Adoradores atentos no tempo do fim
1. Por que é agora tão importante estar espiritualmente atento?
QUÃO vital é estar atento às responsabilidades que recaem sobre os que praticam a religião da Bíblia, visto que nos confronta a destruição iminente do mundo iníquo pelas mãos do executor de Jeová, Cristo Jesus! Precisamos proteger-nos contra as armadilhas que nos causariam a destruição junto com os iníquos, porque o Diabo, como leão que ruge, procura devorar os que vacilam. Precisamos ter cuidado no sentido de fixar os olhos firmemente no novo mundo que está diante de nós. — 1 Ped. 5:8.
2. Que atitude recomendou o apóstolo Pedro aos seus irmãos cristãos, e por que é este conselho apropriado para nós, os que estamos no tempo do fim?
2 Foi apenas cerca de seis anos antes da destruição de Jerusalém pelos exércitos romanos em 70 E. C., que o apóstolo Pedro escreveu a sua segunda carta aos da congregação cristã, dando conselho inspirado que é de força ainda maior agora, nos dias que precedem a destruição prefigurada pela de Jerusalém. Pedro, dirigindo-se aos que já tinham alcançado a fé, enfatizou que eles dependiam de Deus e que, conseqüentemente, tinham de andar humildemente diante dele, dizendo que eles tinham alcançado a fé “pela justiça de nosso Deus e do Salvador Jesus Cristo”. (2 Ped. 1:1, NM) Todos nós estamos endividados com Deus pela vida e pelas inúmeras provisões para sustentá-la. Não ternos nada de nos gabar, mas temos muita razão para ser gratos. Assim como devemos a Deus a nossa vida atual, assim se funda também nas suas provisões a nossa esperança de vida eterna no novo mundo.
PROVISÃO DIVINA PARA A LIBERTAÇÃO
3. Em que se baseia a nossa esperança de salvação?
3 Embora tivéssemos nascido em pecado e estivéssemos sob a sentença de morte, quando ouvimos as boas novas ficamos atentos ao fato de que o único meio pelo qual se torna disponível a redenção é o sacrifício de resgate de Jesus, provisão de que Jeová Deus é o Autor. Jesus é “o caminho e a verdade e a vida”, e ninguém vem ao Pai senão por meio dele. (João 14:6) Os cristãos que se tornam “participantes da natureza divina” como filhos espirituais de Deus e co-herdeiros de Cristo, no reino celestial, têm tal esperança por causa do resgate. A estes diz o apóstolo Paulo: “Agora que fomos declarados justos em resultado da fé, gozemos de paz com Deus por meio do nosso Senhor Jesus Cristo, por quem também ganhamos nossa aproximação, pela fé, a esta benignidade imerecida, na qual estamos agora, e exultemos, baseados na esperança da glória de Deus.” (2 Ped. 1:4; Rom. 5:1, 2, NM) A esperança nutrida pela “grande multidão” de crentes que herdam o domínio terrestre do Reino baseia-se também nesta provisão, e estes proclamam publicamente: “A salvação é obra de nósso Deus, que está assentado no trono, e do Cordeiro.” (Apo. 7:10, Maredsous) Têm profunda apreciação por esta provisão divina. Não é algo em que professem fé mas que não entendam. Ensinam-na a outros e aproveitam-se regularmente da oração a Deus, em nome daquele que deu a sua vida como resgate.
4. (a) Por que meio se torna possível escapar da destruição nó Armagedon? (b) Em vez de depositar confiança nos homens, que atitude devemos adotar?
