Lançamento dos alicerces da nova ordem de Deus
1. O que esperavam tornar-se aqueles a quem se dirigia 2 Pedro 3:13, mas, por que surge uma grande questão por causa disso?
QUANDO o apóstolo Pedro escreveu aos concristãos dos seus dias: “Há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa”, eles mesmos esperavam tornar-se parte daqueles “novos céus” na terminação deste sistema de coisas. (2 Ped. 3:13; Mat. 24:3; 28:20) Esperavam estar associados com seu Líder e Cabeça dado por Deus, Jesus Cristo, naqueles “novos céus” sobre a humanidade. Regozijavam-se na esperança de substituir os iníquos “céus” demoníacos que agora lançam o manto da morte e da destruição sobre toda a humanidade. Mas como podem eles e outros condiscípulos de Jesus Cristo, todos meros humanos, tornar-se parte dos “novos céus”?
2. Como chave para se desvendar este mistério, o que escreveu Pedro no início de sua primeira carta?
2 O apóstolo Pedro indica a chave que desvenda este mistério ao escrever a concrentes no sacrifício resgatador de Jesus Cristo: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, pois, segundo a sua grande misericórdia, ele nos deu um novo nascimento para uma esperança viva por intermédio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorrutível, e imaculada, e imarcescível. Ela está reservada nos céus para vós, os que estais sendo resguardados pelo poder de Deus, por intermédio da fé, para uma salvação pronta para ser revelada no último período de tempo.” — 1 Ped. 1:3-5.
3. Destinava-se a humanidade a ir para o céu, e o que precisam ter os cristãos fiéis que morreram, a fim de irem para o céu?
3 Note a expressão ‘novo nascimento para uma herança reservada nos céus para vós’. Também as palavras: “Por intermédio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.” A humanidade não foi criada e não nasceu para ir para o céu onde reside Deus. Ir algum humano para o céu exigiria um novo nascimento, um nascimento espiritual, que nenhum pai humano pode conceder, mas apenas Deus, o Pai celestial. Além disso, notamos que todos os discípulos fiéis de Jesus Cristo morreram até agora como humanos. Certamente, pois, para tais cristãos mortos irem para o céu terão de ter uma ressurreição.
4. A fim de que o homem Jesus Cristo pudesse ir para o céu, o que era necessário que acontecesse, conforme explicado por Pedro?
4 Até mesmo Jesus Cristo, a fim de voltar para o céu do qual viera, precisava morrer e ser ressuscitado dentre os mortos pelo poder onipotente de seu Deus e Pai, Jeová. O apóstolo Pedro fez a seguinte declaração a respeito desta morte como humano e a ressurreição como pessoa espiritual: “Até mesmo Cristo morreu uma vez para sempre quanto aos pecados, um justo pelos injustos, a fim de conduzir-vos a Deus, sendo morto na carne, mas vivificado no espírito. Neste estado, também, ele foi e pregou aos espíritos em prisão, . . . pela ressurreição de Jesus Cristo. Ele está à direita de Deus, pois foi para o céu; e foram-lhe sujeitos anjos, e autoridades, e poderes.” — 1 Ped. 3:18, 19, 21, 22; veja também Almeida, atualizada.
5. O que disse Pedro sobre o motivo de Cristo morrer?
5 Sua morte como humano perfeito e sua ressurreição como pessoa espiritual perfeita foi um modo de ele conseguir novamente entrar no céu. Notemos o que o apóstolo Pedro diz quanto ao motivo porque Jesus Cristo morreu. Pedro diz: “Cristo morreu uma vez para sempre quanto aos pecados, um justo pelos injustos, a fim de conduzir-nos a Deus.” — 1 Ped. 3:18.
6. (a) Quem são os “injustos” mencionados, em contraste com o “justo”? (b) Por causa de que pecados podia morrer este “justo”, como e com que efeito?
6 Jesus Cristo é o “justo” mencionado aqui. Quem, porém, são os “injustos”? Todos nós os que obtivemos a vida do pecador Adão somos estes “injustos”. Ao morrer “uma vez para sempre quanto aos pecados”, Jesus Cristo não morreu pelos seus próprios pecados; se tivesse feito isso, então a sua morte não teria sido de proveito para nós humanos moribundos. Os pecados pelos quais “morreu uma vez para sempre” são os nossos pecados, os pecados de toda a humanidade que herdou o pecado, a imperfeição e a morte de Adão, que havia sido sentenciado à morte por Jeová Deus. Visto que Jesus havia nascido perfeito na terra e permanecido “justo” até ‘ser morto’, sua morte possuía valor sacrificial. Podia conseguir alguma coisa a favor daqueles pelos quais sacrificou sua vida.
