”Boas Novas Eternas” Para o Tempo do Fim
O Emocionante Discurso reproduzido aqui em forma impressa foi o discurso fundamental da Assembléia “Boas Novas Eternas” das Testemunhas de Jeová, sendo proferido de 30 de junho a 8 de setembro de 1963 nas principais cidades ao redor do mundo.
“E eu vi outro anjo voando pelo meio do céu, e êle tinha boas novas eternas para declarar, como boas noticias aos que moram na terra, e a tôda nação, e tribo, e língua, e povo.” — Apo. 14:6.
1. Embora os vôos do homem moderno não sejam incomuns, o que causaria grande alvorôço se fôsse visto e o que, sem dúvida, quereríamos saber?
Hoje não é nada demais vermos aviões com cem ou mais pessoas a bordo, voando pelo espaço em grandes velocidades, ou até mesmo foguetes com homens em suas cápsulas, sendo lançados no espaço sideral e voltando em segurança. Mas, e se olhássemos para cima e víssemos um anjo, não em um avião aberto nem com um par de asas mecânicas ou num planador, mas voando com um anúncio pelo meio do céu, onde voam os pássaros? Não nos causaria isto um alvorôço? Não forçaríamos nós os ouvidos para ouvir o anúncio que o anjo transmitia sem megafone nem qualquer outro equipamento elétrico sonoro moderno? Claro que sim.
2, 3. Que anúncio notável foi feito por um anjo há quase 2.000 anos atrás?
2 Ao imaginarmos um anjo com um anúncio, voltamos a nossa mente para quase dois mil anos atrás e para um lugar religiosamente famoso no Oriente Médio. Era uma noite de outono e uns pastôres, cuja história nacional está ligada com os anjos, estavam vigiando seus rebanhos perto da pequena aldeia de Belém, terra natal do Rei Davi. De repente surgiu um clarão em volta dêles e ali, em glória, estava um anjo em pé ao lado dêles. Embora fôssem homens tementes a Deus, êles ficaram muito temerosos. Mas o anjo lhes disse:
3 “Não temais, pois, eis que vos declaro boas novas duma grande alegria que todo o povo terá, porque hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é Cristo, o Senhor. E êste é um sinal para vós: achareis uma criança enfaixada e deitada numa manjedoura.”
4. Quem, além dos homens, se regozijaram com êste anúncio?
4 Êste evento não era algo só para “todo o povo”, da terra se alegrar, mas para o céu também se alegrar, pois eis o que aconteceu: “Repentinamente houve com o anjo uma multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: ‘Glória a Deus nas maiores alturas, e na terra paz entre homens de boa vontade.’” — Luc. 2:8-14; Zac. 1:7-9.
5, 6. Embora as aparições angélicas no passado tenham sido eventos de grande importância, o que pode ser dito sobre os nossos dias e sôbre o poder das criaturas espirituais invisíveis?
5 Talvez pensemos que seria bom estarmos com aquêles pastôres e vermos os anjos, ouvirmos as vozes dêles e irmos à manjedoura, tornando-nos testemunhas oculares do nascimento da criança que se tornaria o “Salvador, que é Cristo, o Senhor”. (Luc. 2:15-20) No entanto, hoje em dia temos muito a ver com os anjos celestiais, muito embora êles nos permaneçam invisíveis e não ouçamos as vozes dêles.
6 Temos todos os motivos para crer que há muita atividade demoníaca hoje em dia. A marcha de tôdas as nações do mundo para a maior e mais destrutiva guerra de tôda a história humana é inquestionàvelmente comandada sob controle demoníaco. É êste o significado que o último livro da Bíblia (Apo. 16:13-16) dá à marcha irresistível que as nações militarizadas fazem para a situação profèticamente chamada de Har-Magedon ou Armagedon. Êste último livro da Bíblia mostra que ao mesmo tempo haveria movimento e atividade da parte dos santos anjos de Deus, contudo, não para resistirem à ação de conduzirem os demônios as nações para o Har-Magedon, mas para outras razões.
7, 8. (a) Quando foi que ocorreu a última aparição de anjo e, contudo, como Deus usa os santos anjos em nossos dias? (b) Como é que João nos assegura em Apocalipse acêrca dêste serviço prestado por anjos?
7 Desde que o apóstolo João recebeu a revelação no fim do primeiro século de nossa era comum, cessou de ocorrer o aparecimento de anjos. Todavia, os santos anjos do Deus Altíssimo têm estado a servir ativamente a favor dos fiéis seguidores de “Cristo, o Senhor”, que receberão vida imortal com êle no seu reino celestial. É isto que indicam as palavras em Hebreus 1:14, quando fazem a pergunta sôbre os santos anjos: “Não são todos êles espíritos para serviço público, enviados para ministrar aos que hão de herdar a salvação?” Todos êstes anjos estão sujeitos a Cristo, o Senhor, o Filho de Deus, e êles o têm servido fielmente através dos últimos dezenove séculos, para o benefício de seus seguidores. Mas, hoje, há um trabalho predito que precisa ser feito neste “tempo do fim” e que chegará ao clímax no Har-Magedon. Por isso tais anjos receberam designação especial de serviço e servem de modo invisível aos humanos. Tem de ser assim em face do que João viu ser feito em uma visão miraculosa, visão essa que êle descreveu nas seguintes palavras de Apocalipse 14:6, 7.
8 “E eu vi outro anjo voando pelo meio do céu, e êle tinha boas novas eternas para declarar, como boas notícias aos que moram na terra, e a tôda nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com voz alta: ‘Temei a Deus e dai-lhe glória, porque já chegou a hora do julgamento por êle, e assim, adorai Aquêle que fêz o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.’
O PRIMEIRO ANJO VISTO EM VÔO
9. Apesar de não vermos nenhuma aparição angélica em nossos dias, como sabemos que a mensagem em Apocalipse 14:6, 7, vem por intermédio de um anjo de Jeová?
