Estados Unidos da América (Parte Três)
IRROMPE A VIOLÊNCIA EM LITCHFIELD
Por volta do mesmo tempo que a Fazenda do Reino era objeto de uma tentativa de ataque e incêndio premeditado, surgiram dificuldades contra as testemunhas de Jeová em Litchfield, Ilinóis. “De alguma forma, os arruaceiros em Litchfield foram informados de nossos planos, de modo que, quando fomos trabalhar naquela cidade, estavam preparados para nos receber”, lembra Clarence S. Huzzey. “O sacerdote local tocou os sinos da igreja como sinal e eles começaram a prender os irmãos — levando-os para a cadeia local. Alguns dos irmãos foram terrivelmente espancados e a turba até ameaçou incendiar a cadeia. Alguns dos arruaceiros localizaram os carros dos irmãos e começaram a demoli-los — reduzindo-os a destroços.”
Walter R. Wissman diz: “Depois de serem espancados pela turba, os irmãos foram levados à cadeia local pela patrulha rodoviária estadual, para sua própria proteção. Certo irmão, Charles Cervenka, foi derrubado no chão por um soco, quando se recusou a saudar a bandeira, a bandeira sendo empurrada sobre seu rosto, e foi gravemente chutado e espancado na cabeça e no corpo. Foi o mais gravemente ferido dentre os irmãos e jamais se recuperou por completo do espancamento. Morreu alguns anos depois. Afirmou, mais tarde, que, ao ser espancado, dizia a si mesmo que estava tão contente de que isto aconteceu com ele e não com algum dos irmãos mais novos, porque sabia que podia agüentar isso, ao passo que talvez um novato enfraquecesse e transigisse.”
“A cidade de Litchfield estava mui orgulhosa desta realização”, lembra-se o irmão Wissman. “Com efeito, vários anos mais tarde, já bem adiantado na década de 1950, Litchfield celebrou seu centenário com carros alegóricos que representavam os eventos destacados nos cem anos de história da cidade. Um desses carros comemorava o ataque da turba contra as testemunhas de Jeová em 1940. As autoridades municipais consideravam que este era um evento memorável de sua história. Que Jeová os recompense!”
APELOS DESATENDIDOS
Tão graves e numerosos eram os ataques violentos contra as testemunhas de Jeová que o Procurador-Geral dos Estados Unidos, General Francis Biddle e a Sra. Eleanor Roosevelt (esposa do Presidente Franklin D. Roosevelt) fizeram apelos públicos para a cessação de tais ações. Com efeito, em 16 de junho de 1940, no próprio dia do incidente de Litchfield, durante uma transmissão radiofônica de costa a costa pela cadeia da “National Broadcasting Company”, Biddle declarou:
“As testemunhas de Jeová têm sido repetidas veres atacadas e espancadas. Não cometeram crime algum; mas a turba julgava que cometeram, e lhes deu o castigo da turba. O Procurador Geral ordenou imediata investigação destes ultrajes.
“O povo deve ficar alerta e vigilante, e, acima de tudo, frio e são. Visto que a violência da turba tornará a tarefa do governo infinitamente mais difícil, não será tolerada. Não derrotaremos o mal nazista por imitar seus métodos.”
Mas, tais apelos não frearam a onda de hostilidade contra as testemunhas de Jeová.
INTERROMPIDAS AS REUNIÕES CRISTÃS
Durante esses anos turbulentos, os cristãos nos Estados Unidos às vezes eram atacados enquanto se reuniam pacificamente para instrução bíblica. Isso aconteceu, por exemplo em Saco, Maine, em 1940. Numa ocasião, quando as testemunhas de Jeová estavam em seu Salão do Reino do segundo pavimento, preparando-se para apresentar um discurso bíblico gravado, uma turba de 1.500 a 1.700 pessoas se formou, segundo Harold B. Duncan. Lembra-se claramente de que um sacerdote estava com eles, sentado num carro em frente do salão. “O sujeito na [vizinha] loja de consertos de rádio ligou todo rádio que pôde em pleno volume, de modo a abafar o discurso”, afirma o irmão Duncan, acrescentando: “Então a turba começou a apedrejar as vidraças das janelas. A polícia em trajes civis, com faroletes, apontou os raios de luz para as janelas a serem apedrejadas. A delegacia de polícia estava situada a um quarteirão e meio de distância. Fui lá duas vezes e informei-os do que acontecia. Disseram: ‘Quando vocês saudarem a bandeira americana, nós os ajudaremos!’ A turba apedrejou 70 [pequenas vidraças] do salão e uma pedra tão grande como meu punho passou raspando pela cabeça da irmã Gertrude Bob e arrancou um pedaço do reboque da parede.”
A violência duma turba também irrompeu na assembléia de 1942 em Klamath Falls, Oregon. Segundo Don Milford, os arruaceiros cortaram os fios telefônicos que traziam um discurso de uma outra cidade de congresso, mas um irmão que tinha uma cópia do discurso imediatamente tomou a direção e o programa prosseguiu. Por fim, a turba invadiu o salão. As Testemunhas se defenderam e, quando a porta foi de novo fechada, um dos atacantes — “um homem alto e forte” — estava desmaiado dentro do prédio. Era um oficial de polícia, e foi tirada uma foto dele com o distintivo junto ao seu rosto. “Chamamos a Cruz Vermelha”, afirma o irmão Milford, “e enviaram duas mulheres com uma maca e o levaram. Ouviu-se-lhe dizer mais tarde: ‘Não pensei que eles fossem lutar.’” A polícia recusou-se a ajudar as Testemunhas, e demorou mais de quatro horas para que a turba fosse dispersada pela milícia estadual.
AGRESSÕES NA OBRA DE REVISTAS NAS RUAS
Ao passo que os policiais em certas localidades deixavam de proteger as testemunhas de Jeová, isso por certo não ocorria invariavelmente. Por exemplo, ao fazer o serviço de revistas na rua, em Tulsa, Oklahoma, há alguns anos, L. I. Payne observou que um policial sempre estava ao alcance da vista. “Assim”, diz o irmão Payne, “certo dia lhe perguntei por que estava sempre tão por perto. Sua observação foi no sentido de que, muito embora tivesse grande área a cobrir, ficaria naquela vizinhança porque não ia permitir que alguém me expulsasse dali ou me espancasse. Tinha lido como as cidadezinhas tratavam as Testemunhas e não podia entender por que alguém desejaria impedir esta obra.”
Na realidade os servos de Jeová amiúde eram agredidos por turbas violentas ao se empenharem no testemunho na ruas com A Sentinela e Consolação. Para exemplificar, Georg L. McKee afirma que, semana após semana, em uma comunidade de Oklahoma, certas turbas, que iam de 100 a bem mais de 1.000 homens furiosos, fustigavam as Testemunhas empenhadas na obra de revistas nas ruas. O prefeito, o chefe de polícia e outras autoridades não forneciam proteção alguma. Segundo o irmão McKee, em geral os arruaceiros eram dirigidos por destacado médico e líder da Legião Americana, primo de Belle Starr, notória bandida. Primeiro, capangas bêbados começavam um distúrbio. Daí, vinha a turba, armada de tacos de bilhar, porretes, canivetes, cutelos de açougueiros e revólveres. Com que objetivo? Expulsar as Testemunhas da cidade. Mas, todo sábado, os proclamadores do Reino, determinavam de antemão, por quanto tempo iriam empenhar-se no serviço nas ruas e, embora a turba se juntasse rapidamente, tinham êxito em completar o tempo determinado. Muita revistas eram colocadas com os que faziam compras.
Certo sábado, cerca de quinze Testemunhas foram assediadas. “Compreendemos que teríamos de confiar em Jeová Deus e no bom critério para escapar vivos”, afirma o irmão McKee, continuando: “Sem nem mesmo um aviso, começaram a atacar três de nós, irmãos, com seus canivetes e porretes. . . . Com braços quebrados, crânios fraturados e outros ferimentos, fomos a quatro médicos diferentes na comunidade, mas todos se recusaram a dar-nos o tratamento necessário. Tivemos que viajar para uma comunidade a uns 80 quilômetros de distância para obter os serviços de um médico condolente. As feridas e as mágoas logo sararam, e retornamos à esquina das ruas no sábado seguinte com as boas novas do Reino. Este espírito predominava durante todos os tempos aflitivos que passamos no auge da perseguição.”
FÚRIA EM CONNERSVILLE
Destacados entre os atos violentos eram os incidente ocorridos em 1940 em Connersville, Indiana. Certas mulheres cristãs que foram julgadas ali foram acusadas falsamente de “conspiração turbulenta”. Quando o irmão Rainbow, servo de zona, e Victor e Mildred Schmidt saíam do tribunal no primeiro dia de julgamento, cerca de vinte homens investiram contra seu carro, ameaçaram-nos de morte e tentaram virar o veículo.
No último dia do julgamento, o promotor público usou o seu tempo de argumentação mais para incitar um motim, às vezes falando de forma direta para os homens armados no prédio. Por volta das 21 horas veio o veredicto: “Culpados.” Então, irrompeu uma tempestade de violência. A irmã Schmidt afirma que ela e seu marido Victor, que era um dos advogados que cuidavam do caso, junto com dois outros irmãos, foram separados das outras Testemunhas e uma turba de duzentas a trezentas pessoas investiu sobre eles. Ela nos conta:
“Quase que de imediato, uma barragem de todos os tipos de frutas, legumes e ovos começou a bombardear-nos. Mais tarde nos disseram que os arruaceiros tinham jogado a carga inteira dum caminhão em cima de nós.
“Tentamos correr para nosso carro, mas fomos impedidos e empurrados para a estrada que conduzia para fora da cidade. Então, uma turba correu para cima de nós, ferindo os irmãos e atingindo-me nas costas, provocando o efeito duma chicotada. Já então, uma tempestade tinha irrompido em toda sua fúria. A chuva caía em torrentes e o vento soprava furiosamente. No entanto, a fúria dos elementos era insignificante em comparação com a fúria desta turba endemoninhada. Devido à tempestade, muitos fugiram para seus carros, e dirigiam-nos ao nosso lado, berrando e amaldiçoando-nos e sempre incluindo o nome de Jeová em suas maldições. Oh, como isso doía em nossos ouvidos!
“Mas, apesar da tempestade, parecia como se pelo menos cem homens a pé exercessem pressão sobre nós. Irmãos que lotavam um carro dirigido pela irmã Jacoby (agora irmã Crain) de Springfield, Ohio, tentaram socorrer-nos, mas a turba quase que virou o carro e o chutou e rebentou suas portas. Isto trouxe mais pancadas sobre nós, à medida que os arruaceiros nos puxavam para longe do carro. Os irmãos foram obrigados a ir embora sem nós. Ao sermos empurrados e a tempestade continuar sem diminuir, os arruaceiros continuavam gritando e bradando ‘Joguem-nos no rio! Joguem-nos no rio!’ Este brado incessante semeou o terror em meu coração, e, ao nos aproximarmos da ponte que cruzava o rio, o brado subitamente parou. Logo tínhamos atravessado a ponte. Era como se os anjos de Jeová tivessem cegado a turba quanto a onde estávamos! Pensei eu: ‘Obrigado, Jeová!’
“Então os grandes e troncudos arruaceiros começaram a agredir de novo os irmãos. Quão duro era ver alguém que se ama ser agredido! Cada vez que batiam em Victor, ele cambaleava, mas jamais caiu. Tais golpes eram golpes horrorosos para mim . . .
“Vez após vez, aproximaram-se de mim pelas costas e me deram aquele rápido empurrão como uma chicotada. Por fim separaram-nos dos dois irmãos, e, andamos de braços firmemente dados, Victor disse: ‘Não sofremos tanto quanto Paulo. Não resistimos até ao derramamento de sangue.’ [Compare com Hebreus 12:4.]
“Estava muito escuro e ficava tarde (soube depois que eram por volta das 23 horas). Estávamos além dos limites da cidade e quase exaustos quando, subitamente, um carro parou bem perto de nós. Uma voz familiar disse: ‘Depressa! Entrem!’ Oh, ali estava aquele excelente jovem pioneiro, Ray Franz salvando-nos desta turba violenta! . . .
“Aqui, de novo, sentíamos que os anjos de Jeová tinham cegado o inimigo para não nos ver entrar no carro. Ali, no carro, seguros da turba, estavam os queridos irmãos Rainbow e esposa, e três outros. De alguma forma, esse carrinho teve espaço, para todos nós oito. Todos sentíamos que os anjos de Jeová tinham impedido que o inimigo nos visse entrar no carro. A turba ainda estava violentamente irada conosco, sem nenhum indício de nos livrar. Parecia como se Jeová, com seus braços amorosos, tivesse nos alcançado e nos libertado! Mais tarde soubemos que, depois de os dois irmãos serem retirados de perto de nós, encontraram refúgio numa pilha de feno até que alguns irmãos os encontraram bem cedo de manhã. Um dos irmãos fora gravemente ferido por um objeto atirado nele.
“Chegamos em casa por volta das 2 da madrugada, ensopados e gelados, visto que a tempestade pusera fim a uma onda de calor e trouxera o ar frio. Nossos irmãos e irmãs nos ministraram, até mesmo pensando cinco feridas abertas no rosto de Victor. Quão gratos ficamos de estar sob os cuidados amorosos de nossos queridos irmãos!”
Apesar de tais graves experiências, contudo, Jeová sustenta e fortalece seus servos. “Assim”, observa a irmã Schmidt, “aqui tínhamos sofrido outro tipo de prova, que Jeová misericordiosamente nos ajudara a suportar, e deixar que ‘a perseverança tivesse a sua obra completa’.” — Tia. 1:4
OUTROS ATOS DE BRUTALIDADE DA TURBA
Muitos foram os atos de violência da turba, tendo por alvo as testemunhas de Jeová. Em dezembro de 1942, em Winnsboro Texas, várias testemunhas de Jeová foram assediadas por uma turba enquanto faziam o serviço de revistas nas ruas. Entre as Testemunhas achava-se O. L. Pillars, servo aos irmãos (superintendente de circuito). À medida que os arruaceiros se aproximavam, as Testemunhas concluíram que não poderiam fazer o trabalho nas ruas sob tais circunstâncias. Assim, começaram a andar em direção a seu carro. “No meio da rua principal, em seu carro-sonante, estava o pregador batista C. C. Phillips”, lembra-se o irmão Pillars. “Ele estava pregando sobre Cristo e sua crucificação, mas, logo que nos viu, mudou seu sermão. Começou a falar de modo bombástico e a dizer disparates sobre como as testemunhas de Jeová não saudavam a bandeira. Ele disse como estaria feliz de morrer pela ‘Old Glory’ (Velha Glória), e que qualquer pessoa que não saudasse a bandeira deveria ser expulsa da cidade. Ao passarmos por seu carro, olhamos adiante, podendo ver outra turba que vinha em nossa direção. Logo cercaram fileiras sobre nós e nos detiveram até que o delegado municipal surgiu e nos prendeu.”
Mais tarde, a turba entrou no escritório do delegado, que não fez esforço de proteger as Testemunhas. Os arruaceiros se apoderaram delas. Na rua, o irmão Pillars, por sua vez estava sendo surrado. “Desta feita”, afirma o irmão Pillars “senti a ajuda mais incomum. Estava levando tremenda surra. O sangue jorrava do meu nariz, rosto e boca, mas não sentia dor alguma. Mesmo nessa hora, maravilhei-me desse fato e achei que era manifestação da ajuda angélica. . . . Para mim, explicava como nossos irmãos alemães suportaram fielmente o calor da perseguição nazista sem vacilar.”
O irmão Pillars foi repetidamente espancado até ficar inconsciente, então reanimado e espancado de novo. Por fim, não podendo fazer que recobrasse os sentidos, os arruaceiros o embeberam em água fria e tentaram obrigá-lo a saudar uma bandeira de cinco por dez centímetros, segundo ele, “a única bandeira que estes grandes ‘patriotas’ conseguiram achar”. Ao erguê-la, erguiam também o braço dele, mas ele deixou cair a mão, mostrando que não faria a saudação. Logo amarraram uma corda no pescoço dele, jogaram-no ao chão e o arrastaram até a cadeia. Vagamente, ouviu-os dizer: “Vamos enforcá-lo logo. Assim nos livraremos para sempre dessas Testemunhas.” Não muito depois disso, tentaram fazer exatamente tal coisa. Escreve o irmão Pillars: “Puseram a corda nova de cânhamo, de pouco mais de um centímetro, ao redor do meu pescoço, dando o laço do carrasco por trás da orelha, e me arrastaram para a rua. Em seguida, jogaram a corda por cima dum cano que saía do prédio. Quatro ou cinco arruaceiros começaram a puxar a corda. Ao ser erguido do solo, a corda ficou apertada e desmaiei.”
A próxima coisa que o irmão Pillars se deu conta era de que estava de volta à cela sem aquecimento. Um médico o examinou e disse: “Se quer que este rapaz viva, é melhor levá-lo para o hospital, visto que perdeu muito sangue e seus olhos se dilataram.” A isto, o delegado redargüiu: “Ele é o Diabo mais teimoso que já vi.” “Como essas palavras me encorajaram”, observa o irmão Pillars, “pois me asseguravam de que não havia transigido”.
Depois de o médico ir embora, os arruaceiros encheram a cadeia fria, escura. Acenderam fósforos para ver o rosto do irmão Pillars, e ele os ouviu dizer: “Já está morto?” Alguém respondeu: “Não, mas vai morrer.” Congelado de frio até os ossos e completamente encharcado, o irmão Pillars tentou evitar tremer de frio, esperando que o imaginassem morto. Por fim, foram embora e tudo ficou quieto. Com o tempo, a porta se abriu, entrou a Polícia Estadual do Texas e o irmão Pillars foi levado de ambulância para o hospital em Pittsburgo, Texas. Tinha estado a mercê da turba durante seis horas. Mas, o que acontecera quando o enforcaram? Por que ainda estava vivo? “Descobri tais respostas em fins do dia seguinte”, observa o irmão Pillars, acrescentando:
“Na enfermaria de presos no hospital de Pittsburgo onde eu me recuperava chegou o irmão Tom Williams. Era um advogado local de Sulphur Springs e verdadeiro batalhador pela justiça. Esforçara-se de localizar-me, sem nenhum êxito, até que ameaçou processar a cidade. Então lhe revelaram que eu estava hospitalizado. Quão bom foi ver o rosto dum irmão. Ele me contou então que toda a cidade comentava — eu tinha sido enforcado, mas a corda rebentara!
“Mais tarde, o F. B. I. fez uma investigação oficial e isto levou a uma audiência de instrução dum júri, um grupo de pentecostais se dispondo a testemunhar. Disseram: ‘Hoje são as testemunhas de Jeová. Amanhã seremos nós!’ Quando descreveram o enforcamento, disseram: ‘Vimo-lo balançando na corda. Então ela rebentou. Quando vimos a corda rebentar sabíamos que era o Senhor que a rebentara.’”
O delegado e outras autoridades fugiram atravessando as fronteiras estaduais. Por isso, jamais foram julgados. O irmão Pillars se recuperou e voltou a seu trabalho como servo aos irmãos naquela área.
SUPORTANDO A PERSEGUIÇÃO BRUTAL
“Jamais poderia suportar tal perseguição brutal!” talvez afirme. Não, não em sua própria força. Mas, Jeová pode torná-lo forte se aproveitar Suas provisões para a edificação espiritual agora. A razão principal para a perseguição se relaciona com a questão da soberania universal. Com efeito Satanás desafiou a Deus, afirmando que nenhum humano permaneceria fiel a Jeová sob prova por parte do Diabo. Que privilégio é manter integridade a Deus, assim provando Satanás mentiroso, e apoiando o lado de Jeová na questão! — Jó 1:1-2:10; Pro. 27:11.
Nos anos desde aqueles dias turbulentos de muitos ataques de turbas contra as testemunhas de Jeová, nos Estados Unidos, o povo de Deus, tornou-se cada vez mais cônscio da necessidade de confiar plenamente em Jeová. Ao passo que defenderão a si mesmos e a seus entes queridos, em harmonia com os princípios bíblicos, não se armam de armas mortíferas em antecipação dos ataques. (Mat. 26:51, 52; 2 Tim. 2:24) Antes reconhecem que ‘as armas de seu combate não são carnais’. — 2 Cor. 10:4, veja A Sentinela de 1.º de dezembro de 1968 páginas 729-734.
ASSEMBLÉIA TEOCRÁTICA EM SÃO LUÍS
A humanidade já se achava nas garras da Segunda Guerra Mundial e a perseguição grassava entre o povo de Deus. Mas ‘Jeová dos exércitos estava com eles.’ (Sal. 46:1, 7) Ele se certificava de que obtivessem amplas provisões de boas coisas em sentido espiritual. Muito digna de nota, nesse sentido, foi a Assembléia Teocrática das Testemunhas de Jeová em São Luís, Missúri, de 6 a 10 de agosto de 1941.
Os servos de Jeová ansiavam estar presentes a essa assembléia. Assim, muitos deles achavam-se na estrada, seguindo para São Luís. “Logo soubemos”, diz a irmã A. L. McCreery, “que todas as Testemunhas puseram uma revista [A Sentinela ou Consolação] na janela do carro para identificar-se; nós também o fizemos. A viagem inteira foi uma em que acenávamos para pessoas inteiramente estranhas que passavam por nós, mas sabíamos que eram nossos irmãos pelos seus sorrisos e acenos.
Apesar da pressão da Ação Católica e dos Veteranos nas Guerras Estrangeiras, o encarregado da Arena recusou-se a cancelar o contrato de seu uso pelas testemunhas de Jeová. No entanto, as igrejas católicas circularam uma propaganda que fez com que muitos moradores cancelassem os quartos que iriam alugar para o povo de Deus. “Freiras foram de porta em porta, dizendo às pessoas que não alugassem quartos para as testemunhas de Jeová”, afirma Robert E. Rainer. Por isso, ao chegarem a São Luis, “tantas Testemunhas não tinham acomodações que se tornou necessário mandar fazer colchões e enchê-los, de modo que pudessem dormir nas instalações da Arena”, segundo Margaret J. Rogers.
A respeito do problema de acomodações, o irmão e a irmã G. J. Janssen declaram: “Durante o congresso, um jornal publicou uma foto duma Testemunha que era mãe, e seu filho dormindo a noite no gramado do local do congresso. Isso bastou. Os moradores locais, com o coração mais abrandado do que o dos seus falsos mestres, começaram a telefonar ao departamento de hospedagem para dizer que seus quartos extras estavam disponíveis para as Testemunhas.” Não demorou muito até que os quartos eram oferecidos por telegramas, telefonemas cartas, visitas pessoais e outros meios. Os publicadores do Reino eram até mesmo parados nas ruas por pessoas que lhes ofereciam hospedagens.
Algumas Testemunhas, ao chegarem, dirigiram-se para a Cidade Teocrática dos Carros-Reboques. Cresceu até que o local pululava com 677 carros-reboques, 1.824 tendas, 100 carros com camas, 99 caminhões e 3 ônibus — e uma população de 15.526 pessoas. “Era imensa”, observa Edna Gorra, que também afirma: “Deram-nos nomes as ruas e havia instalações para lavagem de roupa, banheiros adequados, etc. Era algo maravilhoso de se contemplar — pessoas de diferentes estados morando em seus carros-reboques, suas tendas e seus ônibus, todos de comum acordo.”
DESTAQUES DO PROGRAMA
Espiritualmente recompensador foi deveras o programa do congresso. Por exemplo, Hazel Burford, agora missionária no Panamá, observa: “Ficamos emocionados ao nos ser esclarecida a questão do domínio universal de Jeová qual Soberano Supremo e como isso envolvia a integridade dos servos de Jeová. . . Compreendemos mais claramente do que nunca antes por que Jeová permitia tão intensa perseguição sobre Seu povo em todo o mundo.” Em seu discurso intitulado “Integridade” o irmão Rutherford apontou que a questão suscitada por Satanás nos dias de Jó era: “Pode Jeová colocar homens na terra que, sob a mais severa prova, mostrem-se fiéis e verdadeiros a Deus?” Todavia, foi mostrado, a questão primária era a do domínio universal. Entre outras coisas, o orador instou com seus ouvintes a que fossem devotados inteiramente e sem reservas ao Governo Teocrático por Cristo Jesus, sabendo que vindicará o nome de Jeová e trará libertação a todos que amam a justiça e servem a Jeová.
Havia uma modalidade do congresso que especialmente encantou o coração dos congressistas. O domingo, 10 de agosto de 1941, foi o “Dia das Crianças” no congresso de São Luís. Bem cedo naquela manhã um discurso de batismo foi proferido e 3.903 pessoas foram imersas, entre elas 1.357 crianças. Mas, para as crianças — e os adultos também — esse dia era muito especial. “Todos os filhos de pais consagrados, entre as idades de 5 a 18 anos, e que possuem bilhetes de lugares reservados se reunirão na arena principal, bem em frente da tribuna”, dizia o programa impresso. O discurso do irmão Rutherford, “Filhos do Rei”, estava programado para as 11 horas.
Já então a assistência do congresso se tornara tremenda multidão de 115.000 pessoas. Bem em frente da tribuna do orador, e nas cadeiras de camarotes por toda a sua volta havia uma assistência extraordinária — toda ela de crianças entre cinco a dezoito anos de idade. Quando o irmão Rutherford surgiu no palco, os jovens deram vivas e aplaudiram. Ele agitou seu lenço e milhares de mãos jovens acenaram em resposta. Logo chegou à frente do palco, literalmente radiante diante do que via.
