“Tenho prazer na casa de meu Deus”
“Não devemos negligenciar a casa de nosso Deus.” — Nee. 10:39.
1. Descreva a estrutura originalmente erigida para a adoração verdadeira, pelos israelitas, no ermo.
HÁ MAIS de trinta e quatro séculos, no ermo inóspito da península de Sinai, erigiu-se uma magnífica tenda. Ela tinha apenas uns quatro metros e meio de largura, uns quatro metros e meio de altura e uns treze metros e meio de comprimento. No entanto, junto com o seu pátio e com toda a mobília, custou bem mais de oito milhões de cruzeiros novos. (Êxo. 38:29-31; notas b e c na ed. inglesa de 1953 da NM.) Tratava-se do maravilhoso tabernáculo erigido em 1512 A. E. C., às ordens de Deus, pelos israelitas libertos por Jeová da escravidão egípcia. (Êxo. 36:2-38:20) Esta grandiosa tenda serviu como centro da adoração verdadeira de Israel por uns 485 anos.
2, 3. (a) Que edifício para o louvor de Jeová inaugurou Salomão em 1027 A. E. C.? (b) Delineie a história posterior do templo em Jerusalém.
2 Em 1027 A. E. C., Salomão, filho de Davi e rei de Israel, inaugurou em Jerusalém outro edifício para o louvor de Jeová, um templo para o qual seu pai recebera a planta arquitetônica por inspiração divina. (1 Crô. 28:11-19) O santuário deste templo, por dentro, media nove metros de largura, vinte e sete metros de comprimento e treze metros e meio de altura. (1 Reis 6:2) O templo, construído principalmente com pedra calcária e madeira de cedro, era decorado de ouro e pedras preciosas, e, sem dúvida, era um dos edifícios mais belos e suntuosos que já se construíram. Para a sua construção haviam sido contribuídos o equivalente de mais de vinte bilhões de cruzeiros novos em ouro e em prata. O Deus Todo-poderoso certamente se agradou dele, pois, após a oração comovente de Salomão, por ocasião da sua dedicação, “desceu dos céus o próprio fogo e passou a consumir a oferta queimada e os sacrifícios, e a própria glória de Jeová encheu a casa”. — 2 Crô. 6:12-7:3.
3 O templo construído por Salomão foi destruído pelos babilônios em 607 A. E. C., e os judeus foram então levados ao exílio. (2 Reis 25:8-12) Soltos de Babilônia, sete décadas depois, pelo rei persa Ciro, retornaram a Jerusalém, e o templo foi finalmente reconstruído ali sob a supervisão de Zorobabel. (Esd. 1:1-4; 3:8-11; 6:14, 15) Séculos depois, Herodes, o Grande, reconstruiu gradualmente este templo, e este último edifício era o que estava de pé quando Jesus Cristo esteve na terra. No entanto, por causa da infidelidade dos judeus para com Jeová, e conforme predito por Jesus, este templo foi arrasado quando os romanos destruíram Jerusalém em 70 E. C. — Mat. 24:1, 2.
4. O que substituiu o tabernáculo e os templos materiais, posteriores? Queira descrevê-lo.
4 O templo foi apropriadamente chamado de “templo de Jeová”, “casa do verdadeiro Deus” e “casa de Jeová”. Jesus chamou-o também de “casa de meu Pai”. (2 Crô. 26:16; Esd. 3:8; João 2:16) O primitivo tabernáculo de Israel e os templos posteriores não existem mais; porém, seu lugar foi ocupado por um templo espiritual ainda mais glorioso. Sobre este, o apóstolo cristão Paulo disse aos concrentes em Éfeso: “Portanto, certamente não sois mais estranhos e residentes forasteiros, mas sois concidadãos dos santos e sois membros da família de Deus, e fostes edificados sobre o alicerce dos apóstolos e profetas, ao passo que o próprio Cristo Jesus é a pedra angular de alicerce. Em união com ele, o edifício inteiro, sendo harmoniosamente conjuntado, desenvolve-se num templo santo para Jeová. Em união com ele também vós estais sendo edificados juntamente como lugar para Deus habitar por espírito.” (Efé. 2:19-22) O espírito de Deus habita nas pessoas que constituem este templo, e elas são “pedras viventes”, edificadas como “casa espiritual”. (1 Ped. 2:4, 5; 1 Cor. 3:16) Os que compõem o templo espiritual somam apenas 144.000, dos quais apenas um pequeno restante vive ainda na terra. — Rev. 7:4-8; 14:1-5.
