Segunda Parte
1, 2. (a) Que cristãos infiéis mencionou Paulo em 1 Timóteo 1:18-20? (b) Que oportunidades tinham eles e perderam?
LÁ NOS dias do apóstolo Paulo, havia cristãos dedicados que perderam todas as suas oportunidades para uma ressurreição espiritual para a glória e o poder celestiais, junto com o Senhor Jesus Cristo. O apóstolo Paulo indica como isto se deu, ao escrever o seguinte a Timóteo:
2 “Desta ordem é que te encarrego, filho, Timóteo, de acordo com as predições que conduziram diretamente a ti, para que, por meio delas, possas prosseguir travando o bom combate, mantendo a fé e uma boa consciência, a qual alguns repeliram, sofrendo naufrágio no que se refere à sua fé. Himeneu e Alexandre pertencera a tais, e eu os entreguei a Satanás, para que sejam ensinados pela disciplina a não blasfemarem.” — 1 Tim. 1:18-20, NM; Rotherham, em inglês.
3, 4. (a) Por que isso não significa que se aguardava a readmissão destes dois homens na congregação? (b) Quem, então, recebeu a disciplina neste respeito?
3 Isto não quer dizer que Himeneu e Alexandre finalmente aprenderam uma lição e deixaram de blasfemar, e foram trazidos de volta à congregação e libertos das garras de Satanás. Isto não se poderia dar, visto que esses dois cristãos dedicados e batizados haviam posto de lado a fé cristã e a boa consciência e tinham sofrido naufrágio de sua fé, de modo que ela mergulhou no mar da destruição.
4 Por serem desassociados da fiel congregação cristã, estes dois homens não aprenderam nenhuma disciplina corretiva. A congregação amada e fiel recebeu a disciplina, aprendendo a evitar aqueles dois homens espiritualmente naufragados e a não ter nada que ver com êles, deixando-os inteiramente entregues a Satanás, a quem Paulo, com autoridade apostólica, os havia entregue. Pela necessária expulsão destes dois homens que perderam a fé e a boa consciência, a congregação leal foi disciplinada a temer seguir o proceder de Himeneu e Alexandre, para que eles próprios não sofressem a mesma ruína de suas vidas cristãs e fossem desassociados, entregues a Satanás.
5, 6. (a) Conforme 2 Timóteo 2:16-19, que houve de errado com Himeneu? (b) Por que tinha a congregação de renegar a Himeneu e Fileto, e como é que estes homens ensinavam que a ressurreição já tinha passado?
5 O apóstolo Paulo dá informações adicionais no tocante a Himeneu, e mostra o que havia de errado nele, quando escreveu mais tarde a Timóteo, como se segue: “Esquiva-te dos falatórios vãos que violam o que é santo; porque passarão à impiedade cada vez maior e a palavra deles se espalhará como gangrena. Himeneu e Fileto são desses. Estes mesmos [homens] se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição já ocorreu; e estão subvertendo a fé que alguns têm. Apesar de tudo isso, o sólido alicerce de Deus fica de pé, tendo este selo: ‘Jeová conhece os que lhe pertencem’, e: ‘Todo aquele que menciona o nome de Jeová renuncie à injustiça.” — 2 Tim. 2:16-19.
6 Himeneu e Fileto não mais pertenciam a Jeová, mas foram entregues a Satanás pela expulsão que tiveram da congregação cristã de Jeová. Os fiéis cristãos haviam invocado sobre eles próprios o nome de Jeová, como “povo para o seu nome”, e citavam tal nome divino em suas reuniões congregacionais e na pregação exterior. (Atos 15:14-18) Por essa razão, tinham que renegar tais cristãos inverídicos como Himeneu e Fileto, como estando cheios de injustiça. Aqueles homens tinham suas próprias idéias sobre a ressurreição. Ensinavam que “a ressurreição já ocorreu” nos seus dias; evidentemente isto se deu pelo seu ensino de que a ressurreição era meramente espiritual, de espécie simbólica, e que os cristãos dedicados já tinham tido a sua ressurreição e que isto era tudo o envolvido no assunto e que não havia outra ressurreição no futuro, sob o reino messiânico de Deus.
