“Ministros de nosso Deus” e seus ajudantes hoje
1. Qual e o maior servidores público que está sendo prestado hoje à humanidade, e como se chamam profeticamente os que participam nele?
A OBRA de Deus, de restauração e reabilitação espiritual, é o maior serviço público que está sendo prestado à humanidade hoje em dia. Os que ele usa como seus servidores públicos nesta obra não são políticos, mas são os profeticamente designados como “ministros de nosso Deus”. (Isa. 61:6) Seu Líder e Exemplo e o mais destacado Servidor Público de Jeová Deus. É Jesus Cristo, o qual, nos seus dias na terra, há 19 séculos, realizou uma notável obra de reabilitação da pobre humanidade.
2. Por que não se empenharam Jesus e seus apóstolos na reabilitação ambiental da terra da Palestina?
2 Lá naquele tempo, o ministério público de Jesus Cristo e de seus apóstolos não produziu a restauração ambientar da terra da Palestina, na qual pregavam as boas novas do reino de Deus. O empenho em prol disso teria sido em vão, porque o ungido Jesus ensinara aos seus apóstolos que “o dia de vingança da parte de nosso Deus” havia de vir sobre os judeus, o que ocorreu em 70-73 E.C., por meio das legiões romanas, reduzindo a província da Judéia a uma condição devastada. A fortaleza de Massada, junto ao Mar Morto, foi o último baluarte judeu a cair diante dos romanos. Mas, que dizer da obra de reabilitação espiritual, na qual Jesus foi pioneiro e que foi levada avante pelos seus apóstolos? Ela continuou a progredir durante todo aquele período provador e depois, até surgir a predita “apostasia” ou rebelião, após a morte dos apóstolos. — 2 Tes. 2:3.
3. Segundo Isaías 61:1-4, que são as simbólicas “grandes árvores de justiça”, e em que atividade estão empenhados?
3 Na profecia de Isaías, capítulo 61, a obra de reabilitação espiritual foi comparada à reabilitação duma terra por muito tempo desolada e de suas cidades devastadas. Assim, depois de falar sobre como o Soberano Senhor Jeová seria “embelezado” por ele produzir “grandes árvores de justiça” num paraíso espiritual, a profecia de Isaías prossegue: “E eles terão de reconstruir os lugares há muito devastados; erigirão até mesmo os lugares desolados de outrora e certamente renovarão as cidades devastadas, os lugares desolados de geração em geração.” (Isa. 61:4) Os reconstruíres de que se fala aqui são os mencionados nos três Is 61 versículos 1-3 precedentes como recebendo consolo e liberdade religiosa, e como sendo restabelecidos no favor e na “boa vontade” de Jeová. Estes são postos a trabalhar na restauração.
4. Aplicou Jesus o cumprimento de Isaías 61:4 à província da Judéia, após o cativeiro babilônico? E por quanto tempo se estende o cumprimento da profecia?
4 A província da Judéia e Jerusalém, em que Jesus Cristo e seus apóstolos fizeram grande parte da pregação do reino de Deus, já haviam sido muito tempo antes reabilitadas, pelo restante de judeus fiéis após o seu livramento do cativeiro babilônico e sua volta à pátria, em 537 A.E.C. Mas, será que o ungido Jesus aplicou esta profecia de Isaías 61:4 àquela realização então já passada na terra literal de Judá? Não! Quando citou os primeiros dois versículos de Isaías, capítulo 61, na sinagoga de Nazaré, indicou que o cumprimento deste capítulo começava com ele, nos seus dias. Mostrou que tinha significado espiritual e não se aplicava à restauração das condições naturais, físicas e ambientais do povo. Portanto, o cumprimento da profecia estende-se até o nosso século 20, até os nossos dias.
5. Por que havia necessidade duma obra de restauração espiritual com respeito ao povo de Jeová, após a Primeira Guerra Mundial, e quando foi empreendida?
