Capítulo 18
Do lado de quem estaremos quando culminar a aflição mundial?
1. (a) Apenas por que meios virá a destruição absoluta do atual sistema terrestre, iníquo, de coisas? (b) Por que é a vigilância importante para todos nós?
A AFLIÇÃO mundial, em cujas garras se encontra o sistema de coisas criado pelo homem desde o ano de 1914 E. C., tem causado incalculáveis danos. Mas não produziu a dissolução das “autoridades superiores” políticas, nem da sociedade humana organizada sob tais autoridades políticas. (Romanos 13:1; Tito 3:1) Falando-se simbolicamente, os velhos “céus”, os “elementos” e “a terra e as obras nela” ainda estão presentes. A dissolução ou destruição absoluta de tais coisas seculares será realizada apenas pela “presença do dia de Jeová”. Embora todas as indicações bíblicas e históricas indiquem que é iminente, ainda assim, “o dia de Jeová virá como ladrão”. — 2 Pedro 3:10-12; 1 Tessalonicenses 5:2.
2. Tendo presente que ainda haveria na terra cristãos ungidos, quando chegasse o dia de Jeová, que admoestação escreveu o apóstolo Pedro?
2 A evidência segura da Bíblia indica que os últimos membros da congregação de co-herdeiros do Reino de Cristo ainda estariam aqui na terra quando chegasse o dia de Jeová sobre este sistema de coisas. O apóstolo Paulo tomou isso em conta. Por este motivo, depois de descrever o efeito daquele “dia” sobre os simbólicos velhos “céus”, “elementos” e “terra”, o apóstolo acrescentou a seguinte admoestação: “Por isso, amados, visto que aguardais estas coisas, fazei o máximo para serdes finalmente achados por ele sem mancha nem mácula, e em paz. Além disso, considerai a paciência de nosso Senhor como salvação, assim como vos escreveu também o nosso amado irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando destas coisas, como faz também em todas as suas cartas. Nelas, porém, há algumas coisas difíceis de entender, as quais os não ensinados e instáveis estão deturpando, assim como fazem também com o resto das Escrituras, para a sua própria destruição.” — 2 Pedro 3:14-16.
3. Em harmonia com essa admoestação, o que tem feito o restante do Israel espiritual para se manter “sem mancha nem mácula, e em paz”?
3 Visto que os últimos membros do restante do Israel espiritual ainda aguardam o dia de Jeová e sua destruição deste sistema ímpio de coisas, eles fazem o máximo para ser achados sem mancha nem mácula, e em paz pelo Juiz Supremo, o Soberano Senhor Jeová. Apesar de todas as crescentes pressões deste mundo aflito, apegam-se à “religião pura e sem mácula”; apegam-se à pura “forma de adoração” por se manterem sem mancha do mundo impuro. (Tiago 1:27, ALA; NM) Negam-se a adorar a “fera” política e sua “imagem” criada pelo homem, as Nações Unidas. (Revelação 13:1-15; 15:2-4) Mantêm-se livres de manchas por causa de culpa de sangue, porque se mantêm estritamente neutros e não participam em nada relacionado com guerras sanguinárias das nações e de partidos políticos deste mundo. Imitam a Jesus Cristo, seu Líder, em não fazerem parte deste mundo. — João 15:19; 17:14, 16.
4. Como veio a “paciência de nosso Senhor” a resultar em “salvação”?
4 Obedecem à exortação do apóstolo Pedro: “Considerai a paciência de nosso Senhor como salvação.” (2 Pedro 3:15) Reconhecem que a paciência do Soberano Senhor Jeová, em não trazer mais cedo o “dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”, permitiu que produzissem a sua própria salvação. (2 Pedro 3:7) Permitiu também que os meios de salvação fossem oferecidos a outros.
5. Em que obras se têm empenhado os membros do restante do Israel espiritual, em harmonia com o espírito da exortação de Pedro?
5 Aproveitando bem esta concessão de tempo para a salvação, têm cumprido a ordem do ressuscitado Jesus Cristo, de irem e fazerem discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em água e ensinando-as a observar todas as coisas que ele lhes ordenou. (Mateus 28:18-20) Têm mostrado que aquilo em que crêem é a única esperança e o único governo legítimo para toda a humanidade por terem agido em cumprimento da profecia de Jesus: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações.” (Mateus 24:14; Marcos 13:10) Por meio deste proceder, têm persistido em “buscar primeiro o reino [do Pai celestial] e a Sua justiça”, em vez de se meterem na política do mundo junto com os clérigos da cristandade e os sacerdotes do paganismo. (Mateus 6:33) Cumpriram assim sua comissão de serem “embaixadores, substituindo a Cristo”. — 2 Coríntios 5:20.
6. A quem ajudaram a se aproveitar da “paciência de nosso Senhor”, e quantos serão ainda ajuntados?
6 Por se empenharem inerrantemente nesta atividade de fazer discípulos em todo o mundo, segundo a paciência do Supremo Juiz Jeová, o restante ungido dos que buscam o Reino tem tido o privilégio de fazer mais do que ajuntar os últimos remanescentes dos herdeiros do Reino. Desde o ano de 1935 E. C., foram dirigidos pela Palavra de Jeová a ajuntarem ao Seu templo espiritual de adoração a “grande multidão” de pessoas semelhantes a ovelhas, predita em Revelação 7:9-17. Esta profecia não estabelece limite para o número de tais semelhantes a ovelhas, que hão de constituir a “grande multidão”, e por isso prossegue a obra de ajuntamento para o templo espiritual de tantos quantos for possível, durante o tempo concedido pela paciência de Deus, que “não deseja que alguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento”. (2 Pedro 3:9) Ninguém pode predizer exatamente quantos deles serão ajuntados antes da “presença do dia de Jeová”; mas, depois de esta “grande multidão” sair como sobreviventes da “grande tribulação”, será possível saber por contagem ou censo direto exatamente quantos a “grande multidão” finalmente inclui.
7. (a) Que nome aceitaram todos esses, junto com o restante ungido? (b) Como se esforçam a viver à altura deste nome, e em quantas terras realizam sua atividade?