7, 8. (a) Que mais, além dos “novos céus”, requer-se para haver uma nova ordem justa? (b) O que tem sofrido merecidamente a humanidade, e como podia Jesus tomar sobre si aquilo que outros mereciam plenamente?
7 Isto, então, revela para nós outro segredo, e esta é outra coisa necessária para uma nova ordem fundada por Jesus Cristo. Não só se precisa para ela “novos céus”, mas também uma “nova terra”, na qual não há pecado nem imperfeição, e por isso não há condenação à morte. Mas como se pôde fundar tal “nova terra” justa?
8 Os “injustos”, toda a humanidade que descende do injusto Adão, têm morrido e morrem segundo o seu merecimento. A lei de Deus é: “O salário pago pelo pecado é a morte, mas o dom dado por Deus é a vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rom. 6:23) Mas Jesus, que nasceu perfeito, permaneceu “justo” todo o tempo, apesar de estar no meio dum mundo pecador. O apóstolo Pedro diz a seu respeito na mesma carta aos cristãos: “Ele não cometeu pecado, nem se achou engano na sua boca. Ele mesmo levou os nossos pecados no seu próprio corpo, no madeiro, a fim de que acabássemos com os pecados’ (1 Ped. 2:22, 24) Portanto, por ser perfeitamente “justo”, Jesus não merecia morrer. Morreu a fim de tomar sobre si o que outros mereciam plenamente.
9. Por que eram de benefício limitado os sacrifícios feitos por humanos altruístas a favor dos pelos quais sacrificaram sua vida?
9 No decorrer da história humana, muitas pessoas altruístas sacrificaram sua vida a favor de outros, mas aqueles outros pelos quais se fizeram tais sacrifícios morreram depois e ainda estão mortos. Estes outros não ganharam a vida eterna de tais sacrifícios humanos. Os que morreram por eles eram homens imperfeitos e morredouros, e eles mesmos eram imperfeitos e pecadores, permanecendo sob a condenação à morte. Sua vida humana só foi prolongada mais um pouco, e a morte sacrificial a seu favor não lhes garantiu uma ressurreição da morte novamente para a vida na terra. Além disso, quem daqueles que se sacrificavam podia morrer por todo o mundo da humanidade, passado e presente, para manter vivo todo o mundo? Nem todos os soldados dos exércitos do mundo morrendo no campo de batalha poderiam fazer isso.
10. Por que não pode ninguém de nós dar um resgate a favor de outro, para que ele viva para sempre?
10 Criaturas humanas pecadoras condenadas à morte eterna pelos seus próprios pecados não podem obter a vida eterna na terra de outras criaturas humanas pecadoras. É assim como diz o Salmo 49:7, 9: “Nenhum deles pode de modo algum remir até mesmo um irmão, nem dar a Deus um resgate por ele, que ele ainda assim viva para sempre e não veja a cova.”
11, 12. (a) A favor de quantos podia o homem Cristo Jesus entregar-se como resgate? (b) Como podia ser isso, conforme explica Paulo em Romanos 5:12, 18, 19?
11 Ao contrário, está escrito a respeito de Jesus Cristo: “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, um homem, Cristo Jesus, o qual se entregou como resgate correspondente por todos.” (1 Tim. 2:5, 6) Como pôde ser isso? Deu-se porque, quando Adão pecou e foi sentenciado à morte pelo seu pecado deliberado, toda a sua descendência futura morreu nele. Foi assim como escreveu o apóstolo Paulo:
12 “Por intermédio de um só homem entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, . . . por intermédio de uma só falha resultou a condenação para homens de toda sorte, . . . pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores.” — Rom. 5:12, 18, 19.
13. (a) Quando Adão violou a sua própria inocência no Éden, o que trouxe sobre os seus futuros descendentes, e sobre quantos deles? (b) A fim de que todos nós fossemos resgatados, o que precisava ser pago?
