Capítulo 14
Quando a velha ordem do homem der lugar à nova ordem de Deus
1, 2. (a) Por meio de que instrumento será destruída Babilônia, a Grande? (b) O que diz Revelação 17:17 sobre os “dez chifres” daquela “fera” cor de escarlate?
QUANDO a “grande meretriz”, Babilônia, a Grande, for destruída na iminente “grande tribulação”, cessará uma parte antiga da velha ordem do homem. Esse império mundial, babilônico, da religião falsa será destruído pelos seus ex-amantes. Quer dizer, sua destruição virá por intermédio dos “dez chifres” simbólicos nas “sete cabeças” da “fera” cor de escarlate, a saber, a organização internacional de paz e segurança mundiais. Esta organização do após-guerra foi formada no ano de 1919 E. C. e funcionou primeiro sob o nome de Liga das Nações.
2 Sobre os “dez chifres”, que dão à “fera” simbólica um aspecto terrível, Revelação 17:17 diz: “Porque Deus pôs nos seus corações executarem o pensamento dele, sim, executarem um só pensamento deles por darem o seu reino à fera, até que se tenham efetuado as palavras de Deus.”
3. (a) O que é simbolizado pelos “dez chifres”? (b) O que diz Revelação 17:17 a respeito da relação que existiria entre os estados políticos?
3 Pela conferência de paz de 1919 foram criados novos estados políticos. Assim houve mais “chifres” simbólicos depois da Primeira Guerra Mundial do que logo antes dela. Surgiu então uma questão urgente, a saber: Qual era a relação entre todos os estados políticos do mundo? (Todos eles foram simbolizados pelos “dez chifres”, visto que o número dez é usado na Bíblia para significar totalidade, um número completo.) Sobre esta questão: “Deus pôs nos seus corações executarem o pensamento dele.” Como podia ser assim?
4. Quanto ao governo, o que aconteceu no ano de 1914?
4 Ora, durante décadas, o restante obediente dos israelitas espirituais havia proclamado o fim dos tempos dos gentios no ano de 1914. Naquela data expirou a permissão de Deus, de que as nações gentias exercessem o domínio mundial sem interferência por parte de Seu reino messiânico. Ele indicou tal fim de sua permissão por estabelecer nos céus o reino messiânico, nas mãos do Herdeiro permanente do Rei Davi, Jesus Cristo. Nunca mais havia de ser pisado o reino messiânico da linhagem real de Davi, assim como havia sido pisado 2.520 anos antes, em 607 A. E. C. — Lucas 21:24.
5. Que aviso foi dado às potências políticas da terra sobre a chegada do tempo de elas entregarem seu poder governante ao reinante Messias de Deus?
5 Para os do restante ungido dos israelitas espirituais, a fúria da Primeira Guerra Mundial em 1914, com escassez de víveres e pestilências acompanhantes, foi a confirmação de que o reino messiânico de Deus havia sido estabelecido plenamente, dado à luz plenamente nos céus, no fim dos Tempos dos Gentios naquele ano. Por isso passaram a pregar as boas novas do reino estabelecido de Deus até que as condições de guerra e a perseguição feroz praticamente os paralisaram. Esta pregação do Reino foi um aviso para todas as potências políticas, gentias, da terra, os “dez chifres” simbólicos. Avisou-as de que havia expirado a autorização de Deus, de que governassem o mundo ininterruptamente. Havia chegado o tempo de reconhecerem a soberania universal dele e entregarem seu poder governante ao Messias de Deus, entronizado nos céus.
6. Como já expressara Deus “o pensamento dele” quanto a que fariam as nações gentias, e qual era esse pensamento?
6 No entanto, Deus imaginara e predissera que os “dez chifres” simbólicos não fariam isso. Por exemplo, o Salmo Dois expressou seu pensamento sobre isso, de que os reis gentios da terra e os dignitários se aglomerariam em oposição a Ele e seu rei empossado. (Veja Atos 4:24-30.) Já em Daniel 2:44 ele predissera a destruição de todos eles como opositores imutáveis de sua soberania universal. Seu pensamento então era que as nações gentias, representadas pelos “dez chifres”, adotassem definitivamente certo proceder, que o justificaria perante toda a criação para destruir tais nações. Seu pensamento era que elas agissem unidamente como grupo consolidado de nações, para que as destruísse todas juntas ao mesmo tempo. E foi o que fizeram. Assim podemos ver como Deus, pelo seu próprio proceder, põe no coração dos “dez chifres” simbólicos executarem o pensamento dele.
7. (a) Como foi que os “dez chifres” ‘deram o seu reino à fera’? (b) Qual é a “uma hora” durante a qual hão de ter autoridade junto com a fera?
7 Em prova disso, Revelação 17:17 prossegue: “Sim, executarem um só pensamento deles por darem o seu reino à fera.” Assim, não entregaram seu reino ao reino messiânico de Deus, proclamado pelo restante do Israel espiritual. Em vez disso, entregaram-no à “fera” simbólica, à organização de paz e segurança mundiais, feita pelo homem, naquele tempo chamada Liga das Nações. Com o passar do tempo, cada vez mais nações ingressaram na Liga, entregando-lhe assim seu “reino”. Assim se cumpriu que “recebem autoridade como reis por uma hora, junto com a fera”. Têm só um pensamento, e assim “dão o seu poder e autoridade à fera”. (Revelação 17:12, 13) Visto que “recebem autoridade como reis por uma hora, junto com a fera”, a existência da “fera” simbólica é relativamente curta, como que “uma hora”. Até agora, a organização da “fera” tem existido apenas uns cinqüenta e seis anos menos tempo do que o da Potência Mundial Neo-babilônica (607-539 A. E. C.).
8. Conforme predito, que tarefa precisam realizar os “dez chifres” como agentes de Jeová Deus?
8 Os “dez chifres” simbólicos, as nações-membros da organização de paz e segurança mundiais, têm uma tarefa a realizar, como agentes de Jeová Deus. Qual é? É a de destruir o império mundial da religião falsa, simbolizado por Babilônia, a Grande. O anjo de Deus disse ao apóstolo João: “Os dez chifres que viste, e a fera, estes odiarão a meretriz e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a queimarão completamente no fogo.” — Rev. 17:16.
9. O que significará isso, em termos práticos?
9 Isto significará a dissolução dos casamentos entre Religião e Estado, Igreja e Estado, que tiverem existido até então. As igrejas nacionais ou estatais que ainda existirem serão dissolvidas. A isenção de impostos para organizações religiosas será descontinuada. Até mesmo as sociedades bíblicas, publicadoras e distribuidoras, da cristandade, serão suprimidas. Acabará a obra missionária das igrejas da cristandade. Os capelães nos exércitos e nos congressos serão dispensados. A celebração de Páscoa, Natal e Iom Quipur (Dia da Expiação) e da páscoa judaica será descontinuada. A enorme riqueza material das instituições religiosas, que talvez sobre depois de saqueadores terem levado à força o que queriam, será desapropriada pelos governos políticos, nos seus grandes apuros financeiros. Usar alguém, homem ou mulher, vestimenta religiosa distintiva, identificando-o como membro duma organização religiosa da cristandade, expo-lo-á a ser atacado e preso como hostil ou ameaça para o Estado. Espantoso como isto talvez ainda pareça a muitos, a cristandade terá desaparecido — para sempre!
10-12. (a) É apenas a cristandade que será destruída? (b) Em Isaías 2:10-22, que efeitos sobre os homens são preditos em resultado do dia de julgamento de Jeová?
10 Visto que este será o caso da cristandade, a parte mais poderosa de Babilônia, a Grande, o que se poderá esperar no caso de todas as outras organizações religiosas há muito existentes e profundamente arraigadas, fora da cristandade? Toda a Babilônia, a Grande, terá de desaparecer de cima da terra! Este será o dia predito de julgamento por parte de Jeová Deus, o Todo-poderoso, sobre o qual lemos:
11 “Entra na rocha e encobre-te no pó por causa do pavor de Jeová e diante da sua esplêndida superioridade. Os olhos soberbos do homem terreno terão de ficar rebaixados e o enaltecimento dos homens terá de encurvar-se; e somente Jeová terá de ser sublimado naquele dia. Porque é o dia pertencente a Jeová dos exércitos. Vem sobre todo o altivo e altaneiro, e sobre todo o elevado ou rebaixado; . . .