7 Todos os dedicados e batizados, semelhantes a ovelhas, já ajuntados, bem como os do restante ungido dos 144.000 israelitas espirituais, declararam perante todo o mundo que são testemunhas cristãs de Jeová. (Isaías 43:10-12; 44:8) Esforçam-se verbalmente e por distribuírem publicações bíblicas a viver em sinceridade à altura deste nome, desincumbindo-se da responsabilidade de tal nome. As congregações organizadas dessas testemunhas cristãs do Soberano Senhor Jeová ascendem a dezenas de milhares em todo o globo, sendo que o Anuário de 1976 relata que havia 38.256 congregações em 31 de agosto de 1975; Tantos quantos 210 países e grupos de ilhas estão relatando atividades de pregação e de fazer discípulos por testemunhas zelosas.
8. (a) Todos reconhecem ser propriedade de quem, e como serve isso de proteção? (b) Obedientemente, que aniversário guardam em lembrança dele, e por quanto tempo continuarão a fazer isso?
8 Eles acatam a advertência do apóstolo Pedro, que predisse a vinda de falsos instrutores, que professam ser cristãos, mas que repudiam “até mesmo o dono que os comprou, trazendo sobre si mesmos uma destruição veloz”. (2 Pedro 2:1) O restante ungido dos co-herdeiros do reino de Cristo e os da “grande multidão”, que “lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro”, reconhecem lealmente que são propriedade ‘daquele que os comprou’, a saber, o Cordeiro Jesus Cristo. Em obediência à ordem dele, de agirem em lembrança dele, reuniram-se na quinta-feira, 27 de março de 1975, data de aniversário da morte dele no dia da Páscoa de 33 E. C. e celebraram a Ceia do Senhor, que ele estabeleceu como comemoração de sua morte sacrificial. (Mateus 26:20-30; Lucas 22:14-20; 1 Coríntios 11:20-26) Estão decididos a continuar “proclamando a morte do Senhor” na maneira prescrita “até que ele chegue” para tomar consigo os remanescentes da classe da “noiva”, para o lar de seu Pai celestial, lá em cima. — Efésios 5:23-27.
9. Como mostram as testemunhas cristãs de Jeová que tomaram a peito a importância de serem achados “em paz” entre si?
9 Em harmonia com a exortação do apóstolo Pedro, todas essas testemunhas cristãs de Jeová fazem o máximo para serem finalmente achados “em paz” entre si mesmos. Por isso, não acompanham os falsos instrutores, que ‘introduzem quietamente seitas destrutivas’. (2 Pedro 3:14; 2:1, 2) Assim evitam chegar à condição religiosa da cristandade, que está dividida em mil ou mais seitas. É verdade que aqueles do restante ungido dos israelitas espirituais têm esperança celestial do Reino e os da inúmera “grande multidão” têm a esperança de vida eterna na terra paradísica, mas todos eles, ambas as classes, ainda adoram pacificamente juntos no templo espiritual de Jeová como “um só rebanho” debaixo de “um só pastor”, Jesus Cristo. — João 10:11, 16; Revelação 7:17; Miquéias 2:12.
10, 11. (a) Qual é a “administração” a que o apóstolo Paulo se referiu e a que tanto o restante ungido como as “outras ovelhas” se sujeitam? (b) Conforme mostra Efésios 1:9-14, qual é o objetivo desta “administração”?
10 Em prol da verdadeira paz cristã, o restante ungido que tem a herança celestial e as “outras ovelhas” da “grande multidão”, com esperança terrena, sujeitam-se a “administração de Deus, que ele está executando desde o dia de Pentecostes de 33 E. C. Essa “administração” ou gerência que Deus executa segundo o seu propósito nos é explicada em Efésios 1:9-14. Vejamos o objetivo desta “administração” ou gerência, ao lermos as seguintes palavras a respeito de Jeová Deus:
11 “[Ele nos fez] saber o segredo sagrado de sua vontade. É segundo o seu beneplácito, que ele se propôs em si mesmo, para uma administração no pleno limite dos tempos designados [ou: a partir de Pentecostes de 33 E. C.], a saber, ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra. Sim, nele [Cristo], em união com quem também somos designados herdeiros [de Deus], visto que fomos predeterminados segundo o propósito daquele que opera todas as coisas segundo o modo aconselhado por sua vontade, a fim de que servíssemos para o louvor da sua glória, nós os que temos sido os primeiros a esperar no Cristo. Mas vós também esperastes nele, depois de terdes ouvido a palavra da verdade, as boas novas acerca da vossa salvação. Por meio dele, também, depois de terdes crido, fostes selados com o prometido espírito santo, que é penhor antecipado da nossa herança, com o propósito de livrar por meio dum resgate a propriedade do próprio Deus, para o seu glorioso louvor.”
12. (a) Qual é a “propriedade do próprio Deus” mencionada na última parte deste texto? (b) Quais são “as coisas nos céus” mencionadas em Efésios 1:10 e o que significa serem ajuntadas no Cristo?
12 Qual é “a propriedade do próprio Deus” que é liberta “por meio dum resgate”? É a congregação dos herdeiros do Reino, e estes têm uma herança celestial, sendo a dádiva do espírito santo de Deus dada a eles em penhor antecipado dessa herança celestial. Eles são “as coisas nos céus” que são ajuntadas novamente em Cristo, enfileirados sob Jesus Cristo qual Cabeça espiritual. São designados para “herdeiros” de Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo. Serem novamente ajuntados debaixo de Jesus Cristo qual Cabeça é a primeira fase da “administração’’ de Deus, segundo a qual ele produzirá união em todo o universo. — Romanos 8:16, 17.
13. (a) Que passo adicional precisa ser dado para a unificação do universo de Deus’? (b) Contribuem as Nações Unidas para a realização deste propósito?
