Babilônia fez os seus exércitos tomar a rota indireta e vir contra Jerusalém procedente do “norte”. (Jeremias 1:14-16; Ezequiel 21:18-22) Também, os territórios conquistados por Babilônia estendiam-se ao norte de Jerusalém. Quando os judeus foram levados ao exílio, nos anos 617 e 607 A. E. C., foram como que levados à “terra do norte”. Podia-se clamar para eles que fugissem daquela terra. Isto prefigurou os nossos tempos modernos. Durante a Primeira Guerra Mundial, os do restante dedicado e batizado dos israelitas espirituais vieram a estar em escravidão à Babilônia, a Grande, isto é, ao império mundial da religião falsa. Foi dali que Jeová dos exércitos chamou o restante arrependido no ano da libertação, 1919 E. C. Era dali que os do restante tinham de fugir, já que ele lhes abrira o caminho.
36. (a) Em que sentido eram verazes naquele tempo as palavras de Jeová: “Eu vos dispersei na direção dos quatro ventos dos céus”? (b) Como eram verazes no que se refere ao restante hodierno?
33 Foi uma dispersão bastante grande das doze tribos de Israel, Judá e Jerusalém que os “chifres” do Império Assírio e do Império Babilônico haviam causado como agentes da disciplina divina aplicada ao povo escolhido de Jeová. Por isso, ele podia corretamente prosseguir, conforme registrado em Zacarias 2:6 (b): “‘Pois eu vos dispersei na direção dos quatro ventos dos céus’, é a pronunciação de Jeová.” Os israelitas que se esquivaram dos conquistadores e que conseguiram escapar diante deles fugiram para diversos países, em direções diferentes. No caso dos do restante hodierno dos israelitas espirituais, eles também foram dispersos em todas as direções, aos “quatro ventos dos céus”. Isto não era necessariamente em sentido físico ou corporal, porque foram dispersos de seu domínio espiritual na terra, dado por Deus.
37. Como se realizou de modo figurativo esta dispersão dos israelitas espirituais?
37 Portanto, a dispersão deles se deu em sentido figurativo. Significava terem sido dispersos em todo tipo de situação ou circunstância que os impediam de agir dentro de seu legítimo domínio espiritual dado por Deus, na terra. Isto resultou em serem limitados nos seus privilégios espirituais, em fazerem seu trabalho espiritual. Por exemplo, proscrições governamentais de certas publicações ou de todas as publicações do restante de Jeová eram uma maneira de fazer isso. Ou a proscrição de sua organização religiosa. Ou lançar alguns dos israelitas espirituais, cristãos, em prisões ou campos militares por se negarem a violar sua neutralidade cristã para com os conflitos internacionais deste mundo. Ou prender os funcionários de suas sociedades jurídicas e mandá-los para prisões ou penitenciárias, sob falsas acusações forjadas por causa da histeria da guerra e do preconceito religioso. Podiam ser métodos de todos os tipos, em todas as direções, só para afastar o restante dos israelitas espirituais de seu domínio espiritual dado por Deus e de seus privilégios e suas atividades cristãos neste domínio espiritual.
38. Por que era apropriado que o anjo de Jeová clamasse para os exilados judaicos: “Escapa-te, tu que moras com a filha de Babilônia”?
38 Nas calamidades sofridas às mãos do Rei Nabucodonosor, de Babilônia, a maior parte dos sobreviventes judaicos foram levados ao exílio em Babilônia e nos seus territórios, que incluíam territórios tirados do anterior Império Assírio. Portanto, era bem apropriado que o anjo de Jeová dos exércitos clamasse então: “Eh, Sião! Escapa-te, tu que moras com a filha de Babilônia. Pois assim disse Jeová dos exércitos: ‘Indo atrás da glória, ele me enviou às nações que vos despojavam; pois aquele que toca em vós, toca na menina do meu olho. Pois eis que sacudo minha mão contra eles e terão de tornar-se despojo para os seus escravos.’ E vós haveis de saber que o próprio Jeová dos exércitos me enviou.” — Zacarias 2:7-9.
39. Ao clamar: “Eh, Silo”, a quem chamava Jeová para escapar?
39 A antiga Sião, que aqui é a mesma que Jerusalém, representava a nação inteira, não apenas os anteriores habitantes exilados da capital. Agora que Babilônia havia sido derrubada, em 539 A. E. C., e Ciro, o conquistador persa, havia emitido seu decreto de libertação dos exilados judaicos, a chamada à Sião foi realmente dirigida a todos os judeus exilados. Eles moravam como exilados “com a filha de Babilônia”, falando-se da cidade de Babilônia como mulher, não mais filha virgem, não violada.
