Vitória Divina — Seu Significado Para a Humanidade Aflita
1. O que se quer dizer com a expressão “vitória divina”?
VITÓRIA DIVINA! Com esta expressão queremos dizer vitória de uma pessoa divina. Não nos referimos à deusa alada Nike (Vitória) da antiga mitologia grega, cujo nome foi dado a um míssil terra-ar das forças armadas estadunidenses, a saber, o míssil Nike-Hércules. Não, mas referimo-nos à vitória de Deus, o Criador do céu e da terra, o Criador da humanidade na terra. É a sua vitória que poderá ter um bom significado para a humanidade, na situação lamentável em que ela se encontra hoje.
2. Com que tem sido relacionada consideravelmente a palavra “vitória”?
2 Em toda a história humana, a palavra “vitória” tem sido relacionada consideravelmente com a guerra, ou pelo menos com uma competição, uma contenda, ou com condições desfavoráveis que precisam ser vencidas. Certamente, a atual aflição e angústia de todas as nações da terra é uma condição desfavorável que precisa ser vencida, para o bem eterno da humanidade.
3. Em vista do significado atribuído à “vitória divina”, que perguntas fazemos a respeito de Deus, e o que nos cabe fazer?
3 Pois bem, devemos, então, concluir da expressão “vitória divina” que o Deus de toda a criação está prestes a envolver-se numa guerra, numa competição, numa controvérsia? Relacionar-se-á tal conflito, se for do propósito de Deus, de algum modo com a humanidade? Influirá em toda a humanidade — para o nosso bem, na aflição em que nos encontramos? Se a resposta a estas perguntas for Sim!, então a razão exige que nos interessamos em tal guerra. Sim, devemos saber do lado de quem, nesta guerra, nos convém colocar-nos, visto que realmente desejamos a vitória divina.
4. Por que demandam a aflição e a angústia internacionais, hoje em dia, que entendamos o significado correto da “vitória divina”?
4 Os diversos povos têm conceitos diferentes sobre aquele que é chamado “Deus”. Os comunistas anti-religiosos têm seu próprio conceito sobre Deus. O mundo chamado cristão, a cristandade, tem seu conceito sobre Deus. O mundo muçulmano tem um conceito próprio sobre seu Alá. O mundo judaico tem seu conceito particular. As outras partes não-cristãs da humanidade têm muitas espécies de religiões e formam seu próprio conceito respectivo sobre Deus. Portanto, cada grupo religioso, ou cada grupo não-religioso, talvez tenha sua própria idéia sobre o que uma “vitória divina” no futuro significaria para a humanidade. Logicamente, não haveria acordo entre todos estes conceitos quanto ao significado duma “vitória divina”. Não seria de se estranhar, portanto, que a iminente vitória divina real fosse diferente da que todos estes esperavam. Sem dúvida, a aflição e a angústia internacionais da atualidade demandam que obtenhamos, a compreensão certa do assunto.
5. A que autoridade temos de recorrer para obter informações sobre esta guerra e com que tema encerra esta autoridade seu registro?
5 É evidente que teremos de recorrer a uma Autoridade para nos informar sobre a guerra que será coroada com a vitória divina. Esta Autoridade é um livro divulgado em toda a terra, em bilhões de exemplares, em centenas das línguas importantes da humanidade. Este livro é a Bíblia Sagrada. É o único livro no mundo que nos fala sobre esta guerra universal, em que Deus, o único Criador do céu e da terra, vindicará a si mesmo com uma vitória decisiva. Por isso teremos de recorrer às escrituras sagradas da Bíblia Sagrada para obter informação autorizada sobre este assunto vital. Ao falarmos da Bíblia, não nos referimos apenas aos “vinte e quatro livros das Escrituras Sagradas” aos quais os hebreus ou judeus se restringem, mas sim à Bíblia inteira, que não só contém estas Escrituras Hebraicas Sagradas, mas também as inspiradas Escrituras Cristãs. O último livro desta Bíblia completa foi escrito há dezenove séculos atrás, pelo apóstolo cristão João, e é chamado Revelação ou Apocalipse. De modo bem apropriado, encerra esta Bíblia inspirada de Deus com o tema da vitória divina.
6. Que opiniões diversas prevalecem quanto a se a cristandade tirará vantagens de tal vitória divina ou não?
6 É verdade que as sociedades bíblicas da cristandade fizeram muito para dar divulgação mundial à Bíblia Sagrada, e a própria cristandade afirma apegar-se à Bíblia. Em vista disso, será a cristandade que tirará vantagem da vindoura vitória divina? Travar-se-á a guerra vindoura, predita na Bíblia, por causa da cristandade e para a preservação dela? As pessoas religiosas da cristandade gostariam de pensar que sim. Os do comunismo ateu e do mundo não-cristão não acham isso, e eles têm bons motivos para não gostar de tal coisa.
7. Qual é a comparação da população de países da cristandade e de países comunistas e por que acha a cristandade que ela poderia vencer numa guerra?
7 Quando se encara o assunto do ponto de vista religioso, a situação aparenta estar a favor da cristandade. As pessoas e os clérigos de suas igrejas acham que a cristandade não está em contenda com o Deus da Bíblia Sagrada. Mas, no que se refere aos comunistas radicais, travam uma guerra aberta contra Deus, não só contra o Deus da Bíblia, mas contra o deus de qualquer espécie de religião. Os países comunistas da Europa antigamente afirmavam ser cristãos, contudo, agora renegam a cristandade e não se consideram parte dela. Não obstante, agradam-se de fazer uso das organizações religiosas cujo funcionamento permitem nos seus países por motivos políticos e para ajudar na guerra. No que se refere a números, as forças do comunismo contrário a Deus, na Europa, na Ásia e na África parecem ser maiores do que as forças da cristandade religiosa. Segundo os cálculos mais recentes, a cristandade gaba-se de ter um rol de membros das igrejas de 985.363.400 pessoas. Contudo, presumindo que Deus esteja do lado dela, a cristandade acha que pode vencer todas as forças contrárias a Deus.
8. Como lançaram as nações da cristandade um fardo sobre Deus, em tempos de guerra, e o que determinou quem obtinha a vitória?
