As nações vêm à casa de Jeová para orar
“Porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.” — Isa. 56:7, ALA.
1. Como deveria servir o templo em Jerusalém, em relação com a oração?
ALGUNS dias antes de ser pendurado numa estaca, em 33 E. C., Jesus Cristo expressou claramente que o templo real de Jeová, em Jerusalém, deveria servir como “casa de oração para todas as nações”. (Mar. 11:17) Sim, aquele templo típico deveria ter sido uma via de aproximação ao Deus Soberano e Vivo para muitos estrangeiros, bem como para os próprios israelitas. Assim, o privilégio da oração não se deveria limitar aos israelitas, unidos a Jeová pelo pacto da lei, mas o templo também era provisão para que dedicados residentes temporários e estrangeiros visitantes fossem ouvidos por Jeová Deus. De modo correto, então, Jesus acusou os judeus dos seus dias de terem comercializado o templo. Acusou-os pelas palavras: “Mas vós fazeis dela [do templo] um covil de salteadores.” (Mat. 21:13) Ao macularem o templo típico de Jeová, os judeus efetivamente desanimaram os povos estrangeiros e dedicados das nações de se aproximarem de Jeová por meio do seu templo ou “casa de oração”.
2. Como foi que Jeová veio a aceitar e confirmar o templo como “casa de oração”?
2 Mil anos antes dos dias de Jesus, na dedicação do santo templo de Jerusalém (1027 A. E. C.), o Rei Salomão dirigiu especial petição a Jeová Deus. Implorou a Jeová que reconhecesse oficialmente as orações que seriam feitas neste novo templo, tanto pelos israelitas como pelos não-israelitas. “Toda oração, e súplica, que qualquer homem, ou todo o teu povo Israel fizer, . . . ouve tu nos céus . . . Também ao estrangeiro, que não for do teu povo Israel, porém vier de terras remotas, por amor do teu nome (porque ouvirão do teu grande nome, e da tua mão poderosa e do teu braço estendido), e orar, voltado para esta casa, ouve tu nos céus, lugar da tua habitação, e faze tudo o que o estrangeiro te pedir, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo Israel, e para saberem que esta casa, que eu edifiquei, é chamada pelo teu nome.” (1 Reis 8:38, 39, 41-43, ALA) “Durante a noite o Senhor [Jeová] lhe apareceu: ‘Ouvi, disse ele, tua oração; escolhi este lugar para que seja o templo no qual me oferecerão sacrifícios. Doravante meus olhos estarão abertos e meus ouvidos atentos às preces feitas neste lugar.”‘ (2 Crô. 7:12, 15, CBC) Assim, Jeová Deus confirmou que ouviria oficialmente as orações por este meio e, assim, o templo de Jerusalém veio a ser conhecido como “casa de oração”.
O TEMPLO ESPIRITUAL NOVO E DURADOURO
3. Descrevam o templo novo e espiritual. Foi padronizado segundo o quê? Desde quando tem estado em construção?
3 Mas, esta “casa de oração” em Jerusalém veio a ser apenas um tipo ou projeto dum templo espiritual muito mais grandioso, novo e duradouro, provido por Jeová qual meio de ele ouvir orações. Fiel à profecia de Jesus (Mat. 24:1, 2), o último templo literal de Jerusalém foi destruído para sempre pelos romanos em 70 E. C. Trinta e sete anos antes da destruição deste templo de pedras maciças, deu-se início à construção do templo novo e espiritual, a partir de 33 E. C. Ao passo que era padronizado segundo o templo típico, quanto a certas modalidades, todavia, o templo novo e espiritual era construído de “pedras viventes”, tendo a Jesus Cristo como a pedra “de alicerce”. (Heb. 9:8, 9) Falando aos ungidos, ou aos cristãos de seus dias, Paulo escreve: “Cada casa, naturalmente, é construída por alguém, mas quem construiu todas as coisas é Deus. E Moisés, como assistente, foi fiel em toda a casa Daquele, como testemunho das coisas de que se havia de falar depois, mas Cristo foi fiel como Filho sobre a casa Daquele. Nós somos a casa Daquele.” (Heb. 3:4-6) Pedro ainda acrescenta: “Chegando-vos a ele, como a uma pedra vivente, rejeitada, é verdade, pelos homens, mas escolhida e preciosa para Deus, vós mesmos também, como pedras viventes, estais sendo edificados como casa espiritual, tendo por objetivo um sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus, por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está contido na Escritura:‘Eis que ponho em Sião uma pedra escolhida, uma pedra angular de alicerce, preciosa; e ninguém que nela exercer fé de modo algum ficará desapontado.” (1 Ped. 2:4-6) Por fim, na Revelação, João mostra que o número completo dos escolhidos ou “selados” para tal nova organização do templo, chega a 144.000 membros, além de Jesus Cristo. — Rev. 7:4, 15.