4 A aceitação de Jesus Cristo como aquele por meio de quem Deus provê a libertação é também o meio pelo qual é possível sobreviver ao cataclismo do Armagedon. Nos dias de Noé, só os que depositaram fé em Noé, como profeta de Deus, e se sujeitaram à sua chefia foram preservados através do dilúvio. Quando o Armagedon se abater sobre esta geração, somente os que provaram a sua fé no Noé Maior, Jesus Cristo, como grande Profeta e Rei reinante de Deus, e que se sujeitaram à sua chefia serão preservados para o novo mundo. (1 Ped. 3:20, 21) Os que tiverem posto a sua confiança nos homens terrenos ver-se-ão sem ajuda. O homem, com todo o seu conhecimento científico, verificará que seus interceptadores de projéteis balísticos são impotentes para rechaçar as forças da natureza que Deus usará contra os iníquos para destrui-los; nem será o homem capaz de inventar quaisquer meios para escapar do juízo, pela fuga para outra parte do universo. Deus diz a respeito dos iníquos: “Embora cavem até o Sheol, dalli os tirará a minha mão; embora subam até o céo, dalli os farei descer.” (Amós 9:2) Em vez de confiarem nas obras dos homens, os que estão atentos à situação que agora confronta a humanidade procurarão em humildade a face de Deus e o favor de seu Filho, o Rei Jesus Cristo. “Deus se opõe aos soberbos, mas dá benignidade imerecida aos humildes.” — 1 Ped. 5:5, NM; Sal. 2:12.
PRODUZINDO OS FRUTOS CORRETOS
5. Que qualidades devem ser manifestadas nas vidas dos que desejam ter a vida no novo mundo? E em que resultará isso agora?
5 Tudo isso exige esforço da nossa parte. Significa orientar a nossa vida do modo que se harmonize com os justos requisitos de Deus. Em vista das perspectivas de vida que Deus nos apresenta, Pedro admoesta: “Sim, por esta mesma razão, por contribuirdes, em resposta, todo esforço laborioso, supri à vossa fé a virtude; à vossa virtude, o conhecimento; ao vosso conhecimento, o autocontrole; ao vosso autocontrole, a perseverança; à vossa perseverança, a devoção piedosa; à vossa devoção piedosa, a afeição fraternal; à vossa afeição fraternal, o amor.” (2 Ped. 1:5-7, NM) A fé, que é uma convicção bem fundada de que a esperança que nos é apresentada pela Palavra de Deus será cumprida, é uma exigência para agradar a Deus. A virtude é retidão na conduta, em harmonia com a norma de moralidade estabelecida por Deus; sem esta, a nossa adoração não seria aceitável. O conhecimento é uma necessidade, se havemos de ser ‘obreiros que não têm de que se envergonhar, manejando bem a palavra da verdade’. (2 Tim. 2:15) O autocontrole é importante a fim de harmonizarmos a nossa vida com o que sabemos ser correto. A perseverança habilita-nos a manter-nos firmes na fé, mesmo sob circunstâncias difíceis. A devoção piedosa move-nos a empenhar-nos de todo o coração na adoração. A afeição fraternal e o amor mantêm-nos chegados a Deus, aos nossos irmãos e à organização teocrática. “Se estas coisas existirem em vós e transbordarem, impedirão que sejais quer inativos quer infrutíferos quanto ao conhecimento acurado de nosso Senhor Jesus Cristo.” — 2 Ped. 1:8, NM.
6. (a) Que frutos produziu a cristandade, e por quê? (b) Que espécie de frutos são evidentes entre o povo de Jeová, e por quê?
6 Não podemos permitir-nos ser adoradores inatentos ou sonolentos. O tempo é de atividade. Nosso proceder atual decidirá a nossa oportunidade de ter vida no novo mundo. Todos os homens são conhecidos pelos seus frutos. Uma folha intitulada “Memento”, especialmente preparada. para o “Domingo da Paixão” e distribuída na Holanda, comentou os, frutos das religiões da cristandade, dizendo: “Nós somos culpados da união desfeita da Igreja de Cristo e da desintegração da Verdade. . . . Nós somos culpados dos trinta e três milhões de comunistas que negam a Deus, porque não amamos com bastante zelo. . . . Nós somos fracos, porque transformamos o evangelho numa suave fórmula para a decência externa e para a vida segura . . . Nós somos fracos, porque nos livramos da moral cristã . . . Nós somos fracos, porque não oramos.” Seus frutos manifestam que a religião deles não é a da Bíblia, porque os frutos deles não procedem do “conhecimento acurado de nosso Senhor Jesus Cristo”. No entanto, aquele que ouve a Palavra da verdade e a compreende, produz realmente os frutos da espécie correta. Ele produz na sua vida o fruto de qualidades cristãs, mencionado em João 15:8, e que dá glória ao Pai. Ele é coerente em oferecer “a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios que fazem declaração pública do seu nome”. (Heb. 13:15, NM) Isto resulta em mais pessoas ouvirem as boas novas e em se tornarem cristãos dedicados, animadoras cartas de recomendação, que atestam a fertilidade do ministério em que participamos como “cooperadores de Deus”. — 2 Cor. 3:1-3; 1 Cor. 3:5-9.
