Jeová — Deus de amor e paciência
“Jeová não é vagaroso com respeito à sua promessa, . . . mas ele é paciente convosco, porque não deseja que alguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento.” — 2 Ped. 3:9.
1. (a) De que modo a segunda carta de Pedro é similar à profecia de Malaquias? (b) Como é que tanto Jesus como Pedro destacam a certeza da Palavra de Deus?
NA PARTE final de sua segunda carta, Pedro avisa que “nos últimos dias virão ridicularizadores com os seus escárnios”, perguntando zombeteiramente: “Onde está essa prometida presença dele?” Como na profecia de Malaquias, Pedro menciona algumas verdades penetrantes a respeito do “dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”. Do ponto de vista humano, Jeová talvez pareça “vagaroso com respeito à sua promessa”, mas, não cometa tal engano. “O dia de Jeová virá como ladrão”, pegando desprevenidos os zombadores ímpios. É interessante que Pedro liga a passagem dos simbólicos ‘céus e terra que agora existem’ com a certeza da segura palavra da promessa de Deus. Semelhantemente, quando Jesus deu sua grande profecia, disse: “Céu e terra passarão, mas as minhas palavras de modo algum passarão.” Por conseguinte, devemos ter o máximo respeito à Palavra de Deus e à sua mensagem para a atualidade. “Feliz o homem que . . . nem se assenta entre os escarnecedores; mas, põe seu prazer na lei do Senhor [Jeová].” — 2 Ped. 3:3-10; Luc. 21:33; Sal. 1:1, 2, CBC.
2. De que é prova a aparente vagarosidade de Jeová?
2 A aparente vagarosidade de Jeová é, realmente, prova maravilhosa de seu amor e de sua paciência, “porque não deseja que alguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento”. Semelhantemente, devemos “considerar a paciência de nosso Senhor como salvação”. (2 Ped. 3:9, 15) Não fora o amor e a paciência de Jeová e de Jesus Cristo, não estaríamos testemunhando, hoje em dia, o cumprimento do que eventualmente aconteceu ao filho pródigo. Alguns dessa classe, atualmente, já experimentaram a salvação, em virtude da paciência do Senhor. Haverá ainda tempo para que outros façam isso? Podemos ajudá-los de alguma forma? Será que há boas razões pelas quais não nos deveríamos alegrar e estar dispostos a ajudar?
3. (a) Como é a vida uma evidência do amor de Deus? (b) Como é que o tempo se prova evidência de sua paciência? (c) Como é que estes “meios de vida” têm sido usados tanto bem como mal?
3 O amor e a paciência de Jeová nos ajudam a ver como, conforme dito na ilustração do filho pródigo, Ele “dividiu então os seus meios de vida” entre a classe com a esperança celeste e a com a esperança terrestre, estas classes sendo representadas pelos dois filhos. (Luc. 15:12) Duas coisas acham-se envolvidas, a vida e o tempo. A vida é um dom de Deus. Podemos dizer que forma parte de sua grande propriedade, dividida e distribuída entre os seus filhos. É evidência de seu amor. Nestes “últimos dias”, Deus também dividiu um período de tempo, ou fez a partilha dele, como evidência de sua paciência. (2 Tim. 3:1) Como? Os dias da tribulação começaram em 1914 sobre a organização de Satanás e, com justificativa, poderiam ter continuado sem cessar, culminando na batalha bíblica do Armagedom. Mas, como disse Jesus, “aqueles dias serão abreviados”, senão “nenhuma carne se salvaria”. (Mat. 24:22) Tal precioso intervalo de tempo, começando em 1918 e terminando no Armagedom, ainda vigora, continuando muito além do que certa vez esperávamos. Durante este período de tempo, o restante fiel, com a esperança celeste, gastou alegremente sua vida e seu tempo no serviço de seu Pai, como o filho mais velho. Muitas das “outras ovelhas” de João 10:16 têm feito o mesmo. Mas, aqueles representados pelo filho mais jovem têm-se apoderado egoistamente das dádivas de vida e tempo, dadas por Deus, e as converteram em meios de gratificar os desejos corruptos da carne decaída.