9 Não vimos literalmente o anjo voador que João viu em visão, vendo-o quer pousado na terra quer sentado perto de uma janela de avião, voando pelos céus. Tampouco os astronautas postos em órbita em volta da terra, muito mais alta do que as altitudes atingidas por nossos aviões a jato, disseram ter visto tal anjo. Porém, apesar de tudo isto, não podemos atribuir a outro além de a um anjo ou a um corpo celestial sob o comando de Cristo, o Senhor, o que temos visto e ouvido na terra desde o fim da Primeira Guerra Mundial, em novembro de 1918, e de sua conferência de paz em 1919. O que temos visto e ouvido desde então em conexão com o Deus “que fêz o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”, certamente não pode ser de origem humana, não de homem algum, digamos por exemplo, de J. F. Rutherford, cuja memória a cristandade menospreza.
10, 11. (a) Por que é a nova que ouvimos ainda maior anúncio do que o feito aos pastôres concernente ao nascimento de Jesus? (b) Como é que João mostra ser deveras assim em Apocalipse 12:10-12?
10 O que, pois, temos ouvido desde 1919? Temos ouvido inconfundi̇̀velmente a proclamação de “boas noti̇́cias” tais quais nunca foram ouvidas pelos que habitam sôbre a terra. Tais notícias alegres têm a ver com as “boas novas duma grande alegria que todo o povo terá”, que o glorioso anjo declarou aos pastôres nos campos perto de Belém há dezenove séculos atrás. O anúncio do nascimento de um menino devia ser boa nova, especialmente quando o nascimento de tal menino era aguardado por milhares de anos, porque Deus, o Criador, o tinha designado para fazer uma grande obra de resgatar a humanidade de todo o mal que a aflige. (Jer. 20:15) Quanto mais notável, pois, devem ser as boas novas do nascimento do Reino, o Govêrno em que o predito menino serve atualmente como “Cristo, o Senhor” e como “Salvador”! Os anjos cantaram juntos no nascimento humano do futuro Regente, mas quando nasceu nos céus o reino de Deus e venceu a Satanás e aos seus demônios, deu-se o cumprimento das palavras em Apocalipse 12:10-12. Nestes versículos João disse:
11 “E ouvi uma voz alta no céu dizer: ‘Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos, o qual os acusa dia e noite perante o nosso Deus! . . . Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e vós os que naqêles residis!”
12. Que perguntas oportunas exigem agora uma resposta?
12 Entretanto, não devia ser anunciado na terra êste evento celestial? Será que era digno de ser anunciado na terra, até mesmo por anjos, o nascimento menos importante do menino Jesus, mas que não era digno de ser anunciado na terra com dignidade similar o evento muito maior, a saber, o nascimento do reino de Deus nos céus tendo Jesus por Senhor? Tal coisa não seria lógica. Não estaria em harmonia com o modo de Deus tratar questões de importância mundial.
13. Que evidencia temos de que o reino de Deus nasceu em 1914?
13 Na história do mundo desde 1914 temos evidência sobrepujante de que o nascimento do reino de Deus se deu no céu naquele ano. Os muitos itens de evidência que devemos buscar em nosso mundo visível foram preditos por Jesus, quando êle se assentou no Monte das Oliveiras, olhando para Jerusalém, dois dias depois de ter ido a cavalo àquela santa cidade e se oferecido como rei ungido de Deus. Por volta de 1919 havia evidência suficiente para comprovar que em 1914 o “tempo designado das nações [dos gentios]” tinha terminado, que o reino messiânico de Deus tinha sido estabelecido nos céus e que, logo após, Satanás, o Diabo, o deus invisível das nações gentias, tinha sido lançado do céu para a terra, onde se localizam tais nações gentias. — Mat. 24:1-13; Luc. 21:24.
14. O que disse Jesus que os seus seguidores fariam referente às novas do nascimento do Reino?
14 O que disse Jesus que seus seguidores fiéis deviam fazer logo que vissem o significado de tôda esta evidência? Guardá-lo para si mesmos como uma sociedade secreta? Ficarem com receio de dizê-lo com mêdo de que as nações gentias não gostassem, se opusessem e os perseguissem? Não; mas depois de Jesus ter predito a evidência preliminar comprovadora de que os reinos dêste mundo tinham entrado no “tempo do fim” dêles e de que o reino de Deus pró nôvo mundo justo tinha nascido nos céus, êle disse aos seus inquiridores discípulos: “E estas boas novas do reino serão pregadas em tôda a terra habitada, em testemunho a tôdas as nações; e então virá o fim.” (Mat. 24:14; Dan. 12:4) Eis então o modo em que o nascimento real celestial muito maior do que o nascimento humano de Jesus há dezenove séculos atrás, havia de receber na terra e em nossos dias o anúncio que êle merece.
15. (a) Intencionava Jesus que os anjos pregassem o nascimento do Reino? (b) Qual seria o propósito de se proclamar o nascimento do Reino?
15 Jesus não disse nem indicou que esta pregação das boas novas do nascimento do Reino seria realizada por anjos celestes. A sua profecia aos seus discípulos lhes era instruções no tempo de se realizar a evidência. Eram êles os designados para fazer a pregação em tôda a terra habitada, a tôdas as nações. Tal pregação do recém-nascido govêrno soberano de tôda a terra, não se destinava a começar uma revolução política entre tôdas as nações, como se os discípulos de Jesus fôssem revolucionários. A pregação era só “em testemunho a tôdas as nações”, antes de tais nações indiferentes serem levadas pelo Deus do céu ao fim calamitoso delas.
16. Entretanto, que parte teriam os anjos neste Importante trabalho?
16 Todavia, embora a pregação audível na terra devesse ser feita pelos pacíficos discípulos de Jesus neste moderno século vinte, não significa que os anjos invisíveis do céu não desempenhariam uma parte invisível em estrita cooperação com a obra de pregação ou até mesmo superintendendo-a. Para serem ajuntados os pregadores do Reino, Jesus disse em sua profecia sôbre o fim do mundo que os anjos seriam usados. Disse êle: “E verão o Filho do homem vir nas nuvens do céu, com poder e grande glória. E enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e êles ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma extremidade dos céus até à outra extremidade dêles.” Por fim, disse êle: “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, e com êle todos os anjos, então se assentará no seu trono glorioso. E diante dêle serão ajuntadas tôdas as nações, e êle separará uns dos outros.” — Mat. 24:30, 31; 25:31, 32; Mar. 13:26, 27.
