Força transmitida mediante encorajamento
“Tenhamos forte encorajamento para nos apegar à esperança que se nos apresenta.” — Heb. 6:18.
1. Que efeito tem o encorajamento sobre quem o recebe e como indicou o apóstolo Paulo a sua apreciação pela importância do encorajamento?
COMO é importante o encorajamento em tempo de tribulação! Quando as nossas fraquezas nos desanimam, quanto apreciamos uma palavra de apreciação ou uma expressão que transmite esperança! É fortalecedora. Alivia o peso dos trabalhos e nos capacita a enfrentar nossos problemas com maior confiança. Dá-nos a força que precisamos para encarar o futuro. Reveste-nos de coragem para permanecermos firmes sob pressão severa. Em especial a Palavra de Deus frisa o benefício do encorajamento. Por isso, quando o apóstolo Paulo escreveu aos crentes de Roma, ele disse: “Anseio ver-vos, para vos conferir algum dom espiritual, a fim de que sejais firmados; ou, antes, para que haja um intercâmbio de encorajamento entre vós, cada um por intermédio da fé que o outro tem, tanto a vossa como a minha.” (Rom. 1:11, 12) Ele sabia que seus irmãos cristãos em Roma, assediados pelas suas próprias fraquezas e rodeados como estavam por um mundo cheio de todas as espécies de injustiça, precisavam de encorajamento e ele estava ansioso para o conferir pessoalmente. Apreciava também que os benefícios não seriam só de uma parte, pois em conferir encorajamento produzia o resultado de edificação mútua; sim, “um intercâmbio de encorajamento”.
2. Qual é a diferença entre encorajamento e lisonja e qual é a melhor fonte de encorajamento?
2 A espécie de edificação que Paulo desejava para os crentes de Roma não resulta em lisonja que o velho mundo sem princípios confunde com encorajamento. A lisonja é um louvor falso, insincero ou excessivo. Falsidade e insinceridade não transmitem força; não edificam. Quase sempre resultam em desdém para com o que lisonjeia. Segundo Paulo tinha escrito antes aos tessalonicenses: “Nunca nos apresentamos quer com palavras lisonjeiras, (conforme o sabeis,) quer com fingimento para cobiça.” (1 Tes. 2:5) A confiança edificada pela falsidade é ilusória, e a esperança que não tem como fundamento a verdade, só conduz a desapontamento. Portanto, quando os líderes das nações mentem ao povo para que este os apoie em tempos de crise nacional, não há verdadeira edificação ou transmissão de força. Semelhantemente, quando os clérigos religiosos mentem aos que perderam um parente a respeito da condição dos mortos, o consolo dado é superficial e sem efeito. Não há verdadeiro encorajamento neste caso. Para dar encorajamento que transmita força é preciso que fale a verdade. (Sal. 146:4; Ecl. 9:5; João 5:28, 29) Falar a Palavra de Deus com os que lamentam por causa deste mundo corrompido e de suas próprias fraquezas é o melhor meio de inspirar coragem neles e de dar-lhes esperança sustentadora.
DEUS PROVÊ O PADRÃO
3. Em que sentido tomou Deus a liderança em dar encorajamento e como isto influi sobre nós?
3 O próprio Jeová Deus toma a dianteira em conferir encorajamento. Logo após Adão ter mergulhado a humanidade no pecado, Deus anunciou que ele suscitaria um libertador, e, fazendo assim, proveu base para esperança com relação aos filhos de Adão que estavam por nascer. Ele não esqueceu tal promessa, mas a frisou, ampliando-a mediante proferimentos dos seus servos nas gerações que se seguiram. Concernente à sua promessa a Adão, declarou-se o seguinte: “Desta maneira Deus, quando se propôs demonstrar mais abundantemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu conselho, interveio com um juramento, a fim de que, por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, nós, os que fugimos para o refúgio, tenhamos forte encorajamento para nos apegar a esperança que se nos apresenta. Temos esta esperança como âncora segura para a alma, tanto segura como firme.” (Heb. 6:17-19) Sim, provendo base segura para a esperança, Deus encoraja os seus servos, edifica a confiança deles, tornando possível que enfrentem o futuro sem temor. As suas imutáveis promessas registradas na Bíblia são uma fonte ilimitada de força para os que vivem neste século vinte. “Porque todas as coisas escritas outrora foram escritas para a nossa instrução, para que, por intermédio da nossa perseverança e por intermédio do consolo das Escrituras tivéssemos esperança.” — Rom. 15:4.