O PROCEDER DE ABANDONO E SEU RESULTADO
4. Como e por que a classe do “filho mais jovem” tem seguido um proceder de abandono?
4 Avisando sobre aqueles que são inimigos deliberados do povo de Deus, diz Pedro que “acham um prazer viver em luxo durante o dia. . . . Abandonando a vereda reta, foram desencaminhados.” (2 Ped. 2:13, 15) Isso descreve bem o proceder seguido pelo filho mais jovem, muito embora em nenhuma ocasião se tornasse opositor voluntário, perdendo toda a esperança de redenção. Os dessa classe, hoje em dia, não começam com a intenção ruim de causar qualquer dano ou prejudicar a alguém. Simplesmente desejam divertir-se, sem restrições e sem que ninguém os deixe de ver com bons olhos. O mundo oferece emoções e atrativos, com sua vida da cidade e a vida noturna. Assim, deixam o lar, talvez não literalmente, mas deixam de associar-se ou de ter companheirismo, quer com Jeová quer com seu povo. Partem para “um país distante”. — Luc. 15:13.
5. Por que ir a um “país distante” não envolve uma longa jornada?
5 Isto não envolve literalmente uma longa jornada. O sistema de coisas de Satanás está em todo o nosso redor, mas, a sua condição e seu espírito estão muito longe de Jeová e são estranhos ao seu espírito. Para os fariseus, que ouviam a ilustração dada por Jesus, o filho mais jovem representava os pecadores e os coletores de impostos que, em sua própria terra, eram empregados da distante Roma. Pior ainda, os coletores de impostos, em seu serviço, amiúde defraudavam seus concidadãos, sendo por isto tidos pelos fariseus como completamente perdidos e sem esperança.
6. O que pode acontecer facilmente com alguém que segue o proceder de abandono?
6 Uma vez no país distante, não demorou muito para que o filho mais jovem ‘esbanjasse os seus bens por levar uma vida devassa’. Era certamente um filho pródigo. Não são fornecidos pormenores, mas podemos imaginar justamente o que aconteceu. O filho mais velho, posteriormente, disse que seu irmão “consumiu com as meretrizes o . . . meio de vida [do pai]”, e ninguém o contradisse. Eis aqui um aviso direito. Embora os da classe do “filho mais jovem” não sejam voluntariamente iníquos, chegam perigosamente perto disso por motivo de sua íntima associação com tais, num proceder de “viver em luxo” e em ‘abandonar a vereda reta’. Não tire a conclusão errada. Nenhuma ilustração de per si abrange todas as possibilidades. Não diga: ‘Vou-me divertir a valer com meus amigos no mundo e então vou cair em mim e levar uma vida séria.” Um pequeno empurrão, um passo muito grande enquanto a pessoa está em tal companhia, e a pessoa pode cair na classe da qual não há retorno ou recuperação. E pense nisto, também! O que acontecerá se o Armagedom vier enquanto estiver acompanhando tal multidão? Então não haverá tempo para o arrependimento. — Luc. 15:13, 30; 2 Ped. 2:13, 15.
7. O que aconteceu com o jovem, quando assolou a fome, envolvendo que dificuldades?
7 Retornando à ilustração, lemos a seguir que “ocorreu uma fome severa”, e o jovem, tendo gasto tudo, finalmente empregou-se para cuidar de porcos. (Luc. 15:14-16) Para um judeu, como imaginamos que era, isto seria degradante e maculador. O porco era animal que os judeus estavam proibidos de comer, ou até de tocar, morto ou vivo. “Vós os tereis por impuros.” (Lev. 11:7, 8, CBC; Deu. 14:8) O filho pródigo teria de reprimir a dor de consciência. Não poderia esperar que seu empregador, cidadão daquele país’, se incomodasse com qualquer questão de consciência da parte dum liquidado zelador de porcos. Ora, nem se permitiu que ele enchesse a barriga com a fraca dieta deles, de alfarrobas! “Ninguém lhe dava nada.” — Luc. 15:16.
8. (a) Como é que a fome assola a cristandade desde 1918? (b) Como tem isto atingido a classe do “filho pródigo?
