Capítulo 6
Sacerdotes durante dez séculos sem intrigas clericais
1, 2. (a) Por que foi que os sacerdotes, dos registros histéricos, maltrataram tanto o povo? (b) Quando se mostrou um contraste, em Listra, entre o deus grego Zeus e o Deus vivente dos Judeus?
A HISTÓRIA humana está cheia dos registros da atuação dos sacerdotes, desde os tempos mais primitivos. O motivo de a humanidade ter sido tão desencaminhada, enganada, explorada e oprimida por sacerdotes é que a vasta maioria destes não foram sacerdotes do único Deus vivente e verdadeiro. Este lato foi trazido à atenção dum sacerdote que serviu o deus supremo dos gregos pagãos, há dezenove séculos atrás. De que modo?
2 Isto aconteceu por volta de 47-48 E.C., na cidade de Listra, na província romana de Licaônia, na Ásia menor. Os habitantes desta cidade adoravam o deus a quem os romanos chamavam Júpiter, mas a quem os gregos chamavam Zeus. Mostrou-se um flagrante contraste entre a divindade Zeus ou Júpiter e o único Deus vivente e verdadeiro, quando vieram à cidade dois homens pregando o reino de Deus. Um destes homens foi Paulo, que dois anos antes havia pertencido à seita judaica dos fariseus, e o outro foi Barnabé, que havia sido levita vinculado com o templo em Jerusalém. Deixaremos que o médico Lucas nos relate o que aconteceu:
3. Que cura milagrosa, em Listra, induziu o sacerdote de Zeus ali a querer oferecer sacrifícios?
3 “Ora, em Listra estava sentado certo homem, incapacitado dos pés, coxo desde a madre de sua mãe, e ele nunca jamais tinha andado. Este homem escutava Paulo falar, sendo que este, olhando para ele atentamente e vendo que tinha fé para ficar bom, disse com voz alta: ‘Ergue-te ereto sobre os teus pés.’ E ele pulou e começou a andar. E as multidões, vendo o que Paulo tinha feito, elevaram as suas vozes, dizendo na língua licaônia: ‘Os deuses tornaram-se iguais a humanos e desceram a nós!’ E passaram a chamar Barnabé de Zeus, mas a Paulo de Hermes [Mercúrio], visto que ele tomava a dianteira no falar. E o sacerdote de Zeus, cujo templo estava diante da cidade, trouxe touros e grinaldas até os portões, e estava desejando oferecer sacrifícios com as multidões.
4. Como impediram Barnabé e Paulo que se lhes oferecessem sacrifícios?
4 “No entanto, quando os apóstolos Barnabé e Paulo ouviram isso, rasgaram as suas roupas exteriores e pularam para o meio da multidão, clamando e dizendo: Homens, por que estais fazendo estas coisas? Nós também somos humanos, tendo os mesmos padecimentos que vós, e vos estamos declarando as boas novas, para que vos desvieis destas coisas vãs para o Deus vivente, que fez o céu e a terra, e o mar, e todas as coisas neles. Ele permitiu, nas gerações passadas, que todas as nações andassem nos seus próprios caminhos, embora, deveras, não se deixou sem testemunho, por fazer o bem, dando-vos chuvas do céu e estações frutíferas, enchendo os vossos corações plenamente de alimento e de bom ânimo.’ Contudo, por dizerem estas coisas, mal continham as multidões de lhes oferecerem sacrifícios.” — Atos 14:8-18, Al.
5. Mais tarde, o que mostrou quão religiosamente volúvel era a massa de gente, e, portanto, que sacerdócio continuou a existir em Listra?
5 Algumas pessoas de Listra tornaram-se discípulos de Jesus Cristo e adoradores do “Deus vivente”, mas não a massa do povo em geral. Quão volúvel e instável era a massa de gente, religiosamente agitada, mostrou-se algum tempo depois, quando deixaram que os inimigos judaicos do cristianismo os persuadissem ao ponto de apedrejarem Paulo que obrara o milagre deixando-o jazer fora da cidade como que morto. Evidentemente, o sacerdote de Zeus na cidade não objetou a isso e a massa de gente de Listra continuou a adorar Zeus e deixar este sacerdote de Zeus continuar a desencaminhá-los e explorá-los. Os perseguidores judaicos do cristianismo agradavam-se disso em Listra. — Atos 14:19-22.
6. Como prova o relato a respeito do julgamento de Jesus e de ele ser pendurado numa estaca que até mesmo sacerdotes do Deus vivente podem tornar-se maus?
6 Segundo o relato, até mesmo sacerdotes judaicos, no serviço do “Deus vivente”, tornaram-se maus. Por exemplo, naquele notório Dia da Páscoa de 33 E.C., quando as multidões clamavam que Jesus Cristo fosse pendurado e o governador romano procurava em vão refreá-las, perguntando: “Hei de pendurar na estaca o vosso rei?”, quem foram os principais em rejeitar Jesus Cristo como rei dos judeus? O relato diz: “Pilatos disse-lhes: ‘Hei de pendurar na estaca o vosso rei?’ Os principais sacerdotes responderam: ‘Não temos rei senão César.’ Nesta ocasião, portanto, entregou-o a eles, para ser pendurado numa estaca.” (João 19:14-16) Mais tarde, naquele dia, quando os transeuntes ultrajavam Jesus, enquanto este estava pregado na estaca de execução, no Calvário, quem estava entre os que caçoavam dele? O relato claro nos diz: “Do mesmo modo também os principais sacerdotes, junto com os escribas e os homens mais maduros, começaram a divertir-se à custas dele e a dizer: ‘A outros ele salvou a si mesmo não pode salvar! Ele é Rei de Israel; desça agora da estaca de tortura, e nós acreditaremos nele. Depositou a sua confiança em Deus; que Ele o socorra agora, se Ele o quiser, pois este disse: “Sou Filho de Deus.”’” — Mateus 27:39-43.
7. Quando Pedro e João, e mais tarde os doze apóstolos, compareceram perante o Sinédrio judaico em Jerusalém o que se tornou evidente a respeito da relação dos principais sacerdotes com Deus?
7 A menção dos “principais sacerdotes” refere-se especificamente a Anás (deposto do cargo de sumo sacerdote) e a seu genro Caifás. (Lucas 3:1, 2; João 18:13, 24; Atos 4:5, 6) Quando estes principais sacerdotes e os demais do Supremo Tribunal de Jerusalém (o Sinédrio) ordenaram aos apóstolos cristãos Pedro e João “que em nenhuma parte fizessem qualquer pronunciação, nem ensinassem à base do nome de Jesus”, Pedro e João disseram àqueles principais sacerdotes: “Se é justo, à vista de Deus, escutar antes a vós do que a Deus, julgai-o vós mesmos. Mas, quanto a nós, não podemos parar de falar das coisas que vimos e ouvimos.” (Atos 4:18-20) Algum tempo depois, todos os doze apóstolos de Jesus Cristo estavam diante do mesmo Supremo Tribunal de Jerusalém, e o sumo sacerdote, como presidente, ouviu estes apóstolos dizer a ele e aos demais do Tribunal: “Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens.” (Atos 5:29) Era evidente que aqueles principais sacerdotes judaicos haviam deixado de servir o “Deus vivente”. Não mais O representavam.
8. Que homens com reputação similar à daqueles principais sacerdotes judaicos serão excluídos do sacerdócio milenar de Cristo?
8 Em vista de tal relato bíblico, não é sem paralelo que os homens que levam o título de “sacerdote” nos sistemas religiosos da cristandade tenham criado para si uma reputação tão odiosa e desprezível, conforme mostra a história religiosa e a secular. Faria a pessoa estremecer e ficar com medo se pensasse que sacerdotes terrestres tais como estes estivessem incluídos entre aqueles de quem Revelação 20:6 diz: “Serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele por mil anos.” Alegramo-nos de que as inspiradas Escrituras Sagradas excluem tais homens como impróprios para o sacerdócio milenar junto com Jesus Cristo nos céus.
9. O que mostra a Bíblia quanto a se todos os sacerdotes judaicos eram similares àqueles principais sacerdotes?
9 Mas, em toda a justiça, precisa-se dizer que nem todos os sacerdotes judaicos que serviam no templo de Jerusalém mostraram ser sacerdotes maus. O relato bíblico assegura-nos isso depois de dizer como o então corpo governante da congregação cristã solucionou uma dificuldade que surgiu na congregação de Jerusalém. Atos 6:7 passa a dizer: “Conseqüentemente, a palavra de Deus crescia e o número dos discípulos multiplicava-se grandemente em Jerusalém; e uma grande multidão de sacerdotes começou a ser obediente à fé.”
10. O que aconteceu ao serviço no templo dos sacerdotes e levitas que creram em Jesus e de que sacerdócio tornaram-se membros?
10 Naturalmente, depois de serem batizados no nome do Senhor Jesus, como o Messias e Filho de Deus, aqueles sacerdotes da linhagem de Arão, irmão do profeta Moisés, renunciaram aos seus cargos de sacerdotes no templo em Jerusalém. Do mesmo modo, José Barnabé, de Chipre, renunciou ao seu cargo de levita no mesmo templo. (Atos 4:36, 37) Entretanto, esses ex-sacerdotes tornaram-se então membros dum sacerdócio mais grandioso. Era o “sacerdócio real”, que o apóstolo Pedro assegurou aos cristãos que têm esperança celestial, dizendo: “Mas vós sois ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial, para que divulgueis as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz.” — 1 Pedro 2:9; 1:3, 4.
11. Por que não foi Jesus sacerdote judaico, humano, na terra, mas segundo o sumo sacerdócio de quem se modelava seu verdadeiro sacerdócio?