17, 18. (a) O que deve ser para os servos de Deus na terra a assistência angélica? (b) De que significância é que o anjo tenha sido visto a voar no meio do céu logo após o apóstolo João ter visto a Jesus e seus 144.000 discípulos vitoriosos?
17 Deve ser grande consôlo, encorajamento e fortalecimento para nós, testemunhas do Reino, têrmos a certeza inspirada de que os anjos, sob o comando de Cristo, o Senhor, o rei reinante, nos ajudam, orientam, protegem e nos apoiam em nossa obra de pregação em tôda a terra habitada. Esta participação angélica invisível na obra de pregação, sim, esta responsabilidade angélica para com a declaração de boas notícias sôbre o reino estabelecido a todos os habitantes da terra, tudo isto é sem dúvida o que foi simbolizado pela visão de João referente ao anjo que voava com boas novas eternas pelo meio do céu. E a relação entre o anjo voador como portador de novas e o reino de Deus se nos torna bem clara. Como assim? Por êle ter sido visto a voar no meio do céu logo após João ter visto a Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, juntamente com os seus 144.000 discípulos vitoriosos, em pé sôbre o monte chamado Sião, o nome do mesmo monte em que seu antepassado, o Rei Davi, assentou-se no “trono de Jeová” em Jerusalém. — Apo. 14:1-6.
18 Segundo a seqüência de eventos inter-relacionados, isto deve significar que depois de se levantar o Cordeiro Jesus Cristo em poder régio sôbre o monte celestial de Sião em 1914, as “boas novas eternas” do reino messiânico deviam ser declaradas aos habitantes da terra, que sem querer vieram a estar sob a soberania do sôbre-humano reino celestial. A história do mundo desde 1914 comprova que esta é justamente a ordem em que os eventos se sucedem.
NO MEIO DO CÉU
19. (a) Qual é a vantagem de o anjo voar no meio do céu? (b) Quão importante é a sua mensagem?
19 Visto que o anjo voava no meio do céu, êle podia ser ouvido pelos habitantes da terra de uma grande área. O anúncio que êle fazia com sua voz sôbre-humana podia ser ouvido num largo raio desde o seu zênite, ao passo que êle ia em órbita ao redor da terra. Êle fôra enviado para declarar notícias alegres a tôdas as nações, tribos, línguas e povos, tendo então que voar em volta da terra. Eram boas novas que deviam ser ouvidas por todos os habitantes da terra. Não eram boas novas que vinham de políticos terrestres, mas que vinham do céu, e tinham influência sôbre todos os habitantes da terra, homens, mulheres e crianças. Pelo próprio decreto de Deus, precisavam ter a mais ampla publicidade, pois são a notícia mais importante para a humanidade; e não é possível extingui-la nem torná-la mais suave, quer pelos homens ficarem com mêdo de declará-la quer por homens se oporem à sua publicação.
20. Por que seria inútil alguém tentar parar a mensagem declarada pelo anjo de Deus?
20 Deixe que os homens na terra, reis, juízes, generais, sacerdotes, pontífices ou clérigos, tentem parar o anjo voador de declarar as notícias alegres, se êles se atreverem. Há mais de dois mil e seiscentos anos atrás, o jactancioso rei da potência mundial assíria ameaçou derrubar o reino típico de Deus, que reinava em Sião ou Jerusalém. Mas em uma noite, um só anjo de Jeová, segundo o registro de 2 Reis 18:13 a 19:36, feriu mortalmente 185.000 tropas do invasor, forçando-o a retirar-se com as que lhe restaram para o lugar de onde viera.
21. (a) Que atitude adotarão os pregadores do Reino ao pregarem as boas novas? (b) Por que é necessária ação rápida da parte dos servos de Deus neste importantíssimo trabalho?
21 Concordemente, os pregadores do Reino na terra não precisam ter mêdo. Sob incumbência divina, precisam falar destemidamente em tôda a parte. Não é conveniente subirem em helicópteros, aviões nem foguetes, para que as suas declarações sejam boas novas, mas Jesus disse que êles devem ir a um lugar proeminente e pregar sem mêdo aos povos. Quando enviou seus doze apóstolos a pregar “o reino dos céus se tem aproximado”, êle disse-lhes que não tivessem mêdo dos homens, embora devessem ser “cautelosos como as serpentes”. Disse êle: “Portanto, não os temais; pois não há nada encoberto que não venha a ser descoberto e não há nada secreto que não venha a ser conhecido. O que eu vos digo na escuridão, dizei na luz; e o que ouvis sussurrado, pregai dos altos das casas.” (Mat. 10:7, 16, 26, 27) Do alto de uma casa o orador poderia fazer sua voz ser ouvida longe e alcançar uma multidão de ouvintes embaixo. A idéia é fazer que a mensagem seja ouvida em tôda a parte e o mais breve possível. O anjo que o apóstolo João viu voava no meio do céu, voando a tôda a pressa, como no caso dos correios persas “a cavalo, montados em cavalos de correio usados no serviço real, filhos de éguas ligeiras”, para avisarem o povo de Jeová acêrca do seu direito de se defender contra seus inimigos. (Est. 8:10) O “tempo do fim” é comparativamente curto e muitas vidas humanas estão envolvidas. Daí, a necessidade de ação rápida. Deve-se notar que o anjo voador falou “em voz alta”. Êle queria ser ouvido. Longe de nós, abaixarmos o que êle disse.
22. É pequeno o campo a ser alcançado, e qual é a responsabilidade do anjo que voa no meio do céu?
22 O campo a ser alcançado com “notícias alegres” é grande, abrangendo tôdas as nações, tribos, línguas e povos. Esperava-se que o anjo voador no meio do céu cobrisse êste território e que fizesse que todos a quem a mensagem foi enviada a ouvissem. Desde 1919, o anjo ou a organização que ele simbolizou vem cuidando de que este território e a sua população sejam alcançados com as notícias alegres.
