Capítulo 38
Louve a Jah pelos seus julgamentos!
1. Que palavras João ouve “como a voz alta duma grande multidão no céu”?
BABILÔNIA, A GRANDE, não mais existe! Essa notícia realmente dá alegria. Não é de admirar que João ouça exclamações alegres de louvor no céu! “Depois destas coisas ouvi o que era como a voz alta duma grande multidão no céu. Disseram: ‘Aleluia!a A salvação, e a glória, e o poder pertencem ao nosso Deus, porque os seus julgamentos são verdadeiros e justos. Pois ele executou o julgamento na grande meretriz que corrompia a terra com a sua fornicação, e das mãos dela vingou o sangue dos seus escravos.’ E disseram imediatamente, pela segunda vez: ‘Aleluia!* E a fumaça dela está ascendendo para todo o sempre.’” — Revelação 19:1-3.
2. (a) O que significa a palavra “aleluia”, e o que é demonstrado neste ponto por João ouvi-la duas vezes? (b) Quem recebe a glória pela destruição de Babilônia, a Grande? Queira explicar isso.
2 Deveras, aleluia! Essa palavra significa “louvai a Jah”, sendo “Jah” a forma abreviada do nome divino, Jeová. Somos aqui lembrados da exortação do salmista: “Toda coisa que respira — louve ela a Jah. Louvai a Jah!” (Salmo 150:6) Ouvir João neste ponto de Revelação o exultante coro celestial cantar duas vezes “aleluia!” demonstra a continuidade da revelação divina da verdade. O Deus das Escrituras Gregas Cristãs é o mesmo Deus das anteriores Escrituras Hebraicas, e seu nome é Jeová. O Deus que causou a queda da antiga Babilônia agora já havia julgado e destruído Babilônia, a Grande. Atribua-se-lhe toda a glória por essa façanha! O poder que manobrou a queda dela pertence a ele, em vez de às nações que ele usou como instrumentos para desolá-la. Temos de atribuir a salvação exclusivamente a Jeová. — Isaías 12:2; Revelação 4:11; 7:10, 12.
3. Por que é que a grande meretriz merece tanto seu julgamento?
3 Por que é que a grande meretriz merecia tanto esse julgamento? Segundo a lei que Jeová dera a Noé — e por meio deste a toda a humanidade — o derramamento impiedoso de sangue requer a sentença de morte. Isso foi novamente declarado na Lei de Deus para Israel. (Gênesis 9:6; Números 35:20, 21) Além disso, sob aquela Lei mosaica, tanto o adultério físico como o espiritual mereciam a morte. (Levítico 20:10; Deuteronômio 13:1-5) Durante milhares de anos, Babilônia, a Grande, tem sido culpada de derramar sangue, e ela é uma flagrante fornicadora. Por exemplo, a orientação da Igreja Católica Romana, de proibir o casamento de seus sacerdotes, tem resultado em flagrante imoralidade por parte de muitos desses, e muitos deles contraíram aids. (1 Coríntios 6:9, 10; 1 Timóteo 4:1-3) Mas os grandes pecados dela, ‘que se acumularam até os céus’, são os seus chocantes atos de fornicação espiritual — que consistem em ela ensinar falsidades e em se aliar a políticos corruptos. (Revelação 18:5) Visto que ela finalmente foi atingida pela punição, a multidão celestial ecoa agora um segundo aleluia.
4. O que é simbolizado pelo fato de que a fumaça de Babilônia, a Grande, “está ascendendo para todo o sempre”?
4 Babilônia, a Grande, foi incendiada como uma cidade conquistada, e a fumaça dela “está ascendendo para todo o sempre”. Quando exércitos conquistadores incendeiam uma cidade literal, a fumaça dela continua subindo enquanto as cinzas estão quentes. Quem tentasse reconstruí-la enquanto ainda fumegava simplesmente se queimaria com as ruínas em brasas. Visto que a fumaça de Babilônia, a Grande, ascenderá “para todo o sempre”, em símbolo do caráter definitivo do seu julgamento, ninguém jamais conseguirá reconstruir essa cidade iníqua. A religião falsa terá desaparecido para sempre. Deveras, aleluia! — Veja Isaías 34:5, 9, 10.
5. (a) O que os 24 anciãos e as quatro criaturas viventes fazem e dizem? (b) Por que o refrão de aleluia é muito mais melodioso do que os coros de aleluia cantados nas igrejas da cristandade?