12 “E os próprios deuses que nada valem passarão inteiramente. E as pessoas entrarão nas cavernas das rochas e nas cavidades do pó por causa do pavor de Jeová e diante da sua esplêndida superioridade, quando ele se levantar para fazer a terra sofrer tremores. Naquele dia, o homem terreno lançará diante dos musaranhos e dos morcegos os seus deuses de prata que nada valem e os seus deuses de ouro que nada valem, que fizeram para ele se curvar diante deles, a fim de entrar nas grutas das rochas e nas fendas dos rochedos, por causa do pavor de Jeová e diante da sua esplêndida superioridade, quando ele se levantar para fazer a terra sofrer tremores. Por vossa própria causa, deixai o homem terreno, cujo fôlego está nas suas narinas, pois em que base deve ele mesmo ser tomado em consideração?” — Isaías 2:10-22; veja Revelação 6:15-17.
13. (a) Conforme indicado naquela profecia, como tratarão naquela ocasião as coisas relacionadas com religião? (b) Onde é que os homens de mentalidade mundana procurarão refúgio e em que linguagem foi predito por Isaías?
13 O que farão os homens de mentalidade mundana naquele dia de julgamento de Jeová contra a velha ordem do homem? Confrontados com as condições globais deteriorantes, perderão a fé nas coisas religiosas e desviar-se-ão delas, rejeitando-as como inúteis e sem valor. Considerarão como inúteis os religiosos profissionais, que não são nada mais do que homens dependentes do ar que inspiram através das narinas. Desiludidos, então, com tais, os homens se voltarão exclusivamente para coisas materialistas. Abandonando toda espécie mundana de religião, procurarão refúgio, proteção e preservação nas organizações não-espirituais, terrenas, de que esperam que os protejam quais montes ou rochedos. Não mais confiarão em homens religiosos, que antes consideraram como deuses, como tendo relações com o domínio espiritual sobre-humano. Uma das organizações montanhescas na qual se refugiarão são as Nações Unidas, a ‘oitava’ potência mundial, porque essa “fera” simbólica com seus “dez chifres” destruirá Babilônia, a Grande.
14. O julgamento de quem é expresso na destruição de Babilônia, a Grande, e como serve isso em vindicação dele?
14 Embora a devastação, o despojamento, o consumo e a queima de Babilônia, a Grande, sejam obra direta dos “dez chifres” simbólicos da “fera” cor de escarlate, não obstante é a execução do julgamento da parte de Jeová Deus. Em harmonia com este conceito dos assuntos, está escrito em Revelação 18:8 a respeito do império mundial da religião falsa: “É por isso que as pragas dela virão num só dia, morte, e pranto, e fome, e ela será completamente queimada em fogo, porque Jeová Deus, quem a julga, é forte.” De modo que cabe a Jeová Deus, o Todo-poderoso, o mérito pela libertação da humanidade do reino da “grande meretriz” religiosa, Babilônia, a Grande. Será em vindicação dele, como não sendo o Autor do império mundial da religião babilônica, falsa, nem mesmo da cristandade.
ALEGRIA COM A DESTRUIÇÃO DE BABILÔNIA, A GRANDE
15-19. Entre quem haverá regozijo quando Babilônia, a Grande, for destruída, e o que escreveu o apóstolo João sobre isso?
15 Ao passo que uma das pragas que virá sobre Babilônia, a Grande, das mãos de Deus é o “pranto”, os do lado de Jeová Deus e de sua forma pura de adoração terão grande alegria. O inspirado apóstolo João descreve esta alegria por parte dos adoradores de Jeová. Depois de ver um quadro profético de como “Babilônia, a grande cidade, será lançada para baixo, e ela nunca mais será achada”, o apóstolo João escreve:
16 “Depois destas coisas ouvi o que era como a voz alta duma grande multidão no céu. Disseram: ‘Louvai a Já [Aleluia, em grego]! A salvação, e a glória, e o poder pertencem ao nosso Deus, porque os seus julgamentos são verdadeiros e justos. Pois ele executou o julgamento na grande meretriz que corrompia a terra com a sua fornicação, e das mãos dela vingou o sangue dos seus escravos.’ E disseram imediatamente, pela segunda vez: ‘Louvai a Já [Aleluia]! E a fumaça dela está ascendendo para todo o sempre.’
17 “E [os] vinte e quatro [anciãos] e as quatro criaturas viventes prostraram-se e adoraram a Deus sentado no trono, dizendo: ‘Amém! Louvai a Já [Aleluia]!’
18 “Saiu também uma voz do trono, dizendo: ‘Dai louvores ao nosso Deus, todos vós os seus escravos, os que o temeis, os pequenos e os grandes.’
19 “E ouvi o que era como a voz duma grande multidão, e como o som de muitas águas, e como o som de fortes trovões. Disseram: ‘Louvai a Já [Aleluia!], porque Jeová, nosso Deus, o Todo-poderoso, tem começado a reinar.’” — Revelação 19:1-6; 18:21-24.
20. Onde se dá esse louvor a Jeová, mas quem mais participa?
20 Todo esse louvor dado a Jeová, por ele ter executado na “grande meretriz” os julgamentos preditos, evidentemente é representado como ocorrendo no céu, entre os santos anjos. No entanto, a voz ouvida desde o trono celestial, depois do terceiro aleluia, disse: “Dai louvores ao nosso Deus, todos vós os seus escravos, os que o temeis, os pequenos e os grandes.” Esta ordem procedente do trono abrange os “escravos” de Já Jeová que ainda permanecem na terra após a destruição da “grande meretriz”, Babilônia, a Grande. Esses “escravos” são os que obedeceram à anterior ordem divina do céu: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas. Pois os pecados dela acumularam-se até o céu, e Deus se lembrou dos atos injustos dela. Fazei-lhe assim como ela mesma fez, e fazei-lhe duas vezes tanto, sim, duas vezes o número de coisas que ela fez; no copo em que ela pôs a mistura, ponde duas vezes tanto da mistura para ela. Ao ponto que ela se glorificou e viveu em impudente luxúria, a tal ponto dai-lhe tormento e pranto.” — Revelação 18:4-7.
21. Quem são aqueles que desde 1919 E. C. saíram de Babilônia, a Grande, e, assim, que boa perspectiva têm?
21 As testemunhas cristãs de Jeová, tanto os do restante dos israelitas espirituais como os da “grande multidão” de companheiros semelhantes a ovelhas, são os que desde 1919 E. C. saíram de Babilônia, a Grande, a fim de mostrarem ser o “povo” de Jeová. Não quiseram “compartilhar com ela nos seus pecados” e não quiseram “receber parte das suas pragas”. Por conseguinte, não compartilharão com Babilônia, a Grande, de suas pragas de “morte, e pranto, e fome”, nem de serem ‘completamente queimados em fogo’. (Revelação 18:8) De modo que estas testemunhas cristãs, obedientes, de Jeová, sobreviverão à destruição do babilônico império mundial da religião falsa. Serão testemunhas de tal destruição. E visto que as hostes celestiais, inclusive os simbolizados pelos “vinte e quatro anciãos”, louvarão a Já Jeová por ter executado a vingança divina naquela “velha meretriz”, estas Suas testemunhas cristãs sobreviventes, na terra, estarão justificadas em se alegrarem e bradarem “Aleluia!”. Mas, o que acontecerá então?
A BATALHA DOS “DEZ CHIFRES” E DA “FERA” CONTRA O CORDEIRO
22. (a) Depois da destruição de Babilônia, a Grande, que confronto ocorrerá? (b) Com que se confrontarão realmente as testemunhas cristãs de Jeová naquele tempo?