8 Não é difícil ver o cumprimento desta parte da ilustração. As Escrituras falam duma “fome, não de pão, e sede, não de água, mas de ouvir as palavras de Jeová”. Tal fome assolou a cristandade, especialmente desde 1918. Desde então, os líderes religiosos, como os de Israel, “rejeitaram a própria palavra de Jeová, e que sabedoria têm?” Conforme Jesus lhes disse nos seus dias: “Invalidastes a palavra de Deus por causa da vossa tradição:” Atualmente, por todo o império mundial da religião falsa, todos os seus habitantes passam fome espiritual. Os fatores dominantes, ou cidadãos oficiais, do mundo de Satanás, têm apenas para oferecer os seus próprios projetos humanos, tais como a organização das Nações Unidas, apoiados pelos líderes religiosos. A classe do “filho pródigo”, tendo acompanhado o mundo, adere a tais projetos, esperando destarte encontrar alívio e sustento. Mas, não há nada a favor dos espiritualmente doentes, que ficam famintos, destituídos de tudo e abandonados. Esse é o lado sombrio do quadro. — Amós 8:11; Jer. 8:9; Mat. 15:6; 2 Cor. 4:4.
O FILHO MAIS JOVEM CAI EM SI
9. (a) Será que Deus envia o mal para fazer-nos refletir bem? (b) O que habilitou o filho mais jovem a cair em si?
9 Contando o que aconteceu ao filho mais jovem, disse Jesus simplesmente a seguir: “Quando caiu em si”, seguindo-se uma declaração de como o filho mais jovem arrazoou consigo mesmo. (Luc. 15:17-19) O clero da cristandade amiúde afirma aos que sofrem adversidade que Deus envia tais experiências para ensinar uma lição, para fazê-los cair em si. Isso torna Deus responsável de permitir o mal e participante do mesmo. Tal ensino não é bíblico e traz muito vitupério ao nome de Deus. A Palavra de Deus diz que “por coisas más, Deus não pode ser provado, nem prova ele ninguém”, isto é, com coisas más. Deus prova e disciplina, mas não por usar instrumentos ruins. A escritura continua: “Mas cada um é provado por ser provocado e engodado pelo seu próprio desejo.” (Tia. 1:13, 14) Justamente isto se deu com o filho pródigo. Na verdade, provavelmente ele não cairia em si enquanto se estivesse divertindo, mas o que o habilitou a usar corretamente seus sentidos foi a lembrança de certas informações que estavam no fundo de sua mente. Como no caso dos israelitas, quando abandonados ao inimigo, que sabiam para onde se voltar. Assim, também, o fez o jovem, conforme indicado pelo seu arrazoamento subseqüente.
10. O que é indicado pelas palavras do filho pródigo, em Lucas 15:18, 19, lançando que luz sobre a atitude do pai?
10 Ouvindo dizer que não havia fome em seu próprio país, o jovem disse para si mesmo: “Levantar-me-ei e viajarei para meu pai e lhe direi: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho. Faze de mim um dos teus empregados.’ (Luc. 15:18, 19) Suas palavras indicam muito mais do que o desejo de fugir da fome e de ser bem alimentado. Primeiro, reconheceu no íntimo que pecara, não apenas contra seu pai, mas contra Deus, no céu. Suas palavras também indicam que ele não tinha senão um alvo em mente, e este era retornar, e viver e servir sob a guarida de seu pai, em casa. Conhecia seu pai e sabia como era o lar. Quando deixara anteriormente seu lar, se seu pai se tivesse voltado para ele e gritado iradamente com ele, não teria uma idéia tão figa quanto ao que deveria fazer. Poderia ter-se decidido a voltar e esperar obter emprego em alguma parte do país, sem ter que encarar o pai. Mas, nenhuma idéia semelhante entrou-lhe na mente. Tratava-se de seu lar! Não havia lugar semelhante a ele!
11. Como é que os da classe hodierna do “filho pródigo” caem em si?
11 O mesmo se dá com os representados pelo jovem. Por motivo de seu contato inicial com o povo de Jeová e com a mensagem da verdade, têm base para cair em si. Na verdade, enquanto as coisas forem indo bem, não pausam para pensar nisso. Não obstante, têm um quadro mental, no fundo da mente, do que foi a vida no seu “lar”, junto com o povo de Deus, em sua organização teocrática. Quando experimentam a frustração e o vazio paupérrimo do mundo de Satanás, então podem estabelecer um contraste. Ademais, conforme subentendido pela ilustração, obtêm notícias correntes da contínua prosperidade dos servos dedicados de Jeová de que, falando-se espiritualmente, “têm abundância de pão” e de toda a feliz atividade relacionada com um lar em que há abundância. (Luc. 15:17) Em realidade, é de conhecimento geral que as testemunhas de Jeová usufruem essas mesmas coisas de forma destacada.