11 É notável, porém, que nenhum sacerdócio na terra proveu o Sumo Sacerdote deste “sacerdócio real”, deste “reino de sacerdotes”. (Êxodo 19:6) Jesus Cristo era de fato judeu ou israelita segundo a carne, mas não nasceu na linhagem de Arão, da tribo de Levi, à qual se restringia o sacerdócio judaico. Sendo “filho de Maria”, Jesus nasceu na família real de Davi, e, por isso, na tribo de Judá. “Pois é bastante claro que o nosso Senhor procedeu de Judá, tribo da qual Moisés não disse nada quanto a sacerdotes.” (Hebreus 7:14) Por isso não se pode dizer que o Sumo Sacerdócio celestial de Jesus Cristo se baseie em ele ter sido sacerdote humano na terra. Precisamos examinar como ele se tornou sacerdote, além de ser rei. Contudo, seu verdadeiro sacerdócio é modelado segundo o do sumo sacerdote judaico Arão.
O VALOR DUM VERDADEIRO SACERDOTE DO “DEUS VIVENTE”
12. Segundo Hebreus 5:1-3, de que valor é ser sacerdote?
12 Afinal, de que valor é um sacerdote? Ora, ele faz algo que o mero rei não pode fazer. Não falando sobre o sacerdócio inútil dum deus pagão, mas sobre o sacerdócio da família de Arão, o levita, Hebreus 5:1-3 diz: “Pois todo sumo sacerdote tomado dentre os homens é designado a favor dos homens sobre as coisas referentes a Deus, à fim de oferecer dádivas e sacrifícios pelos pecados. Ele é capaz de lidar moderadamente com os ignorantes e com os que erram, visto que ele também [igual ao Sumo Sacerdote Arão] está cercado pela sua própria fraqueza, e por causa dela está obrigado a fazer ofertas pelos pecados, tanto por si mesmo como pelo povo.”
13. (a) Quando foi que não havia necessidade dum sacerdote para a humanidade? (b) Por que pôde Jesus tornar-se sumo sacerdote e oferecer um sacrifico?
13 Se não houvesse pecados humanos contra o “Deus vivente”, não haveria necessidade dum sacerdote, especialmente dum sumo sacerdote. O homem perfeito Adão, no Jardim do Éden, não precisou dum sacerdote, porque foi criado sem Pecado, por Jeová Deus, que não é a fonte do pecado. (Gênesis 2:7, 8; Eclesiastes 7:29) Jesus Cristo, que é chamado “o último Adão”, nasceu numa raça de pecadores, mas não precisou dum sacerdote, porque teve um nascimento virgem por meio de Maria e sua vida procedeu diretamente de Deus. Nasceu sem pecado e criou-se sem pecado, permanecendo sem pecado até à sua morte sacrificial. (1 Coríntios 15:45-47; Hebreus 7:26; 1 Pedro 2:21-24) Por não ter pecado, pôde tornar-se sumo sacerdote e oferecer um sacrifício perfeito.
14, 15. (a) Como se tornou Jesus sumo sacerdote — pela sua própria decisão de se tornar tal, ou como? (b) Como se cumpriu o Salmo 2:7 quando Jeová ressuscitou a Jesus, e como pôde Jesus então ser sacerdote igual a Melquisedeque?
14 Quem constituiu Jesus Cristo em sumo sacerdote, embora fosse da tribo real de Judá? Decidiu ele mesmo tornar-se sumo sacerdote? Não; não podia fazer isso. Isto nos é explicado em Hebreus 5:4-6 nas seguintes palavras: “Também, o homem não se arroga esta honra por si mesmo, mas apenas quando é chamado por Deus’ assim como também Arão foi. Assim, também, o Cristo não se glorificou a si mesmo por se tornar sumo sacerdote, mas foi glorificado por aquele que falou com referência a ele: ‘Tu és meu filho; hoje eu me tornei teu pai.’ Assim como ele diz também em outro lugar: ‘Tu és sacerdote para sempre à maneira de Melquisedeque.’”
15 Por ressuscitar a Jesus Cristo dentre os mortos, o Deus Todo-poderoso cumpriu estas palavras citadas do Salmo 2:7, escritas por Davi, e Deus tornou-se assim Pai eterno do ressuscitado Jesus Cristo, e este, por ser ressuscitado incorruptível, tornou-se Filho eterno de seu Dador celestial da vida, Jeová Deus. Sendo então Filho incorruptível, pôde ser constituído “sacerdote para sempre sem precisar de sucessor, e assim pôde ser sacerdote “à maneira de Melquisedeque”! — Atos 13:33-37; Salmo 110:4.
16. Quem era esse Melquisedeque, e, segundo o livro de Gênesis, como surgiu no cenário da história?
16 Quem era esta misteriosa figura histórica, Melquisedeque? Não era hebreu. Não era israelita. Não era levita. Não era judeu. De repente, aproximadamente entre os anos 1943 e 1933 A.E.C., apareceu no cenário na vizinhança de onde se encontra hoje Jerusalém “Abrão, o hebreu”, encontrou-se ali com ele ao retornar duma guerra para perto de onde hoje fica Hébron. Isso é tudo o que as Escrituras Hebraicas nos dizem sobre este encontro: “O rei de Sodoma saiu-lhe então ao encontro, depois de ele ter voltado de derrotar Quedorlaomer e os reis que havia com ele, à Baixada de Savé, isto é, à Baixada do Rei. E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe para fora pão e vinho; e ele era sacerdote do Deus Altíssimo. Abençoou-o então e disse: ‘Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, Produtor do céu e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus opressores na tua mão!’ Então, Abrão deu-lhe um décimo de tudo.” — Gênesis 14:17-20.
17. Em que sentido prefigurava Melquisedeque a Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, e foi Jesus sucessor de Melquisedeque?
17 Ali não diz quem era o pai humano de Melquisedeque, de modo que pudéssemos dizer que Melquisedeque herdou o sacerdócio de seu pai. Tampouco nos diz quando Melquisedeque morreu, de modo que pudéssemos dizer que seu sacerdócio terminou ali. Assim, seu sacerdócio estendeu-se por tempo indefinido. Em harmonia com isso, não se relata nenhum sucessor de Melquisedeque. Neste respeito, ele podia ser usado para prefigurar o Sumo Sacerdote Jesus Cristo. Ou podia dizer-se que Jesus Cristo era “sacerdote para sempre à maneira de Melquisedeque”. Jesus Cristo não obteve seu sacerdócio de Melquisedeque; não era sucessor sacerdotal de Melquisedeque. Ele o era apenas “à maneira” do rei-sacerdote de Salém.
18. Em acordo com o nome Melquisedeque, que espécie de sacerdócio será o de Jesus Cristo, e como é o assunto de Melquisedeque explicado em Hebreus 6:20 a 7:3?
18 Visto que o nome Melquisedeque significa “Rei da Justiça” e visto que Jesus Cristo é isso “à maneira” dele, garante-se que o Sumo Sacerdócio de Jesus Cristo, por mil anos, será um sacerdócio justo, sem intrigas ou tramas clericais. Isto nos é belamente explicado em Hebreus 6:20 a 7:3, onde lemos: “Jesus, que se tornou sumo sacerdote para sempre à maneira de Melquisedeque. Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que foi ao encontro de Abraão, quando este voltava da matança dos reis, e o abençoou, e a quem Abraão repartiu um décimo de todas as coisas, é primeiramente, por tradução, ‘Rei da Justiça’, e é então também rei de Salém, isto é, ‘Rei da Paz’. Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo nem princípio de dias nem fim de vida, mas tendo sido feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote perpetuamente.”
19. Como foi Melquisedeque “feito semelhante ao Filho de Deus” na questão do sacerdócio, e, por isso, de que dependia o sacerdócio de Jesus?
19 Como foi Melquisedeque “feito semelhante ao Filho de Deus” ou usado como ilustração de Jesus Cristo, o Filho de Deus? No sentido de que Jeová Deus usou Melquisedeque como modelo, ao falar sobre um juramento que Ele iria fazer a favor de seu Filho Jesus Cristo. Deus inspirou o Rei Davi a dizer, no Salmo 110:1-4: “A pronunciação de Jeová a meu Senhor é: Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.’ . . . Jeová jurou (e não o deplorará): ‘Tu és sacerdote por tempo indefinido à maneira de Melquisedeque!’” Assim, como no caso de Melquisedeque, o sacerdócio de Jesus Cristo não se baseia na descendência ou herança humana. Não precisou obter seu sacerdócio quer mediante Melquisedeque, quer mediante a família sacerdotal de Arão, da tribo de Levi. O sacerdócio de Jesus baseava-se no juramento de Jeová Jesus e em ele ter sido ressuscitado incorruptível dentre os mortos, para a vida celestial à mão direita de Deus.
20, 21. (a) Por que havia necessidade duma mudança de sacerdócio para a humanidade moribunda, daquele de Arão para o semelhante ao de Melquisedeque? (b) Como se declara isso em Hebreus 7:11-14?
20 O sacerdócio da família levítica de Arão foi estabelecido pela lei que Jeová Deus deu ao povo de Israel mediante o mediador Moisés, no monte Sinai, na Arábia. Mas a família de Arão, por ter herdado o pecado e a imperfeição do transgressor Adão, não produziu e não podia produzir um sumo sacerdote perfeito; ela não produziu a perfeição sacerdotal. (Romanos 5:12) De modo que a situação de toda a humanidade exigiu uma mudança de sacerdócio por parte de Jeová Deus, a mudança dum sacerdócio imperfeito, moribundo, para um sacerdócio perfeito, eterno. Por isso exigiu um sumo sacerdote igual ao antigo Melquisedeque. Isto é o que significa Hebreus 7:11-14 ao dizer:
21 “Se, pois, a perfeição fosse realmente por intermédio do sacerdócio levítico, (porque o povo recebeu a Lei com ele [o sacerdócio levítico] por particularidade,) que necessidade adicional haveria de surgir outro sacerdote à maneira de Melquisedeque e de quem não se diz que seja à maneira de Arão? Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente há também mudança da lei. Porque o homem [Jesus Cristo] de quem se dizem estas coisas tem sido membro de outra tribo, da qual ninguém oficiou junto ao altar. Pois é bastante claro que o nosso Senhor procedeu de Judá, tribo da qual Moisés não disse nada quanto a sacerdotes.”