13 No entanto, a “administração” de Deus ou seu modus operandi não atinge seu pleno objetivo por se ajuntarem novamente as “coisas nos céus” em Cristo. A união em todo o universo de Deus não é plenamente alcançada por aquele primeiro passo. Há ainda “as coisas na terra” que também precisam ser ajuntadas novamente no Cristo. Este ajuntamento terreno é o segundo e derradeiro passo para a unificação do universo de Deus. Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos opõem-se a esta unificação do universo sob a chefia daquele a quem Deus designou, Jesus Cristo. Do mesmo modo, também, os governos políticos deste mundo estão opostos a essa unificação. O conceito mais elevado deles sobre a unificação das “coisas na terra” são as Nações Unidas criadas pelo homem, sucessoras da Liga das Nações. Não obstante, nada poderá frustrar o propósito do Deus Todo-poderoso, “que opera todas as coisas segundo o modo aconselhado por sua vontade”. Seu modus operandi ou “administração” mostrar-se-á bem sucedido.
14. Desde quando se evidenciou o novo ajuntamento das “coisas na terra” debaixo de Cristo, e até que ponto progrediu?
14 É agora evidente que Jeová Deus está prosseguindo com a segunda fase de sua “administração” para a unificação universal. O estabelecimento do reino messiânico nos céus, no fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E. C., veio no tempo designado, após o qual podia prosseguir ajuntarem-se novamente “as coisas na terra”. O ajuntamento do restante ungido dos co-herdeiros de Cristo prosseguiu após o fim da Primeira Guerra Mundial e chegou ao término da primeira fase da “administração” para a unificação. Como surpresa bastante grande, porém, e para a grande alegria do restante ungido, começaram no ano de 1935 E. C. a ser ajuntadas novamente “as coisas na terra” sob Cristo, a Cabeça. Na primavera daquele ano, ocorreu a identificação daquela há muito tempo mal entendida “grande multidão” de Revelação 7:9-17, segundo o propósito e o tempo de Deus. Nem mesmo a comoção internacional causada pela Segunda Guerra Mundial interrompeu o ajuntamento da “grande multidão” que tem esperança paradísica, terrestre. Atualmente, mais de quarenta anos depois, mais de dois milhões de pessoas se identificam com essa “grande multidão” no templo espiritual de Jeová.
15, 16. Então, qual é ‘o segredo sagrado da vontade de Deus’, mencionado em Efésios 1:9, 10?
15 Todos nós podemos hoje ser gratos de que Jeová Deus nos divulgou bondosamente o “segredo sagrado de sua vontade” ou “seu propósito oculto”, da unificação de todo o seu universo criado. Podemos ser especialmente gratos de que nossos olhos vêem agora como a maneira, em que se propôs administrar as coisas para a unificação, entrou no seu segundo estágio, pelo ajuntamento da “grande multidão” de terráqueos que esperam obter um paraíso terrestre. Em gratidão, podemos dizer junto com o apóstolo Paulo, a respeito da graça ou benignidade imerecida de Deus:
16 “Ele nos deu a conhecer seu propósito oculto — esta foi a sua vontade e beneplácito determinados de antemão em Cristo — a ser posto em vigor [ou: para uma administração] quando fosse o tempo propício: a saber, que o universo, tudo no céu e na terra, fosse trazido à união com Cristo.” — Efésios 1:9, 10, The New English Bible; Lutero (em alemão); NM; Rotherham (em inglês).
17. O que significará realmente tal unificação?
17 Um universo unificado sob Jesus Cristo qual Cabeça significará a união entre céu e terra. Significará um universo pacífico debaixo de Jeová Deus, o Soberano Universal. Portanto, significará “na terra paz entre homens de boa vontade”, entre homens para com os quais Deus tem boa vontade. — Lucas 2:14.
ENFRENTAR UNIDAMENTE OS VINDOUROS ATAQUES
18. (a) Em contraste com o mundo em volta deles, qual é a condição existente entre os do restante ungido e os das “outras ovelhas”, e por quê? (b) Portanto, o que pensam da proximidade da “presença do dia de Jeová” e do que significará este?
18 Em nítido contraste com a crescente turbulência existente na terra, os do restante ungido dos israelitas espirituais e os da “grande multidão” de “outras ovelhas” acham-se “em paz” entre si, em todas as terras. Gozam dum paraíso espiritual sob o favor e a bênção de Deus, embora o meio ambiente natural do homem seja cada vez mais poluído. Usufruem a segurança espiritual descrita pitorescamente no Salmo 91 da Bíblia. Os do restante ungido e os da “grande multidão” moram juntos “no lugar secreto do Altíssimo” e procuraram para si “pouso sob a própria sombra do Todo-poderoso”. (Salmo 91:1) Confiam em Jeová, seu Deus, para ter proteção e socorro. Aguardam sem medo a “presença do dia de Jeová”, com sua execução dos julgamentos divinos e a “destruição dos homens ímpios”. Ocorrerá então a dissolução deste velho sistema mundial, mas a união cristã que têm entre si não será dissolvida, ao passo que se ajuntam sob Cristo, a Cabeça.
19. Por que não serão um choque para o restante ungido e a “grande multidão” os acontecimentos relacionados com a “presença do dia de Jeová”?
19 Caso as pessoas, mesmo as da cristandade, não acreditem no que já se disse sobre o assunto em escala mundial, há nas páginas da Bíblia Sagrada um aviso claro, dado para elas lerem. Aviso de quê? Do seguinte: De que, durante a “presença do dia de Jeová” receberão o choque de sua vida — primeiro, o choque estonteante para as suscetibilidades religiosas de centenas de milhões de pessoas em todo o globo! Estarão entre os abalados os que formam o restante ungido e a “grande multidão” de co-adoradores, no seu paraíso espiritual? Positivamente não! Ora, estiveram esperando tal evento religiosamente chocante! Estão de acordo com esse acontecimento porque será o julgamento de Jeová Deus. Já por décadas têm avisado as pessoas a respeito disso. Não falharam no seu dever, de advertir as pessoas diretamente envolvidas a respeito da destruição surpreendentemente repentina daquela notória meretriz religiosa, Babilônia, a Grande.
20. Que conselho urgente de Revelação 18:2-4 têm proclamado ao mundo as testemunhas cristãs de Jeová?
20 Foram as testemunhas cristãs de Jeová que identificaram quem é Babilônia, a Grande, e o que simboliza. E deste modo esclareceram às pessoas exatamente quem são os que serão diretamente atingidos. Não tentaram apenas fazer uma porção de ‘previsões calamitosas’. Não criaram meramente um susto religioso, ao proclamarem ao mundo o conselho urgente do Apocalipse: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.” — Revelação (Apocalipse) 18:2-4, NM; CBC.