7. Quando alguém não produz os frutos cristãos, o que está errado? O que se deve fazer sobre isso?
7 Se estas tendências e atividades corretas faltarem em nossas vidas, então algo estaria sèriamente errado. “Pois, se estas coisas não estiverem presentes em alguém, ele é cego, fechando os olhos à luz, e começou a esquecer-se da sua purificação dos seus pecados de há muito.” (2 Ped. 1:9, NM) Se alguém se tiver tornado negligente nesse assunto e não tiver feito o diligente esforço que é necessário, então é agora o tempo para corrigir a situação. Não nos podemos permitir ficar indiferentes ou tíbios. Seria muito imprudente adiar para o futuro o nosso serviço a Deus, especialmente em vista da brevidade do tempo remanescente. Precisamos estar atentos aos requisitos da verdadeira adoração. Apenas pelo reconhecimento da necessidade de fazermos um esforço sincero de servi-lo agora nos “será ricamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. — 2 Ped. 1:11, NM.
LEMBRETES AMOROSOS
8. O que diz o apóstolo Pedro sobre a sua razão de escrever a segunda carta?
8 Por que escreveu Pedro estes conselhos aos seus irmãos cristãos? Não conheciam eles as coisas de que escreveu? Êle responde: “Por esta razão estarei sempre disposto a lembrar-vos estas coisas, embora os conheçais e estejais firmemente estabelecidos na verdade que está presente em vós. Mas, eu acho direito estimular-vos, enquanto estou neste tabernáculo, como meio de vos fazer lembrar.” (2 Ped. 1:12, 13, NM) É verdade que até aquele tempo já se escreveram dois ou três dos relatos evangélicos, bem como o livro dos Atos. Paulo, também, já escrevera a maior parte das suas quatorze cartas inspiradas, e Pedro as menciona. Apesar disso, ele diz: “Amados, esta já é a segunda carta que vos escrevo, na qual, como na minha primeira, estimulo as vossas faculdades mentais esclarecidas à guisa de lembrete, para que vos lembreis das palavras anteriormente faladas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador por meio dos vossos apóstolos.” (2 Ped. 3:1, 2, NM) Ele sabia que isso os estimularia para contínua vigilância espiritual. Era proteção para eles recapitularem estas verdades importantes, para manterem viva a sua apreciação e para poderem estar ‘sempre preparados para fazer uma defesa perante todo aquele que lhes exigisse a razão da esperança que havia neles’. — 1 Ped. 3:1.5, NM.
9. De que modos fomos providos de lembretes e que efeito têm eles sobre nós?
9 Também nós, os que vivemos neste tempo do fim, precisamos de tais lembretes amorosos. A própria Bíblia contém lembretes para nós. (Sal. 119:2) Também os artigos publicados na Sentinela e as outras publicações da Sociedade estimulam os nossos pensamentos, à guisa de lembretes. É verdade que reconhecemos muitas das verdades básicas como algo que já estudamos antes, mas este lembrete é vital para mantermos vivo o nosso apreço, e sem este apreço, até mesmo o conhecimento que já temos, em pouco tempo deixaria de mover-nos para o serviço ativo. Para manter esta vigilância espiritual aproveite-se plenamente dos lembretes providos por Deus.
10. O que fez que Pedro estivesse tão confiante quanto à veracidade das profecias, e por que temos nós, hoje, razão ainda maior para ter confiança?