8 Não é incomum que as nações religiosas relacionem seu deus ou seus deuses com suas guerras nacionais. Isto tem acontecido desde o passado mais remoto, mesmo antes de se estabelecer a cristandade no quarto século de nossa Era Comum. Os antigos egípcios, assírios, babilônias, medos e persas, pregos e romanos, todos tinham seus deuses, que invocavam para obter a vitória nas suas guerras de conquista. Até mesmo os comunistas informados sabem disso. O que é peculiar, porém, é que, no caso da cristandade, suas nações têm guerreado entre si, e, na guerra, estas nações têm orado ao mesmo Deus. Católicos têm combatido outros católicos. Católicos têm combatido protestantes. Protestantes têm combatido outros protestantes. Deste modo, lançaram sobre Deus o fardo de decidir qual dos lados da cristandade ele favoreceria com a vitória e às orações de quais nações ele responderia favoravelmente. Foi assim na Primeira Guerra Mundial, que começou na cristandade, e foi assim na Segunda Guerra Mundial, que também começou na cristandade. Em vista disso, em todas estas guerras da cristandade foi a decisão de Deus que determinou qual dos lados venceria ou foi o equipamento militar e a perícia na luta?
9. Por que não produziria a vitória da cristandade nenhum alívio duradouro para a humanidade aflita, mesmo que fosse concedido por Deus?
9 No entanto, faria uma guerra nuclear entre a cristandade religiosa e o comunismo internacional, ateu, com que Deus se visse obrigado a revelar suas intenções, obrigando-se assim a Deus a se decidir a favor do lado religioso e contra o lado anti-religioso? Conforme todos nós sabemos, já por décadas fazem-se preparativos para a “guerra final” entre o bloco democrático, capitalista, de nações e o bloco comunista, ateu, de nações. Poderá esperar-se que o único Deus vivente e verdadeiro venha em auxílio da cristandade? A vitória da cristandade significaria sua preservação continuada. Mas, a julgar-se pela história da cristandade até agora, merece ela ser preservada? Os clérigos da cristandade admitem francamente que a hipocrisia e o fracasso dela quanto a viver à altura do verdadeiro cristianismo levaram ao surgimento do comunismo internacional como potência mundial. Portanto, que motivo haveria para supor-se que a preservação da cristandade não levaria outra vez, no decorrer do tempo, ao surgimento do comunismo ateu, e, assim, finalmente a mais outro confronto entre ambos os lados? Portanto, a vitória por parte da cristandade não ofereceria nenhuma garantia de alívio à humanidade aflita.
DEIXAR QUE A PALAVRA ESCRITA DE DEUS FALE POR ELE
10. Como podemos saber se Deus está dum ou doutro lado, ou em nenhum deles, e, portanto, qual é a resposta?
10 Portanto, impõe-se agora a pergunta: Estaria Deus a favor de qualquer dos lados em tal confronto militar entre a cristandade religiosa e o comunismo anti-religioso? Tem ele mesmo tomado o partido de qualquer dos lados na “guerra fria” que já se trava por vários anos entre os dois blocos de nações? A única maneira de nós, pessoas imparciais, obtermos uma resposta satisfatória e correta é deixar Deus falar por si mesmo Ele faz isso por meio das páginas de sua Palavra profética, inspirada, a Bíblia Sagrada. Sua resposta é clara e inconfundível Ele não favorece nenhum dos blocos de nações. Ambos são contra Ele.
11, 12. De acordo com que regra divina não há engano em se classificar a cristandade como inimiga de Deus?
11 É lógico que Deus não lutaria a favor de seus inimigos. Sim, mas é a cristandade inimiga de Deus? Ora, veja as suas centenas de milhares de igrejas. Veja as mil ou mais soltas religiosas de que ela se compõe. Observe suas centenas de milhares de clérigos que servem nas igrejas dela e oferecem orações solenes a Deus, em nome de Jesus Cristo. Portanto, deve haver um engano em classificar-se a cristandade entre os inimigos de Deus. Mas, não há engano nisso. Deus não só é contra os que flagrantemente são seus inimigos, mas também é contra os que são amigos de Seus inimigos. Quando um antigo rei de Jerusalém voltou depois de prestar ajuda militar a certo rei iníquo, Deus disse-lhe: “É ao iníquo que se deve dar ajuda e é aos que odeiam a Jeová que deves amar? E por isso há indignação contra ti da parte da pessoa de Jeová.” (2 Crônicas 19:1, 2) E muito mais tarde, mediante o discípulo cristão Tiago, este mesmo Deus disse:
12 “Não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Portanto, todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” — Tiago 4:4.
13. Por que não refuta a “guerra fria” que a cristandade trava contra o comunismo que ela é amiga do mundo?
13 Quem pode negar que a cristandade é muito amiga deste mundo? A “guerra fria”, a hostilidade, entre as nações da cristandade e o bloco comunista, não refuta que a cristandade seja amiga íntima do mundo inteiro. As dificuldades entre as nações da cristandade e o bloco comunista não se devem à questão da religião. O que está em jogo é a política. Estão envolvidas duas ideologias políticas diferentes. As nações destacadas da cristandade tiveram a Rússia comunista como aliada durante a Segunda Guerra Mundial. E agora, na organização das Nações Unidas, de 132 nações-membros, praticamente todas as nações da cristandade são membros lado a lado com a Rússia comunista, a China Vermelha comunista e outras nações comunistas. De fato, pelo menos metade dos membros das Nações Unidas não são nações chamadas cristãs. As nações da cristandade mantêm relações diplomáticas com os governos deste mundo. Comerciam regularmente com estas nações, de acordo com tratados. Têm intercâmbios culturais. A Cidade do Vaticano, presidida pelo chefe da maior organização religiosa do mundo, troca representantes diplomáticos com quantas nações do mundo possa.
14. (a) Diria Tiago que a cristandade, por meio de seu proceder se constituiu amiga do mundo? (b) Qual é a atitude de Deus e o que se pode esperar Dele quando a cristandade sofrer o ataque final?