5. Como mostram os louvadores de Jeová, com esperança terrena, que apreciam ter contato com a classe do templo?
5 O templo espiritual pode estar representado numa congregação local das testemunhas de Jeová pela presença nela de um ou mais seguidores ungidos de Jesus Cristo. Todavia, devido ao pequeno número de tais ainda vivos na terra, as congregações dos servos de Deus, em algumas regiões, compõem-se exclusivamente de louvadores dedicados de Jeová com esperanças terrenas, a “grande multidão”, representados em Revelação como estando de pé perante o trono de Deus e ‘prestando-lhe serviço sagrado, dia e noite, no seu templo’. (Rev. 7:9, 15) Tais pessoas têm vivo apreço de ter contato com os da classe do templo e demonstram isso por cooperarem plenamente com o “escravo fiel e discreto”, composto de todos os cristãos ungidos, na terra, como classe. (Mat. 24:45-47) Por fazerem coisas boas aos “irmãos” de Cristo, seus seguidores ungidos, serão recompensadas com a vida eterna. — Mat. 25:34-40, 46.
HONRAR A JEOVÁ COM COISAS VALIOSAS
6, 7. (a) Qual foi a reação dos israelitas quando tiveram o privilégio de contribuir para a construção do tabernáculo e do templo? (b) Como se prontificam os servos de Jeová nas oportunidades de apoiar a adoração verdadeira? (c) Resulta pobreza desta ação de dar?
6 Os israelitas tiveram o privilégio de contribuir com ouro, prata, cobre, lã, linho e outras coisas para a construção do tabernáculo. Os de coração disposto deram alegremente esta “contribuição pertencente a Jeová”, de fato, contribuíram tanto, que se teve de parar com as doações, porque o material contribuído “mostrou-se suficiente para toda a obra a ser feita, e mais do que suficiente”. (Êxo. 35:4-9, 20-29; 36:4-7) Séculos depois, o idoso Davi se agradou tanto do futuro templo a ser construído em Jerusalém, que contribuiu grandemente para a sua construção, dando coisas tais como ouro, prata, cobre, ferro, pedras de mosaico e pedras preciosas. Mas, Davi disse: “Visto que tenho prazer na casa de meu Deus, ainda tenho uma propriedade especial, ouro e prata; deveras a dou à casa de meu Deus em adição a tudo o que preparei para a casa santa.” Deu ouro e prata adicionais em grande quantidade. Seus co-israelitas, convidados a participar nesta dádiva, contribuíram liberalmente, e “o povo se alegrava por fazerem ofertas voluntárias, pois era de pleno coração que faziam ofertas voluntárias a Jeová; e até mesmo Davi, o rei, se alegrou com grande gozo”. — 1 Crô. 29:1-9.
7 Os servos de Jeová se prontificam hoje de maneira similar quando se pretende construir um edifício para a adoração verdadeira. Apóiam de bom grado tal projeto de modo material, quer seja para ampliar a sede da Sociedade Torre de Vigia ou de uma de suas filiais, quer seja para construir um novo Salão do Reino na localidade. De fato, muitas vezes ajudam pessoalmente, gastando tempo e energia na construção dum Salão do Reino. Jeová os prospera, tornando possível a generosidade cristã de várias espécies. (2 Cor. 9:8-12) Dar apoio à adoração verdadeira por meio de contribuições para promover os interesses do reino de Deus, segundo as possibilidades pessoais, não resulta em pobreza, pois Provérbios 3:9, 10 declara: “Honra a Jeová com todas as tuas coisas valiosas e com as primícias de todos os teus produtos. Então os teus depósitos de suprimentos se encherão de fartura; e teus tanques de lagar transbordarão de vinho novo.”