10 Pedro não escreveu algo imaginário. Ele não baseou seu ensino em “histórias falsas, astutamente inventadas”. Esteve pessoalmente com Jesus na ocasião da transfiguração deste, e viu ali, em visão, o Senhor na glória do Reino. Além disso, ouviu a voz do próprio Deus do céu, dizendo: “Este é meu filho, meu amado, a quem dei minha aprovação.” Foi por causa destas experiências que confirmaram a fé que Pedro argumentou que “temos a palavra profética mais firme, e fazeis bem em prestar atenção a ela”. (2 Ped. 1:16-19, NM) Se Pedro naquele tempo teve razão para ter fé, muito mais nós, hoje, pois temos visto com os nossos próprios olhos o cumprimento das profecias que provam inconfundivelmente que Cristo está agora presente no poder e na glória do Reino, que ele já tomou ação contra o Diabo e o expulsou do céu, e que este tempo do fim atingirá em breve o seu clímax com a destruição de toda a iniqüidade, abrindo o caminho para o novo mundo eterno de Deus. Lembremo-nos constantemente destes fatos, que nos ajudam a ficar bem atentos no exercício de nossa adoração.
ARMADILHAS A SEREM EVITADAS
11. (a) O que ajuda a nós, como cristãos, a ser vigilantes? (b) Contra que duas ofensas nos avisa 2 Pedro 2:10?
11 Que vergonha seria não alcançar o novo mundo, quando já estamos no limiar dele! No entanto, é exatamente isso o que pode acontecer se não aceitarmos os avisos registrados para a nossa proteção. “Jeová sabe como livrar da prova as pessoas de devoção piedosa, mas reservar as pessoas injustas para o dia do juízo, para serem extirpadas, especialmente, porém, aqueles que continuam a andar atrás da carne com o desejo de corrompe-la e que desprezam a autoridade.” (2 Ped. 2:9, 10, NM) Note as duas ofensas contra as quais se nos avisa especialmente: andar atrás da carne com o desejo de corrompê-la e desprezar a autoridade.
12. (a) Se alguém anda “atrás da carne com o desejo de corrompê-la”, que esperança perde ele? (b) Como mostra a experiência dos israelitas a necessidade de se estar atento a este perigo?
12 Não há vantagem nenhuma em desconsiderar o aviso. De nada nos servirá argumentar que nascemos em pecado e que por esta razão cedemos facilmente às fraquezas da carne. “Não sabeis que pessoas injustas não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis. Nem os fornicários, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os homens mantidos para propósitos desnaturais, nem os homens que se deitam com homens, nem os ladrões, nem as pessoas cúpidas, nem os beberrões, nem os vituperadores, nem os extorsores, herdarão o reino de Deus.” (1 Cor. 6:9, 10, NM) Não estamos tão pertos do novo mundo que podemos relaxar a nossa vigilância. Precisamos ficar atentos ao perigo. Perto do fim dos quarenta anos de peregrinação pelo deserto, quando os israelitas estavam prestes a entrar na Terra Prometida, milhares de israelitas perderam a sua oportunidade de entrar na terra que Deus lhes dera por sucumbirem a paixão carnal e terem “relações imorais com as filhas de Moab”. (Núm. 25:1, NM) Todos os que deixaram a conduta profanadora do mundo e depois sucumbiram ao engodo da imoralidade, adotando este modo de vida, negaram o amo que os comprou, Jesus Cristo. “Os dizeres do verdadeiro provérbio têm acontecido a eles: ‘O cão voltou ao seu vômito e a porca lavada, a revolver-se no lamaçal.’ — 2 Ped. 2:22, NM.
13. O que está errado com a pessoa que se entrega à imoralidade? Portanto, contra que nos precisamos prevenir, e como?
13 Os que adotam tal proceder têm maus corações. “Têm os olhos cheios de adultério e incapazes de desistir do pecado, e engodam as almas inconstantes. Têm um coração exercitado na avareza”, diz Pedro. Jesus indicou a mesma causa quando disse: “Do coração procedem raciocínios iníquos, homicídios, adultérios, fornicações”, e assim por diante. (2 Ped. 2:14; Mat. 15:19, NM) Como é que tais desejos penetram no coração, a sede da motivação, ao ponto de controlá-lo? A pessoa não age logo de acordo com cada pensamento que lhe vem na idéia, mas age por fim segundo as idéias que continua a reter na mente até se tornarem férteis. (Tia. 1:14, 15) Quando alguém toma por hábito alimentar a mente com imoralidade, ele está pondo em perigo a sua integridade cristã. “Acima de tudo o mais que há de ser guardado, resguarde teu coração, pois dele procedem as fontes da vida.” (Pro. 4:23, NM) Podemos fazer isso por cultivar os hábitos corretos de pensar, recomendados em Filipenses 4:8 (NM):“Finalmente, irmãos, todas as coisas que forem verdadeiras, todas as coisas que forem de séria preocupação, todas as coisas que forem justas, todas as coisas que forem castas, todas as coisas que forem amáveis, todas as coisas de que se fale bem, toda a virtude que houver e tudo o que houver digno de louvor, continuai a considerar estas coisas.” Assim se protege o coração.
