O nome de Jeová deve ser declarado em toda a terra
“Meu nome será grande entre as nações desde o nascente do sol até o seu poente.” — Mal. 1:11.
1. Que situação global exige que o nome de Jeová seja engrandecido?
HÁ NECESSIDADE urgente de se incutir o nome de Deus na mente de todas as nações dos homens. Hoje em dia, apenas uma pequena minoria da população da terra reconhece o nome JEOVÁ e adora o Deus que o leva. (Sal. 83:18) A grande maioria tirou Deus da mente, ou no melhor dos casos, apenas o adora pro forma. Dando rédeas largas às suas próprias paixões e envolvendo-se em objetivos egoístas, não se importam mais de pensar num Deus que representa a verdade, o amor e a justiça. Trocaram-no por suas próprias fantasias pueris, por deuses que se ajustam às suas próprias idéias humanas, deuses inúteis, que manifestam ter as mesmas características imperfeitas que seus criadores.
2. Em que sentido foi Deus esquecido pelas nações?
2 Mesmo os chamados sábios desta geração, os teólogos, os filósofos, os psicólogos e os cientistas, acham que a verdade pura do Livro sagrado de Deus, a Bíblia, está abaixo da dignidade deles, é infantil demais para ser crida e sua norma de moral é restritiva demais para os objetivos e a conduta deles. Em vez disso, adoram a si mesmos. Acham que o homem é o grande inventor, o civilizador, aquele por meio de quem terá de vir todo o futuro progresso e bênçãos. As nações deveras se esqueceram de Deus, e em breve terão de encarar a calamidade predita. — Sal. 50:22.
3. Em que termos descreveu o apóstolo Paulo com exatidão a condição atual entre as nações?
3 Paulo, apóstolo de Cristo, foi inspirado pelo espírito de Deus para descrever a situação que se criou em todas as nações: “Aquilo que se pode saber sobre Deus é manifesto entre eles, porque Deus lho manifestou. Pois as suas qualidades invisíveis são claramente vistas desde a criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas, mesmo seu sempiterno poder e Divindade, de modo que eles são inescusáveis; porque, embora conhecessem a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe agradeceram, mas tornaram-se inanes nos seus raciocínios e o seu coração ininteligente ficou obscurecido. Embora asseverassem ser sábios, tornaram-se tolos e transformaram a glória do Deus incorrutível em algo semelhante à imagem do homem corrutível, e de aves, e de quadrúpedes, e de bichos rastejantes.” — Rom. 1:19-23.
4, 5. Como se entregam as nações hoje à adoração de homens corrutíveis e de criaturas inferiores?
4 Fazem as nações atuais realmente tais coisas, apesar de todo o seu progresso moderno? Veja como em cada nação se faz a tentativa de induzir todos os cidadãos a reconhecer o estado como supremo. E lembre-se de que cada uma destas regências nacionais é obra de criaturas imperfeitas e egoístas, e se sabe muito bem que pode ser corrompida. Cada uma tem o seu próprio emblema nacional, esta um leão, aquela uma águia, ainda outra, um dragão ou uma serpente. Requer-se de todos os cidadãos prestar homenagem e dar obediência incondicional ao estado, simbolizado por um animal e dirigido por homens pecadores, como se fosse a derradeira autoridade.
5 Ficou esquecido que Jeová Deus, o Criador do sol e da lua, a Fonte de todo o ar e de toda a água puros que continuamente revitalizam a terra inteira, é o derradeiro “Governante no reino da humanidade”. (Dan. 4:25) Em vez disso, transforma-se homens imperfeitos em heróis e benfeitores, e dá-se-lhes louvor e expressões de gratidão, omitindo os que se devem corretamente a Jeová.
6. Quais são as evidências de que os professos sábios do mundo se tornaram tolos?
6 Em harmonia com as palavras citadas do apóstolo Paulo, não é evidente que os sábios nas coisas do mundo tornaram-se inanes? Quão inane e tolo é declarar que “Deus está morto”, conforme alguns deles fazem! Ou afirmar que o homem e sua moradia terrestre não têm criador, mas vieram a existir pela operação interligada de forças cegas e ininteligentes! Quão insensato é afirmar que o homem é dono do seu próprio destino, quando até mesmo uma ligeira mudança de tempo pode lançar em confusão os melhores planos deles!