23, 24. (a) Visto que o campo é grande, que expansão das testemunhas de Jeová tem sido necessária desde 1919? (b) Até que ponto é distribuída a mensagem impressa das boas novas hoje em dia em comparação com 1922, e até onde vai a pregação?
23 Isto explica por que as testemunhas de Jeová que em 1919 pregavam a mensagem do Reino só em escala limitada na Europa, África, Ásia, Austrália, Américas e ilhas do mar, sob a supervisão de quatorze filiais da Sociedade Tôrre de Vigia de Bíblias e Tratados, em 1963 declaravam as notícias alegres em 194 países e ilhas, com mais de 22.000 congregações e sob a supervisão de noventa filiais da Sociedade Tôrre de Vigia.
24 Adicionalmente, com referencia às notícias em “tôda . . . língua”, em abril de 1922 o discurso público “Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão” foi proclamado por oradores em trinta e três das principais línguas do mundo, mas hoje, a mensagem do Reino é publicada pela página impressa e pela palavra oral em 162 línguas, sendo que só a revista A Sentinela é publicada agora em 66 idiomas cada mês, inclusive em russo. Sim, as notícias alegres do “anjo voando pelo meio do céu” estão sendo ouvidas até atrás da penetrável Cortina de Ferro da Rússia, mediante milhares de testemunhas de Jeová. Os foguetes comunistas não podem derrubar o anjo voador de Jeová.
COMO SÃO “BOAS” — “ALEGRES”?
25. Qual é a mensagem do anjo voador?
25 “Mas o que diz o portador angélico de “boas novas eternas” ao voar no meio do céu? O que o apóstolo João o ouviu dizer “com voz alta” foi: “Temei a Deus e dai-lhe glória, porque já chegou a hora do julgamento por êle, e assim, adorai Aquêle que fêz o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” (Apo. 14:7) O seu apelo é para que tôdas as nações, tribos, línguas e povos temam, glorifiquem e adorem a Deus.
26. Será que importa que uma nação seja predominantemente de uma certa crença religiosa? Por quê?
26 Êle não se embaraça pelo bem conhecido fato de que o povo de uma nação já seja predominantemente católico-romano; que o povo de outra seja católico-grego; que o povo de outra seja protestante; que o povo em outras regiões seja maometano ou muçulmano; que o povo naquele grande território seja hindu; que o povo naquela grande área seja confucionista; que o povo naquelas ilhas seja budista. Que importa se as religiões deles até a êste tempo crítico tenham sido as aqui mencionadas ou as muitas outras não mencionadas? O aviso do anjo celestial é para todos temerem ao único Deus.
27. Por que não pode haver dúvida quanto a que o Deus referido pelo anjo voador seja Jeová?
27 Dá-se com a situação religiosa atual do mundo justamente o que se dava nos dias do apóstolo Paulo, quando êle disse que ‘havia os que se chamavam “deuses”, quer no céu quer na terra, assim como havia muitos “deuses” e muitos “senhores”’. (1 Cor. 8:5) Mas não há dúvida quanto a quem o anjo voando no meio do céu se refere ao dizer que todos temam a Deus. Não lhe menciona o nome, mas de tal modo o descreve que nós o podemos identificar. Trata-se do Juiz de todo o mundo e do Criador do céu, da terra, do mar e das fontes de água. Só há um Juiz divino e Criador, e podemos saber qual é o seu nome pessoal. No versículo inicial da Bíblia Sagrada lemos: “No princípio criou Deus os céus e a terra.” E no capítulo dois, versículo quatro, a Versão Brasileira da Bíblia reza: “Estas são as gerações do céo e da terra quando foram creados, no dia em que Deus Jehovah os creou.” E nos versículos sete e oito lemos: “Do pó da terra formou Deus Jehovah ao homem, e soprou-lhe nas narinas o folego de vida; e o homem tornou-se um ser vivente. Então plantou Deus Jehovah um jardim, da banda do Oriente, no Eden; e alli poz o homem que tinha formado.” (Gên. 1:1; 2:4, 7, 8, VB) Qualquer leitor pode então ver que desde o início da Bíblia Sagrada o nome do Deus Criador é estabelecido como Jeová.
28. Que evidência adicional temos de que Jeová é o Juiz universal referido?
28 Quanto a ser êle o Juiz universal, há mais de três mil e oitocentos anos atrás, quando estava em jôgo a existência de Sodoma, Gomorra e outras cidades vizinhas, o patriarca do Oriente Médio, Abraão, dirigiu-se a Jeová Deus e disse: “Longe de ti fazeres tal cousa, que mates os justos com os impios, de sorte que sejam os justos como os impios; seja isto longe de ti: não fará justiça o Juiz de toda a terra?” A Bíblia Sagrada nos dá a resposta do Juiz a êste argumento, dizendo: “Respondeu Jehovah: Se eu achar em Sodoma cincoenta justos dentro da cidade, perdoarei o logar todo por amor delles.” Apesar das petições de Abraão, o Juiz de tôda a terra, Jeová, achou justo fazer chover fogo e enxôfre sôbre Sodoma e outras cidades naquelas vizinhanças. (Gên. 18:25-33; 19:24-29, VB) Em vista desta manifestação de execução de juízo pelo Juiz de tôda a terra dezenove séculos antes dos dias do apóstolo João, não prestava a tôda a humanidade um serviço distinto o anjo que êle viu voar no meio do céu, chamando a todos para temerem ao Deus Criador Jeová? Êste serviço angélico seria em especial urgentemente necessário no tempo do juízo.
TEMER A DEUS
29. Indique o que significa o temor correto ao Juiz Supremo, Jeová.
29 Como é que homens de tôdas as partes e de diversas línguas temem a êste Deus, o Juiz e Criador? O que quer dizer as suas criaturas na terra o temerem como o Juiz Supremo e como o único Deus vivo e verdadeiro? Diz-se-nos definitivamente em sua Palavra escrita. Salomão, um escritor inspirado, o rei mais sábio da antiguidade, que reinou em Jerusalém antes do início da Era Budista, foi um adorador de Deus, o Criador, e disse: “O temor de Jeová significa odiar o mal. Eu tenho odiado a soberba, e o orgulho, e o mau caminho, e a bôca perversa.” “O temor de Jeová, é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Altíssimo é o que é entendimento.” “Não te tornes sábio aos teus próprios olhos. Teme a Jeová e desvia-te do mal.” “Teme o verdadeiro Deus e guarda seus mandamentos. Pois esta é tôda a obrigação do homem. Pois o verdadeiro Deus é quem levará tôda sorte de obra a juízo, em relação com tôda coisa escondida, quanto a se é boa ou se é má.” — Pro. 8:13; 9:10; 3:7; 16:6; Ecl. 12:13, 14.