5 A Primeira Guerra Mundial, de 1914-1918, teve um efeito devastador sobre o restante ungido dos servos dedicados e batizados de Jeová. A sua organização terrena havia sido danificada de muitas maneiras. Quando terminou esta primeira guerra global, vários dos cristãos ungidos, que haviam tomado a dianteira no serviço e na adoração de Jeová Deus, encontravam-se ainda na prisão, condenados a longas penas. Mas, em 1919 veio a libertação, não só do cárcere literal, mas, o que era mais importante, de Babilônia, a Grande (inclusive a cristandade apóstata). Iniciou-se, sem demora, uma obra de restauração da espécie espiritual.
6. Sobre o que avisou ao mundo o congresso de Cedar Point, de 1919, e o que estabeleceu então Jeová para o seu restante ungido?
6 Em 1919, o primeiro congresso da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, em Cedar Point, Ohio, E. U. A., mostrou ser significativo. Avisou o mundo de que os do verdadeiro restante cristão, ungidos com o espírito do Soberano Senhor Jeová, viviam novamente, como que retornados dos mortos. Haviam sido restabelecidos no Seu favor e estavam de novo abertamente ativos na ‘pregação destas boas novas do Reino, em testemunho a todas as nações’, conforme predito em Mateus 24:14. O efeito deste esforço pioneiro na reabilitação espiritual revela-se em escala mundial até mesmo nesta data avançada. Jeová Deus, para o seu próprio louvor, restabeleceu um paraíso espiritual para o seu restante ungido com o espírito.
Quem Designa os “Ministros de Nosso Deus”?
7. Segundo Isaías 61:5-7, quanta atenção suscitaria a reabilitação espiritual do restante ungido?
7 Estranho como pareça, a reabilitação espiritual do restante ungido de Jeová havia de atrair a atenção internacional. Isto foi predito pela profecia de Isaías. Depois de considerarmos Isaías 61:4, passamos a ler: “E estranhos estarão realmente de pé e pastorearão os vossos rebanhos, e estrangeiros serão os vossos lavradores e os vossos vinhateiros. E quanto a vós, sereis chamados de sacerdotes de Jeová; dir-se-á que sois ministros de nosso Deus. Comereis os recursos das nações e na glória [riquezas] delas falareis exultantemente de vós mesmos.
Em vez de vossa vergonha haverá uma porção dupla, e em vez de humilhação gritarão de júbilo por causa de seu quinhão [herança]. Portanto, na terra deles tomarão posse mesmo de uma porção dupla. A alegria tornar-se-á sua por tempo indefinido.”—Isa. 61:5-7, NM; Almeida, atualizada.
8. Quando e como vieram as coisas adversas profetizadas, e às instigações de quem?
8 Não deixemos de notar o seguinte: Aqueles em quem se cumpre esta profecia animadora precisam primeiro sofrer vergonha e humilhação, negando-se-lhes sua “porção” e seu “quinhão”. Essas coisas desagradáveis e injustificadas caíram sobre o restante ungido de Jeová, até das mãos da cristandade, enlouquecida pela guerra. Sim, até o dia de hoje, os clérigos da cristandade persistem em cumular vergonha e humilhação sobre o restante ungido dos israelitas espirituais.
9. Em que lugar o restante ungido não devia mais sofrer vergonha, humilhação e falta de provisões, e como veio a estar ali?
9 Entretanto, esses israelitas espirituais não estão mais na terra de Babilônia, a Grande, sofrendo ali cativeiro, encarceramento e escravidão religiosa. Em meados do primeiro semestre de 1919, quando o clero babilônico da cristandade não tinha mais nações militarizadas para usar como asseclas, Jeová libertou os do seu fiel restante ungido. Ele os restaurou no que a profecia de Isaías chama de “terra deles”. Neste domínio dado por Deus é que não deviam mais sofrer vergonha, humilhação e falta de provisões espirituais. Haviam de ter um paraíso espiritual, no qual teriam uma “porção dupla”.
10. O que é que conta para o restante ungido, restabelecido, quanto a como é designado pelos opositores religiosos e por Jeová?
10 Naturalmente, os clérigos da apóstata cristandade e seus apaniguados mundanos ainda têm sua própria maneira de designar o restante ungido quanto a ser um corpo religioso, existente. Mas, o que diz a profecia de Isaías sobre o que seria chamado o restabelecido restante ungido? Isaías 61:6 dirige-se ao restante restaurado e diz: “E quanto a vós, sereis chamados de sacerdotes de Jeová; dir-se-á que sois ministros de nosso Deus. Comereis os recursos das nações.” O que conta para eles é o que Jeová os designa, não o que são chamados por opositores religiosos.