7. Que aviso deu Jeová de que enfrentaria e cuidaria positivamente desta situação?
7 “Aquele que desde o princípio conta o final”, da sua parte, previu estes acontecimentos globais e declarou que enfrentaria a situação de modo positivo, que magnificaria o seu próprio grande Nome e daria alegria e paz aos que amassem o seu Nome. Como forte evidência de sua presciência, ele fez que se escrevesse na Bíblia o registro dos seus tratos com o poderoso império dos faraós, de há 3.500 anos, e daí assegurou que este mesmo registro retratava história futura. — Isa. 46:10.
EGITO “EM SENTIDO ESPIRITUAL”
8, 9. Descreva algumas particularidades notáveis do Egito e dos seus governantes, e a impressão geral tida pelos que viviam no tempo dos faraós.
8 O antigo Egito tinha seu deus-regente, que era apenas homem, descendente do pecador Adão. Seu império havia acumulado durante os séculos uma quantidade tão enorme de sabedoria humana, que se diz que os gregos obtiveram a maior parte de sua erudição desta fonte. Em sentido militar, o Egito era por muito tempo famoso e respeitado pelo seu poderoso exército de cavaleiros e carros. Suas grandes obras públicas se destinavam a aumentar a imagem do estado. Incluíam enormes túmulos, um sistema complexo de canais e templos elevados de religião.
9 O clima em que o povo de faraó vivia era peculiar. Quase não se conhecia a chuva. O sol e a lua brilhavam no céu sem nuvens. O rio Nilo, constantemente alimentado pelas chuvas pesadas da África Central, inundava regularmente o país, sendo que seus ricos depósitos sedimentares produziam grandes safras. Esta particularidade da vida no Egito induziu certo historiador a falar do “aspecto de imensidade calma” do Egito, do seu “caráter de fixidez serena”. Parecia que o Egito duraria para sempre, que nada poderia mudar.
10. O que compreendem os estudantes da Bíblia em vista de textos tais como Romanos 15:4 e Revelação 11:8?
10 Não pode haver dúvida de que o Egito retratava algo maior a vir no futuro, pois o apóstolo Paulo escreveu: “Todas as coisas escritas outrora [nas Escrituras] foram escritas para a nossa instrução.” (Rom. 15:4) Há também alusões peculiares feitas pelo apóstolo João à “grande cidade que em sentido espiritual se chama Sodoma e Egito, onde também o [nosso] Senhor foi pendurado numa estaca”. (Rev. 11:8) O contexto mostra que tal Egito “em sentido espiritual” é o centro da atenção de “povos, e tribos, e línguas, e nações”, de uma conglomeração internacional de povos.
11. Por que podem ser corretamente classificados juntos o Egito, Sodoma e a Judéia sem fé?
11 O Egito, Sodoma e a terra da Judéia (onde Cristo Jesus foi realmente pendurado numa estaca) tinham todos algo em comum com o atual sistema internacional de coisas conhecido como cristandade.a Haviam-se esquecido de Deus. Não tanto por falta de memória, mas por estarem ansiosos de eliminá-lo da mente. Preferiam antes esquecer-se do Deus que havia promulgado uma norma universal de justiça, pois assim não lhes doía a consciência, lembrando-lhes continuamente a plena prestação de contas que Deus diz que exigirá de todos os malfeitores. Querem fazer o que bem entendem, decidir por si mesmos o que é bom e o que é mau. Por meio de seu proceder de desprezo dizem, assim como faraó fez: “Quem é Jeová”? — Êxo. 5:2.
12. Então, o que foi prefigurado pelo Egito e seu governante, e que atitude similar se vê em sombra e na realidade moderna?