22, 23. (a) Em contraste com o sumo sacerdote levítico, como foi Jesus constituído sumo sacerdote? (b) Segundo Hebreus 7:23-28, como pode Jesus, qual sumo sacerdote, salvar completamente os que se aproximam de Deus por intermédio dele?
22 O sumo sacerdote judaico Arão e seus sucessores no cargo não foram feitos sacerdotes com um juramento por parte de Jeová Deus. Mas Jesus Cristo, sem quaisquer relações sacerdotais na terra, foi constituído sumo sacerdote pelo juramento de Deus. Sua vida foi brevemente interrompida ao ele morrer como sacrifício humano perfeito, mas ele foi ressuscitado à vida celestial incorruptível, para ser sumo sacerdote para sempre, igual a Melquisedeque. O contraste entre ele e o sacerdócio levítico de Arão e os sucessores deste é apresentado em Hebreus 7:23-28, onde lemos:
23 “Outrossim, muitos [filhos de Arão] se tinham de tornar sacerdotes em sucessão, por serem impedidos pela morte de continuarem como tais, mas ele [o Melquisedeque Maior], por continuar vivo para sempre, tem o seu sacerdócio sem quaisquer sucessores. Por conseguinte, ele é também capaz de salvar completamente os que se aproximam de Deus por intermédio dele, porque está sempre vivo para interceder por eles. Pois, para nós era apropriado tal sumo sacerdote, leal, cândido, imaculado, separado dos pecadores e que chegou a ser mais alto do que os céus. Ele não precisa, como aqueles sumos sacerdotes, oferecer diariamente sacrifícios, primeiro pelos seus próprios pecados e depois pelos do povo: (porque isto ele fez uma vez para sempre quando se ofereceu a si mesmo;) porque a Lei [de Moisés] designa como sumos sacerdotes a homens que têm fraquezas, mas a palavra do juramento afiançado [de Deus], que veio [mais de quatrocentos anos] depois da Lei, designa um Filho, que é aperfeiçoado para sempre.”
24. Jesus Cristo é sumo sacerdote de que espécie de “lugar santo”, e a humanidade deve ser grata pelo seu sacerdócio durante que período de tempo?
24 Portanto, qual é o ponto que se salienta aqui? O seguinte, conforme apresentado nos próximos dois versículos (Hebreus 8:1, 2), em resumo: “Ora, quanto às coisas que se discutem, este é o ponto principal: Nós temos um sumo sacerdote tal como este, e ele se assentou à direita do trono da majestade nos céus, servidor público do lugar santo e da verdadeira tenda, que Jeová erigiu e não algum homem.” Portanto, não devia a humanidade ser muito grata a Deus, de que terá tal Sumo Sacerdote para chegar-se a Deus e rogar por ela durante os mil anos designados, nos quais Satanás, o Diabo, e seus demônios estarão presos e num abismo? Sim! Deveras, tal provisão de Deus assegura o melhor para a humanidade.
25. Por que não serviu Jesus como sumo sacerdote no templo de Jerusalém, e de que era tipo o templo de Jerusalém?
25 Jesus Cristo, quando esteve na terra como homem perfeito, nunca serviu como servidor público no templo em Jerusalém. Não estava autorizado pela Lei de Moisés a fazer isso, porque não era levita, nem da família sacerdotal de Arão. No entanto, serviu num lugar santo mais elevado num templo mais elevado ou mais importante, não erigido em Jerusalém, por homens tais como o Rei Herodes, o Grande, ou o Governador Zorobabel ou o Rei Salomão. Tais templos feitos por homens, assim como a tenda sagrada de reunião erigida pelo profeta Moisés, foram apenas típicos, ilustrativos. (Êxodo 40:1-33) Não há registro de que o Rei Melquisedeque construísse um templo em Salém e precisasse de tal edifício para servir como “sacerdote do Deus Altíssimo”. Portanto, nada semelhante a isso, relacionado com Melquisedeque, pode ser usado como tipo. Mais Melquisedeque Maior, Jesus Cristo, serve como Sumo Sacerdote no lugar santo e templo antitípicos, a saber, ‘no lugar santo e na verdadeira tenda, que Jeová erigiu’.
O VERDADEIRO TEMPLO
26, 27. (a) Em que compartimentos se dividiam a tenda sagrada e o templo em Jerusalém? (b) Quais eram as peças de mobília nos respectivos compartimentos da tenda e do templo de Salomão?
26 A tenda sagrada erigida por Moisés junto ao monte Sinai e os templos em Jerusalém tinham dois compartimentos, sendo o primeiro compartimento chamado de O Santo e o segundo ou mais recôndito compartimento sendo chamado de O Santíssimo ou Santo dos Santos, o Mais Santo de todos.
27 No primeiro compartimento, O Santo, as peças de mobília eram a mesa dourada para a apresentação dos pães comumente chamados “pães da proposição” e o candelabro de ouro, com sete ramos encimados por lâmpadas, bem como o altar dourado estacionário para incenso. Ali, à luz do candelabro de ouro, o sumo sacerdote podia arrumar os pães da proposição e oferecer incenso fragrante no altar. Mas no compartimento mais recôndito ou Santíssimo, no caso da tenda armada por Moisés e do templo construído pelo rei Salomão, havia a sagrada Arca dourada o Pacto, com sua tampa ou cobertura de ouro encimada por dois querubins de ouro, que se encaravam com asas estendidas. A luz neste compartimento mais recôndito ou Santíssimo era provida por uma luz milagrosa, chamada de Luz Xequiná, que pairava acima da tampa propiciatória e entre os dois querubins.
28. Que preparativos fez o sumo sacerdote judaico para a aspersão do sangue dos sacrifícios de expiação no Santíssimo, e pelos pecados de quem fez assim expiação?
28 Antes de apresentar uma vez por ano o sangue dos sacrifícios de expiação no Dia da Expiação, o sumo sacerdote arônico levava um incensário portátil ou turíbulo e passava para além da cortina interna, que separava o primeiro compartimento mais recôndito (o Santíssimo), queimando incenso diante da Arca do Pacto, na iluminação da Luz Xequiná. Isto preparava para ele o caminho para voltar mais tarde com o sangue dos dois sacrifícios de expiação e aspergir a este em direção da tampa propiciatória (o Propiciatório) da Arca do Pacto. Assim fazia expiação pelos seus próprios pecados e pelos de sua casa ou tribo levítica, e depois pelos pecados ‵do povo de Israel. Este era o processo expiatório delineado no pacto da Lei de Moisés. — Hebreus 9:1-10; Números 7:89.
29. (a) Quando se inaugurou a “tenda” sagrada armada por Moisés e quando se deu isso com o templo de Salomão? (b) Quando veio a existência a verdadeira tenda ou templo?
29 A tenda sagrada de reunião foi erigida por Moisés no ermo de Sinai no primeiro dia do mês primaveril de nisã do ano 1512 E.C. O Rei Salomão completou seu templo em Jerusalém em 1027 A.E.C. e depois o dedicou no dia quinze do mês outonal de tisri do ano 1026 A.E.C. (1 Reis 8:1, 2, 65, 66) Mas, quando veio à existência a tenda ou o templo antitípico, a “verdadeira tenda” com seu “lugar santo”? Foi enquanto o templo típico construído pelo Rei Herodes, o Grande, ainda se erguia em Jerusalém. Foi no princípio do outono do ano 29 de nossa Era Comum. Como? O que aconteceu então para exigir o verdadeiro templo?
30, 31. (a) Em que ocasião e como veio à existência o antitípico Sumo Sacerdote? (b) Que dia antitípico para se tirarem os pecados começou então, e como se comparou aquilo que Jesus ofereceu com o que Arão ofereceu?
30 Naquele ano 29 E.C., veio à existência o Sumo Sacerdote Antitípico, e igual ao sumo sacerdote levítico Arão, ele tinha de ter uma tenda sagrada ou um templo em que oficiar. Este Sumo Sacerdote sacrificante, antitípico, é o Senhor Jesus, ungido com espírito santo de Deus para ser sumo sacerdote espiritual. Esta unção com espírito santo se deu com ele depois de ser batizado por João Batista no rio Jordão. Tornar-se ele assim o Messias ou Ungido, à idade de trinta anos, ocorreu três anos e meio antes de sua morte sacrificial pelos pecados da humanidade. (Daniel 9:24, 25, 27; Lucas 3:21-23) Nesta ocasião começou o grande e antitípico Dia da Expiação, e Jesus Cristo tinha algo melhor do que o Sumo Sacerdote Arão tinha no dia típico de expiação lá no ano 1512 A.E.C., depois de se armar a tenda ou o tabernáculo sagrado. De que se tratava? Somos informados em Hebreus 8:3-6 e 9:11-14:
31 “Todo sumo sacerdote é designado para oferecer tanto dádivas como sacrifícios, tendo sido por isso necessário que este também tivesse algo para oferecer. Então, se ele estivesse na terra, não seria sacerdote, havendo homens que oferecem as dádivas segundo a Lei, os quais, porém, prestam serviço sagrado numa representação típica e como sombra das coisas celestiais; assim como Moisés, quando estava para completar a tenda, recebeu o mandado divino: Pois ele diz: ‘Cuida de que faças todas as coisas segundo o seu modelo que te foi mostrado no monte.’ Mas, Jesus obteve agora um serviço público mais excelente, de modo que ele é também o mediador dum pacto correspondentemente melhor, que foi estabelecido legalmente em promessas melhores.”