14. Quem são os “gloriosos” mencionados por Pedro, e por que é importante que se lhes mostre o devido respeito?
14 Que se pode dizer dos que “desprezam a autoridade”? A respeito deles diz o apóstolo: “Atrevidos, obstinados, não tremem diante dos gloriosos, mas falam abusivamente.” (2 Ped. 2:10, NM) Os “gloriosos” mencionados aqui não são os que se acham brilhantes e destacados, no seu próprio conceito, nem os que são gloriosos aos olhos de outros, por causa de suas consecuções pessoais. Quando orou a seu Pai, Jesus disse a respeito dos que se tornaram seus seguidores: “Eu lhes dei a glória que tu me deste.” (João 17:22, LEB) A glória é, portanto, dada por Deus. Conferiram-se lhes privilégios, os quais, vindos de Deus, são realmente gloriosos. Os que são irmãos do Rei Jesus Cristo foram selecionados como herdeiros do reino celestial — deveras um privilégio glorioso! Este favor mostrado por Deus não pode ser menosprezado pelos outros da humanidade, que hão de ganhar a vida. Por esta razão, Jesus, na sua parábola das ovelhas e dos cabritos, mostra que os outros seriam julgados, quanto ao seu merecimento da vida no novo mundo, à base de sua atitude para com os irmãos do Rei e a mensagem que estes levam, referente ao Reino. Falar abusivamente destes embaixadores do Reino mostraria falta de respeito para com o Reino, para com o Rei e para com a autoridade Daquele que empossou o Rei, o próprio Jeová Deus. O restante destes herdeiros do Reino ainda na terra, como grupo coletivo, constitui o “escravo fiel e discreto” ao qual Deus conferiu os interesses do Reino na terra. Este “escravo”, sob a direção do espírito santo, tem designado certas pessoas como servos nas congregações, para apascentar o rebanho de Deus. r, importante que reconheçamos a estes e plenamente cooperemos com estes a quem Deus deu assim responsabilidades, ou autoridade, especiais, não menosprezando o arranjo ou falando abusivamente daqueles a quem se confiaram tais privilégios.
15. Como mostram os que ‘falam abusivamente dos gloriosos’ que eles são como animais irracionais?
15 Os que lutam contra a organização visível de Deus, assim como fez o “escravo mau”, mostram-se desarrazoados, sem apreço de Jeová Deus e da sua responsabilidade perante ele. Por não reconhecerem as coisas espirituais, “êsses homens, semelhantes aos animais irracionais, nascidos naturalmente para serem presos e destruídos, nas coisas que ignoram e das quais falam abusivamente, sofrerão a destruição no seu próprio proceder de destruição, defraudando a si mesmos em recompensa da sua transgressão.” — 2 Ped. 2:12, 13, NM.
16. De que podemos estar certos em vista da execução da sentença divina em tempos passados?
16 Não pense nenhum dos que desprezam o aviso divino, que Deus se refreará de puni-los pelo seu proceder em desafio de Deus. Ele não se refreou de punir os anjos que pecaram, nem o mundo iníquo nos dias de Noé; nem o povo imoral de Sodoma e Gomorra. (2 Ped: 2:4-7) No Armagedon, ele executará a sentença nos que seguem nas pisadas dos seus predecessores iníquos, mas também preservará os que mostram que seus corações estão fixos nele por se conformarem ao Seu modo justo de proceder.