14 As nações da cristandade procuram manter relações amigáveis com as nações de fora da cristandade. Envolvem-se na política deste mundo. E quando imitam as nações mundanas em pegar em armas mortíferas para resolver suas divergências, as igrejas da cristandade estão logo atrás de seus respectivos governos políticos, os clérigos procurando fazer com que Deus intervenha nos conflitos internacionais, por recorrerem a ele em oração. Será que o discípulo cristão Tiago chamaria a tudo isso de expressão da “amizade com o mundo” por parte da cristandade? Diria ele que a cristandade, como tal amiga do mundo, “constitui-se inimigo de Deus”? Sim! Não haveria outra resposta correta a dar. Apesar de toda a sua religiosidade, a cristandade está condenada como um dos mais repreensíveis inimigos de Deus. Ela é contra ele, acompanhada pelo comunismo ateu e por outros elementos do mundo. Por isso, Ele é contra ela. Não está a favor dela. Não se poderá esperar que Deus se levante a favor da cristandade, quando as forças radicais do mundo se unirem num ataque mundial contra a religião, antes de elas mesmas ficarem envolvidas na guerra do Har-Magedon. (Revelação 17:1-16) Da parte da cristandade, não se pode esperar alívio para a humanidade aflita.
15. O que se deve dizer quanto a se os oponentes planejam uma guerra religiosa, e, portanto, quem continua a sofrer?
15 Não se pode esperar que a cristandade participe na vitória divina, na vindoura guerra dos séculos. Os preparativos de suas nações para a guerra com o bloco comunista, materialista, não são realmente para a preservação da cristandade. São para a preservação da soberania política, para o direito à sobrevivência de seus tipos políticos de governo. O que os oponentes planejam não é uma guerra religiosa. O ponto principal em disputa é: Quem é dono da terra? Quem governará a terra? E por causa da disputa violenta sobre esta questão, por parte de nações divididas politicamente, a humanidade continua a sofrer aflição e angústia.
16. Qual é a questão principal a ser decidida agora de uma vez para sempre, e que oração pertinente terá assim resposta?
16 Como em nenhum tempo anterior da história humana, chegou o momento para se resolver de uma vez para sempre esta questão governamental: Quem governará a terra? O único que pode resolver esta questão de modo certo e trazer paz duradoura é Deus, o próprio Criador e Dono da terra. Quem tem maior direito do que Ele para dizer quem deve governar este lar terreno de toda a humanidade? Na sua imutável Palavra escrita, a Bíblia, ele declarou seu propósito de manifestar a Sua autoridade no tempo devido. Este tempo está próximo! Já chegou o tempo de ele responder à oração que lhe foi feita durante gerações. É a oração ensinada pelo seu próprio Filho, que desceu do céu há dezenove séculos atrás. É a oração que Jesus Cristo ensinou aos seus verdadeiros discípulos. Em obediência, seus seguidores fiéis têm feito até agora esta oração: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” — Mateus 6:9, 10, Almeida.
RESPOSTA À ORAÇÃO PELA REGÊNCIA DIVINA
17. (a) O que pede esta oração e mostrou a cristandade que ela é a resposta a esta oração? (b) Portanto, o que terá de desaparecer, e o que terá de vir, em resposta à oração de quem?
17 Esta é uma oração que pede a regência divina, o governo divino, sim, a vitória divina! Bilhões de pessoas da cristandade, sem entenderem o significado desta oração, têm orado assim durante séculos, nos seus lares e nas suas igrejas, mas as guerras sanguinárias travadas pelas nações da cristandade não trouxeram este reino. O modo delas não é o modo de Deus introduzir seu governo divino. A cristandade não mostrou ser o reino de Deus. Ela não mostrou ser o reino de Cristo, conforme sugere o nome cristandade. A cristandade não cumpriu as profecias bíblicas a respeito das glórias, das belezas e das bênçãos do reino de Cristo para toda a humanidade. A cristandade tem deturpado o reino de Cristo. Deus não pode aprovar nem aceitar a cristandade como sendo o verdadeiro reino de seu Filho Jesus Cristo. A cristandade terá de desaparecer! O verdadeiro reino de Deus, por Cristo, terá de vir! A oração que nos foi ensinada pelo Filho amado de Deus não ficará sem resposta. Seus verdadeiros seguidores, sem hipocrisia, não terão feito em vão esta oração.
18. (a) A resposta a esta oração significará a vitória sobre quem? (b) Como se mostraram os clérigos faltosos com respeito aos políticos, na questão dos Tempos dos Gentios?
18 Dessemelhantes dos seguidores genuínos de Jesus Cristo, as massas da cristandade e os demais do mundo não querem o reino de Deus. É por isso que o estabelecimento do Seu reino, no domínio completo sobre toda a terra, significará deveras uma vitória divina. Vitória sobre quem? Sobre todas as potências religiosas e políticas que desconsideram que Deus é dono da terra e que lutam pela contínua soberania nacional dos governos políticos do homem. Os que competem assim pela continua dominação da terra pelos governos políticos, humanos, negam-se a reconhecer que já terminaram os Tempos dos Gentios. Deus designou estes Tempos dos Gentios, para as nações do mundo dominarem toda a terra sem interferência por parte de Seu reino, e estes tempos expiraram nos meados do segundo semestre do ano de 1914 E. C. (Lucas 21:24, Al) Os clérigos da cristandade nunca salientaram isso aos governantes políticos das nações. Nunca salientaram que no fim dos Tempos dos Gentios se daria o contrário daquilo que aconteceu no começo destes Tempos, no ano 607 A. E. C.
19. O que tirou Deus da terra, no começo dos Tempos dos Gentios, e como?
19 No começo dos Tempos dos Gentios, nos meados do segundo semestre daquele ano, Deus tirou o reino típico de Deus de cima da terra e deixou que potências gentias, quer dizer, potências não-judaicas, tivessem o controle global de todas as terras. Deus fez isso por deixar que os exércitos da Babilônia pagã destronassem o Messias típico, o rei de Jerusalém, e destruíssem a cidade santa e seu templo, deixando Jerusalém e a terra de Judá tornar-se um baldio desolado, durante setenta anos.
