Plena cooperação com os designados por Deus
“Sede obedientes aos que tomam a dianteira entre vós e sede submissos, pois vigiam sobre as vossas almas como quem há de prestar contas; para que façam isso com alegria e não com suspiros, porque isso vos seria prejudicial.” — Heb. 13:17.
1. O que anseiam ver todos os amantes da justiça? Como é isto possível?
AMA a justiça e a retidão? Neste caso, não anseia seu coração ver desaparecer o ódio e a violência, e prevalecer a paz, e ver a tristeza ser substituída pela felicidade? Tudo isso e muito mais é possível por intermédio do reino de Deus, que dirigirá plenamente os assuntos desta terra. (Isa. 11:3-5; Mat. 6:9, 10; Rev. 21:1-4) Não é isto o que deseja pessoalmente ver acontecer: a substituição deste velho sistema de coisas moribundo, onde predominam o egoísmo e o pecado, por um sistema completamente novo? Pode imaginar outro senão o Deus Todo-poderoso realizar a tarefa gigantesca de produzir um sistema completamente novo das cinzas do velho, e isto dentro de nossa geração? — Dan. 2:44; Pro. 29:2.
2. Como sabemos que o novo sistema está muito próximo? Onde podemos obter pormenores sobre isso?
2 Não temos por objetivo considerar aqui a cronologia, mas, poderá sentir-se à vontade de pedir que qualquer uma das testemunhas de Jeová lhe mostre nas Escrituras a evidência de que dentro de poucos anos terminarão seis mil anos da existência do homem na terra, e de perguntar o que elas acham que isto significa em termos de verdadeira liberdade e libertação, do ponto de vista de Deus. Elas terão prazer em dar-lhe esta informação.a
O “NOVO SISTEMA” EXIGIRÁ COOPERAÇÃO
3. Descreva algumas das tarefas monumentais que terão de ser realizadas no novo sistema.
3 Pense por um momento em algumas das tarefas monumentais que terão de ser realizadas neste novo sistema divino de coisas. Em primeiro lugar, terá de haver um vasto programa educativo para se ensinar uma nova língua aos milhões de mortos ressuscitados, ao passo que saírem dos túmulos. (João 5:28, 29) E, além disso, pense no trabalho necessário para transformar o coração e a mente destas pessoas, muitas das quais nunca ouviram falar da Bíblia, das leis de Deus e dos seus propósitos para com a humanidade. Depois, pense no programa que se iniciará para transformar esta nossa terra no lindo jardim que é do propósito de Deus. Quando se pensa em quanto tempo leva para se limpar apenas um hectare de terra, para cultivar o solo e plantá-lo, a fim de que produza arbustos, árvores e outras plantas dum modo que torne o terreno digno de ser chamado de parque ajardinado, tem-se alguma idéia sobre o empreendimento colossal necessário para transformar toda a terra num paraíso global, com suficientes áreas produtoras de alimentos para sustentar uma população confortável na terra. — Gên. 1:28; Sal. 72:16; 67:6; Eze. 34:27.
4, 5. (a) Para se cumprir 1 Coríntios 15:24-28, o que terá de realizar com bom êxito o reinado de Cristo? (b) Descreva a satisfação que o Rei terá certamente naquele tempo.
4 E, imagine, tudo isso terá de ser feito num período de mil anos, para que se cumpra a profecia: “A seguir, o fim, quando ele entregar o reino ao seu Deus e Pai, tendo reduzido a nada todo governo, e toda autoridade e poder [em oposição a Deus]. Pois ele tem de reinar até que Deus lhe tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. Como último inimigo, a morte há de ser reduzida a nada. Pois Deus ‘lhe sujeitou todas as coisas debaixo dos pés’. Mas, quando diz que ‘todas as coisas foram sujeitas’, é evidente que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. Mas, quando todas as coisas lhe tiverem sido sujeitas, então o próprio Filho também se sujeitará Aquele que lhe sujeitou todas as coisas, para que Deus seja todas as coisas para com todos.” (1 Cor. 15:24-28) É evidente que, para esta profecia se cumprir, toda a terra terá de ser transformada num paraíso global, segundo o propósito inicial, e isto dentro de um período de mil anos. — Rev. 20:2-6.