12 Portanto, o Egito “em sentido espiritual” é uma organização religiosa de criaturas egoístas que passaram a estar completamente sob o poder do “deus deste [atual] sistema [iníquo] de coisas”, o Faraó maior, Satanás, o Diabo. (2 Cor. 4:4) No decorrer dos séculos, este deus falso estabeleceu diversos sistemas religiosos, cada um destinado a incutir nos seus devotos a crença na permanência de suas instituições religiosas e políticas. Apesar dos fatos da história, o Egito “em sentido espiritual”, ou a cristandade, ainda engana seus povos submissos a crer que nada jamais mudará, que “todas as coisas estão continuando exatamente como desde o princípio da criação”. — 2 Ped. 3:4.
13. Que garantia confortadora fornece Jeová quanto aos que desconsideram o seu nome e sua soberania?
13 O grande Criador realmente não é prejudicado por todo este sistema religioso o desconsiderar e excluir seu nome da mente. Ele poderia simplesmente não fazer caso de tudo isso e deixar os homens e as nações prosseguir no seu rumo à destruição. Todavia, por causa dos que amam o seu nome e que anseiam a verdade e a justiça, Deus se propôs misericordiosamente fazer valer seu poder no cenário mundial, criando assim um nome para si mesmo diante de todas as nações. (2 Ped. 2:7, 8; Eze. 9:4) Governantes e governados ‘terão de saber que ele é Jeová’. — Eze. 38:23.
OUTRAS CORRELAÇÕES NOTÁVEIS
14, 15. Que correlação notável se nota na comparação entre o antigo Egito e a atual organização religiosa de Satanás?
14 Os faraós do antigo Egito chamavam a si mesmos de “Filho do sol”, ou dador de luz e dador de vida para todos os povos submissos. Os mortais comuns não se atreviam a se erguer e a olhar o faraó na face. Antes, sob pena de morte, tinham de desviar o olhar e prostrar-se no solo, quando ele passava. A palavra dele, justa ou injusta, podia condenar qualquer cidadão que apenas lhe desagradasse.
15 Do mesmo modo, o “deus deste sistema de coisas” é quem “persiste em transformar-se em anjo de luz”. (2 Cor. 11:14) Seus sistemas religiosos, inclusive os da cristandade dividida, promovem o elemento misterioso e empanam a mente dos adoradores para que não discirnam sua origem como mera criatura espiritual que se rebelou contra a supremacia legítima do seu Criador.
16, 17. Que aplicação em escala muito maior encontra a afirmação de faraó de ter criado o rio Nilo e de ser dono dele?
16 Deus fez que seu profeta Ezequiel revelasse a atitude do orgulhoso faraó e registrasse esta expressão daquele autocrata: “Meu rio Nilo é meu, e eu é que o fiz para mim mesmo.” (Eze. 29:3) Assim também “o governante deste mundo” iníquo, Satanás, o Diabo, sempre reivindicou a raça humana como sua propriedade, desde que enganou Eva e levou Adão à rebelião contra Deus. (João 12:31) Representar assim a humanidade decaída com o símbolo das águas do Nilo harmoniza-se bem com os simbolismos bíblicos, pois o apóstolo João, sob a inspiração do espírito de Deus, foi induzido a transmitir a seguinte explicação angélica de uma de suas visões: “As águas que viste . . . significam povos, e multidões, e nações, e línguas.” — Rev. 17:15.
17 Sim, Satanás reivindica para si os reinos e os impérios da humanidade, e estes certamente refletem o espírito e a atitude dele. Jesus, quando foi tentado no ermo, não contradisse o Diabo quando este deu a entender que tinha o direito de transferir a regência sobre os homens pecadores a qualquer um que cumprisse os requisitos dele. Além disso, a Bíblia indica que a fonte do poder governante e da autoridade nos reinos dos homens, hoje em dia, é o grande Dragão — que não é outro senão o próprio Satanás. — Rev. 13:2.
