Tribulações finais dos inimigos da paz com Deus
“O segundo ai já passou. Eis que o terceiro ai vem depressa.” — Rev. 11:14.
1. A ciência se vê obrigada a reconhecer o que a respeito da paz do homem?
A CIÊNCIA moderna se vê cada vez mais obrigada a reconhecer certo fato crítico, perturbador. Qual é? O de que o homem não está nem em paz com as obras da criação, nem com as forças em operação em toda a criação.
2. (a) Em que tem sido constituída a “natureza” pelos cientistas, e como? (b) Em harmonia com isso, como age o homem para com ela?
2 Este fato significa que o homem está realmente em guerra com o que os cientistas chamam de “natureza”. Com o termo “natureza” querem dizer “o mundo material, especialmente o que cerca o homem e existe independente de suas atividades”; também, “a soma total das forças em operação em todo o universo”. (The American College Dictionary) Já por muito tempo, os cientistas fazem da “natureza” uma deidade. Falando dela, chamam-na até mesmo de “Mãe Natureza”. Tornam assim a “natureza” uma deusa, visto que afirmam que ela é responsável pelo homem e seu meio ambiente. Ela supostamente provê essas coisas e mantém em funcionamento as leis vitais que as governam. De tal ponto de vista dos cientistas, o homem não está em paz com esta deusa, mas, como única alternativa, o homem está em guerra com esta deusa.
3. (a) A que antiga prática pagã se assemelha tal proceder da ciência? (b) Que perguntas suscita isto a respeito da “natureza”, e qual é a resposta bíblica?
3 Quanto isso se parece ao modo em que os antigos pagãos adoravam as diversas forças e operações da “natureza” como deuses e deusas, deificando até mesmo o sol, a lua, as estrelas e a terra! Quando os cientistas modernos transformam a chamada “natureza” em deusa, faz que pessoas de reflexão perguntem: “Tem a Natureza sempre existido? Ou: Criou-se a Natureza sozinha?” Mas, quão impossível isto é! A planificação, a harmonia e os movimentos universais na chamada “natureza” argumentam a favor dum Criador inteligente, possuidor de visão, único Projetista e Controlador de toda a criação, sim, o exigem. Este único Criador é Deus. Começando com o início das coisas, as palavras iniciais da Bíblia Sagrada mostram bom senso de ordem e dizem: “No princípio Deus criou os céus e a terra.” — Gên. 1:1.
4. Portanto, com quem não está o homem em paz?
4 Deste fato, então, se segue razoavelmente que o homem moderno, por não estar em paz com a “natureza”, não está em paz com Deus, pois Deus é o Criador da “natureza”. Isto torna o assunto sério.
5. (a) Visto que o homem arruína seu meio ambiente e a atmosfera moral, em que relação deve estar ele com o Criador? (b) Visto que o homem recorre à “ciência” moderna, em que outro sentido se colocou ele fora da paz com Deus?
5 Como pode o homem estar em paz com o seu Criador, quando ele arruína o seu meio ambiente natural, o ambiente terreno em que vive, e assim apressa a sua própria destruição? Ele arruína também a atmosfera moral em que a humanidade deve viver e colhe o aumento do crime e da devassidão moral. É muito correto que o homem se desvie de ensinos religiosos falsos, mas ao mesmo tempo ele se volta enganadamente para um tipo de pensamento e ensino moderno que é falsamente chamado de “ciência”, pois, “ciência” significa basicamente “conhecimento”, isto é, verdadeiro conhecimento. (1 Tim. 6:20, 21) Ele arruína assim a sua compreensão da verdade e destrói seu apreço do Livro da Verdade, a Bíblia Sagrada, as Escrituras Sagradas. Põe-se assim em desacordo com Jesus Cristo, pois este Filho de Deus disse com respeito à Palavra de Deus: “A tua palavra é a verdade.” (João 17:17) Também neste sentido, e não só com relação ao seu meio ambiente natural, o homem não está em paz com Deus, pois o Deus vivente e verdadeiro é Deus de boa moral e da verdade. — Sal. 31:5; 117:2.
6. O que deseja Deus quanto à humanidade apartada, e por isso, o que fez neste respeito?
6 É bem evidente, pois, que a salvação eterna da humanidade reside em ela voltar a estar em paz com Deus. De fato, isto é exatamente o que o Criador do homem deseja, porque ele sabe que a guerra travada contra ele pela humanidade significa a destruição total da humanidade. Por saber que a humanidade precisa reconciliar-se com ele por meio de seu intermediário, Jesus Cristo, ele tem enviado seguidores fiéis de Cristo para fazerem um apelo à humanidade apartada, dizendo: “Rogamos, como substitutos de Cristo: ‘Sede reconciliados com Deus.’” — 2 Cor. 5:20.
7. Estranho como pareça, quem são hoje os inimigos mais ferrenhos da paz do homem com Deus, iguais a quem nos dias apostólicos?
7 Mas, assim como há dezenove séculos atrás, nos dias dos doze apóstolos de Jesus Cristo, houve inimigos que se opuseram a que o homem ficasse em paz com Deus por meio de Cristo, assim os há também hoje. O que é de se estranhar é que os inimigos mais ferrenhos da paz com Deus, hoje em dia, são os seguidores hipócritas de Jesus Cristo, pretensos cristãos, especialmente seu clero religioso, católico, ortodoxo e protestante, que tomam a dianteira nesta hostilidade à paz com Deus em base correta. Todavia, lá nos dias dos apóstolos de Cristo, foi o seu próprio povo, embora afirmando ainda ser o povo escolhido de Jeová Deus, que era o inimigo mais tenaz da paz com Deus.
8. (a) De modo geral, a cristandade constitui que parte da população do mundo? (b) Que controvérsias têm surgido com respeito à cristandade e às testemunhas de Jeová, e como ou por meio de que regência pode o assunto ser decidido?