5 Numa visão anterior, João observou ao redor do trono quatro criaturas viventes, junto com os 24 anciãos que representam os herdeiros do Reino na sua gloriosa posição celestial. (Revelação 4:8-11) Agora, ele os vê de novo, ao passo que trovejam um terceiro aleluia por causa da destruição de Babilônia, a Grande: “E os vinte e quatro anciãos e as quatro criaturas viventes prostraram-se e adoraram a Deus sentado no trono, dizendo: ‘Amém! Aleluia!’”b (Revelação 19:4) Esse grandioso coro de aleluia, portanto, é adicional ao “novo cântico” de louvor ao Cordeiro. (Revelação 5:8, 9) Eles entoam agora o magnífico refrão de vitória, atribuindo toda a glória ao Soberano Senhor Jeová, por causa da decisiva vitória dele sobre a grande meretriz, Babilônia, a Grande. Esses aleluias ressoam de modo muito mais melodioso do que qualquer coro de aleluia cantado nas igrejas da cristandade, nas quais Jeová, ou Jah, tem sido desonrado e desprezado. Tais cantos hipócritas, que vituperam o nome de Jeová, ficam agora silenciados para sempre!
6. A “voz” de quem se ouve, a que ela insta e quem participa na resposta?
6 Foi em 1918 que Jeová começou a recompensar ‘os que temiam o seu nome, os pequenos e os grandes’ — os primeiros destes foram os cristãos ungidos que haviam morrido fiéis, aos quais ele ressuscitou e posicionou nas fileiras celestiais dos 24 anciãos. (Revelação 11:18) Outros se juntam a eles em cantar os aleluias, porque João relata: “Saiu também uma voz do trono, dizendo: ‘Dai louvores ao nosso Deus, todos vós os seus escravos, os que o temeis, os pequenos e os grandes.’” (Revelação 19:5) Essa é a “voz” do Porta-Voz de Jeová, seu próprio Filho, Jesus Cristo, que está posicionado “no meio do trono”. (Revelação 5:6) Não somente no céu, mas também aqui na Terra, “todos vós os seus escravos” participam em cantar, tomando a classe ungida de João a dianteira aqui na Terra. Como esses exultam em participar em obedecer à ordem: “Dai louvores ao nosso Deus”!
7. Depois de Babilônia, a Grande, estar destruída, quem louvará a Jeová?
7 Sim, aqueles que são da grande multidão também são contados entre esses escravos. Desde 1935, esses têm saído de Babilônia, a Grande, e têm sentido o cumprimento da promessa de Deus: “Abençoará os que temem a Jeová, tanto aos pequenos como aos grandes.” (Salmo 115:13) Quando a meretrícia Babilônia estiver destruída, milhões deles se juntarão em dar “louvores ao nosso Deus” — junto com os da classe de João e toda a hoste celestial. Mais tarde, os que forem ressuscitados na Terra, quer anteriormente tivessem destaque, quer não, sem dúvida entoarão outros aleluias ao saber que Babilônia, a Grande, desapareceu para sempre. (Revelação 20:12, 15) Todo louvor cabe a Jeová pela sua retumbante vitória sobre a secular meretriz!
8. Que incentivo os coros celestiais de louvor presenciados por João devem dar-nos agora, antes de Babilônia, a Grande, ser destruída?
8 Quanto incentivo tudo isso nos dá para participarmos plenamente na obra de Deus para hoje! Que todos os servos de Jah se devotem de coração e alma à proclamação dos julgamentos de Deus, junto com a grandiosa esperança do Reino, agora, antes de Babilônia, a Grande, ser destronada e destruída. — Isaías 61:1-3; 1 Coríntios 15:58.
‘Aleluia — Jeová É Rei!’
9. Por que o último aleluia tem um som tão pleno e sonoro?
9 Há motivos adicionais para regozijo, conforme João prossegue a dizer-nos: “E ouvi o que era como a voz duma grande multidão, e como o som de muitas águas, e como o som de fortes trovões. Disseram: ‘Aleluia,c porque Jeová, nosso Deus, o Todo-poderoso, tem começado a reinar.’” (Revelação 19:6) Esse último aleluia é o que torna a proclamação quadrangular, ou simétrica. É um poderoso som celestial, mais magnificente do que qualquer coro humano, mais majestoso do que qualquer catarata terrena, e mais atemorizante do que qualquer temporal terrestre. As miríades de vozes celestiais celebram o fato de que “Jeová, nosso Deus, o Todo-poderoso, tem começado a reinar”.
10. Em que sentido se pode dizer que Jeová começa a reinar depois da devastação de Babilônia, a Grande?
10 Como se dá, então, que Jeová começa a reinar? Passaram-se milênios desde que o salmista declarou: “Deus é meu Rei desde outrora.” (Salmo 74:12) O reinado de Jeová mesmo então já era antigo, portanto, como é que o coro universal pode cantar que “Jeová . . . tem começado a reinar”? É no sentido de que, quando Babilônia, a Grande, for destruída, Jeová não mais terá essa presunçosa rival para ameaçar a obediência a ele como Soberano Universal. A religião falsa não mais instigará os governantes da Terra a se oporem a Ele. Quando a antiga Babilônia caiu do domínio mundial, Sião ouviu a proclamação vitoriosa: “Teu Deus tornou-se rei!” (Isaías 52:7) Após o nascimento do Reino em 1914, os 24 anciãos proclamaram: “Agradecemos-te, Jeová Deus, . . . porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar.” (Revelação 11:17) Agora, depois da devastação de Babilônia, a Grande, clama-se novamente: “Jeová . . . tem começado a reinar.” Não resta mais nenhum deus criado pelo homem para contestar a soberania do verdadeiro Deus, Jeová!