12. Que decisão correta fazem então?
12 Caindo em si e fazendo o contraste em sua mente, então, podem fazer a decisão correta. Fazem então uma dedicação em base sólida de conhecimento e de apreciação. Estão preparados para dizer Sim, com profundo significado e sinceridade, às duas perguntas feitas a todos os candidatos, antes de todo ofício de batismo. Semelhantes ao jovem, fazem plena confissão de sua condição impura, pecaminosa, e oferecem-se ao Pai celeste em dedicação sem reservas para fazer a sua vontade e para servi-lo. Com que resultado? O que aconteceu ao jovem na ilustração?
13. Que incidentes assinalam o retorno ao lar do filho pródigo?
13 Chegamos à parte mais emocionante. Imagine a cena. A longa jornada de volta para o país natal foi um triste ordálio, mas sua determinação e o alvo em mente o mantiveram em caminho. Por fim, “enquanto ainda estava longe”, a sua vista alcança o seu lar. O que vê? Seu pai, encobrindo os olhos, olhando na sua direção! Ah, quantas vezes seu pai deve ter feito isso! Embora o rapaz esteja longe, o pai o reconhece e corre para encontrar-se com ele. Cheio de piedade, abraça-o e beija-o com ternura. Chegando em casa, o filho faz a sua confissão e oferece seus serviços como ‘um dos empregados’. Mas o pai decide que, primeiramente, seu filho precisa ficar apresentável com a melhor roupa; daí, todos são convidados a alegrar-se numa festa, “porque este meu filho estava morto, mas passou a viver novamente; estava perdido, mas foi achado”. — Luc. 15:20-24.
14. Que princípio é assim frisado, levando a que conclusões?
14 Quão vigorosamente Jesus ilustrou aqui o princípio bíblico: “Retornai para mim, e eu retornarei para vós.” (Mal. 3:7) Quem dera que os que se desviaram reconhecessem a grande alegria que causaria a sua volta para seu lar! Sem dúvida, seu sentimento de vergonha com freqüência os restringe. Mas, se permanecerem e definharem no mundo de Satanás, assolado pela fome, que felicidade dará isso a alguém? Nenhuma! O que podemos fazer para ajudar a tais? Será que queremos ajudá-los, ou iremos cometer o mesmo engano ruim que cometeu o filho mais velho na ilustração?
15. (a) Como se compara a atitude de Jeová com a do pai do filho pródigo? (b) Como demonstraram sua apreciação aqueles que estão em harmonia com Jeová?
15 A melhor maneira de ajudarmos os que se desviam é notarmos o que Jeová fez, conforme indicado na ilustração, e agirmos em harmonia com isso. Na história, Jesus deixou bem claro a atitude e o proceder do pai. Não esperou que seu filho chegasse em casa, dizendo então: “Bem, o que tem a dizer?” Não. Estava aguardando a volta do filho e estivera à espreita dele. Jeová tem demonstrado esta mesma atitude, fazendo que fossem registradas há muito tempo em sua Palavra as muitas profecias e ilustrações que predizem o retorno desta classe e a alegria que isso traria a Ele e a todos em sua organização, semelhante a um lar. Justamente quando necessário, fez que estes textos fossem entendidos, lá atrás, em 1943. O seu significado foi dado por meio da classe do “escravo fiel e discreto”, o restante ungido, como parte do alimento espiritual a ser dispensado “no tempo apropriado”. (Mat. 24:45-47) Os que estão em harmonia com Jeová, à vontade junto dele, como num lar, ficaram muito gratos pelo entendimento assim concedido. Não o retiveram para si mesmos, mas o publicaram amplamente por todo meio possível, refletindo assim o vivo interesse e a compaixão de seu Pai para com todos aqueles que mostrassem sinais de caírem em si.