11. No antigo Israel, quem estava incluído no sacerdócio mas a quem se dirige a profecia de Isaías 61:6, a respeito de sacerdotes?
11 Na nação do profeta Isaías e de Jesus Cristo, nunca se podia cumprir a profecia de Isaías 61:6. Por que não? Porque só os membros masculinos, habilitados, da família de Arão, irmão de Moisés, eram ungidos como sacerdotes. Os demais da tribo de Levi serviam quais ajudantes dos sacerdotes arônicos no templo. As outras 12 tribos de Israel traziam seus sacrifícios e ofertas aos sacerdotes arônicos e também eram ajudados pelos levitas no templo. Achavam aquelas 12 tribos que estavam sofrendo discriminação por serem excluídas do sacerdócio e dos serviços levitas? Não! Sujeitavam-se aos designados pelo Soberano Senhor Jeová. Portanto, sob a lei mosaica, Israel nunca podia tornar-se uma nação sacerdotal, uma nação constituída inteiramente por sacerdotes. Entretanto, no caso dos discípulos ungidos de Cristo, dizia-se ao inteiro Israel cristão, constituído por eles: “Sereis chamados de sacerdotes de Jeová.”
12. No Israel espiritual, quantos são sacerdotes, e quem é o Sumo Sacerdote?
12 Todos os membros deste Israel espiritual são “sacerdotes” por designação de Jeová. Jesus Cristo, seu Pioneiro, é o Sumo Sacerdote de Jeová, sob o qual a nação de “sacerdotes” serve a Deus.
13. Como confirmaram os apóstolos Pedro e João que este arranjo de Jeová se aplicava aos discípulos ungidos do Sumo Sacerdote, Jesus Cristo?
13 O profeta Isaías foi inspirado para predizer este fato. Mais tarde, os inspirados apóstolos de Jesus Cristo confirmaram que este arranjo do Soberano Senhor Jeová se aplicava aos discípulos ungidos do Sumo Sacerdote celestial, Jesus Cristo. A tais discípulos escreveu o apóstolo Pedro: “Vós mesmos também, como pedras viventes, estais sendo edificados como casa espiritual, tendo por objetivo um sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus, por intermédio de Jesus Cristo. Mas vós sois ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial, para que divulgueis as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz.” (1 Ped. 2:5, 9) Além disso, o apóstolo João escreveu aos amados por Jesus Cristo: “Aquele que nos ama e que nos soltou dos nossos pecados por meio de seu próprio sangue — e ele fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai — sim, a ele seja a glória e o poderio para sempre.” — Rev. 1:5, 6.
14. Como é este fato retratado em Revelação 5:9, 10?
14 João registra adicionalmente a aclamação que se deu no céu ao Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, e que envolve o sacerdócio, nas seguintes palavras: “Com o teu sangue compraste pessoas para Deus, dentre toda tribo, e língua, e povo, e nação, e fizeste deles um reino e sacerdotes para o nosso Deus.” Rev. 5:9, 10.
15. O que diz a edição de 1977 da Enciclopédia Americana sobre o “Sacerdócio de todos os crentes”, conforme ensinado pelos reformadores?
15 Durante a Idade Média, os reformadores protestantes aplicavam estas palavras às suas congregações religiosas. Na página 681 do Volume 22 da edição de 1977 da Enciclopédia Americana (em inglês), sob o tópico “Sacerdócio de Todos os Crentes”, diz:
“Uma doutrina central da Reforma era o sacerdócio de todos os crentes. Crendo que a salvação vem pela graça livre de Deus, aceita em fé, os reformadores argumentavam que não havia necessidade dum clero profissional, para mediar a salvação por intermédio da pregação e dos sacramentos. Qualquer crente podia agir como sacerdote, proclamando as boas novas da salvação, e o ouvinte podia responder em fé. Além disso, visto que as boas obras eram as de servir o próximo, qualquer obra que beneficiasse a sociedade é considerada como vocação cristã. O que se conhece por ‘ética protestante de trabalho’ desenvolveu-se da observação do trabalho diário como campo primário em que servir a Deus.”