AS ORAÇÕES, COMO INCENSO FUMEGANTE, SOBEM ATÉ JEOVÁ
4. Quando e por que razão foi usado incenso em relação ao templo literal?
4 Uma das modalidades do tabernáculo típico e dos templos representativos que o sucederam, foi a de os sacerdotes se aproximarem dele por meio de incenso. A lei mosaica exigia que se queimasse incenso perfumado sobre o altar de incenso, no lugar santo do santuário, duas vezes por dia, ou sempre que alguma aproximação oficial fosse feita perante Jeová. “Aarão queimará sobre o altar incenso aromático cada manhã, quando preparar suas lâmpadas; queimá-lo-á também ao cair da tarde, quando acender as lâmpadas. Haverá desse modo incenso diante do Senhor [Jeová] perpetuamente nas gerações futuras.” (Êxo. 30:7, 8, CBC) Por lei, apenas os sacerdotes podiam oferecer esta fumaça, que ascendia em espiral, de custoso incenso aromático. Este servia qual evidência de que os sacerdotes prestavam homenagem e louvor, inspirados pelo temor, ao virem ministrar diante do Deus Vivo, a Soberana Majestade do universo. (Êxo. 30:36, 37) No Dia da Expiação, o sumo sacerdote tinha que preparar primeiro a sua entrada no Santíssimo do santuário por apresentar uma “nuvem de incenso” perante o trono típico de Jeová, a cobertura da arca, do testemunho, “para que não morra”. — Lev. 16:12, 13, ALA.
5. Como é que as orações subiam como o incenso, e o que dizer sobre a sua preparação?
5 Ao passo que os sacerdotes apresentavam o incenso que diariamente subia dentro do santuário, os adoradores não-sacerdotais de Jeová, que se reuniam do lado de fora do templo, no seu átrio, ofereciam ao mesmo tempo orações que se deviam elevar até Jeová para que as ouvisse. “Ora, atuando ele [Zacarias, pai de João, o Batista] perante Deus como sacerdote na designação de sua divisão, segundo a prática solene do cargo sacerdotal, chegou a sua vez para oferecer incenso ao entrar no santuário de Jeová; e toda a multidão do povo orava do lado de fora, na hora de se oferecer incenso.” (Luc. 1:8-10) Tais orações feitas por estes adoradores no templo devem ter evitado as vãs repetições, e, portanto, devem ter sido cuidadosamente preparadas, assim como a queima de incenso tinha sido cuidadosamente preparada com custosos ingredientes. (Êxo. 30:34-38) Neste respeito, está escrito: “Que a minha oração seja preparada como incenso diante de ti.” — Sal. 141:2.
6, 7. (a) Em relação com o templo espiritual, como é que o incenso está associado com a oração? (b) Qual é a via de aproximação para os que oram atualmente?
6 O apóstolo João, em Revelação, mostra que o “incenso” está associado com orações também em relação com o templo novo e espiritual de Jeová, com seu Santíssimo no céu: “E chegou outro anjo e parou junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dada uma grande quantidade de incenso para oferecer, junto com as orações de todos os santos, no altar de ouro que estava diante do trono. E a fumaça do incenso ascendeu da mão do anjo com as orações dos santos perante Deus.” (Rev. 8:3, 4) Visto que Jesus Cristo é a principal “pedra vivente” deste novo templo, ele é a única via de aproximação a Jeová e todas as orações têm agora de subir mediante ele. (João 10:9; 14:6; 16:23) Atualmente, Jeová está no seu santo templo de ungidos, e para os que se aproximam dele de forma correta, ele ouve e responde as suas orações. Portanto, nestes dias, as orações do povo de Jeová sobem continuamente até Jeová, junto com a ‘fumaça do incenso da mão do anjo’.