5 Pense também no prazer e na satisfação que dará a Jesus Cristo, o diretor e coordenador de todas estas obras, poder dizer ao seu Pai celestial: ‘Pronto, Pai. Completou-se a tarefa que me deste. A terra foi transformada num paraíso igual ao Éden. Os mortos no Seol foram todos ressuscitados, treinados e disciplinados. A humanidade foi levada à perfeição. Tudo o que me mandaste fazer já foi realizado, e dentro do prazo!’
6. Que conclusão podemos tirar deste breve vislumbre do futuro?
6 Agora, o que nos ensina esta breve previsão? Entre outras coisas, salienta que a enorme obra que nos espera, que terá de ser realizada, exigirá organização, união, trabalhadores peritos, corações dispostos, bons administradores, e, acima de tudo, o espírito e a bênção de Jeová, para ser realizada em tempo. Não é este um dos motivos pelos quais Deus nos provê supervisão amorosa hoje, a saber, que tal supervisão nos prepare para o trabalho e a produção no novo sistema do futuro, agora já tão próximo? — João 15:5, 8; Col. 2:19.
SEJA OBEDIENTE AOS QUE TOMAM A DIANTEIRA
7. Que pergunta se faz quanto à nossa atitude para com a supervisão e a disciplina agora e no futuro?
7 Portanto, qual deve ser a atitude de todos os servos de Deus para com a direção, a supervisão e a disciplina providas hoje por intermédio da congregação cristã? Aprendamos não só qual deve ser a nossa atitude, mas saibamos também quais as recompensas derivadas de se ter o ponto de vista correto para com a direção e a disciplina agora e no futuro. — Heb. 12:5-11.
8. (a) Embora todos os superintendentes humanos cometam enganos, por que podemos confiar nos designados para ser superintendentes na congregação cristã? (b) Como nos dá Hebreus 13:17 algo em que refletir e orientação neste sentido? (c) Explique a ‘prestação de contas’ e seus efeitos.
8 Em primeiro lugar, queremos lembrar-nos de que somos humanos e que todos os homens cometem enganos. (Sal. 51:5) No entanto, os cristãos dedicados, especialmente os superintendentes e os servos ministeriais, são treinados para ser bondosos, amorosos, prestimosos e ainda assim decididos. Estas qualidades de benevolência, misericórdia e justiça são sinais identificadores dos cristãos maduros. (João 13:35; Miq. 6:8) Não deve nosso coração sentir-se induzido a confiar em homens assim? De fato, o apóstolo Paulo exorta-nos a ser-lhes submissos, escrevendo em Hebreus 13:17: “Sede obedientes aos que tomam a dianteira entre vós e sede submissos, pois vigiam sobre as vossas almas como quem há de prestar contas; para que façam isso com alegria e não com suspiros, porque isso vos seria prejudicial.” Agora, ao raciocinarmos sobre este texto, observamos que estes superintendentes precisam prestar contas pelas nossas almas, quer dizer, pelas nossas vidas. Quando alguém se dá conta de que precisa prestar contas a alguém superior a ele, em geral pensa antes de falar ou agir. Certamente não quer agir de modo imprudente.
9. O que ensina 2 Crônicas 19:6, 7, aos que têm a responsabilidade de julgar e de dar conselhos?
9 Desde os tempos antigos, Jeová tem exortado os homens encarregados da responsabilidade de julgar, orientar e dirigir, a pensar antes de agir. Este princípio é bem declarado em 2 Crônicas 19:6, 7: “E prosseguiu, dizendo aos juízes: ‘Vede o que estais fazendo, porque não é para o homem que julgais, mas é para Jeová; e ele está convosco na questão do julgamento. E agora venha sobre vós o pavor de Jeová. Tomai cuidado e agi, porque com Jeová, nosso Deus, não há injustiça, nem parcialidade, nem aceitação de suborno.’” Por isso, antes de se agir, quer dizer, antes de se decidir e dar o veredito, sempre se exerce cuidado, pesam-se os fatos e julgam-se todas as evidências.
10. (a) É fácil ser superintendente? Explique isso. (b) Por que não devemos ficar apreensivos quanto à supervisão provida na congregação cristã? (c) Quão vital é ter tal supervisão amorosa?