J. F. Rutherford teve muito que dizer a todos esses jovens e aos milhares de outros nessa ampla assistência. Por exemplo Dorothy Wilkes declara: “A esperança de condições paradísicas na terra tornou-se muito real para nós, à medida que o irmão Rutherford observava, com efeito, que ‘as propriedades que viram pelo caminho ao virem à assembléia não eram nada em comparação com o que irão possuir!’” E Neal L. Callaway, que era um dos jovens na assistência, naquele dia, certa vez escreveu: “. . . depois de concluir seu discurso, o presidente da Sociedade disse: ‘Tenho uma pergunta a propor a cada um de vocês. Todos vocês que concordaram em fazer a vontade de Deus e tomaram sua posição do lado do Governo Teocrático por Cristo Jesus, e que concordaram em obedecer a Deus e ao seu Rei, queiram LEVANTAR-SE!’
“Levantamo-nos como um só corpo. ‘Eis!’ exclamou o presidente da Sociedade, ‘mais de 15.000 novas testemunhas do Reino!’ Depois de longo aplauso, ele disse: ‘Todos vocês que farão o que puderem para falar a outros sobre o reino de Deus e suas bênçãos acompanhantes queiram dizer Sim!’ Então veio trovejante ‘Sim’ de 15.000 jovens em pé.
“E então o presidente da Sociedade disse: ‘Se tivessem em suas mãos um instrumento que pudessem usar para a honra do nome de Jeová, seriam diligentes em usá-lo?’ Respondemos ‘Sim!’ ‘Queiram então sentar-se, e eu lhes falarei sobre esse instrumento. O Senhor tornou possível a preparação deste livro como uma mensagem para vocês. O título deste livro é “Filhos”.’ Que tremendo aplauso se seguiu!” Um exemplar grátis do novo livro Filhos, escrito pelo irmão Rutherford, foi fornecido a cada criança sentada nas seções especiais da Arena e do campo de carros-reboques.
Muitos que estavam presentes nessa grandiosa ocasião como simples crianças continuaram a progredir, observa George D. Caron. “Tornaram-se pioneiros, cursaram a Escola de Gileade e aceitaram designações missionárias, foram para Betel, e, de outros modos, progrediram junto com a organização. Atualmente, são a coluna dorsal e a força de muitas congregações através do mundo.”
No domingo à tarde, 10 de agosto de 1941, o adoentado J. F. Rutherford falou à assistência do congresso pela última vez. Fez isso de modo extemporâneo, sem notas, por cerca de quarenta e cinco minutos.
Teceu algumas observações mui significativas sobre a liderança do povo de Jeová, afirmando: “Desejo que quaisquer estranhos aqui saibam o que pensam quanto a um homem ser seu líder, de modo que não se esqueçam. Toda vez que surge algo, e começa a crescer, costuma se dizer que é um homem, um líder, que tem muitos seguidores. Se houver alguma pessoa nessa assistência que pense que eu, este homem que está aqui em pé, é o líder das testemunhas de Jeová, que diga Sim. [Houve um NÃO unânime.]
“Se os irmãos que estão aqui crêem que eu sou apenas um dos servos do Senhor, e que trabalhamos ombro a ombro em unido, servindo a Deus e servindo a Cristo, que digam Sim. [Houve um SIM unânime.]
“Bem, não me precisam ter como líder terrestre para fazer com que uma multidão como essa trabalhe; esse tipo de pessoas seria capaz de lutar com o Diabo com um bastão dum olmo de Missúri, e lutam com a espada do espírito, que é mais eficaz.”
Repetidas vezes, durante este discurso final, o irmão Rutherford instou com seus ouvintes a levar avante a obra de pregar a mensagem do Reino.
DIAS FINAIS EM BETH-SARIM
Em novembro, a moléstia crítica do irmão Rutherford tinha, criado raízes e ele se via obrigado a fazer uma operação em Elkhart, Indiana. Depois disso, expressou o desejo de ir para a Califórnia. Assim, foi levado para uma residência de San Diego conhecida como “Beth-Sarim”. Por algum tempo tornou-se evidente a seus associados e aos melhores perito médicos de que ele não se recuperaria.
Em suma, poder-se-ia dizer que o irmão Rutherford sofrera dum grave caso de pneumonia depois de ser solto da prisão injusta durante 1918-1919 por causa de sua fidelidade Jeová. Depois disso, só tinha um pulmão são. Era virtualmente impossível permanecer em Brooklyn, Nova Iorque, durante inverno e ainda assim cumprir seus deveres como presidem da Sociedade. Na década de 1920, foi para San Diego sob tratamento médico. O clima ali era excepcionalmente bom e o médico instou com ele a que passasse o maior tempo possível em San Diego. Foi isso que o irmão Rutherford fez por fim.
Com o tempo, foi feita uma contribuição direta para a construção duma casa em San Diego para uso do irmão Rutherford. Ela não foi construída às custas da Sociedade Torre de Vigia (EUA). A respeito desta propriedade, declarava o livro Salvação, de 1939: “Em San Diego, Califórnia Estados Unidos, há um terreno pequeno, no qual, em 1929, construiu-se uma casa, que se chama e se conhece como Beth-Sarim.”
A irmã Hazel Burford era uma das enfermeiras que cuidavam do irmão Rutherford durante a fase final de sua doença em Beth-Sarim, para onde foi levado em novembro de 1941. Ela nos conta: “Passamos momentos interessantes, pois ele chegou ao ponto em que dormia o dia inteiro e então a noite toda, ocupava-se nos assuntos da Sociedade e nos mantinha em movimento.” Certa manhã, por volta de meados de dezembro, três irmãos, inclusive o irmão Knorr, chegaram de Brooklyn. Lembra-se a irmã Burford: “Passaram vários dias com ele, examinando o relatório anual para o Anuário outros assuntos de organização. Depois de sua partida, o irmão Rutherford continuou a enfraquecer-se e, cerca de três semanas mais tarde, na quinta-feira, 8 de janeiro de 1942 terminou fielmente sua carreira terrestre e graduou-se para privilégios de serviço mais plenos nos átrios de seu Pai celeste.” Mais tarde, naquele dia, a notícia foi enviada à sede de Brooklyn por um telefonema interurbano às 17,15 horas.
Como foram recebidas as notícias da morte de J. F. Rutherford no Betel de Brooklyn? “Jamais me esquecerei do dia em que soubemos do falecimento do irmão Rutherford”, comenta William A. Eirod. “O anúncio foi breve. Não houve discursos.
SUAVE TRANSIÇÃO
A quinta-feira, 8 de janeiro de 1942, assinalou o fim da vida terrestre de Joseph Franklin Rutherford, de 72 anos. Durante vinte e cinco anos fora presidente da Sociedade Torre de Vigia (EUA). Quando o primeiro presidente da Sociedade, Charles Taze Russell, faleceu em 1916, os Estudantes da Bíblia ficaram abalados e muitos ficaram imaginando como poderiam continuar a fazer o serviço de Deus. Ademais, homens egoístas tentaram obter controle da Sociedade e isto apresentou problemas por algum tempo, embora a oposição e as tramas deles fossem completamente frustradas mediante a ajuda divina. A morte de J. F. Rutherford não teve tais efeitos, contudo. Naturalmente, os inimigos do povo de Deus pensavam que a obra das testemunhas de Jeová pararia por completo, mas estavam equivocados. “A organização teocrática prosseguiu sem nenhuma paralisação ou tropeço”, observa Grant Suiter.
Em 13 de janeiro de 1942, todos os membros da diretoria das corporações de Pensilvânia e de Nova Iorque, usadas pelo povo de Deus reuniram-se em conjunto no Betel de Brooklyn. Vários dias antes, o vice-presidente da Sociedade, Nathan H. Knorr, tinha solicitado que procurassem fervorosamente a sabedoria divina mediante oração e meditação, e eles fizeram isto. Sua reunião conjunta foi aberta com oração, pedindo a orientação de Jeová, e, depois de cuidadosa consideração, o irmão Knorr foi indicado e eleito unanimemente como presidente da Sociedade. “Ninguém que eu saiba chegou sequer a questionar a designação do irmão Knorr”, afirma C. W. Barber, “e todos estavam determinados a colocar-se ombro a ombro em apoiá-lo e em provar nossa devoção a organização de Jeová. Havia completa união também entre todos os diretores da Sociedade.” Muitos telegramas e cartas foram recebidos que mostravam que os servos de Jeová em todo o mundo estavam unificados e determinados a levar avante a obra de pregação.
Nathan Homer Knorr nasceu em Bethlehem, Pensilvânia em 1905, tendo pais norte-americanos natos. Quando tinha 16 anos, associou-se com a congregação dos Estudantes da Bíblia em Allentown, e, em 1922, assistiu ao congresso de Cedar Point, onde decidiu deixar de ser membro da Igreja Reformada. Uma oportunidade de ser imerso em água para simbolizar a dedicação de sua vida a Jeová Deus surgiu em 4 de junho de 1923, quando Frederick W. Franz, do Betel de Brooklyn, visitava a congregação de Allentown. O irmão Franz proferiu o discurso de batismo, e Nathan H. Knorr, com 18 anos, achava-se entre as pessoas batizadas naquele dia no Rio Little Lehigh. Este sempre foi um dia alegre de ser lembrado, e que prazer tem sido para o irmão Knorr ser privilegiado em trabalhar lado a lado com o irmão Fred Franz já por mais de cinqüenta e dois anos!
Cerca de dois meses depois, em 6 de setembro de 1923, irmão Knorr tornou-se membro da família de Betel de Brooklyn. Lembra-se C. W. Barber: “Ao meio-dia quando ele chegou, ao virmos para casa, para o almoço, notamos um irmão jovem, ocupado em colocar suas roupas e suas coisas em uma das cômodas no quarto A-9. Não sabendo que tinha sido feita uma mudança, e que ele ocupava o lugar de um irmão que se tinha mudado para a WBBR na Ilha Staten, seguiram-se algumas palavras de protesto. ‘Que está fazendo aqui?’ ‘Já temos gente bastante neste quarto e está apinhado demais.’ Achávamos que mais uma pessoa no quarto era demais, mas as coisas se acalmaram, e o jovem irmão não resultou ser nenhum outro senão o irmão N. H. Knorr. Não foi exatamente uma acolhida adequada, mas, amiúde gostávamos de falar dessa situação, anos mais tarde, e ríamos a valer. Desde o início, era evidente que ele não viera para Betel para fazer outra coisa senão empenhar-se no trabalho às mãos. Aplicou-se vigorosamente no departamento de expedição e fez rápido progresso em cuidar de responsabilidade e em fazer tudo que lhe fosse mandado.”
Mais tarde, serviu no departamento de coordenação e controle da gráfica da Sociedade e, em 8 de fevereiro de 1928, foi nomeado pelo irmão Rutherford como co-responsável pela publicação da revista Idade de Ouro. Clayton J. Woodworth era o editor, Robert J. Martin, gerente comercial e Nathan H. Knorr, secretário e tesoureiro. Quando o supervisor da gráfica Robert J. Martin, faleceu em 23 de setembro de 1932, J. F. Rutherford designou N. H. Knorr para servir nessa posição. Em 11 de janeiro de 1934, o irmão Knorr foi eleito direto da Associação do Púlpito do Povo (agora Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Nova Iorque, Inc.). Tornou-se o vice-presidente da Associação em 10 de janeiro de 1935, depois da morte de E. J. Coward. Em 10 de junho de 1940, o irmão Knorr tornou-se diretor e foi escolhido vice-presidente da corporação de Pensilvânia, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (EUA). Sua eleição à presidência de ambas as sociedades se deu em 13 de janeiro de 1942. Tornou-se também presidente da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia. Quanto à atitude do irmão Knorr para com o trabalho, lembra-se J. L. Cantwell: “Em 1940, quando havia tanta perseguição, as filiais estavam sendo fechadas e ocorriam motins. Certa noite, trabalhávamos tempo extra na gráfica. Convocou-se um ‘ensaio de incêndio’ e, entre outras coisas o irmão Knorr, que presidiu a reunião resultante, disse: ‘Sei que as coisas andam más para a obra. Mas, algo que todos nós aqui desejaremos lembrar é o seguinte: Se o Armagedom vier amanhã, desejaremos ter operado hoje a gráfica a noite inteira.’”
EDUCAR AS PESSOAS PARA A VIDA
O povo de Jeová estava usando o cartão de testemunho e o fonógrafo em seu serviço de campo. No entanto, deveriam ter habilidade de expressar-se em sentido bíblico. Deveriam poder fornecer razões de sua esperança. Esse era o conceito do novo presidente da Sociedade, N. H. Knorr. À medida que C. James Woodworth reflete sobre o passado, diz: “Ao passo que nos dias do irmão Rutherford a ênfase era sobre a ‘Religião É um Laço e Extorsão’, amanhecia então a era da expansão global, e a educação — bíblica e organizacional — começava numa escala nunca dantes conhecida pelo povo de Jeová.”
Nos anos que se seguiram, a ênfase sobre a educação bíblica iria tornar-se ainda mais acentuada. As testemunhas de Jeová haviam entrado deveras na era de educação para a vida.
CURSO DO MINISTÉRIO TEOCRÁTICO
“Apenas um pouco mais de um mês depois de o irmão Knorr se tornar presidente da Sociedade”, afirma Henry A. Cantwell “foram feitos arranjos para o que foi então chamado de Curso Avançado do Ministério Teocrático”. E o que era isso? Uma escola, inaugurada no Betel de Brooklyn em fevereiro de 1942.
Explica C. W. Barber: “Todos os membros varões da família de Betel de Brooklyn foram convidados a alistar-se . . . O curso consistia primeiro em um discurso proferido à escola inteira. As irmãs foram convidadas a assistir a ela, mas naquele tempo não eram inscritas na escola. Depois do discurso íamos para salas menores em que todos os inscritos apresentavam discursos de estudantes sob a tutela de conselheiros treinados.” L. E. Reusch acrescenta: “Cada mês fazíamos uma recapitulação, preparada pelo nosso instrutor da escola, irmão T. J. Sullivan.”
Soa-lhe familiar? Se for uma das testemunhas de Jeová sabe o que se iniciou há mais de três décadas no Betel de Brooklyn — a Escola do Ministério Teocrático. Logo outros louvadores de Jeová se beneficiavam também desta instrução. Em sua Assembléia “Chamada à Ação”, realizada em 247 cidades por todos os Estados Unidos em 17 e 18 de abril de 1943, foi anunciado e demonstrado o “Curso do Ministério Teocrático”. Um lançamento de surpresa, impresso, trazendo o mesmo nome, foi o folheto de 96 páginas, que dizia como dirigir a nova escola em cada congregação, e também fornecia informações para os discursos de instrução semanais. O instrutor designado da escola deveria agir como presidente e oferecer conselhos construtivos para os discursos de estudantes, de seis minutos, proferidos sobre vários tópicos bíblicos pelos varões inscritos.
Se está inscrito na Escola do Ministério Teocrático da atualidade, é provável que tenha ficado apreensivo quanto a seu primeiro discurso de estudante. Mas, suponhamos que a inteira escola fosse nova, como era no início dos anos 40. Então o que fazer? O primeiro discurso dum irmão na escola poderia ser uma experiência e tanto. “Meus joelhos batiam um contra outro, minhas mãos tremiam e meus dentes batiam admite Julio S. Ramu. “Não demorou seis minutos, porque proferi o discurso todo em apenas três minutos. Essa foi minha primeira experiência em falar da tribuna, mas não desisti.” “O Rei da Eternidade” foi o título do primeiro discurso de estudante de Angelo Catanzaro. “Jamais me esquecerei disso”, afirma ele. “Minha mãe disse que eu proferia esse discurso toda noite, durante várias noites, enquanto dormia.” Mas, a oração e confiança em Jeová desempenharam uma parte vital. “Estavam dispostos e tentaram fazê-lo”, comenta Louisa A. Warrington, “e era maravilhoso observar como o espírito de Jeová os ajudava . . . a se tornarem oradores proficientes e confiantes”.
Desde o começo de 1959, as irmãs nas congregações do povo de Deus tiveram o privilégio de alistar-se na Escola do Ministério Teocrático. Demonstrar como proferir sermões de seis minutos às pessoas em suas casas representava um desafio para elas. Agora era sua vez de ficarem nervosas. Grace A. Estep tinha um sermão na primeira noite em que as irmãs fizeram apresentações na Escola do Ministério Teocrático da congregação. “Oh, como estava assustada!” admite ela. “Mas, era um assunto fácil e muito conhecido, e, de alguma forma, consegui proferi-lo. Embora fosse difícil fazê-lo, quão contente fiquei depois disso por ter esta bênção adicional da parte de Jeová!” É assim que se sente?
Sim, tudo começou no Betel de Brooklyn, lá em fevereiro de 1942. Atualmente, contudo, a Escola do Ministério Teocrático é uma modalidade regular do treinamento cristão provido nas 34.576 congregações do povo de Jeová em toda a terra. Desde seu começo, a Escola do Ministério Teocrático tem feito muito pelo povo de Jeová. Desde cedo tornou-se evidente a excelente e aprimorada habilidade oratória. Assim, depois de 1944 o uso do fonógrafo, que durara uma década, foi substituído pelo testemunho oral da parte dos pregadores teocráticos das boas novas às portas e nos lares das pessoas.
Uma modalidade digna de nota da Escola do Ministério Teocrático é a leitura da Palavra de Deus. Esta tem sido uma parte regular do programa. Uma das primeiras publicações destinadas ao uso na Escola do Ministério Teocrático foi “Equipado Para Toda Boa Obra” publicado em 1946. Mabel P. M. Philbrick lhe dirá que este livro “tornou possível ter-se melhor entendimento da escrita e da preservação da Bíblia e também de como veio a acontecer a adição dos Apócrifos. Pela primeira vez soube o que era o Talmude, o texto massorético e muitas outras modalidades. O melhor de tudo era a análise de cada livro da Bíblia.”
Várias publicações nos anos sucessivos foram preparadas visando-se a Escola do Ministério Teocrático. Entre estas havia o livro, do tamanho da Sentinela, “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, de 1963. Sem dúvida, expressando as idéias de muitos outros, Alice Babcock apropriadamente o chama de “verdadeiro depósito de tesouros espirituais”. Eis aqui outra publicação que considerava cabalmente cada um dos 66 livros da Bíblia, com ênfase especial aos modos em que cada livro da Bíblia é proveitoso para os cristãos atualmente.
A obra atualmente usada na Escola do Ministério Teocrático das congregações de língua inglesa, e para pesquisa pessoal é uma obra que representa seis anos de pesquisa. Cerca de duzentos e cinqüenta irmãos em mais de noventa países contribuíram para ela, e então uma equipe especial trabalhou na preparação da matéria na sede da Sociedade em Brooklyn. O resultado foi um volume de 1.700 páginas, abrangendo tópicos bíblicos desde “Arão” até “Zuzim”. Seu título? Ajuda ao Entendimento da Bíblia, terminado em 1970. Na verdade, era uma provisão de Jeová.
CAMPANHA DE DISCURSOS PÚBLICOS
Lá atrás, na década de 40, a Escola do Ministério Teocrático logo produziu muitos irmãos habilitados que podiam proferir discursos públicos. Assim, em janeiro de 1945, foi inaugurada uma campanha mundial de discursos públicos. (No Brasil em 6 de abril de 1947.) Cada orador preparava seu próprio discurso, mas a Sociedade Torre de Vigia (EUA) assegurava a uniformidade das apresentações por escolher os assuntos e fornecer esboços de uma página para esses discursos de uma hora. Tal campanha de discursos públicos começou com uma série de oito discursos, o primeiro intitulando-se “Prosperará o Homem Como Edificador do Mundo?”.
Além do orador, outros proclamadores do Reino tinham parte na campanha. Como? Por anunciarem o discurso por meio da distribuição de convites nas ruas e de casa em casa. Às vezes, a distribuição de convites impressos era acompanhada de cartazes que anunciavam o discurso. Com freqüência, o discurso era proferido no Salão do Reino, mas uma série de discursos podia ser programada para locais alugados ou outras partes, em alguma área remota do território da congregação. Se comparece regularmente às reuniões cristãs, então está beneficiando-se de tais reuniões públicas até os dias de hoje.
Naqueles dias iniciais, naturalmente, o proferimento dum discurso público era um desafio e tanto. Era algo novo. Afirma W. L. Pelle: “Por muitos, muitos anos, na noite antes em que eu estava programado a dar um discurso público, eu me ajoelhava junto à minha cama e orava a Jeová para me dar a habilidade e a força de proferir o discurso dum modo agradável a Ele. Aconselho os irmãos jovens que estão na Escola do Ministério Teocrático a fazerem o mesmo, porque Jeová sempre tem ouvido minha petição e ele também ouvirá a deles.” — Sal. 65:2.
JEOVÁ PROVIDENCIA UM TESTEMUNHO MUNDIAL
Há mais de três décadas atrás, a humanidade se achava convulsionada pela Segunda Guerra Mundial. Para alguns parecia imprático naquela época planejar a expansão internacional das atividades da pregação do Reino. O espírito de Jeová porém, fortaleceu Seus servos para irem avante. O fornecimento da educação para a vida era vitalmente importante.
Em setembro de 1942, o irmão Knorr e os outros diretores da Sociedade Torre de Vigia (EUA) unanimemente aprovaram estabelecimento de uma escola destinada a treinar missionários para a atividade ministerial nos países por toda a terra. Onde funcionaria? Na propriedade da Sociedade na Área dos Lagos Finger ao norte do estado de Nova Iorque — na Fazenda do Reino, perto de South Lansing.
Havia ali um grande prédio de tijolos de três pavimentos, terminado pela Sociedade Torre de Vigia (Nova Iorque, EUA) em 1941. Tinha sido construído qual refúgio para os membros da família de Betel de Brooklyn, caso a intensa perseguição exigisse sua transferência para tal localidade. Mas, nunca tinha servido para esse fim. Parecia que Jeová talvez sempre dirigisse os assuntos, com propósito ímpar para tal prédio. Então se fizeram planos para nova instituição educativa teocrática. A própria escola seria chamada Faculdade Bíblica de Gileade da Torre de Vigia. Mais tarde, veio a ser chamada Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia.
Havia uma azáfama de atividade. A partir de outubro de 1942, A. D. Schroeder, Maxwell G. Friend e Eduardo F. Keller prepararam os cursos delineados pelo Corpo Governante delineando preleções, adquirindo compêndios e formando uma biblioteca. Ao mesmo tempo, foram feitos ajustes nos prédios existentes na Fazenda do Reino a fim de prover uma biblioteca, um auditório, salas de aula, dormitórios e outras instalações. Foram meses emocionantes!
Imagine só a surpresa de certos pioneiros quando receberam petições para a nova escola. A maior emoção veio quando tais petições foram aceitas. “Sentíamo-nos extremamente inadequados, mas gratos pelo privilégio”, observaram o irmão e a irmã Charles Eisenhower. “Nossas petições foram aceitas. Vendemos nosso carro e casa-reboque e nos dirigimos para a escola. Essa foi a primeira turma de Gileade. A escola era nova, as turmas eram novas, os instrutores e os estudantes eram novos.”
O dia inicial, vividamente esperado, chegou — a segunda feira, 1.º de fevereiro de 1943. A neve cobria os campos da Fazenda do Reino. Era um dia frio e hibernal. Todavia, dentro do prédio da administração, 47 homens e 51 mulheres — alguns casados, outros solteiros — se reuniram com grande deleite. Junto com eles, para as cerimônias de dedicação da escola, estavam os diretores da Sociedade, membros do corpo docente, amigos e parentes — 161 pessoas ao todo.
Foram proferidos discursos por F. W. Franz e W. E. Van Amburgh, bem como por outros. O próprio irmão Knorr proferiu o discurso de boas vindas e de dedicação. Sem dúvida, todos os presentes concordavam plenamente com seus comentários: “Jeová Deus proveu este terreno e estes prédios, chamados ‘Gileade’, para Seu propósito. A Ele damos todas as graças e todo o louvor.” Sem dúvida! O estabelecimento dessa escola foi um dos maiores acontecimentos teocráticos!
Pesquisa Bíblica, Ministério Teocrático de Campo, Oratória Bíblica, Lei Suprema, Temas Bíblicos — estes eram alguns dos assuntos a que os estudantes laboriosos deram suas atenções durante o curso de cinco meses. Achava se incluída a instrução numa língua estrangeira — o espanhol, para a primeira turma. Na verdade, havia muitas coisas a aprender. Mas, os estudantes de Gileade também gastavam algum tempo cada dia cumprindo certos deveres na fazenda e na casa. Por um lado, isto ajudava a aliviar a tensão nervosa. As noitinhas da semana eram reservadas para o estudo pessoal. Os fins de semana forneciam ótimas ocasiões para a obra vitalizadora de pregar o Reino. Os estudantes e os instrutores empenhavam se igualmente no serviço de campo.
A Segunda Guerra Mundial ainda grassava quando as primeiras turmas da Escola de Gileade se formaram. Visto que era então virtualmente impossível enviar missionários para a Europa e para o oeste, às ilhas do mar, bem como para a Ásia, foram primeiramente mandados para Cuba, México, Costa Rica, Porto Rico, Canadá e Alasca. Desde então, foram até os próprios confins da terra, para declararem as boas novas do Reino “em testemunho”. — Mat. 24:14.