32. Conforme tipificado no caso de Arão, onde entrou Jesus Cristo, e com que, para purificar nossa consciência de obras mortas?
32 “No entanto, quando Cristo veio como sumo sacerdote das boas coisas que se realizaram por intermédio da tenda maior e mais perfeita, não feita por mãos, isto é, não desta criação, ele entrou no lugar santo [correspondendo ao Santíssimo da tenda], não, não com o sangue de bodes e de novilhos, mas com o seu próprio sangue, de uma vez para sempre, e obteve para nós um livramento eterno. Pois se o sangue de bodes e de touros, e as cinzas duma novilha, aspergidos sobre os aviltados, santifica até à purificação da carne, quanto mais o sangue do Cristo, o qual, por intermédio dum espírito eterno, se ofereceu a Deus sem mácula, purificará as nossas consciências de obras mortas, para que prestemos serviço sagrado ao Deus vivente?”
33, 34. (a) O que simbolizou Jesus por ser imerso no rio Jordão? (b) O que preparou Deus para o homem Jesus, por que o ofereceu este e quantas vezes?
33 Portanto, quando o homem perfeito Jesus se tornou Sumo Sacerdote ungido de Deus, após o seu batismo em água, o que tinha ele para oferecer a Deus em sacrifício? Não o corpo de algum animal subumano, cujo sangue nunca podia lavar os pecados humanos, mas o seu próprio corpo humano, perfeito, que possuía em razão de seu nascimento duma virgem, Maria. Reconheceu que o Deus Todo-poderoso o preparara e equipara para este proceder de sacrifício. Reconheceu que, neste tempo marcado, era o propósito de Deus que empreendesse este proceder de auto-sacrifício. Por conseguinte, quando veio a João Batista para ser imerso no rio Jordão, veio para se apresentar a Deus, a fim de fazer daí em diante a vontade divina. Seu batismo em água simbolizava apresentar-se ele para fazer vontade de Deus, mesmo até a morte sacrificial. Hebreus 10:4-10 diz sobre isso:
34 “Não é possível que o sangue de touros e de bodes tire pecados. Por isso, ao entrar no mundo, ele diz: “‘Sacrifício e oferta não quiseste, porém, preparaste-me um corpo. Não aprovaste os holocaustos e as ofertas pelos pecados.” Então disse eu: “Eis aqui vim (no rolo do livro está escrito a meu respeito) para fazer a tua vontade, ó Deus.”’ Dizendo primeiro: ‘Não quiseste nem aprovaste sacrifícios, e ofertas, e holocaustos, e ofertas pelo pecado’ — sacrifícios que se oferecem segundo a Lei — ele diz então realmente: ‘Eis aqui vim para fazer a tua vontade.’ Ele elimina o primeiro para estabelecer o segundo. Pela dita ‘vontade’ é que temos sido santificados por intermédio da oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez para sempre.”
35. (a) No típico Dia da Expiação, o que foi aplicado ao altar e o que foi oferecido nele? (b) Qual foi o “altar antitípico em que Jesus se ofereceu?
35 No típico dia antigo da expiação, o sumo sacerdote Arão aplicava parte do sangue das vítimas expiatórias ao altar e também queimava a gordura as vítimas expiatórias sobre este altar, que se encontrava no meio do pátio diante da tenda sagrada de reunião. (Levítico 16:16-19, 25) Então, qual foi o “altar” antitípico em que Jesus Cristo, como sumo sacerdote espiritual, ofereceu o sacrifício de sua natureza humana perfeita? Não foi um altar material, semelhante ao altar de cobre no pátio da tenda de reunião. Não foi a estaca de execução, na qual ele ficou pendurado até morrer no Calvário, porque aquela estaca foi algo amaldiçoado e não foi santificada pelo seu sangue precioso. (Deuteronômio 21:22, 23; Gálatas 3:13) Antes, foi algo espiritual em que Jesus Cristo pôde oferecer o valor de seu perfeito corpo humano, vivo. Foi a “vontade” ou o beneplácito divino. Veio apresentar-se para fazer esta “vontade”. Foi a disposição de Deus, de aceitar então um sacrifício humano, em vez de vítimas animais. Portanto, sobre a base desta “vontade” divina, Jesus ofereceu o valor de sua vida humana.
36. Quem está autorizado a comer deste “altar” espiritual e com que resultado para si?
36 Assim veio à existência o “altar” antitípico, a respeito do qual Hebreus 13:10 diz aos cristãos ungidos: “Nós temos um altar do qual os que fazem serviço sagrado na tenda não têm autoridade para comer.” Quão materialista e antibíblico é, portanto, quando certos sacerdotes da cristandade erigem um “altar” material nos seus edifícios religiosos ou em outro lugar de adoração, afirmando oferecer vez após vez o sacrifício de Cristo, como na sua celebração da “Missa”! Os que têm a autoridade de comer do verdadeiro “altar” espiritual são “santificados por intermédio da oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez para sempre”.
37. (a) O que veio à existência junto com o “altar” espiritual, conforme tipificado com relação à ‘tenda” antiga? (b) O que tipificou este pátio no caso de Jesus?
37 Assim como o antigo altar de cobre estava no meio do pátio, diante da tenda sagrada de reunião, assim, junto com o antitípico “altar” espiritual, veio à existência o “pátio” antitípico. Este não representa um local ou lugar, mas uma condição da pessoa na terra. Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote ungido, estava naquele pátio antitípico, porque se encontrava na condição duma criatura humana perfeita Sua condição na terra, portanto, foi literalmente reta, justa, irrepreensível e imaculada. Igual aos filhos de Corá, o levita, encontrou um lugar de descanso para si junto ao grandioso altar da vontade de Jeová, no pátio do verdadeiro “grandioso tabernáculo” de Jeová Deus. (Salmo 84:1-3) Deleitou-se em fazer a vontade divina. — Salmo 40:8.
38, 39. (a) O que mais veio à existência junto com o antitípico pátio e altar? (b) Que pergunta suscita isso e que palavras de Jesus mostram o lugar de Deus?
38 Não só vieram então à existência o antitípico altar e pátio, para o novo Sumo Sacerdote espiritual, o ungido Jesus, mas também veio a existência a tenda ou o templo antitípico. Daí em diante, a “verdadeira tenda, que Jeová erigiu”, estava a disposição do novo Sumo Sacerdote espiritual.
39 O que é esta “verdadeira tenda” ou templo? Trata-se dum novo edifício especial que Criador fez para si lá nos céus invisíveis? Não, porque Deus não precisa de tal coisa. O Deus Altíssimo sempre teve um lugar de residência no céu. Ele não é um espírito difuso, que é onipresente, presente em toda a parte ao mesmo tempo. Sendo Pessoa inteligente, tem o seu lugar, seu local de residência, onde é possível chegar a ele. Jesus Cristo ensinou aos seus discípulos a orar: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome.” Advertiu-nos contra desprezarmos a qualquer dos “pequenos” que crêem nele e explicou o motivo disso, dizendo: “Pois eu vos digo que os seus anjos no céu sempre observam o rosto de meu Pai, que está no céu.” (Mateus 6:9; 18:10) Quer dizer, tais anjos celestiais têm acesso ao Pai divino.
40. O que podia Deus fazer com referência à sua residência celestial, para torná-la comparável ao Santíssimo da “tenda” sagrada?
40 Entretanto, o Deus Todo-poderoso pode mudar o aspecto de seu lugar exclusivo de residência. Assim, no tempo em que produziu seu Sumo Sacerdote espiritual, por ungir Jesus Cristo, que acabava de ser batizado, Deus podia fazer sua própria residência celestial tomar um aspecto novo, com novo equipamento ou particularidades, para com a humanidade no pecado dela (não em relação com os anjos sem pecados). A santidade de sua residência celestial foi intensificada em contraste com a pecaminosidade excessiva da humanidade. Sua residência pessoal se apresentava então como lugar santo dum Deus que é justo e ainda assim misericordioso, ao ponto de aceitar um perfeito sacrifício apropriado a favor da humanidade profana. Mas este sacrifício, ou seu valor, tinha de ser apresentado por um Sumo Sacerdote sem pecado e santo, que podia ter acesso pessoal, aceitável, a Deus. De modo que seu trono celestial torna-se um trono propiciatório. Deste modo, Deus fez com que sua residência celestial assumisse as características espirituais do Santíssimo ou compartimento mais santo da tenda ou do templo típico.
41, 42. (a) Onde se permitiu a entrada de Arão “uma vez por ano” e como? (b) Qual foi o Santíssimo em que Jesus Cristo entrou, em que período de tempo e quantas vezes?
41 Este é o conceito bíblico. Lembramo-nos de que o sumo sacerdote Arão levava o sangue dos sacrifícios do dia da expiação ao Santíssimo da tenda terrena de reunião, passando pela cortina ou véu interno, a fim de fazer isso. (Levítico 16:12-17; Hebreus 9:7) Para cumprir o quadro típico, o Sumo Sacerdote Jesus Cristo tinha de entrar no verdadeiro Santíssimo. Onde mostra a Bíblia que este se encontra, e o que é?