4. Que responsabilidade descansa sobre os que aceitam a esperança que Deus dá, mas por que isto não é molestoso?
4 Com esta esperança que Deus dá vem responsabilidade. Os que levam o nome de Deus precisam ser suas testemunhas, revelando a outros o seu nome e propósitos. Precisam harmonizar a vida com a vontade Dele. Mas Deus não torna o seu serviço uma carga, exigindo além de possibilidades. Ele tem cuidado amoroso como um pastor tem para com suas ovelhas. “Como pastor apascentará o rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seio; as que amamentam, ele guiará mansamente.” (Isa. 40:11, ALA) Deus não nos priva de alegria por requerer demais. Tampouco nos rejeita só porque talvez tropecemos. “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR [Jeová] se compadece dos que o temem. Pois ele conhece a nossa estrutura, e sabe que somos pó.” (Sal. 103:13, 14, ALA) Ele é misericordioso, amoroso e compassivo, e o seu perdão nos dá força para continuar.
5. Quando consideramos os registros de homens de fé que aparecem nas Escrituras, como eles nos fazem reagir?
5 Requer firme fé para perseverar no serviço de Deus, mas Jeová fez todas as provisões para fortalecer a nossa fé. Em adição às suas incomparáveis promessas, ele nos arrodeou com homens de fé, cujos exemplos nos enchem de coragem e de novo vigor para a corrida que se apresenta à nossa frente. Houve Abel e Sansão, que deram a vida pelo serviço de Jeová; Noé, que manteve a integridade embora cercado de um mundo ímpio; Moisés, que abandonou todas as riquezas do Egito pelo serviço do verdadeiro Deus; os israelitas, que confiaram que Jeová os livraria das forças militares de Faraó que os perseguiam; Davi, que destemidamente enfrentou o gigante Golias, em nome de Jeová. “Assim, pois, visto que temos a rodear-nos uma tão grande nuvem de testemunhas, ponhamos também de lado todo peso e o pecado que facilmente nos enlaça, e corramos com perseverança a carreira que se nos apresenta, olhando atentamente para o Agente Principal e Aperfeiçoador da nossa fé, Jesus.” — Heb. 12:1, 2.
6. Como é que o exemplo do Agente Principal e Aperfeiçoador de nossa fé influi sobre nós?
6 Quando olhamos atentamente para o Agente Principal e Aperfeiçoador de nossa fé, o que vemos? De novo, motivo para coragem! Pois em Jesus temos um modelo dado por Deus. Nele temos um exemplo vivo do proceder que devemos tomar. Cada passo que damos nas pisadas dele, é fonte de satisfação e alegria; é revigorante! Segundo o próprio Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estais labutando e que estais sobrecarregados, e eu vos reanimarei. Tomai sobre vós o meu jugo e tornai-vos meus discípulos, pois sou de temperamento brando e humilde de coração, e achareis revigoramento para as vossas almas. Pois o meu jugo é benévolo e minha carga é leve.” — Mat. 11:28-30.
7. (a) Por que confrontam os verdadeiros cristãos com perseguição mas por que há motivo para coragem? (b) Como foi que Pedro atendeu ao conselho de Jesus quanto a ‘fortalecer seus irmãos’?