A formatura da trigésima quinta turma da Escola de Gileade se deu na Fazenda do Reino em 24 de julho de 1960. A trigésima sexta turma se iniciou nas instalações da Sociedade Torre de Vigia em Columbia Heights, 107, Brooklyn, Nova Iorque na segunda-feira, 6 de fevereiro de 1961. Quão proveitoso é ter-se esta escola na sede da Sociedade! Os estudantes têm agora o privilégio de ouvir discursos por mais irmãos associados com a equipe da Sociedade, inclusive membros do Corpo Governante das testemunhas de Jeová.
Passaram-se três décadas desde que a Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia teve seu início. Até o fim de 1974 mais de 5.500 estudantes cursaram essa instituição de educação teocrática. Deste número, mais de 2.500 ainda se acham ativos no serviço de tempo integral, pregando as boas novas do Reino ao redor do mundo.
ESCOLA DO MINISTÉRIO DO REINO
A ênfase à educação teocrática para a vida tem continuado através dos anos. Em 1958, começou-se a trabalhar num curso de estudo para uma nova escola. Esta era para superintendentes. Chamada Escola do Ministério do Reino, seu curso originalmente consistia em vinte e quatro dias letivos, noventa e seis sessões de aulas e vinte discursos ou preleções de instrução. Os assuntos incluíam Ensinos do Reino, Ministério de Campo, Reuniões e Superintendentes. O primeiro grupo a cursar a Escola do Ministério do Reino consistia em 25 estudantes, servos (superintendentes) de circuito e suas esposas, dos Estados Unidos, que não haviam cursado a Escola de Gileade. Esse primeiro curso durou de 9 de março a 3 de abril de 1959, nas instalações da Sociedade perto de South Lansing, Nova Iorque. A escola foi transferida para a sede de Brooklyn em 9 de abril de 1967.
Com o passar do tempo, houve ajustes na Escola do Ministério do Reino, tais como a implementação dum curso de estudo de duas semanas. Escolas do Ministério do Reino têm sido realizadas em muitos países através da terra, para o grande benefício do povo de Jeová. Em vários países, os instrutores viajam de lugar em lugar, usando Salões do Reino locais, de modo que mais anciãos possam beneficiar-se de ter a escola num local mais conveniente para eles. Quão grato é o povo de Jeová por ter sido provido este excelente treinamento! A Escola do Ministério do Reino tem feito muito para equipar os superintendentes cristãos para suas responsabilidades e seus privilégios.
Há um lado interessante da educação teocrática para a vida que não deve ser ignorado. Através dos anos, alguns que procuraram obter conhecimento bíblico eram analfabetos, mas seu problema não foi colocado de lado. Em muitos países a organização do povo de Deus tem provido aulas de alfabetização; algumas têm sido altamente elogiadas pelas autoridades governamentais. Homens e mulheres aprenderam a ler e a escrever, e muitos dentre eles passaram a usufruir ricos privilégios de serviço, para a honra e glória de Jeová.
DADO O SINAL PARA “IR ADIANTE”
Lá em 1942, o irmão Knorr e seus associados administrativos compreenderam que havia muito trabalho à frente. Com efeito, na Assembléia Teocrática Novo Mundo das Testemunhas de Jeová, de 18 a 20 de setembro de 1942, foi dado um sinal para “ir adiante”. Cleveland, Ohio, era a cidade-chave, junto com 51 outras, ligadas com ela através dos Estados Unidos.
O discurso básico do congresso foi proferido por F. W. Franz na noite de sexta-feira, 18 de setembro de 1942. Intitulado “A Única Luz”, baseava-se em Isaías, capítulos 49 e 60. Nesse discurso, soou claramente o sinal de “ir adiante”. Escreve Julia Wilcox: “Na conclusão do discurso básico, ‘A Única Luz’ acho que ninguém na assistência pensava que chegara a hora de afrouxar a mão e descontrair-se. Não, era tempo de ‘levantar-se e brilhar’, de modo que o povo de Deus pudesse continuar a refletir a única luz no meio das trevas deste velho mundo.”
O irmão Knorr seguiu a F. W. Franz no programa, falando sobre o assunto: “apresentando ‘e Espada do Espírito’.” Iniciou seu discurso com as palavras significativas: “Ainda há mais trabalho a fazer; muito trabalho!”
Indicando mais que havia trabalho adiante, foram feitas declarações durante o discurso público na tarde de domingo 20 de setembro. Qual o assunto? Um estranho, deveras, visto que as nações estavam então mergulhadas na Segunda Guerra Mundial. O tópico era “Paz — Pode Durar?”
Esse seria um discurso importantíssimo, compreendia o irmão Knorr. Com a ajuda de Jeová, estava determinado a proferi-lo com ‘tudo que tinha’. “Meses antes” afirma L. E. Reusch, “eu podia ouvi-lo praticando-o em voz alta, repassando seu discurso público ‘Paz — Pode Durar?’ literalmente dezenas de vezes. Meu quarto em Betel estava diretamente embaixo das acomodações do presidente. Assim, eu sabia pessoalmente por quanto tempo e quão arduamente ele ensaiara seu proferimento.”
Durante aquele discurso de uma hora, de movimentação rápida, identificou-se galardamente a Liga das Nações como a criatura política cor de escarlate de Revelação, capítulo 17. Foi indicado que a Liga, então no abismo da inação, ‘não era’, mas que não permaneceria no abismo. (Rev. 17:8) Surgiria de novo. “Todavia observe-se isto”, declarou Knorr, “a profecia demonstra que quando a ‘besta’ sair do abismo no fim desta guerra total sai com a mulher ‘Babilônia’ nas costas, ou esta trepa nela assim que sair.” Todavia, nem a paz humana nem a besta cor de escarlate durariam. Em breve, a própria besta seria completamente destruída.
Relembrando esse discurso, Marie Gibbard comenta: “Quão exatamente a profecia de Revelação 17 se desvendava, ao ser mostrado que a Liga sairia do abismo para uma paz inquieta que não duraria! Que maravilhosa proteção para nós, para não sermos enredados pelos eventos mundiais que seguiriam — o júbilo que tomou conta do país quando vieram os Dias da vitória na Europa e sobre o Japão, e então, em 1945, quando as Nações Unidas eram saudadas como a resposta para a paz futura! Este discurso realmente causou duradouras impressões por sua aplicação prática.” A inferência também era clara. Os servos de Jeová tinham trabalho a fazer e haveria algum tempo restante para fazê-lo.
PASTORES VISITANTES DO REBANHO
Nessa assembléia de 1942, foi anunciado que representantes da Sociedade Torre de Vigia (EUA) visitariam regularmente as congregações do povo de Deus. (Os servos de zona tinham feito anteriormente esse trabalho, mas suas atividades e as dos servos regionais, bem como a realização das assembléias de zona, foram descontinuadas em 1.º de dezembro de 1941.) O envio de representantes viajantes da Sociedade seria reiniciado em 1.º de outubro de 1942. Tais irmãos eram conhecidos como “servos aos irmãos” comparáveis aos superintendentes de circuito hodiernos. “Examinavam registros das congregações e ajudavam os irmãos em promover os interesses do Reino”, diz a irmã J. Norris. “Tudo isto nos tornava cônscios do cuidado de Jeová pelo seu povo mediante Sua organização.”
De 15 de outubro de 1946 em diante, foram introduzidas algumas novas modalidades em relação com esse trabalho. O campo seria dividido em circuitos, cada um de cerca de vinte companhias (congregações). Estas seriam servidas uma semana pelos superintendentes viajantes, primariamente preocupados em ajudar as Testemunhas na sua pregação de casa em casa. Duas vezes por ano, todas as congregações num circuito se reuniriam em certo ponto para uma assembléia de circuito de três dias, que seria presidida por um “servo de distrito”. Nos anos que se seguiram, houve ajustes neste arranjo, e se beneficia dele agora, se for uma das testemunhas de Jeová. Todavia, como eram há alguns anos atrás?
Consideremos a obra de distrito na década de 1940 como exemplo dos esforços destes pastares dispostos do rebanho de Deus. Voltemos a fins dos anos 40, por exemplo, quando Nicholas Kovalak Jr. era um dos poucos irmãos empenhados na obra de distrito nos Estados Unidos. Referindo-se a outubro de 1949, ele diz: “Viajei cerca de 6.500 quilômetros de carro naquele mês!” Também diz: “Realizei cinco assembléias de circuito nos fins-de-semana, além de servir a várias congregações entre elas. Assim, viajei, discursei, testemunhei, examinei registros, comi, estudei, li e tive um pouco de tempo para dormir!” Numa semana, viajou perto de 3.200 quilômetros servindo duas congregações e, no fim-de-semana, a uma assembléia de circuito. Naturalmente, nem todas suas viagens de carro eram assim tão compridas. “Agora, com mais congregações, torna-se mais fácil”, admite o irmão Kovalak. “Jeová é bom para nós e nos sustenta.”
Os superintendentes de circuito e de distrito hodiernos estão vividamente interessados em seus co-adoradores de Jeová. Procuram ajudá-los no serviço de campo e edificá-los espiritualmente. As assembléias de circuito também desempenham um papel vital em promover os interesses do Reino. Sabia que, durante o ano de serviço de 1974, vinte assembléias de circuito, em média, eram realizadas a cada semana nos Estados Unidos, com a assistência média de 1.605 pessoas? Somando-se tudo para aquele ano, houve 1.064 assembléias de circuito, com a assistência de 1.708.143 pessoas.
CRISTÃOS NEUTROS TOMAM SUA POSIÇÃO
À medida que a nova administração da Sociedade Torre de Vigia (EUA) prosseguia, no início dos anos 40, a Segunda Guerra Mundial continuava e vários homens cristãos passaram por uma prova de sua integridade a Jeová. No ano de 1940, a Lei de Treinamento e Serviço Seletivos entrou em vigor nos Estados Unidos, que ainda estava em paz. Autorizava o recrutamento para o serviço militar de rapazes de mais de dezoito anos, mas concedia isenção aos “ministros de religião regulares ou devidamente ordenados”, na classe IV-D. Na maioria dos casos, negou se às testemunhas de Jeová a classificação de ministros. Não eram nem sediciosos, nem interfeririam nos empreendimentos militares ou outros, dos governos humanos. No entanto, as Testemunhas mesmas estavam determinadas a manter estrita neutralidade quais cristãos. (João 17:16) Ademais, tinham ‘transformado suas espadas em relhas de arados’. — Isa. 2:2-4.
Em milhares de casos, os advogados do governo argumentaram que as Testemunhas tinham de entrar nas forças armadas antes de poderem procurar alívio nos tribunais federais. Assim, dos tribunais distritais federais os que mantinham a integridade eram enviados para a prisão, vários recebendo a pena máxima de cinco anos de prisão e uma multa de dez mil dólares. Interessante é que, quando Eugene R. Brandt e seis outras Testemunhas foram condenados, o juiz apontou para uma bandeira pendurada na parede, por trás de seu assento e disse, segundo se recorda o irmão Brandt: “Vê aquela bandeira? Bem, posso ver a face de meu deus naquela bandeira, de modo que não tenho objeção a adorá-la, e os senhores deveriam pensar o mesmo.”
FAZER BOM USO DO TEMPO NA PRISÃO
Essa primeira noite por trás das grades foi uma experiência e tanto. O pioneiro Daniel Sydlik (que agora serve no Betel de Brooklyn) foi preso devido a sua neutralidade cristã em 1944. Lembra-se de estar deitado em cima de seu beliche e ouvir, à medida que as portas de aço “como um trovão estrondeante, deslizaram para fechar-se”. Uma por uma, o som de tais portas se aproximou cada vez mais até que a porta de sua cela estremeceu e então deslizou vagarosamente fechando-se. Afirma ele: “Subitamente, uma sensação terrivelmente doentia se apoderou de mim, que me fez sentir encurralado, sem saída. Daí, com igual presteza, seguiu-se outra sensação igualmente sobrepujante, que me fez sentir grande paz e alegria, o tipo de paz de que a Bíblia fala — ‘a paz de Deus que excede todo pensamento’.” — Fil. 4:7.
O irmão Sydlik, como tantos outros, por fim se encontrava numa prisão federal. O que faziam ali os cristãos neutros? Faziam bom uso de seu tempo. Quando não ocupados com os deveres da prisão, amiúde tinham permissão de realizar reuniões para o estudo da Bíblia e das publicações da Sociedade Torre de Vigia. Também, melhoraram sua instrução geral por exemplo, por estudarem línguas estrangeiras, tais como espanhol e o grego. A respeito dos cristãos presos em Mill Point, Virgínia Ocidental, Rudolph J. Sunal afirma: “Tínhamos nosso estudo de livro de congregação . . . Cada grupo de irmãos dum dormitório realizava sua Reunião de Serviço e sua Escola do Ministério Teocrático. . . . Domingo, realizávamos nosso estudo da Sentinela na biblioteca . . . Outra provisão que conseguimos foi o privilégio de realizar míni-assembléias . . . Em certo verão, usamos o campo de bola e tínhamos piano e outros instrumentos de música, e um programa muitíssimo instrutivo.”
Lembrando o programa educativo cristão na prisão, naquele, dias, F. Jerry Molohan observa: “Nossas reuniões de estudo de todos os tipos eram excepcionalmente bem freqüentada, e eram tão educativas que humoristicamente chamávamos a Fazenda de Honra da Prisão Leavenworth de ‘Faculdade Intramuros’.”
A Sociedade Torre de Vigia preocupava-se com o bem-estar espiritual desses rapazes. Por isso, foram feitos arranjos para que certos irmãos, como A. H. Macmillan e T. J. Sullivan, os visitassem regularmente. Por quê? Para lhes prover conselho e encorajamento bíblicos.
Quer livres quer presas, as testemunhas de Jeová sempre procuram meios de cumprir sua comissão de fazer discípulos. (Mat. 28:19, 20) Na verdade, as oportunidades oferecidas a estes neutros cristãos eram agora limitadas. Mas, isso não selou por completo os seus lábios. O irmão Molohan comenta “Eu aproveitava ao máximo uma oportunidade, um senhor de bom coração que cumpria prisão perpétua, Frank Ryden tornando-se a minha primeira ‘carta de recomendação’ e sendo batizado no cocho de água das mulas.” — 2 Cor. 3:1-3
PETIÇÃO PARA O PERDÃO
Em 10 de agosto de 1946, significativa resolução foi adotada unanimemente por mais de 60.000 delegados na Assembléia Teocrática “Nações Alegres” das Testemunhas de Jeová em Cleveland, Ohio. Fez-se uma petição ao presidente dos Estados Unidos para que concedesse pleno perdão a mais de 4.000 Testemunhas erroneamente condenadas e encarceradas. Tal clemência restauraria os direitos civis destes neutros cristãos que ilegalmente viram negados seus direitos por parte das juntas de recrutamento e dos tribunais federais de 1940 a 1946.
“Para minha surpresa”, diz Edgar C. Kennedy, “o presidente da sessão anunciou que a resolução, pedindo pleno perdão para todos esses homens, seria pessoalmente apresentada ao presidente dos Estados Unidos por um representante da Sociedade. Visto que Harry Truman, o antigo oficial do exército com quem eu servira durante a Primeira Guerra Mundial, era o presidente, achei que seria bom que eu mencionasse isso ao escritório do presidente, o que fiz.” E aconteceu que, às 12,30 horas da sexta-feira, 6 de setembro de 1946, o consultor jurídico da Sociedade, outro advogado e o irmão Kennedy, um pioneiro avistaram-se com o presidente por cerca de quarenta minutos. Segundo o irmão Kennedy, Truman escutou atentamente à medida que o advogado da Sociedade explanou as partes da resolução até o ponto em que se solicitava clemência executiva. Daí, ele se recorda, “Truman interrompeu com um arroubo emocional, e disse: ‘Não quero saber de nenhum . . . que não quer lutar pelo seu país. Ademais, não gosto do desrespeito que os senhores mostram pela bandeira.’” Continua o irmão Kennedy:
“Então eu sabia que era minha vez de falar. Identifiquei-me como antigo co-oficial do exército e disse que eu tinha sido responsável por suprir a bateria dele de toda a munição que ela havia disparado durante a guerra. Tirei de minha pasta uma foto dos oficiais do regimento e coloquei sobre a escrivaninha dele. Ele a olhou e disse que tinha a mesma foto pendurada sobre sua mesa na biblioteca. Então lhe disse que era mais difícil lutar pelos princípios cristãos do que era lutar na guerra. Expliquei brevemente a razão pela qual as testemunhas de Jeová não saúdam a bandeira. Ele ouviu e então disse: ‘Vejo que estava errado.’”
Segundo o irmão Kennedy, o presidente depois disso deu sua atenção ao advogado da Sociedade “enquanto ele concluía a solicitação de livramento das testemunhas de Jeová presas devido à Lei do Serviço Seletivo. Truman disse então que falaria sobre isso com o Procurador Geral.”
Com o tempo, o Presidente Truman nomeou sua Junta de Anistia. Revisaram milhares de registros dos tribunais e arquivos das juntas de recrutamento recomendando alguns indultos. Mas, em 23 de dezembro de 1947, Truman indultou apenas 136 Testemunhas, ao passo que 1.523 indultos foram concedidos. Outros grupos religiosos, que tinham apenas 1.000 homens detidos ao todo, em comparação com as 4.300 Testemunhas, ficaram com a parte do leão. Por conseguinte, a ampla maioria destes neutros cristãos sofreu discriminação apenas porque tinham sido resolutos em sua determinação de manter a integridade a Jeová Deus.
CONTINUA A BATALHA LEGAL
Nos processos de Smith e de Estep, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu, em 4 de fevereiro de 1946, que os tribunais federais de menor instância tinham errado em negar às Testemunhas o direito de uma audiência de instrução imparcial e ao sustentarem que elas tinham primeiro de entrar nas forças armadas para depois se defenderem nos tribunais. Em 23 de dezembro de 1946 nos processos de Gibson e de Dodez, o Tribunal ampliou a lei, de modo a permitir nos tribunais a defesa das testemunhas de Jeová acusadas de deixar de apresentar-se a um campo de objetares de consciência, ou de permanecerem em tal campo depois de si apresentarem ali.
Os advogados do governo argumentaram que os pioneiros de tempo integral não tinham direito à isenção do serviço e do treinamento militares porque não dispunham de congregações fixas. Ademais, os advogados do governo contenderam que os servos de companhias (superintendentes presidentes) não tinham direito à isenção porque não tinham congregações de leigos, mas presidiam as constituídas de testemunhas de Jeová. Tais argumentos foram refutados no processo Dickinson decidido em favor das testemunhas de Jeová pelo Supremo Tribunal dos Estados Unidos em 30 de novembro de 1953. Isto estabeleceu o precedente para todos os tribunais federais seguirem.
FIRMES NA FÉ APESAR DA PRISÃO
Rememorando cerca de três décadas atrás, os dias em que tantos cristãos neutros foram encarcerados por sua integridade a pessoa talvez se pergunte o que faria em circunstâncias similares. Não importa realmente que desculpa o inimigo use para prender o povo de Deus. Com a ajuda de Jeová pode-se manter a integridade, assim como a mantiveram aquelas centenas de cristãos neutros há alguns anos. Em 1965, depois de sete anos nas prisões da China comunista Stanley Ernest Jones falou a mais de 34.700 pessoas no Estádio Ianque, na cidade de Nova Iorque. Enquanto preso, meditava nas Escrituras, recorria à oração e se mantinha espiritualmente forte com a ajuda do espírito de Jeová. Mas, uma coisa que ele mencionou foi: “Somente passaríamos tribulação durante ‘dez dias’. Em outras palavras, haverá um fim disso tudo. Tudo chega ao fim em seu próprio tempo. Portanto, nós apenas suportamos; Deus nos fará passar por tudo.” — Rev. 2:10.
Um co-missionário, Harold King, passou quase cinco anos numa prisão da China comunista. Ele, também, permaneceu espiritualmente forte. Sabia que, quando preso, ele até compôs música baseada em idéias bíblicas? Sim, o cancioneiro usado pelas testemunhas de Jeová hoje em dia — “Cantando e Acompanhando-vos com Música em Vossos Corações” — contém uma melodia que o irmão King originou na prisão. É o cântico N.º 10, “De Lar em Lar”. Assim, não receie o futuro. Jeová pode sustentá-lo como fez com os cristãos neutros encarcerados nos Estados Unidos, bem como com muitos outros íntegros, inclusive os irmãos Jones e King, que tiveram a dura experiência de encarceramento numa prisão da China comunista.
MÃOS PRESTIMOSAS SÃO ESTENDIDAS
O dia 2 de setembro de 1945 pôs fim à Segunda Guerra Mundial. As filiais da Sociedade Torre de Vigia (EUA) logo foram reabertas em muitos países. Congregações foram restabelecidas e o alimento espiritual novamente se tornou disponível em quantidades cada vez maiores. Todavia, os cristãos nas nações assoladas pela guerra precisavam também de coisas materiais. Por isso, numa demonstração de amor cristão por seus concrentes necessitados, o povo de Jeová lançou o que resultou ser uma campanha de socorro mundial de dois anos e meio. (João 13:34, 35) As Testemunhas nos Estados Unidos, Canadá, Suíça, Suécia e outras partes contribuíram roupas e dinheiro para se comprarem alimentos para auxiliar os cristãos na Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, China, Dinamarca, Inglaterra, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Itália, Noruega, Países Baixos, Polônia, República das Filipinas, Romênia e Tchecoslováquia.
“No fim da Segunda Guerra Mundial”, relembram Hazelle e Helen Krull, “nossos irmãos voltaram dos campos de prisioneiros, muitos doentes e permanentemente despojados de seus bens materiais, alguns separados de suas famílias, não sabendo se ainda estavam vivos na carne ou não. Mas, apesar de tudo, estavam surpreendentemente fortes em sentido espiritual. Foram acolhidos por seus irmãos em todo o mundo. Seu primeiro interesse era reorganizar-se para a obra do Reino declarar as mesmas boas novas pelas quais tinham sido presos e recuperar seu conhecimento espiritual. Seu desejo impelente depois de tão grandes e extensivas dificuldades, era uma inspiração para nós, e estávamos contentes de ter o privilégio de ajudar a suprir, mesmo em pequeno grau, suas necessidades materiais. Roupas, sapatos e outras necessidades foram ajuntados e selecionados nos Salões do Reino, daí sendo apanhados por caminhões para serem enviados aos nossos irmãos. Toneladas e mais toneladas foram assim amorosamente supridas.”
O total de remessas de roupas subiu a 479.103 quilos. Os embarques de alimentos totalizaram 326.074 quilos. Adicionalmente, 124.110 pares de calçados foram enviados aos cristãos necessitados durante esta campanha socorrista. Monetariamente, o valor de tudo isso atingiu US$ 1.322.406,90 (uns Cr$ 10,5 milhões). E estas dádivas bondosas foram apreciadas. Comentando certa expressão de gratidão, Esther Allen afirma: “A carta de agradecimento que recebemos trouxe lágrimas de alegria a nossos olhos.” Assim, aconteceu que, numa direção foram as coisas materiais e, na outra, grande apreço e encorajador registro de integridade.
Através dos anos, as testemunhas de Jeová nos Estados Unidos têm tido várias oportunidades de ajudar seus concrentes, tanto em seu país como no estrangeiro, em sentido material. Considere o terremoto de 1970 no Peru. As congregações em Lima juntaram roupas, alimentos e dinheiro e prontamente levaram cerca de sete toneladas de suprimentos para a área atingida. As testemunhas de Jeová em Nova Iorque doaram bem mais de dez toneladas de roupas. Isto era, efetivamente muito mais roupa do que o necessário. Também, a Sociedade Torre de Vigia (EUA) forneceu US$ 20.000 para sua filial usar em obter fosse lá o que fosse o necessitado pelos irmãos na área afligida. Similarmente, proveu-se ajuda quando um terremoto destruiu Manágua, Nicarágua, em 1972. Tais demonstrações de amor cristão fazem-nos lembrar a liberalidade de bom coração dos cristãos do primeiro século. — 2 Cor. 9:1-14.
Todavia, a ajuda prestada aos co-adoradores de Jeová nem sempre consiste de coisas materiais. Sabia que, no ano de 1961 os servos de Jeová nos Estados Unidos e em outros países, escreveram milhares de cartas às autoridades na Espanha solicitando que se concedesse ao povo de Deus ali a liberdade de adoração? E, no ano de 1968, escreveram às autoridades de Malaui, protestando contra os maus tratos infligidos ali às testemunhas cristãs de Jeová. Têm genuíno interesse amoroso em seus irmãos em toda a parte.
CONGRESSOS HISTÓRICOS DEVERAS HONRAM A JEOVÁ
Grandes reuniões do povo de Deus, tanto as antigas como as modernas, têm sido ocasiões de grandes benefícios espirituais. Amiúde, têm sido também ocasiões de grande regozijo. (Deu. 31:10-13; Nee. 8:8, 12) Isto certamente ocorreu na Assembléia Teocrática “Nações Alegres” das Testemunhas de Jeová, em Cleveland, Ohio, realizada no primeiro ano do após guerra, de 4 a 11 de agosto de 1946. Esse congresso era diferente. Assembléias de muitas cidades ao mesmo tempo costumavam ser ligadas por meios de rádio-telefonia em vários países durante os anos anteriores, tendo grandes assistências combinadas. Mas, pela primeira vez na Assembléia Teocrática “Nações Alegres”, o povo de Deus realizava um congresso internacional de tamanhas proporções que ajuntava, em uma só cidade, delegados de todas as partes da terra.