7 Paulo confirma o que constitui a aproximação correta a Deus e o que é o templo em que Jeová habita pelo espírito, para receber as orações de seus adoradores: “Por intermédio dele [Jesus Cristo], nós, ambos os povos, temos a aproximação ao Pai, por um só espírito. . . . fostes edificados [os ungidos] sobre o alicerce dos apóstolos e profetas, ao passo que o próprio Cristo Jesus é a pedra angular de alicerce. Em união com ele, o edifício inteiro, sendo harmoniosamente conjuntado, desenvolve-se num templo santo para Jeová. Em união com ele, também vós estais sendo edificados juntamente como lugar para Deus habitar por espírito.” (Efé. 2:18, 20-22) Parte restante desse templo novo e espiritual ainda opera na terra, até os dias atuais. Tal restante dos ungidos serve como canal através do qual “grande multidão” de todas as nações presta a Jeová Deus “serviço sagrado, dia e noite, no seu templo”. — Rev. 7:9, 15.
ISAÍAS PREDIZ GRANDE FLUXO DE SERVIÇO SAGRADO
8. O que previu Isaías quanto à casa do templo de Jeová nestes últimos dias?
8 Para estes dias finais do iníquo mundo da humanidade de Satanás, o profeta Isaías predisse um fluxo mundial de adoradores que viriam a ter associação com a casa espiritual de Jeová, da qual muitos membros estão agora em pé sobre a Sião celeste. (Rev. 14:1) O restante ungido, que compõe a parte visível do templo de Jeová, é assim visto como tendo alta posição no favor de Jeová, desde o ano de 1919 (Rev. 11:12) e eleva a adoração de Jeová, colocando-a bem acima de todas as outras considerações na terra. Isto se dá conforme foi predito há muito: “No fim dos tempos acontecerá que o monte da casa do Senhor [Jeová] estará colocado no cume das montanhas, e dominará as colinas. Para aí acorrerão todas as gentes, e os povos virão em multidão: ‘Vinde, dirão eles, subamos à montanha do Senhor [Jeová], à casa do Deus de Jacó; ele nos ensinará seus caminhos, e nós trilharemos pelas suas veredas’; porque de Sião deve sair a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor [Jeová].” — Isa. 2:2, 3, CBC.
9. (a) O que mais é necessário para os que se aproximam de Jeová? (b) Como é que a pessoa se habilita a se aproximar da casa de oração de Jeová?
9 Toda a ampla multidão de adoradores, acima descrita, vem como pessoas dedicadas, bem instruídas nos requisitos teocráticos de Jeová. Não vêm com as mãos abanando, sem dádivas para seu amoroso Deus. Ao invés disso, vêm cheias de agradáveis ‘sacrifícios de louvor’, cheias de corretas declarações públicas que têm aprendido a fazer por meio dos ungidos de Jeová ainda na terra. (Heb. 13:15) Sim, estes “estrangeiros” das nações se têm ‘unido a Jeová’ por se dedicarem em associação com o restante ungido do Israel espiritual. (Zac. 8:23; Gál. 6:16) Todos estes da “grande multidão” das nações vêm também para fazer suas orações mediante o arranjo de templo de Jeová. A respeito disto, Isaías predisse mais: “Quanto aos estrangeiros que desejam unir-se ao Senhor [Jeová] para servi-lo e amar seu nome, para ser seus servos, . . . eu os conduzirei ao meu monte santo e os cumularei de alegria na minha casa de oração; seus . . . sacrifícios serão aceitos sobre meu altar. Pois minha casa chamar-se-á Casa de Orações para todos os povos.” (Isa. 56:6, 7, CBC) Na verdade, esta grande multidão de adoradores estrangeiros têm-se tornado, hoje em dia, ministros dedicados, batizados e ordenados de Jeová, e assim têm posição oficial reconhecida perante o trono celeste de Deus. (Rev. 7:15) Como os do restante ungido, estes estrangeiros que não são membros, que não são do novo pacto, consideram inestimável privilégio levar o nome ímpar de Jeová, como testemunhas de Jeová. — Jer. 31:31-34.