20. (a) Ao contrário disso, o que fez Deus no fim dos Tempos dos Gentios? (b) Por que não foi a ação de Deus visível aos governantes políticos na terra?
20 Ao contrário disso, no fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E. C., Deus restabeleceu o seu reino, não de modo típico, com um rei messiânico, típico, mas de modo real, de modo antitípico. Foi por isso que não restabeleceu naquele ano o reino da família real de Davi, em Jerusalém, no Oriente Médio. Antes, estabeleceu o reino às mãos de Jesus Cristo, o qual, quando era homem na terra, era descendente natural do antigo Rei Davi. Também, visto que Jesus Cristo não é mais homem na terra, mas foi ressuscitado da morte como mártir para a vida espiritual, celestial, Deus estabeleceu o reino deste Descendente do Rei Davi nos céus, no que é chamado “Jerusalém celestial”. (Mateus 1:1; 1 Pedro 3:18; Hebreus 12:22) Este é o motivo pelo qual o nascimento deste reino messiânico em 1914 E. C. não foi visível aos governantes políticos da cristandade e do paganismo. Contudo, o nascimento tinha de ocorrer na hora certa, e fez-se sentir pelos efeitos que produziu tanto no céu como na terra.
21-23. (a) Por que não é esta “guerra” no céu algo de que se zombar em descrença? (b) Como descreve João a causa disso, em Revelação, capítulo 12?
21 Apercebemo-nos de que no céu resultou uma guerra deste nascimento bem-sucedido de tal reino messiânico, produzido pela organização celestial de Deus como se fosse um bebê recém-nascido duma mulher? Isto não é algo de que se zombar, como incrível, porque qualquer guerra tem seus efeitos, e esta guerra celestial, invisível, teve seu efeito sobre nós aqui na terra. Os efeitos desta guerra não são nada agradáveis para nós, porque os sentimos dolorosamente. Isto é o que dá realismo ao assunto. A causa celestial, invisível, disso foi dada a ver em visão profética ao apóstolo cristão João. Ele nos dá a seguinte descrição disso, segundo a Nova Bíblia Inglesa (The New English Bible), de 1970:
22 “Ela [isto é, a organização celestial de Deus] deu à luz um filho varão, que está destinado a reger todas as nações com vara de ferro. Mas o filho dela foi arrebatado para Deus e seu trono; . . . Então irrompeu uma guerra no céu. Miguel e seus anjos guerrearam contra o dragão. O dragão e seu anjos lutaram, mas não tiveram a força para vencer, e não lhes foi deixado nenhum ponto de apoio no céu.
23 “Assim, o grande dragão foi lançado para baixo, aquela serpente da antiguidade, que desencaminhou o mundo inteiro, cujo nome é Satanás, ou Diabo — lançado para baixo à terra, e seus anjos com ele. Depois, eu [João] ouvi uma voz no céu proclamar alto: ‘Esta é a hora da vitória de nosso Deus, a hora de sua soberania e de seu poder, quando seu Cristo assume sua regência legítima! Pois, foi derrubado o acusador de nossos irmãos, o qual os acusava dia e noite diante de nosso Deus. Venceram-no pelo sacrifício do Cordeiro e pelo testemunho que preferiram; porque não prezaram demais as suas vidas, para depô-las. Alegrai-vos, então, céus, e vós os que neles habitais! Mas ai de vós, terra e mar, porque o Diabo desceu a vós com grande fúria, sabendo que seu tempo é curto!’” — Rev. 12:5-12; NEB; também Jerusalém.
24. (a) Quanto tempo durou a “guerra no céu”? (b) Por que resultaria esta guerra em “ai” para nós na terra e no mar?
24 O registro não diz quanto tempo durou esta “guerra . . . no céu” entre os santos anjos e os demônios diabólicos; mas é pouco provável que durasse mais do que a Primeira Guerra Mundial, que terminou em 11 de novembro de 1918. Seja como for, o ponto mais pessoal ainda é: Como influiu esta guerra em nós, na terra, os que não nos apercebemos de sua ocorrência no céu? Convocaram-se os santos céus a se alegrar com a vitória de Deus, uma vitória divina, mas que dizer de nós aqui na terra? O alto clamor no céu dizia: “Mas ai de vós, terra e mar!” Por que “ai” de nós, quer na terra, quer no mar? Porque “o Diabo desceu a vós com grande fúria, sabendo que seu tempo é curto”! — Revelação 12:12, NEB.
25, 26. (a) Que perguntas a respeito dos assuntos humanos se fazem desde o fim da Primeira Guerra Mundial as pessoas que zombam da existência de Satanás e de seus anjos demoníacos? (b) Finalmente, que pergunta fazemos sobre a questão de causa e efeito?
25 Os que zombam da Bíblia talvez achem ridícula esta idéia de Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos terem sido lançados para baixo, para a vizinhança de nossa terra. Mas, podem rir-se e estão rindo em vista do “ai” sofrido hoje tanto pela terra como pelo mar? Não, estes zombadores não podem ver a Satanás, o Diabo, com seus olhos naturais, mas têm motivos para saber que ele e suas legiões de anjos demoníacos estão por perto, na nossa vizinhança. Se não acreditarem nisso, então que expliquem por que a Liga das Nações, organizada pouco depois do fim da Primeira Guerra Mundial, não se mostrou uma organização internacional de paz e segurança mundiais. Por que não impediu ela o surgimento de ditadores políticos guerreiros na Europa? Por que não impediu o irrompimento da Segunda Guerra Mundial, em 1939, guerra que culminou com a detonação de duas bombas atômicas, com ais para os habitantes de Hiroxima e Nagasáqui?