Uma formidável tarefa pré-congresso foi localizar acomodações para os congressistas. Isto foi conseguido por extensivo trabalho de casa em casa. No entanto, muitos congressistas foram alojados no campo de carros-reboques das Testemunhas. Ali, com o tempo, uma comunidade de 20.000 pessoas morava convenientemente e barato. Naturalmente, os congressistas precisavam de alimento físico, e deveras significativo era o arranjo de restaurante no local da assembléia. Ali, dentre 15.000 a 20.000 pessoas podiam alimentar-se em questão de uma hora.
O alimento espiritual era de máxima importância, porém e foi suprido em abundância. Por exemplo, F. W. Franz falou sobre “A Ceifa, o Fim do Mundo”, absorvente exposição da ilustração de Jesus Cristo sobre o trigo e o joio. (Mat. 13:24-30, 36-43) E foi nessa mesma assembléia que L. A. Swingle considerou o assunto “Despertai!” Descreveu o mundo do século vinte como um mundo sintético, desintegrador do átomo, movido a jato, controlado pelo radar, e eletrônico, que caminhava para a cova da destruição por fracassar em ficar desperto às verdadeiras questões que confrontavam o gênero humano. O irmão Knorr falou sobre “Uma Resposta à Chamada Animadora”, instando com seus ouvintes a ‘ficarem despertos, permanecerem despertos e lerem Despertai!’ Sim, a nova revista Despertai! deveria substituir Consolação, antes conhecida como A Idade de Ouro. Muitos anos depois, Henry A. Cantwell pôde dizer: “Sem dúvida, Despertai! viveu à altura de seu nome, ajudando muitos a despertar do sono da letargia e a voltar-se para a adoração verdadeira.”
Outros se lembrarão desta emocionante assembléia devido ao excelente compêndio bíblico primário ali recebido — o livro “Seja Deus Verdadeiro”. Mais de 10.500.000 exemplares da primeira edição foram publicados em questão de cerca de seis anos. Revisado em 1.º de abril de 1952, continuou a distribuição do livro, e, por volta do início de 1971, um total de 19.246.710 exemplares tinham sido publicados em 54 idiomas. “Seja Deus Verdadeiro” colocava-se então no quarto lugar numa lista dos livros de não-ficção que eram best-sellers no século vinte.
A quinta-feira, 8 de agosto, foi especialmente notável nessa assembléia de 1946. O irmão Knorr falou sobre o assunto “Os Problemas da Reconstrução e da Expansão”. Recordando o evento, Edgar Clay, das Ilhas Britânicas, escreveu mais tarde: “Tive o privilégio de ficar atrás dele na tribuna, naquela noite, e, à medida que ele delineava a obra e então falava sobre os planos para a ampliação do lar de Betel e da gráfica de Brooklyn, a ampla assistência aplaudia em ondas renovadas. Ao passo que, da tribuna, não se podia ver nenhum rosto de forma distinta, era fácil sentir a sua alegria.”
UMA OLHADELA NO CENÁRIO MUNDIAL
Tinha de haver reconstrução e expansão teocráticas. Isso era evidente. Assim, em 6 de fevereiro de 1947, cerca de seis meses depois da Assembléia Teocrática “Nações Alegres”, o presidente da Sociedade, N. H. Knorr, e seu secretário, M. G. Henschel, partiram numa viagem de serviço ao redor do globo. Pela observação pessoal, durante essa excursão de 76.472 quilômetros, era possível determinar que passos eram necessários para fortalecer e unificar a organização mundial.
Essa excursão realizou muita coisa. Entre outras coisas depois da excursão, missionários de Gileade foram enviados para certos países da Ásia e ilhas do Pacífico. Promoviam-se os interesses do Reino. A Teocracia estava de novo indo avante!
AUMENTO DA TEOCRACIA
Jeová pode ‘fazer o pequeno tornar-se mil e o menor uma nação forte’. (Isa. 60:22) Ele fez isso ao restaurar os exilados israelitas de Babilônia para sua terra natal, há séculos atrás. Similarmente, Deus livrou os israelitas espirituais da escravidão à Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. Ademais, abençoou-os com aumento. Em 1938, houve um auge de 59.047 proclamadores do Reino em todo o mundo. Daí vieram os anos de guerra, de perseguição aos cristãos e, depois disso, de reconstrução organizacional entre o povo de Deus. Com que resultado? Ora, em 1949, as testemunhas cristãs de Jeová somavam 317.877! Era evidente o aumento da Teocracia!
Quão apropriado era, portanto, que o povo de Deus se reunisse para a Assembléia “Aumento da Teocracia” das Testemunhas de Jeová! De carro, ônibus, trem, navio e avião vieram as multidões para o famoso Estádio Ianque da cidade de Nova Iorque, para o congresso internacional de oito dias, de 30 de julho a 6 de agosto de 1950. O influxo de cerca de 10.000 estrangeiros alarmou o Serviço de Imigração e Naturalização dos Estados Unidos, que causou indignidades discriminatórias a estes visitantes. Mais tarde, tais ações receberam vigoroso protesto por parte dos congressistas reunidos.
Como no congresso internacional de 1946 em Cleveland, Ohio, estabeleceu-se amplo restaurante para alimentar a muitos milhares. Quão impressionante era! O Times de Nova Iorque citou um inspetor do Departamento de Saúde como dizendo “Estou fascinado. Jamais vi antes nada que funcionasse tão suavemente como isto.”
Muitos congressistas foram alojados em casas particulares e em hotéis. No entanto, mais de 13.000 por fim acamparam no campo de carros-reboques das Testemunhas em Nova Jérsei a uns 65 quilômetros da cidade de Nova Iorque. Lembra-se Marie M. Greetham: “Os irmãos de toda a parte de Nova Iorque e Nova Jérsei trabalharam muitas semanas na colocação de encanamentos, gás e energia elétrica, e instalações sanitárias e de banho. . . . Esta cidade foi ligada por linha telefônica ao congresso em Nova Iorque, de modo que toda apresentação na assembléia em Nova Iorque podia ser ouvida no campo de carros-reboques.”
Ao amanhecer a quarta-feira, 2 de agosto de 1950, o povo de Jeová em geral não tinha idéia da maravilhosa bênção em reserva para eles naquele “Dia de ‘Pregar a Palavra’”. Nessa tarde, o irmão Knorr falou sobre o assunto: “Dar aos Povos Uma Língua Pura.” (Sof. 3:9) Entre outras coisas, mencionou que, em 1902, a Sociedade Torre de Vigia (EUA) viera a possuir uma tradução das Escrituras Gregas Cristãs conhecida como The Emphatic Diaglott, impressa pela primeira vez em suas próprias prensas em 21 de dezembro de 1926. A Sociedade, depois disso, empreendeu outras notabilíssimas atividades de impressão bíblica.
Mas, essa sessão da assembléia de 1950 trouxe à luz algo especialmente emocionante. Nessa ocasião memorável, o irmão Knorr teve o grande prazer de lançar a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, em inglês. Uma assistência surpresa, muitíssimo deleitada, de 82.075 pessoas no estúdio e no campo de carros-reboques recebeu-a com o máximo entusiasmo, contínuo aplauso e profundo apreço. Dezenas de milhares de exemplares foram ansiosamente obtidos pelos congressistas. Que emoção foi isso para todos os reunidos!
OS “PRÍNCIPES” ESTÃO AQUI!
Durante anos, o povo de Jeová pensava que os homens fiéis da antiguidade, tais como Abraão, José e Davi, seriam ressuscitados antes do fim deste iníquo sistema de coisas. Aqueles servos antigos de Deus eram chamados de “dignitários antigos”, “homens fiéis da antiguidade”, e “os príncipes”. O salmista declarara: “Em lugar de teus pais serão teus filhos, a quem farás príncipes por toda a terra.” (Sal. 45:16, Tradução Brasileira) Assim, quando o povo de Jeová ia a um congresso, há anos atrás, havia certo grau de expectativa. Talvez essa reunião seria marcada pelo aparecimento de um ou mais daqueles ressuscitados príncipes ou homens fiéis da antiguidade!
Com isso em mente, junte-se mentalmente aos 82.601 congressistas ao ouvirem atentamente a F. W. Franz na noite de sábado, 5 de agosto de 1950. Num ponto climático de seu absorvente discurso bíblico, ele perguntou: “Ficaria contente esta assembléia internacional de saber que AQUI, HOJE À NOITE, em nosso meio, há vários dos prospectivos PRÍNCIPES DA NOVA TERRA?”
Nem imagina as reações que houve a essa pergunta! Eis aqui algumas recordações vívidas: “Lembro-me da respiração contida de surpresa que varreu a assembléia, e começamos a olhar em redor de nós, na expectativa . . . estaria Davi aqui, ou Abraão, ou Daniel, ou Jó? Muitas de nós, irmãs, ficamos com lágrimas nos olhos!” (Grace A. Estep) “Fiquei tão excitada que me sentei na pontinha da minha cadeira com os olhos fixos na saída dos jogadores. Estava certa de que um ou mais desses homens da antiguidade surgiriam a qualquer momento.” (Irmã Kenyon, esposa de Dwight T. Kenyon) “As pessoas nos corredores correram para as entradas do estádio, para ver a tribuna do orador, talvez esperando ver Abraão, Davi ou, talvez, Moisés. A assistência ficou em pé — a atmosfera estava carregada. Estou seguro que, se alguém com barba comprida andasse até a tribuna, não haveria meios de conter a multidão.” — L. E. Reusch.
Profundo silêncio a seguir tomou conta da assistência. Todo ouvido parecia esticado para não perder nenhuma das palavras do orador. Considerou o verdadeiro significado da palavra hebraica traduzida “príncipe”. Indicou que, as “outras ovelhas da atualidade sofreram tanto por sua fé como as testemunhas de Jeová da antiguidade. Por isso, nada argumentava contra Cristo fazer destas “outras ovelhas” “príncipes por toda terra”, conforme necessário. (Sal. 45:16; João 10:16) Então, concluindo seu discurso, o irmão Franz disse: “Com estas perspectivas encantadoras tão perto de nós, mantenhamos organização teocrática e deixemos que Deus continue a melhorá-la como sociedade do Novo Mundo. Que jamais olhemos recuadamente a esta Sodoma moderna que está reservada para a destruição; mas marcharemos sempre em frente com plena fé. Avante, pois, com firmeza, todos nós juntos, com a sociedade do Novo Mundo!”
EVIDÊNCIA DO AUMENTO DA TEOCRACIA
O domingo de tarde, 6 de agosto, foi um dia emocionante para tais congressistas. O Estádio Ianque estava repleto de 87.195 pessoas. Adicionalmente, 25.215 estavam nas calçadas e nas tendas próximas. Outras 11.297 estavam presentes no campo de carros-reboques.
Assim aconteceu que um total de 123.707 pessoas assistiram ao absorvente e amplamente anunciado discurso público do irmão Knorr, “Podeis Viver Para Sempre em Felicidade na Terra?” Esse discurso lógico, comovedor, fornecia ampla prova bíblica de que há pessoas que podem viver para sempre em felicidade na terra.
REUNIDOS COMO SOCIEDADE DO NOVO MUNDO
Outro marco na história teocrática foi atingido em 1953. Os dias 19 a 26 de julho foram aguardados ansiosamente pelo povo de Jeová. De 96 terras de fora dos Estados Unidos vieram, até que milhares de pessoas encheram o Estádio Ianque de Nova Iorque. Essa Assembléia da Sociedade do Novo Mundo, de 8 dias, forneceu ao mundo maravilhosa evidência da união internacional entre as testemunhas cristãs de Jeová.
De novo, hospedagens em casas particulares foram obtidas para milhares de congressistas. Outros ficaram em hotéis e outros 45.000 moraram na Cidade de Carros-Reboques da Sociedade do Novo Mundo, a uns 65 quilômetros do estádio, perto de New Market, Nova Jérsei. Incidentalmente, o supermercado da Cidade de Carros-Reboques deu a um fornecedor local testemunho silencioso da honestidade cristã. (Heb. 13:18) Visto que muitas Testemunhas foram trabalhar como voluntários no estádio, antes da hora de abrir, e voltaram depois que tais instalações já estavam fechadas para aquele dia, serviram-se dos itens necessários e deixaram o dinheiro para pagá-los em bandejas sem estarem vigiadas. Afirma R. D. Cantwell: “Este cavalheiro [o fornecedor] ficou surpreso de ver isso e por fim declarou: ‘Sr. Cantwell, posso dizer-lhe o seguinte: Não poderia fazer isso em minha igreja, porque não se pode confiar neles.’”
Esse aspecto internacional do congresso foi sublinhado por noventa faixas coloridas, penduradas na frente da parte superior e média do estádio. Saudavam os congressistas com frases como as seguintes: “Salaams da Terra dos Cedros, o Líbano”, e “Aloha cristão do Havaí”. Cada dia também seguia o tema territorial, tal como “Dia da América do Norte”, e “Dia das Ilhas do Atlântico”.
Em consonância com o tema da assembléia, em 20 de julho, o irmão Knorr proferiu o oportuno discurso “Viver Agora Como Sociedade do Novo Mundo”. Lembrando esta tarde, C. W. Barber escreve: “À medida que dezenas de milhares de pessoas estavam assim reunidas qual ‘sociedade do Novo Mundo’, apresentou-se a oportunidade áurea de se obter a expressão dessa grande multidão quanto à sua solidariedade e união.” Como assim? Por se adotar uma resolução que cristalizava a compreensão das testemunhas de Jeová de que constituem uma unida sociedade do Novo Mundo. A resolução foi adotada unanimemente pelas 125.040 pessoas presentes no estádio, nas tendas para excedentes e na Cidade dos Carros-Reboques.
SOADO UM ALARMA
Esta grandiosa assembléia certamente seria lembrada por uma modalidade do congresso que Webster L. Roe chama de “eletrizante!” A respeito desse discurso, Roger Morgan escreve: “O discurso que mais me impressionou na assembléia de 1953, no Estádio Ianque, foi o discurso do irmão Franz ‘A Sociedade do Novo Mundo Atacada do Extremo Norte’.”
Na verdade, soou-se um alarma naquela noite de quinta-feira, 23 de julho de 1953. O vice-presidente da Sociedade, F. W. Franz, pintou um quadro vívido do vindouro ataque sobre o povo de Jeová por parte de Gogue de Magogue, e suas hordas. Gogue, o principal personagem da profecia, foi identificado como Satanás. E, mostrou Franz, a terra de Magogue é a localização das forças espirituais iníquas num domínio espiritual limitado, perto da vizinhança da terra, depois de serem expulsas dos céus em 1918 (E. C.). (Rev. 12:7-9) O orador mostrou que a atual prosperidade, união e segurança do povo de Jeová levaria Gogue e suas forças a atacá-lo. Mas, durante toda essa terrível tempestade, Jeová preservaria a sociedade do Novo Mundo. Quanto os 112.700 ouvintes apreciariam este aviso e esta admoestação de continuarem confiando em Jeová e proclamando as boas novas do seu reino por Cristo!
A COMOVENTE CONCLUSÃO DA ASSEMBLÉIA
Uma experiência especialmente comovedora aguardava congressistas na tarde de domingo, 26 de julho. Para o discurso público de N. H. Knorr, “Após o Armagedom — o Novo Mundo de Deus”, 165.829 pessoas se reuniram dentro do Estádio Ianque, nas tendas de excedentes e na Cidade dos Carros-Reboques. Havia 91.562 pessoas no próprio estádio. Não muito antes do discurso público, abriram-se os portões e milhares entraram no campo, sentando-se no gramado do campo esportivo. Adicionalmente, milhares ouviram o discurso através da estação de rádio da Sociedade, a WBBR.
Essa hora absorvente se passou rápido e, dentro em breve o discurso público terminara. Uma brisa agradável refrescou os milhares que permaneceram para a parte final da assembléia. Baseando suas observações no Salmo 145, o irmão Knorr proferiu um discurso de uma hora, sublinhando a necessidade de se louvar a Jeová, de exaltá-lo como Deus, de anunciá-lo como Soberano Universal e tornar conhecia sua realeza. Com a letra do cântico: “Cantai Triunfal Louvor!” e uma oração final, chegou a um fim feliz a maior assembléia cristã até aquele tempo.
ASSEMBLÉIA INTERNACIONAL VONTADE DIVINA
“Quando até mesmo agora se menciona o ano de 1958”, escreveu Angelo C. Manera Jr., “há um grande evento que vem à mente das testemunhas de Jeová — o ‘grande congresso, a Assembléia Internacional da Vontade Divina das Testemunhas de Jeová. Que maravilhoso congresso!” Esta notável reunião juntou delegados de pelo menos 123 países e grupos de ilhas. Num tempo de tensão das relações internacionais, pairando a ameaça de guerra sobre o Oriente Médio, o povo de Jeová se reuniu em paz e união no Estádio Ianque e no vizinho Campo de Pólo de Nova Iorque, de 27 de julho a 30 de agosto de 1958.
Por cerca de duas semanas antes do congresso, o irmão Knorr se reuniu com mais de 80 dos superintendentes das filiais da Sociedade e seus ajudantes. Consideraram o novo livro que ele preparara sobre as normas de procedimento das filiais, depois que inspecionaram pessoalmente a maior das filiais, em Brooklyn, a dos Estados Unidos. Outras reuniões proveitosas foram realizadas com tais varões, bem como com os missionários, pioneiros especiais e superintendentes de circuito e de distrito durante o próprio congresso.
Algo aconteceu na quarta-feira, 30 de julho, que moveu Ernest Jansma a observar: “Estou seguro de que sua magnitude ficará por muito tempo nos anais da história teocrática.” Deveras, nada semelhante a isso tinha acontecido desde Pentecostes de 33 E.C., em Jerusalém, quando cerca de 3.000 novos seguidores de Jesus Cristo foram batizados em um só dia. (Atos 2:41) Pouco depois de ouvirem o discurso “O Batismo Segundo a Vontade Divina”, 7.136 pessoas (2.937 homens e 4.199 mulheres) foram imersos na praia de Orchard, a alguns quilômetros, simbolizando assim sua dedicação a Jeová Deus. Este foi o maior batismo em massa, em um só local, nos tempos modernos.
E, nesta grande reunião, o paraíso terrestre, o paraíso espiritual e o paraíso celeste — todos os três foram considerados no discurso “Mantenhamos Nosso Paraíso Espiritual”, proferido pelo irmão Knorr. Depois desse discurso absorvente, o orador relatou que os missionários na Tailândia certa vez perguntaram se a Sociedade produziria uma publicação de estudo, não para refutar a falsidade, mas explanando apenas o verdadeiro ensino bíblico. Para satisfazer sua necessidade e a dos cristãos em toda a parte, disse ele, a Sociedade produzira o novo livro Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado. Escrito em linguagem simples e profusamente ilustrado, o livro Paraíso tem sido um deleite tanto para os jovens como para os idosos. “Uma geração inteira de crianças cresceu folheando o livro Paraíso”, afirma Grace A. Estep, “levando-o com eles às reuniões, partilhando-o com seus pequeninos colegas de folguedos, podendo relatar, muito antes de crescerem o suficiente para ler, uma série inteira de histórias bíblicas à base apenas das gravuras”.
O sábado, 2 de agosto, foi o Dia de “Seja Feita a Tua Vontade”. Nessa tarde, o presidente da Sociedade proferiu o estimulante discurso “Faça-se a Tua Vontade”, após o qual deixou a assistência de 175.441 pessoas emocionada com o lançamento do novo livro ‘Seja Feita a Tua Vontade na Terra’. Como os congressistas ansiaram examinar suas explicações das profecias, em especial as do livro de Daniel!
“QUE TESTEMUNHO PARA JEOVÁ!”
Como se poderia descrever o que ocorreu na Assembléia Internacional da Vontade Divina no domingo, 3 de agosto? Um relatório impresso do congresso disse sobre ele: “Que testemunho para Jeová!” Deveras foi. “Domingo foi um dia que ninguém que estava na assembléia poderia jamais olvidar”, diz Edgar C. Kennedy. “O ajuntamento de pessoas para o discurso público no Estádio Ianque era uma vista e tanto de se contemplar. De onde estávamos sentados, podíamos ver a contínua corrente de pessoas entrando no estádio, enchendo as arquibancadas e os excedentes entrando no campo, sentando-se na grama, em seções ordeiras. Para todos que observavam, era sobrepujante demonstração da ‘grande multidão’ que vinha para o lado do restante ungido de Jeová, juntando-se a ele no louvor a Seu nome, fazendo sua ‘Vontade Divina’. Agradecemos a Deus de poder ser parte dessa multidão. À medida que o estádio ficava completamente lotado, a mesma coisa acontecia no Campo de Pólo. Às 15 horas, houve um silêncio aquietante entre as mais de um quarto de um milhão de pessoas presentes, à medida que o presidente se levantou para apresentar o orador, N. H. Knorr, presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (EUA), e anunciar o tema de seu discurso ‘O Reino de Deus já Domina — Está Próximo o Fim do Mundo?’”
Essa ampla multidão atingiu 253.922 pessoas! A julgar pela grande assistência de sexta-feira, deve ter havido cerca de 60.000 pessoas do público presentes. Durante toda essa hora, as multidões ouviram convincente prova bíblica de que o reino de Deus já rege desde 1914 E.C., e que o fim do mundo está próximo.
TORNANDO DISPONÍVEL A PALAVRA DE DEUS
A fim de educar as pessoas para a vida e para promover os interesses terrestres do reino de Deus, era imperativo que o próprio Livro que continha o tema do Reino se tornasse prontamente disponível ao povo. Durante anos, o irmão Knorr pensava assim. Com efeito, ao trabalhar na gráfica da Sociedade, ele por muito tempo tinha em sua escrivaninha certa matéria que poderia ser usada para se imprimir uma Bíblia inteira, mas as circunstâncias não se desenvolveram de um modo tal a tornar-se possível ir avante com tal idéia. Ao se tornar o presidente da Sociedade, contudo, o irmão Knorr não perdeu tempo em tornar esta idéia uma realidade. Importante, também, era a produção de Bíblias de baixo custo, de modo que as pessoas em geral pudessem obter e ler exemplares da Palavra de Deus.
Quando N. H. Knorr falou sobre o assunto “Apresentando ‘a Espada do Espírito’”, lá em 1942, na Assembléia Teocrática do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová, em Cleveland, Ohio, identificou a Bíblia como a maior arma ofensiva, a “espada do espírito”. (Efé. 6:17) Em essência, expressou os pensamentos dos servos de Jeová em geral: ‘Quem dera que pudéssemos achar o texto que queremos, assim poderíamos refutar a nossos oponentes, confortar os que pranteiam, poderíamos tornar bem simples a outros, com abundância de provas, as coisas que são tão claras para nós. Quem dera que tivéssemos uma Bíblia com ajudas nela mesma, onde pudéssemos encontrar rapidamente o que precisássemos!’
Em tal assembléia se fez uma provisão assim — a nova edição da Torre de Vigia da Versão Rei Jaime, a primeira Bíblia completa já impressa nas próprias prensas da Sociedade. Meses de estudo por mais de 150 servos colaboradores de Jeová resultaram na compilação, como parte desta publicação, de uma concordância especialmente destinada para uso pelo povo de Deus em sua obra de pregação. Como diz James W. Filson, esta Bíblia “preenchia uma real necessidade”. “Nós mesmos precisávamos dela, também precisávamos dela para colocá-la com as pessoas em nossos territórios. . . . Era ótimo dispor duma Bíblia boa e barata para colocar com elas por apenas US$ 1. Até os dias de hoje, é a única Bíblia em muitos lares de pessoas que não estão na verdade.”
O irmão Knorr tinha outra idéia básica em mente. Essa era a de preservar o nome de Jeová em todas as línguas. Havia uma tradução da Bíblia que usava o nome divino nas Escrituras Hebraicas. Era a Versão Normal Americana. A Sociedade comprou o direito de usar as chapas para imprimir esta Bíblia, e a edição da Torre de Vigia, grandemente apreciada, tornou-se disponível aos congressistas deleitados na Assembléia Teocrática dos Proclamadores Unidos em 1944. “Usamos extensivamente esta Bíblia em nossas revisitas e estudos bíblicos”, observa Edgar C. Kennedy.
NOVA TRADUÇÃO DA BÍBLIA
Especialmente, desde 1946, o presidente da Sociedade procurava uma tradução em linguagem moderna das Escrituras Gregas Cristãs que fornecesse a base para se conseguir maior verdade por apresentar fielmente o sentido dos escritos originais. Quando o irmão Knorr falou a uma assistência de 82.075 pessoas, na Assembléia Aumento da Teocracia, internacional, em 2 de agosto de 1950, ele relatou que, no Betel de Brooklyn, em 3 de setembro de 1949, tinha havido uma reunião conjunta das diretorias das sociedades de Pensilvânia e de Nova Iorque, apenas um diretor estando ausente, ocasião em que ele anunciou a existência duma “Comissão de Tradução da Bíblia do Novo Mundo”. Ela havia terminado, e entregara para posse e controle da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, sociedade de Pensilvânia, uma tradução das Escrituras Gregas Cristãs. A equipe da gráfica começara a trabalhar na primeira parte do manuscrito em 29 de setembro de 1949.
Nessa tarde, 2 de agosto de 1950, o irmão Knorr tinha o prazer de lançar, para os congressistas emocionadíssimos, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, em inglês. Não era revisão de alguma anterior tradução da Bíblia. Era inteiramente nova! A Comissão de Tradução da Bíblia do Novo Mundo usara o famoso texto básico grego dos peritos Westcott e Hort, ao passo que também consultara os textos da Bíblia em grego preparados por outros. Palavras arcaicas em inglês, tais como “thee” e “thou”, não tinham sido usadas. Esta Bíblia usava linguagem moderna, era facilmente compreendida pelos leitores hodiernos do inglês.