7. O que foi executado sobre eles, ao morrerem, e por quê?
7 Himeneu e Fileto já haviam subvertido a fé de alguns membros da congregação, por meio de tal ensino sobre a ressurreição. Paulo não diz se, no mesmo sentido, eles ensinavam a doutrina pagã grega da imortalidade da alma humana. Entretanto, aqueles corrompedores insensíveis da fé dos crentes cristãos estavam pecando voluntariamente, depois de terem obtido conhecimento preciso da verdade, até mesmo em relação com o apóstolo Paulo. Por isso, quando morreram, foi executado sobre eles o “julgamento da Geena”. Não terão ressurreição.
8, 9. Que ponto torna bem firme Paulo em 1 Timóteo 6:9, 10, 20, 21?
8 Os cristãos que se deixam engodar ao acúmulo de riquezas materiais e à adquisição de muito conhecimento ou “ciência” do mundo estão pondo em perigo sua oportunidade para a ressurreição e a vida no justo e vindouro sistema de coisas. Não é pelas riquezas nem pela “ciência”, mas é pela verdadeira fé cristã que somos salvos.
9 Tornando bem firme este ponto no fim de sua primeira carta a Timóteo, o apóstolo Paulo escreve: “Os que estão determinados a ficar ricos caem em tentação e em laço, e em muitos desejos insensatos e nocivos, que lançam os homens na destruição e na ruína. Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda sorte de coisas prejudiciais, e alguns, por procurarem alcançar este amor, foram desviados da fé e se traspassaram todo com muitas dores. Ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, desviando-te dos falatórios vãos [como os de Himeneu e de Fileto], que violam o que é santo, e das contradições do falsamente chamado ‘conhecimento’. Por ostentarem tal conhecimento, alguns se desviaram da fé.” — 1 Tim. 6:9, 10, 20, 21.
10. (a) Como é que aqueles que ostentam o “falsamente chamado ‘conhecimento’” ferem a si mesmos? (b) O que, por conseguinte, estamos determinados a fazer?
10 Os cristãos que gostariam de ficar ricos cedem aos desejos que “lançam os homens na destruição e na ruína”. Os cristãos que procuram adquirir o “conhecimento” sem fé deste mundo o exibem para sua glória ou para o progresso mundano, mas desviam-se da fé cristã. Nenhum destes deixa qualquer base para Deus levantá-los dos mortos por meio de Jesus Cristo. Ao morrerem são, falando-se figuradamente, lançados na Geena. (Mar. 9:43-47) Nós, contudo, estamos determinados a não imitá-los. Temos presente as palavras de Hebreus 10:38, 39: ‘Mas o meu justo viverá em razão da fé’, e, ‘se ele retroceder, minha alma não tem prazer nele’. Ora, nós não somos dos que retrocedem para a destruição, mas dos que têm fé para preservar viva a alma.”
O QUE DIZER DOS CÔNJUGES DESCRENTES?
11, 12. (a) Que pergunta surge a respeito dos descrentes que são cônjuges de cristãos dedicados, gerados pelo espírito? (b) O que diz Paulo no tocante a esta relação, em 1 Coríntios 7:10-16?
11 Desde os dias de Jesus Cristo, muitas pessoas têm vindo a se associar de perto com cristãos dedicados e batizados a quem Deus gerou pelo seu espírito para uma herança celeste. Todavia, tais pessoas mesmas não têm sido influenciadas com suficiente vigor para se tornarem esta espécie de cristãos. Algumas de tais pessoas têm sido e ainda são maridos e esposas de cônjuges cristãos santificados. Alguns são filhos que têm genitor dedicado, gerado pelo espírito, ou que têm ambos os genitores de tal espécie. Será que tais descrentes terão ressurreição? A respeito de tais descrentes escreveu Paulo:
12 “Aos casados dou ordens, . . . sim, eu, não o Senhor: Se algum irmão tiver esposa incrédula, e ela, contudo, estiver disposta a morar com ele, que ele não a deixe; e a mulher que tiver marido incrédulo, e ele, contudo, estiver disposto a morar com ela, não deixe seu marido. Pois o marido incrédulo está santificado em relação à sua esposa, e a esposa incrédula está santificada em relação ao irmão; de outro modo, os vossos filhos seriam realmente impuros, mas agora são santos. Mas, se o incrédulo passar a afastar-se, deixa-o afastar-se; o irmão ou a irmã não está em servidão em tais circunstâncias, mas Deus vos chamou à paz. Pois, esposa, como sabes se não hás de salvar o teu marido? Ou, marido, como sabes se não hás de salvar a tua esposa?” — 1 Cor. 7:10-16.