8 O mundo chamado cristão, ou a cristandade, é o sistema religioso mais populoso hoje na terra. Aproximadamente, constitui uma terça parte do mundo, pois a população mundial é hoje calculada em cerca de 3.420.000.000 de pessoas, ao passo que a cristandade se compõe de 977.383.000 professos cristãos. Visto que as testemunhas cristãs de Jeová se mantêm estritamente à parte da cristandade, os clérigos religiosos de todas as denominações tacharam-nas como não sendo cristãs. Irrita a estes clérigos que os que compõem este grupo minoritário das testemunhas cristãs de Jeová saíram principalmente das seitas religiosas da cristandade, em vez de principalmente do paganismo. Por isso, já por décadas a controvérsia tem sido: Quem são os verdadeiros cristãos ordenados por Deus? Quem está pregando o verdadeiro reino de Deus? As testemunhas de Jeová ou os sectários religiosos da cristandade? Por meio de que regra se pode resolver a controvérsia? Pela regra estabelecida por Jesus Cristo, quando advertiu contra os cristãos falsos e hipócritas, dizendo: “Realmente, pois, pelos seus frutos reconhecereis estes homens.” — Mat. 7:20.
9. A que atividade predita das testemunhas de Jeová se tem feito objeção especial, da parte de que elementos, e por quê?
9 As testemunhas de Jeová têm dado muita ênfase à profecia de Jesus a respeito do sinal do fim deste sistema de coisas, a saber: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mat. 24:14) Além de usarem cornetas sonoras ou alto-falantes, têm usado todos os meios modernos de publicidade, a página impressa e a voz falada, para divulgar a mensagem do Reino em todo o mundo. Esta pregação das boas novas do reino de Deus tem incluído a declaração do “dia de vingança da parte de nosso Deus”, a vingança divina que traz o fim dos inimigos das boas novas. (Isa. 61:1, 2) Contrário ao que poderíamos esperar de pessoas que professam ser cristãs, esta pregação do reino de Deus tem sofrido grande objeção da parte da cristandade, e não só dos elementos radicais que crêem em governos materialistas ateus, tais como os do socialismo e do comunismo. Tanto para a cristandade como para os elementos radicais, a pregação da vingança de Deus tem sido devastadora e penosa, igual ao efeito produzido pelo toque alto de trombetas, por anjos celestiais, conforme descrito em Revelação, capítulos oito até onze.
EFEITOS DEVASTADORES
10, 11. Semelhantes a que foram os efeitos produzidos pelos acontecimentos após o toque da trombeta pelo primeiro anjo?
10 Que acharia se a terça parte da superfície da terra fosse queimada e um terço das árvores fosse queimado, junto com toda a vegetação verde? Esperaria que isso produzisse um grande desequilíbrio nas condições do meio ambiente natural do homem, não esperaria? Pois bem, isto é o que parece ocorrer depois do toque da trombeta pelo primeiro dos sete trombeteiros angélicos de Deus; sim, e segundo as sensibilidades religiosas da cristandade, cujo rol de membros é de aproximadamente um terço do mundo. Aquilo que as testemunhas de Jeová começaram a proclamar pela palavra e pelas publicações impressas da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, após a Primeira Guerra Mundial, tem sido como “saraiva e fogo misturado com sangue” lançados do alto sobre a terra. — Rev. 8:2, 6, 7.
11 A mensagem pregada foi inflamatória e consumidora, dura e mortífera para os grandes, semelhantes a “árvores’, e para os pequenos, semelhantes à “vegetação verde”.
12. De que modo teve a mensagem pregada um efeito (a) semelhante à saraiva, (b) semelhante ao fogo e (c) semelhante ao sangue?
12 A mensagem pregada, por certo, continha a verdade celestial da Palavra escrita de Deus, mas esta verdade não era como as gotas refrescantes da chuva. Antes, era dura como as pedras frias da saraiva, abatendo-se tanto sobre os clérigos como sobre os membros de suas igrejas, atordoando-os com verdades bíblicas vigorosa e inexoravelmente apresentadas. Eram ardentes, consumindo a farsa de cristianismo apresentada pelos clérigos semelhantes a árvores e pelos leigos semelhantes à vegetação, como que queimando-os como cristãos, e provando que a cristandade não era cristã, nem em doutrina, nem na prática. A Primeira Guerra Mundial tornou flagrante a sua hipocrisia religiosa. O derramamento de sangue durante aquela guerra mundial foi mortífero para as pobres vítimas; e, de modo similar, a pregação das testemunhas cristãs de Jeová no após-guerra foi mortífera no sentido de que mostrou que a cristandade estava condenada a finalmente morrer e que os que se apegassem a ela até o tempo de sua destruição morreriam com ela. A vida espiritual não seria obtida nem mesmo agora por meio da cristandade. (Rev. 8:7) A cristandade, expondo ainda mais a sua própria falta de verdadeiro cristianismo, revidou por perseguir estes pregadores do Reino de Deus.
RADICALISMO SOB JULGAMENTO DIVINO
13, 14. (a) Ao fracasso religioso de quem se atribui a ascensão e a difusão do comunismo? (b) Que efeitos cênicos se seguiram ao toque da trombeta pelo segundo anjo?
13 Até mesmo segundo as declarações francas de diversos clérigos religiosos, o comunismo ateu se deve na maior parte à hipocrisia religiosa da cristandade e ao seu favoritismo para com os materialmente ricos e politicamente poderosos, em oposição aos pobres oprimidos. O fracasso da cristandade quanto a viver à altura da imagem de Jesus Cristo deixou um vácuo que o comunismo materialista tem procurado encher, tanto por meios persuasivos como por compulsão violenta. Assim, pela ascensão e difusão do comunismo internacional, lançou-se uma grande e ardente questão política no meio dos povos perturbados, desassossegados e almejantes, da terra.
14 Como se sentiria emocionalmente, se visse um filme mostrando uma ardente massa de terra, semelhante a um grande monte, ser lançada no mar e um terço do mar se transformar em sangue, um terço das criaturas viventes no mar ser morto e um terço dos barcos marítimos ser destroçado? Estremeceria e diria que era um filme horrível! Pois bem, estes foram os efeitos cênicos que acompanharam o toque da trombeta pelo segundo dos sete trombeteiros angélicos de Deus. Compreende o significado destes efeitos cênicos? — Rev. 8:8, 9.