42 Escute: “Por isso era necessário que as representações típicas das coisas nos céus fossem purificadas por estes meios, mas, as próprias coisas celestiais, com sacrifícios melhores do que tais sacrifícios. Porque Cristo entrou, não num lugar santo feito por mãos, [lugar santo] que é uma cópia da realidade, mas no próprio céu, para aparecer agora por nós perante a pessoa de Deus. Nem é próprio que ele se ofereça muitas vezes, como, de fato, o sumo sacerdote entra de ano em ano no lugar santo com sangue que não é seu próprio. Senão [Jesus] teria de sofrer muitas vezes, desde a fundação do mundo. Mas agora ele se manifestou uma vez para sempre, na terminação dos sistemas [típicos] de coisas, para remover o pecado por intermédio do sacrifício de si mesmo.” — Hebreus 9:23-26.
43, 44. (a) Então, qual é a residência sagrada de Deus com respeito ao seu templo? (b) O que separava o Santo do Santíssimo, e como foi atravessado por Jesus no antítipo?
43 Em vez de culminar o antitípico Dia da Expiação por entrar num “lugar santo” típico, dentro da tenda ou do templo típico, o Sumo Sacerdote Jesus Cristo entrou “no própria céu”, onde está a “pessoa de Deus”. Esta residência celestial da própria pessoa de Deus é o verdadeiro Santíssimo, Santo dos Santos, o Mais Santo de todos.
44 Na tenda ou no templo típico na terra, o Santíssimo estava oculto por uma cortina ou um véu, e assim se dizia que o Santíssimo estava no interior da cortina. De modo que esta cortina representava a barreira carnal, humana, que se tinha de atravessar para alguém passar da vida humana na terra para os céus invisíveis. Jesus Cristo, pela morte e pela ressurreição, atravessou esta barreira, a fim de entrar no Santíssimo celestial. É a isto que se refere Hebreus 6:19, 20, quando diz, depois de falar da esperança celestial dos 144.000 discípulos fiéis: “Temos esta esperança como âncora para a alma, tanto segura como firme, e ela penetra até o interior da cortina, onde um precursor entrou a nosso favor, Jesus, que se tornou sumo sacerdote para sempre à maneira de Melquisedeque.” A esperança ancorada no “interior da cortina” é celestial.
O “SANTO” DO TEMPLO ESPIRITUAL DE DEUS
45. (a) O que mais havia na “tenda”, além do Santíssimo? (b) Quem entrava no Santo, quantas vezes e como?
45 Não despercebamos que não havia só o Santíssimo na tenda ou no templo terreno. Além deste compartimento mais recôndito, que era o Santíssimo, a tenda ou o templo tinha outro compartimento na frente da cortina divisória. Este compartimento foi chamado de Santo. (Hebreus 9:1-3) Visto que o Santíssimo tipificava o “próprio céu”, onde está a “pessoa de Deus”, o que representava o Santo na frente da cortina ou do reposteiro? Ao passo que o sumo sacerdote podia entrar no Santíssimo apenas “uma vez por ano”, no dia da expiação, podia-se entrar regularmente no Santo, não só o sumo sacerdote, mas também todos os subsacerdotes. Os sacerdotes entravam neste primeiro compartimento, o Santo, vindo diretamente do pátio onde estava o altar; mas tinham de passar por um reposteiro ou cortinado que separava o Santo do pátio.
46, 47. (a) Quando e como entrou Jesus no Santo antitípico? (b) Portanto, o que representa o Santo, e que privilégios usufruem ali os sacerdotes antitípicos?
46 De modo que o Santo representava uma condição de maior santidade do que o pátio. Visto que o Santo estava encoberto e seu conteúdo assim oculto dos olhos dos que estavam no pátio, o Santo tipificava uma condição espiritual superior ao que é representado pelo pátio, que representa uma condição humana de posição justa perante Deus. Jesus Cristo entrou na condição representada pelo compartimento do Santo quando foi gerado pelo espírito santo de Deus, depois de seu batismo em, e se tornou assim Filho espiritual de Deus. (Mateus 3:13-17) Por ser também ungido com o espírito de Deus, Jesus, como Filho espiritual de Deus, foi investido do carro sacerdotal; tornou-se o Sumo Sacerdote de Deus’ conforme representado pelo Sumo Sacerdote Arão.
47 Deste ponto de vista, pode-se ver que o compartimento do Santo representava a condição de gerados pelo espírito daqueles que são introduzidos neste sacerdócio espiritual. Nesta condição, estes sacerdotes espirituais, na terra, gozam de luz espiritual como que por um candelabro de ouro, comem alimento espiritual como que duma mesa dourada de pães de proposição e oferecem o incenso de oração e serviço a Deus, como que estando diante dum altar dourado de incenso. — Êxodo 40:4, 5, 22-28.
48. Quanto tempo estava Jesus na condição representada pelo Santo e por que não tiveram seus discípulos um discernimento claro a seu respeito?
48 Contando-se desde o dia de seu batismo e de sua unção com espírito santo até o dia de sua morte (de 29 a 33 E.C.), Jesus Cristo esteve por três anos e meio nesta condição sacerdotal de gerado pelo espírito, representada pelo compartimento do Santo. Seus serviços nesta condição não podiam ser devidamente discernidos e apreciados por meros homens naturais, nem mesmo pelos seus discípulos fiéis, porque encaravam os assuntos dum ponto de vista natural, humano. O dia da Festividade de Pentecostes do ano 33 E.C., com seu derramamento de espírito santo, ainda não havia chegado. (João 7:39) Seu discernimento foi impedido como que pelo “reposteiro da entrada do tabernáculo”, que ocultava as coisas dentro do compartimento do Santo. — Êxodo 40:28, 29.
49. Como foi Jesus impedido, no Santo antitípico, de se chegar diretamente ao Santíssimo celestial?
49 Dentro da condição do Santo, a condição sacerdotal de gerado pelo espírito, o Sumo Sacerdote Jesus Cristo, na terra, foi impedido de chegar diretamente à presença celestial de Deus, por ainda estar na carne como criatura humana perfeita. Havia aquela “cortina” simbólica entre ele e o Santíssimo celestial, assim como quando Moisés “pôs no lugar a cortina do reposteiro, e vedou a aproximação à arca do testemunho”. — Êxodo 40:21.
50. (a) Quando passou Jesus Cristo por esta “cortina” interna, e como? (b) Que juramento a respeito do sacerdócio cumpriu-se então para com Jesus Cristo, e por quê?
50 Jesus Cristo, como Sumo Sacerdote, passou por esta cortina simbólica da “verdadeira tenda” em 16 de nisã do ano 33 E. C., ao ser ressuscitado dentre os mortos, não mais apenas gerado pelo espírito e na carne, mas então produzido plenamente como Filho espiritual de Deus, nos céus invisíveis. O apóstolo Pedro declarou isso corretamente ao escrever: “Até mesmo Cristo morreu uma vez para sempre quanto aos pecados, um justo pelos injustos, a fim de conduzir-vos a Deus, sendo morto na carne, mas vivificado no espírito.” (1 Pedro 3:18) Naquele dia momentoso, cumpriu-se para com Jesus Cristo o juramento de Deus a respeito dum sacerdócio eterno “à maneira de Melquisedeque”, sendo então recompensado com “o poder duma vida indestrutível”. (Hebreus 7:16, 24; Atos 13:33-37; Romanos 1:1-4) Depois de aparecer aos seus discípulos fiéis por manifestação especial durante os quarenta dias seguintes, ele subiu ao céu e apresentou ao próprio Deus, no verdadeiro Santíssimo, o valor de seu sacrifício humano perfeito. — Atos 1:1-11; Hebreus 9:24.
51. (a) Quando terminou o antitípico Dia da Expiação e quanto tempo durou? (b) Como se forneceu a evidência de que o mérito do sacrifício de Jesus havia sido aceito no Santíssimo?
51 Com esta apresentação do mérito do sacrifício de Cristo, no Santíssimo celestial, terminou o grande antitípico Dia da Expiação. No caso do Sumo Sacerdote Arão, da tribo de Levi, o dia nacional de expiação era apenas um dia literal de vinte e quatro horas. Mas no caso do Sumo Sacerdote Jesus Cristo, o antitípico Dia da Expiação mostrou ser um período de quase três anos e oito meses. Dez dias após a ascensão de Jesus ao céu, deu-se aos seus discípulos fiéis na terra a evidência de que o mérito de seu perfeito sacrifício humano, apresentado a Deus no Santíssimo celestial, foi aceito. Como? Pelo derramamento do espírito santo sobre eles, em Jerusalém, no domingo, 6 de sivã, no dia da Festividade das Semanas ou dia de Pentecostes do ano 33 E.C. (Atos 2:1-36) Isto assinalou algo novo com respeito à “verdadeira tenda, que Jeová erigiu”. Veremos isto a seguir.
SUBSACERDOTES ESPIRITUAIS
52. (a) Como se prefigurou que o Melquisedeque Maior tem subsacerdotes? (b) Quando foi empossado o sacerdócio arônico e que “sinal sagrado” foi posto na cabeça de Arão?
52 Não há registro de que o Rei-Sacerdote Melquisedeque, da antiga Salém, tivesse subsacerdotes. Mas o Filho de Deus, que se tornou “sumo sacerdote à maneira de Melquisedeque”, tem subsacerdotes. (Hebreus 5:8-10) Isto foi prefigurado pela família sacerdotal de Arão, o levita. Jeová Deus convocou Arão para ser o sumo sacerdote de Israel e seus filhos para serem subsacerdotes dele. No primeiro dia do mês primaveril de nisã do ano 1512 A.E.C., o profeta Moisés obedeceu à ordem de Deus e passou a empossar Arão e os filhos dele no sacerdócio. (Êxodo 40:1, 2, 12-16; 29:4-9; Levítico 8:1-13) Entre as peças da vestimenta do sumo sacerdote “fizeram a lâmina lustrosa, o sinal sagrado de dedicação, de ouro puro, e inscreveram nela uma inscrição em gravura de sinete: ‘A santidade pertence a Jeová.’” — Êxodo 39:30.