16. No seu livro dirigido “A Nobreza Cristã da Nação Alemã”, o que disse Martinho Lutero sobre o sacerdócio universal?
16 Na edição de 1927 e 1929 do Volume 17 da Enciclopédia Americana, no alto da página 753, debaixo de “Lutero”, lemos:
“Surgiram então dois livros notáveis da pena de Lutero, definindo sua atitude: ‘A Nobreza Cristã da Nação Alemã’ e ‘Cativeiro Babilônico’. No primeiro, ele proclama o sacerdócio universal e se declara contra qualquer ordem sacerdotal, especialmente constituída. Também contesta o direito do Papa de interpretar a Bíblia, que ele declara estar livre para todos.”
Por exemplo, Martinho Lutero escreveu no seu livro ‘à Nobreza’: “Todos nós, no nosso batismo, fomos consagrados como sacerdotes. . . . Que o Papa ou o bispo unge, tonsura, ordena, consagra e investe alguém como diferente dos leigos pode fazer deste um hipócrita ou um tolo, mas nunca fará dele um cristão ou um homem espiritual.”
17. Por que não assumiram os cristãos do primeiro século o título de sacerdote, e que dizer sobre o próprio Jesus Cristo, quando estava na terra?
17 Iguais aos primitivos cristãos dos tempos apostólicos, os membros do restante ungido não assumem hoje o título de sacerdote. Por que deviam fazer isso? Não são todos co-membros do único sacerdócio espiritual, e, por isso, indistintos uns dos outros? Sim! O sumo sacerdócio de Jesus Cristo é a coisa predominante indicada pelas Escrituras Gregas Cristãs, inspiradas, para a consideração da congregação tingida com espírito. (Heb. 3:1-6) Até mesmo o próprio Jesus Cristo, quando na terra, não se classificou como sacerdote, embora servisse então como antítipo do primeiro sumo sacerdote de Israel, Arão, irmão de Moisés.
18. (a) Será que homens ordenam sacerdotes, assim como homens designam anciãos, superintendentes e servos ministeriais? (b) Onde se encontra hoje o restante ungido no templo espiritual de Jeová, e o que está fazendo ali?
18 Deveras, apóstolos tais como Paulo e Barnabé nomearam homens qualificados para serem anciãos ou superintendentes, e servos ministeriais, nas congregações cristãs, mas nunca nomearam ou ordenaram “sacerdotes”. (Atos 14:23; Fil. 1:1) Jeová é Quem, por meio de Jesus Cristo, designa ou ordena seus sacerdotes. Apesar de não assumirem títulos, os do restante ungido da atualidade estão no que foi prefigurado pelo “pátio dos sacerdotes” no templo de Jerusalém. Em tal pátio figurativo, no templo espiritual de Jeová, oferecem “sacrifícios espirituais” a ele, por meio de Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote. —1 Ped. 2:5.
19. (a) Em Isaías 616, que mais devem ser os membros do Israel espiritual? (b) Será que a palavra hebraica usada ali significa mais do que atuar como mero “servo”?
19 Voltando agora para Isaías 6:16, notamos que também diz aos membros ungidos do Israel espiritual: “Dir-se-á que sois ministros de nosso Deus.” Aqui, no texto hebraico, a palavra traduzida por “ministros” é m’sharéth (no plural), não ‘obed, significando “servo”, como em Isaías 65:13. A palavra hebraica m’sharéth, e outras formas do verbo sharáth, muitas vezes são usadas em conexão com os sacerdotes de Israel. Joel 2:17 usa a expressão “os sacerdotes, os ministros de Jeová”. (Êxo. 28:35, 43) Na primeira tradução das Escrituras Hebraicas para um idioma estrangeiro, os tradutores da língua grega reconheceram a diferença entre as duas palavras hebraicas ‘obed e m’sharéth, e, por isso, na sua tradução de Isaías 61:6, na Septuaginta grega, usaram a palavra grega leitourgós para m’sharéth.
20. (a) Qual é o significado básico da palavra grega leitourgós? (b) Como e usada nas Escrituras Gregas Cristãs, com referência às criaturas humanas e às criaturas celestiais?