13 Visto que a atuação de Deus é perfeita, Adão era perfeito quando foi criado. Sua esposa Eva, quando foi tirada dele por ser desenvolvida de uma costela dele, era igualmente perfeita. Ela era, como disse Adão, “osso dos meus ossos e carne da minha carne”. (Gên. 2:21-23) Quando Adão pecou, perdeu a sua perfeição humana e foi sentenciado à morte. Foi dele, de um só homem, que toda a humanidade depois herdou o pecado e a morte. Concordemente, para toda a humanidade morredoura ser resgatada, requeria alguém correspondente a Adão na sua perfeição humana. Requeria outro homem perfeito que passasse a sofrer a morte de modo inocente, a fim de anular a morte que Adão causou a toda a sua descendência por causa de sua própria desobediência. Expresso de outro modo, exigia um “resgate correspondente”. Mas, como se proveu tal “resgate correspondente”? Não podia ser provido por nenhum descendente pecador, imperfeito e condenado de Adão.
14. Por que não estava Deus obrigado a prover tal resgate, mas, ao provê-lo, que mais podia realizar também?
14 É evidente que apenas o Deus Todo-Poderoso, Jeová, podia prover isso de modo milagroso. Não estava obrigado a isso. Não podia ser obrigado a isso por nenhuma regra de justiça. Mas estava ele disposto a isso? Estava realmente disposto, porque “Deus é amor”. (1 João 4:8, 16) Seu amor podia encontrar um meio para agir em perfeita harmonia com a justiça e ainda assim prover o meio pelo qual se pudesse remir sua criação humana mediante um resgate correspondente. Deste modo, também, podia desfazer as obras iníquas de Satanás, o Diabo, e vindicar-se como Criador e Governante teocrático. — 1 João 3:8.
15. A quem ofereceu Jeová a oportunidade de ser o Descendente da mulher, de Gêneses 3:15, e o que acarretava isso para este?
15 Lá no Jardim do Éden, na ocasião em que Deus proferiu sentença contra os diversos envolvidos na rebelião do homem, Deus disse à Serpente que instigou esta rebelião: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o calcanhar.” (Gên. 3:15) Deus ofereceu ao seu Filho unigênito no céu a oportunidade de se tornar este Descendente da mulher, e seu Filho aceitou a oferta. Fez isso voluntariamente, embora significasse que tinha de ter o calcanhar machucado pela Serpente.
16. No tempo devido, como tornou Deus possível que seu Filho unigênito se tornasse o equivalente exato de Adão na sua inocência edênica?
16 No tempo devido, por meio de seu espírito santo, Jeová Deus transferiu a vida de seu Filho celestial para o ventre da virgem Maria, em Nazaré, na Galiléia. Deste modo, o Filho unigênito de Deus ficou aparentado com Adão e com a descendência de Adão por meio de sua mãe humana Maria, mas a sua vida não procedia de Adão, senão de Deus. Apesar de seu nascimento humano, permanecia Filho de Deus, e segundo as instruções de seu Pai celestial dadas a Maria, seria chamado Jesus, nome que significa “Jeová É Salvação’. Visto que a sua vida perfeita se originava de Deus e foi transferida do céu para o óvulo no ventre de Maria, Jesus nasceu como Filho perfeito e sem pecado, livre da condenação à morte por Deus. (Luc. 1:31-35; 3:23-38) Daí em diante, por resistir ao pecado e às tentações de Satanás, a grande Serpente, Jesus podia desenvolver-se para ser homem perfeito com a faculdade de reprodução, sendo assim o equivalente exato de Adão quando este era inocente no Jardim do Éden.
17. Como veio este Filho Jesus a tornar-se o Cristo?
17 A fim de simbolizar sua apresentação de si mesmo para agir como o Descendente da “mulher” de Deus, Jesus foi batizado em água. Deus ungiu-o então com espírito santo, e Jesus se tornou assim o Cristo ou ungido. Por isso foi chamado Jesus Cristo. — Luc. 3:21-23.
O RESGATADOR, O PRINCIPAL NOS NOVOS CÉUS
18. Por que era necessário que o homem Cristo Jesus morresse, fazendo-o em que condição pessoal?
18 Jesus sabia que tinha de morrer como homem. Senão, não se poderia tornar sacrifício resgatador para toda a humanidade. Ele disse aos seus doze apóstolos: “O Filho do homem não veio para que se lhe ministrasse, mas para ministrar e dar a sua alma como resgate em troca de muitos.” (Mat. 20:28) Para este fim tinha de morrer inocente, o justo pelos injustos. Tinha de sacrificar sua vida humana para sempre e ceder o valor dela a favor de toda a humanidade. Morreu sem filhos, e ninguém na terra pode reivindicar ser Descendente natural de Jesus Cristo. Sacrificou a sua vida humana perfeita e sua paternidade como resgate correspondente a favor de toda a humanidade.
