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A selagem do Israel de DeusRevelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
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naturais de Israel, nem à humanidade em geral, e sim ao Israel espiritual.” As profecias bíblicas sobre o restabelecimento não se referiam nem aos judeus naturais, nem ao Israel político, que é membro das Nações Unidas e parte do mundo sobre o qual Jesus falou em João 14:19, 30, e 18:36.
18 Em 1931, os escravos de Deus, na Terra, haviam recebido com grande alegria o nome de Testemunhas de Jeová. Podiam endossar de todo o coração as palavras do Salmo 97:11: “A própria luz brilhou para o justo e a alegria, até mesmo para os retos no coração.” Podiam discernir claramente que somente o Israel espiritual fora aceito no novo pacto. (Hebreus 9:15; 12:22, 24) O Israel natural, insensível, não tinha parte nele, nem a humanidade em geral. Tal entendimento preparou o caminho para um brilhante lampejo de luz divina, notável nos anais da história teocrática. Este revelaria quão abundantemente Jeová exerce sua misericórdia, sua benevolência e sua verdade para com todos os humanos que se chegam a ele. (Êxodo 34:6; Tiago 4:8) Sim, outros, além do Israel de Deus, seriam beneficiados por segurarem os anjos os quatro ventos de destruição. De quem se trata? Será você um deles? Vejamos isso agora.
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Uma numerosa grande multidãoRevelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
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Capítulo 20
Uma numerosa grande multidão
1. Depois de João descrever a selagem dos 144.000, que outro grupo é visto por ele?
DEPOIS de descrever a selagem dos 144.000, João passa a relatar uma das mais emocionantes revelações em todas as Escrituras. Seu coração deve ter pulado de alegria ao narrá-la, dizendo: “Depois destas coisas eu vi, e, eis uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos.” (Revelação 7:9) Sim, segurarem-se os quatro ventos permite a salvação de outro grupo, além dos 144.000 membros do Israel espiritual: uma grande multidão multilíngue, internacional.a — Revelação 7:1.
2. Como alguns comentaristas do mundo têm explicado a grande multidão, e como este grupo foi encarado, no passado, até mesmo pelos Estudantes da Bíblia?
2 Comentaristas do mundo têm interpretado esta grande multidão como se referindo a não judeus carnais convertidos ao cristianismo ou a mártires cristãos destinados a ir para o céu. No passado, até mesmo os Estudantes da Bíblia a consideravam como uma classe celestial secundária, conforme se nota no Volume I de Estudos das Escrituras, O Plano Divino das Eras, de 1886, em inglês: “Eles perdem o prêmio do trono e da natureza divina, mas finalmente obterão o nascimento como seres espirituais duma ordem inferior à natureza divina. Embora sejam verdadeiramente consagrados, são vencidos pelo espírito mundano a tal ponto, que deixam de entregar sua vida em sacrifício.” E tão recentemente como em 1930, essa ideia foi expressa em Luz, Livro Um, em inglês: “Aqueles que constituem esta grande multidão deixam de aceitar o convite de se tornarem testemunhas zelosas do Senhor.” Foram descritos como grupo justo aos seus próprios olhos, que tinha certo conhecimento da verdade, mas fazia pouco quanto a pregá-la. Iriam para o céu como classe secundária, que não participaria em reinar com Cristo.
3. (a) Que esperança se oferecia a certas pessoas de coração reto, que mais tarde se tornaram zelosas na pregação? (b) Como A Sentinela, em 1923, explicou a parábola das ovelhas e dos cabritos?
3 Havia, porém, outros associados dos cristãos ungidos que mais tarde se tornaram muito zelosos na pregação. Eles não aspiravam ir para o céu. De fato, sua esperança estava em harmonia com o título dum discurso público destacado pelos do povo de Jeová entre 1918 e 1922. Originalmente, era “O Mundo Findou — Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão”.b Pouco depois, a revista A Sentinela de 15 de outubro de 1923, em inglês, explicou a parábola de Jesus a respeito das ovelhas e dos cabritos (Mateus 25:31-46), declarando: “As ovelhas representam todos os povos das nações, não gerados pelo espírito, mas tendendo para a justiça, que mentalmente reconhecem a Jesus Cristo como o Senhor, e que aguardam e esperam um tempo melhor sob o reinado dele.”