30, 31. Como é que se aprende o temor correto para com Jeová Deus?
30 As antigas religiões dêste velho mundo podem jactar-se de sua sabedoria, mas ela se prova nada mais que a sabedoria mundana que perecerá quando êste mundo mau acabar no tempo de maior tribulação que jamais houve na história humana. Tais religiões antigas não temem a Jeová Deus, o Grande Criador, o Juiz Supremo. Para que alguém seja sábio no verdadeiro sentido que conduz à sobrevivência além dêste velho mundo e à obtenção da vida eterna em um justo nôvo mundo, êle precisa temer a Jeová Deus, o Altíssimo. Para aprender a temê-lo, precisa aprender sôbre êle; e só pode fazer isto mediante ler, ouvir e estudar a sua Palavra escrita, a Bíblia Sagrada. Então cessamos de ser sábios aos nossos próprios olhos e vemos que Deus é todo-sábio e que suas profecias sôbre o futuro nunca falharam e nunca falharão.
31 Aprendendo dêle chegamos a conhecer os seus propósitos e os seus mandamentos. Com tal conhecimento podemos demonstrar o nosso temor a Deus, desviando-nos do mau e guardando seus mandamentos. Guardando sàbiamente os seus mandamentos, não precisamos temer seu juízo, pois receberemos a sua aprovação judicial.
32, 33. (a) Qual é o benefi̇́cio de se ter conhecimento de Jeová e temor correto para com êle? (b) Por que é Ló um bom exemplo para se ter presente neste sentido?
32 Querendo ter entendimento correto sôbre tôda a criação e sôbre o propósito de sermos criaturas viventes e inteligentes, sempre temos de levar em consideração a Jeová Deus, o Criador e Juiz. Lembre-se: “Conhecimento do Altíssimo é o que é entendimento.” Tal entendimento inteligente deve ser seguido de sabedoria e de temor dêle. O benefício disto é eterno. Sôbre isto, o sábio Rei Salomão também escreveu: “O temor do SENHOR [Jeová] conduz à vida, aquêle que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará.” “O temor do SENHOR [Jeová] é fonte de vida, para evitar os laços da morte.” “O galardão da humildade e o temor do SENHOR [Jeová] são riquezas e honra e vida.” — Pro. 19:23; 14:27; 22:4, ALA.
33 No caso do sobrinho do patriarca Abraão, o temor de Jeová o conduziu à vida e à salvação. Quando Ló e suas filhas obedeceram ao mandamento que Deus deu por intermédio dos seus anos e abandonaram Sodoma, êles escaparam da destruição por fogo e enxôfre que veio repentinamente do céu sôbre Sodoma e as cidades circunvizinhas. Referente ao benefício de Ló temer a Jeová, está escrito: “Êle livrou o justo Ló, a quem afligia grandemente que os que desafiavam a lei se entregavam à conduta desenfreada — porque êsse justo, pelo que via e ouvia de dia a dia, enquanto morava entre êles, atormentava a sua alma justa em razão das ações dêles contra a lei — Jeová sabe livrar da provação os de devoção piedosa, mas reservar os injustos para o dia do julgamento, para serem decepados.” — 2 Ped. 2:6-9; Gên. 19:15-29.
34. Por que é “noti̇́cias alegres” a declaração de que “já chegou a hora do julgamento por êle”?
34 Para os que obedecem ao mandamento de ‘temer a Deus e dar-lhe glória . . . e assim, adoram’ o Criador, as declarações do anjo voador são “boas novas eternas” e tais declarações são bem recebidas; são “notícias alegres”. Como assim? Como pode ser boas novas uma declaração de que “chegou a hora de julgamento por êle”? É porque o “julgamento por êle” significa endireitar as coisas a favor da justiça, da bondade e da retidão. O “julgamento por êle” significa a libertação eterna dos que temem, glorificam e adoram o Criador, o Juiz Supremo, como o único Deus vivo e verdadeiro. Significa-lhes a libertação da poderosa organização do mundo que há muito os tem oprimido. O “julgamento por êle” lhes significa tal libertação porque êle derruba o opressor dêles; significa a quebra do poder do opressor, ocorrendo isto como expressão do juízo de Jeová Deus contra a organização inimiga. Que isto é verdade é indicado pelos diversos anjos apresentados pelo anjo que voava no meio do céu. Note o que tem para anunciar o próximo anjo: Lemos
O SEGUNDO ANJO COM BOAS NOVAS
35, 36. (a) Qual foi a mensagem do segundo anjo? (b) Por que foi um tempo de regozijo a queda da antiga Babilônia nos dias de Israel?
35 “E seguiu outro anjo, um segundo, dizendo: ‘Caiu! Caiu Babilônia, a grande, aquela que fazia tôdas as nações beber do vinho apaixonante da sua fornicação!’”
36 O que significa êste anúncio em Apocalipse 14:8 para os que escolhem temer, glorificar e adorar a Jeová Deus, o Criador? Há vinte e cinco séculos atrás a cidade de Babilônia sôbre o Eufrates era um terror entre as nações do Oriente Médio. Até mesmo a cidade de Jerusalém, onde se localizava o templo de Jeová Deus, não escapou de beber do cálice do “vinho apaixonante da sua fornicação”. Babilônia arrasou Jerusalém e levou o seu povo, o professo povo de Jeová, a um exílio distante, em território inimigo. Quando a opressiva Babilônia de outrora caiu, céus e terra se regozijaram. Isto significou que a libertação do povo de Jeová Deus da terra do inimigo estava próxima! Então, pois, não era isto boas novas, embora tristes para os babilônios, alegres para os que temiam e adoravam a Deus, o Criador?