7 É verdade que seguir as pisadas de Jesus traz perseguição da parte do velho mundo. “De fato, todos os que desejarem viver com devoção piedosa em associação com Cristo Jesus também serão perseguidos.” (2 Tim. 3:12) O próprio Jesus preveniu sobre isto, dizendo: “O escravo não é maior do que o seu amo. Se me perseguiram a mim, perseguirão também a vós.” Mas mesmo isto não faz a testemunha cristã de Jeová perder a coragem. Ela se lembra das palavras de Jesus, ditas por ele na noite antes de sua morte, que dizem: “No mundo tereis tribulação, mas, coragem! eu venci o mundo.” (João 15:20; 16:33) Os apóstolos tiveram coragem. Não pararam. É verdade que Pedro fracassou, negando o Senhor, mas ele se arrependeu. Segundo Jesus lhe dissera: “Tenho feito súplica por ti, para que a tua fé não fraqueje; e tu, uma vez que tiveres voltado, fortalece os teus irmãos.” (Luc. 22:32) Pedro agiu exatamente assim. O seu ministério fiel foi fonte de força para seus irmãos cristãos; as coisas que ele lhes disse foram edificantes; ele escreveu palavras de encorajamento. “Escrevi-vos em poucas palavras”, disse Pedro, “para vos dar encorajamento e um sério testemunho de que esta é a verdadeira benignidade imerecida de Deus; nesta ficai firmes”. (1 Ped. 5:12) Ele não queria que alguém se esquecesse da organização de Deus e se desviasse para falsos ensinamentos, mas sabia que estavam sob constante pressão do mundo. Assim, ele escreveu a sua primeira carta canônica para os encorajar, para fortalecê-los na convicção que tinham da fé genuína.
UMA CARTA DE ENCORAJAMENTO
8. Ao escrever a sua primeira carta canônica, o que discutiu Pedro, como fonte de grande encorajamento e como nos podemos beneficiar disto?
8 O que disse Pedro para o encorajamento dos seus companheiros cristãos, estabelecendo o exemplo para que nós encorajemos uns aos outros? Ele estava bem ciente do fato de que a sua fonte de maior encorajamento era a esperança dada por Deus, por isso escreveu acerca daquela esperança, sabendo que ela faria bem para os seus irmãos cristãos, se ele pudesse inspirá-los a maior apreciação por ela. Frisou então que a deles era uma “esperança viva”, algo digno de confiança, uma expectação que não conduziria a desapontamento. “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, pois, segundo a sua grande misericórdia, ele nos deu um novo nascimento para uma esperança viva por intermédio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorrutível, e imaculada, e imarcescível. Ela está reservada nos céus para vós, os que estais sendo resguardados pelo poder de Deus, por intermédio da fé, para uma salvação pronta para ser revelada no último período de tempo.” Esta esperança foi causa de grande regozijo e de indizível alegria entre eles. Era algo sobre o qual os profetas tinham sido movidos pelo espírito de Deus a falar; era um assunto que até mesmo os anjos desejavam perscrutar. Mas Deus o tinha dado a homens e mulheres cristãos. Quão gratos deviam estar eles! Quanto isto devia fortalecê-los e sustentá-los! (1 Ped. 1:3-5, 8-12) Até hoje, quer alguém tenha sido chamado para a vida celeste como um dos 144.000 membros do “pequeno rebanho” de Cristo, quer espere estar entre os ‘justos que viverão na terra’, é verdade que ele encontra grande encorajamento, fixando a mente nas promessas de Deus, estudando-as na Bíblia, palestrando sobre elas com seus irmãos cristãos e divulgando-as a outros. — Luc. 12:32; Pro. 2:21.