40. Qual é o significado da expressão ‘ir atrás da glória’ em Zacarias 2:8
40 A expressão, ‘ir atrás da glória’, não parece significar ir atrás de glória futura, mas refere-se ao tempo. Jeová obteve glória por vindicar sua palavra de profecia como veraz, no que ele dissera a respeito de disciplinar os israelitas.
41. Ao disciplinarem o povo de Jeová, por que deviam as nações ter mostrado temor e respeito para com Ele?
41 Chegara então o tempo para Jeová dos exércitos dar atenção às nações inimigas, que usara para dar a disciplina, mas que haviam abusado de sua tarefa. Haviam ido longe demais e usado a ocasião para dar vazão ao seu ódio do povo que pertencia a Jeová Deus. Haviam ido longe demais em maltratar Sião e seu povo. (Zacarias 1:15, 21) Deviam ter tido mais consideração ao lidar com Seu povo, que Ele entregara às mãos delas com fins de disciplina. Deviam ter mostrado algum temor do Deus deste povo, algum respeito. Ele declarou o motivo disso, dizendo ao seu povo disciplinado: “Pois aquele que toca em vós, toca na menina do meu olho.”
42. (a) Sacudir Jeová a mão era que aviso duma inversão para as nações perseguidoras? (b) Qual foi tal inversão para Babilônia?
42 Concordemente, quando ele então sacode a mão contra estas nações arrogantes e presunçosas, é um aceno ameaçador da mão, como sacudir o punho. Não é um gesto ocioso, sem significado. Destinava-se a adverti-las de que elas, os dispersadores e despojadores, sofreriam represálias. Tornar-se-iam despojo para os que haviam sido seus escravos no exílio babilônico. Que inversão, e isso da parte de Jeová dos exércitos! Algo similar a esta espécie de inversão aconteceu quando os exilados judaicos foram libertos pelo conquistador Ciro, o Grande, para retornar ao lugar de Jerusalém e reconstruir o templo de Jeová. Quão grande foi a humilhação da Babilônia vencida, quando, segundo Esdras 1:7, 8, “o próprio Rei Ciro trouxe para fora os utensílios da casa de Jeová, os quais Nabucodonosor tinha tirado de Jerusalém e então posto/ na casa do seu deus. E Ciro, rei da Pérsia, passou a trazê-los para fora sob o controle de Mitredate, o tesoureiro, e a enumerá-los para Sesbazar, o maioral de Judá”. — Daniel 1:1, 2; 5:3-23.
43. Como houve uma inversão para Babilônia no caso de Daniel?
43 Com o tempo, e de muitos modos, os ex-cativos israelitas, escravizados, tiveram ocasião para pisar Babilônia sob os pés, tornando-se ela “um lugar pisado como a lama das ruas”. (Miquéias 7:8-10) Com a queda de Babilônia diante de Dario, o Medo, e de Ciro, o Persa, o profeta Daniel deixou de ser escravo de Babilônia e foi constituído um dos “três altos funcionários” que o Rei Dario, o Medo, estabeleceu sobre os cento e vinte sátrapas que estavam sobre todo o reino medo-persa. — Daniel 6:1-3, 28.
44. Como houve uma inversão com respeito à adoração babilônica e a adoração pelo povo de Jeová?
44 Também, em vista da diferença entre a religião dos adoradores persas de Zoroastro e a religião dos antigos sectários babilônicos, os sacerdotes-magos, os conjuradores, os caldeus e os astrólogos ficaram eclipsados em sentido religioso e finalmente se sentiram obrigados a se mudar do centro religioso de Babilônia. Parece que se mudaram para o oeste, para Pérgamo, na Ásia Menor, e dali para a Itália. (Revelação 2:12, 13) Em nítido contraste com isso, os adoradores de Jeová obtiveram o favor dos conquistadores de Babilônia, e seus sacerdotes e levitas foram reempossados no serviço no templo reconstruído de Jeová, no seu lugar original em Jerusalém. Foi assim que “Sião” escapou de Babilônia, voltando para casa.