37. O que significa hoje a queda de Babilônia?
37 Não menos é o anúncio angélico sôbre a queda de Babilônia, a Grande. Para os oprimidos que hoje temem e adoram a Jeová Deus a queda dela deve significar a mesma coisa — libertação! É em vindicação do Deus dêles, pois ela prova que êle é supremo, todo-poderoso, completamente devotado à verdade e à justiça! Ela prova que êle é o Juiz que livra os justos e que a queda da organização inimiga é em juízo da parte dêle.
O TERCEIRO ANJO
38, 39. Qual foi o anúncio do terceiro anjo?
38 Como expressão adicional de “julgamento por êle”, consideremos o que acontece aos que não querem temer, glorificar nem adorar a Deus, o Criador dos céus, da terra e das águas. Leiamos o que seguiu ao anúncio dos dois anjos precedentes:
39 “E seguiu-lhes outro anjo, um terceiro, dizendo com voz alta: ‘Se alguém adorar a fera e a sua imagem, e receber uma marca na sua testa ou na sua mão, beberá também do vinho da ira de Deus, derramado, não diluído, no copo do seu furor, e será atormentado com fogo e enxôfre, à vista dos santos anjos e à vista do Cordeiro. E a fumaça do tormento dêles ascende para todo o sempre, e não têm descanso, dia e noite, os que adoram a fera e a sua imagem, e todo aquêle que recebe a marca do seu nome.’” — Apo. 14:9-11.
40. Apresente evidência de que há pessoas que hoje em dia adoram animais e imagens dêles, bem como governos humanos.
40 Há hoje na terra inúmeras pessoas religiosas que adoram animais literais, bêstas irracionais, como se elas fôssem superiores ao ereto homem inteligente e que fala. Há grandes nações que usam criaturas animais irracionais como símbolos nacionais, tais como o leão britânico, a águia americana e o urso russo. Há milhões que se encurvam a imagens ou a coisas no céu ou na terra. Muitas pessoas até se marcam ou se deixam marcar como pertencendo a certo deus ou como adoradoras de certo deus. Tais pessoas não acham difícil idolatrar e adorar a grande organização feita por homens, que tem as características da bêsta-fera, nem adorar por assim dizer, uma organização auxiliar que imite ou duplique a organização bestial original. Assim, adorando tais organizações de homens, aumentam os deuses que adoram. Um exame e um estudo mais detidos revelarão que todos êstes deuses são feitos por criaturas e não são Deus, o Criador do universo. Então, em vez de ajudarem, êles realmente desencaminham, desviando do único Deus Criador a atenção e a adoração.
41. (a) É razoável crer que Deus se agradaria de tôda esta falsa adoração? (b) A aprovação de quem tem a organização “fera”?
41 Podemos então esperar que quando chegar de repente a “hora de julgamento por êle” sôbre tais adoradores de criações, o Juiz, que é o próprio Criador, ficará contente com todos êstes falsos adoradores por causa de tôdas as suas religiões e por causa da aparente sinceridade na forma de êles adorarem? Não! Não segundo o que o terceiro anjo anunciou. O capítulo precedente (Apo. 13:1, 2) torna claro que a organização “fera” tem a aprovação e o apoio do Dragão, Satanás, o Diabo; e, então, a sua “imagem” deve ter a mesma aprovação diabólica porque imita, arremeda o que o Diabo aprova.
42. Qual será o destino da falsa adoração e dos seus adoradores?
42 Mas a adoração do que o Diabo gosta e apoia tem a desaprovação de Deus, o Criador, e tal adoração significa desobediência ao seu mandamento proclamado em alta voz pelo anjo que voava pelo meio do céu. Tal falsa adoração, portanto, merece a expressão da ira do Criador, e os adoradores de coisas criadas terão que beber do vinho não diluído da ira de Deus contido no “copo do seu furor”. Beberão um gole após outro da expressão de sua ira até que ficarão tão estupeficantemente ébrios que jamais se acordarão da bebedeira. Serão como Sodoma, Gomorra e outras cidades daquele distrito nos dias de Ló e Abraão, quando desde o céu lhes caíram fogo e enxôfre.
43. O que evidentemente representam o fogo e o enxôfre simbólicos que caem sôbre os falsos adoradores e qual é a reação dêles para com a mensagem pregada pelas testemunhas de Jeová?
43 A chuva de fogo e enxôfre significou uma destruição dolorosa para os cidadãos de Sodoma e Gomorra. O fogo e o enxôfre que virão em expressão da ira de Deus sôbre os falsos adoradores modernos em sentido simbólico, são evidentemente mensagens vindas do céu que proclamam a completa destruição de todos os adoradores que não querem obedecer nem deixar de adorar criaturas para adorar ao Criador. Ao passo que lhes vão caindo êstes precursores ardentes da destruição, êles sentem grande tormento. Ferem-se grandemente as suas sensibilidades religiosas e ficam muito ofendidos pelo que as testemunhas cristãs de Jeová lhes pregam e ensinam. Passam por êste tormento religioso perante os olhos dos santos anjos e do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. Êstes não interferem no tormento, porque os falsos adoradores o merecem, visto que chegou a hora do juízo de Deus e que êle deve transmitir as suas decisões judiciais.
44, 45. (a) Quando terminará o tormento das falsas religiões? (b) Quem não interferirá com a obra atormentadora contra a falsa religião?
44 O tormento religioso dêstes falsos adoradores não terá fim até que êles sejam tomados numa destruição correspondente àquela das cidades rebeldes, imorais e pervertidas de Sodoma e Gomorra. O Cordeiro Jesus Cristo e os santos anjos não interferirão para aliviar os falsos adoradores; e Jeová Deus não mandará parar as suas testemunhas cristãs que êle usa na terra para fazer chover as mensagens de fogo e enxôfre dos juízos divinos sôbre os adoradores de modernas e de antigas criações de homens. É isto que quer dizer Apocalipse 14:11, ao dizer que a “fumaça do tormento dêles ascende para todo o sempre, e não têm descanso, dia e noite”. E a história do mundo religioso desde 1919, segundo publicada nos jornais, revistas, registrada nos tribunais e em outras publicações, prova que isto tem acontecido.