9. Como é que a esperança cristã influi em poder alguém suportar perseguição?
9 Tão grande é a força transmitida por esta esperança digna de confiança que o cristão pode regozijar-se e ficar firme em face de severas provas que testam a sua fé. Então Pedro prosseguiu, dizendo: “Vós vos alegrais grandemente com este fato, embora atualmente, por um pouco, se preciso, sejais contristados por várias provações, a fim de que a qualidade provada da vossa fé, de muito mais valor do que o ouro perecível, apesar de ter sido provado por fogo, seja achada causa para louvor, e glória, e honra, na revelação de Jesus Cristo.” (1 Ped. 1:6, 7) Paulo também associou a esperança no futuro com a questão da perseverança, quando disse: “Alegrai-vos na esperança mais adiante. Perseverai em tribulação.” E no caso de Jesus vemos exemplificado uma notável força que a esperança que Deus dá transmite, quando lemos: “Pela alegria que se lhe apresentou, ele aturou uma estaca de tortura, desprezando a vergonha, e se tem assentado à direita do trono de Deus.” Os que consideram com atenção o exemplo de Cristo não se cansam nem desistem; não param. — Rom. 12:12; Heb. 12:2, 3; 1 Ped. 4:13, 14.
10. Para que atividade Pedro encoraja os cristãos a ‘avigorar a mente’ e neste sentido, o que devemos fazer uns aos outros?
10 Há um trabalho vital para todos os cristãos. Assim, por toda a primeira carta de Pedro somos encorajados, sim, somos instados a ‘avigorar a nossa mente para atividade’, e estamos sob a obrigação de dar encorajamento uns aos outros. O trabalho dos membros ungidos do corpo de Cristo é semelhante ao dos sacerdotes que serviam no templo em Jerusalém, pois eles também ‘estão sendo edificados como casa espiritual, tendo por objetivo um sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus, por intermédio de Jesus Cristo’. Não oferecem sacrifícios de animais, mas sacrifício espiritual, “um sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios que fazem declaração pública do seu nome”. (1 Ped. 1:13; 2:4-9; Heb. 13:15) Proclamam os propósitos amorosos de Jeová Deus, que os chamou das trevas espirituais deste mundo para a maravilhosa luz de sua verdade. Para tal serviço espiritual, força é vital.
11. Com a Palavra de Deus a nos orientar, como consideramos as coisas que são causa para temor no mundo, assim, o que somos instados a fazer?
11 Tendo a verdade da Palavra de Deus a iluminar-lhes a vereda, eles não temem como o mundo, não ficam agitados com suas crises. Atendem ao mandamento: “Não temais o que eles temem, nem fiqueis agitados. Mas, santificai o Cristo como Senhor nos vossos corações, sempre prontos para fazer uma defesa perante todo aquele que reclamar de vós uma razão para a esperança que há em vós, fazendo-o, porém, com temperamento brando e profundo respeito.” (1 Ped. 3:14, 15) Por causa da posição em que estão, são sempre chamados para explicar por que é que não participam na preocupação do mundo, por que não se devotam à perpetuação das instituições do mundo, conforme os outros fazem. Precisam explicar por que não são parte do mundo. Aos olhos dos homens do mundo a posição deles pode parecer moralmente errada, por isso precisam fazer uma defesa, não irados, mas com temperamento brando e profundo respeito. Tornam claro que depositam a confiança em Deus e em seu Filho, e que precisam obedecer a Deus como dominador antes dos homens. Como pessoas dedicadas a Deus, indicam eles, seria errado que buscassem amizade com o mundo, pois isto os constituiria inimigos de Deus. Requer coragem para alguém manter tal posição em um mundo hostil. — 1 Ped. 1:20, 21; João 15:19; Tia. 4:4.
12. (a) Quem se reuniu ao restante no seu trabalho de pregação e ensino e com que resultado? (b) Como foi que Pedro demonstrou que os cristãos podem fortalecer uns aos outros ao passo que participam no ministério?
12 Atualmente estas testemunhas ungidas reuniram a elas uma grande multidão de pessoas dedicadas que servem em associação com a classe do templo, que lhes são fonte de grande encorajamento e que participam com elas no cumprimento do mandamento de Jesus: “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, . . . ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei.” (Mat. 28:19, 20; Apo. 7:9, 10) Esta é uma grande tarefa, uma tarefa urgente, e requer esforço unido. Para isso Pedro instou para que os cristãos tivessem “intenso amor uns pelos outros” e para que edificassem uns aos outros por ‘ministrarem uns aos outros’. Precisam trabalhar juntos. É mesmo como Jesus disse “Eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do sistema de coisas.” Que encorajamento maravilhoso! — 1 Ped. 4:8-11.