22 Então virá um confronto entre os que sobrarem na terra. A fera cor de escarlate, de sete cabeças e dez chifres, bem como os habitantes da terra que ainda encaram a fera “com admiração”, estarão dum lado da controvérsia. As testemunhas cristãs, sobreviventes, de Jeová estarão do outro lado. Visto que a fera cor de escarlate é apenas uma “imagem” da fera de sete cabeças e dez chifres que ascendeu do mar e que é adorada pelas pessoas que acham que ninguém “pode batalhar contra ela”, significa que as testemunhas cristãs de Jeová se confrontarão realmente com esta “fera” simbólica da qual se fez uma imagem. Esta fera que subiu do mar simboliza o sistema político mundial de governo humano, ao qual Satanás, o Diabo, deu “seu poder e seu trono, e grande autoridade”. (Revelação 13:1-8) Este sistema político global tem 144 nações que a representam nas atuais Nações Unidas, organização internacional que agora é a “imagem” da fera que ascendeu do “mar” da humanidade. É com isso que as Testemunhas de Jeová terão de confrontar-se então!
23. (a) O que é a “fera” de dois chifres que ‘fala como dragão’, conforme predito em Revelação 13:11-13? (b) As Nações Unidas são mencionadas como sendo uma “imagem” de que “fera”, e quem propôs a constituição desta “imagem” política?
23 Entre aqueles grupos nacionais que têm membros na “imagem” da fera estão o anterior Império Britânico (que desde 1931 E. C. foi reorganizado qual Comunidade Britânica de Nações) e os Estados Unidos da América do Norte. Estes dois grupos de língua inglesa têm agido juntos em crises mundiais, de modo que os dois constituem uma potência mundial dupla, a potência mundial anglo-americana, a Sétima Potência Mundial da profecia bíblica. De modo geral, esta Sétima Potência Mundial tem cooperado com a fera simbólica e tem agido como porta-voz ou profeta do sistema político, mundial, animalesco. Por este motivo, é retratado em Revelação 13:11-13 como fera com boca de dragão, que ascende da “terra” e que tem dois chifres semelhantes aos dum cordeiro. Bem apropriadamente, esta potência mundial dupla ou de dois chifres é hoje membro das Nações Unidas, porque foi esta potência mundial anglo-americana que propôs e realizou a constituição duma “imagem” política da “fera” que ascendeu do “mar”. — Revelação 13:14, 15.
24. (a) Segundo os fatos da história, como se deu a formação da Liga das Nações e das Nações Unidas? (b) Na realidade, as Nações Unidas são expressão de que, por parte dos políticos do mundo?
24 Durante os paroxismos da Primeira Guerra Mundial, o então primeiro-ministro britânico Lloyd George pensou na formação duma Liga das Nações do após-guerra, como impedimento para outra guerra mundial. O presidente dos Estados Unidos, do tempo da guerra, T. W. Wilson, trabalhou arduamente para instituir a Liga. De modo similar, nos meses finais da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos, como o outro membro da “fera” de dois chifres, promoveu a formação duma sucessora da então defunta Liga das Nações. Em outubro de 1945, esta organização revisada de paz e segurança mundiais emergiu como Nações Unidas. Na realidade, era a mesma velha “imagem” da “fera” política, mas com um novo nome. Foi proposta e instituída por políticos mundanos em desafio ao reino messiânico de Deus, que as testemunhas cristãs de Jeová haviam proclamado e recomendado desde o fim dos Tempos dos Gentios, em 1914.
25. (a) Assim, segundo o verdadeiro significado de Revelação, capítulo 17, com que se terão de confrontar as Testemunhas de Jeová depois de Babilônia, a Grande, ter sido destruída? (b) Que governo é representado por estas Testemunhas?
25 À luz do precedente, quando Revelação, capítulo dezessete, fala sobre a “fera” cor de escarlate, de sete cabeças e dez chifres, devemos pensar no poder real atrás desta “imagem” simbólica, a saber, o sistema político mundial de governo, simbolizado pela fera que ascendeu do mar. A fera de dois chifres que ascendeu da terra, a saber, a Potência Mundial Dupla Anglo-Americana, é o setor dominante do sistema político maior representado pela fera do mar. Por conseguinte, depois de as nações que são membros da “imagem” simbólica terem destruído a religiosa Babilônia, a Grande, as testemunhas cristãs de Jeová ficarão confrontadas com o sistema mundial irreligioso de governo político. Ainda estarão firmes a favor do reino messiânico de Deus, como único governo legítimo do mundo da humanidade. Representam a este governo celestial. De fato, os do restante ungido dos israelitas espirituais são “embaixadores” do governo messiânico. — 2 Coríntios 5:20; Efésios 6:20.
26. (a) Qual será a única “espécie de religião” que restará depois da destruição de Babilônia, a Grande? (b) Como afeta essa religião a atitude da pessoa para com o envolvimento nos assuntos políticos do mundo, e por quê?
26 Com a destruição da religiosa Babilônia, a Grande, encerra-se a primeira parte da “grande tribulação”, predita por Jesus Cristo. (Mateus 24:21, 22; veja também Daniel 12:1) Então terá sido atingido o ponto crítico do tempo na terra! As testemunhas cristãs, sobreviventes, de Jeová, destacar-se-ão como os únicos adoradores do único Deus vivente e verdadeiro, o Criador do céu e da terra. Sua forma de adoração será a única “religião” que os então radicais governos políticos não puderam eliminar; e será assim, porque esta é “a espécie de religião que é sem mácula ou falta à vista de Deus, nosso Pai”. (Tiago 1:27, The New English Bible) As nações ímpias sentir-se-ão dessatisfeitas consigo mesmas até que esta “espécie de religião” seja eliminada da terra. É esta “espécie de religião” que tem impedido que as testemunhas cristãs, sobreviventes, de Jeová, fossem amalgamadas com o novo arranjo político, impedindo que se tornassem “parte do mundo”. (João 15:19; 17:14, 16) Mantêm-se firmes, em primeiro e último lugar, e para todo o sempre, a favor da soberania universal do Deus Altíssimo e Todo-poderoso, Jeová.
27. (a) Que questão exigirá então a solução? (b) Como mostrarão as nações que estão unidas na sua oposição ao reino messiânico de Jeová?
27 A questão acesa: Quem governará a terra sem rivalidade? atinge então o ponto culminante. As nações irreligiosas estarão decididas a que o reino messiânico de Deus não assuma o controle de toda a terra, que reivindicam como território delas. Unidamente, como que pelo instrumento da organização das Nações Unidas, mostrarão sua oposição resoluta ao reino messiânico do Soberano Senhor Jeová, nas mãos de seu Cordeiro, Jesus Cristo. O fim dos “tempos dos gentios” em 1914 não significa nada para elas. Recusam-se a sair, recusam-se a entregar suas soberanias nacionais ao empossado Rei messiânico de Deus, o Cordeiro. Nunca desistirão sem luta, e as nações nucleares acharão que estão no auge de sua força de combate para tal luta derradeira. Portanto, para a luta decisiva!
28. Explique a descrição destes assuntos conforme encontrada em Revelação 17:12-14.
28 Revelação 17:12-14 diz a respeito desta guerra dos séculos: “Os dez chifres que viste significam dez reis [todas as potências políticas, terrestres], os quais ainda não receberam [nos dias do apóstolo João] um reino [por serem membros da Liga das Nações-Nações Unidas], mas eles recebem autoridade como reis por uma hora, junto com a fera. Estes têm um só pensamento, e assim, dão o seu poder e autoridade à fera [a organização mundial de paz e segurança]. Estes batalharão contra o Cordeiro, mas, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, o Cordeiro os vencerá. Também o farão com ele os chamados, e escolhidos, e fiéis.”
29. Poderão os governantes políticos ver o Cordeiro Jesus Cristo, a fim de lutar contra ele diretamente, e como é isto mostrado pelo apóstolo Paulo?