AS ORAÇÕES DE QUEM SERÃO RESPONDIDAS?
10. Dêem diversas evidências bíblicas quanto a quem deve esperar que suas orações sejam respondidas.
10 Jeová Deus é o grande “Escutador de oração” e faz arranjos de ‘cobrir as transgressões’ dos que ele escolhe e faz aproximarem-se dele. (Sal. 65:2-4) Presta atenção e responde às orações que são feitas corretamente a ele. (Sal. 66:19; 102:17; 1 Reis 18:37; 2 Crô. 33:13; Jer. 29:12, 13; Dan. 9:17, 18; Luc. 11:9, 10; 1 João 5:14, 15) Jeová não ouve aos iníquos, “mas atende à oração dos justos”. (Pro. 15:8, 29, CBC) ‘Os ouvidos’, de Jeová, ‘voltam-se para os pedidos de socorro dos justos’. (Sal. 34:15; 145:18, 19; Isa. 58:8, 9) “Sabemos que Deus não escuta pecadores, mas, se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, ele escuta a este.” (João 9:31) Antes que as pessoas das nações possam receber a atenção de Jeová, precisam começar a desviar-se do seu mau caminho anterior, se tornarem tementes a Deus e buscarem a paz de Jeová. Então Jeová começa a ouvir a tais pessoas, cujos corações se inclinam no sentido da dedicação ou que se estão ‘unindo a Jeová’. O apóstolo Pedro confirmou isto quando escreveu: “Porque os olhos de Jeová estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos às súplicas deles; mas o rosto de Jeová é contra os que fazem coisas más.” — 1 Ped. 3:12.
11, 12. (a) Como é que “estrangeiros” chegam a usufruir o privilégio de orar? (b) O que se demonstra no caso de Cornélio?
11 Para os “estrangeiros”, fora da associação ativa com o arranjo de templo de Jeová para a oração, a anotação ou “memória” é feita por Jeová das suas fervorosas orações, ao passo que procuram a correta aproximação a ele. No devido tempo, Jeová faz com que a mensagem bíblica, levada por um dos servos de Jeová, justamente reconhecido, alcance a tais buscadores estrangeiros, de modo que se associem ativamente com o arranjo de templo de Jeová para que todas as suas futuras orações sejam regularmente ouvidas. Assim, a via reconhecida para a oração se torna disponível a eles, daquele tempo em diante.
12 Tomem, por exemplo, o italiano Cornélio, oficial do exército. Embora vivesse em Cesaréia da Palestina, aparentemente não era dedicado e circuncidado prosélito judeu. Todavia, porque era “homem devoto e que temia a Deus, junto com toda a sua família”, suas orações feitas fora do arranjo do templo de Jeová ‘ascendiam como memória perante Deus’. (Atos 10:1-4) No devido tempo, Jeová, por meio dum anjo fez arranjos para que Pedro, uma das “pedras viventes” do templo novo e espiritual, pregasse a Cornélio, para que ele e sua família pudessem dedicar-se e batizar-se. (Atos 10:31, 44-48) Dali em diante, Cornélio, a quem ‘foi concedido o arrependimento’, tornou-se ativamente associado com o arranjo de templo de Jeová para que suas orações pudessem ser regularmente ouvidas para serem respondidas. Quando Pedro, mais tarde, relatou este incidente ao corpo governante em Jerusalém, “assentiram, e glorificaram a Deus, dizendo: ‘Pois bem, Deus tem concedido também a pessoas das nações o arrependimento com a vida por objetivo.” — Atos 11:18.
13, 14. (a) Que parte têm os anjos em reunir os adoradores estrangeiros? (b) Citem uma experiência dos dias atuais sobre este ajuntamento de adoradores.