Especialmente digno de nota era o uso do nome divino, “Jeová”, 237 vezes no texto principal da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs. O prefácio da Comissão de Tradução apresentava claramente as bases válidas para o uso do Nome. Muitas eram as excelentes modalidades da Tradução do Novo Mundo.
Com o tempo, a Tradução do Novo Mundo exerceu profundo efeito sobre a linguagem do povo de Jeová em geral. Por exemplo, ao invés de “brethren”, usava “brothers” (irmãos, em linguagem moderna), e assim os servos de Deus começaram a usar o termo moderno. (Rom. 1:13) Também, bem cedo em 1953, a palavra “congregação” empregada na Tradução do Novo Mundo, suplantou “companhia” como palavra usada com referência a um grupo congregado do povo de Deus. — Compare com Atos 20:17; Colossenses 4:15, Tradução do Novo Mundo.
Através dos anos, cinco volumes da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Hebraicas foram preparados e então lançados nas assembléias do povo de Deus. Em suas Assembléias de Distrito Adoradores Unidos, em 1961, as testemunhas cristãs de Jeová ficaram especialmente alegres de receber a edição completa, em um só volume, da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Incidentalmente, nessa época seus números já haviam subido para 965.169 proclamadores do Reino em toda a terra. Por certo, Jeová abençoava seus esforços. Pelo seu espírito santo, Deus fazia as coisas crescerem. — 1 Cor. 3:6, 7.
VAI AVANTE A PRODUÇÃO DE BÍBLIAS!
O desejo constante de colocar a Palavra de Deus nas mãos do povo continua entre os servos de Jeová através dos anos. Por conseguinte, Bíblias de muitos tipos se tornaram disponíveis. Para exemplificar, a Assembléia “Boas Novas Eternas” das Testemunhas de Jeová, em 1963, foi marcada pelo lançamento, em inglês de uma edição de bolso da edição revista de 1961 da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Outro lançamento em inglês foi a valiosa edição original em tipos grandes, encadernada em um só volume, completa com referências cruzadas, notas ao pé da página e extensivo apêndice. Imagine só, porém, o deleite dos congressistas de língua italiana, holandesa, francesa, alemã, portuguesa e espanhola, ao receberem a recém-lançada Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs em seus idiomas nativos! “Bravo! Bravíssimo!” exclamou um delegado de língua italiana. Um congressista alemão disse: “Que oportunidade para as testemunhas de Jeová despertarem o interesse que os alemães certa vez tinham pela Bíblia!” Mais tarde, a completa Tradução do Novo Mundo tornou-se disponível nas línguas acima mencionadas.
Os lançamentos impressos das Assembléias de Distrito “Nome Divino”, em 1571, incluíam a edição revista de 1971, em letras grandes, da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, em inglês. E, para os desejosos de uma consideração mais erudita do estudo das Escrituras, há o volume de 1.184 páginas intitulado “Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas”, publicado em 1969.
O persistente desejo de manter o nome de Jeová diante das pessoas tem sido a motivação por trás de outras atividades de impressão de Bíblias. Assim, em 1972, a Sociedade Torre de Vigia (EUA) produziu The Bible in Living English (A Bíblia em Inglês Vivo), do falecido Steven T. Byington. Traduz coerentemente o Tetragrama hebraico como “Jeová”.
Desde 1950, milhões de exemplares da Tradução do Novo Mundo foram distribuídos através da terra, muitos deles em inglês. Grandemente apreciada, portanto, foi a Concordância Compreensiva da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, lançada em 1973, com cerca de 14.700 verbetes e cerca de 333.200 referências. Muitos membros da família de Betel de Brooklyn trabalharam laboriosamente em compilá-la, revisá-la, etc. Por certo, com esta provisão, economiza-se muito tempo em localizar os textos bíblicos desejados.
Atualmente, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas se acha disponível em sua inteireza em sete idiomas e as Escrituras Gregas Cristãs em mais uma outra língua. Também, trabalha-se para produzir as Escrituras Gregas Cristãs em outras quatro línguas. Em inglês, a edição regular da Tradução do Novo Mundo da Bíblia completa ainda se acha disponível por US$ 1 o exemplar, e o equivalente é tudo que se recebe em moedas estrangeiras para esta excelente tradução da Bíblia em outras línguas. Por que tão baixo custo? A fim de que as Escrituras Sagradas possam alcançar as mãos do povo, para que as pessoas de coração honesto entre ele a possam ler e aceitar, “não como a palavra de homens, mas, pelo que verazmente é, como a palavra de Deus”. — 1 Tes. 2:13.
Passaram-se mais de três décadas desde que uma das prensas da Sociedade imprimiu o primeiro exemplar da edição da Torre de Vigia da Versão Rei Jaime. Durante os anos desde então, muitas mãos dedicadas trabalharam com diligência em pôr exemplares da Palavra de Deus nas mãos do povo em números cada vez maiores. Ora, desde 1942 até o ano de serviço de 1974, inclusive, 28.533.890 exemplares das Escrituras, no todo ou em parte, foram produzidos na gráfica de Brooklyn da Sociedade. E talvez fique surpreso de saber que, durante 1974, tantas quantas quinze rotativas da Sociedade Torre de Vigia (EUA) em Brooklyn, estavam sendo usadas por todo o tempo só para imprimir Bíblias.
Junto com esta tremenda produção de Bíblias, houve a publicação de milhões de compêndios bíblicos. Todos eles — como “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa e Ajuda ao Entendimento da Bíblia — ajudaram a transformar em laboriosos estudantes da Bíblia e competentes proclamadores teocráticos das boas novas a milhares de pessoas de muitas rodas da vida. E, visto que alguns duvidam da autenticidade das Escrituras, fervorosos esforços foram feitos de provar que elas deveras têm origem divina. Notável neste aspecto é o livro de 192 páginas, É a Bíblia Realmente a Palavra de Deus?, que conta com uma impressão de mais de 18.768.000 exemplares, em 27 idiomas. Esta publicação de 1969 da Sociedade mostra magistralmente que a veracidade da Bíblia não depende da evidência desenterrada pelos arqueólogos, como se as Escrituras estivessem numa posição débil precisando de ajuda das “autoridades” mundanas. Antes, os pontos de maior peso do livro são argumentados do ponto de vista do vigor da Bíblia, baseados em seu próprio testemunho poderoso, em sua razoabilidade e no fato de que responde a perguntas que, de outra forma, permanecem sem resposta. “Chegou numa ocasião em que o clero se tornava mais direto em seus esforços de desacreditar a Bíblia”, comenta Webster L. Roe, “e serviu para reforçar a fé claudicante de muitos, ao ponto de fazerem sincero estudo da Bíblia”.
‘VIVENDO OU MORRENDO, PERTENCEMOS A JEOVÁ’
As testemunhas de Jeová não são vendedores ambulantes da Palavra de Deus. (2 Cor. 2:17) Advogam-na sinceramente, e crêem nela pessoalmente. É por isso que são firmes em seu apego à lei de Deus sobre o sangue. Com efeito, tornaram-se conhecidas no mundo todo por sua obediência leal ao decreto de Deus de que não se deve comer sangue, nem deve ser assimilado no sistema da pessoa para sustentar as força vitais do corpo. (Atos 15:28, 29) Até mesmo quando a vida parece em perigo, os cristãos repetidas vezes têm dito, em essência, ‘vivendo ou morrendo, pertencemos a Jeová’. — Rom. 14:7, 8.
A santidade do sangue foi destacada em A Torre de Vigia, de 15 de dezembro de 1927, em inglês. Entre outras coisas, seu artigo “Uma Razão Para a Vingança de Deus”, dizia: “Deus disse a Noé que toda criatura vivente serviria de carne para ele, mas que não devia comer o sangue, porque a vida se acha no sangue.” Anos mais tarde, A Sentinela (1.º de dezembro de 1944; em português, dezembro de 1945) declarava: “Ao estrangeiro, não só como descendente de Noé, mas ora como um obrigado pela lei de Deus a Israel . . . se lhe proibia comer ou beber sangue, quer por transfusão quer pela boca. (Gên. 9:4; Lev. 17:10-14)”. Nos anos posteriores, os assuntos se tornaram ainda mais claros.
A Sentinela (em inglês) de 1.º de julho de 1945 esclarece a posição cristã sobre o sangue. Entre outras coisas, apontou que embora a transfusão de sangue remontasse aos antigos egípcios, o caso mais antigo relatado era o da tentativa fútil de salvar a vida do Papa Inocêncio VIII, em 1492, operação que custou a vida de três jovens. Mais significativamente este número de A Sentinela mostrava que a lei de Deus sofre o sangue, fornecida a Noé, era válida para toda a humanidade e que se exigia que os cristãos se abstivessem do sangue. (Atos 15:28, 29) Resumindo A Sentinela disse:
“Uma vez, então, que o Deus Altíssimo e Santo forneceu instruções claras quanto à forma de se dispor do sangue, em harmonia com seu pacto eterno feito com Noé e com todos os seus descendentes, e visto que o único uso do sangue que Ele autorizou, a fim de fornecer vida à humanidade, era o uso dele como propiciação ou expiação para o pecado; e visto que deveria ser feito sobre seu santo altar ou em seu assento de misericórdia, e não por se tomar diretamente o sangue no corpo humano; por conseguinte, compete a todos os adoradores de Jeová que buscam a vida eterna em seu novo mundo de justiça respeitar a santidade do sangue e ajustar-se aos decretos justos de Deus no que tange a este assunto vital.”
A posição cristã sobre as transfusões de sangue tinha agora sido claramente definida. Samuel Muscariello viu-se confrontado com uma prova de integridade sobre este assunto. Blosco Muscariello nos conta: “Pouco depois de sair da prisão [onde foi confinado por sua neutralidade cristã], meu irmão mais moço, Samuel, contraiu uma espécie de infecção de estreptocócica na garganta que resulta em intoxicação urêmica. Os médicos prescreveram uma operação — com transfusão de sangue, naturalmente — dando-lhe no máximo dois anos de vida sem a operação e o sangue. Sam lhes deu as costas e se foi. Isto foi no ano de 1947. . . . Além da declaração da Sentinela [uma que haviam especialmente observado] as palavras do [visitante] irmão Sullivan à prisão continuavam a ressoar em nossos ouvidos . . . ‘tomar sangue é errado’. Em exatamente dois anos, Sam foi reconduzido ao hospital, à morte. Sob pressão, dirigi-me ao seu leito e disse-lhe: ‘Sam, eles lhe querem dar sangue.’ Meio tonto devido aos remédios, meio inconsciente, tentou levantar-se da cama [para evitar receber sangue, que jamais lhe foi administrado] . . . nossa família, embora entristecida [com sua morte], ficou fortalecida pelo modo de pensar claro e a integridade de Sam a Jeová, até a morte.”
No início da década de 1950, tomou vulto uma questão relacionada à recusa das testemunhas de Jeová de aceitar transfusões de sangue. Em 18 de abril de 1951, o estado moveu um processo, em Chicago, Ilinóis, para retirar uma criança de junto dos pais, de modo que os médicos pudessem dar-lhe uma transfusão de sangue. Cheryl Labrenz, de 6 dias, possuía uma doença rara, segundo se dizia, em que seus glóbulos vermelhos estavam sendo destruídos. Segundo os médicos, ela morreria se não recebesse uma transfusão de sangue. Como testemunhas cristãs de Jeová, os pais dela, Darrell e Rhoda Labrenz, consideravam corretamente a transfusão de sangue uma violação da lei de Deus e, assim, puseram-se a ela. Estavam preocupados com o bem-estar eterno de seu bebê, pois a vida eterna é a perspectiva apenas dos que aderem às leis de Deus. Mas, por mandado judicial, administrou-se sangue a Cheryl, apesar dos protestos dos pais dela.
O processo Labrenz não foi senão um capítulo inicial do que se tornaria longa narrativa. Por mais de duas décadas agora, as testemunhas de Jeová têm estado em foco devido a mostrarem respeito pela lei de Deus sobre o sangue. Marie M. Greetham se lembra bem do que aconteceu ao irmão dela Dan Morgan. Como paciente de câncer em fase final, por três vezes foi mandado embora dum hospital de veteranos na cidade de Nova Iorque por rejeitar intransigentemente transfusões de sangue. Quando baixou ao hospital pela quarta vez, ainda se recusou a aceitar sangue. A irmã Greetham nos conta: “Isto aconteceu em agosto de 1951, e Dan morreu em outubro de 1951, com 54 anos. Dan era tão pacífico e feliz. Apenas quatro dias antes de morrer, explicou a outra irmã como, muito em breve, fecharia os olhos, mas sentia-se felicíssimo por ter sido fiel e que sua recompensa era grande sendo um dos do ‘pequeno rebanho’ dos seguidores de Cristo.” — Luc. 12:32; Rev. 2:10.
Mas, é inevitável a morte porque alguém rejeita uma transfusão de sangue? Certamente que não! Considere o caso de Gladys Bolton. Seu médico lhe disse que ela tinha um aneurisma na artéria principal que ia para o baço e que o baço tinha de ser removido. Ela concordou com a operação, sob a condição de não lhe serem ministradas quaisquer transfusões de sangue. Embora surpreso, o médico ouviu a explicação dela e observou que ela não tinha objeções, a um ‘substituto do sangue’. Ele concordou em operá-la sem usar sangue, e isto foi feito em 21 de maio de 1959. Antes de ser possível remover o baço, porém, a artéria rompeu-se e a irmã Bolton perdeu mais de 70 por cento de seu sangue. Embora os médicos e as enfermeiras na sala de cirurgia clamassem por sangue, o médico dela manteve sua promessa. Ela ficou inconsciente por duas semanas, e numa tenda de oxigênio por três, sofrendo uma complicação após outra, mas o médico era muito atencioso e gradualmente, a irmã Bolton foi melhorando. Escreve ela: ‘Certo dia, quando estávamos a sós, ele disse: ‘Sra. Bolton, jamais abandone seu Deus Jeová. Segundo toda a história e registros médicos a Sra. já deveria estar morta. Ninguém jamais perdeu tanto sangue e conseguiu viver!’ Respondi-lhe: ‘Doutor Davis, não tenho nenhuma intenção de abandonar a Jeová, mas as testemunhas de Jeová não ensinam a cura divina hoje em dia. Apreciamos os bons médicos e as boas enfermeiras, e os senhores todos trabalharam arduamente para me manter viva. No entanto, porque obedecemos à ordem de Jeová a respeito do sangue todos nós fomos abençoados.’ Ele parecia feliz com a minha resposta e me agradeceu.” A irmã Bolton teve alta do hospital em 1.º de julho de 1959.
Através dos anos, Jeová Deus tem feito graciosamente provisões abundantes para os que desejam aderir à sua lei sobre o sangue. Neste fluxo constante de ajudas espirituais é preciso incluir o folheto de 64 páginas O Sangue, a Medicina e a Lei de Deus, publicado em 1961. Já o usou para considerar este assunto vital com seu médico?
PROMOVENDO A ADORAÇÃO VERDADEIRA
Os servos de Jeová sabem que, se hão de usufruir o favor divino precisam empenhar-se na adoração pura e imaculada. (Tia. 1:27) Precisam ser moral e espiritualmente limpos. (Isa. 52:11; 1 Cor. 6:9-11) Corretamente, tais pontos têm sido sublinhados por meio de discursos nas assembléias, artigos da Sentinela e coisas semelhantes, em especial nos anos relativamente recentes, à medida que o mundo em geral mergulhou cada vez mais fundo no atoleiro da degradação moral.
Em 1951, os paladinos da adoração verdadeira aprenderam algo de significativo sobre o termo “religião”. Alguns deles bem que poderiam lembrar-se de 1938, quando, às vezes, portavam o letreiro que dava em que pensar, “A Religião É Laço e Extorsão”. Do seu ponto de vista, então, toda “religião” era anticristã, provindo do Diabo. Mas, A Sentinela de 15 de março de 1951 em inglês (setembro de 1952 em português) aprovava o uso dos adjetivos “verdadeira” e “falsa” com relação à religião. Ademais, o absorvente livro Que Tem Feito a Religião Pela Humanidade? (publicado em 1951, e lançado na Assembléia “Adoração Limpa” no Estádio Wembley, Londres, Inglaterra), tinha o seguinte a dizer: “Considerada na maneira em que é usada, ‘religião’ na sua definição mais simples significa um sistema de adoração, uma forma de adoração, sem tomar em conta se é adoração verdadeira ou falsa. Isto concorda com o significado da palavra hebraica correspondente, ’a.boh.dáh, que literalmente significa ‘serviço’, não importa a quem seja prestado.” Depois disso, as expressões “religião falsa” e “religião verdadeira” tornaram-se comuns entre as testemunhas de Jeová.
O povo de Deus estava determinado a praticar a religião verdadeira e a permanecer moral e espiritualmente limpo para o serviço de Jeová. Isto foi sublinhado de forma especial em A Sentinela de 1.º de março de 1952 em inglês (dezembro de 1952 e janeiro de 1953 em português), que continha os artigos altamente significativos: “Manter Limpa a Organização”, “A Desassociação É Correta” e “O Pecado Que Impossibilita o Restabelecimento”. Esta revista mostrava ser correto expulsar um malfeitor batizado impenitente da congregação cristã. (1 Cor. 5:1-13) Se o pecador se arrependesse mais tarde, foi indicado, era possível a sua readmissão. — 2 Cor. 2:6-11.
Esta não era a primeira vez que A Sentinela tinha mencionado a expulsão dos pecadores impenitentes da congregação. De 1952 em diante, porém, a necessidade de se manter a limpeza espiritual da congregação cristã mereceu especial destaque. O passar dos anos também trouxe crescente conscientização de que era essencial o tratamento misericordioso dos arrependidos. (Tia. 2:13) Amiúde, contudo, os superintendentes realizaram a restauração espiritual dos que erraram antes de os assuntos se terem deteriorado ao ponto em que era necessária a expulsão da congregação. — Gál. 6:1.
Os cristãos não se associam com pessoas desassociadas num espírito de fraternidade. Nem toleram a iniqüidade entre eles mesmos. Mas, e se os desassociados abandonarem seu proceder errado? Bem pertinentes nessa questão são os artigos “A Misericórdia Divina Indica aos Errantes o Caminho de Volta” e “Mantenha um Conceito Equilibrado Sobre os Desassociados”, publicados em A Sentinela em inglês de 1.º de agosto de 1974 (em português, 15 de novembro de 1974). Estes mostram que tais desassociados podem obter verdadeiro encorajamento para restabelecer-se na vereda da vida.
Vários discursos nas assembléias desempenharam um papel nada insignificante em manter a organização limpa. Por exemplo, L. E. Reusch menciona em especial o discurso da assembléia de 1964, “Manter Pura e Casta a Organização de Servos Públicos”, proferido por F. W. Franz. Diz o irmão Reusch: “Fez a ilustração de uma jovem de virtude fácil como sendo semelhante a uma toalha imunda dum banheiro público. A linguagem franca e direta sobre a moral declarava as coisas de modo claro. . . . quão maravilhosamente apropriada era essa ocasião — conselho sábio em preparação para o declínio avassalador da moral desde então!”
A corrente de sólidos conselhos bíblicos tem continuado sem diminuir através dos anos. Falando-se em sentido espiritual, as publicações têm mostrado ao povo de Jeová a vereda correta em que andar.
EXPANSÃO DO TESTEMUNHO DO REINO
Na década de 1950, esforços pronunciados foram feitos para se expandir a obra de declarar a mensagem do Reino. Com efeito, um passo muito significativo foi dado em 1951. Falando numa assembléia em Washington, D. C., em outubro de 1951, o irmão Knorr revelou que cerca de 50 por cento dos condados nos Estados Unidos (1.469 dos 3.602) estavam inteiramente sem ser trabalhados ou só recebiam testemunho parcial. Mas, isto mudaria. Publicadores e pioneiros regulares seriam designados a trabalhar nestes territórios durante junho, julho e agosto de 1952. Isto foi acolhido com entusiásticos aplausos. Similar trabalho em territórios isolados tem sido executado até os nossos tempos.
Outro passo notável na promoção do testemunho do Reino foi assinalado pelas Assembléias de Distrito da “Sabedoria Vitalizadora” de 1957. Escreve Marie Gibbard: “Nesta ocasião, ouvimos pela primeira vez a expressão ‘servir onde há mais necessidade’. As famílias poderiam, com efeito, fazer um serviço semelhante ao dos missionários. Este era um novo conceito de serviço que abria as portas da oportunidade a pessoas e famílias que não podiam beneficiar-se do treinamento da Escola de Gileade e entrar no campo missionário formal.”
Muitos cristãos que se mudaram para locais nos Estados Unidos ou no exterior onde havia mais necessidade de pregadores do Reino do que em suas congregações anteriores, puderam encorajar e edificar seus concrentes, ajudar pessoas novas a obter conhecimento da verdade de Deus ou até mesmo partilhar no estabelecimento de uma congregação.
APRENDENDO A SER MELHORES PREGADORES DAS BOAS NOVAS
“Todos deveriam poder pregar as boas novas de casa em casa”, declarou o irmão Knorr, citando que isso era um objetivo primário entre os cristãos. Teceu essa observação em 22 de julho de 1953, na internacional Assembléia da Sociedade do Novo Mundo. As testemunhas de Jeová haviam usado discos de fonógrafo e cartões de testemunho para pregar as boas novas nos anos passados, mas isso não estava sendo feito então. Todavia, havia necessidade de mais treinamento. Ao falar ele sobre o assunto “A Obra Principal de Todos os Servos”, o irmão Knorr anunciou novo programa de treinamento de casa em casa. Os servos (superintendentes) de circuito e de distrito teriam muito que ver com isso, mas todos os servos designados nas congregações prestariam ajuda, de modo que cada publicador do Reino pudesse tornar-se um proclamador regular de porta em porta das boas novas. Ao passo que visitassem uma congregação, o servo de circuito escolheria pregadores experientes de casa em casa para trabalhar com os novos e inexperientes no programa de treinamento. Esta provisão de longo alcance para habilitar mais testemunhas cristãs teve seu início em 1.º de setembro de 1953, e logo estava em pleno andamento.
“O programa de treinamento . . . era algo excelente, diz James W. Filson. “Alguns que eram tímidos foram ajudados a ampliar-se. Alguns que achavam que só podiam fazer uma coisa, tal como o serviço com revistas, foram ajudados a tentar ter parte nas outras fases [do serviço de Deus]. Ao tentarem ajudar outros, muitos melhoraram suas próprias habilidades.”
BRANDINDO COM INTREPIDEZ A “ESPADA DO ESPÍRITO”
Os cristãos precisam estar habilitados a brandir “a espada do espírito, isto é, a palavra de Deus”. (Efé. 6:17) Nisto, o programa de treinamento foi de grande ajuda. Com o passar do tempo, vários esboços de sermões sugeridos de três a oito minutos de casa em casa, e de dez a quinze minutos para revisitas foram publicados pela Sociedade Torre de Vigia, (EUA) no boletim mensal de instruções de serviço, o Informante, e em seu sucessor, o Ministério do Reino. Algumas Testemunhas verificaram mais tarde ser mais fácil ou mais conveniente usar sermões breves baseados em um texto, tais, como Isaías 2:4 ou João 17:3.
Para Walter R. Wissman, o proferimento de sermões bíblicos no testemunho de casa em casa e nas revisitas “foi um marco em nosso progresso teocrático”. Cada vez mais o público identificou o povo de Deus com a Bíblia. R. D. Cantwell observa: “Não demorou muito até que se fazia cada vez menos a velha acusação à porta, de que as testemunhas, de Jeová eram ‘vendedores de livros’.”
“Que grande melhora fizemos em nosso serviço de casa em casa!”, exclama Myrtle Strain. “Não existe mais a necessidade de um cartão para entregar às pessoas para ler, nem é necessário tocar um disco, ou entrar e passar uma hora falando-lhes o esboço inteiro do propósito de Deus. Agora todos aprendemos como proferir breve sermão às portas bem preparados com um tema estabelecido, apoiado por dois, ou três textos destacados. Podemos usar muitos sermões curtos todos baseados em textos importantes e oportunos. Ademais estamos ansiosos de atrair o morador à conversa.” Quer aceitem a mensagem quer não, as pessoas recebem assim um testemunho.
EXPONDO A FALSA LUZ
Ao passo que as testemunhas de Jeová se tornavam mais proficientes em usar as Escrituras Sagradas às portas das pessoas, não perderam nada do entusiasmo ardente que caraterizara suas atividades nos anos passados. Assim, no início de 1955, as testemunhas de Jeová galhardamente declararam uma mensagem que expôs a falsa luz espiritual.
No domingo, 3 de abril de 1955, intrépida proclamação do julgamento foi proferida contra a cristandade, e, com efeito contra o inteiro sistema da religião falsa. Fez-se isso pelo proferimento simultâneo dum discurso público, por oradores cristãos, em muitas línguas através da terra. Esse poderoso discurso intitulava-se “A Cristandade ou o Cristianismo — Qual É ‘a Luz do Mundo’?” foi ouvido por mais de meio milhão de pessoas.
Os servos de Jeová estavam ansiosos de deixar as pessoas, saber que a cristandade é uma luz falsa. Com o tempo, a Sociedade Torre de Vigia satisfez a grande demanda desta mensagem em forma de folheto, publicando 22.000.000 de exemplares em trinta idiomas. Ansiosos de participar em sua distribuição, milhares de publicadores novos participaram no serviço de campo pela primeira vez durante abril de 1955. Nesse mês, atingiu-se em todo o mundo um auge de todos os tempos de 625.256 publicadores do Reino. Em fins de julho de 1955, as testemunhas de Jeová enviaram cartas e estes vigorosos folhetos aos clérigos e às editoras.