4. Como a luz a respeito da classe terrestre aumentou em 1931, em 1932 e em 1934?
4 Alguns anos mais tarde, em 1931, a obra Vindicação, Livro Um, em inglês, considerava o capítulo 9 de Ezequiel, identificando as pessoas marcadas na testa para preservação, no fim do mundo, como as ovelhas da acima mencionada parábola. Vindicação, Livro Três, lançado em 1932, descreveu a atitude reta de coração do não israelita Jonadabe, que se juntou ao rei ungido de Israel, Jeú, no carro deste, e o acompanhou para ver o zelo de Jeú em executar os aderentes da religião falsa. (2 Reis 10:15-17) O livro comentou: “Jonadabe representava ou prefigurava aquela classe de pessoas agora na Terra, durante o tempo em que a obra de Jeú [de proclamar os julgamentos de Jeová] está em progresso, e que são de boa vontade, estão em desacordo com a organização de Satanás, tomam sua posição do lado da justiça e são aquelas que o Senhor preservará durante o tempo do Armagedom, levando-as através daquela dificuldade e dando-lhes vida eterna na Terra. Estas constituem a classe das ‘ovelhas’.” Em 1934, A Sentinela tornou claro que esses cristãos, que tinham esperança terrestre, deviam dedicar-se a Jeová e ser batizados. A luz a respeito desta classe terrestre aumentava cada vez mais. — Provérbios 4:18.
5. (a) Que identificação da grande multidão foi feita em 1935? (b) Em 1935, quando J. F. Rutherford pediu que os congressistas que tinham esperança de viver para sempre na Terra se levantassem, o que aconteceu?
5 Era então iminente abrir-se o entendimento de Revelação 7:9-17 em toda a sua refulgência! (Salmo 97:11) A revista A Sentinela expressara repetidas vezes a esperança de que um congresso programado para 30 de maio a 3 de junho de 1935, em Washington, DC, EUA, seria de “verdadeiro consolo e benefício” para os retratados por Jonadabe. E assim veio a ser! Num emocionante discurso sobre “A Grande Multidão”, proferido perante uns 20.000 congressistas, J. F. Rutherford, que na época liderava a obra mundial de pregação, apresentou provas bíblicas de que as hodiernas outras ovelhas são as mesmas pessoas que as da grande multidão de Revelação 7:9. No clímax deste discurso, o orador perguntou: “Será que todos que têm a esperança de viver para sempre na Terra gostariam de ficar em pé?” Quando uma grande parte da assistência se pôs de pé, o orador declarou: “Eis a grande multidão!” Houve um silêncio, seguido por estrondosos aplausos. Quão alegres ficaram os da classe de João — e também os do grupo de Jonadabe! No dia seguinte, 840 novas Testemunhas foram batizadas, a maioria delas professando ser desta grande multidão.
Confirmação da Identidade da Grande Multidão
6. (a) Por que podemos entender claramente que a grande multidão é o hodierno grupo de cristãos dedicados que esperam viver para sempre na Terra? (b) O que simbolizam as compridas vestes brancas da grande multidão?
6 Como é possível que declaremos tão positivamente que a grande multidão é este hodierno grupo de cristãos dedicados que esperam viver para sempre na Terra de Deus? Anteriormente, João observara em visão o grupo celestial ‘comprado para Deus dentre toda tribo, e língua, e povo, e nação’. (Revelação 5:9, 10) Os da grande multidão têm origem similar, mas destino diferente. Diferentemente do Israel de Deus, seu número não é predeterminado. Ninguém pode dizer de antemão quantos deles haverá. Suas vestes compridas são embranquecidas no sangue do Cordeiro, simbolizando que têm uma posição justa perante Jeová, em virtude da sua fé no sacrifício de Jesus. (Revelação 7:14) E acenam com palmas, aclamando o Messias como seu Rei.
7, 8. (a) Os acenos com palmas, sem dúvida, lembravam que evento ao apóstolo João? (b) Qual é o significado de os da grande multidão acenarem com palmas?
7 Ao passo que João continua observando esta visão, seus pensamentos o devem estar levando mais de 60 anos para trás, para a última semana de Jesus na Terra. Em 9 de nisã de 33 EC, quando as multidões afluíam para acolher Jesus em Jerusalém, elas “tomaram ramos de palmeiras e saíram ao encontro dele. E começaram a clamar: ‘Salva, rogamos-te! Bendito aquele que vem em nome de Jeová, sim, o rei de Israel!’” (João 12:12, 13) De maneira similar, os acenos com palmas e o clamor por parte da grande multidão mostram sua irrestrita alegria em aceitar Jesus como o Rei designado por Jeová.