26 Também, por que é que a organização das Nações Unidas, desde a sua formação no fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, não impediu todas as guerras e revoluções, agressões territoriais e outros distúrbios políticos, até o presente? Por que presenciamos os preparativos amedrontadores das grandes potências mundiais para uma guerra nuclear? Por que existe a crise monetária? Por que há constantes dificuldades entre os trabalhadores e o capital, até mesmo entre os funcionários públicos e o governo? Por que todo este nacionalismo fanático? Por que todas as lutas e os preconceitos raciais? Por que o aumento do crime? Por que o colapso da moral? Por que o aumento epidêmico das doenças sociais? Por que a ruína do lar terrestre da humanidade pela poluição? Por que a crescente falta de víveres para a população em aumento, na terra? Por que, conforme Jesus predisse para os nossos tempos, “sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das causas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados”? (Lucas 21:25, 26, Almeida, atualizada) Para cada efeito há uma causa Qual é a causa real de todos estes efeitos aflitivos?
ESTÁ PRÓXIMA A ELIMINAÇÃO DA CAUSA DA AFLIÇÃO DA HUMANIDADE
27. Segundo a Bíblia, qual é a causa principal de a humanidade sofrer crescente aflição?
27 É verdade que os homens egoístas e desamorosos não estão livres de culpa. O motivo principal, porém, de a humanidade sofrer crescente aflição é que Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos foram lançados para fora dos santos céus e para baixo à vizinhança de nossa terra, e estes Diabos expulsos estão furiosos com isso. Estão furiosos, porque a “guerra . . . no céu” resultou na vitória divina, na vitória de Deus. Estão furiosos, porque o reino de Deus, de seu verdadeiro Messias, nasceu nos céus no fim dos Tempos dos Gentios em 1914 e eles não puderam impedir isso. Estão furiosos porque seu tempo de restrição aqui é curto, antes de serem expulsos até mesmo de cima da terra e encarcerados num abismo, do qual não poderão exercer sua influência iníqua sobre toda a humanidade. — Revelação 20:1-3, 7.
28, 29. (a) De que modo é o objetivo de Satanás, o Diabo, similar ao objetivo político do falecido ditador Hitler? (b) Por que se cita Revelação 12:13, 17, para mostrar que o objetivo de Satanás não é preservar a vida humana?
28 Para o falecido ditador nazista Adolf Hitler, o objetivo político era: Governar ou arruinar! Ele obteve esta idéia da mesma fonte onde ditadores anteriores a obtiveram, a saber, de Satanás, o Diabo. Agora que Satanás, dentro em breve não poderá mais governar toda a humanidade assim como fez durante os Tempos dos Gentios e mesmo antes disso, ele está decidido a arruinar toda a humanidade. Assim, segundo ele pensa, não sobrarão homens na terra, sobre os quais o reino de Deus, por seu Messias, possa governar. A idéia do suicídio da humanidade por meio duma guerra nuclear ou pela autopoluição não é um impedimento para Satanás, o Diabo. Seu objetivo para com a humanidade é assassino, e isto está indicado nas seguintes palavras adicionais de Revelação ou Apocalipse:
29 “Ora, quando o dragão se viu lançado à terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão. . . . E o dragão ficou furioso com a mulher e foi travar guerra com os remanescentes da sua semente, que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus.” — Revelação 12:13-17.
GUERRA NO HAR-MAGEDON
30, 31. (a) A quem declarou guerra o dragão simbólico, Satanás, e por quanto tempo? (b) Aonde conduz ele os insuspeitosos governantes políticos da terra, e como é esta sua operação representada em Revelação 16:13-16?
30 Satanás, o dragão simbólico, declarou guerra à organização de Deus (conforme simbolizada pela “mulher”), até o fim. Sem ser suspeitado pelos governantes políticos da cristandade e do paganismo, Satanás, “o grande dragão”, os conduz à destruição numa guerra final. Não se trata duma guerra entre eles mesmos, com armas nucleares e agentes bioquímicos, mas duma guerra contra Deus, que é o Pai do reino messiânico, celestial, procedente do ventre de Sua “mulher”, de Sua organização. Isto se dá não só com o bloco comunista de nações, contrário a Deus, mas também com as nações da cristandade religiosa. Os governantes da humanidade aflita seguem hoje a propaganda de guerra de Satanás, o dragão simbólico. Serem os governantes políticos assim desencaminhados foi representado profeticamente para nós na seguinte descrição desta operação, em Revelação 16:13-16:
31 “E eu vi três impuras expressões inspiradas, semelhantes a rãs, sair da boca do dragão, e da boca da fera, e da boca do falso profeta. São, de fato, expressões inspiradas por demônios e realizam sinais, e vão aos reis de toda a terra habitada, a fim de ajuntá-los para a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso. . . . E ajuntaram-nos ao lugar que em hebraico se chama Har-Magedon.”
32. (a) Donde procedem na realidade as expressões inspiradas e qual é a principal delas? (b) Com que objetivo são os reis da terra ajuntados pelas expressões inspiradas, e em que formação, no Har-Magedon?
32 Estas impuras expressões inspiradas procedem da boca de Satanás, o dragão invisível, e da boca dos agentes terrestres, visíveis, de Satanás, a saber, do sistema político, mundial, de Satanás, semelhante a uma fera, e da potência mundial política que faz profecias falsas, para todo o domínio da política humana. Sendo falso, este profeta político não é porta-voz ou propagandista de Deus. Em vista de sua fonte, estas três expressões inspiradas são impuras, semelhantes a rãs, e é para fins impuros que reúnem os reis terrestres e seus exércitos para o Har-Magedon. A realização deste objetivo impuro só pode significar “ai” para a humanidade aflita, porque a expressão inspirada, condutora, semelhante a uma rã, procede da boca de Satanás, o dragão simbólico, que está furioso por ter sido expulso do céu. Sua descida forçada à terra foi predita como significando apenas ‘ai para a terra e para o mar’. (Revelação 12:12) Os “reis de toda a terra habitada” são ajuntados sob a força motriz das impuras expressões inspiradas, não uns contra os outros, em guerra internacional, mas juntos, todos do mesmo lado do campo de batalha do Har-Magedon.
33. (a) Quem está do outro lado do campo de batalha do Har-Magedon? (b) Como podemos saber qual a questão pela qual se travará a vindoura guerra?