21. (a) A quem identificaram as testemunhas cristãs de Jeová que é Babilônia, a Grande? (b) Em que parte de Babilônia, a Grande, será executado primeiro o julgamento divino, e por quê?
21 Todo o domínio religioso está envolvido, pois, depois de muito estudo da situação, as testemunhas cristãs de Jeová identificaram Babilônia, a Grande, não como sendo a Igreja Católica Romana, não, nem mesmo a cristandade organizada, mas sim o império mundial da religião falsa. O principal membro e porta-voz desse império mundial, religioso, é a cristandade! Ela é o membro mais repreensível dele, porque afirma ser “cristã”. Suas blasfêmias ultrapassam as do “paganismo”! Sua perseguição de minorias religiosas (inclusive de verdadeiros cristãos) excede a do “paganismo”! Sua culpa de sangue ultrapassa a de todo o domínio religioso não-cristão! Em vista disso, a cristandade será a primeira que receberá atenção na execução do julgamento divino sobre Babilônia, a Grande, segundo dão a entender as Escrituras inspiradas. — Jeremias 25:13-29.
O ATO ESTRANHO E A OBRA INCOMUM DE DEUS
22. (a) Onde encontramos um paralelo histórico da cristandade hodierna? (b) Como descreve muito bem a linguagem de Isaías 28:15 o proceder dos governantes da antiga Jerusalém?
22 A cristandade da atualidade tem um paralelo antigo nas infiéis Judá e Jerusalém, nos seus últimos anos, antes da completa desolação daquele centro religioso, judaico, e de seu território pelos exércitos pagãos de Babilônia, no ano 607 A. E. C. Enquanto continuavam a multiplicar-se os avisos inspirados de profetas de Jeová contra a infiel Jerusalém, ela tentou métodos mundanos para se preservar e provar que as profecias divinas eram mentira. Ela achou que tinha feito um acordo com a Morte, segundo o qual a Morte não a abateria. Continuou a persuadir-se de que veio a ter uma “visão” comum com o Seol, segundo a qual o Seol (a sepultura comum da humanidade) não a veria ou observaria descer à sepultura qual cadáver sem vida. Ela se refugiou num arranjo mundano, enganoso, que ia mostrar-se “mentira”. Escondeu-se da predita destruição num plano que não ia mostrar-se fiel às afirmações e expectativas, escondendo-se ela assim atrás de “falsidade”. Não se refugiou em Jeová, qual Deus, nem achou esconderijo Nele. — Isaías 28:14-16.
23, 24. (a) De que maneira seguiu a cristandade hodierna um proceder similar? (b) Portanto, o que sobrevirá à cristandade, conforme predito pelo profeta Isaías?
23 A hodierna cristandade fez o mesmo. Fez arranjos adúlteros, amigáveis, com os poderes seculares, políticos, para a sua própria perturbação. Não depositou fé e confiança no reino messiânico, celestial, de Deus, que as testemunhas cristãs de Jeová proclamam mundialmente em especial desde o ano de após-guerra de 1919 E. C. Portanto, aquilo que aconteceu à antiga Jerusalém e Judá em cumprimento em miniatura da profecia bíblica cumprir-se-á agora no cumprimento maior e completo da mesma profecia bíblica. A história antiga mostra quão veraz foi a profecia de Jeová, na qual ele disse da Jerusalém incrédula:
24 “E eu vou fazer do juízo o cordel de medir e da justiça o nível [na armação das coisas segundo o seu propósito]; e a saraiva terá de arrasar o refúgio da mentira e as águas é que levarão de enxurrada o próprio esconderijo. E vosso pacto com a Morte há de ser dissolvido e esta vossa visão com o Seol não ficará de pé. A enxurrada transbordante, quando passar — então tereis de tornar-vos para ela um lugar pisado. Quantas vezes ela passar vos levará embora, pois passará manhã após manhã, durante o dia e durante a noite; e terá de tornar-se nada mais que uma razão para estremecimento, para fazer outros compreender o que se ouviu.” — Isaías 28:17-19, Isa. 28:2, 3.
25. (a) Conforme diz o profeta, por que será o relato sobre o que está acontecendo “uma razão para estremecimento”? (b) A ação de Jeová naquele tempo, será igual a que tomou em que ocasiões anteriores?
25 Por que ouvir o mero relato já deve ser motivo de estremecimento? Porque o relato declarará que todos os planos sábios do mundo, feitos por aqueles infiéis que professam adorar a Deus, ter-se-ão mostrado inadequados como cobertura e para dar sossego confortável como numa cama com um lençol. “Pois”, prossegue a explicar a profecia dada por meio de Isaías, “o leito mostrou-se curto demais para se estirar nele, e o próprio lençol tecido é demasiado estreito para se enrolar nele. Porque Jeová se levantará assim como no monte Perazim [onde o Rei Davi disse, depois de ter feito um ataque frontal contra os inimigos filisteus: ‘O verdadeiro Deus irrompeu através dos meus inimigos, por minha mão, como uma brecha feita por águas’], ficará agitado como na baixada perto de Gibeão [onde Jeová disse a Davi, antes de lhe dar uma segunda vitória sobre os filisteus: ‘O verdadeiro Deus terá ido na tua frente para golpear o acampamento dos filisteus’, esta vez desde a retaguarda], para fazer o seu ato — seu ato é estranho — e para executar a sua obra — sua obra é incomum. E agora, não vos mostreis zombadores, para que as vossas ligaduras não se tornem fortes, pois há um extermínio, sim, algo determinado, de que [eu, Isaías,] ouvi falar da parte do Soberano Senhor, Jeová dos exércitos, para toda a terra.” — Isaías 28:20-22; 1 Crônicas 14:8-16; 2 Samuel 5:17-25; também Josué 10:1-14.