A REAÇÃO DE DEUS A SE TOCAR “NA MENINA DO MEU OLHO”
45. (a) Quão sensível é Jeová a respeito de alguém tocar no seu povo com violência? (b) Portanto, por que sacode ele sua mão contra as nações atuais?
45 Tudo isso ilustra vividamente que é algo ultrajante para as nações deste mundo tocarem nos adoradores de Jeová de modo violento. Dói a Jeová Deus. É como tocar na menina de seu olho, uma parte muito sensível do corpo. Há muito tempo atrás, lá no ano 1473 A. E. C., o profeta Moisés salientou quão sensitivo Jeová era para com seu povo escolhido, dizendo: “Começou a cercá-lo, a tomar conta dele, para resguardá-lo como a menina de seu olho.” (Deuteronômio 32:10) Ele é igualmente sensitivo para com suas atuais testemunhas cristãs. Mas as nações da cristandade’ e do paganismo preferiram não fazer caso disso, ao tratarem com as testemunhas cristãs de Jeová. de se admirar, então, que ele fizesse conforme predito: “Sacudo minha mão contra eles e terão de tornar-se despojo para os seus escravos”? (Zacarias 2:9) Como tem feito isso?
46. Em 1919 E. C. como fez Jeová que os despojadores de seu povo se tornassem despojo para este?
46 Ele libertou os do seu restante de israelitas espirituais da escravidão religiosa à Babilônia, a Grande, e restabeleceu-os no céu os no seu legítimo domínio espiritual, dado por Deus, na terra. Não se curvam em subserviência abjeta diante dos amantes políticos daquela meretriz internacional, Babilônia, a Grande, mas dizem aos políticos mundanos, que procuram usurpar as coisas pertencentes a Jeová Deus: “Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens.” (Atos 5:29) No ano de libertação de 1919 E.C., começaram a proclamar em toda a parte os julgamentos adversos de Jeová Deus, especialmente contra a organização internacional de paz e segurança mundiais, a saber, a Liga das Nações, dizendo que esta falharia. Por que motivo Porque a Liga Nações fora adotada e feita vigorar em 1919 E.C. pelas nações da cristandade em lugar do reino messiânico de Deus, que havia nascido nos céus no fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E.C. — Revelação 12:5.
47. Como se tornaram estas ocasiões judiciais adversas de Jeová mais acentuadas durante os anos de 1922 a 1928?
47 Estas decisões judiciais adversas de Jeová dos exércitos tornaram-se mais acentuadas e mais amplas durante os sete anos de 1922 a 1928 inclusive. Durante este período, a Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e no Canadá, realizou uma série de assembléias internacionais, anuais, relacionadas com as quais se divulgaram comentários bíblicos que trataram das profecias divinas a respeito destes assuntos religiosos e políticos. Em cada um destes principais congressos anuais dos Estudantes Internacionais da Bíblia adotaram-se resoluções ou declarações, sendo que a primeira destas, em 1922, intitulava-se “Desafio”, e a sétima e última, em 1928, “Declaração Contra Satanás e a Favor de Jeová”. Estas sete resoluções e os discursos públicos em apoio delas, junto com declarações bíblicas relacionadas, correspondem ao que foi predito no último livro da Bíblia, Revelação ou Apocalipse, capítulos 8 a 16.
48. Estas proclamações correspondem a que, em Revelação?
48 Correspondem às sete trombetas tocadas pelos sete anjos, que introduziram sete cenas proféticas. Correspondem também às “últimas sete pragas”, derramadas de tigelas por sete anjos designados. — Revelação 21:9; 15:1 a 16:21.
49. (a) Que efeito teve o cumprimento moderno de tais coisas sobre os envolvidos? (b) Por quanto tempo continuou a publicação de tais julgamentos de Jeová, de modo que o efeito produziu o que nas nações?
49 O cumprimento moderno destas cenas introduzidas por trombetas e das sete tigelas cheias das últimas sete pragas causaram uma grande comoção, desassossego e ressentimento rebelde, tanto em Babilônia, a Grande (incluindo a cristandade), como nos governos políticos, mundiais. A publicação destes julgamentos adversos de Jeová dos exércitos não se limitou apenas a estes sete anos, de 1922 a 1928, mas tem continuado até o presente, em volume e força maior, e em escala mais ampla, do que lá na década dos 1920. Por meio de tal divulgação mundial de suas decisões judiciais, adversas, contra a religiosa Babilônia, a Grande, e seus patrocinadores políticos, Jeová dos exércitos, de fato, está sacudindo o punho, acenando com a mão ameaçadoramente contra as organizações mundiais, religiosas e políticas, que têm despojado seu povo. Faz isso por meio de Suas testemunhas, anteriormente escravos de tais opressores.