20 A palavra leitourgós, basicamente, significa “trabalhador público”, quer dizer, um funcionário público ou ministro, tal como um magistrado. (Rom. 13:6) Pode referir-se a alguém servindo num cargo sagrado, como quando o apóstolo Paulo chama a si mesmo de “servidor público de Cristo Jesus para as nações, ocupado na obra santa das boas novas de Deus”. (Rom 15:16) Jesus Cristo, como Sumo Sacerdote de Deus, é chamado de “servidor público do lugar santo e da verdadeira tenda”. (Heb. 8:1, 2) No caso dum personagem público tal como o filho principesco do Rei Davi, Amnom, o homem que o assistia seria encarado como servidor público (2 Sam 13:18) Os anjos celestiais são encarados como servidores públicos, pois, quando o apóstolo Paulo citou o Salmo 104:4, ele disse: “Também, com referência aos anjos, ele [Deus] diz: ‘E ele faz os seus anjos espíritos e os seus servidores públicos, chama de fogo.’” (Heb 1:7) Também em Hebreus 1:14 Paulo falou dos anjos como sendo “todos eles espíritos para serviço público”.
21. No Salmo 103:21, como são chamadas as torças militares de Deus, no céu?
21 O Salmo 103:21 é dirigido aos “exércitos” celestiais de Jeová, e eles são ali chamados de “ministros seus”. Considerando-se tudo isso, a palavra “ministros”, como ocorre em Isaías 61:6, refere-se a mais do que a alguém atuando como servo ou prestando serviço sagrado.
22. (a) Jesus Cristo prestou a Deus um serviço público superior ao de quem? (b) Em Filipenses 2:17, Paulo chamou de que a atividade cristã?
22 Hebreus 10:11 diz a respeito de cada um dos sacerdotes do antigo Israel como diariamente ocupando seu posto “para prestar serviço público e para oferecer os mesmos sacrifícios, muitas vezes”. (Veja também Lucas 1:23) Hebreus 8:6 diz a respeito do Filho de Deus, que é superior aos anjos: “Jesus obteve agora um serviço público mais excelente, de modo que ele é também o mediador dum pacto correspondentemente melhor.” Na congregação de Antioquia, na Siría, dizia-se que certos profetas e instrutores cristãos, inclusive Paulo e Barnabé, “ministravam publicamente a Jeová”. (Atos 13:1, 2) Paulo, que fundou a congregação de Filipos, na Macedônia, falando sobre o seu ministério especial, disse: “Eu [estou] sendo derramado como oferta de bebida sobre o sacrifício e serviço público a que vos conduziu a fé.” (Fil. 2:17) De modo que todos os cristãos ungidos atuavam como servidores públicos de Deus. — Isa. 61:6.
23. De que modo a Torre de Vigia de Junho de 1882 trouxe a atenção o serviço público prestado pelos membros do corpo espiritual de Cristo?
23 De modo similar, os do restante ungido dos israelitas espirituais prestam hoje a Deus um “serviço público” como classe do “escravo fiel e discreto”. (Mat. 24:45-47) A existência de tal classe de servidores públicos de Deus já foi cedo trazida à atenção pela Torre de Vigia de Sião, no seu número mensal, em inglês, de junho de 1882, página 7, parágrafo 5, debaixo do subtítulo: “Necessários Instrutores Humanos.” Os editores diziam ali: “ . . . E embora creiamos que cada membro consagrado do corpo de Cristo seja MINISTRO em certo sentido, e todos sejam ‘ungidos para pregar as boas novas’, contudo, há diversos membros adaptados a diferentes partes do trabalho, assim como há membros e funções diferentes no corpo humano, que é biblicamente usado para ilustrar o corpo de Cristo — a Igreja.” De modo que todos os do restante ungido do corpo espiritual de Cristo são corretamente encarados e chamados como “ministros de nosso Deus”. — Isa. 61:6.
Internacionalmente Notados
24, 25. Como podem os “ministros de nosso Deus” ser roubados e ser tratados injustamente, mas quem promete corrigir a situação no tempo devido?