15. De que modo se lançou a questão do comunismo radical no “mar” simbólico, e o que afirmava ser e prometer?
15 No início pequeno, na antiga Rússia czarista, o comunismo internacional se apoderou de outros países e se estendeu agressivamente, abrangendo uma terça parte da população do mundo. Igual a um enorme monte, que a Bíblia usa para simbolizar um governo nacional, esta questão do comunismo radical como forma desejável de regência para a humanidade foi abruptamente lançada no mar da humanidade agitada, perto do fim da Primeira Guerra Mundial, ou em novembro de 1917. Afirmava ser o libertador dos povos oprimidos, prometendo-lhes uma vida materialista mais abundante com igualdade de camaradagem, livre do despotismo político e religioso. Não precisava da vinda de nenhum Messias da parte de Deus para introduzir na terra um paraíso para o povo.
16. (a) Que atitude adotaram as testemunhas de Jeová imediatamente para com a questão? (b) De que modo causou o impacto do comunismo “sangue” e naufrágio simbólicos?
16 As testemunhas de Jeová não esperaram a chegada do ano de 1970 para deixar que a história nos mostrasse o que o comunismo internacional traria para o mar da humanidade, que se achava tão agitado por não ter a paz de Deus, nem estar em paz com Ele. (Isa. 57:20, 21) Imediatamente, como embaixadores do Messias ou Cristo de Deus, falaram a favor do monte simbólico do reino messiânico de Deus. Em nítido contraste com este, o comunismo ateu era como um monte queimado, destruindo-se a si mesmo nas suas próprias chamas. Seu impacto sobre o mar da humanidade agitada não havia de ser vitalizador. Resultaria na morte, conforme simbolizada por sangue derramado. Sem se falar da prematura morte violenta que trouxe a muitas pessoas, causou a morte espiritual dos seus aderentes. Amorteceu toda esperança de a pessoa ressuscitar dentre os mortos e de ela obter vida eterna num paraíso terrestre sob o reino de Deus. Condenou à morte e à destruição os que no Armagedom fossem achados aderindo ao comunismo internacional. De acordo com o que comunismo ateu trouxe ao povo, toda criatura-alma morreu neste elemento comunista sangrento; toda organização semelhante a um barco terá de ser destroçada.
ÁGUA AMARGA RESULTANTE DE ESTRELAS RELIGIOSAS
17. Depois de o terceiro anjo ter tocado a sua trombeta, de que modo viu João água fresca tornar-se em absinto, e por meio de quê?
17 Transformar a água do mar em sangue é uma coisa, mas transformar água doce em água amarga é coisa diferente, e ambas se devem a fatores diferentes. Pensaria, porém, que uma “estrela” pudesse transformar água doce em água amarga? Tal estrela poderia fazer isso se se harmonizasse com o seu nome Absinto, uma planta amarga de que há várias espécies no Oriente Médio. O apóstolo João viu isto acontecer num quadro vivo depois que o terceiro trombeteiro angélico de Deus tocou a sua trombeta. João viu uma “estrela, ardendo como uma lâmpada”, cair do céu e dentro de uma terça parte dos rios e das fontes de águas, tornando assim a terça parte das águas doces amargas como absinto, tanto assim que “muitos dos homens” morreram quando as beberam. (Rev. 8:10, 11) Tal estrela chamada Absinto caiu de sua posição elevada onde poderia servir de guia para os homens e encaminhá-los às águas refrescantes da vida.
18. A quem representa esta “estrela” caída, ardente, e por que de modo apropriado?
18 Falando-se figuradamente, uma “estrela” deve lançar luz celeste sobre os homens, como fizeram as sete estrelas figurativas que João viu na mão direita do glorificado Jesus Cristo e que simbolizaram os superintendentes espirituais das congregações cristãs. (Rev. 1:16, 20; 3:1) Esta “estrela” chamada Absinto, sendo “estrela” caída e podendo afetar de modo desastroso a água potável de possivelmente um terço dos homens, representava os clérigos religiosos da cristandade, cuja população abrange “muitos dos homens”, cerca de um terço da população da terra. Embora afirmem ser clérigos cristãos ordenados por Deus como ministros, são líderes religiosos apóstatas, produzidos por sistemas religiosos apóstatas. A queda deles de sua posição elevada de oportunidade cristã resulta na sua própria destruição, igual à de uma “estrela, ardendo como uma lâmpada”, mas que é consumida na sua própria chama. Iguais a uma estrela no céu, deviam ter deixado brilhar luz celestial ou espiritual sobre as pessoas da cristandade, guiando-as às águas refrescantes da verdade cristã encontrada na Bíblia e a uma vida em harmonia com estas verdades bíblicas.
19. Falando-se figuradamente, de que modo fez esta “estrela” Absinto que as águas frescas se tornassem amargas, fatais para muitos?
19 Hoje, neste ano de 1970, podemos ver, com mais clareza que nunca, em que os clérigos da cristandade fracassaram lamentavelmente na sua professa missão cristã. Ensinaram às pessoas das suas igrejas doutrinas religiosas que foram amargas para o paladar espiritual delas, adulterando a Palavra de Deus com doutrinas pagãs ou enaltecendo as tradições de homens não inspirados acima da Bíblia. Conduziram a cristandade num rumo de associação ativa com este mundo iníquo, que tornou as pessoas das igrejas inimigos de Deus e que lhes trouxe agora a morte espiritual e que resultará na sua morte física, literal, durante o iminente “dia de vingança da parte de nosso Deus”. O que os clérigos têm dado a beber até agora às pessoas de suas igrejas tem sido uma bebida amarga, mas a maior amargura desta bebida dada pelos clérigos será sentida por elas no Har-Magedon. Ali as aguarda a destruição às mãos de Deus, por terem engolido e seguido as doutrinas religiosas e os conselhos desta “estrela” caída, chamada Absinto! — Tia. 4:4; Isa. 61:1, 2; Rev. 16:14, 16.
ESCURIDÃO ONDE DEVIA HAVER LUZ
20. O que viu João acontecer após o toque da trombeta pelo quarto anjo?
20 Agora, imagine o obscurecimento de uma terça parte da luz do dia, e depois o obscurecimento de uma terça parte da noite, sem que haja a luz da lua e das inúmeras estrelas! Foi tal fenômeno que o apóstolo João viu a seguir. Ele escreve: “E o quarto anjo tocou a sua trombeta. E foi golpeado um terço do sol, e um terço da lua, e um terço das estrelas, a fim de que um terço deles ficasse obscurecido e o dia não tivesse iluminação por uma terça parte dele, e assim também a noite.” — Rev. 8:12.