13 Atualmente os anjos, ao passo que permanecem invisíveis, estão muito ativos em notar os corações inclinados para a justiça de pessoas semelhantes a ovelhas, as quais oferecem sinceras orações a Deus, pedindo ajuda. (Mat. 25:31-33) Com o tempo, Jeová faz com que os anjos dirijam os ministros visíveis de Deus, na terra, a entrarem em contato com tais buscadores da verdade, para que se lhes mostre como se tornarem justos, daí, dedicando-se a Deus e seguindo por esta trilha, por manterem feliz associação com o arranjo de templo de Jeová para serviço sagrado. Relata-se a seguir uma experiência dos dias atuais que tem sido repetida milhares de vezes, em todas as partes da terra, para comprovar o assunto.
14 Uma, senhora que é ministro das testemunhas de Jeová, na Califórnia, relata que lhe restavam apenas alguns minutos para completar seu programa de pregação de três horas, certo domingo. Estando um tanto cansada, ela se inclinava a voltar para casa, tencionando completar os poucos minutos que ainda precisava em outra ocasião. No entanto, o endereço vizinho de uma pessoa que não estava em casa, na sua primeira visita, continuava a lhe chegar à mente. Portanto, ela por fim sentiu-se compelida a fazer tal visita. Na visita, a senhora dona de casa foi encontrada em casa. A senhora manifestou grande interesse na Bíblia, tanto assim que ela desejou receber imediatamente um estudo bíblico domiciliar. Ao terminar este primeiro estudo bíblico domiciliar, a dona de casa contou ao ministro que na noite anterior ela orara a Deus que lhe ajudasse a entender a Bíblia. Ela estava então certa de que a sua oração fora respondida. Nos meses que seguiram, progrediu rapidamente em conhecimento dos propósitos de Jeová. Por fim, ela se dedicou e foi batizada e é agora, ela própria, ativa testemunha de Jeová, em feliz associação com a sociedade das testemunhas cristãs de Jeová. Como o dedicado Cornélio, ela agora goza plenamente do privilégio de orar a Jeová e pode esperar confiantemente ser ouvida com regularidade.
A NECESSIDADE DE ORAR
15, 16. (a) Por que é que as pessoas se dirigem à Bíblia em busca de conselho sobre a oração? (b) Quem demonstrou a nossa necessidade de orar, e sobre que assuntos?
15 A que melhor lugar pode a pessoa se dirigir em busca de conselho sobre a oração do que à Bíblia? A Bíblia é o maior dos compêndios sobre a oração. Contém registro de 159 orações nas Escrituras Hebraicas. Vinte das orações magistrais de Jesus acham-se registradas nos quatro Evangelhos. A oração, como assunto, é mencionada 98 vezes mais no restante das Escrituras Gregas Cristãs. Pelas muitas orações de Jesus, observamos a sua grande necessidade de manter comunicação com seu Pai, durante seu curso de vida terrestre. Está escrito: “Cristo, nos dias da sua carne, ofereceu súplicas e também petições àquele que era capaz de salvá-lo da morte, com fortes clamores e lágrimas, e ele foi ouvido favoravelmente pelo seu temor piedoso.” — Heb. 5:7.
16 Nós, também, temos necessidade constante de orar, como teve Jesus. Por experiência própria, Jesus vem a ser nosso instrutor magistral sobre a oração. Na oração modelar, destaca os assuntos corretos pelos quais orar, tais como, para que o nome de Deus seja santificado, para que venha o reino de Deus, para que a vontade de Deus seja feita na terra e, por fim, para as necessidades básicas da vida. (Mat. 6:9-13) Conforme prèviamente indicado, Jesus veio a ser e agora é a única via de aproximação ao Deus vivo por meio da oração. João escreve: “Jesus disse-lhe [a Tomé]: ‘Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.’” “Se pedirdes algo em meu nome, eu o farei.” — João 14:6, 14.
O QUE É A ORAÇÃO?
17. O que é a oração, e como opera tal arranjo?
17 A oração é realmente uma comunicação de via única com o verdadeiro Deus no céu. Não são necessárias linhas telefônicas ou ondas de rádio para estabelecer tais comunicações com Jeová, no céu. Desde o tempo antigo até o atual, Jeová tem tornado disponível um meio de transmissão muito mais eficaz do que o telefone ou o rádio. Esse meio disponível ao homem não é outro senão o espírito santo de Deus. Espírito santo não conhece limites de tempo ou espaço em captar as mensagens a serem transmitidas ao arranjo de recepção de Jeová. Tal recepção é mencionada na Bíblia como ‘os ouvidos que ouvem’ de Deus. (Sal. 18:6) Jeová não responde audivelmente na outra extremidade. Não há uma palestra de duas direções com Deus no arranjo da oração. Ao invés, Deus responde na forma de orientação espiritual e por conceder a realização eventual dos pedidos corretos que sejam feitos.