33 Então, quem está do outro lado deste campo de batalha? Expressou-se claramente que o “dragão” expulso e rebaixado expressou sua ira e seu furor contra a organização de Deus, que é semelhante a uma mulher, que dera à luz o reino messiânico, celestial. Lemos em Revelação 12:17: “O dragão ficou furioso com a mulher e foi travar guerra com os remanescentes da sua semente, que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus.” Desde o nascimento do reino messiânico nos céus, no fim dos Tempos dos Gentios em 1914, este Jesus é o Rei messiânico, reinante. Portanto, não é a respeito do recém-nascido menino Jesus que estas testemunhas dão testemunho, mas é quanto ao reinante Rei Jesus, o Messias. O que se dá, pois? Estes fatos colocam o reinante Rei de Deus, Jesus Cristo, e a organização celestial, semelhante a uma mulher, que deu à luz o Reino, do outro lado do campo de batalha do Har-Magedon, enfrentando os “reis de toda a terra habitada”, que ainda regem. É evidente que a questão pela qual se travará a vindoura guerra é a do poder do reino sobre a terra!
34. (a) Como se pode saber quando ocorrerá a guerra por causa da questão do Reino? (b) Como se mostra se os reis da terra estão a favor de Deles ou não?
34 A fim de indicar exatamente quando a guerra há de ser travada por causa da questão do Reino, diz-se que os “reis de toda a terra habitada” são ajuntados para “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. Apesar de todas as orações que os clérigos da cristandade possam oferecer a favor destes reis ajuntados, o Deus Todo-poderoso não está com estes governantes políticos. Estes “reis” não são a favor de Deus; são a favor do Diabo. São contrários a Cristo, porque são contra õ reino recém-nascido de Cristo. Deus, o Todo-poderoso, não pode deixar de estar envolvido nesta guerra no Har-Magedon, porque Ele é o Pai do reino recém-nascido de seu Cristo. Ele está decidido a que seu reino messiânico permaneça no poder desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914, e que este reino celestial reja sobre toda a terra e seus habitantes. Os “reis de toda a terra habitada” recusam-se a reconhecer a existência deste reino messiânico, estabelecido. Recusam-se a tirar suas coroas e a descer de seus tronos terrestres, entregando o poder de seu reino ao reino messiânico de Deus.
35. Por que é agora urgente examinarmos do lado de quem estaremos no Har-Magedon, e que troca de lados talvez queiramos fazer?
35 A questão de extrema importância agora é: Do lado de quem se encontrará cada um de nós no campo de batalha do Har-Magedon? O tempo disponível para decidirmos esta questão já está chegando ao seu fim. Já se passaram quase sessenta anos desde que os Tempos dos Gentios terminaram em 1914, e a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, não será adiada indefinidamente, para sempre. A guerra começará forçosamente em determinada ocasião. Neste caso, é o Deus Todo-poderoso quem marca o tempo desta guerra no Har-Magedon. Visto que não sabemos Seu tempo exato, mas temos bons motivos para saber que está próximo, não devemos pensar em ir devagar para chegar a uma decisão. Como é que sabemos se já não estamos agora mesmo do lado dos “reis de toda a terra habitada” e assim contra o Deus Todo-poderoso? É muito urgente que examinemos nosso caso e verifiquemos em que situação estamos. Se verificarmos que não estamos do lado do Deus Todo-poderoso e de seu reino messiânico, então talvez desejemos sinceramente trocar de lado. Senão, talvez decidamos ficar onde estamos e agüentar as conseqüências.
AVISOS ANTECIPADOS DE GUERRA, PARA NOSSA ORIENTAÇÃO
36. (a) Depois de observarmos a formação de batalha das forças terrestres no Har-Magedon, que mais queremos saber? (b) O que mostra Revelação definitivamente quanto a contra quem as forças terrestres se enfileiram?
36 O último livro da Bíblia Sagrada não nos dá apenas uma visão profética da formação dos guerreiros “reis de toda a terra habitada” no Har-Magedon, deixando em dúvida o resultado da “guerra” iminente. A Revelação descreve o resultado da guerra. Ela nos conta o que acontece com aquela “fera” simbólica e com o “falso profeta”, de cujas bocas saem estas impuras expressões inspiradas, semelhantes a rãs. Conta-nos o que acontece com esses “reis de toda a terra habitada” e seus exércitos, e com os seus apoiadores e sustentadores. Sim, o livro de Revelação ou Apocalipse conta-nos definitivamente contra quem se enfileiram agora estes reis e seus exércitos, e a “fera” e o “falso profeta”, para lutar, na situação mundial chamada Har-Magedon. Enfileiram-se contra o coroado e reinante Rei Jesus Cristo e os exércitos celestiais dele.
37. Como apresenta Revelação 19:11-16 as fileiras celestiais no Har-Magedon?
37 O apóstolo cristão João nos diz, sob inspiração: “E eu vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. E o sentado nele chama-se Fiel e Verdadeiro, e ele julga e guerreia em justiça . . . e o nome pelo qual é chamado é a Palavra de Deus. Seguiam-no também os exércitos que havia no céu, montados em cavalos brancos, e eles se trajavam de linho fino, branco e puro. . . . Ele pisa também o lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso. E sobre a sua roupa exterior, sim, sobre a sua coxa, ele tem um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores.” — Revelação 19:11-16.
38, 39. (a) Por que teremos de estar ou dum lado ou doutro com relação a esta guerra? (b) Como se mostra se faz diferença ou não que alguns governantes sejam da cristandade, e o que sabemos por tomarmos partido dum lado ou doutro?
38 Do lado de quem, então, estamos decididos a tomar nossa posição, do lado deste Rei dos reis ou do lado dos “reis de toda a terra habitada”? Não há terreno neutro na situação mundial chamada Har-Magedon! Esta guerra agora já muito próxima será travada por causa da questão da posse e do governo de toda a terra, decidindo a questão para todo o sempre.