10 Não é fácil ser ancião, pastor, superintendente ou juiz. Fazer decisões sábias em benefício do povo de Deus exige discernimento, conhecimento e compreensão. (Pro. 2:3-5) E por causa do elemento humano, em muitos sentidos, nem todas as pessoas são fáceis de se lidar com elas. Talvez seja pessoalmente alguém que resiste ao conselho, pelo menos até certo ponto. Talvez ainda não se associe por muito tempo com a organização de Jeová. Ou talvez seja um dos que estudam com os do povo de Jeová e ficou um pouco apreensivo com a disciplina e com o ajuste que se pede que faça na sua vida, diferente da norma humana à qual está acostumado. Não tenha medo da supervisão amorosa exercida pela organização de Jeová. Ela não só nos prepara para a vida no novo sistema de coisas; é também inestimável em ajudar-nos agora a nos dar bem uns com os outros em nosso atual estado imperfeito. (Sal. 141:5) Quando se pensa nas pressões que sofremos neste velho sistema, onde os ânimos se exaltam, onde alguns usam mal a língua para tagarelar e onde o autodomínio é uma palavra pouco compreendida e menos ainda empregada, podemos avaliar quão vital é ter uma supervisão amorosa e conselhos diretos da parte dos que são espiritualmente mais velhos. (Pro. 1:22, 30, 33) A orientação perita e a ajuda amorosa dos anciãos resultam numa fusão maravilhosa de diversos talentos e personalidades, todos combinados para realizar a obra mais importante hoje na terra, a saber, a pregação das boas novas do Reino, antes que seja tarde demais. — Mat. 24:14.
COMO RESTABELECER OS QUE DÃO UM PASSO EM FALSO
11. (a) Por que precisam usar sabiamente a língua aqueles que têm responsabilidades como instrutores? (b) Deve o superintendente refrear-se de dar conselho quando vê um erro? Explique isso.
11 Lembre-se, também, de que não é fácil dar conselhos. Aquele a quem se confiou responsabilidade, de quem se espera que ensine ou aconselhe, precisa pesar o que diz. (Tia. 3:1) A língua pode ferir e injuriar tanto quanto pode curar. (Tia. 3:5-10) Mas os superintendentes do povo de Deus não devem refrear-se quando vêem um erro. Sem dúvida, foi por isso que Paulo escreveu: “Irmãos, mesmo que um homem dê um passo em falso antes de se aperceber disso, vós, os que tendes qualificações espirituais, tentai restabelecer [reajustar] tal homem num espírito de brandura, ao passo que cada um olha para si mesmo, para que tu não sejas também tentado.” — Gál. 6:1; ed. ingl. 1971.
12. (a) Dirige-se Gálatas 6:1 apenas aos superintendentes? Explique isso. (b) Quando nos apercebemos dum pecado sério, como podemos tratar da situação? (c) Que cooperação se pode esperar dos que são realmente leais a Deus, quando observam conduta pecadora dentro da congregação cristã?
12 Dirige-se este texto apenas a superintendentes ou anciãos? Não, pois, quando alguém vê um de seus co-trabalhadores dar um passo em falso antes de se aperceber disso, cabe-lhe a responsabilidade de procurar restabelecê-lo num espírito de brandura. De fato, é amoroso fazermos isso. Se o pecado for sério, diríamos corretamente ao transgressor que relatasse isso logo aos superintendentes responsáveis na congregação, e que, se não fizesse isso, nós mesmos teríamos o dever, em apego leal à organização de Jeová, de trazer o assunto à atenção da comissão judicativa da congregação. (1 Cor. 5:9-13; Sal. 31:23) Aquele que ama a justiça e é realmente leal a Deus apresentar-se-á corajosamente e exporá qualquer conduta flagrantemente pecadora da qual tenha sido testemunha dentro da congregação e testemunhará livremente da verdade do assunto, quando se requerer isso. — Lev. 5:1; Efé. 4:24; Luc. 1:74, 75.