50. (a) Quando Jeová finalmente executar estes julgamentos, o que se saberá sobre o ano que foi enviado? (b) Pela execução divina produz-se a vindicação de que pessoas, mesmo em nossos dias?
50 Veremos dentro em pouco a execução destas decisões judiciais, divinas, em todos estes inimigos, que têm causado dor ao Deus Altíssimo, como que tocando na menina de seu olho. Será o tempo momentoso a respeito do qual falou o anjo aos ouvidos de Zacarias, dizendo: “E vós haveis de saber que o próprio Jeová dos exércitos me enviou.” (Zacarias 2:9) Mas, precisamos hoje esperar até este tempo do cumprimento completo? Já agora temos evidências bastantes para provar que este anjo falou a verdade, como que história escrita de antemão. Isto, por sua vez, prova que somente o próprio Jeová dos exércitos podia ser Aquele que enviou este anjo. O profeta Zacarias foi assim também vindicado como registrador de profecia verídica infalível. E que dizer da atualidade? Hoje em dia, também há uma vindicação. De quem? Das testemunhas cristãs de Jeová, que têm chamado atenção para as profecias maravilhosas de Zacarias e para o cumprimento moderno delas.
POR QUE SE FAZ AGORA A CHAMADA PARA ALEGRAR-SE
51. Por que tinham as nações maldosas motivos para clamar alto e para se alegrar durante a Primeira Guerra Mundial?
51 Antigamente, as nações maldosas tinham motivos de clamar alto e de se alegrar com o rumo dos acontecimentos entre os homens. Isto foi quando Jeová dos exércitos deixou que suas testemunhas cristãs caíssem no poder delas, durante a Primeira Guerra Mundial, e as nações ficaram livres para dar vazão ao seu ódio contra estes israelitas espirituais, cristãos. Na ocasião, as nações estavam lutando por causa da questão do domínio do mundo, não do domínio por parte do Criador do céu e da terra, mas do domínio por elas mesmas, quer pelo bloco democrático de nações, quer pelo bloco autocrático e ditatorial. Queriam dominar os recursos da terra e explorá-los por lucro comercial.
52. Por que maltrataram estas nações os israelitas espirituais porque defendiam fielmente o reino messiânico de Deus
52 Eram muito nacionalistas, havendo uma grande febre de patriotismo nacional. No seu empenho de mobilização total do povo para seus fins nacionalistas, ficaram enfurecidas com os que se negaram a integrar-se com elas por causa de sua posição a favor do reino messiânico de Deus, que havia sido inaugurado nos céus no fim dos Tempos dos Gentios em 1914. Portanto, sob a tensão da guerra, as nações maltrataram estes paladinos do reino de Deus. Quanto se alegraram de ter matado a influência destes a favor do reino de Deus!
53. Como é o júbilo das nações descrito em Revelação 11:7-10?
53 Esta exultação e congratulação de si mesmas a que se entregaram as nações animalescas diante desta derrota dos defensores do reino messiânico de Deus foram preditas em Revelação, capítulo onze, que usa figuras de retórica da profecia de Zacarias. Revelação 11:7-10 diz em linguagem representativa: “E quando tiverem terminado seu testemunho, a fera que ascende do abismo far-lhes-á guerra, e as vencerá, e as matará. E os seus cadáveres jazerão na rua larga da grande cidade que em sentido espiritual se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi pendurado numa estaca. E os dos povos, e tribos, e línguas, e nações olharão para os seus cadáveres por três dias e meio, e não deixam que os seus cadáveres sejam colocados num túmulo. E os que moram na terra alegram-se por causa deles e regalam-se, e enviarão dádivas uns aos outros, porque estes dois profetas atormentavam os que moram na terra.” Mas o seu júbilo foi de curta duração.
54, 55. (a) Contudo, quando foi que o restante dos israelitas espirituais foi exortado a gritar com alegria? (b) Isto era igual a clamar para quem, para que gritasse, com que motivo para gritar?