8. O que têm feito os servos de Jeová, visto que não querem negligenciar a casa de Deus?
8 Os israelitas tiveram o privilégio de apoiar o tabernáculo e os templos posteriores, bem como os serviços sacerdotais e levíticos neles. Nos dias de Neemias, por exemplo, os judeus decidiram cumprir a lei de Deus e fazer contribuições para sustentar a adoração pura no santuário de Jeová, dando-se conta de que não deviam negligenciar a casa de Deus. (Nee. 10:32-39) As testemunhas de Jeová, na atualidade, não são culpadas de negligenciar a casa de Deus. Pois, contribuem, segundo as suas possibilidades, para a manutenção de seus Salões do Reino e para a promoção da obra da pregação das boas novas do Reino. (Mat. 24:14; Mar. 13:10) Fazem isso alegremente, mostrando assim que têm prazer na casa de seu Deus, ao passo que agem em harmonia com as palavras de Paulo “Faça cada um conforme tem resolvido no seu coração, não de modo ressentido, nem sob compulsão, pois Deus ama o dador animado.” — 2 Cor. 9:7.
9. Em vista dos exemplos, com respeito ao templo, o que se deve fazer quando o Salão do Reino precisa de consertos?
9 Com o passar do tempo, o templo construído por Salomão necessitava de alguns consertos, como, por exemplo, nos dias do rei judeu Jeoás. Os responsáveis não agiram então prontamente, mas, por fim, o santuário foi consertado. (2 Reis 12:4-15) Mais tarde, também o Rei Josias, de Judá, se preocupou com o conserto da “casa de Jeová”. (2 Reis 22:3-7) Os servos atuais de Deus mostram que têm prazer na casa de seu Deus por cuidarem da manutenção do Salão do Reino local, não protelando os consertos quando necessários e esforçando-se a contratar os serviços de trabalhadores diligentes e honestos.
10. Que conceito devem os cristãos formar sobre a propriedade do Salão do Reino?
10 Houve ocasiões em que o templo foi saqueado, como na ocasião em que outro Jeoás, rei de Israel, atacou Jerusalém nos dias do rei judeu Amazias e “tomou todo o ouro, e a prata, e todos os objetos que se achavam na casa de Jeová e nos tesouros da casa do rei, bem como os reféns, e então retornou a Samaria”. (2 Reis 14:11-14) Tal incidente possivelmente induza o servo de Jeová, hoje em dia, a ter cuidado no uso da mobília e de outros objetos no Salão do Reino. Não desejará nunca tornar-se culpado de apropriar-se indevidamente, para uso pessoal, de qualquer item pertencente à congregação em geral. A propriedade do Salão do Reino deve ser considerada com respeito, primeiro, como propriedade de Jeová, e depois, como propriedade da congregação cristã que usa aquele local de adoração. Lembre-se, também, de que o rei babilônico Nabucodonosor despojou o templo de Jeová de seus objetos valiosos e mandou destruir aquele edifício glorioso. (2 Reis 25:8-17) Os cristãos nunca desejarão tornar-se iguais àquele monarca pagão, nem mesmo no grau mínimo, pelo mau uso do Salão do Reino ou dos objetos ali existentes!
A NECESSIDADE DE LIMPEZA
11, 12. (a) Que requisitos quanto à limpeza tinham de ser satisfeitos pelo povo e pelos sacerdotes de Israel? (b) Por que foi necessário que os judeus libertos do cativeiro babilônico fossem limpos? (c) Aplica-se Isaías 52:11 aos cristãos?
11 Tem também o privilégio de fazer a sua parte em limpar o Salão do Reino e mantê-lo em boas condições. Além disso, a pureza física e espiritual é essencial para os que desejam servir a Jeová. Os israelitas deram atenção à pureza corporal e religiosa, cabendo-lhes lavar suas vestes e banhar-se, por exemplo, com relação a qualquer impureza resultante de certas emissões corporais. (Lev., capítulo 15) A limpeza corporal e a cerimonial não eram a mesma coisa, mas uma podia envolver a outra, conforme acabamos de observar. Tomaram-se medidas sanitárias para a eliminação dos excrementos humanos. (Deu. 23:12-14) No tabernáculo, e depois no templo, providenciaram-se grandes bacias com água para os sacerdotes usarem na lavagem. Portanto, eles deviam estar tanto física como espiritualmente limpos ao ministrarem no santuário de Jeová. (Êxo. 30:17-21; 2 Crô. 4:6) Antes do livramento dos judeus do cativeiro babilônico (em 537 A. E. C.), Isaías foi inspirado a dizer-lhes: “Desviai-vos, desviai-vos, saí de lá, não toqueis em nada impuro; saí do meio dela, mantende-vos puros, vós os que carregais os utensílios de Jeová.” (Isa. 52:11) Imagine só! Teriam o privilégio de carregar de volta, a Jerusalém, os utensílios sagrados que Nabucodonosor tirara do templo de Jeová, anos antes. Estes utensílios sagrados, certamente, só deviam ser levados por adoradores puros de Jeová, pois Deus não usa pessoas impuras no seu serviço.