26. O que é o ‘ato estranho’ e a ‘obra incomum’ que Jeová realizará em breve, e por que são aptamente descritos assim?
26 Que ato mais “estranho” poderia haver e que obra mais “incomum”, da parte de Jeová Deus, do que Ele causar a destruição da cristandade? Não poderia haver, pois alguém poderia perguntar: Não afirmou a cristandade governar “pela graça de Deus” sobre seu domínio religioso e não afirma ela representar o Cristo de Deus na terra? Sim! Portanto, não é de se esperar que Jeová preservasse a cristandade, a qual, por meio de suas sociedades bíblicas, divulgou a Bíblia Sagrada em toda a terra, em centenas de idiomas e por mais de um bilhão de exemplares? Em face de tudo isso, não preservar o Deus Todo-poderoso a cristandade durante a “presença do dia de Jeová” parecerá “estranho” aos milhões de freqüentadores das igrejas da cristandade! Parecerá realmente “incomum” que Ele cause a destruição violenta da cristandade no começo da iminente “grande tribulação”.
ABAIXO COM BABILÔNIA, A GRANDE, COMO QUE COM UM LANCE RÁPIDO!
27. (a) Por que motivo aniquilará Jeová primeiro a cristandade? (b) Por que virá a destruição dela “como ladrão”?
27 O motivo justo para o aniquilamento da cristandade como primeira na lista das organizações de religião falsa é que ela ‘não foi finalmente achada por Jeová sem mancha nem mácula, e em paz’. (2 Pedro 3:14) Isto se dá apesar de todas as suas afirmações de ser a única verdadeira Igreja de Deus! Ela mostra ser hipócrita, apresentando-se com o nome de cristianismo, quando ao mesmo tempo é babilônica no ensino e na prática. Visto que a destruição ardente dela no dia em que Jeová executará o julgamento divino será um ato “estranho” e uma obra “incomum”, sobrevirá a ela “como ladrão”. — 2 Pedro 3:10.
28. Por que é necessária a destruição da cristandade, para Jeová ser vindicado?
28 Por meio da sua destruição da cristandade, o Soberano Senhor Jeová terá de absolver-se de toda responsabilidade pelo proceder vergonhoso dela, durante os séculos de sua existência. Terá de vindicar-se como nunca tendo nada que ver com ela e como nunca a tendo comprometido para um casamento espiritual com seu Filho amado, para ser a ‘noiva de Cristo’. Ela foi meretriz religiosa; e Jeová terá de mostrar que a reconhece como ‘inimiga de Deus’ por ela ser ‘amiga do mundo’. — Tiago 4:4.
29. (a) Pára o julgamento divino sobre a religião falsa com a eliminação da cristandade, ou o que se dará? (b) Por que meios será destruída Babilônia, a Grande, e por que lhe farão isso?
29 O julgamento divino sobre a religião falsa não pára com a eliminação da cristandade. Se o principal membro daquele império mundial de religião falsa, Babilônia, a Grande, tiver de desaparecer, então também todas as restantes partes componentes dele. Toda ela terá de desaparecer sem deixar vestígios dela. Todas as partes carnais desta meretriz internacional terão de ser consumidas como que por uma fera. Ela terá de ser devastada e posta nua! Terá de ser completamente consumida como que por fogo, pois assim foi decretado na infalível Palavra de Deus: “E os dez chifres que viste, e a fera [a Oitava Potência Mundial política da atualidade], estes odiarão a meretriz e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a queimarão completamente no fogo.” (Revelação 17:16) Ironicamente, seus ex-amigos mundanos serão os que a destruirão, não por amor a Deus e Cristo, mas em repugnância e desprezo dela.
30. Quando os poderes políticos nas Nações Unidas passarem a desposar e destruir Babilônia, a Grande, poderão as Testemunhas de Jeová também sentir até certo ponto os efeitos disso?
30 A Oitava Potência Mundial, sendo hoje uma organização política, global, de 144 nações-membros, agirá contra tudo o que pretende ser religioso, espiritual, em toda a terra. Nem mesmo as testemunhas cristãs de Jeová poderão deixar de ser afetadas. É verdade que os 144 membros da organização das Nações Unidas sabem que as testemunhas cristãs de Jeová não fazem parte da cristandade, não, nem são parte da meretrícia Babilônia, a Grande, como um todo. Sabem que as Testemunhas de Jeová não se sujaram com a política suja deste mundo e não tentaram cavalgar a simbólica “fera” cor de escarlate, de sete cabeças e dez chifres. Portanto, quando tirar Babilônia, a Grande, de suas costas e a despir e cremar, esta “fera” política não tomará as Testemunhas de Jeová por alvo direto ao ajustar as contas com a odiada “mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da terra”. (Revelação 17:5) Não obstante, dificilmente poderia ser de outro modo senão que, quando os poderes políticos representados nas Nações Unidas da atualidade tomarem o que acharem ser medidas necessárias contra todas as religiões, as Testemunhas de Jeová sejam de algum modo afetadas. Por exemplo, por tributação de emergência de todas as propriedades religiosas. Ou mesmo pela expropriação de todos os valores e imóveis religiosos. Ou pelo cancelamento, pelo Estado, dos estatutos de sociedades religiosas, a fim de produzir sua destruição.
31. Conforme ilustrado no caso do apóstolo João, que posição ocuparão as testemunhas ungidas de Jeová enquanto Babilônia, a Grande, for destruída?
31 No entanto, as Escrituras proféticas apresentam as testemunhas cristãs do Soberano Senhor Jeová como espectadores do aniquilamento aterrorizante da milenar Babilônia, a Grande. Pelo visto, o idoso apóstolo João, na ilha penal de Patmos, era representante do restante ungido do Israel espiritual da atualidade. Pediu-se ao apóstolo João, por meio de um dos sete anjos incumbidos de derramar as “últimas sete pragas” sobre a organização visível do Diabo: “Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que está sentada sobre muitas águas [povos, multidões, nações], com a qual os reis da terra cometeram fornicação, enquanto que os que habitam na terra se embriagaram com o vinho da fornicação dela.” — Revelação 17:1, 2; 21:9.
32, 33. (a) De que se tornou João espectador? (b) A quem não viu João destruído junto com Babilônia, a Grande, mas, em vez disso, quem é vingado por aquele ato de justiça divina?