45 O tormento e a falta de descanso dos falsos adoradores continuarão sem parar até que êles sejam destruídos semelhantes a Sodoma e Gomorra, ascendendo para sempre a evidência fumegante da destruição que foi precedida pelo tormento conti̇́nuo.
46. Visto que a hora de julgamento é um curto período de tempo, o que não farão os que adoram a Jeová?
46 Em face disto podemos compreender por que o portador das “boas novas eternas” que o apóstolo João viu voar no meio do céu dizia que tôdas as nações, tribos, línguas e povos temessem, glorificassem e adorassem o único Criador do céu e da terra como o verdadeiro Deus. A hora dêste julgamento, um período de tempo comparativamente curto, não é hora de se glorificarem, idolatrarem e adorarem organizações de homens, organizações que têm um registro cruel e bestial na história e que interferem na adoração de Jeová Deus. Querendo evitar beber do vinho não diluído da ira de Deus, no copo do seu furor, querendo escapar do fogo e do enxôfre atormentadores, que por fim resultam na destruição eterna, precisamos voltar-nos para a adoração de Deus, o Criador. O terceiro anjo visto na visão de João declarou que os adoradores dos falsos deuses devem agora ser punidos dêste modo durante a “hora” do juízo de Deus contra êste velho mundo. Portanto, isto simplesmente tem de ser e continua sendo como o terceiro anjo disse. A declaração do julgamento está sob contrôle angélico.
A NECESSIDADE DE PERSEVERANÇA DOS VERDADEIROS ADORADORES
47. Como sabemos que êste período de julgamento não será fácil para as verdadeiras testemunhas de Jeová e como é que Apocalipse 14:12 mostra que isto é verdade?
47 Sendo que os verdadeiros adoradores têm o favor e a aprovação de Deus, o Criador, não devemos pensar que êste período de juízo lhes será fácil. Os falsos adoradores, mediante suas organizações, a “fera” simbólica e sua “imagem”, não estão de bom humor para com as testemunhas cristãs e adoradoras do Criador. Êles fazem as suas poderosas organizações agirem como feras contra as testemunhas que proclamam os juízos de Jeová, as suas decisões judiciais concernentes a êste velho mundo. Por todos os meios, legais e ilegais, tentam forçar as testemunhas a se afastarem da adoração de Jeová e a se unirem com êles nas organizações e nos sistemas criados pelos homens. É por isso que logo após falar nos adoradores da fera e da sua imagem, bem como no tormento de tais adoradores, Apocalipse 14:12 acrescenta: “Aqui é que significa perseverança para os santos os que observam os mandamentos de Deus e a fé que era de Jesus.” A situação hodierna requer perseverança das testemunhas de Deus.
48. O que farão então as testemunhas cristãs de Jeová?
48 O que então devemos fazer nós, testemunhas do Deus Altíssimo, o Criador? Pela sua inabalável ajuda perseveramos até agora, mas a prova de nossa perseverança ainda não acabou. Ainda vivemos e, pelo restante desta “hora” do julgamento de Deus, continuaremos vivendo neste mundo cercados de falsos adoradores e dos seus falsos deuses e ídolos. Não podemos deixar de observar os “mandamentos de Deus e a fé que era de Jesus”. Precisamos continuar observando os mandamentos de Deus e firmando a nossa fé em Jesus, a despeito de quanto êste proceder ainda nos fará suportar.
49. A liderança de quem devemos seguir neste tempo de juízo e quão séria é a nossa incumbência?
49 Concordemente continuaremos a seguir a liderança do anjo que voa no meio do céu e nós adotamos e retransmitimos a “tôda nação, e tribo, e língua, e povo” as “boas novas eternas” que o anjo ou o grupo angélico apresenta “com voz alta”. Não temos culpa de que o que é “boas novas” ou “notícias alegres” para nós, os verdadeiros adoradores, não o seja para todo o mundo, de que não seja boas novas para os falsos adoradores que são inimigos de Jeová Deus, o Criador. As boas novas incluem informação acêrca da vingança de Deus, o Criador e os que têm a incumbência de pregá-las estão sob ordens de proclamarem a Sua vingança.
50. Quem mais teve esta obrigação e como demonstrou ele que aceitou a sua incumbência ao visitar Nazaré?
50 Esta obrigação também foi do amoroso Senhor Jesus, a quem Jeová Deus tinha ungido com seu espírito santo logo depois que êle foi batizado no rio Jordão. No lugar de reunião dos judeus em Nazaré, a cidade de sua infância, Jesus leu da profecia de Isaías e aplicou a si mesmo as seguintes palavras: “O espírito do Senhor Jeová está sôbre mim, pela razão de que Jeová me ungiu para dizer boas novas aos mansos. Enviou-me para curar os quebrantados de coração, para proclamar liberdade aos que foram tomados cativos e a ampla abertura dos olhos dos presos; para proclamar o ano de boa vontade da parte de Jeová e o dia da vingança da parte de nosso Deus; para consolar a todos os pesarosos.” (Isa. 61:1, 2; Luc. 4:16-21) Até êle tinha que pregar o “dia da vingança de Deus”. Ao mesmo tempo pregou o “ano de boa vontade da parte de Jeová”. Os seus seguidores semelhantes a ovelhas têm que fazer a mesma coisa hoje.
REGOZIJO PELA SUA VINGANÇA
51, 52. (a) Por que até mesmo a declaração de vingança de Jeová é causa para regozijo? (b) Semelhantes a Moisés, como se sentirão os servos justos de Jeová?
51 Até mesmo o dia de vingança da parte de nosso Deus Jeová é boas novas para os mansos da terra, que têm sido pisados pelos poderosos; para os quebrantados de coração, que têm visto a organização visível dos verdadeiros adoradores de Deus ser quebrada pelos inimigos da pura e incontaminada religião; para os que foram tomados cativos e foram restringidos em sua liberdade religiosa pela organização do Diabo, por Babilônia, a grande; para os prisioneiros religiosos cujos olhos foram fechados, cegados pelas trevas da prisão religiosa em que êles foram involuntàriamente trancados.