13. Que outra espécie de encorajamento incluiu o apóstolo Pedro na sua carta, o que disse ele e como isto nos fortalece?
13 Em face da condição corruta do mundo, Pedro achou necessário também dar encorajamento com relação a outras coisas. Não foi encorajamento em forma de elogio; tampouco falava de coisas que os enchiam de esperança. Antes, este encorajamento assumiu a forma de exortação para evitar o procedimento errado. “Amados, exorto-vos como a forasteiros e residentes temporários a que vos abstenhais dos desejos carnais, que são os que travam um combate contra a alma.” “Porque já basta o tempo decorrido para terdes feito a vontade das nações, quando procedestes em ações de conduta desenfreada, em concupiscências, em excesso com vinho, em festanças, em competições no beber e em idolatrias ilegais.” Um conselho como este é bom para todos nós. Em vista de estarmos em contato constante com um mundo degradado, ele nos ajuda a ter claramente presente o que é certo e o que é errado. Ele nos protege contra adquirirmos o modo tortuoso de pensar do mundo e fortalece o nosso justificado ódio pelas práticas ímpias. Ele nos ajuda a ter claramente presente que estes “desejos carnais” são — não coisas que devem ser buscadas, mas inimigos que continuam em conflito com a alma, e que, se as permitirmos, se insinuarão em nossa vida, resultando na destruição dela, de nossa alma. Precisamos de encorajamento como este, e Jeová o provê para os seus adoradores atuais, assim como, mediante os apóstolos, ele o proveu para os primitivos cristãos. — 1 Ped. 2:11, 12, 16; 4:3-5.
14. Que comentários encorajadores foram feitos em benefício dos que servem como empregados de patrões opressivos e como é que aquele conselho beneficia muitos até hoje?
14 Em sua carta de encorajamento, Pedro também deu consideração a alguns problemas desencorajadores domésticos e seculares com os quais confrontavam os irmãos e que influíam na adoração deles. Por exemplo, alguns deles sofriam por causa de amos severos, e muito do abuso aparentemente era porque eram escravos e desejavam fazer a vontade de Deus. Sofriam por causa da “consciência para com Deus”, assim como hoje patrões ficam de marcação contra empregados por causa da crença cristã deles. Como devem considerar a situação? “Se perseverais quando estais fazendo o bem e sofreis, isto é algo agradável a Deus”, escreveu Pedro. E ele passou a comparar a situação deles com a do próprio Cristo, dizendo: “De fato, fostes chamados para este proceder, porque até mesmo Cristo sofreu por vós, deixando-vos uma norma para seguirdes de perto os seus passos. Ele não cometeu pecado, nem se achou engano na sua boca. Quando estava sendo injuriado, não injuriava em revide. Quando sofria, não ameaçava, mas encomendava-se àquele que julga justamente.” Quão encorajador é ter um padrão como este para seguir! — 1 Ped. 2:18-23.
15. (a) A quem foi dirigida a atenção das esposas cristãs como fonte de encorajamento? (b) Que conselho foi dado para encorajar os maridos? (c) Em que devem tanto o marido como a mulher fixar a mente, desejando eles fortalecer e ajudar um ao outro?