16. Como se tornou progressivamente manifesta e incentivada uma classe terrestre?
16 Recapitulando brevemente o progresso assim feito, notamos que, em 1923, pela primeira vez, A Sentinela (em inglês) deu a verdadeira explicação da ilustração das “ovelhas e cabritos”. A identidade das “ovelhas” foi indicada como sendo uma classe terrestre de pessoas que são reunidas à destra do Rei, com a perspectiva de vida eterna sob o seu domínio. (Mat. 25:31-46) Em 1931, esta mesma classe foi identificada com aqueles “que suspiram e que gemem por causa de todas as coisas detestáveis” que são feitas na cristandade. Recebem certo ‘sinal na testa’, significando seu conhecimento da verdade e livre reconhecimento disso, levando à sua preservação no Armagedom. (Ezequiel, capítulo 9) Em 1932, tal classe foi identificada com Jonadabe, que alegremente se uniu com o Rei Jeú em seu carro, em caminho para a execução dos adoradores de Baal, representando a execução de todos os adoradores falsos por ocasião da destruição de Babilônia, a Grande, e no Armagedom. Foi frisado que o caminho ainda estava aberto para que as pessoas interessadas viessem a participar no serviço do Rei, Jesus Cristo, o Jeú Maior, em sua organização semelhante a um carro. (2 Reis 10:15-27) Nos anos 1933 e 1934, foi dada ajuda prática a favor desta classe pela instituição da obra de revisitas, isto é, novas visitas às pessoas interessadas, abrindo o caminho para a alimentação espiritual por meio do arranjo dum regular estudo bíblico domiciliar. Em 1934 se esclareceu que era apropriado darem o passo da dedicação, seguida pelo batismo em água.
17. De que forma o desenvolvimento desta classe foi assinalado em 1931 e em 1935?
17 Desde 1931, observou-se o constante aumento de estas pessoas semelhantes a ovelhas tomarem posição definida junto com as testemunhas ungidas de Jeová e de participarem no serviço de campo junto com elas. Muitas pessoas, como o filho pródigo, desperdiçaram suas oportunidades iniciais de entrarem em relação dedicada com Jeová e de o servirem. No desenvolvimento e na recuperação desta classe, contudo, o ano de 1935 parece ser o mais decisivo. Naquele ano, ocorreu algo que corresponde ao retorno do filho pródigo e do tratamento generoso que lhe foi dado pelo pai, equivalendo ao reconhecimento aberto e público de um filho, há muito perdido, que voltara para o lar. Ele realmente chegou, e se fez que tivesse a aparência apropriada, a fim de ser a devida causa para festa e regozijo. O que ocorreu em 1935 que correspondeu a isto?
18, 19. Como foi que os eventos nas assembléias de 1935 cumpriram o quadro, levando a que pergunta?
18 Nossa atenção se focaliza num congresso realizado em maio daquele ano em Washington, D. C., E. U. A. É significativo que, nos avisos preliminares na Torre de Vigia, foram especialmente convidados a assistir a ela os conhecidos como jonadabes.a Naquele congresso, provou-se claramente pelas Escrituras que a “grande multidão” de Revelação 7:9 não era uma espécie de classe espiritual secundária, conforme previamente entendido, mas se mostrou então que era a mesma classe terrestre conforme mencionada nesses outros textos que acabamos de recapitular. Ademais, pediu-se que os assistentes que achavam pertencer a esta “grande multidão” se levantassem, e grande número fez isso. Foi época marcante de festa e de regozijo espirituais. Semelhante proceder foi seguido em outras assembléias, com resultados similares. A “grande multidão” de “outras ovelhas” havia chegado! Estavam ali!
19 Mas, o leitor talvez diga que tudo isto aconteceu há trinta anos atrás. Qual é a situação atualmente? Antes de responder, consideremos a última parte da ilustração de Jesus, apresentando a atitude e o proceder do filho mais velho a respeito da volta de seu irmão.
NENHUMA CAUSA JUSTA PARA TROPEÇO
20. Que proceder seguiu o filho mais velho ao voltar Seu irmão, e como foi que o pai lhe suplicou?
20 Aconteceu que o filho mais velho estava ausente quando seu irmão chegou em casa. Ao se aproximar da casa, perguntou a um servo qual a razão da música e da dança. Ao ser-lhe dito isto, ficou muito irado e não queria entrar. Seu pai suplicou-lhe que entrasse e participasse das celebrações. Mas, não! O filho mais velho acusou o pai de tratamento injusto, de ser mole e parcial para com aquele pródigo danado, jamais lhe tendo sido dado um cabritinho para que ele se alegrasse com seus amigos. Em tom de súplica, o pai apela de novo a ele, ao mesmo tempo corrigindo o rapaz mais velho em ambas as questões, dizendo: “Filho, tu sempre estiveste comigo e todas as minhas coisas são tuas; mas nós simplesmente tivemos de nos regalar e alegrar, porque este teu irmão estava morto, mas agora está vivo, e estava perdido, mas foi achado.” (Luc. 15:25-32) Ali termina a história, deixando a porta aberta para que o rapaz mais velho entre, depois de pensar bem nisso e cair em si.