53. (a) Ao adornar assim o turbante do Sumo Sacerdote Arão, a que ordem de Jeová obedeceu Moisés? (b) De que verbo hebraico se deriva o termo “sinal de dedicação”?
53 Portanto, ao vestir seu irmão Arão para ser empossado como sumo sacerdote, Moisés cumpriu a ordem de Jeová: “E tens de colocar o turbante na sua cabeça e por o sinal sagrado de dedicação no turbante. E tens de tomar o óleo de unção e despejá-lo sobre a sua cabeça e ungi-lo.” (Êxodo 29:6, 7) Visto que este “sinal sagrado de dedicação” era a “lâmina lustrosa” de ouro puro, muitos tradutores das Escrituras Hebraicas preferem verter esta expressão por “diadema sagrado”, “o diadema da santidade”. (Veja Êxodo 29:6, PIB; CBC) Naturalmente, as palavras hebraicas regulares para “diadema” e “coroa” são diferentes da palavra hebraica aqui traduzida ‘sinal de dedicação’. Em Levítico 21:12, esta última palavra hebraica é aplicada ao óleo de unção na cabeça do sumo sacerdote, pois lemos: “Tampouco deve sair do santuário e não deve profanar o santuário de seu Deus, porque há sobre ele o sinal de dedicação, o óleo de unção de seu Deus.” A palavra hebraica deriva-se do verbo nazar, que é traduzido “dedicar-se” em Oséias 9:10. — An American Translation; NM.
54, 55. (a) Como se chamava ao sumo sacerdote ungido e o que tipificou a unção dele? (b) Foi João Batista quem ungiu Jesus com espírito santo, ou quem foi?
54 Sem dúvida, o sumo sacerdote Arão e seus sucessores no cargo foram homens dedicados a Jeová Deus por motivo de sua posse oficial. (Êxodo 29:30, 35) Por ter sido ungido com óleo santo de unção, o sumo sacerdote foi chamado “o ungido” ou Messias (Levítico 4:3, 5, 16; 6:22), assim como posteriormente também os reis ungidos de Israel. (1 Samuel 24:6, 10; 26:9-11; Lamentações 4:20) Portanto, depois de se nos dizerem os nomes dos quatro filhos e subsacerdotes do Sumo Sacerdote Arão, lemos: “Estes eram os nomes dos filhos de Arão, os sacerdotes ungidos cujas mãos tinham sido enchidas de poder para atuarem como sacerdotes.” (Números 3:1-3) Quando Moisés, mediador entre Jeová Deus e a nação de Israel, ungiu seu irmão mais velho Arão para ser sumo sacerdote, isso tinha um significado típico. Tipificava que Deus ungiria seu Filho Jesus com o espírito santo, depois de Jesus subir das águas do batismo.
55 João Batista era filho dum sacerdote levita, a saber, Zacarias, da divisão sacerdotal de Abias. No entanto, João apenas batizou Jesus no rio Jordão; não ungiu Jesus para ser sumo sacerdote espiritual. (Lucas 1:5-17; 3:21-23; Marcos 1:9-11) Só Deus podia ungir Jesus com o espírito santo.
56, 57. (a) O que disse João Batista sobre os poderes que Jesus receberia? (b) Antes de Jesus deixar os seus discípulos, o que lhes disse sobre o batismo com espírito santo?
56 Com referência a Jesus, João Batista dissera: “Depois de mim vem alguém mais forte do que eu; não sou nem apto para me abaixar e desatar os cordões de suas sandálias. Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com espírito santo.” Deus informara João a respeito da vinda deste, pois João disse: “Até eu não O conhecia, mas o Mesmo que me enviou a batizar em água disse-me: ‘Sobre quem for que vires descer o espírito e permanecer, este é quem batiza em espírito santo.’” (Marcos 1:7, 8; João 1:33) De modo que Jesus não só foi ungido com espírito santo para ser o sumo sacerdote espiritual, mas recebeu também poderes para batizar outros com espírito santo. Mas, quando batizaria com espírito santo? Não antes de sua morte como sacrifício humano perfeito.
57 Depois de sua ressurreição dentre os mortos, ele materializou corpos carnais e apareceu visivelmente aos seus discípulos que ainda estavam em Jerusalém. O que lhes disse então sobre o espírito santo? Atos 1:4, 5, nos diz: “E, reunindo-se com eles, deu-lhes as ordens: ‘Não vos retireis de Jerusalém, mas persisti em esperar por aquilo que o pai tem prometido, a respeito do qual me ouvistes falar; porque João, deveras, batizou com água, mas vos sereis batizados em espírito santo, não muitos dias depois disso.’”
58, 59. (a) Quando ocorreu este batismo e como cumpriu Jesus Cristo antitipicamente aquilo que o sumo sacerdote fazia naquele dia no templo? (b) Que profecia de Joel começou a cumprir-se ali, e como relacionou Pedro o assunto com Jesus?
58 Isto veio a acontecer dez dias depois de sua ascensão ao céu. Deu-se em 6 de sivã do ano 33 E.C., no Dia da Festividade das Semanas (ou Pentecostes), quando o sumo sacerdote judaico, no templo em Jerusalém, apresentou a Deus dois pães levedados como primícias da colheita do trigo. (Levítico 23:15-21) Neste mesmo dia, de modo antitípico, o Sumo Sacerdote celestial Jesus Cristo apresentou a Jeová Deus a congregação cristã como primícias para Ele. (Revelação 14:4) Fez isso por servir como instrumento para o derramamento do espírito santo sobre seus discípulos que esperavam em Jerusalém. Foi um começo do cumprimento da profecia de Joel 2:28, 29, e o apóstolo Pedro, cheio de espírito, explicou isso assim, dizendo a milhares de espectadores judaicos:
59 “A este Jesus, Deus ressuscitou, fato de que todos nós somos testemunhas. Portanto, visto que ele foi enaltecido à direita de Deus e recebeu do Pai o prometido espírito santo, derramou isto que vedes e ouvis. Realmente, Davi não ascendeu aos céus, mas ele mesmo diz: ‘Jeová disse a meu Senhor: “Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.’” Portanto, que toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o fez tanto Senhor como Cristo, a este Jesus, a quem pendurastes numa estaca.” — Atos 2:14-21, 32-36.
60. Como foi prefigurado pela ação de Moisés, em 1.º de nisã de 1512 A.E.C., que Jesus derramaria assim o espírito santo?
60 Foi assim que Jesus Cristo batizou seus discípulos fiéis com espírito santo. Isto foi prefigurado muito antes, em 1.º de nisã de 1512 A.E.C. Foi quando Moisés cumpriu as ordens de Jeová e ungiu os filhos do Sumo Sacerdote Arão com óleo de unção. Lemos sobre isso: “Jeová falou então a Moisés, dizendo: ‘No dia do primeiro mês, no primeiro do mês, deves erigir o tabernáculo da tenda de reunião. Então terás de fazer chegar Arão e seus filhos perto da entrada da tenda de reunião e terás de lavá-los com água. E terás de vestir Arão com as vestes sagradas e terás de ungi-lo e santificado, e assim ele terá de atuar para mim como sacerdote. Depois farás chegar seus filhos e terás de vesti-los com vestes compridas. E terás de ungi-los assim como ungiste seu pai, e assim eles terão de atuar para mim como sacerdotes, e sua unção terá de servir-lhes continuamente como sacerdócio por tempo indefinido nas suas gerações.’ E Moisés passou a fazer segundo tudo o que Jeová lhe mandara. Fez exatamente assim.” — Êxodo 40:1, 2, 12-16.
61. O que se precisa dizer quanto à unção dos sucessores daqueles quatro subsacerdotes originais e quanto a se o sucessor do sumo sacerdote foi individualmente ungido com óleo sagrado?
61 Os quatro filhos de Arão foram assim ungidos como os primeiros subsacerdotes de Israel. Mas depois, seus sucessores, ao serem empossados, no cargo de subsacerdotes, não receberam uma unção individual com o óleo sagrado de unção. Considerava-se suficiente serem investidos no cargo com as vestimentas oficiais dos subsacerdotes. A unção dos primeiros quatro subsacerdotes serviu em representação deles. No entanto, cada sucessor do sumo sacerdote Arão foi ungido individualmente. (Números 3:1-3; Êxodo 29:29, 30; Números 20:23-29; Deuteronômio 10:6) Não obstante, todo o sacerdócio de Israel foi considerado como classe ungida, segundo a unção dos membros originais.
62. Por ser usado para ungir seus discípulos na terra, o que os constituiu Jesus debaixo de si mesmo, e como concorda com isso João, na Revelação?
62 No cumprimento antitípico, por meio da unção dos 144.000 discípulos fiéis com espírito santo, o Jesus Cristo celestial age como Representante de Deus e os torna sacerdotes espirituais, subsacerdotes dele, sobre os quais é o Sumo Sacerdote. É por isso que o apóstolo João podia escrever sobre Jesus Cristo o seguinte: “Jesus Cristo, ‘a Testemunha Fiel’, ‘o primogênito dentre os mortos’ e ‘o Governante dos reis da terra’. Àquele que nos ama e que nos soltou dos nossos pecados por meio de seu próprio sangue — e ele fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai — sim, a ele seja a glória e o poderio para sempre. Amém.” Também: “Foste morto e com o teu sangue compraste pessoas para Deus, dentre toda tribo, e língua, e povo, e nação, e fizeste deles um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e reinarão sobre a terra.” — Revelação 1:5, 6; 5:9, 10.