12 Ampliando o significado de Isaías 52:11 e aplicando este texto aos cristãos, o apóstolo Paulo escreveu: “Não vos ponhais em jugo desigual com incrédulos. Pois, que associação tem a justiça com o que é contra a lei? Ou que parceria tem a luz com a escuridão? Além disso, que harmonia há entre Cristo e Belial? Ou que quinhão tem o fiel com o incrédulo? E que acordo tem o templo de Deus com os ídolos? Pois nós somos templo dum Deus vivente; assim como Deus disse ‘Residirei entre eles e andarei entre eles, e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.’ ‘“Portanto, saí do meio deles e separai-vos”, diz Jeová, “e cessai de tocar em coisa impura’; “‘eu vos acolherei”’.” (2 Cor. 6:14-17) O restante fiel dos judeus libertos, na antiguidade, afastou-se de Babilônia e de sua religião falsa, idólatra, para estar livre da contaminação com a sua impureza e ser puro de coração. De modo similar, os cristãos abandonaram Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa, e não se aviltam com a sua impureza. (Rev. 18:1-8) Tendo prazer na casa de seu Deus, Jeová, adoram-no com espírito e verdade. — João 4:23, 24.
13. Por que razão exortou Paulo certa vez os cristãos coríntios a expulsarem da congregação um homem imoral?
13 Todos os cristãos dedicados precisam aperceber-se da necessidade da pureza moral e espiritual. A congregação cristã, na antiga Corinto, tolerou certa vez um homem imoral no seu meio, de modo que Paulo teve de exortar seus concrentes a expulsarem esse iníquo, entregando-o “a Satanás, para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor”. Paulo sabia que era preciso agir contra o transgressor, porque “um pouco de fermento leveda a massa toda”. (1 Cor. 5:1-6) Foi necessário expulsá-lo da congregação, para que o espírito da congregação, baseado na Palavra escrita de Deus pudesse ser salvo.
14. (a) Por que precisa o cristão ter conduta excelente? (b) Que qualidade identifica os discípulos de Jesus, e como a definiu Paulo?
14 É vital que o cristão mantenha conduta excelente (1 Ped. 2:12), pois a sua ação pode influir na congregação com que se associa. Fará bem em lembrar-se também das palavras do salmista: “Ó Jeová, quem será hóspede na tua tenda? Quem residirá no teu santo monte? Aquele que anda sem defeito e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração.” (Sal. 15:1, 2) O desejo de Paulo era que os cristãos filipenses estivessem “cheios de fruto justo, que é por intermédio de Jesus Cristo, para a glória e o louvor de Deus”. (Fil. 1:9-11) Instou com os concrentes romanos que não ficassem devendo nada a ninguém, exceto o amor (Rom. 13:8), e ele foi inspirado a apresentar um ótimo epítome desta qualidade esplêndida, por escrito, aos cristãos em Corinto. Mostrou que o amor é longânime, benigno, e não é ciumento. Não se gaba, não se enfuna, não se comporta indecentemente, não procura os seus próprios interesses, não fica encolerizado, não leva em conta o dano, nem se alegra com a injustiça. Alegra-se com a verdade, e suporta, acredita, espera todas as coisas e persevera nelas. “O amor nunca falha.” (1 Cor. 13:4-8) Os discípulos de Jesus Cristo são identificados pelo amor que prevalece entre eles. (João 13:34, 35) E o cristão, por meio desta conduta piedosa em geral, mostra que tem prazer na casa espiritual de Deus, que êle preza a sua relação com ela e com Jeová Deus.
“SUBAMOS À CASA DE JEOVÁ”
15. Para que festividades anuais se reuniam os israelitas no santuário de Jeová? Que proveito resultou de estarem presentes?