13. Como é que o apóstolo Pedro escreve em harmonia com este conselho, em 1 Pedro 3:1-4?
13 O apóstolo Pedro escreve em harmonia com isto, dizendo: “Da mesma maneira vós, esposas, estais sujeitas aos vossos próprios maridos, a fim de que, se alguns não forem obedientes à palavra, sejam ganhos sem palavra, por intermédio da conduta de suas esposas, por terem sido testemunhas oculares de sua conduta casta, junto com profundo respeito. E, não seja o vosso adorno o trançado externo dos cabelos e o uso de ornamentos de ouro ou o trajar de roupa exterior, mas, seja a pessoa secreta do coração, na vestimenta incorrutível dum espírito quieto e brando, que é de grande valor aos olhos de Deus.” — 1 Ped. 3:1-4.
14. Que perguntas suscita a morte de tal cônjuge descrente, e que outras perguntas justas devemos fazer quanto a isto?
14 Se, então, o cônjuge descrente morrer como descrente em tal associação com um cristão assim fiel, que tem esperanças celestes, está o descrente perdido para sempre? Será que o descrente morreu sob o “julgamento da Geena”, e não haverá ressurreição do descrente para a oportunidade de vida eterna numa terra paradísica sob o reino de Deus? Junto com tal pergunta, estaremos sendo apenas justos em perguntar: Quanto tempo viveu o descrente com o crente? Também: Quão fiel e exemplar tem sido o crente como testemunha a favor da verdadeira fé cristã?
15. A luz da experiência e da observação, que perguntas pertinentes podemos fazer a respeito do descrente?
15 A experiência e a observação mostram que certas pessoas, com certa base, demoram mais tempo que outras a ficar favoravelmente impressionadas a fim de agirem de modo certo. Assim, será que o descrente viveu com o crente tempo suficiente para ter a necessária medida de experiência com o cônjuge crente que o seu próprio caso pessoal exigia? Será que alguns anos em que continuou na descrença, antes da morte, significaria que ele jamais se tornaria crente dedicado, se tivesse maior tempo de associação? Se abandonar seu cônjuge crente, será que deixou passar sua melhor oportunidade de ganhar a salvação?
16. Ao seguir tal proceder, será que o descrente seguiu o proceder descrito em 2 Pedro 2:21, 22?
16 Até mesmo se seguisse este proceder, o descrente não tomou a medida extrema descrita em 2 Pedro 2:21, 22, que diz: “Teria sido melhor para eles que não tivessem conhecido de modo exato a vereda da justiça, do que, depois de a terem conhecido de modo exato, se desviarem do mandamento santo que lhes foi entregue. Com eles aconteceu o que diz o provérbio verdadeiro: ‘O cão voltou ao seu próprio vômito e a porca lavada a revolver-se no lamaçal.’ Portanto, se morrer como descrente, depois de sair da vida do crente, será que perdeu toda esperança duma vida futura? Quem será o juiz de tal situação? O julgamento de quem é que conta?
17. (a) Para quem escreviam aqueles apóstolos o seu conselho a respeito de cônjuges? (b) Quando falava de salvar o cônjuge, a que salvação se referia Paulo?
17 Temos de lembrar-nos que os apóstolos estavam escrevendo à “congregação de Deus”, para os cristãos espirituais “santificados em união com Cristo Jesus, chamados para ser santos”, aos que receberam “novo nascimento para uma esperança viva por intermédio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorrutível e imaculada, e imarcescível . . . reservada nos céus”. (1 Cor. 1:1, 2; 1 Ped. 1:3, 4) Tais escritos foram assentados no primeiro século. Deus estava então tirando das nações gentias um povo para seu nome, para compor a congregação de 144.000 testemunhas cristãs que se tornarão os co-herdeiros de Cristo em seu reino celeste. (Atos 15:14) Por conseguinte, quando Paulo perguntou: “Esposa, como sabes se não hás de salvar o teu marido? Ou, marido, com sabes se não hás de salvar a tua esposa?”, ele bem provavelmente se referia à salvação para a vida celeste, em união com Jesus Cristo.