29 O apóstolo Paulo descreve este uma vez sacrificado Cordeiro de Deus no seu atual estado glorificado, ao escrever ao seu companheiro missionário Timóteo e dizer: “À vista de Deus, que preserva vivas todas as coisas, e de Cristo Jesus, que, como testemunha, fez a excelente declaração pública perante Pôncio Pilatos [governador romano da Judéia], dou-te ordens para que observes o mandamento dum modo impecável e irrepreensível, até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo. Esta manifestação, o feliz e único Potentado mostrará nos seus próprios tempos designados, ele, o Rei dos que reinam e Senhor dos que dominam, o único [dentre todos estes senhores e reis] que tem imortalidade, que mora em luz inacessível, a quem nenhum dos homens tem visto [no seu glorificado estado imortal] nem pode ver.” (1 Timóteo 6:13-16) Por isso, os “dez chifres” simbólicos da “fera” das Nações Unidas não poderão ver o Cordeiro Jesus Cristo para lutar contra ele diretamente, por causa do domínio mundial.
30. Contra quem, então, dirigirão os “dez reis” seu ataque?
30 No entanto, a batalha que os “dez reis” travarão dirigir-se-á contra os que são representantes terrestres, visíveis, do Cordeiro real, Jesus Cristo. Serão as testemunhas cristãs de Jeová, incluindo o restante ungido dos israelitas espirituais e a “grande multidão” de proclamadores dedicados destas “boas novas do reino”. (Mateus 24:14) Estes, apesar da poluição mundial e da angústia das nações, ainda usufruirão o paraíso espiritual do favor, da proteção e da adoração pura de Deus, junto com todos os frutos do espírito Dele na sua vida.
31. Contra quem, na realidade, travarão as nações guerra ao atacarem os discípulos fiéis de Jesus?
31 Para seu encorajamento, o Cordeiro Jesus Cristo fez na sua profecia uma declaração sobre a “terminação do sistema de coisas”, no sentido de que tudo o que fosse feito a “um dos mínimos destes meus irmãos” espirituais seria como que feito diretamente a ele, o Rei. (Mateus 24:3; 25:40) Agora, quando já estamos na “terminação do sistema de coisas”, ainda se aplica esta regra. Portanto, ao travarem guerra contra os discípulos fiéis de Jesus Cristo, para exterminá-los, as nações travam guerra contra o glorificado Cordeiro de Deus. As testemunhas cristãs de Jeová reconhecerão assim que a guerra não é travada fundamentalmente contra elas, mas sim contra Deus e seu Cordeiro.
BATALHANDO SOB “GOGUE DA TERRA DE MAGOGUE”
32. (a) Que inimiga antiga dos verdadeiros adoradores estará faltando quando se travar a guerra final? (b) Não obstante, quem incita os “dez chifres” à luta?
32 Nesta guerra final contra o restante ungido dos israelitas espirituais e seus companheiros leais, que constituem uma “grande multidão” das “outras ovelhas” do Pastor Excelente, faltará um atacante anterior deles. Este é Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. No passado, ela usava o “braço do Estado” como seu agente para travar guerra espiritual de modo violento contra os “santos” de Jeová, que seguem as pisadas de Jesus Cristo. O apóstolo João registrou seus antecedentes criminais nas Escrituras Sagradas, ao escrever: “Eu vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus.” (Revelação 17:6) Mas agora, por causa da destruição dela pelos “dez chifres”, não mais cavalga a “fera” cor de escarlate para influenciá-la de algum modo. Não obstante, há um poder invisível que incita os “dez chifres” à batalha contra o Cordeiro, representado pelos seus discípulos fiéis, sobreviventes, na terra. Este poder sobre-humano, invisível, é Satanás, o Diabo. — Revelação 13:1, 2.
33. (a) Que posição ocupará Satanás, o Diabo, ainda naquele tempo? (b) Como mostram as Escrituras que o Diabo é realmente o responsável pela guerra travada contra os adoradores de Jeová na terra?
33 A destruição da religiosa Babilônia, a Grande, não rebaixa Satanás, o Diabo, de ser aquilo que Jesus o chamou, “o governante deste mundo”, nem de ser o que o apóstolo Paulo o chamou, “o deus deste sistema de coisas”. (João 12:31; 14:30; 16:11; 2 Coríntios 4:4; Revelação 13:3, 4) Depois da destruição de Babilônia, a Grande, que promoveu a adoração do Diabo, sua ira contra os adoradores cristãos de Jeová na terra ficou mais acesa do que nunca. Intensificou a guerra que tem travado contra eles desde que foi expulso do céu, guerra que se relata profeticamente nas seguintes palavras: “O dragão ficou furioso com a mulher [a organização celestial de Deus, que deu à luz o reino messiânico] e foi travar guerra com os remanescentes da sua semente, que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus.” — Revelação 12:17.
34. Como mostra Revelação 16:12-16 que o Diabo e seu sistema político são os promotores da guerra contra Deus, no Har-Magedon?
34 Portanto, chegou o tempo para o irrompimento da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, naquele estágio dos desenvolvimentos mundiais chamado Har-Magedon. Que Satanás empurra as nações mundanas para aquela guerra final é indicado em Revelação 16:12-16, onde o apóstolo João escreve: “Eu vi três impuras expressões inspiradas, semelhantes a rãs, sair da boca do dragão [Satanás, o Diabo], e da boca da fera, e da boca do falso profeta [os que propuseram e promoveram a constituição duma ‘imagem’ política da fera]. São, de fato, expressões inspiradas por demônios e realizam sinais, e vão aos reis de toda a terra habitada, a fim de ajuntá-los para a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso. . . . E ajuntaram-nos ao lugar que em hebraico se chama Har-Magedon.” De modo que o sistema político mundial e a Potência Mundial Anglo-Americana cooperam com o Dragão em promover uma guerra total contra Deus, no Har-Magedon.
35. (a) Que profecia descreve o papel desempenhado pelo Diabo nos desenvolvimentos após a destruição de Babilônia, a Grande? (b) Quem é ali mencionado como sendo “Gogue”, e o que é a “terra de Magogue”?
35 O papel desempenhado pelo expulso Diabo, depois da destruição de Babilônia, a Grande, em reunir o que resta de sua organização terrestre, visível, para batalhar contra o Cordeiro de Deus é vividamente retratado na profecia de Ezequiel 38:1 a 39:16. Naquela profecia, o expulso Satanás, o Diabo, na vizinhança da terra, é chamado de “Gogue da terra de Magogue”. Esta terra é retratada como estando no longínquo norte, nas “partes mais remotas do norte”, e retrata a condição rebaixada, longe do favor de Deus, na vizinhança de nossa terra, à qual Satanás, o Diabo, e seus demônios foram restritos por um curto período de tempo antes de serem lançados num abismo de completa inatividade. (Ezequiel 38:6, 15; 39:2; Revelação 20:1-3) Satanás, o Diabo, como simbólico Gogue da terra de Magogue, é retratado como ajuntando uma grande força militar de tropas do norte, do sul, da Pérsia, ao leste de onde antigamente estava Babilônia, sobre o rio Eufrates.
36, 37. (a) Quando ocorre o ataque de Gogue? (b) Qual é a “terra” contra que Gogue dirige seu ataque, conforme mencionado em Ezequiel 38:8, 9?