“O VERBO” — QUEM É ELE?
A exposição da falsa luz da cristandade por certo não foi apreciada por muitos clérigos, mas, eles ainda não tinham recebido sua última mensagem das testemunhas de Jeová. De jeito nenhum! Muitos clérigos negavam a inspiração divina das Escrituras Sagradas. Outros afirmavam defender a Bíblia mas ensinavam doutrinas que desonram a Deus. A Trindade se acha entre estes ensinos falsos. Neste respeito — quer tenham gostado quer não — os clérigos receberam uma mensagem das testemunhas cristãs de Jeová em fins de 1962.
Veio em forma de um folheto de 64 páginas intitulado “‘O Verbo’ — Quem É Ele Segundo João?”. Nele a doutrina da Trindade foi exposta como sendo falsa além de qualquer negação. Programou-se a distribuição especial do folheto para novembro de 1962. Os proclamadores do Reino não só o ofereceram em seu trabalho de casa em casa. Enviaram pelo correio a cada clérigo católico e protestante um exemplar, junto com uma carta acompanhante preparada pela Sociedade Torre de Vigia (EUA). Assim deu-se tremendo testemunho identificando-se o “Verbo” de João 1:1 como sendo, não Deus, mas o Filho de Deus, Jesus Cristo, em sua existência pré-humana.
ASSEMBLÉIAS EM MOVIMENTO
As assembléias regulares do povo de Deus contribuíram imensamente para se criar a necessária coragem para a obra de pregação. Algumas delas foram incomuns em sentido especial. Foram assembléias em movimento, alguns delegados viajando de lugar em lugar, até mesmo ao redor do mundo. Que efeito unificador tiveram tais reuniões! Os cristãos em um país talvez possam ler sobre as atividades e as experiências de seus concrentes em outros países. Mas conhecê-los e partilhar sua companhia — mesmo quando existem barreiras lingüísticas — é deveras uma experiência notável. Embora talvez não se possam comunicar na mesma língua, quando o povo de Deus, de diferentes formações nacionais e raciais, se reúne, deveras falam uma só língua, a “língua pura” da verdade que Deus deu graciosamente a todos os que o amam na terra. — Sof. 3:9.
Digno de nota, entre os congressos em movimento foi a Assembléia do “Reino Triunfante” das Testemunhas de Jeová em 1955. Em apenas dez semanas, treze assembléias foram realizadas nos Estados Unidos e no exterior, e muitos congressistas viajaram para as várias reuniões. Uma publicação disse que este era “provavelmente o maior movimento em massa de estadunidenses por toda a Europa desde a invasão aliada durante a Segunda Guerra Mundial”.
A Sociedade Torre de Vigia (EUA) havia fretado 42 aviões e dois navios (o Arosa Kulm e o Arosa Star). Estes navios eram realmente salões flutuantes de congresso, visto terem sido organizados programas espiritualmente edificantes, todo dia, para o benefício dos passageiros.
Um dos locais europeus de assembléia foi o Zeppelinwiese em Nurembergue, onde 107.423 pessoas se reuniram. “Nós, nos Estados Unidos, ficamos jubilantes”, afirma C. James Woodworth, “de saber que no próprio lugar em que Hitler havia gritado ‘aniquilação’ para as testemunhas de Jeová, tais pessoas cristãs realizaram a maior de todas as suas Assembléias do ‘Reino Triunfante’! Onde estava Hitler?”
CONGRESSO AO REDOR DO MUNDO
Para o povo de Jeová, algo mui significativo começou em Milwaukee, Wisconsin, em 30 de junho, e terminou em 8 de setembro de 1963, em Pasadena, Califórnia. Esta foi a Assembléia “Boas Novas Eternas” das Testemunhas de Jeová — em realidade um congresso ao redor do mundo, realizado em mais de 24 cidades. Ao todo, 583 congressistas fizeram um giro ao redor do globo. Os vários viajantes, tomando rotas ligeiramente diferentes, reuniram-se com as multidões de concrentes em cidades tais como Londres, Estocolmo, Munique, Jerusalém, Nova Delhi, Rangoon, Bancoc, Cingapura, Melbourne, Hong-Kong, Manila, Seul e Honolulu.
Muitos congressistas da assembléia de Londres visitaram o Museu Britânico. Ali, entre outras coisas, viram a Crônica de Nabonido, que ajuda a datar a queda de Babilônia em 539 A. E. C. Interessante, também, foi um fígado de barro, usado para adivinhação na religião babilônica. — Compare com Ezequiel 21:21.
Os congressistas que viajaram para as terras bíblicas visitaram muitos locais de significado bíblico. Quando viram os famosos cedros do Líbano, as planícies de Moabe, ou o Vale de Hinom, aumentou seu apreço pela Palavra de Deus.
Quando os congressistas viajantes chegaram ao Extremo Oriente, viram ali, como em outras partes, os efeitos da influência religiosa de Babilônia. Em Wat Po, em Bancoc, os congressistas viram um símbolo fálico, diante do qual as mulheres estéreis oravam, na esperança de ter filhos. Murais observados na budista Wat Sakhet, também naquela cidade, representavam tanto o Nirvana como um inferno de tormento. As similaridades entre o Inferno de Dante e o que os congressistas viram representado ali tornavam inequívoca a origem comum das duas idéias religiosas.
Observar tais modalidades da adoração falsa deu significado maior ao estimulante discurso da assembléia “A Execução do Julgamento Divino Sobre a Religião Falsa”. Durante esse discurso os ouvintes foram levados de volta à antiga Babel (Babilônia). Quando Deus confundiu a linguagem dos construtores da torre daquela cidade, eles se mudaram para outras terras, levando com eles sua religião impura. Veio a ser praticada em várias línguas e, assim, um império mundial da religião falsa veio a existir. Por causa de sua origem em Babilônia, o livro bíblico de Revelação a chama de “Babilônia, a Grande”. (Rev. 18:2) Foi relacionado a esse discurso emocionante que os congressistas obtiveram o novo livro de 704 páginas, em inglês, “Caiu Babilônia, a Grande!” O Reino de Deus já Domina! Sendo, na realidade, dois volumes em um só, sua primeira seção considera a relação da antiga Babilônia com o povo de Jeová; a Segunda Parte inclui uma análise, versículo por versículo, de Revelação, capítulos 14-22.
AJUDAS VISUAIS AJUDAM A FAZER DISCÍPULOS
Nos meses após a assembléia, a Sociedade concluiu um filme que movia as pessoas a refletirem. “Poderoso!” “Inspirador!” “Revelador!” “Chocante!” Estas eram reações típicas diante deste filme colorido de duas horas de duração, “Proclamando as ‘Boas Novas Eternas’ ao Redor do Mundo”. Este filme destaca as Assembléias “Boas Novas Eternas” de 1963, ao redor do globo, onde um total de 580.509 pessoas se reuniram para ouvir o destacado discurso público “Quando Deus For Rei Sobre Toda a Terra”. Mas, este filme não era simples relato de viagem. Mostra claramente que uma cidade agora em ruínas influi na vida de milhões de pessoas atualmente. Dessa cidade — antiga Babilônia — surgiram símbolos e cerimônias que permearam o modo de vida de quase todos os habitantes da terra. Sublinhava a urgência de se abandonar Babilônia, a Grande. Representava-se o calor e o amor dos verdadeiros cristãos, conforme demonstrados em suas assembléias ao redor do mundo. Os espectadores podem ver que há uma organização com a qual devem associar-se, ao sair de Babilônia, a Grande. Assim sendo, insta-se com os que amam a justiça a abandonar o império mundial da religião falsa e associar-se com os adoradores de Jeová. — Rev. 18:4, 5.
Em 1963, a Sociedade Torre de Vigia (EUA) já estava usando filmes modernos por uma década, como ajudas visuais para se fazer discípulos. Ora, depois da assembléia internacional de 1953, a Sociedade lançou o filme absorvente “A Sociedade do Novo Mundo em Ação”. Era o primeiro filme produzido pela Sociedade desde o “Fotodrama”, cerca de quarenta anos antes. Este filme de uma hora e vinte minutos resultou ser poderoso instrumento em familiarizar os espectadores com a magnitude da organização terrestre de Deus, a tremenda quantidade de trabalho produzido pela família de Betel, a atividade das testemunhas de Jeová em geral, seus grandes congressos e o modo suave e eficaz em que funcionava a sociedade do Novo Mundo. H. A. Cantwell declara: “Era um meio maravilhoso de se ajudar os recém-interessados a ver quão ampla e extensiva é a organização.”
“A Felicidade da Sociedade do Novo Mundo” e “Assembléia Internacional da ‘Vontade Divina’ das Testemunhas de Jeová” eram filmes lançados pela Sociedade depois dos congressos enormes de 1955 e 1958. Os servos de Jeová também usaram os filmes como meio de contra-atacar a filosofia de “Deus está morto”. Em 1966, a Sociedade Torre de Vigia (EUA) produziu o absorvente filme colorido “Deus não Pode Mentir”. Este filme edificante da fé provava que Deus está vivo e que desenvolve seu propósito para com a terra e o homem. Filmes coloridos, entremeados de notáveis ilustrações a cores, ajudaram as assistências a visualizar os principais acontecimentos bíblicos e a captar seu significado para os nossos dias. “Apreciei o filme”, disse certa pessoa, “especialmente porque usava eventos históricos que eram o cumprimento de profecias bíblicas, como prova de que ‘Deus não Pode Mentir’. Por exemplo, as várias ruínas mostradas existem para quem quiser ver que Deus não mentiu. Vê-las me fez mais seguro de que Deus não mentiu a respeito do que Ele disse que ocorrerá agora e no futuro”.
O filme “Heritage” (Herança), também produzido pela Sociedade Torre de Vigia (EUA) em 1966, tratava das várias tentações que os jovens confrontam hoje. No entanto, Angelo C. Manera Jr., observa que mostrava “o que os jovens da sociedade do Novo Mundo estavam fazendo e como venciam tais tentações e seguiam um proceder cristão”. Era ímpar no sentido de possuir trilha sonora, diferente dos outros filmes recentes, produzidos pela Sociedade, e foi exibido por muitas estações de televisão. Assim, milhares o viram em suas casas. “Herança” também foi apresentado nas assembléias de circuito e em outras reuniões públicas.
Nos anos recentes, os superintendentes de circuito apresentaram programas de diapositivos nas reuniões públicas ao visitar as congregações do povo de Deus. O primeiro destes começou a ser exibido em setembro de 1970. Intitulado, “Visita à Sede Mundial das Testemunhas de Jeová”, visava familiarizar as pessoas com a organização de Deus dum modo a motivá-las a tomar ação correta. Outra destas apresentações de diapositivos — “As Igrejas Vistas de Perto” — ajudou as assistências a compreender que as igrejas da cristandade não são lugar para os que amam a verdade e a justiça. Não só as faria desejar dissociar-se do império mundial da religião falsa; provavelmente também as motivaria a participar em ajudar outros a fugir de Babilônia, a Grande. Estes são apenas exemplos de apresentações de diapositivos pelos superintendentes de circuito, como ajudas visuais para transmitir instrução bíblica.
ALGO NOVO E EMOCIONANTE!
“Escute as Palavras de Daniel Para os Nossos Dias”. Lembra-se dessa parte das Assembléias de Distrito “Filhos da Liberdade de Deus”? À medida que os congressistas a ouviam, ocorreu algo surpreendente. Diferentes vozes surgiram através dos alto-falantes, representando a Daniel, os três fiéis hebreus — até mesmo anjos. Houve o som de música, e os três hebreus tiveram uma oportunidade final de curvar-se diante da imagem de ouro erguida por Nabucodonosor na Planície de Dura. Firmemente, contudo, mantiveram sua integridade, recusando a curvar-se, e sentiram a libertação da parte de Jeová. — Dan. cap. 3.
Eis aqui um modo novo e diferente de transmitir instrução bíblica. As assistências das assembléias sentiram como se tivessem sido transportadas para a antiga Babilônia. Sentiram emoções similares diante da apresentação intitulada “Observe a Perseverança de Jeremias, Necessária em Nossos Dias”. Deveras, os congressistas “observaram” realmente a perseverança de Jeremias. Um drama bíblico, com atores em trajes típicos, representando a vida e os tempos daquele profeta hebreu, da antiga Jerusalém, desenrolou-se diante de seus próprios olhos. O impacto dramático foi aumentado ainda mais por efeitos sonoros. Todos os assistentes ficaram muito mais cônscios da provação de Jeremias e de sua fidelidade — sozinho diante de uma multidão que clamava por sua vida. Como isto enfatizou a confiança que os adoradores de Jeová tinham de ter em seu Deus! E como ficaram impressionados com a necessidade de perseverarem no serviço de Deus, até mesmo em face da morte!
O ano de 1966, então, foi o início de algo — nova forma de ensinar nas assembléias do povo de Deus. Através dos anos desde 1966, dramas bíblicos têm sido particularidade regular das grandes assembléias do povo de Jeová. Não raro estas demonstrações foram apresentadas anteriormente nas formaturas da Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia, os estudantes representando pessoas dos tempos antigos e modernos.
Considerando as bênçãos e os benefícios destas dramatizações, James W. Filson observa: “Acho que os dramas bíblicos têm sido excelentes ajudas para inculcar em nós as lições e os conselhos do registro bíblico.” Com efeito, alguns foram movidos pelos dramas das assembléias a confessarem seus erros e a procurarem ajuda espiritual. — Pro. 28:13; Tia. 5:13-20.
PALADINOS DO REINO DE DEUS E DE NENHUM OUTRO GOVERNO
As testemunhas cristãs de Jeová prestam sua lealdade ao reino de Deus. Repetidas vezes, através dos anos, demonstraram isso. Por exemplo, voltemos a mais de um quarto de século atrás, à terça-feira, 1.º de agosto de 1950 — ao “Dia da Devoção Teocrática” na Assembléia Aumento da Teocracia das Testemunhas de Jeová. Em seu discurso, “O Aumento de Seu Governo”, o irmão Knorr apresentou volumosa evidência expondo como inteiramente falsa uma acusação feita pelos adversários religiosos de que as testemunhas de Jeová apoiavam o comunismo. Não só vários departamentos do governo dos Estados Unidos se recusaram a colocar as Testemunhas na lista de subversivos e de simpatizantes do comunismo, mas o próprio registro publicado da Sociedade Torre de Vigia (EUA) desde 1879 provava de modo definitivo que os servos de Jeová são contra o comunismo. Meridianamente, o irmão Knorr mostrou que o verdadeiro cristianismo não pavimenta o caminho para a ascensão e o crescimento do comunismo ateus, porém, o cristianismo hipócrita o faz! Foi depois dessa mensagem que o presidente da Sociedade propôs uma declaração e resolução contra o comunismo, que foi entusiasticamente adotada pela assistência do congresso de 84.950 pessoas.
Poucos anos depois, em 1956 e no início de 1957, 462.936 congressistas, em 199 assembléias das testemunhas de Jeová de junho de 1956 a fevereiro de 1957, adotaram unanimemente uma petição. De cada assembléia, tal petição foi enviada a Nikolai A. Bulganin, então primeiro-ministro da U. R. S. S. A petição descrevia o brutal tratamento recebido pelas testemunhas de Jeová na Rússia e na Sibéria. Pedia que as Testemunhas encarceradas fossem libertadas e autorizadas a organizar-se, e solicitava que lhes fosse permitido estabelece relações regulares com seu Corpo Governante e que lhe fosse permitido publicar e importar publicações bíblicas. A petição atraiu as atenções para a obra de pregar o Reino feita pelas testemunhas de Jeová, ao passo que refutava haver quaisquer interesses ou afiliações políticas de sua parte. Ademais, a petição propunha uma palestra entre representantes da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (EUA) e os do governo russo. Sugeria que uma delegação das Testemunhas tivesse permissão de dirigir-se a Moscou com tal intuito, bem como para visitar os vários campos em que as testemunhas de Jeová estavam internadas.
Em 1.º de março de 1957, uma petição conjugada foi assinada e enviada ao governo russo pelos sete diretores da Sociedade Torre de Vigia (EUA). Os comunistas jamais responderam e nem acusaram seu recebimento de qualquer modo. Todavia as testemunhas de Jeová russas continuam a falar intrepidamente a Palavra de Deus como paladinos do reino de Deus e de nenhum outro governo.
Não só as testemunhas de Jeová têm sido intransigentes paladinos do reino de Deus; elas também trouxeram à atenção o fracasso do clero da cristandade neste respeito. Assim aconteceu que o povo de Deus, na sexta-feira 1.º de agosto de 1958, na Assembléia Internacional da vontade Divina, adotou uma resolução muitíssimo significativa. Instar-se com os congressistas a estar presentes naquela sessão da tarde, e 194.418 estavam a postos. Ouviram atentamente à medida que F. W. Franz, vice-presidente da Sociedade Torre de Vigia (EUA) falou sobre o assunto “Por Que Esta Assembléia Deve Resolver”. O irmão Knorr o seguiu no programa, apresentando vigorosamente uma resolução que expunha o clero da cristandade como a classe mais repreensível hoje na terra. O documento também reafirmava os princípios teocráticos do povo de Jeová, proclamava desassombradamente o reino de Deus por Cristo como único meio de salvação e fortemente declarava a determinação das testemunhas de Jeová de pregar sobre este reino em amor, paz e união, sem cessar, até que Jeová traga a um ponto final a obra de testemunho, no Armagedom. O irmão Knorr propôs que a resolução fosse adotada conforme fora lida, tal proposta foi apoiada, e, ao apresentar a questão à ampla assistência, houve um unânime brado de Sim!, em aprovação.
Com o tempo, 72.348.403 tratados, contendo esta resolução, foram impressos para distribuição mundial em 53 idiomas, a maior parte deste trabalho sendo feita em dezembro de 1958. A circulação extensiva destas informações também se deu quando a resolução e seu discurso introdutório foram publicados em A Sentinela de 1.º de novembro de 1958 em inglês (15 de janeiro de 1959, em português).
Foi eficaz tal distribuição? Deveras que foi! Exemplificando: Peter D’Mura escreve: “Na primavera setentrional de 1959, conheci um rapaz que se sentiu movido pela resolução a aprender a verdade, dedicar-se e, mais tarde, tornar-se pioneiro.” E comenta C. James Woodworth: “Alguns que agora são testemunhas ativamente dedicadas e batizadas de Jeová bem aqui nas congregações de Cleveland, Ohio, começaram a marchar para fora de Babilônia, a Grande, por lerem esta resolução e aceitarem a oportunidade de estudar a Bíblia.” — Rev. 18:4.
Os servos de Jeová tiveram excelente oportunidade de mostrar que eram paladinos do reino de Deus e de nenhum outro governo no ano de 1963, durante a Assembléia “Boas Novas Eternas” ao redor do mundo. Adotaram com entusiasmo uma resolução em que proclamavam seu reconhecimento de Jeová como o Soberano Eterno do universo e sua recusa em prestar adoração idólatra à imagem política, as Nações Unidas, como faziam as nações, conduzidas pelos espíritos iníquos invisíveis para o Armagedom. (Rev. 13:11-18; 16:14, 16) Antes, com a ajuda dos anjos sob Cristo e o espírito santo e a Palavra de Deus, as testemunhas de Jeová estavam determinadas a continuar declarando a todos os povos as “boas novas eternas” a respeito do reino messiânico de Deus e seus julgamentos. (Rev. 14:6) Depois de sua adoção por 454.977 pessoas na Assembléia “Boas Novas Eternas” ao redor do mundo, tal resolução foi adotada nas assembléias nacionais. Também, foi publicada em A Sentinela de 15 de novembro de 1963, em inglês, e em sessenta e seis línguas (15 de maio de 1964, em português), obtendo circulação mundial.
Com seu discurso introdutório, “Por Que Todos Nos Devemos Unir em Uma Resolução”, este documento de grande alcance abrangia em seu escopo todas as sete pragas de Revelação capítulo dezesseis. Por conseguinte, incluía as mensagens de julgamento inicialmente declaradas em sete resoluções sucessivas, e material relacionado, apresentadas nos congressos do povo de Deus de 1922 a 1928. Por isso, mediante esta resolução compreensiva, centenas de milhares de pessoas que não haviam tomado parte na adoção daquelas resoluções anteriores declararam-se publicamente a favor e como apoiando o derramamento das pragas de Jeová, profeticamente delineadas em Revelação, capítulo dezesseis. Mais uma vez, os servos de Jeová também deixaram bem claro que eram paladinos do reino de Deus e não de algum outro governo ou de qualquer arranjo político.
Nas Assembléias “Paz na Terra” de 1969, o soar das sete trombetas simbólicas, mencionadas em Revelação, capítulos 8-11, foi considerado no discurso “Tribulações Finais dos Inimigos da Paz com Deus”. A esse discurso seguiu-se poderosa Declaração, mostrando com vigor que a paz com o Criador só poderia vir por meio do Seu reino messiânico. Por adotar a Declaração, o povo de Jeová sustentou que os julgamentos de Deus são contra a cristandade. Proclamaram sua completa neutralidade no que tange a toda controvérsia política e deixaram bem claro que confiam inteiramente no reino de Deus e que não deixarão de pregá-lo a todas as nações até que venha o fim.
As testemunhas cristãs de Jeová mostraram novamente que eram paladinos do reino de Deus e não de algum outro governo em sua Assembléia Internacional “Vitória Divina”, realizada em vários lugares através da terra, de fins de junho de 1973 até janeiro de 1974. A intrigante parábola de Jesus sobre as minas ficou em foco em um dos discursos da assembléia — “Ganhe Riquezas Para o Novo Rei da Terra”. (Luc. 19:11-27) Depois desse discurso, o orador apresentou uma Declaração e Resolução, logo depois adotada pelos congressistas mediante retumbante Sim! Entre outras coisas, apontava que os Tempos dos Gentios, de 2.520 anos, começaram com a desolação da Jerusalém terrestre em 607 A.E.C. e chegara a seu cumprimento completo sobre a “Jerusalém celestial” onde Jesus Cristo foi instalado qual rei messiânico em 1914 E.C. (Heb. 12:22) Foi observado que o mundo da humanidade precisa de mais aviso da impendente “grande tribulação”. (Mat. 24:21) As testemunhas cristãs de Jeová resolveram continuar a ter fé na Vitória Divina, soando esse aviso, e proclamando o reino messiânico de Deus como panacéia para a humanidade aflita.
Por conseguinte, é um fato comprovado que os servos de Jeová são paladinos do reino de Deus e não de nenhum outro governo. São as boas novas desse reino que pregam em todo o mundo. Repetidas vezes, demonstraram sua lealdade ao reino messiânico de Deus e continuam a fazê-lo através da terra.
ALIMENTO ESPIRITUAL NO TEMPO APROPRIADO
Como é que as testemunhas cristãs de Jeová conseguiram manter sua posição firme quais defensores do reino de Deus? Como é que permaneceram “firmes na fé” enquanto outros perdem a fé? (1 Cor. 16:13) Isto foi possível por Jeová Deus ter graciosamente provido alimento espiritual no tempo apropriado mediante a classe do “escravo fiel e discreto”. — Mat. 24:45-47.
Considere a década de 1960 qual exemplo. Ventos da mudança religiosa e social sopravam então por todos os Estados Unidos. Tornava-se cada vez mais comum que muitos clérigos da cristandade considerassem partes da Bíblia como mitológicas. Também, para eles, seu código moral era antiquado. Ademais, alguns afirmavam que “Deus está morto”.
Ao ir passando a década de 1960, fatores sociais, psicológicos, políticos e econômicos provocaram a desordem racial até mesmo a violência, nos Estados Unidos. Exemplificando: o que foi denominado de “longo e quente verão” de 1964 testemunhou o assassínio de três trabalhadores em prol dos direitos civis em Mississípi, bem como a inquietação no Sul. As cidades do Norte também foram atingidas. Algumas foram assoladas por motins. Nos motins apenas de Los Ângeles de 11 a 16 de agosto de 1965, batalhas, saques e incêndios causados por turbas resultaram na morte de 35 pessoas e em danos calculados em US$ 200.000.000.
No meio de tais ventos de turbulência religiosa e social, as testemunhas de Jeová nos Estados Unidos e em outras terras continuaram confiando em Jeová e aderindo à sua Palavra. Ele, por sua vez, certificou-se de que fossem devidamente orientadas. Por exemplo, nas Assembléias de Distrito “Ministros Corajosos”, de 1962, elas se beneficiaram grandemente de discursos sobre “Sujeitai-vos — A Quem?”, “Sujeição às ‘Autoridades Superiores’ — Por Quê?” e tópicos relacionados. Mais tarde, naquele ano, tais informações vitais foram publicadas em A Sentinela. (Veja os números de 1.º de novembro até 1.º de dezembro, em inglês; em português, 1.º de junho a 1.º de julho.)
Tornou-se claro que as “autoridades superiores” ou “potestades” mencionadas em Romanos, capítulo treze, são as autoridades governamentais seculares, permitidas por Jeová em deter posições de responsabilidades nesta época. Instou-se com todos os servos hodiernos de Deus a ficar em sujeição relativa às autoridades superiores governamentais e não burlar as leis dos governos terrestres que não colidam com a lei de Deus. — Rom. 13:1-7; Atos 5:29.