21. Em que Era da história humana se deu o cumprimento disso, e em que terço da humanidade?
21 O cumprimento deste quadro vivo profético ocorre num tempo da história humana que os homens modernos chamam de Era Esclarecida. A cristandade, no meio desta jactância humana, afirma ser a parte mais esclarecida do mundo, e ela calcula que abrange cerca de um terço do mundo da humanidade com o seu programa de conversão mundial. Esclarecida, sim, na maior parte em sentido científico. Mas, que dizer quanto ao esclarecimento religioso?
22. Onde existe tal tipo de escuridão, mas segundo as afirmações feitas, qual devia ser o estado de esclarecimento ali?
22 No setor da população do mundo, onde devia haver o maior esclarecimento em sentido religioso, há as maiores trevas religiosas. Este grande setor é a cristandade! Segundo o conceito que ela forma da situação religiosa, o paganismo, conforme ela o chama, tem andado às apalpadelas nas profundas trevas da adoração falsa, mas ela, por outro lado, se tem refestelado na luz da verdade e do favor de Deus. Devia ser assim, se vivesse à altura da afirmação de que é o domínio do verdadeiro cristianismo. Durante séculos, ela tem usufruído a divulgação do único Livro de Luz, A Bíblia Sagrada, que já tem uma circulação de dois bilhões de exemplares, em mais de mil e trezentos idiomas. Seus clérigos foram ordenados para pregar esta Bíblia, e designou-se-lhes o tempo e pagou-se-lhes dinheiro para ensinarem a Bíblia como pregadores vitalícios de tempo integral. É, pois, razoável de se esperar que isso tenha resultado em fazer da cristandade a mais inteligente com respeito à Bíblia Sagrada e a mais merecedora da luz do favor e da bênção de Deus. Mas o apóstolo João apresentou outro quadro!
23. (a) O que salientaram as testemunhas de Jeová já há muito tempo quanto à condição da cristandade com respeito à verdadeira luz? (b) Como responderam à pergunta sobre o cristianismo e a cristandade?
23 Iguais ao apóstolo João, as testemunhas cristãs de Jeová, da atualidade, salientam já há muito tempo que a situação religiosa da cristandade é outra. O caso não é que o “paganismo” não esteja em profundas trevas religiosas, mas é que se deveria esperar outra coisa da cristandade, em vista de suas afirmações. Ela devia ter usufruído de dia e de noite a luz da verdade e do favor de Deus. Com ela se dá agora o que Jesus Cristo disse: “Se, na realidade, a luz que está em ti é escuridão, quão grande é essa escuridão!” (Mat. 6:23) O esclarecimento religioso imaginário da cristandade é na realidade escuridão religiosa, para a sua própria grande decepção. As testemunhas cristãs de Jeová fizeram de direito a pergunta desafiadora: “A cristandade ou o cristianismo — qual é ‘a luz do mundo’?” A esta pergunta responderam francamente: Não a cristandade, mas o cristianismo! A cristandade se mostrou falsa ao seu nome. Não possuir ela a verdade bíblica é evidência de que não tem a luz do favor e da bênção de Deus. Sua luz lhe foi cortada, dia e noite. Seu futuro é tão tenebroso como o do resto do mundo da humanidade.
TRIBULAÇÕES ADICIONAIS
24, 25. (a) Sob a orientação de quem agiam evidentemente as testemunhas de Jeová, e que efeito teve sobre a cristandade o papel desempenhado por estas Testemunhas com relação a estas quatro trombetas? (b) O que viu e ouviu João a seguir?
24 Visto que estas cenas proféticas mencionadas foram mostradas seguindo o toque das trombetas pelos primeiros quatro anjos de Deus, sem dúvida, os que Deus tem usado para salientar aos habitantes da terra os fatos cumpridos têm estado sob orientação angélica. (Heb. 1:14; Mat. 24:31) Para o povo, especialmente para a cristandade, já foi bastante penoso que as testemunhas cristãs de Jeová, como que por toques de trombeta de grande alcance, tornaram público o cumprimento moderno destes quatro quadros vivos, proféticos. De nada adiantaria à cristandade clamar: “Basta!” Ainda havia outros três quadros vivos, proféticos, que se precisava fazer as pessoas ver e sentir. O cumprimento destes últimos quadros vivos se destacaria como tribulações para as pessoas que moram na terra. A interrupção dos eventos, após o toque da quarta trombeta, permitiu que se proclamasse amplamente, com previsão de vista aguça a como a de águias, um aviso a respeito desta tribulação especial. Antes do toque da quinta trombeta, o apóstolo João escreve:
25 “E eu vi, e ouvi uma águia, voando pelo meio do céu, dizer com voz alta: ‘Ai, ai, ai dos que moram na terra, por causa dos restantes toques de trombeta dos três anjos que estão para tocar as suas trombetas!’” — Rev. 8:13.
26. Donde procedem estes ais adicionais, e quem não os precisa temer?
26 Estes ais não são para os anjos do céu, mas para criaturas humanas, para os “que moram na terra”. Estes ais procedem de Deus, que autoriza e designa seus anjos a tocarem as trombetas que despertam a atenção. Os que estão em paz com Deus não têm nada que temer destes ais; apenas os inimigos da paz com Deus os precisam temer.
A PRAGA DOS GAFANHOTOS ATORMENTADORES
27. Quais foram os desejos e os esforços do clero da cristandade quanto às testemunhas do reino durante a Primeira Guerra Mundial, e até que ponto alcançaram seu objetivo?
27 Já tão cedo como nos meados da primeira guerra mundial (de 1914-1918 E. C.), os clérigos da cristandade, junto com os seus aliados políticos e militares, decidiram que já tinham tido bastante tribulação religiosa com as testemunhas cristãs de Jeová Deus e Seu reino por Cristo. Aproveitaram-se das condições de guerra e das leis do tempo de guerra para matar as atividades públicas destas testemunhas. Não gostaram de ser avisados de que os “tempos dos gentios” haviam acabado no ano de 1914 e de que estas testemunhas foram vindicadas pelos eventos mundiais em terem apontado já por décadas aquele ano como o tempo para o reino de Deus por Cristo assumir pleno controle nos céus, com autoridade para expulsar da terra as nações gentias. O clamor do clero foi: “Matem as testemunhas!” Quer dizer: Façam que estes Estudantes Internacionais da Bíblia parem de ser testemunhas, em público, do reino de Deus, de seu Messias ou Cristo. Com a ajuda dos poderes políticos e militares conseguiram, por meio de detalhes técnicos da lei, ‘matar as testemunhas’, lá pelos meados do ano de 1918, poucos meses antes de terminar a Primeira Guerra Mundial.