36 O tempo do ataque de Satanás, o Diabo, como Gogue da terra de Magogue, é cronometrado por Jeová Deus e deve ocorrer “na parte final dos anos”, “na parte final dos dias”. (Ezequiel 38:8, 16) Isto significa um tempo perto do fim da organização visível do Diabo na terra. Portanto, situa seu ataque como vindo num tempo considerável depois do restabelecimento do restante arrependido do Israel espiritual no seu legítimo domínio espiritual no favor de Jeová. Isto significa anos depois de 1919 E. C., quando os do restante dos israelitas espirituais foram libertos, pelo poder de Deus, da servidão à Babilônia, a Grande, e foram restabelecidos no seu livre serviço do Reino. Ele não se refere à República de Israel no Oriente Médio, mas ao domínio espiritual restabelecido do “Israel de Deus”, cristão, quando diz a Satanás, o Diabo, aliás, Gogue da terra de Magogue:
37 “Depois de muitos dias se fixará atenção em ti. Na parte final dos anos virás à terra daqueles que foram recuperados da espada, reunidos dentre muitos povos, aos montes de Israel, que mostraram ser um lugar perenemente devastado; sim, uma terra tirada dos povos, em que todos eles moravam em segurança. E forçosamente subirás. Entrarás como tempestade. Tornar-te-ás como nuvens para cobrir a terra, tu e todas as tuas tropas, e muitos povos contigo.” — Ezequiel 38:8, 9.
38, 39. (a) Por que motivos se dará esse ataque contra o restante dos israelitas espirituais? (b) Como se descreve a condição espiritual do povo de Deus, em Ezequiel 38:10, 11?
38 Qual será a razão desse ataque final contra o restante restabelecido dos israelitas espirituais? Será porque o próspero domínio espiritual deles na terra, sob a bênção divina, é testemunho mundial da soberania universal de Jeová Deus. A isso se acrescenta que se apresentaram denodadamente como não fazendo parte deste mundo e como mantendo absoluta neutralidade cristã para com as dissensões mundiais, não confiando em armas mortíferas de guerra para defesa e proteção. Também, usufruem a adoração e o serviço ativo de Jeová num paraíso espiritual. É por isso que se colocam na boca de Gogue as seguintes palavras:
39 “Subirei contra a terra campestre. Chegarei aos que têm sossego, morando em segurança, todos eles habitando sem muralha, e eles não têm nem mesmo tranca e portas.” — Ezequiel 38:10, 11.
40. Que evidência adicional contêm os versículos seguintes na profecia, mostrando que os adoradores de Jeová, na terra, usufruirão então um paraíso espiritual?
40 Confirmando o paraíso espiritual de seus adoradores restabelecidos, Jeová diz a Gogue da terra de Magogue: “Será para ganhar muito despojo e fazer grande saque, a fim de fazer a tua mão voltar aos lugares devastados, novamente habitados, e a um povo reunido dentre as nações, que está acumulando riqueza e bens, morando no meio da terra.” É por isso que observadores mundanos perguntam ao invasor Gogue da terra de Magogue: “É para ganhar muito despojo que estás entrando? É para fazer grande saque que congregaste a tua congregação, para carregar com prata e ouro, para tomar riqueza e bens, para ganhar um grandíssimo despojo?” — Ezequiel 38:12, 13.
41. Por que não é este ataque internacional provocado pela riqueza material dos habitantes do paraíso espiritual?
41 O restante restabelecido dos israelitas espirituais e a “grande multidão” de co-habitantes do paraíso espiritual não possuem riqueza material que se compare com a enorme riqueza material e bens que Babilônia, a Grande, acumulou durante os séculos. Seguiram o conselho de Jesus Cristo e buscaram primeiro o reino de Deus e Sua justiça, em vez de bens materiais deste mundo materialista. (Mateus 6:33) Portanto, o que teriam em matéria de bens terrenos que induziria tal ataque internacional por forças militares, sob o comando invisível do hodierno Gogue da terra de Magogue?
42. (a) O que representa realmente o paraíso espiritual das testemunhas cristãs de Jeová, e de que modo? (b) O que estão determinadas a fazer sobre isso as nações do mundo?
42 Não é riqueza material, mas sim o representado pelo paraíso espiritual das testemunhas cristãs de Jeová que é a coisa valiosa induzindo a uma invasão mundial por parte da organização terrestre, visível, de Satanás, o Diabo, depois de Babilônia, a Grande, ter sido reduzida a cinzas. O paraíso espiritual deles, que Jeová Deus plantou na terra, representa a reivindicação, por Deus, da soberania sobre toda a terra. Mas as nações do mundo reivindicam para si a soberania sobre a terra, sendo que cada nação-membro das Nações Unidas ainda continua a insistir na sua própria soberania nacional. Os habitantes do paraíso espiritual formam o alicerce duma “nova terra”, duma nova sociedade terrestre; por isso, as nações mundanas, sob o hodierno Gogue de Magogue, querem despojar este alicerce duma “nova terra” e assim manter a velha sociedade terrestre funcionando em seu próprio benefício egoísta, independente do Soberano Senhor Jeová. Conseguir isso significa mais do que prata e ouro, bens materiais e propriedades, para as nações autônomas.
43. (a) É de se esperar que a invasão das hordas de Gogue tenha que efeito sobre as sociedades de personalidade jurídica usadas pelas Testemunhas de Jeová e sobre as propriedades que têm? (b) Significa isso que as testemunhas cristãs de Jeová deixarão de existir?
43 O que significará a entrada das hordas de Gogue no “solo de Israel” após a destruição de Babilônia, a Grande, para as testemunhas cristãs de Jeová, apenas os desenvolvimentos na terra, naquele tempo, dirão eloqüentemente. Não deverá surpreender se as noventa e seis filiais da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia forem fechadas e até mesmo as propriedades delas desapropriadas por governos anti-religiosos. Só o futuro revelará o que acontecerá com os milhares de Salões do Reino construídos pelas testemunhas cristãs de Jeová em todo o globo, nos quais se reúnem para edificação espiritual. Governos estatais ou nacionais aprovam estatutos e registram as diversas sociedades que as Testemunhas de Jeová usam como pessoas jurídicas para fazer a impressão e distribuição de Bíblias e literatura bíblica, e dificilmente se poderia esperar que então reconheçam ou autorizem tais sociedades. Naturalmente, governos políticos antagônicos não poderão dissolver mundialmente as testemunhas cristãs de Jeová, porque estas não são formadas em sociedades sob leis humanas do “César” de qualquer país.
44. Por que serão os governos políticos incapazes de dissolver o “escravo fiel e discreto” e seu corpo governante?
44 Tampouco poderão governos nacionais e estaduais, sob a liderança do hodierno Gogue de Magogue dissolver o “escravo fiel e discreto”, a quem o Rei reinante Jesus Cristo achou fidedigno e designou “sobre todos os seus bens” na terra. Não poderão fazer isso, porque este “escravo” coletivo nunca foi estatuído sob as leis de algum governo político do mundo. (Mateus 24:45-47; Lucas 12:42-44) Esta classe do “escravo” tem existido desde o primeiro século E. C., quando o Amo real, Jesus Cristo, a organizou, e ela tem continuado ativa no serviço dele até o tempo atual, sendo responsável perante ele e não perante César ou Gogue da terra de Magogue. Isto se aplica também ao corpo governante, bíblico, da classe ungida do “escravo fiel e discreto”. Os governos políticos da “fera” simbólica podem dissolver a corporação da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia e sua diretoria, bem como outras sociedades legais das testemunhas cristãs de Jeová em diversos países, mas não podem dissolver nem revogar a designação teocrática do corpo governante, que representa a classe do “escravo fiel e discreto”.
45. Será algo de novo para as testemunhas cristãs de Jeová realizarem sua atividade às ocultas?
45 Não será experiência nova para as testemunhas cristãs de Jeová passar para a atividade subterrânea no cumprimento de suas atividades espirituais. No primeiro século de nossa Era Comum, segundo a história secular, os cristãos fiéis reuniam-se nas catacumbas do Império Romano, durante a sua perseguição animalesca. Neste século vinte, as testemunhas cristãs de Jeová têm continuado com sua atividade de fazer discípulos apesar de proibições e proscrições, mantendo um bem sucedido sistema de atividade subterrânea.
46. (a) Mesmo quando forçados a passar para o subterrâneo, o que farão os do povo de Jeová, preocupados uns com os outros? (b) Resultará esse ataque de Gogue de Magogue na destruição do paraíso espiritual?