63. Como atestou o apóstolo Pedro, por meio duma carta, o sacerdócio dos discípulos ungidos de Jesus?
63 Há outra testemunha inspirada disso — o apóstolo Pedro. Escrevendo alguns anos antes de o templo de Jerusalém ser destruído pelos romanos (em 70 E.C.) e os sacerdotes levíticos ali perderem seu emprego, Pedro disse aos cristãos ungidos com o espírito, tendo esperança celestial: “Estes tropeçam porque são desobedientes à palavra. . . . Mas vós sois ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial, para que divulgueis as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz.” — 1 Pedro 2:8, 9.
64. Assim, em que condição se encontram os discípulos ungidos conforme tipificada pela antiga “tenda de reunião”, e, iguais a Jesus, de que privilégios gozam nesta condição?
64 Serem assim um sacerdócio significava uma nova posição com relação à “verdadeira tenda” ou templo, não erguida por mãos humanas, mas sim por Jeová Deus. Significava que estavam assim na condição sacerdotal de gerados pelo espírito, tipificada pelo compartimento do Santo da antiga “tenda de reunião” erigida por Moisés. Era assim como no caso do Sumo Sacerdote Jesus Cristo, durante o tempo desde a sua unção com espírito santo até a sua morte como criatura humana perfeita. Iguais a ele, pois, enquanto ainda na terra, no corpo carnal, usufruem iluminação espiritual conforme dada pelo antitípico candelabro de ouro; comem do alimento espiritual tipificado pelas duas pilhas de pães da proposição, na mesa dourada; oferecem orações e serviço fervoroso a Deus, como que oferecendo incenso no altar dourado de incenso no Santo da tenda de reunião.
65. O que escreveu o apóstolo João aos que estavam na condição representada pelo Santo quanto a unção deles?
65 A estes, na condição de gerados pelo espírito, representada pelo Santo típico, escreveu-se: “Vós tendes uma unção do santo; todos vós tendes conhecimento. Estas coisas eu vos escrevo a respeito dos que estão tentando desencaminhar-vos. E, quanto a vós, a unção que recebestes dele permanece em vós, e não necessitais de que alguém vos ensine; mas, como a unção da parte dele vos ensina todas as coisas, e é verdadeira e não é mentira, assim como vos tem ensinado, permanecei em união com ele.” — 1 João 2:20, 26, 27.
66. O que escreveu o apóstolo Paulo a tais, na condição representada pelo Santo, quanto à unção deles?
66 Aos na condição sacerdotal de gerados pelo espírito, tipificada pelo compartimento do Santo, em que os sacerdotes arônicos tinham permissão de entrar e servir, o apóstolo Paulo escreveu adicionalmente: “Quem garante que vós e nós pertencemos a Cristo [Ungido] e quem nos ungiu é Deus. Ele pôs também o seu selo sobre nós e nos deu o penhor daquilo que há de vir, isto é, o espírito, em nossos corações.” — 2 Coríntios 1:21, 22.
67. O que disse o escritor inspirado aos hebreus cristianizados sobre comer do altar e sobre oferecer sacrifícios?
67 Visto que estes 144.000 são sacerdotes espirituais sob o Sumo sacerdote celestial, Jesus Cristo, tem a autoridade de comer do sacrifício ele Jesus Cristo no “altar” da “vontade” de Deus, e os que rejeitam a Jesus em descrença como sendo o verdadeiro Messias ou Cristo não têm autoridade de comer de seu sacrifício no “altar” antitípico de Deus. O escritor inspirado podia dizer sem presunção aos hebreus cristianizados, crentes, em Hebreus 13:10-15: “Nós temos um altar do qual os que fazem serviço sagrado na tenda não têm autoridade para comer. Porque os corpos daqueles animais, cujo sangue é levado para dentro do lugar santo pelo sumo sacerdote, pelo pecado, são queimados fora do acampamento Por isso, Jesus também, para santificar o povo com o seu próprio sangue, sofreu fora do Portão [de Jerusalém]. Saiamos, pois, a ele, fora do acampamento, levando o vitupério que ele levou, porque não temos aqui uma cidade que permaneça, mas buscamos seriamente aquela que vem. Por intermédio dele, ofereçamos sempre a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios que fazem declaração pública do seu nome.”
68, 69. (a) Comerem do altar indica que estão antitipicamente em que lugar, e como chegaram ali? (b) Em prova de que estão nesta condição, o que se escreveu aos cristãos romanos?
68 Visto que estes subsacerdotes espirituais têm a autoridade divina e comem do sacrifício no verdadeiro “altar” de Deus, significa que também estão na condição representada pelo pátio, no qual se achava o altar de cobre para sacrifícios. Esta é a condição de serem declarados justos ou justificados por Deus pela sua fé no sacrificado Jesus Cristo. Quando o Sumo Sacerdote Jesus Cristo levou o valor de seu “sangue” sacrificial e entrou no Santíssimo celestial, apresentando-o diretamente a Jeová Deus, então, a partir do dia de Pentecostes de 33 E.C., os benefícios de seu sacrifício humano, perfeito, começaram a ser aplicados aos discípulos na terra, por causa de sua fé. Pela fé, com coração de apreço, comeram do sacrifício de Cristo, oferecido sobre a base da vontade de Deus. Assim obtiveram o perdão de seus pecados. Concedendo-lhes este perdão e sendo assim contados como não tendo pecados na carne, Deus os declarou justos ou os justificou. Assim foram introduzidos no pátio antitípico. Como prova de que têm esta posição, lemos:
69 “Cremos naquele que levantou a Jesus, nosso Senhor, dentre os mortos. Ele foi entregue por causa das nossas falhas e foi levantado para que fossemos declarados justos. Portanto, agora que temos sido declarados justos em resultado da fé, gozemos de paz com Deus por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem também ganhamos a nossa aproximação pela fé a esta benignidade imerecida em que agora estamos; e exultemos, baseados na esperança da glória de Deus. Muito mais, portanto, visto que agora fomos declarados justos pelo seu sangue, havemos de ser salvos do furor por intermédio dele.” — Romanos 4:24 a 5:2, 9.
70. (a) Assegurando mais a sua condição sem condenação perante Deus, enquanto ainda estão na carne, o que se escreveu em Romanos? (b) Podem acrescentar alguma coisa ao valor ou mérito do sacrifício de Cristo por quaisquer sacrifícios de sua parte?
70 Assegurando ainda mais que estes subsacerdotes espirituais são contados por Deus como sem pecado, sem condenação, enquanto ainda estão em carne na terra, está escrito: “Graças a Deus, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor! Assim, pois, com a mente, eu mesmo [o apóstolo Paulo] sou escravo da lei de Deus, mas com a minha carne, escravo da lei do pecado. Portanto, os em união com Cristo Jesus não têm nenhuma condenação. Pois a lei desse espírito que dá vida em união com Cristo Jesus libertou-te da lei do pecado e da morte.” (Romanos 7:25 a 8:2) Esta posição justa, sem condenação perante Deus, enquanto ainda estão na carne imperfeita, cheia de pecados, é representada pelo antigo pátio, no qual havia o altar de cobre para sacrifícios, junto ao qual serviam os sacerdotes arônicos. Eles não podem acrescentar nada ao valor ou mérito do sacrifício de Cristo pelos pecados, por quaisquer sacrifícios carnais deles mesmos. É por isso que oferecem a Deus, mediante Cristo, o “sacrifício de louvor” e fazem o bem como cristãos. Compreendem a absoluta inutilidade de se realizar o chamado “sacrifício da Missa” em alguma igreja.
71. (a) Os cristãos assim declarados justos também se encontram antitipicamente em que lugar? (b) O que os separa do Santíssimo celestial e quem abriu ali o caminho para eles?
71 Enquanto ainda na terra, em carne, estes subsacerdotes, trajados das vestes de justiça imputada, também estão na condição de gerados pelo espírito representada pelo compartimento do Santo da tenda ou do templo típico. No entanto, iguais ao seu Sumo Sacerdote Jesus Cristo, têm a esperança de entrar no Santíssimo celestial, onde Deus está entronizado em pessoa. O que lhes impede então de entrarem diretamente naquele Santíssimo verdadeiro é a barreira carnal, viverem ainda na carne. Esta barreira carnal foi representada pela cortina interna que separava o compartimento do Santo da tenda do Santíssimo, onde se encontrava a Arca dourada do Pacto com a sua Luz Xequiná. Jesus Cristo abriu-lhes o caminho “através da cortina” para o Santíssimo real. Ele entrou no Santíssimo, no “interior da cortina”, como “precursor” para eles. (Hebreus 6:19, 20) Inaugurou assim este caminho novo para a vida celestial.
72. Os 144.000 subsacerdotes são encorajados a se mostrarem dignos de entrar onde, e como?
72 Por isso se diz a estes 144.000 subsacerdotes espirituais que tomem coragem nos seus esforços de se mostrar dignos de ser admitidos no “interior da cortina”, pela fidelidade até a morte do corpo carnal e pelo ressurreição dentre os mortos para a vida no espírito. “Portanto, irmãos”, diz o escritor inspirado, em Hebreus 10:19-22, “visto que temos denodo para com o caminho de entrada no lugar santo, pelo sangue de Jesus, [caminho] que ele inaugurou para nós como caminho novo e vivente através da cortina, isto é, sua carne, e visto que temos um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos com corações sinceros na plena certeza da fé”.
73. Onde entrarão os subsacerdotes espirituais ao passarem pela barreira carnal e para fazerem o quê?
73 Depois de cumprirem fielmente seus deveres terrestres, como subsacerdotes espirituais, até a morte, quando forem trazidos a vida na “primeira ressurreição”, terão atravessado a barreira carnal, a “cortina“ antitípica, e serão admitidos no Santíssimo celestial, vendo a glória indescritível do Deus vivente. Entrarão na sua presença, não para fazer o mesmo que o Sumo Sacerdote Jesus Cristo, quando apresentou o mérito dum sacrifício humano, perfeito, mas para servir junto com seu Sumo Sacerdote em conceder os benefícios do sacrifício de Cristo à humanidade necessitada. (Revelação 20:6) Embora tenham mil anos de sacerdócio celestial a cumprir, não precisarão de sucessores para servir após eles. Iguais ao seu Sumo Sacerdote glorificado, terão o “poder duma vida indestrutível” e poderão realizar plenamente seu sacerdócio durante um milênio, sem sucessores. — Hebreus 7:16, 24.