28. Que efeito teve isto sobre a atividade e a organização das “testemunhas”, e em que condição rebaixada vieram a estar figuradamente?
28 Assim terminou a extensa obra de testemunho público, sendo até mesmo encarcerados os que estavam na dianteira da obra de testemunho, com sentenças longas, e a organização de testemunho também ficando seriamente interrompida, limitada. As “testemunhas” estavam assim como que na “cova do abismo”. Estando figuradamente em local tão rebaixado, estavam como que fora da vista e como que mortas, mortas quanto a serem testemunhas corajosas, organizadas e bem equipadas do estabelecido reino messiânico de Deus. Mas, não por muito tempo. Quem as soltou?
29. Após o toque da quinta trombeta, quem mostra ser a “estrela” simbólica vista por João, segundo a submissão e seu nome?
29 O quinto anjo anunciou com alto toque de trombeta a libertação das “testemunhas” do abismo e a obra delas que se seguiria. Havia de ser isso um “ai” para os que “moram na terra”? O apóstolo João ficou observando com visão profética. Veja! Havia caído uma “estrela”, não no mar, nem nas águas doces, mas na terra. Mas, esta queda não lhe foi desastrosa. Antes, esta “estrela” vem como Libertador de outros, pois “foi-lhe dada a chave da cova do abismo”. É também Rei, pois é “o anjo do abismo” e é o Rei dos que solta do abismo; em harmonia com isso os livrados usam o que para João “pareciam ser coroas como de ouro”. Esta “estrela” simbólica tem também um nome para esta ocasião. Em grego, seu nome é Apolion, que significa Destruidor. Em hebraico, é Abadon, que significa Destruição. Todas estas particularidades desta “estrela” simbólica revelam que é o glorificado Jesus Cristo. Quando ele, como homem na terra, há dezenove séculos, morreu como mártir pelo reino de Deus, desceu ao abismo. Deus o livrou no terceiro dia e o assentou à Sua mão direita.
30. Que chave se deu a esta “estrela” simbólica, e a quem libertou, e quando?
30 Deus tem dado a este ressuscitado e glorificado Jesus Cristo as “chaves da morte e do Hades”, para que as usasse como libertador. Tendo sido coroado como Rei reinante nos céus, no fim dos “tempos dos gentios” no ano de 1914, vem para livrar a certos de sua condição de restrição como que na ‘cova do abismo’. A quem? Aos do restante dos seus seguidores na terra, que são chamados para serem reis com ele no céu. (Rev. 1:6, 17, 18; 20:4-6) No ano de 1919, ele usou a “chave da cova do abismo” e abriu a cova, deixando sair o restante fiel e arrependido de seus co-herdeiros do Reino.
31. Que aparência assumiram os deste restante liberto, segundo a descrição que João faz deles?
31 Mas, que aparência eles assumem quando João os vê na visão profética! Saindo de uma grande fumaça que sobe do abismo e obscurece tanto o sol como o ar, parecem-se a uma espécie estranha de gafanhotos. João diz: “E as semelhanças dos gafanhotos pareciam cavalos preparados para a batalha; e nas suas cabeças havia o que pareciam ser coroas como de ouro, e seus rostos eram como rostos de homens, mas, tinham cabelo como o cabelo das mulheres. E os seus dentes eram como os de leões; e tinham couraças como couraças de ferro. E o som das suas asas era como o som de carros de muitos cavalos correndo à batalha. Também, têm caudas e aguilhões como os escorpiões; e a sua autoridade para fazer dano aos homens, por cinco meses, está nas suas caudas. Têm sobre si um rei, o anjo do abismo.” — Rev. 9:1-11.
32. O que procuravam estes gafanhotos simbólicos, se não era a vegetação, e como se destacam em contraste com o alvo do seu ataque?
32 O restante das testemunhas ungidas de Jeová, sob as ordens do seu Rei celestial, Jesus Cristo, saíram em 1919 como enxame de sua condição de restrição, semelhante a um abismo, inflamados de zelo piedoso, como que saindo duma fornalha. Estes gafanhotos simbólicos não procuravam devorar toda a vegetação verde da terra; seu alvo eram homens. Que homens? “Apenas àqueles homens que não têm o selo de Deus nas suas testas.” Mas não foram autorizados a matar estes homens específicos; apenas podiam atormentá-los por cinco meses, que é a duração da vida, o verão de atividade, dos gafanhotos literais. Estes gafanhotos simbólicos eram realmente os selados com “o selo de Deus nas suas testas”, pois eram o restante daqueles israelitas espirituais, 144.000 deles, que João viu passar por tal selagem, segundo a sua descrição em Revelação 7:1-8. Assim como mulheres de cabelo comprido são obedientes aos seus maridos, assim estes gafanhotos simbólicos estão sujeitos e submissos ao seu Rei, Jesus Cristo, seu prospectivo Noivo.
33. A quem representam ‘aqueles homens’ sem o selo de Deus, hoje em dia?
33 Quem são, então, ‘aqueles homens que não têm o selo de Deus nas suas testas’? Todos os homens não selados, inclusive a “grande multidão” no templo de Deus, que João viu e descreveu em Revelação 7:9-17? Não! Apenas aqueles homens dos quais esperaríamos que tivessem “o selo de Deus nas suas testas”, segundo a sua profissão religiosa na cristandade. Quem afirma destacadamente serem israelitas espirituais no novo pacto com Deus, por meio de Cristo, o Mediador, são os clérigos religiosos da cristandade, junto com os políticos profissionais, os “tubarões” comerciais e os grandes militaristas, que são membros de igrejas e recebem o maior destaque e consideração da parte dos clérigos religiosos. A conduta ‘destes homens’ prova que não estão produzindo os frutos do espírito de Deus, por meio do qual se aplica o selo identificador da propriedade de Deus, como que, na testa da pessoa, para todos verem. — Gál. 5:19-23; 2 Cor. 1:22.