18. O que indica a dependência do Egito de carros e cavaleiros para a sua segurança?
18 Assim como o faraó dependia de sua força militar para manter seu poder e sua posição, assim também no Egito “em sentido espiritual” (ou na cristandade), prontidão militar tem destaque, tendo até mesmo precedência às necessidades urgentes dos povos quanto a alimento e roupa. Até mesmo a organização chamada Nações Unidas não oferece garantia de paz e segurança, pois as nações mais pequenas e mais novas, hoje, tornam-se logo fregueses na adquisição de armamento militar para os quais realmente não têm meios — armas, aviões, mísseis e assim por diante.
PROPÓSITO IMUTÁVEL DE DEUS
19. O que garantem os tratos de Jeová lá naquele tempo, nas margens do Nilo?
19 Que o Egito “em sentido espiritual”, quer dizer, este maior dos sistemas religiosos, a cristandade, deve ser exposto ao holofote impiedoso da verdade divina e revelado como não sendo melhor do que o antigo Egito dos faraós é assegurado pelos tratos da Deus lá naquele tempo, nas margens do Nilo. Antes de nascer a progênie do patriarca Abraão, Jeová dirigiu estas palavras significativas ao patriarca fiel: “Sabe com certeza que o teu descendente se tornará residente forasteiro numa terra que não é sua; e eles terão de servir-lhes, e estes certamente os atribularão por quatrocentos anos. Mas eu estou julgando a nação à qual servirão, e depois sairão com muitos bens.” — Gên. 15:13, 14.
20. Tratava-se de uma determinação repentina de Jeová, de lidar com a terra do Egito e seu governante, e de julgá-los?
20 Mais tarde, Jeová disse a Moisés, o libertador que havia enviado para conduzir a descendência de Abraão para fora do Egito: “Eu é que bem sei que o rei do Egito não vos dará permissão para ir, exceto por mão forte. E terei de estender a minha mão e golpear o Egito com todos os meus atos maravilhosos que farei no meio dele; e depois ele vos mandará sair.” (Êxo. 3:19, 20) Assim o propósito de Jeová quanto ao Egito foi estabelecido com muita antecedência. Ele ia engrandecer seu próprio nome no Egito e em todos os territórios submissos.
21. De que nos deve convencer isto hoje?
21 Isto nos devia convencer da inevitável exposição e queda que sobrevirá ao Egito “em sentido espiritual”, à cristandade, junto com todos os seus associados mundanos. Sim, a Bíblia dá aos estudantes reverentes de suas páginas a expectativa de uma grande campanha de exposição, que tornaria flagrante a própria condição imunda, doentia e moribunda do mundo de Satanás, especialmente da cristandade. De fato, toda a evidência indica que tal campanha já perturba agora os governantes e os homens principais de todas as nações.
ALGUÉM MAIOR DO QUE MOISÉS
22, 23. Delineie a história de Moisés como profeta enviado por Deus a faraó como mediador a favor da posteridade de Abraão.
22 Moisés foi o homem a quem Jeová escolheu para precipitar a grande crise nos assuntos egípcios. Seu nome significa “tirado”, e isto nos faz lembrar de que Moisés, graças à supervisão dos eventos por Jeová, foi tirado das águas do Nilo, que se deviam tornar seu túmulo. (Êxo. 1:22) Ele foi criado na corte de faraó e educado em toda a sabedoria do Egito. A direção adicional de Deus pode ser vista nos eventos que mais tarde levaram Moisés ao país midianita, para ali cuidar de rebanhos, enquanto, sem dúvida, prezava e recapitulava as promessas que Jeová fizera ao seu antepassado Abraão. — Êxo. 2:10; 3:1; Atos 7:22, 30.
23 Moisés serviu fielmente como mediador. Ele não só estava em completa harmonia com os justos requisitos de Jeová para com seu povo, mas tinha também compaixão pelos companheiros israelitas, por causa de seu pecado inato. Gastou-se a seu favor, às vezes oferecendo de bom grado a sua própria vida em troca da deles. De fato, o cordeiro morto na noite da Páscoa pode muito bem ser considerado como substituto de Moisés que neste sentido representativo foi oferecido pelos pecados do povo — arranjo que lhe permitiu viver e executar o programa de libertação para o qual Deus o havia ungido. Pouco antes de completar a sua tarefa designada, Moisés foi inspirado a profetizar a respeito de um profeta futuro, semelhante a si mesmo, alguém com autoridade muito maior. (Deu. 18:18, 19) O apóstolo Pedro identificou mais tarde aquele Grande Profeta, semelhante a Moisés, como sendo Cristo Jesus. — Atos 3:19-26.
