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Pode a nossa terra sobreviver?Despertai! — 1980 | 8 de março
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A resposta simples está contida no livro bíblico de Revelação: “O reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre . . . veio teu próprio furor e o tempo designado . . . para arruinar os que arruínam a terra.” — Rev. 11:15, 18.
Sim, por meio do governo do reino celestial de Deus sob Cristo Jesus, ocorrerá em breve uma grandiosa transformação. Deus revelou ser no passado o Libertador e o Restaurador da terra. Exemplos nos nossos dias revelam que ele criou na terra um notável sistema de recuperação. Portanto, podemos estar confiantes de que a terra irá sobreviver. Deus cumprirá seu propósito de fazer da terra um paraíso, um lar de delícias para o homem.
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‘Já não se rouba mais gado como antigamente’Despertai! — 1980 | 8 de março
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‘Já não se rouba mais gado como antigamente’
VINHAM outrora montados a cavalo, armados de espingardas e de revólveres de seis tiros, e roubavam gado. Hoje, eles vêm em camionetas, armados de pás, e roubam cactos. Quando apanhados, os ladrões de gado no antigo Oeste selvagem dos EUA eram enforcados, mas o atual tipo de ladrão recebe pena mais branda, embora o dano que ele causa seja mais grave. O motivo é o mesmo — dinheiro.
Os ladrões percorrem os desertos do sudoeste da América do Norte e arrancam cactos com raízes e tudo até encherem suas camionetas ou peruas, daí vão vender esses em viveiros de plantas e a proprietários de casas para fins de ornamentação. Os únicos que lucram com isso, quando não apanhados, são os ladrões de cactos. Mesmo quando são apanhados, o preço de uma só planta talvez dê para pagar a multa. O comprador perde. A planta que ele compra poderá morrer em poucos meses. O deserto perde as plantas que retêm o precioso solo no lugar. A fauna que vive ali sofre e se extingue, pois seus habitats são destruídos. O público perde a beleza dos desertos como lugares para excursão. As gerações futuras ficarão privadas do prazer de ver as centenas de variedades de plantas, animais e aves que aos poucos vão desaparecendo.
O cacto saguaro, um tipo que os ladrões gostam de roubar, pode dar lucro de até US$ 1.000 (cerca de Cr$ 45.000,00). Mas, sem os saguaros, calcula-se que metade de todas as espécies de aves do Deserto Sonora de Arizona não conseguiria sobreviver. Os compradores, de tão longe como Nova Iorque, Europa e Japão, pagam até US$ 40 (cerca de Cr$ 1.800,00) por uns 30 centímetros, e até mais, por certos tipos de cactos. O cacto transplantado poderá parecer são por alguns meses, mas, tendo sido retirado de seu habitat natural, não sobrevive por muitos anos.
Os cactos crescem lentamente. Alguns levam 100 anos para atingir sua plena estatura, mas em alguns minutos são arrancados. As plantas estão sendo retiradas do deserto mais rápido do que podem ser substituídas. Acrescentem-se a isso os carros de excursão e as motocicletas que passam zumbindo através dessas terras, quebrando as plantas e rompendo o solo fino, e os próprios desertos correm perigo.
Desde 1929, há no Arizona leis que protegem mais de 200 espécies de plantas do deserto. Entretanto, com uma equipe de apenas cinco guardas do deserto no estado inteiro, com a tarefa de combater os ladrões de cacto, as depredações continuam. Em 1977, a Califórnia promulgou leis para a proteção das plantas dos desertos, mas são de pouco valor, visto que o estado só tem um guarda para patrulhar 2.025.000 hectares do Deserto de Mojave. As penalidades são consideradas rigorosas — as multas variando entre US$ 100 (Cr$ 4.500,00) e US$ 1.000 (Cr$ 45.000,00), e prisões de até um ano. Mas, bem poucos ladrões são apanhados, e o roubo de cactos continua a ser um negócio próspero.
Por razões fortes, os ecólogos e os cidadãos interessados se preocupam com o futuro do deserto, de suas plantas e de sua fauna.
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