19. A fim de ser o Descendente da mulher, de Gênesis 3:15, o que se tinha de fazer a ele, e por causa de que morreu Jesus aparentemente, mas qual era a causa real?
19 Além disso, como Descendente da “mulher” de Deus, tinha de ter o calcanhar machucado por Satanás, a Grande Serpente, e isto significava uma morte violenta para Jesus Cristo. Por isso, Jesus Cristo entregou-se aos seus inimigos e acusadores falsos para ser morto numa estaca de execução como se fosse criminoso blasfemo. Isto ocorreu no dia da Páscoa, em Jerusalém, no ano 33 E. C. Entretanto, Jesus morreu realmente por ter pregado o reino de Deus, o reino messiânico que servirá como “novos céus” na nova ordem de Deus para a humanidade. — João 18:36.
20. Como ficou envolvida neste arranjo a questão do resgate, e com que recompensa?
20 Jesus Cristo fez tudo isso de livre e espontânea vontade. Jeová Deus, seu Pai celestial, não o obrigou a fazer isso; apenas apresentou ao seu Filho fiel o privilégio de fazer isso em apoio da soberania universal de seu Pai e em vindicação do nome de seu Pai. Mas o Pai não podia providenciar que seu Filho fizesse todo este serviço e passasse por todos estes sofrimentos injustos sem dar ao Filho uma recompensa. E por isso Deus apresentou ao seu Filho uma recompensa gloriosa, a de ser o Rei messiânico nos “novos céus”. Como tal, machucaria a cabeça da Serpente, Satanás, o Diabo, e também eliminaria toda a descendência da Serpente, os anjos demoníacos, destruindo assim os velhos céus desta atual ordem de coisas.
21. O que exigia isso, que Deus fizesse com respeito ao falecido Jesus Cristo, com vistas à apresentação de que valor a Deus?
21 Tudo isso exigia primeiro que o Deus Todo-poderoso ressuscitasse seu Filho justo e inocente dentre os mortos, não mais como criatura humana, mas como pessoa espiritual. Deus fez isso no terceiro dia da morte de seu Filho. Em prova disso, o ressuscitado Jesus Cristo apareceu aos seus discípulos no dia de sua ressurreição e depois. No quadragésimo dia, ele ascendeu novamente ao céu para apresentar a Deus o valor de seu sacrifício humano.
22. Depois disso, quando e como começaram os discípulos fiéis de Cristo a ter um “novo nascimento”?
22 Dez dias depois, na festa judaica de Pentecostes no ano 33 E. C., Deus começou a derramar seu espírito santo sobre os discípulos fiéis de seu Filho Jesus. Os verdadeiros discípulos dedicados e batizados de Cristo passaram assim por um “novo nascimento” para uma herança celestial incorruptível. (Atos 1:1 a 2:36) Daquele dia em diante, Deus tem dado o “novo nascimento” àqueles discípulos fiéis que Ele escolhe para comporem os “novos céus” junto com seu Filho Jesus Cristo.
23. Em vista de 1 Coríntios 15:50, o que sabiam estes discípulos que tinha de acontecer com eles?
23 Eles sabem o que o apóstolo Paulo escreveu: “Digo isso, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus, nem pode a corrução herdar a incorrução.” (1 Cor. 15:50) Por isso sabem que têm de morrer e deixar atrás, para sempre, a carne corrutível. Precisam mostrar-se ‘fiéis até a morte’, para receberem a “coroa da vida” nos “novos céus”. Na ressurreição, após o estabelecimento do reino de Deus, são ressuscitados como criaturas espirituais imortais. No caso deles cumpre-se o que foi escrito: “Semeia-se corpo físico, é levantado corpo espiritual.” — Rev. 2:10; 1 Cor. 15:44.
A “NOVA TERRA”
24. (a) O que mostram estas coisas quanto a que tinha de vir primeiro com respeito a nova ordem? (b) O que exige o estabelecimento dos “novos céus” e depois da “nova terra” com respeito aos velhos?