24, 25. Que correlações notáveis podemos observar no relato a respeito de Cristo Jesus?
24 É emocionante dar-se conta de que Jesus, pelas circunstâncias de seu nascimento humano, semelhante ao menino Moisés, esteve em perigo de vida, às mãos do Rei Herodes, e foi salvo da morte pela intervenção de seu Pai celestial. (Mat. 2:1-18) Visto que a gravidez de Maria não se devia a um homem imperfeito, seu filho era “santo, Filho de Deus”. (Luc. 1:35) A Ele foram concedidas pelo espírito santo de Deus todas as riquezas da sabedoria e do conhecimento, inclusive profunda perspicácia quanto à verdadeira condição da humanidade decaída. — Col. 2:1-3.
25 Cristo Jesus, o Maior do que Moisés, serviu também como pastor excelente, guardião do rebanho de Deus, constituído de humanos semelhantes a ovelhas. (João 10:11; Eze. 34:31) Ele também se gastou a favor do seu rebanho, e no tempo devido se ofereceu como perfeito “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (João 1:29) No terceiro dia, Jeová o ressuscitou da morte como poderoso espírito e o assentou à sua própria mão direita no céu. — Atos 2:32, 33.
26. Tornar-se Arão porta-voz de Moisés indica que fato no cumprimento moderno?
26 No caso de Moisés, Jeová deu-lhe um porta-voz. Sim, Arão, o próprio irmão carnal dele, foi feito porta-voz de Moisés. (Êxo. 7:1, 2) Cristo Jesus, o Moisés Maior, também recebeu um porta-voz terrestre, a bem dizer, alguém convenientemente disponível na terra, em vista da ascensão de Cristo Jesus à mão direita de Deus. Este porta-voz é uma congregação de seus seguidores ungidos pelo espírito, cada um dos quais tem com ele a relação de irmão espiritual. — Heb. 2:11, 12.
27. Como vemos assim o cenário pronto para a declaração do nome de Jeová hoje em dia?
27 Pode compreender tudo isso agora? Moisés e Arão receberam do Deus Altíssimo, Jeová, a vara da autoridade! Hoje em dia, porém, são Cristo no seu trono, desde o ano de 1914 E. C., e seus seguidores ungidos na terra, em conjunto, que receberam poderes pelo espírito santo da parte de Deus para realizarem serviço a favor do nome de Jeová. O nome de Deus precisa receber destaque, e, apesar de toda a oposição, visível e invisível, precisa ser magnificado perante todas as nações.
ELEMENTO NOVO NOS ASSUNTOS MUNDIAIS
28, 29. Como podemos compreender, no drama antigo e na aplicação moderna, por que Moisés e Arão não foram prontamente eliminados?
28 Talvez já se perguntou por que faraó, quando Moisés e Arão primeiro compareceram em nome de Jeová, não os mandou prender e encarcerar, ou mesmo matar. Jeová havia tomado providências contra tal contingência por fornecer imediatamente prova, perante toda a corte de faraó, de que Moisés era seu representante autorizado. Lembra-se de como “o bastão de Arão [convertido numa cobra grande] engoliu os bastões deles [também convertidos em cobras]”? (Êxo. 7:12) Faraó sabia que estava enfrentando um poder sobre-humano, embora ainda endurecesse o coração.