46 Já por décadas têm continuado sua adoração e seu serviço ao seu Deus atrás da chamada Cortina de Ferro, que oculta os países comunistas. Mesmo que se vejam obrigados, durante a invasão das hordas de Gogue de Magogue, a passar mundialmente para a atividade subterrânea, continuarão organizados. Tentarão manter as comunicações entre si. Em especial, orarão uns pelos outros quando fisicamente separados de co-adoradores de Jeová. Continuarão a alegrar-se no seu paraíso espiritual, porque sabem que a perseguição violenta às mãos de Gogue de Magogue não significa que perderam o favor, a aprovação e a bênção divinos. Suas qualidades espirituais brilharão mais do que antes, e não permitirão que sua vida espiritual seja apagada por homens que podem apenas matar o corpo, mas, depois disso, não podem fazer mais nada ao cristão fiel, que mantém a sua integridade a Jeová Deus. — Lucas 12:4; Mateus 10:28.
47. Como mostra a profecia dada por meio de Ezequiel que haverá uma invasão literal debaixo de Gogue de Magogue?
47 Quão profundamente Jeová Deus, o Todo-poderoso, permitirá que as hordas sob o hodierno Gogue de Magogue penetrem, as testemunhas atentas de Jeová têm de esperar para ver. Que haverá uma invasão é mostrado pela profecia dada por meio de Ezequiel. “‘E terá de acontecer naquele dia, no dia em que Gogue chegar ao solo de Israel’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová, ‘que meu furor me subirá no nariz. E terei de falar no meu fervor, no fogo da minha fúria. Naquele dia seguramente ocorrerá um grande tremor no solo de Israel. E, por minha causa, forçosamente tremerão os peixes do mar, e as criaturas voadoras dos céus, e os animais selváticos do campo, e todas as coisas rastejantes que se arrastam sobre o solo, e todo o gênero humano na superfície do solo, e realmente serão derrubados os montes e terão de cair os caminhos escarpados, e até mesmo toda muralha cairá por terra’.” — Ezequiel 38:18-20.
48. Como reagirão as testemunhas cristãs de Jeová quando atacadas pelas forças armadas de Gogue de Magogue, e por quê?
48 Embora as testemunhas cristãs de Jeová sofram ataque violento por parte das “forças militares” de Gogue de Magogue, terão segurança espiritual, estando no amor de Jeová e sob a sua aprovação. “Morando em segurança”, segundo a profecia, “todos eles habitando sem marulha”, não tendo “nem mesmo tranca e portas”, tais adoradores do Soberano Senhor Jeová não erguerão a mão em ação violenta contra as fortemente armadas forças de Gogue de Magogue. Deixarão que seu Deus manifeste seu poder protetor sobre eles. Recordarão e depositarão fé nas palavras do profeta, proferidas sob a tensão duma invasão similar contra os adoradores de Jeová: “Não tenhais medo nem fiqueis aterrorizados por causa desta grande massa de gente; pois a batalha não é vossa, mas de Deus.” (2 Crônicas 20:15) Sua confiança no Deus Todo-poderoso não será mal aplicada. Ele fará disso a Sua batalha, porque a luta realmente não é contra eles, mas contra Ele, seu Deus. Ficará então realmente irado e estará plenamente justificado em expressar a sua ira.
49. (a) Qual é o “lugar” mencionado como Har-Magedon na Bíblia? (b) A quem usará Jeová, no seu tempo designado, para guerrear contra seus inimigos terrestres?
49 Terá então chegado o “grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, e o tempo para a “guerra” que assinalará aquele dia da vindicação da soberania universal de Jeová. Este “lugar” figurativo, o estágio explosivo das hostilidades entre Deus, o Todo-poderoso, e as forças de Gogue, chamado em hebraico de Har-Magedon, terá sido atingido. (Revelação 16:14, 16) Não serão as testemunhas cristãs de Jeová na terra, mas o próprio Jeová quem iniciará a batalha contra os inimigos terrestres, então em formação de batalha. Jeová dará o sinal ao seu Grande Marechal de Campo, o Rei Guerreiro Jesus Cristo. Agindo imediatamente ao receber o sinal, em nome de Jeová, ele e suas forças celestiais lançar-se-ão na batalha como que montados em cavalos de guerra. A guerra de importância universal que se seguirá e o que acontecerá às fileiras mundiais das forças militares sob o atual Gogue de Magogue são retratados para nós no último livro das Escrituras Sagradas, inspiradas.
A GUERRA NO “HAR-MAGEDON”
50. Num relato antecipado sobre a guerra no Har-Magedon, que descrição fornece o apóstolo João a respeito dos que lutarão do lado da justiça?
50 O campo de batalha é chamado simbolicamente de Har-Magedon. O tempo disso é após a destruição ardente de Babilônia, a Grande, pelos simbólicos “dez chifres . . . e a fera”. (Revelação 17:16 a 19:9) O apóstolo João, como se fosse correspondente de guerra para algum jornal ou revista noticiosa, fornece-nos um relato antecipado da guerra no “Har-Magedon”, escrevendo: “E eu vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. E o sentado nele chama-se Fiel e Verdadeiro, e ele julga e guerreia em justiça. Seus olhos são chama ardente e na sua cabeça há muitos diademas. Ele tem um nome escrito que ninguém conhece, exceto ele mesmo, e está vestido duma roupa exterior manchada de sangue, e o nome pelo qual é chamado é a Palavra de Deus. Seguiam-no os exércitos que havia no céu, montados em cavalos brancos, e eles se trajavam de linho fino, branco e puro. E da sua boca se estendia uma longa espada afiada, para que golpeasse com ela as nações, e ele as pastoreará com vara de ferro. Ele pisa também o lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso. E sobre a sua roupa exterior, sim, sobre sua coxa, ele tem um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores.” — Revelação 19:11-16.
51. (a) Por que será naquele tempo preciso que as Testemunhas de Jeová, na terra, tenham muita fé? (b) O que é a “longa espada afiada” que se estende da boca do Rei dos reis?
51 Esses “exércitos que havia no céu”, sob o comando do Rei dos reis, não se tornarão visíveis para as nações aguerridas na terra. De modo que exigirá fé da parte das testemunhas inofensivas e desarmadas de Jeová na terra para crer que tais exércitos celestiais venham em socorro delas, na sua maior necessidade. Contudo, aqueles exércitos invisíveis farão sentir sua atividade na batalha em todas as nações sob a liderança de Gogue de Magogue, Satanás, o Diabo. O Rei dos reis “pastoreará” as nações “com vara de ferro”, e elas sentirão isso ao serem despedaçadas quais vasos de barro do oleiro. Ele é a Palavra de Deus, e, assim, a “longa espada afiada”, que se estende de sua boca, são as palavras de julgamento procedentes de sua boca, para a execução das nações; e o que a sua boca disser será executado nas nações, golpeando-as fatalmente.
52. (a) De que modo será aquilo que acontecerá às nações semelhante ao que se faz com uvas no lagar? (b) Jeová expressará seu furor como que por meio de que, segundo as Escrituras?
52 Visto que o Rei dos reis “pisa também o lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso”, significa que as nações serão como que esmagadas. Ajustando-se ao quadro, serão lançadas quais uvas maduras no enorme “lagar de vinho” onde se abaterá sobre elas a “ira do furor de Deus, o Todo-poderoso”, com efeito esmagador. O Rei dos reis e seus exércitos celestiais, a cavalo, participarão na obra de esmagamento, em pisar este simbólico lagar de vinho. A forma em que se realizará a pisa simbólica corresponderá ao que Jeová Deus, o Todo-poderoso, diz sobre como expressará sua ira e seu furor ardente contra as hordas de Gogue de Magogue, como que com terremoto, pestilência, chuvas inundantes, saraiva, fogo e enxofre, com muito derramamento de sangue. — Ezequiel 38:18-22; veja Joel 3:9-16; Revelação 14:18-20.