32 Portanto, de que se tornou João espectador? João responde: “E ele me levou no poder do espírito para um ermo. E avistei uma mulher sentada numa fera cor de escarlate, que estava cheia de nomes blasfemos [acumulados durante a existência das Sete Potências Mundiais] e que tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e estava adornada de ouro, e de pedra preciosa, e de pérolas, e tinha na sua mão um copo de ouro cheio de coisas repugnantes e das coisas impuras da sua fornicação. E na sua testa havia escrito um nome, um mistério: ‘Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da terra.’ E eu vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus. . . . ‘E a mulher que viste significa a grande cidade [Babilônia] que tem um reino sobre os reis da terra.’” — Revelação 17:3-6, 18.
33 Lá no seu posto de observação no “ermo”, o apóstolo João tornou-se espectador do “julgamento da grande meretriz”, a destruição de Babilônia, a Grande, pela fera cor de escarlate com sete cabeças e dez chifres. João não viu as “testemunhas de Jesus” serem destruídas junto com Babilônia, a Grande, embriagada de sangue. (Revelação 17:15, 16) Depois de o apóstolo João, a seguir, ver Babilônia, a Grande, retratada como cidade do Alto Comércio, jazer em ruínas, ele ouve do céu o brado para os observadores: “Alegra-te por causa dela, ó céu, e também vós, santos, e vós, apóstolos, e vós, profetas, porque por vós Deus exigiu dela judicialmente a punição!” (Revelação 18:20) O Deus da justiça vinga assim seus adoradores fiéis, que sofreram às mãos de Babilônia, a Grande. Isso é motivo justo para alegria!
34, 35. Como indica a visão profética que o apóstolo João teve que a destruição de Babilônia, a Grande, não será um assunto de longa duração?
34 Finalmente, o apóstolo João viu na visão profética aquilo que será presenciado por observadores hodiernos, por aqueles que acataram a ordem divina de ‘sair’ de Babilônia, a Grande, e tornar-se o povo de Jeová Deus, o Todo-poderoso. A cena cheia de ação, vista por João, indica que a arruinação total de Babilônia, a Grande, não será um assunto de longa duração. João descreveu este quadro profético, dizendo:
35 “E um anjo forte levantou uma pedra semelhante a uma grande mó e lançou-a no mar, dizendo: ‘Assim, com um lance rápido, Babilônia, a grande cidade, será lançada para baixo, e ela nunca mais será achada. E nunca mais se ouvirá em ti o som de cantores ao acompanhamento de harpas, e de músicos, e de flautistas, e de trombeteiros, e jamais se achará de novo em ti artífice algum de qualquer profissão, e jamais se ouvirá de novo em ti o som da mó, e jamais brilhará de novo em ti a luz de lâmpada, e jamais se ouvirá de novo em ti a voz de noivo e de noiva; porque os teus comerciantes viajantes eram os dignitários da terra, pois todas as nações foram desencaminhadas pelas tuas práticas espíritas. Sim, nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra.” — Revelação 18:21-24.
36. Por que não participarão as próprias testemunhas cristãs de Jeová na destruição violenta de Babilônia, a Grande?
36 No iminente cumprimento desta visão profética, as testemunhas cristãs de Jeová não participarão no lançamento violento de Babilônia, a Grande, nas profundezas da destruição. Não serão iconoclastas, entrando à força nos edifícios religiosos e despedaçando imagens e quadros religiosos. Terão em mente que Jeová Deus reivindica a execução da vingança como sendo Sua prerrogativa. Deixarão que ele execute a vingança, e por isso não tentarão vingar-se elas mesmas. Que o Juiz Supremo e Deus da justiça use quaisquer outros instrumentos que queira usar, no céu ou na terra, tais como a simbólica “fera” cor de escarlate, com sete cabeças e dez chifres, mas as testemunhas cristãs de Jeová não encontram nenhuma autorização na Palavra escrita de Deus, para elas mesmas agirem com violência contra Babilônia, a Grande. Diga-se com crédito e louvor para Jeová: “Ele executou o julgamento na grande meretriz que corrompia a terra com a sua fornicação, e das mãos dela vingou o sangue dos seus escravos.” — Revelação 19:2.
DISSOLUÇÃO DOS AMANTES ALIENADOS DELA NO HAR-MAGEDON
37. (a) Apenas de que modo poderão as testemunhas cristãs de Jeová sobreviver à destruição de Babilônia, a Grande? (b) Terão ainda mais trabalho a fazer naquele tempo, na pregação destas “boas novas do reino” em testemunho? (c) Em vez disso, com que situação se confrontarão?
37 Tão-somente sob a proteção do Deus Todo-poderoso poderão as testemunhas cristãs de Jeová sobreviver à eliminação violenta de Babilônia, a Grande, da face da terra. Sua preservação como espectadores deste evento que abalará o mundo os tornará testemunhas daquele ato “estranho” de Deus da adoração pura, e isto os obrigará a contá-lo a outros, no tempo devido. Neste tempo, sua pregação destas “boas novas do reino . . . em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações” terá terminado. Sua obra de ir de casa em casa, de porta em porta, de loja em loja, e andar pelas ruas como arautos, conforme ordenado pelo Filho de Deus, terá acabado. (Mateus 24:14; Marcos 13:10) Terão de manter-se firmes, então, a favor daquele reino messiânico de Deus, que persistiram em pregar durante as décadas desta “terminação do sistema de coisas”. Por quê? Porque estarão então face a face com os poderes políticos irreligiosos que representam “todos os reinos do mundo”.
38. A que conclusões errôneas chegarão então os poderes políticos do mundo?
38 Será uma situação realmente desafiadora! Os poderes políticos, mundiais, então divorciados de toda a religião babilônica, disputarão então mais do que nunca o direito de tal coisa como “o reino de Deus” assumir o controle da terra. Não crêem em tal governo invisível, celestial. Ter-se-lhes permitido destruírem o babilônico império mundial da religião falsa os levará a conclusões errôneas — de que não existe um único Deus vivente e verdadeiro e de que eles são muito mais poderosos do que qualquer coisa que afirme representá-lo na terra, podendo assim atacar até mesmo os proclamadores destas “boas novas do reino” sem temerem sofrer punição divina.