54 Em 1919 E.C., assim como retratado na visão de Revelação, o Deus Todo-poderoso ressuscitou espiritualmente estas testemunhas não enterradas e reativou-as no seu serviço do Reino. As nações e sua prostituta religiosa, Babilônia, a Grande, ficaram consternadas, mas chegara então o tempo para os do restante revivificado dos israelitas espirituais clamarem alto e se alegrarem. Seu Revivificador e Libertador celestial os convidou a fazer isso. Visto que representavam a Nova Jerusalém celestial e eram candidatos a ser membros nela, era como se Deus clamasse para esta organização espiritual. Chamando esta organização de Sião (nome alternativo de Jerusalém), ele disse:
55 “ ‘Grita alto e alegra-te, o filha de Sião; pois eis que venho, e vou residir no teu meio’, é a pronunciação de Jeová. ‘E naquele dia certamente se juntarão muitas nações a Jeová e tornar-se-ão realmente meu povo; e eu vou residir no teu meio.’ E terás de saber que foi o próprio Jeová dos exércitos quem me enviou a ti. E Jeová há de tomar posse de Judá como seu quinhão sobre o solo sagrado e ainda terá de escolher Jerusalém. Cala-te, toda a carne, perante Jeová, porque ele despertou na sua santa habitação.” — Zacarias 2:10-13.
56. (a) Como mostrou Jeová se ele renunciava a sua reivindicação da terra de Judá na desolação dela? (b) Como tomou Jeová novamente posse da terra e que milagre produziu então?
56 Ao vermos o que aquela profecia significava lá nos dias de Zacarias, podemos discernir o que o cumprimento dela significa neste notável século vinte de nossa Era Comum. Lá naquele tempo, deixou Jeová de reivindicar a terra de Judá e permitiu que quaisquer nações gananciosas de território se apossassem dela of que posseiros a ocupassem? De modo algum! Embora fizesse com que seu povo fosse deportado dela para Babilônia, protegeu esta terra e lhe impôs um longo sábado de descanso. Como? Por mantê-la desolada, sem homem nem animal doméstico, assim como predissera. No fim daqueles setenta anos de guarda dum sábado para a terra, ele novamente tomou posse do território de Judá por libertar seu povo exilado e trazê-lo de volta de Babilônia para a sua pátria amada. Escolheu novamente Jerusalém como capital de Judá por fazer os exilados restabelecidos construir uma segunda Jerusalém no local antigo. Assim se produziu uma terra povoada como que com trabalhos de parto “num só dia”. Também, uma nação ‘nasceu’ “de uma só vez” por se restabelecer sua capital em Jerusalém, exercendo o domínio governamental sobre o “solo sagrado” de Judá. (Isaías 66:7, 8) Isto foi milagroso!
57. Portanto, quando passou Jeová a residir na terra de Judá e quando e como tornou-se a sua residência ali mais evidente?
57 Visto que o antigo Israel era uma nação teocrática, sob regência e lei divinas, Jeová Deus reassumiu sua residência em Jerusalém quando ela foi novamente fundada e reconstruída. Isto se tornou tanto mais evidente quando se terminou o templo de Sua adoração em 515 A. E. C. e Sua adoração regular, em plena escala, foi começada ali. Este templo reconstruído seria símbolo para todas as nações circunvizinhas de que Jeová dos exércitos passara a residir ali, que então morava em Sião, em Jerusalém. Era possível chegar-se a ele ali.
58. Que observações favoráveis fariam as pessoas sinceras das nações em redor e o que riam por isso (Zacarias 2:11)?
58 Que efeito teria isto sobre as nações pagãs em volta? Muitas das pessoas naquelas nações ficariam devidamente impressionadas com a evidência de que Jeová dos exércitos era o Deus da verdade; que ele havia demonstrado sua perfeita presciência e sua onipotência por cumprir as profecias dadas em seu próprio nome. Visto que ele havia ressuscitado seu povo de Israel da morte nacional e o havia levantado de seu túmulo em Babilônia, restabelecendo-o na terra dos viventes, na sua própria pátria, estes observadores de coração sincero viram que Ele era o único Deus vivente e verdadeiro, o Único que merecia ser adorado. Desejariam sinceramente adorá-lo, e, se possível, passariam a vir ao seu lugar de residência em Sião (Jerusalém) para fazer isso. Zacarias 2:11 não ficaria sem cumprimento: “E naquele dia certamente se juntarão muitas nações a Jeová e tornar-se-ão realmente meu povo.” Isto indicava um aumento dos adoradores de Jeová em todo o mundo, e não só no “solo sagrado” de Judá.