15 Quanto prazer dava reunir-se com outros no santuário de Jeová, nos tempos antigos! Os israelitas tinham o privilégio de fazer isso três vezes por ano — para celebrar a festividade dos pães não fermentados, a festividade da colheita e a festividade do recolhimento. (Êxo. 23:14-17) Quando o templo existia em Jerusalém, havia grande expectativa quando as multidões se aproximavam desta cidade. Na sua altitude de cerca de 800 metros, era deveras ‘bonita pela elevação, a exultação da terra inteira’. (Sal. 48:1, 2) Ali no templo se podia ouvir a leitura da Palavra de Jeová, observar os sacerdotes em ação e ouvir a fusão de muitos instrumentos musicais e das vozes dos levitas em cânticos de louvor a Jeová. Também os serviços no primitivo tabernáculo foram de alto proveito espiritual, e por isso não é de se admirar que Davi exclamasse: “Alegrei-me quando me disseram: ‘Subamos à casa de Jeová.’” — Sal. 122:1.
16. Que benefícios se alcançam quando os cristãos se reúnem para receber instrução da Palavra de Deus?
16 Os cristãos, hoje em dia, não se reúnem três vezes por ano num tabernáculo ou templo específico, embora se reúnam semanalmente para estudos e considerações bíblicos nos seus Salões do Reino e também se reúnam de vez em quando em congressos. Quando se congregam para obter instrução da Palavra de Deus, estimulam-se mutuamente ao amor e a obras excelentes. (Heb. 10:24, 25) Em tais reuniões, recebem encorajamento, assim como se deu com os cristãos em Antioquia, há dezenove séculos atrás, conforme relata Lucas: “Judas e Silas, visto que eles mesmos também eram profetas, encorajaram os irmãos com muitas dissertações e os fortaleceram.” (Atos 15:30-32) A associação com os concrentes também os aguça espiritualmente, porque as Escrituras declaram: “O ferro se aguça com o próprio ferro. Assim um homem aguça a face de outro.” — Pro. 27:17.
17. Que conselho se dá quanto a se responder a perguntas e quanto a se escutar nas reuniões cristãs?
17 A fim de tirar o máximo proveito das reuniões cristãs, pense profundamente quando o servo que dirige a reunião propõe perguntas. Ao comentar uma pergunta, esforce-se a expressar a idéia nas suas próprias palavras, pois, raras vezes basta apenas ler a resposta na publicação cristã. É importante compreender o que se quer dizer nela. O eunuco etíope, a quem Filipe pregou, talvez pudesse ter respondido a algumas perguntas sobre a profecia de Isaías, pois a estava lendo. Era capaz de ler o que dizia. Mas, não podia compreender o que se queria dizer numa das suas profecias messiânicas. O significado mais profundo lhe era obscuro, até que Filipe, começando com o texto em questão, “declarou-lhe as boas novas a respeito de Jesus”. (Atos 8:26-39) Hoje, de modo similar, quem pensa profundamente e escuta atentamente as expressões dos outros, nas reuniões cristãs, pode chegar a compreender alguma questão bíblica mais difícil. Quão sábio é, portanto, que se raciocine ativamente sobre a informação provida em tal reunião por meio dum discurso bíblico, duma demonstração ou por outro meio.
18, 19. Que encorajamento há para os que se sentem acanhados e que acham difícil expressar-se verbalmente nas reuniões cristãs?
18 Todavia, alguns têm dificuldade de comentar, de se expressar. Sentem-se acanhados e gostariam de ficar calados, deixando outros falar. No entanto, estes podem sentir-se animados pelo fato de que outros, com sentimentos similares, fizeram progresso espiritual. Paulo disse amorosamente a Timóteo: “Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de poder, e de amor, e de bom juízo. Portanto, não te envergonhes do testemunho a respeito de nosso Senhor.” (2 Tim. 1:7, 8) Por certo, Jeová, “que diariamente carrega o fardo para nós” e que ‘não pode permitir que seu pé cambaleie’, ajudá-lo-á a expressar sua fé verbalmente nas reuniões cristãs e em outra parte. — Sal. 68:19; 121:3.