O CONCEITO CORRETO DA PACIÊNCIA DE DEUS
17. Por que não se abala a fé do cristão com a zombaria dos descrentes da idéia do fim do mundo?
17 Se o nosso modo de pensar for estimulado pela Palavra de Deus, verificaremos que, mesmo quando confrontados pela descrença zombeteira do mundo, não se abalará a nossa fé. Os mundanos talvez digam: “Onde está a prometida presença dele? Ora, desde o dia em que nossos antepassados dormiram na morte, todas as coisas continuam exatamente como desde o princípio da criação.” (2 Ped. 3:4, NM) Mas nós sabemos que isto não é verdade! Informados pela Palavra infalível de Deus, estamos atentos ao fato de que vivemos no tempo do fim. Embora os homens zombem da idéia da destruição do mundo iníquo na batalha do Armagedon, nós não o fazemos. Estamos bem familiarizados com os registros históricos, sagrado e secular, sobre o dilúvio dos dias de Noé, por meio do qual “o mundo daquele tempo sofreu destruição, ao ser inundado com água”. Isto estabeleceu um modelo para as coisas futuras. “Pela mesma palavra [de Deus], os céus [Satanás e seus demônios] e a terra [às pessoas ímpias] que agora existem se guardam para o fogo e estão sendo reservados para o dia do juízo e da destruição dos homens ímpios.” (2 Ped. 3:5-7, NM) Este juízo é certo; não é nada de se zombar.
18. (a) Quando os zombadores argumentam que Deus é vagaroso, por que está errado o seu raciocínio? (b) Como devemos considerar a paciência que Deus demonstra agora?
18 Os zombadores, no seu esforço de ridiculizar a seriedade da situação, refletindo a sua própria descrença, argumentam que, se Deus tivesse realmente o propósito de introduzir um novo mundo, já teria feito isso há muito tempo; acham que ele é vagaroso. No entanto, Pedro aconselha: “Não deixeis que este fato escape à vossa atenção, amados, de que um dia para Jeová é como mil anos e mil anos como um dia.” Mil anos são muito tempo para um homem que vive apenas uns setenta ou oitenta anos, mas para Deus, que habita a eternidade, é como um dia seria para nós. Portanto, não há causa para duvidar, quando paramos um pouco para pensar que se passaram menos de seis destes dias de mil anos desde a queda do homem no pecado, e que vivemos agora na geração que verá a introdução do novo mundo. “Jeová não é vagaroso com respeito à sua promessa, como alguns consideram a vagarosidade, mas é paciente convosco, porque não deseja que alguns sejam destruídos, mas deseja que todos alcancem o arrependimento.” (2 Ped. 3:8, 9, NM) Os que se ocupam no trabalho do Senhor não se queixam por causa da paciência de Deus; trabalham àrduamente para achar os que são das ovelhas do Senhor e para ajudá-los a chegar ao aprisco de segurança enquanto ainda há tempo. Embora aguardem com viva antecipação o tempo em que se exterminará a iniqüidade e em que o nome de Deus será vindicado para sempre, estão ansiosos de fazer tudo o que podem antes que venha este tempo, para ajudar os de coração reto a chegar ao arrependimento e a sobreviver com eles para o novo mundo de justiça.
19. Por que virá a destruição como ladrão sobre o velho mundo, mas por que não serão as testemunhas fiéis de Jeová apanhadas desprevenidas?
19 Embora o mundo tenha sido avisado, os desobedientes serão apanhados desprevenidos por não darem ouvidos. O dia de Jeová virá sobre eles como ladrão -não desejado, e numa época em que não o esperam. “Mas vós, irmãos, não estais em escuridão, para que aquele dia vos surpreenda como a ladrões, pois vós sois todos filhos da luz e filhos do dia.” (1 Tes. 5:2-5; 2 Ped. 3:10, NM) Não, as testemunhas fiéis de Jeová não serão apanhadas desprevenidas. Aceitam o conselho:“Visto que aguardais estas coisas, fazei tudo a vosso alcance para que por ele sejais finalmente achados imaculados, e irrepreensíveis, e em paz.” Passam cada dia com um vivo senso de percepção da proximidade do dia em que Jeová executará o mundo satânico. Sabem que o reino de Deus já domina nos céus e que são os seus agentes de publicidade. Promovem-no zelosamente por palavras e por atos. Estes adoradores atentos de Jeová Deus esforçam-se sinceramente em despertar outros à percepção espiritual, agora, para que não pereçam no sono perpétuo junto com os iníquos, no Armagedon, mas para que sobrevivam com os adoradores atentos para o novo mundo, a fim de adorar a Jeová para todo o sempre. — 2 Ped. 3:11-14, NM.