39. O que é razoável crer quanto a qual será o pensamento dos governantes políticos do mundo naquele tempo?
39 Serão inteiramente materialistas, só se importando com coisas materiais: O governo da terra, doravante, deverá ser inteiramente exercido por governantes humanos, visíveis. A terra pertence ao homem que a ocupa. Acharão incrível o ensino de que estiveram sob o controle invisível de Satanás, o Diabo, e seus demônios. Não atribuem seu poder político ao Diabo, como governante invisível, e não governaram a terra durante todos esses séculos apenas pela permissão do Soberano Senhor Jeová. Por isso não reconhecerão algum fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E. C. como fato significativo, nem entregarão seu poder político e sua soberania nacional a um Deus em quem não crêem. Todos os que estiverem vivos na terra terão de harmonizar-se com o seu modo de pensar. Todos os que não se conformarem, todos os dissidentes, terão de ser eliminados, extinguidos da terra. Com tais não-conformistas, os destruidores políticos de Babilônia, a Grande, referir-se-ão às testemunhas sobreviventes de Jeová.
40. Por que não transigirão as Testemunhas de Jeová naquele tempo quanto à sua atitude, nem se conformarão com o mundo?
40 O que induzirá as testemunhas cristãs de Jeová a não se conformarem naquele tempo decisivo é seu reconhecimento do Deus Altíssimo Jeová como sendo o Soberano Universal. A Ele, o Criador, pertencem tanto a terra como os céus. Como constituinte legítimo do Rei, ele designou seu ressuscitado Filho Jesus Cristo para reinar sobre a terra por mil anos, a favor da humanidade pela qual morreu como sacrifício de resgate. O tempo deste reinado milenar de Cristo já se aproximou, e as Testemunhas de Jeová o aguardam com plena fé nas Escrituras Sagradas. Sob nenhumas circunstâncias renunciarão àquele governo teocrático, do qual têm sido embaixadores e enviados na terra, durante o “tempo do fim”. Como tais, não fizeram “parte do mundo”, e recusam-se agora a serem obrigados a se tornar parte dum mundo que já enfrenta o Har-Magedon, quando a questão da Soberania Universal será decidida por uma luta até o fim!
41. (a) Em vista da atitude adotada pelas testemunhas cristãs de Jeová, qual será a atitude dos poderes políticos, materialistas, para com elas naquele tempo? (b) Como fornece aquilo que se predisse a respeito de Gogue da terra de Magogue um indício de como encararão o assunto?
41 Os poderes políticos, materialistas, ressentir-se-ão de tal obstáculo à reivindicação indisputada do domínio mundial pelo homem. Fora com ele! será a sua atitude. Além disso, o que possui aquele pequeno grupo de Testemunhas de Jeová para apoiar sua atitude senão a Bíblia Sagrada, mero livro escrito pela mão de homens? Onde está o apoio militar deles, onde estão suas armas carnais para lutarem a favor de seu Deus e o Rei messiânico deles? Raciocinando assim como Gogue da terra de Magogue, na profecia de Ezequiel, concluirão que as Testemunhas de Jeová, desarmadas politicamente impotentes, são indefesas e desamparadas. (Ezequiel 38:10-12) Segundo o conceito materialista, evidentemente será fácil destruí-las, eliminar seu paraíso espiritual e despojá-las de sua afirmação de que representam o “reino dos céus”!
42. Quando os membros das Nações Unidas avançarem para atacar as Testemunhas de Jeová, contra quem, na realidade, expressarão seu desafio?
42 Portanto, avancem para o ataque, membros nacionais, unidos, da organização mundial de paz e segurança internacionais! Avancem, sim, mas, na realidade, não contra as testemunhas sobreviventes do Soberano Senhor Jeová; antes, será contra o Líder celestial delas, Jesus Cristo, o “Cordeiro de Deus” que uma vez foi sacrificado! Pois, a respeito dos poderes políticos que entregaram seu ‘poder e autoridade’ terrenos à organização mundial para o domínio da humanidade está escrito: “Estes batalharão contra o Cordeiro, mas, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, o Cordeiro os vencerá. Também o farão com ele os chamados, e escolhidos, e fiéis.” — Revelação 17:13, 14.
43, 44. (a) Quando confrontados com tal ataque, de que narrativas terão de lembrar-se os servos de Jeová aqui na terra? (b) Como poderá animá-los o Salmo vinte e sete?
43 Por meio de tais palavras proféticas, Jeová Deus revela sua confiança na fidelidade de suas testemunhas cristãs, a quem ele preserva para este momento supremo de tudo o que passam na terra. Qualquer que seja a forma do ataque mundial, não importa de que modo venha, porá à prova a fé e a devoção de Seu restante ungido e da “grande multidão” de companheiros leais. Terão de lembrar-se de outras ocasiões registradas na Bíblia Sagrada, em que o Deus Todo-poderoso permitiu que os inimigos atacassem em massa seu povo aparentemente indefeso, mas ele de repente impediu o inimigo totalmente. Lembrar-se-ão apropriadamente das palavras do Rei Davi:
44 “Jeová é a minha luz e a minha salvação. De quem terei medo? Jeová é o baluarte da minha vida. De quem terei pavor? Quando os malfeitores se chegaram a mim para devorar minha carne, sendo eles pessoalmente meus adversários e meus inimigos, eles mesmos tropeçaram e caíram. Ainda que um acampamento arme tendas contra mim, meu coração não temerá. Ainda que estoure uma guerra contra mim, mesmo assim estarei confiante. Uma coisa pedi a Jeová — é o que procurarei: Morar na casa de Jeová todos os dias da minha vida, para contemplar a afabilidade de Jeová e olhar com apreciação para o seu templo. Porque no dia da calamidade ele me ocultará no seu abrigo; esconder-me-á no lugar secreto da sua tenda; ele me porá alto sobre uma rocha. E agora a minha cabeça ficará elevada acima dos meus inimigos ao redor; e eu vou sacrificar na sua tenda sacrifícios de gritos de alegria; vou cantar e entoar melodias a Jeová.” — Salmo 27:1-6.