34. (a) Em que sentido específico são estes homens sem selo atormentados pelos gafanhotos simbólicos? (b) Por quanto tempo são estes homens obrigados a suportar o tormento?
34 A estes é que os gafanhotos simbólicos atormentam, ferindo-os com a mensagem de julgamento da Palavra inspirada de Deus, de modo muito doloroso, como que golpeando-os com a cauda venenosa do escorpião. Esta mensagem de julgamento tem que ver especialmente com a organização internacional de paz e segurança mundiais, que os clérigos aclamaram como a “expressão política do Reino de Deus na terra”, mas que os gafanhotos simbólicos proclamam, de modo atormentador, ser apenas um substituto humano do reino messiânico de Deus, e, portanto, condenada a fracassar e a ser destruída pelo verdadeiro reino de Deus. Estes homens sem selo, da cristandade, gostariam de fugir deste tormento religioso por parte de tais gafanhotos simbólicos. Prefeririam morrer a ter de suportar isso por mais tempo. Mas os “gafanhotos” não receberam autorização de “matar” estes homens sem selo; por isso, tais homens continuam a viver. Os gafanhotos simbólicos também continuam a viver e a prosseguir com o tormento, pois têm autorização de fazer esta obra atormentadora por “cinco meses”, os quais, sendo a própria duração da vida do gafanhoto literal, simbolizam toda a vida dos gafanhotos simbólicos, até a guerra do Har-Magedon.
35. Foi exagero aquilo que a “águia” chamou esta praga de gafanhotos?
35 Não foi exagero que a “águia” voando pelo meio do céu proclamasse que isto seria um “ai” para os diretamente afetados por esta praga de gafanhotos. Então, qual seria o segundo “ai”?
“O SEGUNDO AI”
36. De que modo é a próxima tribulação da série um “segundo ai”?
36 O “segundo ai” não começa necessariamente após o término do primeiro. É realmente mais um ai, um ai adicional, e ocorre paralelamente com o primeiro ai. Ajuda a tornar o primeiro ai ainda mais aflitivo, e numa área maior.
37. O “segundo ai” anunciado pelo sexto anjo segue a que obra de libertação, a favor de quem?
37 O “segundo ai” é proclamado alto pelo sexto anjo de Deus a tocar a trombeta. Este “ai” também é representado como seguindo a uma obra de libertação. Esta libertação trata de livrar ou soltar alguém de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião babilônica, falsa. Esta Babilônia Maior foi prefigurada pela antiga Babilônia imperial, situada junto ao rio Eufrates. Foi a esta Babilônia antiga que os israelitas naturais foram levados ao exílio, no sétimo século antes de nossa Era Comum. De modo igual, os do restante ungido dos israelitas espirituais foram levados ao exílio em Babilônia, a Grande, durante a Primeira Guerra Mundial. Em resposta a orações sinceras que ascenderam a Jeová Deus como fumaça de incenso, ele libertara os israelitas do exílio na antiga Babilônia, após a sua queda. De modo igual, o mesmo Deus respondeu às orações e livrou seu restante ungido da moderna Babilônia, a Grande, no primeiro ano do após-guerra, em 1919. O apóstolo João viu isso em visão e o descreveu, dizendo:
38. Como descreve João a visão desta obra de libertação?
38 “E o sexto anjo tocou a sua trombeta. E ouvi uma voz, do meio dos chifres do altar de ouro diante de Deus, dizer ao sexto anjo, que tinha a trombeta: ‘Desata os quatro anjos que estão amarrados junto ao grande rio Eufrates.’ E foram desatados os quatro anjos que têm sido preparados para a hora, e o dia e o mês, e o ano, para matarem um terço dos homens.” — Rev. 9:13-15.
39. (a) A quem correspondem os “quatro anjos”, e por que é apropriada a designação “anjos”? (b) Em que tempo estão dispostos a servir, e qual é sua missão?
39 O restante das testemunhas cristãs, ungidas, solto da escravidão babilônica em 1919, corresponde a estes chamados “quatro anjos”, no sentido de que a designação “anjos” literalmente significa “mensageiros”, e nem em todos os casos se refere a pessoas espirituais, celestiais. Mensageiros — então era isso o que os do restante solto deviam ser, mensageiros de Deus, para levarem a sua mensagem especial destinada para depois do fim dos Tempos dos Gentios e depois da conduta errada da cristandade durante a Primeira Guerra Mundial. Os do restante ungido, alegrando-se de que se lhes restabeleceu a liberdade para servirem novamente como mensageiros de Deus, sentiram-se dispostos a servir às ordens de Deus qualquer ‘hora, dia, mês e ano’ que ele designasse. Prepararam-se para estar prontos em todo o tempo e para todas as fases do Seu serviço do Reino. Qual era a sua missão para a qual tinham de estar “preparados” como os quatro “anjos” ou mensageiros soltos? A seguinte: “Matarem um terço dos homens.” Mas com que instrumentos?
40, 41. (a) Constituiria esta obra um “ai”, e como muda o local para próxima cena? (b) Que descrição faz João da cavalaria?
40 Matar um “terço dos homens” certamente seria um “ai”, e para mostrar como se faria isso para com a cristandade, o quadro passa instantaneamente da beira do Eufrates para uma tremenda carga de cavalaria em guerra. João descreve a carga, dizendo:
41 “E o número dos exércitos de cavalaria era de duas miríades de miríades: ouvi o número deles. E é assim que eu vi os cavalos na visão, e os sentados neles: tinham couraças de cor de fogo, e de azul jacintino, e de amarelo sulfurino; e as cabeças dos cavalos eram como as cabeças de leões, e das suas bocas saía fogo, e fumaça, e enxofre. Por estas três pragas foi morto um terço dos homens, pelo fogo, e pela fumaça, e pelo enxofre que saíam das suas bocas. Pois a autoridade dos cavalos está nas suas bocas e nas suas caudas; porque as suas caudas são como serpentes e têm cabeças, e com estas fazem dano.” — Rev. 9:16-19.