18. (a) Será que não há outra salvação possível para o descrente que morre como cônjuge de tal cristão? (b) Desde quando está o Pastor Excelente chamando as “outras ovelhas”?
18 Paulo, por certo, não considera aqui a salvação para a vida na perfeição humana nesta terra, quando o reino celestial de Deus a converter num Paraíso global. Surge devidamente, então, a pergunta: Se o cônjuge descrente não foi salvo pelo crente para a única salvação para a qual Deus chamava então as pessoas das nações, significou isto que não teria nenhuma oportunidade posterior de ser salvo, com aquela salvação terrestre que está reservada para a humanidade em geral, sob o reino de Deus? O que acontecerá se dissermos Sim a esta última pergunta? Nesse caso, estamos julgando o descrente, que morreu sem responder à chamada celeste, como sendo indigno de qualquer ressurreição sob o reino de Deus e de qualquer oportunidade de vida sobre a terra. Entretanto, até recentemente, o Pastor Excelente, Jesus Cristo, não estava chamando e ajuntando suas “outras ovelhas”, com a esperança de vida eterna na terra. — João 10:16.
19. (a) Será a salvação para as “outras ovelhas” uma espécie de rede de segurança para apanhar os infiéis cristãos gerados pelo espírito? (b) A salvação das “outras ovelhas” resulta do quê?
19 As Escrituras inspiradas mostram que Deus estabeleceu tempo definido para que ele mesmo reunisse as “outras ovelhas”, para quem ele reserva a salvação eterna na terra Paradísica, sob o reino de seu querido Filho. A provisão de Deus para tais “outras ovelhas” não é uma espécie de rede de segurança para apanhar todos aqueles que ele chama à herança celeste mas que não cumprem os requisitos para a mesma por meio do proceder cristão fiel até à morte. Os cristãos que têm reservada para si mesmos a herança celeste, têm, ou de provar-se dignos de entrarem nela, ou de falhar por completo, sem outra perspectiva de vida à qual recorrer, para assim usufruírem a vida eterna em alguma outra parte, de alguma forma. Não, a provisão de Deus mediante Cristo para as “outras ovelhas” é algo que Deus propôs especialmente para a ampla maioria da humanidade. Resulta da morte e da ressurreição de Jesus Cristo, assim como também a chamada celeste dos 144.000 co-herdeiros de Cristo resulta disso.
20. Històricamente, quando começou o ajuntamento da “grande multidão” de “outras ovelhas”?
20 Segundo os fatos históricos, o ajuntamento da “grande multidão” de outras ovelhas começou, não antes de 1931 E. C., mas especialmente de 1935 E. C. em diante. — Eze. 9:4; Rev. 7:9-17; veja-se A Sentinela, em inglês, de 15 de agosto de 1934, páginas 249, 250, parágrafos 31-34; também, a de 1.° de fevereiro de 1935, página 47, parte superior.
21. Estes fatos são de peso ao considerarmos que perguntas?
21 Estes fatos têm de ser considerados quando tratamos de perguntas que se baseiam no conselho de Paulo em 1 Coríntios 7:10-16, com respeito aos cônjuges descrentes, e também aos filhos que talvez não se tornem crentes, embora, durante a meninice, sejam filhos “santos” dum genitor crente, ou de pais crentes. O julgamento tem de caber a Deus, que faz a chamada para uma esperança ou para a outra esperança. — Rom. 9:14-16.
O QUE DIZER DE NOSSA GERAÇÃO?