52 A proclamação do “dia da vingança da parte do nosso Deus” é um consôlo, não para os que se regozijam pela maldade dêste mundo de falsa religião, mas para os que suspiram e gemem por causa do dano causado à congregação da verdadeira adoração. Quando chegar por fim aquele dia e virem a execução da justa vingança divina sôbre seus inimigos, que também são inimigos de Deus, êles desfrutarão seu maior consôlo. Cantarão de alegria como Moisés cantou ao ver afogadas no Mar Vermelho as perseguidoras fôrças militares de Faraó. “Deixa-me cantar a Jeová, pois êle foi grandemente enaltecido. O cavalo e o cavaleiro êle lançou no mar. Minha fôrça e o meu poder é Já, visto que êle serve para a minha salvação. Êste é meu Deus e eu o louvarei; Deus de meu pai, e eu o exaltarei. Jeová é pessoa varonil de guerra. Jeová é o seu nome. Jeová dominará como rei por temo indefinido, mesmo para sempre.” — Êxo. 15:1-3, 18; Apo. 15:3, 4.
53. Qual é o nosso dever neste “ano de boa vontade da parte de Jeová” que ainda está em vigor?
53 É uma obrigação que Deus, o Criador, nos impõe para que ajudemos pessoas de tôdas as nações, tribos, línguas e povos para que saibam a respeito e sejam beneficiados pelo “ano de boa vontade da parte de Jeová”, que ainda está em vigor. Assim, elas poderão escapar do “dia da vingança da parte de nosso Deus”, que se aproxima ràpidamente. Elas precisam ser ajudadas a conhecer quem é Deus, o Criador, para que aprendam a amar, a adorar e a glorificar a ele com a espécie correta de temor.
54. (a) Para quem não se destinava esta terra? (b) Portanto, quem limpará o mundo de todos os adoradores falsos e que parte desempenham nesta questão os que amam a justiça?
54 O Criador nunca intencionou que esta terra fôsse lugar para falsos adoradores. Não é o lugar correto para adoradores religiosos que adoram as coisas criadas e não o Criador. Não é nosso dever limpar a terra dêstes milhões de falsos adoradores. É assunto do Criador, pois êle tem o direito de destruir o que criou, se as criaturas se separarem do caminho de Deus. É assunto e propósito declarado dêle o limpar a terra de todos os falsos adoradores no “dia da vingança”, mas é nosso dever avisá-los com antecedência. Não é nossa culpa se êles não gostarem. Êstes falsos adoradores gostariam de receber tôdas as vantagens físicas e materiais que as “boas novas eternas” predizem, mas tais religiosos falsos não querem nem estão dispostos a aceitar êstes benefícios físicos e materiais nos têrmos de Deus. Não estão dispostos a abandonar a falsa adoração nem a ampla licença que a religião dêles permite, para que recebam o dom da vida eterna na perfeição humana numa gloriosa terra paradísica sob o reino de Deus.
55. A quem é que queremos agradar?
55 Jamais podemos esperar agradá-lhes e ter a aprovação dêles para a pregação das “boas novas eternas” durante esta breve “hora” do julgamento de Deus, o Criador. É a êste Deus, o Juiz, que devemos agradar e servir, e é a sua mensagem que devemos declarar aos que são suscetíveis de ensino e que estão dispostos a adorar ao Deus que é real. É a êle que devemos dar glória.
56. Como é que os céus e a terra produtiva proclamam a glória de Deus e é suficiente só êste louvor? Por quê?
56 O Salmo 19:1-4 diz mui significativamente: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e dêles não se ouve nenhum som; no entanto, por tôda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras até aos confins do mundo.” (ALA) Mas não é próprio de nossa parte deixarmos só para os mudos céus visíveis e só para a glória do dia e da noite a questão da declaração da glória de Deus e da narração das obras de suas mãos.
57. (a) Por que é que o povo comum precisa ajuda hoje em dia para apreciar as boas novas de Deus? (b) O que então precisamos fazer ao apreciarmos as “boas novas eternas” e nos regozijarmos por elas?
57 O povo comum de hoje teve sua percepção religiosa desvirtuada pela falsa religião, pelo alto criticismo da Bíblia e pela ciência que é falsamente chamada de ciência, e por isso não podemos deixar que tal povo olhe para os céus e observe dia e noite as coisas na grande expansão e as entendam corretamente. Não podemos esperar que o povo leia nelas a glória de Deus e as chame de obras das mãos dêle. Dos céus inanimados e da vasta expansão embelezada pelo sol, lua, estrêlas e nuvens, não se pode aprender o propósito amoroso de Deus acabar com tôda a maldade e de transformar a terra que agora é mal usada em um indescri̇̀tivelmente belo Paraíso, dando aos remidos adoradores de Deus, o Criador, um lar eterno sob Seu reino. Deus originou a sua Palavra escrita, a Bíblia Sagrada, para dizer a nós e ao povo as “boas novas eternas”. Precisamos dar-lhe a Palavra de Deus. Precisamos ajudá-lo a ‘obedecer às boas novas’. — Rom. 10:16, 17.
58. Neste “tempo do fim” qual é o nosso grandioso privilégio?
58 O nosso privilégio hoje em dia suplanta a muito o dos pastôres nos campos de Belém que há muito viram o glorioso anjo e ouviram-no a declarar as “boas novas de uma grande alegria” para todos os que buscam a Deus e a sua boa vontade. Há dezenove séculos atrás o apóstolo João viu em visão um anjo voando no meio do céu e declarando alegremente em tôda a volta da terra as “boas novas eternas”. Hoje, pelo inestimável favor de Deus, é nosso privilégio adotarmos as declarações de notícias alegres do anjo e proclamá-las com rapidez em tôda a terra. Fazendo isto obediente, amorosa e destemidamente, teremos a alegria de ver inúmeros outros de “tôda nação, e tribo, e língua, e povo”, se desviarem da falsa religião para temerem a Deus e lhe darem glória. Regozijar-nos-emos por tê-los conosco para o adorarmos, ao nosso Criador, para a vindicação eterna dêle e para a nossa salvação eterna.