42. A que particularidade se refere a maior parte da descrição, e o que é simbolizado pelos “cavalos”?
42 Nada se diz a respeito dos cavaleiros, exceto que tinham na frente couraças que sugeriam fogo, fumaça e enxofre capazes de causar uma destruição consumidora. A maior parte da descrição se refere aos cavalos montados por estes cavaleiros, e são estes cavalos que fazem a matança com as pragas que saem de sua boca e com as caudas semelhantes a serpentes. Portanto, aquelas “duas miríades de miríades” ou 200.000.000 de “cavalos” são os instrumentos pelos quais os quatro “anjos” soltos fazem a matança de “um terço dos homens”, os membros da cristandade. Visto que os cavalos são montados por cavaleiros, significa que têm orientação humana.
43. (a) O que mais é simbolizado por estes “cavalos” estranhos? (b) De que modo se proveram tais meios, a serem administrados por quem?
43 O que simbolizam, então, os duzentos milhões de cavalos? Simbolizam os instrumentos ou meios usados pelo restante ungido na proclamação do “dia de vingança da parte de nosso Deus”. Quais são estes meios? As Bíblias, compêndios bíblicos, folhetos, revistas e tratados que falam da ardente destruição total que vem sobre a cristandade hipócrita no dia da vingança de Deus, deixando também uma ferida, como de serpente, nos “homens” cuja susceptibilidade religiosa se feriu, mostrando que estão espiritualmente mortos. (Isa. 61:1, 2) Começaram a produzir-se enormes quantidades de publicações bíblicas, atualizadas. Para produzir tais simbólicos “cavalos” de modo independente de gráficas mundanas, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados montou as suas próprias oficinas gráficas e as ampliou com o passar do tempo. A distribuição de toda a literatura foi designada, não às livrarias comerciais, mas ao restante ungido.
44. Proveram-se os 200.000.000 de “cavalos” simbólicos? E que orientação humana se proveu para eles?
44 Desde o estabelecimento de sua primeira pequena gráfica, em 1920, a Sociedade Torre de Vigia, por meio de suas instalações maiores para a impressão, construídas no ínterim, tem produzido e lançado muito mais de duzentos milhões de “cavalos” simbólicos. Os do restante ungido assumiram a responsabilidade por estes “cavalos”, sendo que os membros individuais distribuíram cada um centenas e milhares de exemplares de publicações bíblicas por irem de casa em casa. Cada “cavalo” simbólico foi assim humana e inteligentemente orientado e guiado. Especialmente desde o ano de 1935, juntou-se ao restante ungido a “grande multidão” de pessoas dedicadas e batizadas, nesta obra de distribuição de Bíblias, o que se mostrou um grande “ai” para um “terço dos homens”, o rebanho da cristandade.
“O TERCEIRO AI”
45. Que reação mundana ao “segundo ai” tornou apropriado que João anunciasse o “terceiro ai”?
45 Há dezenove séculos atrás, o apóstolo João viu que o “segundo ai” não desviou “os demais homens” do seu proceder pecaminoso, mundano. A aflição do “segundo ai” tampouco causou nestes dias modernos uma impressão tal sobre a humanidade, que desviasse quer a cristandade quer os demais homens do proceder que leva à destruição no dia da vingança de Deus. Eles se negam a fazer paz com Deus (Rev. 9:20) O apóstolo João viu a necessidade de um terceiro ai, para lidar com todos estes impenitentes. No momento certo, ele relatou: “O segundo ai já passou. Eis que o terceiro ai vem depressa.” (Rev. 11:14) Qual seria este terceiro ai? Seria visto depois de ser proclamado pelo sétimo anjo.
46. O que descreve João como seguindo-se imediatamente ao toque da sétima trombeta?
46 João escreve: “E o sétimo anjo tocou a sua trombeta. E houve vozes altas no céu, dizendo: ‘O reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.’ E as vinte e quatro pessoas mais maduras, sentadas nos seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre os seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: ‘Agradecemos-te, Jeová Deus, o Todo-poderoso, aquele que é e que era, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar. Mas, as nações ficaram furiosas, e veio teu próprio furor e o tempo designado para os mortos serem julgados, e para dar a recompensa aos teus escravos, os profetas, e aos santos e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e para arruinar os que arruínam a terra.’” — Rev. 11:15-18.
47. (a) O que se vê assim como sendo o “terceiro ai”? (b) Quando assumiu o Senhor Deus o seu poder e começou a reinar, e como?
47 O que se vê aqui como sendo o “terceiro ai”? É o “reino de nosso Senhor e do seu Cristo”. É o reinado conjunto do Senhor Deus Jeová e do seu Messias ou Cristo. É o reino messiânico de Deus sobre todo o mundo da humanidade. Jeová Deus, o Todo-poderoso, assumiu ele próprio o seu grande poder e começou a reinar, e isso de direito, porque toda a terra lhe pertence e ele fez tanto a ela como os seus habitantes. Ele esperou que terminasse, no ano de 1914 E. C., a concessão de regência que permitira às nações não-judaicas ou gentias. Naquele tempo, as nações gentias negaram-se a reconhecer o fim dos “tempos dos gentios” e negaram-se a empossar o Messias ou Cristo de Jeová como rei sobre si. Deixou Jeová Deus a decisão quanto aos assuntos da terra entregue às nações gentias? Não, mas ele, na sua onipotência, assumiu o seu grande poder e o exerceu. Como? Por entronizar seu próprio Filho, Jesus, como o Messias ou Cristo, nos céus. Por meio deste golpe de estado estabeleceu seu reino messiânico. — Luc. 21:24.
48. (a) Que perguntas se suscitam quanto a se este reino messiânico é um “ai”? (b) De que modo mostraram as nações terrestres serem inimigos da paz com Deus?
48 De que modo, porém, é o reino messiânico de Deus um “ai”, o ai mais sério? Não se destina este reino a abençoar todo o mundo da humanidade? Não fazem os seguidores de Cristo a oração que ele lhes ensinou: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra”? (Mat. 6:9, 10) Sim, tudo isto é verdade. Mas, no fim dos Tempos dos Gentios, em 1914, as nações mundanas não viram seus regentes imitar o proceder das “vinte e quatro pessoas mais maduras, sentadas diante de Deus”. Os reis do mundo não se lançaram de seus tronos, prostrando-se e adorando a Deus, dizendo: “Agradecemos-te, Jeová Deus, o Todo-poderoso, aquele que é e que era, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar.” (Rev. 11:16, 17) Ao contrário: “as nações ficaram furiosas”, e expressaram o seu furor por perseguirem os ungidos “embaixadores, substituindo a Cristo”, que pregavam as boas novas do reino messiânico de Deus. Estas nações, por estarem furiosas para com o reino messiânico de Deus, provaram que eram inimigas da paz com Deus.