15 Este excelente exemplo de submissão foi recomendado para as esposas cristãs, até mesmo para aquelas que estavam casadas com maridos descrentes, pois, ao começar os seus conselhos às esposas, Pedro usa a expressão “da mesma maneira”, dirigindo assim a atenção delas para as declarações precedentes referentes à sujeição. Elas também têm em Cristo o modelo, e ele é tanto modelo para elas agora quanto era no primeiro século. Encorajando-as referente aos resultados da perseverante paciência delas, Pedro aconselhou: “Estai sujeitas aos vossos próprios maridos, a fim de que, se alguns não forem obedientes à palavra, sejam ganhos sem palavra, por intermédio da conduta de suas esposas, por terem sido testemunhas oculares de sua conduta casta, junto com profundo respeito.” Os maridos também têm seus problemas e se acham em necessidade de encorajamento. Por isso Pedro, sendo também homem casado e sendo movido pelo espírito de Jeová, discutiu o que lhes confrontava e instou para que os homens tentassem ser compreensivos nos tratos com suas esposas, reconhecendo-as como “um vaso mais fraco, o feminino”, e assim eles não deviam esperar que elas reagissem emocionalmente como homens nem que fizessem o seu trabalho como os homens o fariam. A coisa realmente importante que tanto o marido como a mulher precisavam ter em mente era a relação deles para com Deus, e jamais deviam permitir que problemas domésticos eclipsassem o seu ardente desejo de ajudar um ao outro a se apoderar do prêmio da vida eterna. Que encorajamento prático! Quão vantajoso foi que todos tivessem suas dificuldades e problemas assim analisados, que lhes fossem apontados os princípios cristãos que lhes deviam orientar e que vissem o bem que estava sendo realizado sob circunstâncias difíceis! Esta mesma carta inspirada é uma fonte de força para nós nestes dias difíceis. — 1 Ped. 3:1-9.
16. Em 1 Pedro, capítulo 5, que questões foram discutidas com os superintendentes e por quê?
16 Os superintendentes não foram desconsiderados na carta de Pedro, como se eles não necessitassem de encorajamento. Pelo contrário, Pedro discutiu com eles questões que apreciavam particularmente: o conceito correto sobre o ministério, a relação entre eles, Deus e os irmãos, o resolver problemas difíceis e as perseguições. “Pastoreai o rebanho de Deus que está aos vossos cuidados, . . . os que são a herança de Deus”, disse ele. Que superintendente até hoje não fica profundamente comovido quando para e pensa que os da congregação que ele superintende são pessoas que pertencem a Deus? Considerando a questão deste modo, o superintendente não ‘domina sobre o rebanho’ nem se torna orgulhoso, mas atende ao seguinte conselho: “Humilhai-vos, portanto, sob a mão poderosa de Deus, para que ele vos enalteça no tempo devido, ao passo que lançais sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” É realmente fonte de encorajamento o humilde superintendente compreender que ele não precisa levar sozinho toda a carga. Insta-se com ele que busque de Deus a orientação em resolver problemas difíceis, lançando-lhe todas as suas ansiedades, examinando a sua Palavra por orientação e buscando-o em oração. Tampouco ele está sozinho quando confrontado com perseguição do mundo de Satanás, segundo disse Pedro: “As mesmas coisas, em matéria de sofrimentos, estão sendo efetuadas na associação inteira dos vossos irmãos no mundo. Porém, depois de terdes sofrido por um pouco, o próprio Deus de toda a benignidade imerecida, que vos chamou à sua eterna glória em união com Cristo, completará o vosso treinamento; ele vos fará firmes, ele vos fará fortes.” (1 Ped. 5:1-10) Os superintendentes têm bom motivo para ter coragem.
17. Então, quem é realmente o grande dador de força e por quê?
17 Sem sombra de dúvida o próprio Jeová é quem dá forças ao seu povo. Foi ele quem inspirou a escrituração destas palavras de encorajamento que consideramos. As promessas contidas na sua Palavra, a Bíblia, são o que nos enche de esperança. Ele nos instrui de modo que possamos resolver com êxito os problemas da vida. Com ele a nos segurar, podemos ficar firmes mesmo em face de oposição do mundo. Assim dizemos como Davi: “Jeová é minha força e meu escudo. Nele tem confiado o meu coração, e eu tenho sido ajudado, de modo que meu coração exulta, e com o meu cântico o louvarei. Jeová é força para o seu povo.” — Sal. 28:7, 8.
[Foto na página 43]
‘Por intermédio de Silvano escrevi-vos para vos dar encorajamento.’