8 Sem dúvida, as palmas e os clamores exultantes lembram também a João a antiga Festividade das Barracas dos israelitas. Jeová ordenara para esta festividade: “E no primeiro dia tendes de tomar para vós o fruto de árvores esplêndidas, as folhas de palmeiras e os galhos de árvores ramosas, e choupos do vale da torrente, e tendes de alegrar-vos perante Jeová, vosso Deus, por sete dias.” As palmas foram usadas como sinal de regozijo. As barracas temporárias eram lembrete de que Jeová salvara seu povo do Egito, para que vivesse em tendas, no ermo. “O residente forasteiro, e o menino órfão de pai, e a viúva” participavam nesta festividade. Todo o Israel devia “ficar de todo alegre”. — Levítico 23:40; Deuteronômio 16:13-15.
9. Em que clamor alegre participam os da grande multidão?
9 É apropriado, portanto, que os da grande multidão, embora não façam parte do Israel espiritual, acenem com palmas, visto que alegremente e com gratidão atribuem a vitória e a salvação a Deus e ao Cordeiro, conforme João aqui observa: “E gritavam com voz alta, dizendo: ‘Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.’” (Revelação 7:10) Embora procedam de todos os grupos étnicos, os da grande multidão clamam com apenas aquela única “voz alta”. Como podem fazer isso, apesar da sua diversidade de nações e línguas?
10. Como a grande multidão pode clamar de forma unida, com uma só “voz alta”, apesar da diversidade de nações e línguas?
10 Os desta grande multidão fazem hoje parte da única realmente unida organização plurinacional na Terra. Não têm normas diferentes em países diferentes, mas aplicam coerentemente os corretos princípios da Bíblia onde quer que vivam. Não se envolvem em movimentos nacionalistas, revolucionários, mas realmente ‘forjaram das espadas relhas de arado’. (Isaías 2:4) Não estão divididos em seitas ou denominações religiosas, propalando mensagens confusas e mutuamente contraditórias, assim como fazem as religiões da cristandade; nem deixam entregue a uma classe profissional de clérigos dar os louvores em seu lugar. Não clamam que devem a salvação ao espírito santo, porque não são servos dum deus trino. Em uns 200 territórios geográficos, em toda a Terra, estão unidos em invocar o nome de Jeová, falando a única língua pura da verdade. (Sofonias 3:9) Reconhecem corretamente, em público, que sua salvação procede de Jeová, o Deus de salvação, por meio de Jesus Cristo, Seu Agente Principal da salvação. — Salmo 3:8; Hebreus 2:10.
11. Como a tecnologia moderna tem ajudado os da grande multidão a fazer sua voz alta soar ainda mais alta?
11 A tecnologia moderna tem ajudado a fazer com que a voz alta da grande multidão unida soe ainda mais alta. Nenhum outro grupo religioso na Terra sente necessidade de publicar compêndios bíblicos em mais de 500 línguas, visto que nenhum outro grupo está interessado em alcançar todos os povos da Terra com uma só mensagem harmoniosa. Como ajuda adicional neste sentido, sob a supervisão do ungido Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, desenvolveu-se o Sistema Eletrônico de Fotocomposição Multilíngue (MEPS). Na ocasião de se reimprimir este livro, diversos tipos de MEPS estão sendo usados em mais de 125 lugares em toda a Terra, e isso tem ajudado a tornar possível a publicação simultânea da revista quinzenal, A Sentinela, em mais de 190 idiomas. O povo de Jeová publica também simultaneamente livros, tais como este, em diversas línguas. Deste modo, as Testemunhas de Jeová, das quais os da grande multidão constituem a vasta maioria, conseguem distribuir anualmente centenas de milhões de publicações em todas as línguas mais conhecidas, habilitando multidões adicionais de todas as tribos e línguas a estudar a Palavra de Deus e a juntar suas vozes à voz alta da grande multidão. — Isaías 42:10, 12.
No Céu ou na Terra?
12, 13. Em que sentido a grande multidão está “em pé diante do trono e diante do Cordeiro”?