53, 54. (a) Obviamente, quem será o vencedor na guerra universal do Har-Magedon? (b) Mesmo já antes do fim da guerra, que convite se faz “a todas as aves que voam pelo meio do céu”?
53 Como é que podem os exércitos multinacionais em formação de batalha, sob o seu espiritual Gogue de Magogue, esperar resistir ao Rei dos reis e Senhor dos senhores, que luta pela soberania universal do Deus Altíssimo e Todo-poderoso, Jeová? Nunca poderão fazer isso, nem mesmo como organização das Nações Unidas e nações nucleares! Quem será o vencedor na guerra universal do Har-Magedon é uma conclusão inevitável. Os cadáveres dos inimigos mortos, com que o Deus Todo-poderoso fará com que o campo de batalha esteja cheio, fornecerão o que é chamado de “grande refeição noturna de Deus”, para todas as aves necrófagas que voam pelo meio do céu. Mesmo já antes de se travar a guerra até o fim, representa-se um anjo celestial, vestido da luz solar, como convidando todas estas aves a virem ao grande banquete que Deus faz para elas no Har-Magedon. Sobre isso, nosso repórter noticioso, João, diz:
54 “Eu vi também um anjo em pé no sol, e ele clamou com voz alta e disse a todas as aves que voam pelo meio do céu: ‘Vinde para cá, ajuntai-vos para a grande refeição noturna de Deus, para comerdes as carnes de reis, e as carnes de comandantes militares, e as carnes de homens fortes, e as carnes de cavalos e dos sentados neles, e as carnes de todos, tanto de homens livres como de escravos, e de pequenos e de grandes.”’ — Revelação 19:17, 18.
55. (a) Por que não se convida as aves a alimentar-se da “fera” e do “falso profeta”? (b) Que criaturas, além das aves, são convidadas ao banquete, segundo a profecia de Ezequiel?
55 Notamos aqui que “todas as aves que voam pelo meio do céu” não são convidadas a se alimentarem dos cadáveres da “fera” política e do “falso profeta” político. (Revelação 13:1-8, 11-13; 16:13) O quadro pintado aqui é estritamente o dum campo de batalha cheio de cadáveres das forças combatentes dum exército. Não é o quadro da perseguição duma fera selvagem e dum ataque militar contra um solitário “falso profeta”. Na visão do profeta Ezequiel, do ataque feito pelas forças de Gogue contra o povo restabelecido de Jeová no seu paraíso espiritual, convidam-se mais do que “aves de toda espécie de asa” para se alimentarem dos cadáveres dos inimigos derrotados. Convidam-se também “todos os animais selváticos do campo” para comerem “a carne de poderosos”, “de cavalos e de condutores de carros, de poderosos e de toda sorte de guerreiros”. (Ezequiel 39:17-20) O desdém e desprezo de Jeová para com os esmagados pelos seus exércitos celestiais no “lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso”, são demonstrados em se deixarem os cadáveres dos inimigos mortos jazer sem enterro, como carniça para aves e animais.
56. Como representa Revelação capítulo 17 as forças terrestres, combinadas, sob Gogue de Magogue no seu ataque contra o Rei de Jeová?
56 Toda a organização conjunta, visível, de Satanás, o Diabo, estará empenhada na luta. O conjunto das forças terrestres debaixo de Gogue de Magogue, contra o Rei dos reis de Jeová, é retratado como ataque por uma única “fera” coletiva de sete cabeças e dez chifres. Esta “fera” cor de escarlate é retratada como primeiro destruindo Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. Disse-se ao apóstolo João a respeito dos governantes políticos, anti-religiosos, retratados pelos dez chifres da “fera” coletiva: “Estes têm um só pensamento, e assim, dão o seu poder e autoridade à fera [as Nações Unidas]. Estes batalharão contra o Cordeiro, mas, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, o Cordeiro os vencerá. Também o farão com ele os chamados, e escolhidos, e fiéis.” — Revelação 17:13, 14.
57. (a) O que significa ser o Cordeiro chamado “Senhor dos senhores e Rei dos reis”? (b) Quem será o alvo do ataque da “fera”, que representa as Nações Unidas?
57 A luta duma fera de sete cabeças e dez chifres contra um cordeiro parece ser uma guerra bem desigual. Mas o Cordeiro simbólico, nesta profecia, é o Senhor dos senhores e Rei dos reis, designado por Jeová, portanto, superior a todos os senhores e reis reunidos na “fera” simbólica, as Nações Unidas de 144 membros. Sendo terrenos, não poderão ver o Cordeiro, com seus olhos humanos, para combatê-lo diretamente. Mas podem ver na terra, na carne, os do restante ungido dos “chamados, e escolhidos, e fiéis”. Visto que esses representam o Rei dos reis e Senhor dos senhores, as nações-membros das Nações Unidas batalharão contra ele por guerrearem expressamente contra o restante ungido de seus co-herdeiros do Reino. Com os deste restante fiel associam-se os inúmeros membros da “grande multidão”, que tomam firmemente sua posição do lado da soberania universal de Jeová e que seguem o Pastor excelente, Jesus Cristo, Filho real de Jeová. De modo que esses discípulos que pertencem à “grande multidão” também sofrem junto com o restante ungido o ataque das Nações Unidas anti-religiosas.
58. Que espécie de vitória acontecerá naquele tempo (a) por parte do Rei dos reis (b) e por parte dos seus súditos?
58 Os “dez chifres” simbólicos e a “fera” cor de escarlate fracassarão em destruir todos os representantes fiéis do Rei dos reis, na terra. Assim como no quadro profético do ataque de Gogue de Magogue, fracassarão em eliminar o paraíso espiritual, em que “os chamados, e escolhidos, e fiéis” e a “grande multidão” se encontram sob a proteção do Rei dos reis. (Revelação 7:9-17; 12:17) O rei dos reis, com seus exércitos celestiais, angélicos, vencerá literalmente os “dez chifres” combatentes, pertencentes à organização mundial da “fera”. Na terra, “os chamados, e escolhidos, e fiéis”, com o Rei dos reis, vencerão pela fé cristã, nunca renegando o direito do Rei dos reis, de governar toda a terra, nem tampouco negando a soberania universal do Rei da Eternidade, Jeová Deus. (Revelação 15:3) A “grande multidão” de habitantes companheiros no paraíso espiritual também se negará a transigir e a ceder à reivindicação da “fera” de sete cabeças e dez chifres da dominação mundial sobre toda a terra.
59, 60. (a) Poderá acontecer que alguns dos que vencem pela fé não obstante morram às mãos dos inimigos naquele tempo? (b) Que esperança os fortalecerá para provarem assim sua lealdade à soberania de Jeová? (c) Há qualquer possibilidade de que o restante ungido e a “grande multidão” sejam completamente eliminados pelo inimigo naquela ocasião?
59 Deus, o Todo-poderoso, talvez permita que alguns dos que vencem pela fé provem sua lealdade à soberania universal Dele por sofrerem a morte às mãos de opositores violentos do reino messiânico de Jeová. Isto, porém, não significará que são executados pelos exércitos angélicos de Jeová, sob o Marechal de Campo Dele, Jesus Cristo.
60 Estes fiéis mártires que sofrem pela soberania divina do universo morrerão fiéis, como vindicadores do governo legítimo de Jeová por Cristo. Morrerão no favor e apreço de Jeová. Não serão lançados na “segunda morte” de destruição eterna, simbolizada pelo “lago ardente que queima com enxofre”. (Revelação 19:20; 20:10, 14, 15; 21:8) Morrerão sem terem sido vencidos, assim como o próprio Jesus Cristo, com a esperança fortalecedora duma ressurreição dentre os mortos, no tempo devido de Deus. (Revelação 2:10; 14:13; 20:4, 6, 11-13) Contudo, o pleno número dos membros do restante ungido não será morto pelos opositores combatentes do reino messiânico de Jeová. Também, Revelação 7:9-14 nos assegura que outros sobreviventes deste clímax da “grande tribulação” serão os inúmeros membros da “grande multidão”. Permite-se que talvez pessoas individuais morram, mas não o restante e a “grande multidão” como um todo.