22. Que período de tempo começou em 1914 E. C., e como foi o seu começo assinalado em cumprimento de profecia?
22 Pela contagem bíblica do tempo, o “tempo do fim” deste sistema de coisas começou no ano 1914, há cinqüenta e um anos atrás. Essa data, predeterminada por Jeová Deus, foi assinalada pelo irrompimento da primeira guerra mundial, que foi seguida das coisas que Jesus Cristo predissera no ano 33 E. C., a saber, escassez de víveres, pestes, terremotos. Todas essas coisas foram o começo das dores de angústia para o mundo da humanidade. (Dan. 11:35; 12:4; Mat. 24:3, 7, 8; Luc. 21:10, 11) Durante a peste da gripe espanhola que varreu o globo em 1918-1919, morreram vinte milhões de pessoas, mais que todos os milhões que morreram durante os quatro anos da primeira guerra mundial.
23. Em Revelação 6:1-6, como foram representados o Rei recém-empossado, a guerra mundial e a fome?
23 Em Revelação 6:1-8, o glorificado Jesus Cristo deu um quadro profético das próprias coisas que assinalaram o começo do “tempo do fim”, de 1914 E.C. em diante. Nesta visão, dada ao apóstolo João, o recém-empossado Rei, Jesus Cristo, foi representado como homem coroado e armado dum arco, cavalgando um cavalo branco, partindo para a conquista. A guerra mundial foi representada por um cavaleiro sobre um cavalo cor de fogo e armado de grande espada, a fim de tirar a paz da terra. A fome ou escassez de víveres foi representada pelo cavaleiro sobre um cavalo preto e tendo na mão uma balança para pesar o alimento por medida.
24. Segundo Revelação 6:7, 8, como foi representada a peste mortífera?
24 Note a seguir como foi representada a mortífera peste: “Eu vi, e eis um cavalo descorado; e o que estava sentado nele tinha o nome de Morte. E o Hades seguia-o, de perto. E foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra, para matar com uma longa espada, e com escassez de víveres, e com praga mortífera, e pelas feras da terra.” — Rev. 6:7, 8.
25. (a) De acordo com isto, para onde vão aqueles que morrem assim na primeira parte deste “tempo do fim”? (b) Onde se acha respondida a nossa pergunta a respeito da ressurreição de tais pessoas?
25 Surge então a pergunta: Será que as pessoas que assim morrem, neste “tempo do fim”, antes da destruição de Babilônia, a Grande, e a batalha do Armagedom, terão ressurreição mais tarde, pelo poder de Deus mediante Cristo? A própria visão dada a João nos fornece uma deixa para responder certo a esta pergunta. Observe que se diz que o que segue o quarto cavaleiro, chamado Morte (e não a “Segunda Morte”) não é a Geena, mas o Hades. Por meio disto se indica que aqueles que morrem assim por todas as calamidades nesta primeira parte do “tempo do fim” vão para o Hades, que é a sepultura comum da humanidade morta no pó da terra. Muitos também morrem no mar, mas este item incidental não é abrangido na visão profética. A nossa pergunta no tocante à ressurreição de tais pessoas que morrem neste “tempo do fim” é definitivamente respondida em Revelação 20:13, que diz a respeito das pessoas que não pertencem aos 144.000 herdeiros do reino celeste de Deus: “E o mar entregou os mortos nele, e a morte e o Hades entregaram os mortos neles, e foram julgados individualmente segundo as suas ações.”
26. Que classe espiritual não se acha incluída em Revelação 20:13, tendo membros que morreram neste “tempo do fim”?
26 Por certo, muitos cristãos professos morreram neste “tempo do fim” desde 1914, os quais foram chamados para o reino celeste, mas se tornaram infiéis e deixaram de obter a herança celeste. Estes não estariam incluídos entre aqueles entregues pelo mar, pela morte e pelo Hades. (Rev. 20:13) Tais perdedores da herança celeste seriam os cristãos dedicados e batizados, representados pelo “escravo mau” ou pelo “escravo iníquo e indolente” com o único talento sem ser usado, conforme predito em Mateus 24:48-51 e 25:18, 24-30. Ao morrerem tais discípulos infiéis de Jesus Cristo, vão para a simbólica Geena, na qual o Deus Todo-poderoso destrói tanto a alma como o corpo. (Mat. 10:28) Assim, não há ressurreição para estes quando o mar, a morte e o Hades entregam os mortos terrestres que há neles, sob o reino de Deus.