EXPRESSÕES APROPRIADAS
18. Dêem algumas expressões apropriadas para orações a Jeová.
18 Quais são algumas das expressões que o verdadeiro adorador pode usar em sua comunicação de direção única com Jeová? Primeiro, talvez expresse palavras de devoção, nas quais o seu coração se extravasa de correspondência de amor a Deus. (Sal. 18:1, 2) Daí, talvez use palavras de louvor, expressas por causa das muitas manifestações da grandeza e das obras de misericórdia de Deus. (Atos 4:24-30) A pessoa que ora talvez deseje proferir palavras de apreciação pelas muitas oportunidades e privilégios de serviço que chegam ao seu alcance. (2 Sam. 7:27) Expressões de gratidão sempre são apropriadas, ao se dar graças a Jeová pelo fluxo de bondades e dádivas que temos recebido. (Col. 1:3) Visto que todos nós somos imperfeitos e continuamente cometemos enganos, parece que sempre é apropriado pedir o perdão de Deus. (Luc. 11:4) Tal pedido indica a atitude arrependida da pessoa para que mereça mais misericórdia de Deus. (Luc. 18:11-13) Palavras de preocupação quanto ao bem-estar de nossos irmãos, e pedidos de bênçãos sobre a sua execução do serviço do Reino, são sempre apropriadas de expressar. (1 Tes. 5:25) Por fim, pedidos verbais podem ser apresentados das coisas corretas necessitadas. — Sal. 33:18, 19; Pro. 30:7-9; Mat. 6:11.
POSIÇÕES
19. O que dizer sobre a posição enquanto se ora?
19 Junto com o proferimento de estas diversas expressões, será que há quaisquer posições prescritas como necessárias para à oração? Em geral, é necessária alguma posição que permita a concentração. Há exemplos bíblicos e modernos de o povo de Jeová apresentar as suas orações em posição curvada, ou com os olhos erguidos para o alto, ou ajoelhado. (Nee. 8:6; João 11:41; Luc. 22:41; Dan. 6:10) Seja qual for a posição assumida, deve ser tal que habilite a pessoa a lançar fora todas as idéias que a distraiam. Por quê? Porque as idéias a serem expressas devem ser oferecidas com sinceridade, efetivamente e no espírito de amor a Deus. As palavras bem pensadas devem estar em harmonia com o espírito santo de Deus, visto que o espírito de Deus não pode agir contrário à vontade de Jeová. Ademais, as mensagens transmitidas devem concordar com a verdade bíblica. Ao fazer a oração correta, a pessoa deve sempre avaliar que “Deus é Espírito, e os que o adoram têm de adorá-lo com espírito e verdade”. — João 4:24.
O USO DO AMÉM
20, 21. (a) Por que se usa “amém” na oração? (b) O que se pode dizer sobre as testemunhas de Jeová no que toca à oração?
20 A oração da pessoa deve ter uma conclusão apropriada e adequada. O cristão não só conclui por mencionar o nome de Jesus, mas também termina a oração com um “amém”. Amém é uma palavra hebraica que essencialmente significa “certamente”. Amém indica, a certeza, que assim seja. Por usar o “amém”, a pessoa confirma que todas as expressões feitas na oração foram feitas com toda sinceridade. Nas orações congregacionais, os que ouvem a oração, podem também desejar expressar audivelmente um “amém”. — 1 Cor. 14:16.
21 As testemunhas de Jeová são atualmente um povo que ora. Sabem que precisam orar. Sabem como orar e obtêm resultados. As testemunhas de Jeová estão intimamente associadas com a “casa de oração” de Jeová. O artigo seguinte considerará algumas de suas notáveis experiências, atualmente, no campo da oração.
[Foto na página 169]
Salomão orando na dedicação do templo.