19 Se alguém não for orador fluente, é um pouco semelhante a Moisés. Quando Jeová decidiu usá-lo para realizar o livramento de Israel do Egito, Moisés disse: “Perdão, Jeová, mas eu não sou orador fluente, nem desde ontem, nem desde antes, nem desde que falaste a teu servo, pois sou vagaroso de boca e vagaroso de língua:” Mas, Jeová colocou as coisas no seu devido lugar e então disse a Moisés: “Eu mesmo mostrarei estar com a tua boca e hei de ensinar-te o que deves dizer.” A seguir, Deus providenciou que o irmão de Moisés, Arão, acompanhasse a este, e assegurou a Moisés: “Eu mesmo mostrarei estar com a tua boca e com a sua boca, e hei de ensinar-vos o que deveis fazer.” (Êxo. 4:10-17) De fato, Arão serviu como porta-voz de Moisés, mas o próprio Moisés falou também bastante, pessoalmente. Por exemplo, o livro de Deuteronômio consiste nos discursos que Moisés proferiu aos israelitas após a morte de Arão e pouco antes de sua própria morte. (Núm. 20:22-29; 33:37, 38; Deu. 10:6; 34:1-8) Portanto, recorra a Jeová em busca de ajuda e expresse verbalmente a sua fé, nas reuniões cristãs. Este é um modo de mostrar que tem prazer na casa de Deus. Davi disse “Vou declarar o teu nome [de Deus] aos meus irmãos; no meio da congregação te louvarei.” (Sal. 22:22) Se pensar do mesmo modo, mostre-o nas reuniões cristãs por participar nelas em toda oportunidade.
BENDIGA A JEOVÁ O DIA INTEIRO
20. Que espécie de sacrifícios oferecem a Jeová os que se deleitam com a casa de Deus? Por quê?
20 Há séculos atrás, Davi exclamou a respeito de Jeová: “Vou bendizer-te o dia inteiro e vou louvar teu nome por tempo indefinido, para todo o sempre.” (Sal. 145:2) Pensa assim? Em caso afirmativo, desejará querer bendizer a Jeová e louvar seu nome constantemente. Quando os israelitas tinham prazer na casa de Deus, ofereciam fielmente sacrifícios apropriados a Jeová, tanto de animais como dos produtos da colheita. Os que se deleitam com a casa de Deus hoje em dia, oferecem sacrifícios aceitáveis de espécie diferente, fazendo-o porque desejam bendizer a Jeová e louvar o seu nome. Há muito tempo atrás, exortou-se o Israel errante: “Volta deveras a Jeová, teu Deus, ó Israel, pois tropeçaste no teu erro. Tomai convosco palavras e voltai a Jeová. Dizei-lhe, todos vós: ‘Que tu perdoes o erro; e aceita o que é bom, e nós ofereceremos em troca os novilhos de nossos lábios.’ (Osé. 14:1, 2) Os servos de Jeová oferecem agora os ‘novilhos de seus lábios’ e acatam a admoestação: “Por intermédio [de Jesus Cristo] ofereçamos sempre a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios que fazem declaração pública do seu nome.” (Heb. 13:15) Sim, louvam a Jeová oralmente com alegria, como na obra de pregar e ensinar o Reino. Mostre o seu deleite com a casa de Deus por oferecer regularmente tal louvor a Jeová.
21. De que modo, então, se pode mostrar que se tem prazer na casa de Deus?
21 Embora não existam mais em algum lugar na terra o magnífico tabernáculo ou o templo material de Jeová, mostre que se agrada com o templo espiritual mais glorioso. Coopere plenamente com a classe do templo espiritual. Continue a manifestar seu agrado com a casa de Deus por obras tais como honrar a Jeová com as suas coisas valiosas, por manter a pureza espiritual, por freqüentar as reuniões cristãs e participar nelas, e por louvar alegremente a Jeová o dia inteiro. Seja a sua atitude para com Jeová, Sua adoração e a casa de Deus semelhante à de Davi, que declarou: “Uma coisa pedi a Jeová — é o que procurarei: Morar na casa de Jeová todos os dias da minha vida, para contemplar a afabilidade de Jeová e olhar com apreciação para o seu templo.” — Sal. 27:4.
Alegrai-vos em Jeová, ó justos, e dai graças ao seu santo memorial. — Sal. 97:12.
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O povo de Deus tem prazer em se reunir para se estimular mutuamente ao amor e a obras excelentes; isto os aguça espiritualmente.