24 “À base destas coisas maravilhosas podemos discernir quão necessário era que Deus provesse primeiro os “novos céus” para a nova ordem que prometeu. Mas qual é esta “nova terra” que ele cria? Ora, assim como os “novos céus” não significam novos planetas e novas estrelas no céu acima de nós, tampouco a “nova terra” significa um novo planeta terrestre diferente debaixo de nossos pés. O estabelecimento dos “novos céus” exige a remoção de Satanás e de seus anjos demoníacos da sua posição celestial de poder sobre a humanidade. O estabelecimento duma “nova terra” exige a remoção da atual sociedade humana iníqua que se opõe ao reino de Deus, e que, portanto, serve a Satanás, o Diabo, como governante invisível deste mundo, o “deus deste sistema de coisas”. Em seu lugar, Deus produzirá uma nova sociedade humana justa nesta mesma terra, sob os Seus “novos céus”, a saber, Jesus Cristo e seus discípulos que recebem a ressurreição espiritual.
25. De que modo está em andamento a fundação da “nova terra”, e o que deve acontecer à velha “terra”?
25 A formação da “nova terra” já está em andamento! Os que compõem este grupo formativo de cristãos dedicados e batizados separam-se daqueles que preferem permanecer como parte da sociedade humana iníqua, alienada de Deus, um ‘mundo ímpio’ da humanidade. A remoção desta velha “terra” figurativa significará a sua destruição na “grande tribulação” iminente, tribulação que Jesus Cristo predisse e disse que seria uma catástrofe global sem igual na história do mundo.
26. Por meio de que atos drásticos de Deus haverá um livramento da humanidade para a Sua nova ordem?
26 Esta tribulação será tão ampla e tão devastadora, que, a menos que Deus abreviasse os dias dela, não se salvaria nenhuma carne humana. (Mat. 24:21, 22; Mar. 13:19, 20) Aquela tribulação significará a destruição completa deste atual sistema de coisas, mas não a destruição de nossa terra, nem dos céus estrelados acima de nós. Depois disso, remover-se-ão os velhos “céus” demoníacos, e Satanás e seus demônios serão restritos, encarcerados como que num abismo. (Rev. 19:11 a 20:3) Apenas por tal ação drástica da parte de Deus haverá livramento das pessoas na terra para a nova ordem de Deus.
27. Se realmente desejarmos a nova ordem, entre quem desejaremos ser encontrados, conforme previsto em Revelação?
27 Queremos este livramento para a nova ordem de Deus de “novos céus e um nova terra” em que “há de morar a justiça”? Preparamo-nos e empenhamo-nos a nos mostrar dignos de tal livramento glorioso? Se ansiarmos levar uma vida justa em perfeita saúde e felicidade, numa bela terra ajardinada, sob céus governamentais justos, então desejaremos estar entre os sobreviventes daquela vindoura “grande tribulação”. O último livro da Bíblia, com a sua revelação de coisas que “têm de ocorrer em breve”, indica-nos que uma “grande multidão” de pessoas de todas as nações, tribos, povos e línguas sobreviverá àquela “grande tribulação global”, saindo dela sob a proteção e o favor de Deus.
28, 29. Segundo a descrição dada em Revelação destes sobreviventes da tribulação, a quem adoram eles e que provisão de salvação aceitam?
28 A descrição que nos foi dada desta multidão de sobreviventes revela que são adoradores do único Deus verdadeiro, sentado no trono do universo como soberano universal. Outra coisa que notamos é que aceitam o sacrifício resgatador provido pelo Filho de Deus, que foi oferecido como Cordeiro imaculado e inocente a favor do “pecado do mundo”. Observe isso enquanto lemos:
29 “E gritavam com voz alta, dizendo: ‘Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.’ . . . ‘Estes são os que saem da grande tribulação, e lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro. É por isso que estão diante do trono de Deus; e prestam-lhe serviço sagrado, dia e noite, no seu templo.’” — Rev. 7:9-15; João 1:29, 36.
30. Esta visão mostra que a “grande multidão” está a favor de que particularidade da nova ordem e que está a caminho para quê?
30 Estas palavras proféticas tornam certo que esta “grande multidão” dedicada e batizada está a favor dos “novos céus” de Deus, compostos do Cordeiro Jesus Cristo e de seus 144.000 discípulos fiéis, que receberam um “novo nascimento” para aquela herança celestial. (Rev. 7:1-8; também 21:1-14) Seus pecados mortíferos são lavados por lavarem suas vestes compridas no “sangue do Cordeiro”. Isto os coloca no caminho da vida eterna num jardim edênico, com o qual os “novos céus” embelezarão todo o globo terrestre.