39 Não faz nenhuma diferença de que alguns dos “reis” ou governantes políticos dominem sobre nações que compõem a cristandade religiosa; estes “reis” também estão decididos a manter sua soberania sobre a sua parte da terra, em vez de deixar Jesus Cristo, o Rei dos reis, governar a terra inteira desde o céu. O livro de Revelação não faz distinção entre os reis e presidentes da cristandade e os do mundo não-cristão. O apóstolo João engloba todos os reis da terra e diz: “E eu vi a fera e os reis da terra, e os seus exércitos, ajuntados para travar guerra com aquele que está sentado no cavalo e com o seu exército.” (Revelação 19:19) Os reis da cristandade, bem como os do paganismo, têm seguido a liderança da expressão inspirada que saiu desta “fera” política, bem como a que saiu da boca do “falso profeta” político. Portanto, sabemos exatamente contra quem nos enfileiraremos se pertencermos aos “exércitos” e apoiadores destes “reis da terra”. Se decidirmos permanecer do lado deles, então deveremos’ tomar em consideração o resultado da “guerra” no Har-Magedon.
40. Que decisão temos de fazer quanto a quem escutaremos sobre o resultado da guerra, e o que escreveu sobre isso o apóstolo João?
40 Quanto ao resultado desta guerra universal, escutaremos o que o “falso profeta” político tem a dizer, ou escutaremos o inspirado apóstolo João? Como aviso antecipado para nós hoje, João escreveu: “E a fera foi apanhada, e junto com ela o falso profeta, que realizava na frente dela os sinais com que desencaminhava os que tinham recebido a marca da fera e os que prestavam adoração à sua imagem. Ambos, ainda vivos, foram lançados no lago ardente que queima com enxofre. Mas os demais foram mortos com a longa espada daquele sentado no cavalo, espada que se estendia da sua boca. E todas as aves se saciaram das carnes deles.” — Revelação 19:20, 21.
41. O que diremos quanto a de quem é a vitória descrita em Revelação, e que palavras do salmista sentimo-nos induzidos a clamar?
41 O que diremos, em vista desta inspirada visão antecipada sobre o resultado da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon? Significa uma vitória divina? Embora o próprio apóstolo João não expresse no registro a sua exultação com o resultado da guerra, nós os que amamos a regência legítima da terra não podemos deixar de chamá-lo realmente de vitória de Deus, o Todo-poderoso. Somos induzidos pela fé a adotar as palavras do salmista inspirado e a clamar: “Cantai ao Senhor um cântico novo, porque operou maravilhas; deram-lhe a vitória a sua destra e o seu santo braço. Manifestou o Senhor a sua vitória, e aos olhos das nações revelou a sua justiça; . . . Todas as regiões da terra contemplaram a vitória de nosso Deus.” — Salmo 98:1-3, Pontifício Instituto Bíblico; Al; Liga de Estados Bíblicos.
TESTEMUNHAS DA VITÓRIA DIVINA
42. Diz João diretamente que haverá sobreviventes da destruição da “fera” e do “falso profeta”? Contudo, o que devemos entender do relato de João?
42 Desejamos cantar este cântico novo ao Senhor Deus Jeová? Não é mera questão de cantar agora este “cântico novo” em fé, mas haverá realmente testemunhas do triunfo de Deus, que sobreviverão a essa vitória divina na terra e entoarão o “cântico novo” aqui na terra. Embora o apóstolo João não o mencione diretamente, subentende-se do que ele escreveu que aqueles, na terra, que não estão do lado dos “reis da terra, e os seus exércitos”, sobreviverão quando a “fera” e o “falso profeta” forem lançados vivos na destruição eterna, simbolizada pelo “lago ardente que queima com enxofre”. Quer dizer, sobreviverão quando os sistemas políticos de governo egoísta forem para sempre eliminados da existência.
43. (a) Nesta Guerra, o que sobrevirá aos “reis da terra, e os seus exércitos” e apoiadores? (b) Sobreviverão aqueles contra os quais Satanás, o dragão, foi travar guerra? E o que lhes diz João em Revelação, capítulo quinze?
43 Os “reis da terra e seus exércitos”, bem como seus apoiadores, serão mortos pela espada da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, e seus cadáveres jazerão mortos no campo de batalha do Har-Magedon, para as aves necrófagas se saciarem das carnes de tais cadáveres. Mas os do lado do Rei dos reis serão poupados e sobreviverão. Viverão para ser testemunhas falantes da “vitória de nosso Deus”, do “poder salvador de nosso Deus”. (Salmo 98:3, PIB Jerusalém) Entre estes sobreviventes haverá os “remanescentes da . . . semente [da mulher], que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus”, e contra os quais Satanás, o dragão, “foi travar guerra”. (Revelação 12:17) Estes são os a respeito de quem o apóstolo João fala como “os que se saem vitoriosos em face da fera, e da sua imagem, e do número do seu nome”. João descreve-os como cantando o cântico de Moisés e do Cordeiro Jesus Cristo, dizendo: “Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Jeová Deus, o Todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, Rei da eternidade.” — Revelação 15:2, 3.
44. (a) Quem mais sobreviverá à guerra do Har-Magedon, conforme previsto pelo apóstolo João? (b) Quem trava guerra contra todos estes sobreviventes, provocando assim a ação guerreira de quem?
44 Entre os sobreviventes terrestres estarão também incluídos os que o apóstolo João agrupa como “grande multidão que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”, pois, tomam sua posição do lado de Deus e de seu Jesus Cristo. O apóstolo João é informado diretamente que os desta “grande multidão” são compostos dos “que saem da grande tribulação”, e ele os vê em pé, como sobreviventes, perante o trono de Deus e perante o Cordeiro dele, clamando com voz alta: “Vitória ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro!” (Revelação 7:9-15; NEB) Estes se juntarão aos ‘remanescentes da semente’ da mulher em entoar o “cântico novo” a Jeová Deus, pela sua vitória divina. Todos estes sobreviventes na terra são os contra os quais Satanás, o grande dragão, incita os “reis da terra, e os seus exércitos”, com o fim de destruir todos estes apoiadores de Jeová Deus e de seu reino messiânico. Por travarem guerra contra estes, os “reis da terra, e os seus exércitos”, realmente travarão guerra contra Deus e provocarão a ação guerreira da parte de Deus e de seu Rei dos reis.
45. (a) Erguerão estes sobreviventes a mão em violência contra os reis da terra? E de que palavras dos profetas de Deus se lembrarão para orientar sua conduta? (b) De que modo imitarão os sobreviventes, na terra, os israelitas depois da libertação destes no Mar Vermelho?