13. Explique como o amor nos ajuda na congregação cristã.
13 Naturalmente, quando consideramos a questão de nos dar bem uns com os outros e de cooperar com os em cargos de supervisão, somos amiúde lembrados da atitude amorosa que todos nós devemos ter mutuamente. De fato, o amor deve cobrir uma multidão de pecados, e quando alguém tem uma atitude amorosa para com seu próximo, ele pode perdoar e também esquecer. O amor realmente obra maravilhas. (1 Ped. 4:8; 1 Cor. 13:4, 5) No entanto, o amor às vezes induz os cristãos dedicados a não desconsiderar uma transgressão, mas a esforçar-se a ajudar o transgressor, porque o problema pode ser muito sério. Então, qual é o modo de se resolverem desacordos sérios entre pessoas?
‘EXPOR A FALTA DE SEU IRMÃOS’ — QUANDO E COMO?
14. (a) Que medidas delineou Jesus para se tratar de casos de pecado contra uma pessoa, casos que são sérios demais para serem desconsiderados? (b) O que significa alguém ser considerado “como homem das nações e como cobrador de impostos”?
14 Jesus deu conselhos a respeito de pecados talvez cometidos contra alguém e que sejam considerados sérios demais para serem desconsiderados. Ele disse: “Se o teu irmão cometer um pecado, vai expor a falta dele entre ti e ele só. Se te escutar, ganhaste o teu irmão. Mas, se não te escutar, toma contigo mais um ou dois, para que, pela boca de duas ou três testemunhas, todo assunto seja estabelecido. Se não os escutar, fala à congregação. Se não escutar nem mesmo a congregação, seja ele para ti apenas como homem das nações e como cobrador de impostos.” (Mat. 18:15-17) Os ouvintes de Jesus, sendo judeus, sabiam que, quando os outros de seu povo consideravam um judeu “como homem das nações e como cobrador de impostos”, isto significava que ele estava sendo considerado como expulso da congregação judaica.
15. Como se poderá tratar proveitosamente com uma ofensa pessoal menor, mas, estava Jesus falando deste tipo de ofensa?
15 Visto que as medidas delineadas por Jesus podiam levar a tal conseqüência séria, é evidente que não estava apresentando um modo de proceder para se resolver qualquer ofensa pequena contra uma pessoa. Naturalmente, muitas vezes é correto, sábio e muito útil dirigir-se a alguém quando há dificuldades pessoais por causa de uma ofensa menor, fazendo com o objetivo de sanar a brecha que parece desenvolver-se. (Mat. 6:14, 15; Pro. 12:18) Assim se eliminam muitos mal-entendidos. Mas, evidentemente, nesta ocasião Jesus não estava falando disso. Não se referiu a meras diferenças pessoais, mas a ofensas bastante sérias para merecer a expulsão da pessoa da congregação.
16. Antes de se iniciar o procedimento delineado em Mateus 18:15-17, que cautela se precisa ter?
16 Portanto, antes de poder iniciar o processo especificado em Mateus 18:15-17, terá de ter provas definitivas de que realmente se cometeu tal pecado sério contra sua pessoa. Jesus não disse: ‘Se imaginares que teu irmão pecou.’ Deverá tomar em consideração o conselho de Provérbios 25:8-10, para que não inicie algo que só lhe traga vergonha e humilhação. Mesmo que haja provas, não deverá divulgar o assunto e tagarelar sobre ele, mas deverá ir ao ofensor em particular e ‘expor a falta dele entre si e ele só’.
17. O que significa neste texto ‘ganhar’ o irmão?
17 Se seu irmão “escutar”, aceitando a sua repreensão, então ‘ganhou o seu irmão’. Refere-se isso só a uma reconciliação pessoal? Não, mas conforme mostra o restante do conselho de Jesus, deve significar ‘ganhá-lo’ no sentido de ajudá-lo a permanecer na congregação, desviando-o do proceder que poderia levar à sua expulsão dela, com a perda acompanhante do favor e da bênção de Deus. Portanto, ‘ganhar’ seu irmão seria no sentido descrito em Tiago 5:19, 20, Gálatas 6:1 e Judas 22, 23. Este, de fato, deve ser seu objetivo e desejo principal — não o de obter alívio ou satisfação pessoal por causa de alguma ofensa.