“Quão sabiamente Jeová nos orientou em relação com os regentes políticos do mundo!”, exclama L. E. Reusch, acrescentando: “Como seria possível sabermos que 1964 veria a questão dos direitos civis fermentar e ferver, transformando-se em motins nas ruas e em desobediência civil, violenta e passiva? . . . Poderíamos ver-nos metidos no mesmo raciocínio do clero, que se envolveu em marchas, protestos e nas questões sociais do dia. Exatamente na hora certa, em 1962, na assembléias do verão [setentrional], fomos alimentados com ‘alimento no tempo apropriado’. [Mat. 24:45] . . . A sujeição, claramente relativa foi destacada e tem salvaguardado nossa posição perante Jeová e as autoridades políticas que Ele permite que existam até a regência do Reino de Cristo Jesus as remover.”
Sim, deveras, Jeová Deus tem fornecido alimento espiritual em abundância. Ora, olhe só para uma prateleira que contenha os livros publicados pela Sociedade Torre de Vigia (EUA) nos anos relativamente recentes! Há a publicação de 1958, ‘Seja Feita a Tua Vontade na Terra’, que trata do livro de Daniel. Uma consideração, versículo por versículo, do inteiro livro de Revelação, aparece nos livros “Cumprir-se-á, Então, o Mistério de Deus” e “Caiu Babilônia, a Grande! O Reino de Deus já Domina! Publicado em 1971, “As Nações Terão de Saber que Eu Sou Jeová” — Como?, considera a profecia de Ezequiel. E o cumprimento das profecias de restauração de Ageu e Zacarias é considerado do ponto de observação deste século vinte em O Paraíso Restabelecido Para a Humanidade — Pela Teocracia!
Ricas provisões espirituais têm sido feitas tanto para os idosos como para os jovens. Lá em 1958, o livro Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado foi publicado em linguagem simples e profusamente ilustrado. Em 1971, o livro de 192 páginas, Escute o Grande Instrutor contribuiu ainda mais para se evitar o ‘conflito de gerações’! Aqui está uma publicação destinada para os pais lerem com seus filhos. E a linguagem simples e as excelentes ilustrações do livro fazem com que os jovens sintam que é ‘para eles’.
ÊNFASE A FAZER DISCÍPULOS
Algumas das publicações cristãs disponíveis para o povo de Jeová visam em especial ajudá-lo a cumprir sua comissão de pregar as boas novas e fazer discípulos. (Mat. 24:14; 28:19, 20) “Seja Deus Verdadeiro” era um destes livros, publicado originalmente em 1946. Era uma ajuda em se lidar com as doutrinas bíblicas básicas. Daí, em 1950, o livro “Isto Significa Vida Eterna” fornecia informações sobre assuntos bíblicos mais profundos e sobre o modo de vida cristão. Considere também, o livro de 416 páginas, ‘Coisas em Que É Impossível que Deus Minta’, publicado em 1965. Como compêndio bíblico básico, resultou ser prestimoso instrumento nas mãos dos proclamadores do Reino.
Os servos de Jeová recebem constantemente as coisas de que carecem para sua obra de pregação e de fazer discípulos Relembrando as assembléias de distrito de 1967, C. W. Barber menciona algo que chama de “inovação”. Observa: “A organização de Jeová sempre provê novas emoções e alegrias. Desta vez era novo tipo de livro de campanha, um pequeno livro encadernado, intitulado ‘Veio o Homem a Existir por Evolução ou por Criação?’ . . . este deveria ser apresentado por 25 centavos de dólar. Desde sua introdução, era evidente que continha tremendo atrativo para todas as pessoas pensantes.”
Milhões de exemplares foram colocados pelos proclamadores do Reino no serviço de campo. Durante maio de 1968, fizeram-se esforços especiais de pô-lo nas mãos dos educadores, com excelentes resultados. Declara Marie Gibbard: “Um professor em White Plains, Nova Iorque, é hoje uma Testemunha batizada porque um estudante de 12 anos colocou um exemplar com ele e seu interesse continuou a ser cuidado.”
ALGO QUE INFLUENCIARIA A OBRA ADIANTE!
Outra inovação digna de nota surgiu em 1968. Quando A Sentinela anunciou as Assembléias de Distrito “Boas Novas Para Todas as Nações”, declarou: “Na sexta-feira, está planejado algo que não só o deleitará mas também sem dúvida o surpreenderá, pois terá considerável influência sobre a obra que estaremos fazendo durante os anos vindouros.”
Os servos de Jeová ficaram curiosos. O que poderia ser este novo acontecimento? A resposta veio depois do poderoso discurso básico: “As ‘Boas Novas’ de um Mundo sem Religião Falsa”. Em sua conclusão, novo compêndio bíblico de bolso de 192 páginas, foi lançado. Este livro, A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, foi recebido com grande deleite. “Quem É Deus?” “Onde Estão os Mortos?” “Por Que Permitiu Deus a Iniqüidade Até Hoje?” “Os últimos Dias Deste Sistema Iníquo de Coisas”, “Estabelecendo Uma Vida Feliz em Família”, A Adoração Verdadeira — Um Modo de Vida” — estes eram alguns dos absorventes capítulos do livro. A nova publicação envolveria o estudante de todo modo.
Mas, havia algo mais como surpresa reservada para os congressistas. O novo livro Verdade seria usado num programa de estudo bíblico de seis meses. Por causa da forma como esta publicação envolvia o estudante, em geral, por volta do tempo em que ele o terminava, ele tomaria alguma ação quer a favor quer contra a verdade. Não mais a testemunha de Jeová dirigiria estudos bíblicos com uma pessoa ano após ano sem que o estudante fizesse progresso espiritual definido agindo conforme o conhecimento obtido.
PROVISÃO BEM NA HORA
De 1960 a 1965, o total anual de batismo tinha sido pela casa de 60.000. Em 1966, contudo, o número dos imersos baixou para 58.904. Sob as circunstâncias, poder-se-ia bem perguntar: Está diminuindo de passo a obra? O tempo provou que não estava.
No ano de serviço de 1967, 74.981 pessoas foram batizadas. Era uma arrancada para o alto e fornecia renovada razão de otimismo. Daí, veio 1968, junto com o livro Verdade e o programa de estudo bíblico de seis meses. “Na mente de muitos” observa Edgar C. Kennedy, “estava intimamente relacionado com o anúncio, dois anos antes, de os 6.000 anos [da existência do homem na terra] terminarem em 1975.” C. W. Barber cita similarmente “a brevidade e a urgência dos tempos’’ chamando 1968 de “momento decisivo”, e declara: “Em toda a parte os irmãos se animaram e dedicaram-se a este método ‘mais fácil’ de disseminar as boas novas, com vigor. O número de publicadores começou a subir de novo em toda a terra. Os ouvintes começaram a se tornar fazedores da obra. . . . Na verdade, Jeová orientou a produção deste instrumento pequeno, porém poderoso, para fazer discípulos.”
O livro A Verdade Que Conduz à Vida Eterna tem tido assombrosa circulação. Sabia que acha-se agora publicado em noventa e um idiomas? Ademais, nos seis anos desde que foi lançado, 74.000.000 de exemplares dele saíram das prensas. Este compêndio bíblico tem ajudado a centenas de milhares de pessoas a obter conhecimento exato das Escrituras e ‘firmemente agarrar-se à palavra da vida’. (Fil. 2:16) Ao passo que o livro Verdade não é o único usado pelas testemunhas de Jeová quando estudam a Bíblia com as pessoas, sem dúvida a maioria dos 1.351.404 estudos bíblicos domiciliares que são atualmente dirigidos pelas testemunhas de Jeová nos lares das pessoas em todo o mundo se baseiam na excelente matéria bíblica encontrada nesta publicação.
DILÚVIO DE PUBLICAÇÕES QUE ANUNCIAM O REINO DE JEOVÁ
Atualmente, as boas novas do reino messiânico de Deus estão sendo pregadas através da terra. E o que desempenha parte nada insignificante nessa obra é o virtual dilúvio de publicações anunciando o reino de Jeová. Tome-se A Sentinela como exemplo. Certa vez conhecida como Torre de Vigia de Sião, sua edição original (a de julho de 1879) consistia apenas em 6.000 exemplares. Agora, em 1976, a impressão média de cada número é de mais de 9.800.000 exemplares em 78 idiomas.
Nos anos decorridos desde 1879, A Sentinela passou por algumas mudanças no nome e no formato. Originalmente era conhecida como A Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo. Atualmente, sua capa a identifica como A Sentinela, Anunciando o Reino de Jeová. Durante anos, as capas da Sentinela eram impressas em preto e branco. Daí, a partir do número de 1.º de janeiro de 1939, em inglês, introduziu-se nova capa colorida. O periódico tinha então páginas maiores e em número menor do que contém agora. O número de 15 de agosto de 1950, lançado na Assembléia Aumento da Teocracia das Testemunhas de Jeová, trazia diferente modelo de capa, contendo coloridas ilustrações, e aumentara de dezesseis para trinta e duas páginas. Tem A Sentinela contribuído para o aumento da Teocracia? Certamente que tem! Sem dúvida ficará surpreso de saber que, apenas do ano de serviço de 1942 até 1974, 2.836.041.443 exemplares de A Sentinela foram publicados!
Despertai!, revista companheira de A Sentinela, é a sucessora de Idade de Ouro e Consolação. Desde seu primeiro número — o de 22 de agosto de 1946 (em inglês) — Despertai! reflete a esperança segura no estabelecimento da justa nova ordem de Deus nesta mesma geração. Esta revista, também faz parte daquele grande dilúvio de publicações que anunciam o Reino. Ora, desde o ano de serviço de 1942 até o de 1974, 2.600.751.501 exemplares de Despertai! (e de Consolação) foram impressos!
Não se deve desperceber o dilúvio de livros encadernados que anunciam o reino de Jeová, inclusive o volume de 1973, Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos. Talvez lhe surpreenda saber que, do ano de serviço de 1942 até o de 1974, a Sociedade Torre de Vigia (EUA) imprimiu 352.513.470 livros encadernados em sua sede e por meio de outras gráficas congêneres através da terra.
EXPANSÃO DAS INSTALAÇÕES GRÁFICAS
Este fluxo sempre crescente de publicações bíblicas exigiu a expansão contínua das instalações gráficas da Sociedade Torre de Vigia (EUA), não só nos Estados Unidos, mas também em várias outras partes através da terra. Lá em 1927 foi que a Sociedade se mudou para sua moderna estrutura à prova de fogo, de concreto armado, na Rua Adams, 117, em Brooklyn, Nova Iorque. Tendo mais de 6.500 metros quadrados de espaço útil, esse prédio parecia mui espaçoso, mas a aceleração da obra de pregar o Reino e de fazer discípulos exigiu a expansão das instalações da Sociedade.
Um grande passo neste respeito foi revelado pelo irmão Knorr em 8 de agosto de 1946, na Assembléia Teocrática Nações Alegres. Informou à assistência do congresso que haveria a expansão da gráfica e do lar de Betel da Sociedade em Brooklyn. Assim, comprou-se o prédio adjacente à gráfica original, seus moradores mudaram e ele foi então demolido. As escavações para a nova gráfica começaram em 6 de dezembro de 1948, e a construção começou em janeiro de 1949. Quando terminou, este anexo de nove pavimentos quase que duplicou o espaço útil da gráfica. Em 1950, a gráfica da Sociedade na Rua Adams, 117, ocupava um quarteirão inteiro da cidade.
Em 1954, a Sociedade Torre de Vigia (EUA) terminou a construção de novo prédio na Avenida Bigelow, 4.100, em Pittsburgo, Pensilvânia. Grant Suiter diz: “Este prédio não é somente o escritório registrado da Sociedade, mas é o centro das reuniões anuais da sociedade de Pensilvânia, e há nele um Salão do Reino”, usado por certas congregações das testemunhas de Jeová. Uma das Escolas do Ministério do Reino também fora dirigida ali por vários anos, até 4 de maio de 1974.
Em meados de 1950, a obra de pregar o Reino aumentara grandemente de ritmo. Há alguns anos atrás, em 1944, a Sociedade imprimira 17.897.998 exemplares de A Sentinela e de Consolação (agora Despertai!). Em 1954, contudo, o total era de 57.396.810 exemplares. Por isso, era essencial a expansão das instalações da Sociedade em Brooklyn, Nova Iorque. Na primavera setentrional de 1955, portanto, iniciou-se a escavação de nova gráfica, e, em 1956, ficou pronta esta gráfica de treze pavimentos. Localizada na Rua Sands, 77, “O Prédio da Torre de Vigia”, como era chamado, tem mais de 17.830 metros quadrados de espaço útil, mais do que a gráfica da Rua Adams, 117, à qual está ligado por um pontilhão sobre a rua. Em 1958, a Sociedade comprou uma gráfica de nove pavimentos, num quarteirão adjacente, e este tem sido usado quase que exclusivamente para estocagem.
O número de proclamadores do Reino ultrapassou um milhão em todo o mundo em meados da década de 1960. De novo, o espaço da gráfica de Brooklyn da Sociedade tornou-se escasso. Assim, em 1966, num quarteirão adjacente a suas outras gráficas, iniciou-se a construção de outra grande gráfica. Essa estrutura de onze pavimentos, dedicada em 31 de janeiro de 1968, adicionou quase 21.000 metros quadrados de espaço útil ao complexo gráfico da Torre de Vigia. Já então os prédios das gráficas de Brooklyn da Sociedade, adequadamente interligados por pontilhões sobre as ruas, abrangiam quatro quarteirões.
Em fins de 1969, a taxa de expansão aumentou dramaticamente. Em 25 de novembro de 1969, o enorme complexo de dez prédios dos laboratórios farmacêuticos Squibb, em Brooklyn, foi comprado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Nova Iorque, Inc. Tal adquisição adicionou 58.786 metros quadrados de espaço útil às instalações da sede da Sociedade. C. W. Barber lembra-se de observar certa construção do complexo da Squibb há anos atrás. Embora a organização de Jeová tentasse obter os terrenos nesse mesmo local, a firma Squibb teve mais êxito em consegui-los. Segundo o irmão Barber, “a Squibb enfrentou muitas dificuldades, também, em encontrar base sólida para seus prédios, visto que o terreno era tão arenoso ali”. Adiciona: “Finalmente construíram um grupo de prédios de ótima aparência, e eu costumava pensar em quão bom seria se estes pertencessem à Sociedade. Vejam então, isso aconteceu mesmo!”
EXPANSÃO DO LAR DE BETEL MANTÉM O PASSO
À medida que as instalações gráficas da Sociedade Torre de Vigia (EUA) em Brooklyn se expandiam, houve correspondente necessidade de ampliação do lar de Betel. Por isso, em 1950, novo anexo do lar de doze pavimentos, foi concluído. Mas, a equipe da sede continuou a crescer. Assim, em 8 de dezembro de 1958, começou a demolição de velhos prédios no local do proposto anexo de Betel, um prédio na Columbia Heights em Brooklyn. A construção nele se iniciou em 1959 e não demorou muito até que se terminou um anexo de Betel de doze pavimentos. Sua dedicarão ocorreu na noite de segunda-feira, 10 de outubro de 1960, no lindo Salão do Reino do novo prédio. Estavam presentes os membros da família de Betel e os irmãos que haviam trabalhado na estrutura, perfazendo um total de 630 pessoas. A própria equipe da sede tinha aumentado de 355 em 1950 para 607 pessoas em 1960.
Em 1965, o local do lar de Betel — a área de Brooklyn Heights — foi designada o primeiro “Distrito Histórico” da cidade de Nova Iorque. Embora a Sociedade desejasse construir outro prédio residencial de doze pavimentos, cooperou com a Comissão de Preservação dos Lugares Históricos, e limitou sua construção. Permitiu-se que as partes da frente de três velhos prédios continuassem, e um lar de sete pavimentos foi construído em torno deles, e ligado a eles. Este novo prédio, em Columbia Heights, 119, foi dedicado em 2 de maio de 1969. Contíguo há um grande prédio de apartamentos de propriedade das testemunhas de Jeová, e grande parte dele tem sido usada para alojar membros da equipe da sede. Incidentalmente, no fim do ano de serviço de 1970, a família de Betel (inclusive os trabalhadores regulares e temporários em Brooklyn e nas fazendas da Sociedade) tinham aumentado para 1.449 pessoas. Adicionalmente, setenta estudantes da Escola de Gileade moravam então na sede, elevando o total para 1.519. Para ajudar a alojar tantas pessoas, a Sociedade alugou três andares do vizinho Hotel Towers.
CONTINUA A EXPANSÃO
Todavia, a expansão das instalações não se limitou a tais. acontecimentos. “Em 1964”, afirma Grant Suiter, “a Sociedade deu passos para a venda eventual de uma parte da propriedade da Fazenda do Reino, inclusive os prédios antes utilizados, pela Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia [perto de South Lansing, Nova Iorque]”. Anos depois, a venda foi concluída. Assim, o tamanho da fazenda foi reduzido.
No ínterim, a Diretoria da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Nova Iorque, Inc., comprara as instalações duma fazenda próxima de Pine Bush, Nova Iorque. A fazenda original, de 328 hectares ali, foi adquirida em 1963, tornando-se conhecida como Fazenda da Torre de Vigia. Construiu-se excelente prédio residencial ali, em 1968, e seguiram-se outras construções. Com o tempo, outra fazenda foi adquirida na vizinhança. Atualmente as duas Fazendas da Torre de Vigia cobrem mais de 687 hectares.
Nas Fazendas da Torre de Vigia, legumes, frutas, carne e laticínios são produzidos para alimentar os membros da equipe da sede da Sociedade. Ademais, entre as numerosas estruturas na fazenda N.º 1 há duas gráficas. A gráfica N.º 1 possui quatro rotativas, cada uma podendo imprimir 12.500 revistas por hora. Na gráfica N.º 2 há suficiente espaço para estocagem de papel e para quatorze outras rotativas, além de muitos outros equipamentos. Seis rotativas já se acham em operação ali, perfazendo um total de dez prensas nas duas gráficas. Quando concluídas, tais gráficas proverão cerca de 37.100 metros quadrados de espaço útil. Em outubro de 1974, mais de 460 trabalhadores regulares e temporários serviam nas Fazendas da Torre de Vigia.
A Sociedade Torre de Vigia (EUA) não expandiu suas instalações somente nos EUA. A expansão tem sido a palavra de ordem através da terra. As testemunhas de Jeová têm agora gráficas na África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá Filipinas, Finlândia, França, Gana, Inglaterra, Japão, Nigéria Suécia e Suíça. Efetivamente, o povo de Jeová possui 37 gráficas ao redor do mundo. E, de 1955 até agora, aumentaram o número de suas grandes rotativas em toda a terra, de nove para sessenta e quatro. Por certo, há instalações gráficas disponíveis para satisfazer a crescente demanda de publicações bíblicas.
Por que se empreendeu toda essa expansão ao redor do globo? É porque os que têm as responsabilidades de fazer tais decisões na organização de Jeová estão interessados em ajudar pessoas a obter conhecimento das Escrituras. Será esse seu objetivo também? Sem dúvida é, se for uma das testemunhas cristãs de Jeová. Os membros da equipe da sede partilham tais desejos. É por isso que têm trabalhado com diligência para produzir publicações bíblicas. Seus esforços combinados durante o ano de serviço de 1974 tornaram possível produzir, apenas nos Estados Unidos, 268.509.382 exemplares de A Sentinela e de Despertai!, bem como 13.874.957 folhetos, 45.189.920 livros e Bíblias, e 261.387.772 tratados.
A quem se deve dar o crédito por toda essa expansão teocrática? Isto não é o resultado de mero planejamento e ardentes esforços humanos. O crédito deve ser dado a Jeová Deus, que faz as coisas crescer. É Ele quem fez prosperar os esforços de seu povo em pregar as boas novas do Reino. — 1 Cor. 3:5-7.
ASSINALADO UM SÉCULO DE ORIENTAÇÃO DIVINA
Por volta do ano de 1970, passara-se um século desde que Charles Taze Russell e alguns associados começaram a reunir-se para estudo fervoroso, e com oração, das Escrituras. Através de todas essas décadas, os servos de Jeová usufruíram o esclarecimento espiritual e a direção divina. A octogenária Edith R. Brenisen tem estado associada com a organização de Jeová por um bom número desses anos. Ao assistir às Assembléias de Distrito “Homens de Boa Vontade”, em 1970, sentiu-se profundamente comovida. Escreve a irmã Brenisen: “Quando estava na assembléia de 1970, em Boston, e vi aquela enorme multidão no Parque Fenway, lembrei-me do primeiro congresso de um só dia a que compareci em 1902, em Parque Square, Boston, para ouvir o irmão Russell proferir um discurso. Havia verdadeiramente apenas um punhado de gente. Incidentalmente, foi quando conheci o irmão Macmillan. Não consigo descrever meus sentimentos, ao ficar ali sentada, em Boston, sessenta e oito anos depois, e contemplar aquela grande multidão de Testemunhas que me cercavam. Como nos dias primitivos, quando havia tão poucos, o mesmo espírito santo, o mesmo zelo e o mesmo amor a Jeová enchiam nossos corações.”
Na assembléia daquele ano, o discurso inicial do presidente intitulava-se “Cem Anos de Orientação Divina”. Margaret Green se recorda que o mesmo “nos fez recordar o que havíamos lido sobre a organização na década de 1870 e seu pequeno começo, e o incrível aumento nos últimos 100 anos”. — Compare com Zacarias 4:10.
SUJEITAR-SE À ORIENTAÇÃO DIVINA
Os servos de Jeová estavam determinados a continuar a sujeitar-se à orientação divina. Forneceram clara evidência disto em suas Assembléias de Distrito “Nome Divino” em 1971. Estas exaltavam o nome de Jeová e proviam instrução a respeito da obediência aos princípios divinos representados por esse nome. Entre outras coisas, apresentou-se informação a respeito de maior conformidade teocrática da congregação cristã hodierna.
Mas, antes de considerarmos os acontecimentos organizacionais trazidos a lume nas assembléias de distrito de 1971, faremos bem em passarmos os olhos no passado. Algo notabilíssimo ocorreu em fins da década de 1930 e no início da de 1940. Primeiro, voltemos cerca de três décadas atrás.
“A TEOCRACIA ATINGIU A MAIORIDADE”
Os dias de 30 de setembro a 2 de outubro de 1944 foram altamente significativos para o povo de Deus. Milhares deles se reuniram em Pittsburgo, Pensilvânia, para o Congresso Teocrático das Testemunhas de Jeová e a Reunião Anual da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (EUA). Entre as modalidades do congresso havia os discursos “A Organização Teocrática Para a Obra Final”, por T. J. Sullivan, “A Organização Teocrática em Ação”, por F. W. Franz, e “O Alinhamento Teocrático Hoje”, proferido por N. H. Knorr. O tema desses discursos sublinhava a importância dos assuntos a serem tratados na reunião anual daquele ano. Por isso, milhares de pessoas permaneceram em Pittsburgo para a reunião legal da Sociedade, na segunda-feira, 2 de outubro de 1944.
“Aqui vi e visitei o irmão Van Amburgh pela última vez”, diz W. L. Pelle. “Sua primeira observação quando me viu foi ‘Irmão Pelle, a Teocracia atingiu a maioridade.’” Mas, porque o envelhecido secretário-tesoureiro da Sociedade faria uma, observação assim? Por causa dos acontecimentos dessa ocasião.
De importância primária foi a aprovação de seis resoluções que propunham mudanças nos estatutos da Sociedade Torre de Vigia (EUA) através de emendas. A primeira resolução de emenda propunha a ampliação dos propósitos da Sociedade para incluir devidamente a grande obra mundial à frente. Entre outras coisas, colocava o nome divino, “Jeová”, nos estatutos. A terceira eliminava inteiramente a provisão estatutária que fixava o número de membros à base das contribuições financeiras feitas à Sociedade. Ao entrar em vigor, o número de membros se limitaria a não mais de 500 homens, todos escolhidos à base de seu serviço ativo a Deus. Como se expressou A Sentinela em inglês de 1.º de novembro de 1944: “Esta emenda terá o efeito de aproximar os estatutos ao máximo ao arranjo teocrático permitido pela lei do país.” Todas as seis resoluções de emenda (envolvendo os Artigos 2, 3, 5, 7, 8 e 10) foram adotadas.
Embora o povo de Jeová não compreendesse então, o que fizeram em sentido organizacional em 1944 evidentemente tinha significado bíblico. A profecia de Daniel predissera que, por 2.300 “noitinhas e manhãs” ou dias, um simbólico ‘chifre pequeno’ (A Potência Mundial Anglo-Americana) pisaria o “lugar santo” teocrático de Jeová, conforme representado pelos seguidores ungidos de Jesus na terra. (Dan. 8:9-14) Isto ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial.
No início dos preditos 2.300 dias, o artigo de duas partes, “Organização”, foi publicado na Sentinela em inglês (1.º de junho e 15 de junho de 1938; em português, no número de junho-julho de 1938). Na primeira parte, dizia: “A organização de Jeová não é de modo algum democrática. Jeová é supremo, e seu governo ou organização é estritamente teocrático.” A segunda parte apresentava uma resolução que as congregações das testemunhas de Jeová adotaram, pedindo a nomeação de forma teocrática de todos os servos que atuassem em todas as congregações, de cima para baixo.