12 Como sabemos que estar “em pé diante do trono” não significa que a grande multidão está no céu? Sobre este ponto há bastante evidência clara. Por exemplo, a palavra grega traduzida aqui por “diante” (e·nó·pi·on) significa literalmente “à vista [do]” e é usada diversas vezes com respeito a humanos na Terra, que estão “diante” ou “à vista” de Jeová. (1 Timóteo 5:21; 2 Timóteo 2:14; Romanos 14:22; Gálatas 1:20) Em certa ocasião, quando os israelitas estavam no ermo, Moisés disse a Arão: “Dize à assembleia inteira dos filhos de Israel: ‘Chegai-vos perante Jeová, porque ele ouviu os vossos resmungos.’” (Êxodo 16:9) Os israelitas não precisavam ser transportados para o céu a fim de estar perante Jeová naquela ocasião. (Veja Levítico 24:8.) Antes, ali mesmo, no ermo, estavam à vista de Jeová, e ele fixava a sua atenção neles.
13 Lemos adicionalmente: “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, . . . diante dele serão ajuntadas todas as nações.”c A inteira raça humana não estará no céu por ocasião do cumprimento desta profecia. Certamente, aqueles que “partirão para o decepamento eterno” não estarão no céu. (Mateus 25:31-33, 41, 46) Antes, a humanidade está na Terra, à vista de Jesus, e ele fixa sua atenção nela para julgá-la. De modo similar, a grande multidão está “diante do trono e diante do Cordeiro”, no sentido de que está à vista de Jeová e de seu Rei, Cristo Jesus, de quem recebe julgamento favorável.
14. (a) Quem é descrito como estando “ao redor do trono” e “no monte Sião” celestial? (b) Embora os da grande multidão sirvam a Deus “no seu templo”, por que isso não os torna uma classe sacerdotal?
14 Os 24 anciãos e o grupo ungido dos 144.000 são descritos como estando “ao redor do trono” de Jeová e “no monte Sião” celestial. (Revelação 4:4; 14:1) A grande multidão não é uma classe sacerdotal e não obtém tal posição elevada. É verdade que mais tarde ela é descrita em Revelação 7:15 como servindo a Deus “no seu templo”. Mas esse templo não se refere ao santuário interior, o Santíssimo. Antes, trata-se do pátio terrestre do templo espiritual de Deus. A palavra grega na·ós, aqui traduzida “templo”, muitas vezes transmite o sentido amplo da inteira estrutura erigida para a adoração de Jeová. Hoje, é uma estrutura espiritual que abrange tanto o céu como a Terra. — Veja Mateus 26:61; 27:5, 39, 40; Marcos 15:29, 30; João 2:19-21, nota da Tradução do Novo Mundo com Referências.
Um Brado Universal de Louvor
15, 16. (a) Qual é a reação no céu ao surgimento da grande multidão? (b) Como a criação espiritual de Jeová reage a cada nova revelação dos propósitos dele? (c) Como nós, na Terra, podemos participar no cântico de louvor?
15 A grande multidão está louvando a Jeová, mas outros também cantam seus louvores. João relata: “E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos, e das quatro criaturas viventes, e prostraram-se sobre os seus rostos diante do trono e adoraram a Deus, dizendo: ‘Amém! A bênção, e a glória, e a sabedoria, e o agradecimento, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus para todo o sempre. Amém.’” — Revelação 7:11, 12.
16 Quando Jeová criou a Terra, todos os seus santos anjos ‘juntos gritavam de júbilo e todos os filhos de Deus começaram a bradar em aplauso’. (Jó 38:7) Toda nova revelação do propósito de Jeová deve ter ocasionado brados similares de louvor por parte dos anjos. Quando os 24 anciãos — os 144.000 na sua glória celestial — bradam em reconhecimento do Cordeiro, juntam-se a eles todas as outras criaturas celestiais de Deus com louvores a Jesus e a Jeová Deus. (Revelação 5:9-14) Estas criaturas já ficaram mais do que jubilosas por observarem o cumprimento do propósito de Jeová ao ressuscitar os fiéis humanos ungidos para um lugar glorioso no domínio espiritual. Agora, todas as fiéis criaturas celestiais de Jeová irrompem em louvor melodioso em vista do aparecimento da grande multidão. Deveras, o dia do Senhor é um tempo emocionante para todos os servos de Jeová. (Revelação 1:10) Quão privilegiados somos nós, aqui na Terra, de participar no cântico de louvor por dar testemunho do Reino de Jeová!
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