29 De modo similar, embora Satanás e seus asseclas quisessem silenciar e destruir os que trazem o aviso de Deus, suas testemunhas cristãs, e estivessem dispostos, para atingir tal fim, a trazer grande mal sobre todos os seus súditos escravizados, contudo, Satanás sabe que a mão protetora de Jeová está sobre o povo dele. E todo o mal que Satanás e seus subordinados podem causar a todos os povos não é nada comparado com o mal que Jeová pode pespegar. Por certo, quando Jeová ordenou ao Moisés Maior, Cristo Jesus, para ir ‘subjugar no meio dos seus inimigos’ no ano 1914 E. C., o Faraó Maior, bem como todos os seus cúmplices visíveis e invisíveis, sentiram a autoridade de Cristo e de suas hostes celestiais. Embora endurecessem o coração, dão-se conta de que o seu tempo é curto, antes de vir o ajuste de contas final. — Rev. 12:7-9, 12; Sal. 110:1, 2.
30. Que enorme calamidade enfrenta aquilo que é Egito “em sentido espiritual”?
30 Para Satanás e todos os do seu sistema de coisas, inclusive a cristandade, há outras más notícias, e nada senão más notícias. Todo o seu império está prestes a ser envolvido numa calamidade muito maior, que Jeová trará sobre todas as nações dentro e fora do Egito “em sentido espiritual”: “Eis que sai uma calamidade de nação em nação e suscitar-se-á até mesmo uma grande tormenta desde as partes mais remotas da terra. E os mortos por Jeová certamente virão a estar naquele dia de uma extremidade da terra até à outra extremidade da terra. Não serão lamentados, nem serão recolhidos ou enterrados. Tornar-se-ão como estrume sobre a superfície do solo.” — Jer. 25:32, 33.
31, 32. Segundo as Escrituras, quando, e somente então pode vir a devastação final do inteiro sistema de Satanás?
31 Mas primeiro, antes que aquela demonstração devastadora do poder de Jeová arruíne a cristandade e o resto do sistema de coisas de Satanás, o NOME do Regente Supremo deve ser declarado em toda a terra, deve ser tornado prominente. Não quando todos os inimigos já jazerem no pó, mas antes de sua execução bem merecida, Jeová precisa magnificar seu glorioso Nome e impressionar na consciência de todos aqueles rebeldes que eles estão lutando por uma causa perdida.
32 Portanto, não há dúvida sobre o que precisa ocorrer em cumprimento das palavras que Jeová ordenou que Moisés transmitisse ao faraó, em aviso solene: “Por esta razão te deixei em existência, para mostrar-te meu poder e para que meu nome seja declarado em toda a terra.” (Êxo. 9:16) De modo que o nome de Jeová tem de ser declarado, tanto a amigo como a inimigo, enquanto, ao mesmo tempo, as manifestações de seu poder se tornam progressivamente mais fortes, não só na cristandade, mas em todo o sistema de Satanás e entre os que se apegam a ele. A mente das pessoas, sua atitude, será moldada como que por um Grande Oleiro. Em vista da proclamação de aviso da parte de Deus, quem se apegará ao Egito “em sentido espiritual” e partilhará a sua ruína, e quem o abandonará, bem como toda a organização de Satanás, achando libertação junto com o povo espiritual, escolhido, de Jeová? — Rom. 9:21-23.
33. Que efeito tem hoje a atividade hodierna dos seguidores ungidos de Cristo e de seus companheiros e com que atitude devem os amantes da justiça encarar o resultado certo?
33 Lá naquele tempo antigo, Jeová Deus dirigiu um drama da vida real — um drama que precisa agora ser reencenado em escala global. Também hoje, Jeová dirige a classe moderna de Arão, os seguidores ungidos de Cristo na terra, dum modo que tem muito que ver com a formação do futuro de multidões, quer de salvação, quer de destruição. Ao observarmos os pormenores da realidade dos nossos dias, conforme se desenrola, exultemos na convicção de que em breve o glorioso nome de Deus, Jeová, “será grande entre as nações”. — Mal. 1:11.
[Nota(s) de rodapé]
a Veja a página 273, § 1, de “Cumprir-se-á, Então, o Mistério de Deus”, em inglês.
[Fotos na página 75]
O Egito era famoso pelo seu forte exército, seus enormes túmulos e grandes templos religiosos. O Egito é símbolo do mundo, do qual Satanás, o Diabo, é deus.