21. Quem é aqui representado pelo filho mais velho ao termos presente que circunstâncias?
21 Neste respeito, o filho mais velho não representa o inteiro restante do “pequeno rebanho” ainda na terra, mas apenas aqueles que adotam atitude similar a esta. Como se vê isto? Tenha presente que, bem até 1931, a atenção se centralizava quase que inteiramente no ajuntamento daqueles com a esperança celeste. Uma classe terrestre fora prevista, mas não se entendia que esta classe seria especificamente considerada por Deus e organizada deste lado do Armagedom. Não se imaginava então nenhuma obra de ajuntamento e de instrução das “outras ovelhas” antes do Armagedom, especialmente de quaisquer pessoas que tivessem desperdiçado suas oportunidades, como o filho pródigo. Ademais, alguns tinham conceitos extremados quanto a como Jeová os preparava para sua herança celeste, crendo que toda experiência que tinham era superintendida até no último pormenor, no sentido do desenvolvimento duma disposição agradável. Isto fez que se tornassem concentrados em si mesmos e demasiadamente importantes aos seus próprios olhos. Tornaram-se egotistas duma forma humilde. Viam somente a si próprios no quadro, como ficou evidente no caso do filho mais velho.
22. Como mostrou Jeová que reconhecia a classe do “filho mais jovem”, e com que resultado?
22 Tinha Jeová qualquer obrigação de retardar seu beneplácito, esperando que estes concentrados em si mesmos adquirissem o ponto de vista correto e mostrassem o espírito correto? De jeito nenhum. Foi adiante, provendo uma festa de coisas gordurosas para a classe do “filho mais jovem”, quando chegou o tempo para o seu reconhecimento público. Forneceu-lhes, falando-se espiritualmente, uma excelente veste, um anel e sandálias, significando que os identificou como prospectivos filhos terrestres, tendo agora boa posição em sua organização, tendo os “pés calçados do equipamento das boas novas de paz”. (Efé. 6:15) Mas, a classe do “filho mais velho” não apreciou isto e perguntou qual a razão disto de forma desafiadora. Recusaram-se a entrar na casa da organização de Deus, não tendo desejo de participar em dar boas-vindas a uma classe que lhes tirou do foco!
23. (a) Como é incorreto o ponto de vista da classe do “filho mais velho”? (b) Qual é o ponto de vista correto?
23 Seu ponto de vista era incorreto em ambas as questões. Quanto a eles próprios, seu próprio galardão lhes estava assegurado como primogênitos, ao se provarem fiéis. Quanto à classe do “filho mais jovem”, não havia favoritismo de uma classe sobre a outra. Se, no amor e na paciência de Deus, achou-se uma classe terrestre e ela se tornou viva, sendo trazida bem ao quadro antes do que se esperava, não devemos todos nos regozijar com nosso Pai celestial por causa dela? Por certo, não nos podemos dar ao luxo de tomar uma atitude argumentadora e difícil de tratar!
24, 25. (a) De que modo ainda está aberta a porta para os que são dessa classe? (b) Que perguntas ainda precisam ser respondidas?
24 Embora Jesus encerrasse a ilustração com o filho mais velho fora da casa, não podemos concluir que ninguém dessa classe jamais responderá ao apelo de Jeová. A porta ainda está aberta. Lembre-se de que foram os fariseus e escribas que fizeram que esta ilustração fosse dada. Sua atitude superior para com os pecadores e coletores de impostos era a mesma que a do filho mais velho para com seu irmão. Bom número destes líderes religiosos, porém, mais tarde caíram em si. Em realidade, como revela o registro, “grande multidão de sacerdotes começou a ser obediente à fé”. — Atos 6:7.
25 Será que ainda operam o amor e a paciência de Jeová? Tem havido quaisquer acontecimentos desde 1935 para provar isto? Como podemos tirar proveito do passo em falso dado por ambos os filhos, e o que podemos aprender da atitude do pai, conforme descrita vividamente por Jesus? Estamos, por certo, vivamente interessados na situação atual, e consideraremos estas perguntas no artigo que segue.
[Nota(s) de rodapé]
a A Torre de Vigia, em inglês, de 1.° e 15 de agosto de 1935, páginas 98, 110, 127, 130.