24 OS “ministros de nosso Deus” devem cumprir com suas responsabilidades e comportar-se da maneira que honra sua posição perante Deus. As pessoas, em geral, podem interpretá-los mal e encará-los como injustos e errados. Podem ser privados de sua boa reputação, ou do devido reconhecimento e da merecida consideração. (2 Cor. 6:8-10) Mas, o Juiz Supremo de todos endireitará os assuntos quando lhe for conveniente segundo o seu propósito. Ele crê na justiça. Em Isaías 61:8, 9, ele diz a esses maltratados:
25 “Pois eu, Jeová, amo a justiça, odiando o roubo junto com a injustiça. E vou dar-lhes o seu salário em veracidade e concluirei para com eles um pacto de duração indefinida. E sua descendência há de ser conhecida mesmo entre as nações, e seus descendentes, entre os povos. Todos os que os virem os reconhecerão, que são a descendência que Jeová tem abençoado.”
26. Como veio a ser conhecido o restante do Israel espiritual entre nações e povos, e como passaram estes a reconhecer “a descendência que Jeová tem abençoado?
26 Para serem ‘conhecidos’, os do restante ungido do Israel espiritual tiveram de sair entre as nações e os povos. Durante a Primeira Guerra Mundial, sim, também durante a Segunda Guerra Mundial, estiveram sujeitos ao “roubo” internacional. Por terem sido falsamente acusados e difamados pelos adversários religiosos e seus patrocinadores, sofreram muita perseguição. Foram privados do “salário” que realmente mereciam pelos seus esforços e atividades no serviço público de Jeová. Mas Jeová, por torná-los suas testemunhas e seus pregadores das boas novas do Reino, mostrou a quem ele mesmo aprovava. (Mat. 24:14; Isa. 43:10, 12) Por meio de seu espírito santo, ele os energizou para darem testemunho a todo o mundo. Foi desta maneira que as nações e os povos chegaram a conhecer a “descendência que Jeová tem abençoado”. — Isa. 61:9
27. Quem, dentre os povos e as nações, deu o devido reconhecimento à condição do restante, e onde e com quem quiseram viver e servir a Deus?
27 Povos e nações, como tais, não deram o devido reconhecimento ao restante ungido de Jeová. Mas pessoas individuais o fizeram. Os amantes da justiça, do juízo e da verdade manifestaram-se. Especialmente a partir do primeiro semestre de 1935 passaram a enfileirar-se do lado do restante ungido, porque estes eram “ministros de nosso Deus”. Desde então, os que não são israelitas espirituais, “a descendência que Jeová tem abençoado”, têm-se tornado uma “grande multidão”. No congresso das Testemunhas de Jeová em Washington, D. C., em 1935, foi revelado que esta “multidão” sem número, dos que não eram israelitas espirituais, enquadrava-se no quadro profético de Revelação 7:9-17. Por não serem israelitas espirituais, eram “estranhos” e “estrangeiros” para o restante ungido. (Isa. 61:5) Viram que o restante vivia num paraíso espiritual, assinalado por “grandes árvores de justiça” e com congregações semelhantes a cidades. Queriam também estar em tal espécie de paraíso espiritual, para servir ali a Deus. — Veja Podeis Sobreviver ao Armagedom Para o Novo Mundo de Deus, pp. 321-324, parágrafos 14-16; p. 400, N.º 30.
28. Por causa de que proceder da “grande multidão” vêem os do restante ungido que se cumprem neles as palavras de Isaías 61:5?
28 Calculando plenamente o custo de sua decisão e de seu proceder, abandonaram a organização poluída e decadente do mundo. Enfileiraram-se ao lado da organização visível de Jeová. Naturalmente, não podiam servi-lo quais israelitas espirituais, mas desejavam realmente ajudar o restante ungido na proclamação das boas novas do reino de Jeová por Cristo. Por isso, foram batizados como seguidores dedicados de Jesus Cristo. Empreenderam o serviço ativo junto com os israelitas espirituais. Por conseguinte, o restante ungido vê com prazer que se cumprem nele as palavras de Isaías 61:5: “E estranhos estarão realmente de pé e pastorearão os vossos rebanhos, e estrangeiros serão os vossos lavradores e os vossos vinhateiros.”