18. Que ofensas não são abrangidas pelas instruções dadas aqui por Jesus, e por que não?
18 Jesus disse que, quando o pecador aceitar a repreensão e procurar o perdão, não haverá necessidade de levar o assunto mais adiante. Isto mostra que, embora as ofensas aqui consideradas fossem sérias, eram de natureza limitada, de modo que podiam ser resolvidas entre as pessoas envolvidas. Não incluiriam ofensas tais como a fornicação, o adultério, o homossexualismo, a blasfêmia, a apostasia a idolatria e outros pecados graves, similares, pois, sob o pacto da Lei então em vigor, tais pecados exigiam mais do que apenas o perdão duma pessoa ofendida. — 1 Cor. 6:9, 10; Gál. 5:19-21.
19. De que natureza eram os pecados ali considerados, e o que indica isso?
19 Em vista disso, e em vista da ilustração dada por Jesus a seguir, conforme registrada em Mateus 18:21-35, os pecados considerados ali evidentemente eram pecados tais como os que envolvem questões financeiras ou de propriedade — não se fazer o devido pagamento por alguma coisa, ou alguma ação envolvendo certa medida de fraude — ou talvez prejudicar a reputação de alguém por meio de calúnia, ou pecados similares. Em tais casos, se o ofensor reconhecer seu erro, expressando a sua disposição de endireitá-lo tanto quanto possível, e quando procurar perdão, a questão poderá ser resolvida por o ofendido conceder o perdão. — Veja Mateus 5:25, 26; Lucas 12:58.
20. (a) Quando o transgressor não reage favoravelmente ao se falar com ele sozinho, que medida adicional se terá de tomar? (b) Quem seriam os “mais um ou dois” que seriam levados junto?
20 Mas, o que acontece quando toma esta medida inicial e o pecador não corresponde a ela? Por causa da seriedade da ofensa, não poderá simplesmente desconsiderar a questão. O conselho de Jesus mostra que deve procurar mais um ou dois outros e voltar a falar com o ofensor. Estes seriam, razoavelmente, testemunhas da transgressão. Não vão apenas como observadores ou mediadores neutros, procurando conseguir uma reconciliação ou concessões mútuas. Antes, leva-os consigo para que, visto terem sido testemunhas da transgressão, possam acrescentar o testemunho deles ao seu. Podem também servir como ouvintes do que se diz então. Se a questão for levada mais um passo adiante e vier a ser apresentada à “congregação”, e o ofensor negar ou alterar certas declarações ou admissões já feitas, então os outros poderão dar seu testemunho e comprovar os fatos. Espera-se que esta medida adicional não seja necessária e que a pessoa aceite os esforços combinados para restabelecê-lo num proceder de justiça. Neste caso, o assunto fica encerrado.
21. Que medida adicional talvez ainda seja necessária, com que resultado possível?
21 Se o ofensor ainda recusar a admitir a sua culpa, o que se fará então? O assunto deve então ser levado à atenção dos membros responsáveis da congregação, os do corpo de anciãos designados para exercer a qualidade judicativa. Espera-se que a pessoa escute então sua decisão oficial e seja ‘ganha’ como alguém apto a permanecer na congregação. Do contrário, ela será desassociada, sendo depois considerada como um de fora. — Mat. 18:17.
COOPERAÇÃO EM OUTROS ASSUNTOS
22. Mencione algumas das coisas bondosas que ministros individuais na congregação poderão fazer de iniciativa própria. O que fará tal ação a favor da congregação?
22 A cooperação com os designados de Deus assume muitos aspectos, todos os quais cooperam para a união e a harmonia dentro da congregação cristã. Neste respeito, convém mencionar algumas das coisas que os ministros individuais podem fazer de sua própria iniciativa. Não requer muito para ver que cada cristão tem uma responsabilidade para com alguém que está doente, alguém que precisa de encorajamento ou talvez alguém que esteja no hospital. Deveria ser preciso ir ao superintendente presidente e perguntar-lhe se podemos fazer alguma coisa, quando existir tal situação? Por exemplo, quando uma mulher cristã esteve doente e acaba de sair do hospital, estando em repouso, não é claro que ela mui provavelmente precise de alguma ajuda? Talvez seja necessário que se lhe levem refeições quentes. Talvez precise de alguém para limpar-lhe o lar ou para ler para ela e animá-la, ou para dar à sua família ajuda física ou espiritual. Quão achegados isto nos faz sentir uns aos outros, e quão semelhante a Cristo é tal atuação da nossa parte! — Tia. 1:27; 2:14-17.