A EXECUÇÃO DO JULGAMENTO DE DEUS
27. Quando e como será executada a Babilônia, a Grande, e o que dizer do futuro daqueles que então são executados junto com ela?
27 No entanto, no fim do “tempo do fim”, Jeová Deus, por meio de seu Cavaleiro montado no cavalo branco, começará a executar seu julgamento adverso sobre as nações e os povos. Babilônia, a Grande, será destruída, e então a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, ou Armagedom, será travada. (Rev. 16:13-16; 17:1-6, 14) Jeová Deus fará que os poderes políticos da terra se voltem contra Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. Assim, Revelação 17:16 será cumprida: “E os dez chifres que viste, e a fera, estes odiarão a meretriz e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a queimarão completamente no fogo.” Isso significa a destruição eterna dela, sem ser possível qualquer ressurreição ou restauração. As pessoas religiosas que forem então executadas junto com ela, serão eternamente destruídas junto com ela, porque se recusaram a obedecer à chamada divina: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte de suas pragas.” — Rev. 18:1-4.
28, 29. O que mostra Revelação 19:19-21 quanto a se dar sumiço nos lutadores mortos no Armagedom?
28 Que os lutadores do Armagedom, contra o ungido Rei dos reis de Deus, não terão enterro em sepulturas comemorativas ou túmulos memoriais, prova-se pela descrição da batalha escrita pelo apóstolo João nas seguintes palavras:
29 “E eu vi a fera [o sistema político mundial de Satanás] e os reis da terra, e os seus exércitos, ajuntados para travar guerra com aquele que esta sentado no cavalo e com o seu exército. E a fera foi apanhada, e junto com ela o falso profeta [o principal porta-voz político, a Potência Mundial Anglo-Norte-Americana], que realizava na frente dela os sinais com que desencaminhava os que tinham recebido a marca da fera e os que prestavam adoração à sua imagem. Ambos [a fera e o falso profeta], ainda vivos, foram lançados no lago ardente que queima com enxofre. Mas os demais [os reis da terra e seus exércitos e seus auxiliares, livres e escravos] foram mortos com a longa espada daquele sentado no cavalo [o Rei dos reis], espada que se estendia da sua boca. E todas as aves se saciaram das carnes deles [porque os corpos destes mortos foram deixados, sem serem enterrados, no campo de batalha no Armagedom].” — Rev. 19:19-21.
30. O que representa a “longa espada” que procede da boca do Rei, e para onde vão os executados por ela?
30 A “longa espada” que sai da boca do Rei dos reis representa a sua autoridade e seu poder de ordenar a execução de todos os oponentes, com morte violenta. Reis, comandantes militares, membros da cavalaria, homens livres, escravos, pequenos e grandes, todos os que são parte deste mundo pecaminoso na batalha do Har-Magedon, serão executados quais opositores do reino messiânico de Deus. Será que descerão ao Hades ou Seol, para juntar-se ao antigo Egito, Elã, a Assíria, Sídon e outros? Não! Serão destruídos para sempre, eliminados da existência pela eternidade. — 2 Tes. 1:7-9.
31. Como é representada a sua destruição eterna, e o que, por conseguinte, não terão?
31 Esta destruição eterna é representada por não lhes ser dado nenhum enterro, mas são deixados no campo de batalha como estrume, como matéria orgânica em decomposição para que nela festejem as aves de rapina, ao convite do anjo de Deus “em pé no sol”. (Rev. 19:17, 18) Para que esta festa sangrenta de tais aves, que agem como aves de rapina, possa ser representada, os reis da terra e seus exércitos e seus auxiliares não são representados como sendo “lançados no lago ardente, que queima com enxofre”, junto com a fera e o falso profeta. Mas, nem se diz que o Hades ou Seol os exige. Ao invés, tornam-se como aqueles criminosos cujos cadáveres eram lançados na Geena, para que os gusanos se alimentassem de suas carnes. (Mar. 9:43-48) São executados por Jeová Deus, mediante seu oficial executor, Jesus Cristo, no Armagedom, e, por esta razão, não terão ressurreição dentre os mortos.