Se contados de 1.º de junho de 1938, os 2.300 dias se estenderam até 8 de outubro de 1944. Ou, se computado desde 15 de junho de 1938, terminaram em 22 de outubro de 1944. No fim desse período, a organização teocrática foi de novo enfatizada pelos discursos e ajustes organizacionais no congresso e na reunião anual de 30 de setembro a 2 de outubro de 1944, em Pittsburgo, Pensilvânia, e nos artigos sobre a organização teocrática publicados em inglês, em A Sentinela de 15 de outubro (“Organizados Para a Obra Final”) e de 1.º de novembro de 1944 (“A Organização Teocrática em Ação” e “O Alinhamento Teocrático Hoje”). Por isso, no fim dos provadores 2.300 dias, os servos de Deus mostraram-se mais fortes do que nunca em favor do governo teocrático de Jeová, por meio de Jesus Cristo. Conforme predito, o “lugar santo” foi então “restabelecido ao seu estado legítimo”. — Dan. 8:14, Versão Normal Revisada, em inglês; veja A Sentinela, 15 de junho de 1972, páginas 359-376.
ESTRUTURA APOSTÓLICA DA CONGREGAÇÃO
Agora, voltemos à Assembléia de Distrito “Nome Divino” de 1971. Especialmente importantes foram as partes do programa que trataram do arranjo governante da primitiva congregação cristã.
Recentes estudos da estrutura bíblica e apostólica da congregação tinham sido feitos pelo corpo governante das testemunhas de Jeová. Foi trazida à luz a necessidade de alguns ajustes dos dias modernos. Ao passo que, nos anos recentes, um cristão maduro servira como servo de congregação, ou superintendente presidente, e era auxiliado por “servos” designados, o método apostólico de governo de cada congregação era por meio de um corpo de anciãos. (Atos 20:17-28; 1 Tim. 4:14) Também, durante o primeiro século E. C., tinha havido evidentemente um rodízio da presidência dentro do corpo de anciãos da congregação. Por conseguinte, parecia apropriado ter-se diferente presidente do corpo de anciãos que servisse a cada ano, onde há mais de um ancião na congregação.
ESCOLHER ANCIÃOS E SERVOS MINISTERIAIS
O corpo governante das testemunhas de Jeová enviou a cada congregação uma carta instrutiva sobre a seleção de “corpo de anciãos”, bem como dos servos ministeriais. Segundo aquela carta, de 1.º de dezembro de 1971, todos os varões batizados da congregação, de vinte anos ou mais foram considerados. (Veja Esdras 3:8.) Os irmãos que participaram da palestra a respeito dos anciãos e dos servos ministeriais se prepararam bem, considerando os artigos “A Organização Teocrática no Meio das Democracias e do Comunismo”, “Os Encarregados Designados na Organização Teocrática” e “Um ‘Corpo de Anciãos’ com Presidência em Rodízio”, publicadas na Sentinela de 15 de novembro de 1971 em inglês (em português, 1.º de maio de 1972). Em adição, houve cuidadoso estudo dos artigos de A Sentinela de 1.º de janeiro de 1972 (em português, 15 de maio de 1972) intitulados “Quem É Sábio e Entendido Entre Vós?” e “Anciãos Designados Para Pastorear o Rebanho de Deus”. E, na medida que o tempo permitisse, os irmãos leram a matéria em Ajuda ao Entendimento da Bíblia (em inglês) sob os verbetes “Anciãos”, “Superintendente” e “Ministro”.
Quando membros da comissão congregacional e outros irmãos habilitados se reuniram, fez-se uma oração. Entre outras coisas, leram e consideraram as habilitações para anciãos e servos ministeriais conforme delineadas na Palavra de Deus em 1 Timóteo 3:1-10, 12, 13; Tito 1:5-9 e; 1 Pedro 5:1-5. “Muitos, pela primeira vez, verdadeiramente encararam a si mesmos”, observa R. D. Cantwell, “e todos sentiram vividamente a obrigação perante Jeová de serem honestos em sua avaliação de si mesmos e de outros. Alguns tiveram de desqualificar-se. Este arranjo produziu a honestidade e a humildade que teria sido impossível, exceto por esse passo à frente no entendimento dos princípios bíblicos de organização”. (Até mesmo nos anos antes disso, contudo, os requisitos bíblicos eram a base para se determinar a quem se confiaria a responsabilidade na congregação. Veja Conselho Sobre a Organização Teocrática Para as Testemunhas de Jeová, p. 19; Pregando Juntos em União, p. 26.)
Por fim, depois de uma análise das habilitações possuídas pelos irmãos nas congregações, enviaram-se recomendações ao Corpo Governante. Depois de 1.º de agosto de 1972, as congregações começaram a receber cartas designando os superintendentes e os servos ministeriais.
RECONHECIMENTO DA REGÊNCIA DIVINA
Ao passo que o povo de Jeová ansiosamente esperava a plena implementação deste arranjo congregacional, os nos Estados Unidos, Canadá e Ilhas Britânicas assistiam às Assembléias de Distrito “Regência Divina” de 1972, realizadas entre fins de junho e fins de agosto. Nestas reuniões, a regência divina recebeu suprema atenção.
Um dos significativos lançamentos da assembléia foi o novo livro de 192 páginas, Organização Para Pregar o Reino e Fazer Discípulos. Entre outras coisas, delineava as melhoras que eram feitas na estrutura da congregação cristã. O livro Organização e o programa da assembléia combinaram-se bem em apontar os aspectos práticos de tal reorganização e em demonstrar como estes se desenvolveriam.
O reconhecimento da regência divina foi destacado nestas assembléias de distrito, como no discurso público “Regência Divina — Única Esperança de Toda a Humanidade”. Os congressistas compreenderam que, para obterem a vida eterna, tinham de pessoalmente reconhecer a regência de Jeová. No entanto, o novo livro Organização e várias partes do programa da assembléia sublinharam a importância do reconhecimento congregacional da regência divina.
CORPO GOVERNANTE DÁ O EXEMPLO
Mas, suponhamos que agora façamos o relógio voltar à segunda-feira de manhã, 13 de setembro de 1971. Às sete horas, os membros da equipe da sede da Sociedade Torre de Vigia estão sentados em seus respectivos lugares por todos os refeitórios do lar de Betel de Brooklyn. Estão prontos para a usual consideração do texto bíblico diário, a ser seguido pelo desjejum. Sempre foi costume que o presidente da Sociedade presidisse a estas considerações quando estivesse na sede. Hoje, o irmão Knorr está em Betel, mas não está à cabeceira da mesa. Ao invés, F. W. Franz, o vice-presidente da Sociedade, preside à consideração matutina do texto. Por quê? Porque o corpo governante das testemunhas de Jeová instituiu o arranjo de rodízio de seus membros numa base semanal, com respeito a dirigirem as considerações matutinas do texto bíblico e o estudo de segunda-feira à noite de A Sentinela da família de Betel.
No Betel de Brooklyn, então, um processo de rodízio se iniciou um ano antes de um arranjo similar entrar em vigor nas congregações do povo de Deus em geral. Mas, o arranjo foi mais além do que isso. Segundo uma resolução adotada pelo corpo governante das testemunhas de Jeová, em 6 de setembro de 1971, sua presidência deveria ter um rodízio anual segundo a ordem alfabética. Assim aconteceu que F. W. Franz tornou-se o presidente do corpo governante por um ano, a partir de 1.º de outubro de 1971. Apropriadamente, o corpo governante deu o exemplo em colocar em efeito o novo arranjo organizacional.
“ISTO É OBRA DE DEUS”
Refletindo o novo arranjo congregacional que fazia provisão para anciãos e servos ministeriais, Roger Morgan sentiu-se movido a dizer: “Isto é obra de Deus.” Sem dúvida, outros concordarão, visto que consideraram os benefícios resultantes. A primeira transferência das responsabilidades começou em setembro de 1972, e, em 1.º de outubro, o arranjo de coisas na maioria das congregações tinha sido ajustado. Em muitos casos, o anterior servo ajudante de congregação tornou-se o superintendente presidente, o anterior servo de congregação tornou-se o superintendente da Escola do Ministério Teocrático, e assim por diante. Eis aqui prova de que os cristãos reconhecem a regência de Jeová, seu modo de fazer as coisas na congregação de seu povo. Cada ano, os anciãos numa congregação fariam o rodízio para várias posições, e trabalhariam juntos como um corpo, tendo presente o bem-estar espiritual da congregação e a necessidade de cooperarem uns com os outros em pastorear o rebanho de Deus confiado a eles. — 1 Ped. 5:2.
Muitos são os benefícios do novo arranjo congregacional. Por exemplo, Edgar C. Kennedy acha que “poderia ser o meio de haver maior solidariedade no caso de uma congregação se ver separada do corpo governante por um período de tempo”. “Este é mui certamente um progresso incomum da organização de Jeová”, observa Grace A. Estep, “e mostra quão bem Ele prepara seu povo para o tempo além deste sistema de coisas”. Não sem boa razão, em seu relatório sobre as assembléias de distrito de 1972, observou A Sentinela: “De fato, Jeová está levando seu povo congregado a um estado de organização em que poderá sobreviver ao Armagedom para a nova ordem de Deus sob a regência divina.”
ASSEMBLÉIA INTERNACIONAL “VITÓRIA DIVINA”
As testemunhas cristãs de Jeová fornecem evidência abundante de que se sujeitam à orientação divina e voluntariamente se submetem à regência divina. De fins de junho de 1973 a janeiro de 1974, realizaram um congresso internacional que deu volta ao globo, e que mostrou plenamente que aguardam com ansiedade a vitória divina. Em geral, eram reuniões de cinco dias, os numerosos congressos deste evento mundial ocorrendo nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa, na Ásia, na América Média e do Sul, no Pacífico Sul e na África. Muitos do povo de Deus viajaram a terras distantes, para ali partilhar o programa espiritualmente edificante da assembléia com seus concrentes de outros países. Usualmente, realizaram-se sessões apenas durante o dia, habilitando os congressistas a voltar a suas hospedagens bem cedo e eliminando as viagens após o anoitecer em zonas onde isto poderia não ser aconselhável. As horas da noite foram amiúde gastas em se recapitular os pontos destacados da assembléia.
Entre as muitas modalidades excelentes desta assembléia achava-se o discurso intitulado “Tenha bem em Mente a Presença do Dia de Jeová”. Quão vigorosamente mostrava que os cristãos não deveriam mentalmente adiar o dia de Jeová! As agravantes condições mundiais e os acontecimentos teocráticos organizacionais, junto com o arranjo de anciãos e servos ministeriais, bem como o rápido influxo dos que constituirão a “grande multidão”, indicam que o dia de Jeová está perto. (2 Ped. 3:11-13; Rev. 7:9) Após este discurso que movia as pessoas a pensar, veio o lançamento impresso grandemente apreciado — o livro de 192 páginas Verdadeira Paz e Segurança — De Que Fonte?
Os lançamentos impressos da assembléia incluíam a Concordância Compreensiva da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, em inglês, e o livro de 416 páginas, Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos. Deveras acalentador para o coração foi o discurso público: “Vitória Divina — Seu Significado Para a Humanidade Aflita.” Intrepidamente, focalizou-se a atenção na guerra universal do Har-Magedon, em que Jeová se vindicará com a vitória divina. Mostrou-se que, sob a força impotente de expressões inspiradas imundas, os “reis de toda a terra habitada” estão sendo ajuntados para uma guerra contra Deus quanto à regência sobre a terra. (Rev. 16:13-16) Por isso, é preciso tomar posição de um ou de outro lado da questão. Apenas aqueles que tomam o lado de Jesus Cristo, o Rei dos reis, serão poupados. Apenas eles serão testemunhas da vitória divina e participarão na celebração que a acompanha.
Nas dezenove Assembléias Internacionais “Vitória Divina” realizadas durante junho e julho de 1973, através da área continental dos Estados Unidos, 15.851 pessoas simbolizaram sua dedicação a Jeová Deus por se submeterem ao batismo em água. Ao todo, nessas reuniões, 665.945 pessoas se reuniram para usufruir as ricas bênçãos espirituais providas por Jeová para seu povo. Em todo o mundo, 140 congressos foram realizados, em que 81.830 pessoas foram batizadas e houve uma assistência total de 2.594.305 pessoas. Quanto motivo de expressarmos gratidão ao Vitorioso Divino!
OBRA ESPECIAL ESTIMULA O AUMENTO
Houve, contudo, outra importantíssima modalidade das Assembléias Internacionais “Vitória Divina”. Meses de antemão, A Sentinela dissera que o programa focalizaria considerável atenção na obra de pregar o Reino e fazer discípulos. Acrescentava: “Delinear-se-á e demonstrar-se-á um trabalho especial. Todas as congregações das testemunhas de Jeová em todo o mundo, participarão nele durante datas específicas após as assembléias.” Qual era esta obra especial?
A resposta veio após o discurso básico do congresso, “Vitória Sobre o Mundo, sem Conflito Armado”. Seguiu-se o lançamento de um tratado de quatro páginas, Notícias do Reino N.º 16, intitulado, “Esgota-se o Tempo Para a Humanidade?” Um maço grátis de oito tratados foi dado a cada um na assistência com mais de doze anos que estivesse interessado em distribuí-los. Dez dias, de 21 a 30 de setembro — seriam reservados para a distribuição destes tratados, indicou o orador. Seriam entregues às pessoas pessoalmente no trabalho de casa em casa, sendo deixadas cópias sob as portas caso não houvesse ninguém em casa. A Sociedade Torre de Vigia enviaria tratados para cada congregação à base de 100 para todo publicador. Desejava-se que toda habitação recebesse um exemplar, assim a distribuição gratuita de milhões era certa. O povo de Jeová ficou deleitado com as perspectivas de fazer esta obra especial na proclamação do Reino.
Assim aconteceu que durante os últimos dez dias de setembro de 1973 as testemunhas de Jeová nos Estados Unidos como em outras partes, distribuíram Notícias do Reino N.º 16 aos milhões de exemplares. De 22 a 31 de dezembro de 1973, empenharam-se novamente na distribuição em massa de Notícias do Reino. Desta vez, era o N.º 17, apresentando a pergunta “Tem a Religião Traído a Deus e o Homem?” De 3 a 12 de maio de 1974, passaram por seus territórios de novo, com Notícias do Reino N.º 18, que desta vez destacava a pergunta crucial “Governo de Deus — É a Favor Dele ou É Contra Ele?
Muitos que conhecem a verdade da Palavra de Deus tem sido movidos a compartilhar as boas novas com outros por se empenharem na distribuição de Notícias do Reino. Ora, durante setembro de 1973, nos Estados Unidos (excetuando-se o Alasca e o Havaí), 512.738 publicadores do Reino participaram neste trabalho. E os relatórios indicam que distribuíram 43.320.048 exemplares de Notícias do Reino N.º 16. Em dezembro, o surpreendente total de 525.007 participaram na distribuição de Notícias do Reino N.º 17; isso era 103.112 mais publicadores do que tinham participado no serviço de campo há apenas um ano antes. E, em maio de 1974, houve 539.262 trabalhadores no serviço de campo!
As experiências mostram que a distribuição de Notícias do Reino realmente estimulou a obra de fazer discípulos. Por exemplo, dois publicadores deixaram um exemplar com um cavalheiro e foram embora, sendo chamados por ele mais tarde. Ao voltarem à casa dele, encontraram a esposa dele, que encontrara o livro A Verdade Que Conduz à Vida Eterna numa lata de lixo. Ela não conseguia dormir, porque compreendia que as coisas que dizia estavam sendo cumpridas. Isto levou a um estudo bíblico. A senhora começou a assistir às reuniões cristãs regularmente e progredir ao ponto em que participou na distribuição de posteriores Notícias do Reino, e planejava ser batizada.
Um exemplar de Notícias do Reino avivou o interesse de dois irmãos carnais, de cabelos compridos, que fumavam, tomavam tóxicos e tocavam num conjunto de rock. Logo ambos estudavam a Bíblia com a Testemunha que deixara o tratado. Cortaram o cabelo, pararam de fumar e de usar narcóticos e fizeram rápido progresso espiritual. Apenas três meses depois de receberem um exemplar de Notícias do Reino, empenhavam-se no serviço de campo, colocando o próximo número com outros. Ambos foram batizados em dezembro de 1973, e pouco depois disso, usufruíram o serviço de pioneiro temporário.
AJUNTANDO UMA “GRANDE MULTIDÃO”
O apóstolo João contemplou uma “grande multidão” de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono de Deus e rendendo a Ele serviço sagrado dia e noite em seu templo. (Rev. 7:9, 15) Tais pessoas com esperança terrestre têm apoiado de coração os seguidores ungidos de Jesus Cristo em sua obra dada por Deus de proclamar as boas novas do Reino. Quão emocionante tem sido em resultado, observar milhares de milhares de pessoas afluírem ao ‘monte da casa de Jeová’. — Isa. 2:2-4.
Estes que foram ajuntados aos pátios da ‘casa de Jeová’ dedicaram-se a Jeová Deus e simbolizaram isto pela imersão em água. Não muito depois de ouvirem o discurso “Batismo Segundo a Vontade Divina”, 7.136 de tais pessoas foram imersas na cidade de Nova Iorque, em 30 de julho de 1958. Nunca houve nada semelhante a isto desde Pentecostes de 33 E.C. (Atos 2:41) Por certo, esse batismo em 1958 não era algo que o mundo pudesse ignorar, pois H. L. Philbrick escreveu, não faz muito tempo: “A imprensa publicou excelentes fotos do grande número dos que estavam sendo batizados . . . Todos os leitores dos jornais tinham que ficar com a impressão de que as testemunhas de Jeová não mais seriam consideradas como ‘seita’ pequena. A verdade estava em progresso!”
O povo de Jeová não se tem interessado em meros números. O que importa é que os candidatos ao batismo entendam o que fazem. É por isso que houve grande apreço por uma provisão feita no livro “Lâmpada Para o Meu Pé É a Tua Palavra”, publicado em 1967. Das páginas 7 a 39 continha oitenta perguntas bíblicas, a serem consideradas por irmãos maduros com os prospectivos candidatos ao batismo. “Depois que estudavam as oitenta perguntas com a ajuda da comissão congregacional” observaram o irmão e a irmã Earl E. Newell, “compreendiam que sua dedicação e seu batismo era um proceder por toda a vida e a responsabilidade que os acompanhava, não devia ser encarada levianamente”. O mais recente livro Organização Para Pregar o Reino e Fazer Discípulos (publicado em 1972) faz uma provisão similar para a consideração de perguntas bíblicas com os que pensam em ser batizados. À medida que vários anciãos da congregação dirigem estas sessões com cada pessoa, os que pensam em ser batizados têm a oportunidade de se expressar sobre assuntos bíblicos e pesar sua relação com Jeová Deus. Tal provisão tem ajudado a fazer verdadeiros discípulos.
Considere brevemente como a obra de fazer e batizar discípulos tem aumentado. Em 1968, o total para o ano foi de 82.842. Durante os anos de 1969 a 1973, um total de 792.019 pessoas foram batizadas. Ao continuarem os esforços entusiásticos de ajuntar a “grande multidão”, muitos milhares estão sendo batizados cada ano. Ora, apenas durante o ano de serviço de 1974, 297.872 pessoas foram imersas em símbolo de sua dedicação a Jeová Deus! Que emoção é para o povo de Deus participar nesta maravilhosa obra de ajuntamento para o louvor de Jeová. Atualmente, há mais de dois milhões de testemunhas cristãs de Jeová que pregam as boas novas do reino de Deus.
“MANTENDE-VOS VIGILANTES”
Jesus Cristo sublinhou a necessidade de seus seguidores permanecerem alertas e vigilantes a respeito de sua vinda para executar o julgamento contra o sistema iníquo de coisas. Fez isso por assemelhar o discípulo a um porteiro a quem seu senhor ordenou que ficasse vigilante para notar sua volta de uma viagem para fora. “Mantende-vos vigilantes”, foi a admoestação sábia de Jesus. — Mat. 13:32-37.
A Assembléia de Distrito “Propósito Divino” muito contribuiu para engendrar um senso de urgência e uma atitude de incrementada vigilância espiritual da parte das testemunhas cristãs de Jeová. Através dos Estados Unidos, Canadá e Ilhas Britânicas, mais de oitenta e cinco de tais assembléias, foram realizadas de junho a agosto de 1974. Estas reuniões certamente ajudaram o povo de Deus a reconhecer exatamente onde viviam na corrente do tempo.
Três comoventes dramas bíblicos ministraram suas poderosas lições. A necessidade de ficar vigilante contra a perda de fé foi dramaticamente posta em foco à medida que os congressistas centralizaram suas atenções sobre os israelitas libertos da escravidão egípcia e que peregrinavam pelo deserto. Outra dramatização centralizava as atenções em 1 Reis, capítulo 13, e mostrava os perigos ligados em não se escutar a autoridade divina. E, quão comovedora foi a representação da vida e das obras do apóstolo Paulo como cristão! Encheu os observadores de renovado zelo pela adoração e pelo serviço de Jeová Deus.
Como é possível salvaguardar-se de coisas tais como o materialismo, a influência demoníaca e a exploração da religião falsa? As respostas foram dadas no comovente discurso “Protegidos Pela Fé e Esperança Que se Fixam em Jeová”. Esse discurso da assembléia foi seguido do lançamento de novo livro de 192 páginas, intitulado É Esta Vida Tudo o Que Há? Dirige poderosos golpes contra Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa, ao passo que também fornece aos leitores sólidas razões para se crer que há muito mais do que esta vida. Este livro cria fé na promessa de vida de Jeová, numa justa nova ordem, e na grandiosa esperança de ressurreição.
Os seguidores ungidos de Jesus Cristo e seus companheiros com esperanças terrestres desejam servir ao propósito divino. Sabem que o mesmo não falhará, e tal convicção foi englobada no título e no conteúdo de outro lançamento impresso da assembléia — o livro O ‘“Propósito Eterno” de Deus Triunfa Agora Para o Bem do Homem. Há verdadeiramente motivos válidos para se ter confiança no propósito de Deus. Em especial, estes se tornaram claros no clímax da assembléia, quando o discurso público foi proferido sobre o assunto, “Fracasso dos Planos Humanos Enquanto o Propósito de Deus É bem Sucedido”. Esta e outras informações vitais deixaram emocionados os corações das 891.819 pessoas que compareceram às 69 assembléias de Distrito “Propósito Divino” nos Estados Unidos.
As testemunhas de Jeová nos Estados Unidos como em outras partes, sabem que os homens continuarão a fazer esforços para estabilizar um mundo cambaleante. Mas, não importa quão grandiosos pareçam ser os planos humanos, e quão altas sejam as garantias dos homens de que estes serão bem sucedidos, o povo de Jeová sabe que apenas o propósito de Deus triunfará e agradecem a Ele por terem o grandioso privilégio de declarar Sua Palavra e seu Reino.
Significativamente, a profecia de Isaías diz que “na parte final dos dias”, o monte da casa de Jeová será firmemente estabelecido acima do cume dos montes e muitos povos afluirão a ele. (Isa. 2:2-4) Vivemos agora “na parte final dos dias”! O aparecimento de crescentes números da “grande multidão” devia impressionar em nós a urgência dos tempos. Este não é o dia para que os servos de Jeová em parte alguma sejam complacentes, indiferentes ou inativos. Têm um trabalho a fazer!
Pense só onde estamos na corrente do tempo! Sua importância foi vividamente inculcada em nossa mente lá atrás, em 1966. O povo de Deus recebeu então o absorvente livro Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus. Não demorou muito até que a maioria deles notasse a tabela cronológica nele que identificava 1975 como o “fim do 6.º dia de mil anos da existência do homem (em princípios do outono [hem. set.])”.
Isto certamente suscitou perguntas. Será que significa que Babilônia, a Grande, terá sido derrubada por volta de 1975? Será que significa que o Armagedom estará terminado, com Satanás preso, por volta desse tempo? ‘É possível’, admitiu F. W. Franz, o vice-presidente da Sociedade Torre de Vigia (EUA), depois de propor perguntas similares na Assembléia de Distrito “Filhos da Liberdade de Deus” em Baltimore Maryland. No entanto, acrescentou em essência: ‘Mas, não estamos afirmando. E que nenhum dos irmãos seja específico em dizer algo que irá acontecer daqui até 1975. Mas, o ponto capital de tudo isso é o seguinte, caros amigos: O tempo é curto. O tempo se escoa, não há dúvida sobre isso.’ Entre outras coisas, instou o irmão Franz: “Aproveitemos ao máximo o tempo e façamos toda obra boa e árdua para Jeová, enquanto se oferece a oportunidade.”
Passaram-se alguns anos desde então, mas isto somente sublinhou a urgência da obra de pregação. Os servos de Jeová sabem que não dedicaram sua vida a Deus até certo ano. São seu povo dedicado para sempre! Atualmente, o inteiro mundo da humanidade é o campo de trabalho de Deus, e esse trabalho é urgente. Que privilégio usufrui o povo de Deus com seus colaboradores nesse campo, tornando conhecidos os propósitos e as provisões de Deus para a salvação! Com profundo apreço pela benignidade imerecida de Jeová Deus, estes cristãos dedicados determinadamente avançam em suas atividades, “cooperando com ele”. — 1 Cor. 3:9; 2 Cor. 5:18-6:2.
Com a ajuda do espírito santo de Deus, as testemunhas cristãs de Jeová nos Estados Unidos continuarão a servir fielmente a seu Pai celeste, junto com seus co-adoradores em toda a terra. Que todos nós demonstremos inabalável lealdade a Jeová. Que permaneçamos alertas, ativos, ao se aproximar o fim. Temos de ‘manter-nos vigilantes’. Este não é o dia para dorminhocos espirituais! É tempo de vigilância, diligência, fidelidade, ao servirmos ao Divino, cujo maravilhoso e incomparável propósito não pode falhar e não falhará.