59, 60. (a) Como aconteceu algo similar com relação aos do restante que eram candidatos a um lugar na Nova Jerusalém e que estavam como que enterrados no domínio de Babilônia, a Grande? (b) Como mostrou Jeová que ele passou a residir com o restante?
59 Não se deu o mesmo também no caso do restante hodierno dos israelitas espirituais? Não têm eles todo motivo para ‘gritar alto e alegrar-se’, como se mandou que fizesse à “filha de Sião” nos tempos antigos, nos dias de Zacarias? Sim! Este restante dos israelitas espirituais é como uma noiva, ‘prometida em casamento a um só marido, a fim de ser apresentada como virgem casta ao Cristo’, e por isso aguarda ter parte na Nova Jerusalém celestial. Esta Nova Jerusalém, com Jesus Cristo por Cabeça, é a organização capital de Jeová Deus sobre toda a sua organização universal. (2 Coríntios 11:2; Revelação 21:2, 9, 10) Durante a Primeira Guerra Mundial, a unidade dos do restante como “nação santa” foi desfeita, eles foram exilados de seu domínio espiritual dado por Deus e foram como que enterrados num túmulo no domínio de Babilônia, a Grande. Depois de acabar este primeiro conflito mundial e cessarem suas pressões, o cumprimento extraordinário do que foi profeticamente representado em Revelação 11:11-13 espantou o mundo!
60 Jeová revivificou espiritualmente os do restante enterrado, tirando-os de seu túmulo em Babilônia, a Grande, restabelecendo-os no seu domínio espiritual, legítimo, na terra, e reintegrando-os como sua “nação santa”, unida. Ele havia escolhido novamente este restante fiel que aguardava a cidadania na Nova Jerusalém, sob Cristo. (Filipenses 3:20, 21) Jeová deu-lhes sua atenção favorável e lhes deu energia, com a poderosa força ativa, seu espírito santo, para empreender um testemunho mundial ao seu reino messiânico, tal como nunca se fez antes em toda a história cristã. (Marcos 13:10; Mateus 24:14; 28:19, 20) Não participaram com as nações da cristandade em adorar a idólatra Liga das Nações como “última esperança do mundo”, mas devotaram-se fervorosamente à adoração do “Deus da esperança” no seu templo espiritual. (Revelação 13:14, 15; 14:9) Tornaram conhecido o nome de seu Deus, Jeová, a um ponto nunca antes igualado. (Isaías 12:4, 5) Por todos os indícios externos, ele havia passado a residir com eles.
61. Portanto, como veio a acontecer que “naquele dia certamente se juntarão muitas nações a Jeová”?
61 Podemos hoje ver o efeito que isto teve sobre os povos do mundo? As nações, como entidades políticas, passaram a ter temores. Mas, no meio destas nações, havia pessoas sinceras e de coração honesto, que tinham fome e sede da religião pura, verdadeira e sensata, que realmente trazia a pessoa em contato com o verdadeiro Deus, digno de adoração. Ao passo que o restante fiel dos israelitas espirituais levou a pregação destas “boas novas do Reino” a cada vez mais partes da terra habitada, cada vez mais destas pessoas que buscavam o verdadeiro Deus foram encontradas. Aprenderam que o Senhor Jesus Cristo é o Messias de Jeová Deus e deram os passos de dedicação a Deus e do batismo em água para se tornarem discípulos de seu Messias. (Mateus 28:19, 20) Resultou em ser assim como predito, que “naquele dia certamente se juntarão nações a Jeová”. (Zacarias 2:11) Nenhuma nacionalidade ou raça estava excluída disso.
62. Até que ponto se tornou isso assim desde 1935 E.C., e como se tornaram estas o “povo’’ de Jeová?
62 Isto se tornou notavelmente assim a partir de 1935 E. C., quatro anos depois de o restante ungido ter adotado o nome de testemunhas de Jeová. A Segunda Guerra Mundial não impediu estes buscadores genuínos do verdadeiro Deus de ‘se juntarem a Jeová’ como discípulos de Seu Messias. Em comparação com quantos eram lá em 1935, sim, e em comparação com os do restante ungido, estes assim ‘ajuntados a Jeová’ tornaram-se uma “grande multidão”, sem que se fixe um número para eles na Bíblia. (Revelação 7:9-17) E, conforme Jeová disse: “Tornar-se-ão realmente meu povo.” Não professam ser do restante ungido dos israelitas espirituais. Isto se dá porque Deus não os gerou com seu espírito santo para se tornarem seus filhos espirituais, embora tenha aceito que se juntassem a Ele, dedicando-se a Ele por meio do Seu Sumo Sacerdote Jesus Cristo. O que os torna aceitáveis a Jeová Deus é o mérito do sacrifício expiatório de Jesus. Por isso ele conta estes dedicados e batizados como “meu povo”, ligado a Ele. Portanto, estes, como “outras ovelhas”, tornam-se “um só rebanho” com o restante ungido, sob o Pastor Excelente, Jesus Cristo. — João 10:16.