23. Delineie outros serviços que poderemos prestar voluntariamente, mostrando nosso amor para com os da congregação cristã.
23 Depois, pense também na limpeza e na manutenção do Salão do Reino. Às vezes, estas responsabilidades recaem sobre uns poucos na congregação. Poderia cooperar, ajudando neste respeito, oferecendo-se até mesmo a fazer isso? Ou poderá animar ou ajudar alguém espiritualmente doente? Falta alguém às reuniões ou parece alguém não ter mais a mesma alegria no ministério de campo que costumava ter? Devem apenas os anciãos mostrar interesse em tais pessoas? Claro que não. Sem envolver-se nos assuntos pessoais dos outros, poderia dar encorajamento espiritual e ajuda a tal pessoa? Às vezes já é consolador simplesmente visitar tais pessoas no seu lar, sem ir lá para descobrir o que há de errado com elas, e no decorrer da palestra amiúde menciona-se o problema, podendo-se então dar a ajuda espiritual apropriada. Quantas não são as coisas que poderemos fazer se formos induzidos a isso pelo amor a todos na congregação!
24. (a) O que deve desejar hoje todo amante da justiça? (b) Que benefícios se derivam de se acostumar agora ao controle e à supervisão amorosa dos designados por Jeová?
24 Sem dúvida, vivemos em tempos extraordinários. Os cristãos dedicados e os que estudam a Bíblia com eles apercebem-se de que se aproxima a “grande tribulação”. (Mat. 24:21, 22) Este tempo está muito próximo. Vemos o favor de Deus sobre a sua congregação. Por certo, todo amante da justiça deve ter o desejo de se harmonizar plenamente com a congregação cristã. Mas, parece que alguns associados com a congregação cristã não se empenham realmente de todo o coração no serviço ou não são tão obedientes a Jeová como poderiam ser. Muitas coisas desviam a atenção de tais, e parecem ter como que “um pé no velho sistema”. Que dizer de tais dentro de poucos anos? Estarão presentes? Não haverá então nenhum velho sistema, mas o reino de Deus exercerá pleno controle sobre a terra e seus assuntos. Teremos então tratos com pessoas que todas serão nossos irmãos ou que serão pessoas ensinadas para viver no novo sistema de coisas. Todos seremos governados pela lei do amor, de Jeová. (Tia. 2:8) Visando a vida naquele tempo, é sábio acostumar-se ao pastoreio e à supervisão amorosa dos designados hoje por Jeová na congregação cristã. (1 Tes. 5:12, 13) Isto certamente nos dará uma grande dianteira no novo sistema de coisas, onde não restarão mais elementos deste velho sistema de coisas. Deveras, há assim muitas razões compulsivas para que cada um de nós venha hoje sob a supervisão amorosa da congregação cristã, cooperando, transformando o coração e a mente, e fazendo os ajustes físicos, emocionais e espirituais necessários para agradar a Jeová. — Rom. 12:1, 2.
25. O que faz com que o povo de Jeová seja hoje uma multidão tão feliz?
25 Deveras, a congregação cristã de Jeová é uma maravilha. Não é perfeita, no sentido absoluto ou derradeiro, mas, por certo, está perfeitamente devotada a Jeová e demonstra as Suas qualidades de benevolência, misericórdia e justiça. O ambiente contaminador do velho sistema de coisas é mortífero. O ambiente puro do novo sistema de coisas é vitalizador. Quão felizes deve tornar a todos nós, bem como a todos os interessados que amam a justiça, saber que, por intermédio da supervisão amorosa provida por Jeová, seu Rei-Filho Jesus Cristo e a classe do “escravo fiel e discreto”, estamos sendo instruídos, corrigidos e protegidos, ao andarmos juntos e cooperarmos mutuamente, ajudando uns aos outros a entrar no novo sistema de coisas, pela benignidade imerecida de Jeová!
[Nota(s) de rodapé]
a Para obter pormenores, queira ver o capítulo um “Por Que a Criação Humana Ainda Será Liberta”, no livro Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus.
[Foto na página 83]
Ajudar a limpar o Salão do Reino é uma das muitas maneiras de se cooperar com os superintendentes designados.