SACERDOTES COMPADECIDOS E COMPREENSIVOS
74. (a) O sacrifício propiciatório de Cristo abriu o caminho para os 144.000 obterem o quê? (b) Por que fará este sacrifício com que os mil anos do sacerdócio de Cristo sejam um tempo abençoado para a humanidade?
74 Quão bendito será o tempo destes mil anos de tal sacerdócio celestial para a humanidade pecadora e morredoura! O Sumo Sacerdote dele ofereceu a Deus o sacrifício perfeito, não só por seus 144.000 subsacerdotes, mas por toda a humanidade. Como um destes subsacerdotes espirituais, João escreveu há dezenove séculos: “Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não cometais pecado. Contudo, se alguém cometer pecado, temos um ajudador junto ao Pai, Jesus Cristo, um justo. E ele é um sacrifício propiciatório pelos nosso pecados, contudo, não apenas pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.” (1 João 2:1, 2) O sacrifício propiciatório de Jesus Cristo preparou o caminho para os 144.000 subsacerdotes serem libertos do pecado e de sua condenação à morte e receberem vida eterna junto com seu Sumo Sacerdote no céu. Este mesmo sacrifício propiciatório tem mérito suficiente para beneficiar toda a raça da humanidade; é para os pecados do mundo. Conforme exclamou João Batista, apontando para o batizado Jesus Cristo: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” — João 1:29
75. (a) Poder Cristo ajudar os 144.000 subsacerdotes enquanto estão na terra é garantia de ele poder ajudar a quem mais? (b) Quem mais, além da grande multidão de sobreviventes da tribulação, tirará proveito do mérito do sacrifício de Cristo?
75 Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote, pôde ajudar a congregação de seus 144.000 subsacerdotes a vencer o pecado e a ser aliviados da condenação à morte que ele traz. Pode fazer o mesmo para todos os demais da humanidade, especialmente os dispostos a isso, que anseiam — a vida eterna com uma boa consciência perante Deus. Cristo tem mil anos para fazer isso. Está disposto e desejoso de fazê-lo. De modo algum fará fracassar seu sacerdócio milenar “à maneira de Melquisedeque”. Ajudará então mais do que apenas os viventes, os da “grande de multidão” que sobreviverão e sairão da grande tribulação na qual acabará este sistema mundano de coisas. Ajudará também os inúmeros bilhões de pessoas que agora dormem na morte, nas sepulturas da terra. (2 Timóteo 4:1; Revelação 7:9-15; Atos 24:15) Não deixará sem usar qualquer parte do mérito precioso de seu sacrifício humano, perfeito, sem ser aplicada aos necessitados.
76, 77. (a) Como foi que Jesus se comportou para com os homens, quando estava na terra, sob prova, e o que assegura isso quanto a como tratará a humanidade durante seu sacerdócio milenar? (b) Assim, por que está Jesus Cristo mais habilitado a vir em auxílio dos que estão sendo provados?
76 “Cristo [morreu] por nós enquanto éramos ainda pecadores.” (Romanos 5:8) Isto evidenciou que ele teve uma atitude compassiva, misericordiosa e abnegada para com a humanidade decaída, herdeira do pecado e da morte dos refratários Adão e Eva. Foi benigno paciente, compassivo, prestimoso e compreensivo, quando esteve na terra por trinta e três anos e meio. Por ser ele mesmo homem e estar sob tentação, podia compreender o homem, e isto o habilitou a reconhecer com mais nitidez a espécie de tratamento de que a humanidade imperfeita e pecaminosa precisava. Mesmo enquanto morria de modo inocente na estaca de execução, no Calvário, agüentou sem queixa os ultrajes e os vitupérios de homens desencaminhados. Então, se ele foi assim quando na terra, sob as piores condições, podemos ter a certeza de que será assim durante seu sacerdócio milenar para com a humanidade. Este é o argumento animador apresentado pelo escritor inspirado:
77 “Ele realmente não auxilia em nada os anjos, mas auxilia o descendente de Abraão. Conseqüentemente, ele estava obrigado a tornar-se igual aos seus ‘irmãos’ em todos os sentidos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas referentes a Deus, a fim de oferecer sacrifício propiciatório pelos pecados do povo. Por ter ele mesmo sofrido, ao ser posto à prova, pode vir em auxílio daqueles que estão sendo postos à prova.” — Hebreus 2:16-18. Veja Hebreus 5:1, 2.
78. O que mostra Hebreus 5:7-10 quanto a que Jesus sofreu por causa da adoração pura e por nossa causa?
78 O que Jesus Cristo padeceu para se mostrar sumo sacerdote bem sucedido e sem defeito, na terra, para a adoração pura de Deus e por nossa causa, nos é descrito brevemente em Hebreus 5:7-10, nas seguintes palavras: “Cristo, nos dias da sua carne, ofereceu súplicas e também petições àquele que era capaz de salvá-lo da morte, com fortes clamores e lágrimas, e ele foi ouvido favoravelmente pelo seu temor piedoso. Embora fosse Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu; e, depois de ter sido aperfeiçoado, tornou-se responsável pela salvação eterna de todos os que lhe obedecem porque ele tem sido chamado especificamente por Deus como sumo sacerdote a maneira de Melquisedeque.”
79, 80. (a) Ter Cristo o “poder duma vida indestrutível” habilita-o a fazer o que para a humanidade durante seu sacerdócio milenar? (b) Que espécie de sacerdócio produziu o juramento afiançado de Deus em contraste com o produzido pela Lei?
79 Ter ele o “poder duma vida indestrutível” o habilitará a cumprir seu sacerdócio milenar sem sucessores até um término em honra de Deus. Poderá ajudar a humanidade até a eliminação total pecado e de sua terrível penalidade, a morte. Poderá fazer o que muitos sacerdotes arônicos, em sucessão, nunca puderam fazer no mais de um milênio e meio de seu serviço sagrado. Conforme está escrito, em Hebreus 7:23-28:
80 “Outrossim, muitos se tinham de tornar sacerdotes em sucessão, por serem impedidos pela morte de continuarem como tais, mas ele, por continuar vivo para sempre, tem o seu sacerdócio sem quaisquer sucessores. Por conseguinte, ele é também capaz de salvar completamente os que se aproximam de Deus por intermédio dele, porque está sempre vivo para interceder por eles. Pois, para nós era apropriado tal sumo sacerdote, leal, cândido, imaculado, separado dos pecadores e que chegou a ser mais alto do que os céus. Ele não precisa, como aqueles sumos sacerdotes, oferecer diariamente sacrifícios, primeiro pelos seus próprios pecados depois pelos do povo: (porque isto ele fez uma vez para sempre quando se ofereceu a si mesmo;) porque a Lei designa como sumos sacerdotes a homens que têm fraquezas, mas a palavra do juramento afiançado, que veio depois da Lei, designa um filho, que é aperfeiçoado para sempre.”
81. (a) Por que poderão os 144.000 subsacerdotes ser compassivos e compreensivos para com a humanidade? (b) O que os habilitara a fazer terem o “poder duma vida indestrutível”?
81 E que dizer dos 144.000 subsacerdotes espirituais, que “serão sacerdotes de Deus e do Cristo . . . por mil anos”? (Revelação 20:6) Ora, Deus predeterminou “que fossem modelados segundo a imagem de seu Filho”. (Romanos 8:29) Eles também nasceram cresceram como homens e mulheres, como humanos, mas pecaminosos, imperfeitos e com disposição má por causa da herança dos rebeldes Adão e Eva. Sabem, por isso, o que significa ser uma criatura humana fraca e pecadora. Do mesmo modo, também, iguais ao seu Sumo Sacerdote Jesus Cristo, podem ser compassivos e bondosos para com a humanidade pecadora e morredoura. Eram assim quando ainda estavam na terra, como subsacerdotes espirituais. Serão assim quando participarem da “primeira ressurreição” e se tornarem subsacerdotes celestiais. Não terão de morrer e lastimavelmente deixar sua obra por completar. Não, mas por terem o “poder duma vida indestrutível” poderão juntar-se ao seu Sumo Sacerdote e acompanhá-lo na execução da obra de eliminar o pecado, até a sua terminação perfeita. Com que resultado? Todos os dispostos da humanidade serão restabelecidos na perfeição humana, sem pecado.
82. Como descreve Revelação 21:4 a realização espantosa daquele sacerdócio milenar, e que espécie de universo terá Deus novamente?
82 Esta realização espantosa de tal sacerdócio por um milênio, sem intrigas clericais, é descrita para nós nas seguintes palavras maravilhosas: “Não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor nem dor. As coisas anteriores já passaram.” (Revelação 21:4) Sim, terá desaparecido o pecado, que é o “aguilhão que produz a morte”! A pecaminosidade da humanidade, herdada de nossos primeiros pais humanos, egotísticos, será eliminada; com todos os seus efeitos lamentáveis que desonram a Deus. O Deus Altíssimo, Jeová, terá novamente um universo limpo, puro e santo.
[Mapa na página 93]
(Para o texto formatado, veja a publicação)
PLANTA DA TENDA DE REUNIÃO
Mesa Para os Pães da Proposição
SANTÍSSIMO
Arca do Pacto
Altar do Incenso
Candelabro
Reposteiro
O SANTO
Cortina
PÁTIO
Altar da Oferta Queimada
Bacia
Portão