63. Sendo tais “ovelhas”, como se ‘juntaram a Jeová’?
63 Estas “outras ovelhas” ouviram a voz do Pastor Excelente e aceitaram a sua chamada, vindo de “muitas nações”. Juntam-se ao restante ungido dos israelitas espirituais na adoração do verdadeiro Deus no seu templo espiritual. (Revelação 7:15) Assim que ‘se ajuntam a Jeová’.
64. (a) Que esperança se lhes apresentou e por quê? (b) Como encheu Jeová a sua casa de glória, por causa delas Ageu 2:7?
64 Visto que Jeová não gerou “outras ovelhas” com seu espírito para se tornarem parte da Nova Jerusalém celestial, apresenta-lhes a esperança de vida eterna no seu “escabelo”, quer dizer, nesta terra, mas então transformada num belíssimo Paraíso. (Gênesis 2:8; Lucas 23:43) Jeová Deus tem feito tremer todas as nações pelo modo em que trata dos assuntos humanos desde 1914 E.C., e estas “outras ovelhas” ficaram assim apercebidas de Seu reino messiânico. Em apreço de Seu reino, têm entrado na sua casa de adoração, e Ele as recebe como adoradores desejáveis. De fato, são as “coisas desejáveis de todas as nações”, que se predisse como ‘entrando’, e por meio delas, no seu lugar de adoração pura, Jeová enche sua casa ou seu templo de glória. — Ageu 2:7.
65. O que mostra a evidência quanto a quem enviou aqueles por meio dos quais obtivemos a terceira visão de Zacarias, e com respeito a que fortalece isso mais ainda a nossa convicção?
65 Atualmente, quase quarenta anos desde aquele ano memorável de 1935 E.C., que trouxe à nossa atenção a “grande multidão” de Revelação 7:9-17, no entendimento correto dela, vemos a grandiosa realização das coisas preditas na terceira visão dada a Zacarias. Portanto, já temos bastante evidência para saber que foi o Deus da verdade, Jeová, e não alguma fonte profética, falsa, que enviou o anjo a Zacarias e seu povo. Este mesmo Jeová enviou também Zacarias como profeta para registrar a visão para nos hoje. Isto fortalece nossa convicção de que todas as outras visões de Zacarias também se cumprirão.
66. O que se nos ordena corretamente a fazer agora, e para fazer o que ‘despertou Jeová na sua santa morada’?
66 Não devemos, então, ficar calados para ouvir o que Jeová tem a dizer? Devemos, sim! Por isso, é altamente apropriada a ordem inspirada com que se encerra a terceira visão dada a Zacarias: “Cala-te, toda a carne, perante Jeová, porque ele despertou na sua santa habitação.” (Zacarias 2:13) Ele despertou na sua santa habitação nos céus para cumprir a sua Palavra.
[Mapa na página 156]
(Para o texto formatado, veja a publicação)
JERUSALÉM NOS DIAS DO RETORNO
Torre de Hananel
PORTÃO DO PEIXE
Torre de Meá
PORTÃO DAS OVELHAS
PORTÃO DA GUARDA
Área do Templo
Vale (Central) de Tiropeom
PORTÃO DE INSPEÇÃO
Praça Pública
PORTÃO DA ESQUINA
Muralha Larga
PORTÃO DE EFRAIM
Torre dos Fornos
PORTÃO DA CIDADE ANTIGA
OFEL
PORTÃO DOS CAVALOS
Praça Pública
Fonte de Giom
PORTÃO DAS ÁGUAS
CIDADE DE DAVI
PORTÃO DO VALE
PORTÃO DA FONTE
Jardim do Rei
PORTÃO DOS MONTES DE CINZAS
Vale de Hinom
Vale da Torrente do Cédron
En-Rogel