31. Esta “grande multidão” de sobreviventes da tribulação formará o alicerce de que particularidade da nova ordem?
31 De fato, estes da “grande multidão” de sobreviventes da tribulação servirão como alicerces da “nova terra” da criação de Deus. Já mesmo agora, antes da tribulação, separam-se da velha “terra” condenada, da sociedade humana mundana da atualidade, que se apega ao atual sistema de coisas humano controlado pelo Diabo. Portanto, depois de a grande tribulação remover esta velha “terra”, tais sobreviventes serão a base para uma sociedade humana organizada sob os novos céus. A família humana receberá assim um novo começo, numa nova ordem.
32. Depois da tribulação e de Satanás ter sido amarrado, como se desenvolverá e espalhará a “nova terra”?
32 Esta “nova terra” aumentará e se espalhará, sem dúvida, por alguns nascimentos humanos após a grande tribulação e depois de Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos terem sido encarcerados no seu abismo, mas não será todo assim. Não, pois o Cordeiro Jesus Cristo não morreu apenas a favor dos sobreviventes desta tribulação e seus Descendentes naturais. Ele é o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” da humanidade; Ele se deu “como resgate correspondente por todos”. Sua igualdade humana com o perfeito Adão tornou-o apto para ‘provar a morte por todo homem’. (1 Tim. 2:5, 6; Heb. 2:9) A grande maioria da família humana pela qual o Cordeiro morreu há dezenove séculos atrás já morreu. Como poderão obter realmente os benefícios do valor resgatador da morte de Cristo? Por um milagre maravilhoso: pela ressurreição dentre os mortos durante o reinado milenar de Jesus Cristo e sua glorificada congregação, os “novos céus”.
33, 34. (a) Em que será diferente a ressurreição realizada por Jesus Cristo, como Rei, daquelas que fez durante a sua vida terrestre? (b) O que terão oportunidade de fazer a “grande multidão” de sobreviventes da tribulação para com os ressuscitados?
33 Jesus Cristo, quando estava na terra como homem perfeito de Deus, realizou diversas ressurreições. Mas estes ressuscitados morreram outra vez na sua geração. No entanto, quando Jesus Cristo, o Rei, ressuscitar a humanidade resgatada durante sua regência milenar, fará isso para que vivam para sempre num paraíso global edênico. Tudo dependerá dos ressuscitados. Deixar-se-ão incorporar na “nova terra” justa ou retrocederão ao seu mau proceder anterior que seguiram durante o atual sistema de coisas? Os que fizerem isso serão julgados e condenados como indignos do dom da vida eterna em perfeição e piedade humanas.
34 É por isso que Jesus Cristo, ao falar sobre o assunto do julgamento, disse: ‘Vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão, os que fizeram boas coisas, para uma ressurreição de vida, os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento.” (João 5:27-29) Os da “grande multidão” que darão início à “nova terra” poderão ajudar estes ressuscitados, para que a sua ressurreição no fim não resulte em condenação.
35. Ao predizer as coisas que têm acontecido desde o ano de 1914 E. C., que atitude correta disse Jesus Cristo que seus discípulos deviam adotar?
35 O dia em que vivemos agora é extraordinariamente maravilhoso! Desde o ano de 1914 E. C. e sua primeira guerra mundial têm acontecido coisas notáveis, mas altamente significativas. Jesus Cristo predisse estas coisas como assinalando a terminação deste velho sistema de coisas. Falando-nos sobre a atitude correta que todos os seus verdadeiros discípulos deviam ter agora, ele disse: “Quando estas coisas principiarem a ocorrer, erguei-vos e levantai as vossas cabeças, porque o vosso livramento está-se aproximando.” — Luc. 21:28.
36. Em vista disso, queremos mostrar-nos dignos de que privilégio, e o que estamos decididos a fazer?
36 Este livramento para a nova ordem de Deus já está agora muito mais próximo do que quando muitos de nós viram pela primeira vez estas coisas preditas “principiarem a ocorrer”. Certamente não há tempo a perder para nos mostrarmos dignos de passar por este muito desejado livramento. Temos agora uma oportunidade que nunca mais se repetirá! Estamos decididos a aproveitá-la e também a proclamar a todos os outros amantes da justiça que se aproxima o livramento da humanidade para a nova ordem de Deus, de “novos céus e uma nova terra”.