ANIQUILAMENTO DOS OPOSITORES DO REI
61. Em Revelação 19:19-21, que descrição fornece o apóstolo João a respeito daqueles que são executados no Har-Magedon?
61 Os que forem executados na terra como impróprios para a vida eterna, na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, são mencionados pelo apóstolo João em Revelação 19:19-21. Naquela notícia antecipada, João escreve: “E eu vi a fera e os reis da terra, e os seus exércitos, ajuntados para travar guerra com aquele [o Rei dos reis e Senhor dos senhores] que está sentado no cavalo e com o seu exército. E a fera [o sistema político, mundial, de Satanás] foi apanhada, e junto com ela o falso profeta, que realizava na frente dela os sinais com que desencaminhava os que tinham merecido a marca da fera e os que prestavam adoração à sua imagem [as Nações Unidas]. Ambos, ainda vivos, foram lançados no lago ardente que queima com enxofre. Mas os demais foram mortos com a longa espada daquele sentado no cavalo, espada que se estendia da sua boca. E todas as aves se saciaram das carnes deles.”
62. Até que ponto serão as nações caraterizadas pela irreligiosidade naquele tempo?
62 No tempo em que se travar esta guerra no Har-Magedon, Babilônia, a Grande, já terá sido exterminada. Por isso não se descreve ali a destruição deste império mundial da religião falsa. Nesta altura dos acontecimentos, quando a irreligiosidade total permear as nações, também já terão desaparecido quaisquer “reis” que talvez chorassem por um tempo por não poderem mais cometer fornicação com Babilônia, a Grande, e também quaisquer “comerciantes viajantes” que talvez chorassem ou pranteassem por não poder mais fazer negócios egoístas com ela, e também “todo capitão de navio e todo homem que viajar para alguma parte, e os marujos, e todos os que vivem do mar”, todos os quais talvez tivessem chorado e pranteado por não poderem mais empenhar-se no seu comércio egoísta com Babilônia, a Grande. (Revelação 18:9-19) Esses, se quiserem sobreviver depois da destruição de Babilônia, a Grande, ficarão obrigados a se tornar radicalmente anti-religiosos, com exceção da adoração da “imagem” política da “fera” de sete cabeças e dez chifres, à qual Satanás, o Dragão, deu poder, autoridade e um trono. — Revelação 13:1-8; 14:9-11; 16:2.
63. Indica a destruição do Império mundial da religião falsa, por parte dos governantes terrestres, qualquer amor ao reino messiânico de Deus da sua parte, e como revelam isso?
63 Portanto, no tempo do cumprimento da visão da batalha de Revelação 19:19-21, a “fera” simbólica e os “reis da terra, e os seus exércitos”, já terão eliminado Babilônia, a Grande, em expressão de seu ódio daquela “meretriz” religiosa. Ela nunca representou o governo teocrático de Jeová, nem mesmo o fez aquela parte dela chamada cristandade. A destruição de Babilônia, a Grande, como religião falsa, porém, não significa qualquer amor da parte dos “reis da terra, e os seus exércitos”, pelo reino messiânico de Deus. Aqueles reis terrestres e seus exércitos odeiam esse reino, por amarem sua própria soberania política sobre toda a terra. Assim, pois, com o desaparecimento de Babilônia, a Grande, poderão concentrar-se em travar guerra contra Jesus Cristo e o reino celestial que ele administra.
64. (a) Por que são o restante e a “grande multidão” ofensivos para os “reis da terra, e os seus exércitos”? (b) Por que meios pode-se esperar que os inimigos do povo de Jeová guerreiem contra este?
64 Os do restante sobrevivente dos co-herdeiros ungidos de Cristo e também os da “grande multidão” de seus companheiros leais ter-se-ão tornado alvo das nações mundanas por proclamarem em toda a terra habitada as boas novas do reino messiânico, em testemunho a todas as nações, até o fim. (Mateus 24:14) Tais defensores da soberania universal de Jeová são ofensivos e abomináveis para os “reis da terra, e os seus exércitos”. De modo que estes expressam sua hostilidade ao invisível Rei dos reis por travarem guerra, usando os meios políticos, militares, judiciais e econômicos à sua disposição. Exterminem-nos! será o lema dos “reis da terra, e os seus exércitos”. O Rei dos reis celestial considerará a ação hostil deles contra o restante ungido e a “grande multidão” como feita contra ele mesmo. No sinal bem cronometrado da parte do Comandante Supremo, Jeová Deus, ele e seus exércitos angélicos entrarão na batalha contra os inimigos que desafiam a Deus, na terra.
65, 66. (a) Como é a união dos inimigos terrestres de Deus quebrantada no Har-Magedon, conforme descrito em Revelação 19:20? (b) O que indica o fato de a “fera” e o “falso profeta” ‘ainda estarem vivos’ quando esta ação ocorrer? (c) O que indica o fato de serem lançados no “lago ardente que queima com enxofre”?
65 O primeiro movimento será para quebrantar a unidade dos inimigos terrestres. Isto significará despedaçar o sistema político mundial, simbolizado pela “fera” que ascendeu do mar. Com a dissolução dela, vem o destroçamento da Oitava Potência Mundial, as Nações Unidas, como organização global de paz e segurança mundiais, simbolizada pela “imagem da fera”, e também da Sétima Potência Mundial, a saber, a Potência Mundial Dupla Anglo-Americana, simbolizada pelo “falso profeta”. Por isso, o apóstolo João nos diz:
66 “E a fera foi apanhada, e junto com ela o falso profeta, que realizava na frente dela os sinais com que desencaminhava os que tinham recebido a marca da fera e os que prestavam adoração à sua imagem. Ambos, ainda vivos, foram lançados no lago ardente que queima com enxofre.” (Revelação 19:20) Estarem essas organizações políticas ‘ainda vivas’ quando se der esta ação indica que tais organizações mundiais da atualidade ainda funcionarão quando começar a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. Tanto a “fera” dominadora do mundo como o “falso profeta” anglo-americano serão apanhados no meio de seus esforços destrutivos contra o restante ungido e a “grande multidão” no paraíso espiritual destes. Seguir-se-á a desorganização deles, e, em vez de destruírem o restante e a “grande multidão”, tais organizações políticas de homens que desafiam a Deus serão aniquiladas para todo o sempre. Sua morte violenta será uma “segunda morte”, da qual não haverá reorganização. Por isso são representados como sendo lançados no “lago ardente que queima com enxofre”.
67. Quando se juntarão Satanás, o Diabo, e seus demônios à “fera” e ao “falso profeta” naquele “lago ardente”?
67 Assim se vê que, mesmo no tempo da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, e antes de Satanás, o Diabo, ser lançado no abismo e começar o reinado milenar de Cristo sobre a humanidade, há a imposição da “segunda morte” aos que travam guerra no Har-Magedon contra o Rei dos reis e seu reino messiânico. A pena da “segunda morte” é simbolizada pelo “lago ardente que queima com enxofre”. No tempo devido de Deus, após o encerramento do reinado milenar de Cristo, juntar-se-ão às organizações políticas dos homens, representadas pela “fera” e pelo “falso profeta”, naquele “lago ardente”, Satanás, o Diabo, e todos os seus anjos demoníacos. (Revelação 20:10) Este será o “fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”. — Mateus 25:41.
68. Com a eliminação da velha ordem visível do homem, qual será a grandiosa perspectiva dos sobreviventes?
68 Assim, com o desaparecimento violento da religiosa Babilônia, a Grande, e das organizações políticas representadas pela “fera” de sete cabeças e pelo “falso profeta”, a velha ordem visível do homem dará lugar à nova ordem de Deus na terra. Será o período mais difícil da história humana em que viver. (Mateus 24:21, 22; Daniel 12:1) Contudo, haverá sobreviventes na terra. Felizes serão os que sobreviverem para a bendita nova ordem de Deus!