45 Durante toda a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, estes sobreviventes não pegarão em armas de violência contra os “reis da terra, e os seus exércitos”. Dependerão de Deus, o Todo-poderoso, para a sua proteção, pois, lembram-se das palavras de Deus ao seu povo fiel, numa anterior ocasião de guerra: “A batalha não é vossa, mas de Deus.” (2 Crônicas 20:15) Lembram-se também das palavras do profeta Moisés, junto ao Mar Vermelho, na ocasião em que os carros de guerra do Egito se aproximavam para destruir o povo de Moisés: “Mantende-vos firmes e vereis a vitória que o Senhor ganhará para vós hoje.” (Êxodo 14:13, New American Bible) E assim como Moisés e seu povo liberto entoaram um cântico de louvor ao triunfo de Jeová, assim também estes sobreviventes, na terra, da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, entoarão o “cântico novo” de louvor da vitória divina de Jeová Deus, o Todo-poderoso. (Êxodo 15:1-21) Queremos estar entre estes cantores?
CELEBRAÇÃO DA VITÓRIA
46, 47. (a) Como assumirá a terra um aspecto festivo em celebração da vitória divina? (b) Como se obterá a vitória sobre toda a terra, em cumprimento da ordem de Deus a Adão e Eva?
46 Assim como quando há uma vitória nacional e todo o país assume um aspecto festivo, assim também depois da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, e do encarceramento de Satanás, o grande dragão, e de seus anjos demoníacos no abismo, a terra toda começará a ter um aspecto festivo em celebração da vitória divina. (Revelação 16:14, 16; 20:1-3) A terra, que agora está sendo arruinada pelos seus fomentadores de guerra e seus poluidores, fornecerá então evidência de que um novo Rei governa a terra inteira, a saber, o Rei messiânico de Deus, Jesus Cristo. As testemunhas sobreviventes da vitória divina empenharão imediatamente seus esforços em transformar esta terra num Paraíso, de mar a mar e de pólo a pólo. Obter-se-á a vitória sobre toda a terra, em cumprimento triunfante da ordem de Deus ao primeiro homem e à primeira mulher no Jardim de Éden:
47 “Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra, e sujeitai-a, e tende em sujeição os peixes do mar, e as criaturas voadoras dos céus, e toda a criatura vivente que se move na terra.” — Gênesis 1:28.
48. (a) O que significará esta vitória para a terra no que se refere à beleza e à produção de alimentos? (b) Que garantia de casos reais temos para a vitória de Deus sobre a morte, a favor da humanidade remida?
48 Esta subjugação de toda a terra não só significará que o lar terrestre da humanidade será belo como um jardim, mas também que haverá abundância de alimento para todos os habitantes da terra, não havendo absolutamente nenhuma pobreza. Não só para as testemunhas sobreviventes da vitória de Jeová na guerra do Seu grande dia, no Har-Magedon, mas também para todos os mortos resgatados, que serão ressuscitados das sepulturas e que encherão confortavelmente o Paraíso terrestre de pessoas, o Deus Todo-poderoso poderá fazer de modo literal, bem como espiritual, o que ele prometeu na profecia de Isaías, capítulo vinte e cinco: De “fazer para todos os povos” um banquete de alimentos sustentadores da vida e de ‘realmente tragar a morte para sempre’. (Isaías 25:6-8) Sim, o Deus Todo-poderoso obterá a vitória sobre a morte para toda a humanidade resgatada. Fez isso para seu Filho Jesus Cristo, a quem ressuscitou duma morte de mártir, no terceiro dia, no ano histórico de 33 E. C. Fará isto também a favor da verdadeira igreja dos seguidores das pisadas de Cristo, aos quais o Deus Todo-poderoso ressuscita da morte como criaturas humanas, terrestres, para a vida imortal, incorrutível, no céu, como criaturas espirituais.
49. Relacionado com esta ressurreição, a quem atribui o apóstolo Paulo a vitória de se tragar a morte para sempre?
49 A respeito desta ressurreição celeste dos verdadeiros seguidores não hipócritas de Cristo, o apóstolo Paulo escreveu as seguintes palavras aos cristãos que compartilham esta esperança: “Isto que é corrutível tem de revestir-se de incorrução e isto que é mortal tem de revestir-se de imortalidade. Mas, quando isto que é corrutível se revestir de incorrução e isto que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: ‘A morte foi tragada para sempre.’ ‘Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão?’ O aguilhão que produz a morte é o pecado, mas o poder para o pecado é a Lei. Graças a Deus, porém, pois ele nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo!” — 1 Coríntios 15:53-57.
50, 51. (a) Durante o reinado milenar de Cristo, como obterá Deus ainda outra vitória sobre a morte, e com que oportunidades serão favorecidos os beneficiados por ela? (b) Que espécie de significado tem a vindoura vitória divina de Jeová para a humanidade aflita, e a que nos induzirá tomarmos a peito tal significado?
50 Durante o vindouro reino milenar do Messias Jesus e de sua igreja ou congregação ressuscitada e glorificada, o Deus Todo-poderoso obterá a vitória sobre a morte ainda mais, por ressuscitar os mortos humanos, resgatados, do sono da morte e restaurá-los para as oportunidades duma vida na terra paradísica. A morte que herdamos do primeiro homem transgressor só será tragada para sempre quando a última sepultura da raça humana remida tiver sido esvaziada, e isto se dará pela “ressurreição tanto de justos como de injustos”. (Atos 24:15) A obediência dos mortos humanos ressuscitados ao reino messiânico de Deus resultará em felicidade para sempre, na terra aperfeiçoada, sob a soberania universal, justa, de Deus.
51 O caminho para o usufruto de todas estas preciosas bênçãos pela humanidade será preparado pela vindoura vitória divina de Jeová. Deveras, a gloriosa vitória divina tem um significado maravilhoso para a atual humanidade aflita. Que todos nós tomemos a peito seu significado e nos mostremos dignos de colher os benefícios eternos da vitória divina, para o digno louvor de Deus, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.