29. Com humildade mental, os da “grande multidão” tem prazer em fazer o que a favor dos “ministros de nosso Deus”, e com que efeito?
29 Os da “grande multidão” consideram, humildemente, ser uma honra e um privilégio servirem no paraíso espiritual junto com os que Isaías 61:6 designa como “sacerdotes de Jeová” e “ministros de nosso Deus”. Reconhecem que os cristãos ungidos, assim designados por Jeová Deus, têm de se especializar em assuntos espirituais, no seu templo espiritual. Por isso, de bom grado aliviam o restante ungido por ajudarem e cooperarem, a fim de que este se possa especializar nos assuntos espirituais mais importantes. Tudo isso auxilia a embelezar o paraíso espiritual e torná-lo frutífero, para a glória de Deus.
30. Isaías 61:5 retrata estes “estranhos” e “estrangeiros” como prestando que serviços mas como fala Revelação 7:14, 15, sobre o seu serviço?
30 Assim, os figurativos “estranhos” e “estrangeiros” de hoje ajudam os do restante, para que estes se desincumbam dos deveres que lhes cabem por serem ungidos com o espírito de Jeová. Em Isaías 61:5, a obra dos ajudantes é retratada como pastorear os rebanhos, lavrar e arar, e cuidar dos vinhedos. Mas, na visão de Revelação, sobre os estrangeiros de todas as nações, tribos, povos e línguas, diz-se a respeito deles: “Lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro. É por isso que estão diante do trono de Deus; e prestam-lhe serviço sagrado, dia e noite, no seu templo.”—Rev. 7:14, 15.
31. Não importa como o mundo os encara, o que são os da “grande multidão” para o entronizado Deus?
31 Os da “grande multidão” são assim retratados como os que prestam serviço sagrado ao entronizado Soberano Senhor do universo. Não importa como o mundo os encare, são Seus servos!
32. Como se cumprirá Isaías 61:5, 6, de modo mais literal com respeito ao restante e à “grande multidão” durante o milênio?
32 Esta “grande multidão” de “estranhos” e “estrangeiros” sobreviverá à vindoura “grande tribulação”. Quão belamente Isaías 61:5 descreve o que farão depois, durante o reinado milenar de Cristo! Durante esse tempo, os “sacerdotes de Jeová”, que são “ministros de nosso Deus”, serão enaltecidos junto com o Sumo Sacerdote Jesus Cristo, nos céus. Lá em cima, ocupar-se-ão mais do que nunca com o serviço sacerdotal para toda a humanidade. (Rev. 20:6) Mas a “grande multidão” ficará aqui, na terra purificada, que há de ser transformada num literal paraíso global. Então, quem serão pioneiros na reabilitação e no embelezamento do escabelo terrestre de Deus? Ora, a “grande multidão” de sobreviventes da tribulação, os quais se apegaram ao paraíso espiritual, junto com o restante ungido.
33. Como cuidarão os da “grande multidão” das necessidades e dos apetites humanos, naquele tempo, e para quem serão pioneiros no serviço e na adoração de Jeová?
33 Haverá então fabricação de roupa? A lã dos rebanhos pastoreados pela “grande multidão” será ampla para este fim. Deseja-se pão, e outros produtos do campo? Os “lavradores” cuidarão de que se saciem os bons apetites. Os vinhateiros poderão prover o melhor dos vinhos, para alegrar o coração dos homens. O progresso feito pelos da “grande multidão” em restaurar o paraíso na terra deleitará os olhos de todos os ressuscitados dentre os mortos e demonstrará o cuidado antecipado para com todos esses remidos pelo Sumo Sacerdote. Apesar de tudo isso, os da “grande multidão” não deixarão de prestar regularmente serviço sagrado a Jeová Deus, por meio de Jesus Cristo, no pátio terreno do templo espiritual de Deus. Nisto tomarão a dianteira e darão um excelente exemplo a todos os ressuscitados dentre os mortos. — Luc. 23:43.
[Fotos na página 25]
Os atuais “ministros de nosso Deus” fazem uma obra de reabilitação predita pelo profeta Isaías e em que Jesus foi pioneiro. O espírito do Soberano Senhor Jeová os habilita a proclamar as boas novas do Reino aos mansos de toda a terra.