49. (a) Portanto, o que tem de tornar-se o reino messiânico de Deus para as nações? (b) Já por que proceder merecem as nações ser arruinadas?
49 Nesta base, o “reino de nosso Senhor e do seu Cristo” tinha de tornar-se um Ai para as nações. O furor de Deus tinha de vir sobre as nações hostis. São elas as que realmente “arruínam a terra”. Arruínam a terra literal em sentido bem real, pelo modo em que exploram a terra e a tornam inabitável para a humanidade, ameaçando arruiná-la ainda mais com a sua guerra nuclear, bacteriológica e radiológica num terceiro conflito mundial. Só por esta obra ruinosa já merecem ser elas mesmas arruinadas, mesmo que o Deus Todo-poderoso não tome em conta a sua perseguição furiosa dos embaixadores ungidos do seu reino messiânico.
50. Qual será o grande clímax deste “terceiro ai” sobre as nações?
50 Que as nações arruinadoras não se enganem nisso: Terão de prestar contas a Jeová Deus, o Todo-poderoso, contra quem se enfureceram por ele assumir o “reino do mundo”. Ele as arruinará na guerra de todas as guerras, a saber, na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. (Rev. 16:14-16) Este será o grandioso clímax deste terceiro e último ai. O reino de Deus, por seu Messias, é o seu meio de infligir este ai às nações furiosas. Depois disso não se precisará de outro ai.
51. (a) Para quem será este reino messiânico uma alegria? (b) Por que não poderão as nações acusar a Deus de não lhes ter dado advertência e aviso antecipados?
51 Aquilo que para as nações mundanas e seu regente e deus invisível, Satanás, o Diabo, é um ai, será ilimitada alegria para todos, no céu e na terra, que agradecem a Jeová Deus, o Todo-poderoso, que ele assumiu o seu grande poder, no fim dos Tempos dos Gentios, em 1914, e começou a reinar para sempre, por meio de seu Messias, que então foi entronizado. É a respeito de este Reino assumir o aspecto de um ai calamitoso para as nações furiosas, arruinadoras, no Har-Magedon, que estes gratos oram na oração que Jesus Cristo ensinou: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino.” (Mat. 6:9, 10) As nações foram avisadas. Não se pode acusar a Deus de não ter sido justo, por não as avisar e advertir de antemão. Seus sete anjos celestiais tocaram as suas trombetas neste “tempo do fim”. Os eventos anunciados e introduzidos por estes toques de trombeta ocorreram em cumprimento das coisas vistas na visão pelo apóstolo João, há quase dezenove séculos. O efeito destas coisas atingirá em breve seu auge, no “dia de vingança da parte de nosso Deus” sobre todos os inimigos da paz com Deus.
52. (a) Quando virá o tempo devido para a profecia se cumprir concernente a Deus: “Veio teu próprio furor”? (b) Como trará Deus assim paz a terra e em harmonia com o desejo sincero de quem?
52 Quando este dia vier, as nações expressarão o seu furor até o limite. Então será o tempo apropriado para Jeová Deus, que foi muito paciente, dar-lhes a sua recompensa. Conforme o expressa Revelação 11:18: “Veio teu próprio furor.” Ele não refreará para sempre o seu furor, mas o expressará no seu tempo devido contra todas as nações que desafiam o seu direito ao reinado do mundo. Desde o fim dos Tempos dos Gentios, em 1914, tais nações são meros intrusos na terra. Desde então, Jeová Deus, o Rei legítimo, tem o direito legal de expulsá-las. Terá então chegado seu tempo para fazer isso. Fazer ele isso em furor significará a destruição delas. É somente por aniquilar estes inimigos da paz com Deus que ele introduzirá a paz nesta terra, paz duradoura, desejada tão ardentemente pelos que se reconciliaram com Deus. Somente os amantes da paz, que se reconciliaram com Ele por meio de seu Messias ou Cristo serão poupados vivos através daquele tempo de ai catastrófico para as nações furiosas.
53. (a) Portanto, com quem iniciará Deus o novo sistema pacífico de coisas? (b) Como se lidará com os maiores perturbadores da paz, e o que fará então toda a criação terrestre?
53 O furor de Deus não se dirige contra os que procuraram pacificamente a reconciliação com ele. Estes reconciliados serão os súditos terrestres com os quais ele dará início ao seu pacífico novo sistema de coisas para toda a humanidade remida. Satanás, o Diabo, e seus demônios, os maiores perturbadores da paz, serão presos com cadeias no abismo de isolamento e restrição, completamente fechado, não constituindo mais “céus” iníquos sobre o mundo da humanidade. Quem regerá serão os “novos céus” do reino de Deus por seu Messias. Toda a criação terrestre, não mais sendo arruinada ou poluída, regozijar-se-á em paz e amor fraternal, e dará louvor e agradecimentos a Deus.
[Ao terminar este discurso “Tribulações Finais dos Inimigos da Paz com Deus”, nas Assembléias “Paz na Terra” das Testemunhas de Jeová, de 1969/70, apresentou-se à assistência a seguinte Declaração para ser adotada:]
[Foto na página 394]
As proclamações da verdade celestial da Palavra de Deus têm sido como “saraiva e fogo”, destruindo o disfarce de cristianismo usado pelos clérigos semelhantes a árvores e pelos leigos semelhantes à vegetação.
[Foto na página 396]
A questão do comunismo ateu foi lançada no mar da humanidade agitada semelhante a um monte ardente, com efeito mortífero.
[Foto na página 400]
Os gafanhotos simbólicos, parecidos a cavalos com aguilhões como de escorpiões, são os do restante da Israel espiritual, que transmitem a mensagem de julgamento de Deus, a qual causa tormento a todos os falsos cristãos.
[Foto na página 403]
As miríades de cavalos de cabeça de leão, soprando fogo, são “cavalos” simbólicos da publicidade do Reino — a literatura bíblica usada na proclamação da mensagem de julgamento de Deus.