45. Que motivos terão dado as nações ímpias ao Soberano Universal para destruí-las?
45 Todos os santos céus e todos os santos na terra observarão o que então ocorrerá! Por fim se terá então atingido o ponto culminante da flagrante provocação e do desafio das nações da terra, com respeito à soberania universal do Deus Todo-poderoso, o Produtor do céu e da terra! O Rei vindicador celestial da Soberania Universal terá de decidir então a atitude de quem está certa, a de suas testemunhas cristãs na terra, ou a das nações de criaturas humanas, mortais, que se glorificam a si mesmas. As nações não somente ‘arruinaram a terra’ com a sua poluição e com as suas violações das leis do Criador, mas elas também se decidirão então a destruir Seu “povo para propriedade especial”, o restante ungido do Israel espiritual, junto com a “grande multidão” de pessoas que temem a Deus e que fazem o bem àquele “povo para propriedade especial”. (Revelação 11:18; 1 Pedro 2:9) De que motivo adicional precisará o Soberano Universal ao procurar uma razão para destruir as nações ímpias? Nenhum!
46. (a) Como mostraram as nações que elas se negaram a acatar o conselho inspirado registrado no Salmo 2:10-12? (b) Assim, em harmonia com o Salmo 2:5-9 para que ação terá chegado o tempo?
46 Durante toda a pregação mundial das “boas novas do reino”, em testemunho, desde 1914 E. C., as nações se negaram obstinadamente a acatar o conselho inspirado: “E agora, ó reis, usai de perspicácia; deixai-vos corrigir, ó juízes da terra. Servi a Jeová com temor e jubilai com tremor. Beijai ao filho [o Messias], para que Ele [Jeová] não se ire e não pereçais no caminho, pois a sua ira se acende facilmente.” (Salmo 2:7, 10-12) As nações refrearam-se persistentemente de beijarem o Rei, a quem Jeová anunciou universalmente como sendo seu Filho unigênito, porque as nações não fizeram nada para abrandar a face dele para com uma reconciliação. Negaram-se a lhe entregarem sua soberania sobre os territórios que reivindicam. O relógio no horário de Deus marca a hora para Ele ‘falar às nações na sua ira e perturbá-las no seu ardente desagrado’. Portanto, que entre em ação o domínio do “cetro de ferro”. Que o empossado Filho régio de Jeová quebrante as nações, que as espatife como se fossem um vaso de barro do oleiro. (Salmo 2:5-9) Então, que o Filho de Deus, com o cetro de ferro, trave imediatamente batalha contra as forças inimigas!
47. (a) Quem dará o sinal para os exércitos celestiais entrarem em ação no Har-Magedon? (b) O relato de Revelação descreve o campo de batalha naquele dia de matança como sendo o quê?
47 Assim como o Rei Davi, na planície de Gibeão, aguardava de Jeová o sinal para a batalha, assim o Rei guerreiro de Jeová, que “há de pastorear todas as nações com vara de ferro”, aguarda o sinal de seu Comandante em Chefe celestial. (Revelação 12:5) Eis o sinal! Imediatamente, o régio Marechal de Campo esporeia seu cavalo branco de guerra para avançar, liderando seus exércitos celestiais, em cavalos brancos de guerra, num ataque vitorioso contra todos os inimigos combinados, em formação de batalha, no campo de batalha do Har-Magedon, na terra. Sejam esses reis inimigos, seus exércitos e asseclas pisados assim como uvas ajuntadas para serem esmagadas. Seja esse campo de batalha do Har-Magedon transformado num lagar! Pise o Rei dos reis o “lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso”. Suba cada vez mais o sangue vital dessas “uvas” no lagar, sim, “até à altura dos freios dos cavalos”. (Revelação 19:11-16; 14:18-20) Tenha agora plena vazão a ira por muito tempo refreada do furor de Deus, o Todo-poderoso. Não haja mais necessidade de ele causar pela segunda vez tal aflição de nações. — Naum 1:6-9.
48. Como descreve Isaías 34:1-6 o que acontecerá então?
48 Certamente, chegou agora o tempo de todo o céu e terra tomarem nota disso! “Porque Jeová tem indignação contra todas as nações e furor contra todo o seu exército. Ele terá de devotá-las à destruição; terá de entregá-las ao abate. E seus mortos serão lançados fora; e quanto aos seus cadáveres, ascenderá o seu mau cheiro; e os montes terão de derreter-se por causa do sangue deles. E todos os do exército dos céus terão de apodrecer. E os céus terão de ser enrolados, como o rolo dum livro; e todo seu exército terá de engelhar-se, assim como se engelha a folhagem caindo da videira e como o figo engelhado da figueira. ‘Pois a minha espada certamente ficará encharcada nos céus. Eis que descerás sobre Edom e sobre o povo que em justiça devotei à destruição. Jeová tem uma espada; terá de ficar cheia de sangue.’” (Isaías 34:1-6) Não foi de brincadeira que Jeová inspirou a escrita dessas palavras proféticas. Aproxima-se o tempo para o cumprimento delas. O velho sistema de coisas terá de morrer!
49. Que decisão urgente confronta agora a cada um de nós?
49 Morreremos junto com o velho sistema de coisas? Preferimos ser executados junto com os governantes políticos, seus exércitos e seus asseclas, naquele “dia” em que Jeová Deus, por meio de seu Filho guerreiro, Jesus Cristo, brandir sua espada judicial para executar todos os seus inimigos na terra? Deve ser curtíssimo o tempo restante em que se nos permite fazer a decisão pessoal, envolvendo a vida ou a morte, até que o Soberano Senhor Deus ajuste as contas com este velho sistema de coisas. Sermos poupados com vida ou sermos executados como mundanos condenados dependerá do lado em que escolhemos ficar. Não é agora cedo demais para decidir a questão: Do lado de quem me encontrarei quando a aflição mundial chegar ao seu temível clímax? Que todos nós façamos nossa escolha com sabedoria e bom senso a favor da vida no novo sistema de coisas de Deus!