É Iminente o Casamento do Cordeiro!
11, 12. (a) Como é que a Jerusalém antiga se dirigiu à antiga Babilônia, estabelecendo que modelo com respeito à Nova Jerusalém e Babilônia, a Grande? (b) Em vista da vitória sobre Babilônia, a Grande, o que as hostes celestiais cantam e anunciam?
11 “Ó inimiga minha”! Foi assim que Jerusalém, lugar do templo da adoração de Jeová, se dirigiu à idólatra Babilônia. (Miqueias 7:8) Do mesmo modo, “a cidade santa, Nova Jerusalém”, composta da noiva de 144.000 membros, tem tido todos os motivos para chamar Babilônia, a Grande, de sua inimiga. (Revelação 21:2) Mas, por fim, a grande meretriz sofreu adversidade, calamidade e ruína. As práticas espíritas e os astrólogos dela não conseguiram salvá-la. (Veja Isaías 47:1, 11-13.) Trata-se, de fato, de uma grande vitória para a verdadeira adoração!
12 Desaparecida para sempre a repugnante meretriz, Babilônia, a Grande, pode-se agora focalizar a atenção na virginal noiva do Cordeiro! Por isso, as multidões celestiais cantam exultantemente em louvor a Jeová: “Alegremo-nos e estejamos cheios de alegria, e demos-lhe a glória, porque chegou o casamento do Cordeiro e a sua esposa já se preparou. Sim, foi-lhe concedido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro, pois o linho fino representa os atos justos dos santos.” — Revelação 19:7, 8.
13. Que preparativos para o casamento do Cordeiro têm sido feitos no decorrer dos séculos?
13 No decorrer dos séculos, Jesus tem feito amorosos preparativos para esse casamento celestial. (Mateus 28:20; 2 Coríntios 11:2) Ele tem purificado os 144.000 do Israel espiritual, a fim de “que apresentasse a congregação a si mesmo em todo o seu esplendor, não tendo nem mancha nem ruga, nem qualquer dessas coisas, mas para que fosse santa e sem mácula”. (Efésios 5:25-27) Para poder obter o “prêmio da chamada para cima”, cada cristão ungido teve de despir-se da velha personalidade com as suas práticas, revestir-se da nova personalidade cristã e realizar atos “de toda a alma como para Jeová”. — Filipenses 3:8, 13, 14; Colossenses 3:9, 10, 23.
14. Como Satanás tem tentado contaminar os prospectivos membros da esposa do Cordeiro?
14 A partir de Pentecostes de 33 EC, Satanás tem usado Babilônia, a Grande, como seu instrumento na tentativa de contaminar os prospectivos membros da esposa do Cordeiro. Lá pelo fim do primeiro século, ele havia lançado na congregação as sementes da religião babilônica. (1 Coríntios 15:12; 2 Timóteo 2:18; Revelação 2:6, 14, 20) O apóstolo Paulo descreve aqueles que subvertiam a fé, nas seguintes palavras: “Porque tais homens são falsos apóstolos, trabalhadores fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, pois o próprio Satanás persiste em transformar-se em anjo de luz.” (2 Coríntios 11:13, 14) Nos séculos seguintes, a cristandade apóstata, assim como o restante de Babilônia, a Grande, revestiu-se das roupas de riqueza e de privilégios, “de púrpura e de escarlate, . . . de ouro, e de pedra preciosa, e de pérolas”. (Revelação 17:4) Seus clérigos e seus papas juntaram-se a imperadores sanguinários, tais como Constantino e Carlos Magno. Ela nunca se revestiu dos “atos justos dos santos”. Como noiva de imitação, ela era realmente uma obra-prima de fraude satânica. Finalmente, ela já se foi para sempre!
A Esposa do Cordeiro Já Se Preparou
15. Como se faz a selagem, e o que se requer dum cristão ungido?
15 Portanto, agora, depois de quase 2.000 anos, todos os 144.000 da classe da noiva já se aprontaram. Mas em que ponto do tempo pode-se dizer que ‘a esposa do Cordeiro já se preparou’? Progressivamente, a partir de Pentecostes de 33 EC, os ungidos crentes têm sido “selados com o prometido espírito santo”, visando o vindouro “dia de livramento por meio de resgate”. Conforme o apóstolo Paulo o expressou, Deus “pôs também o seu selo sobre nós e nos deu o penhor daquilo que há de vir, isto é, o espírito, em nossos corações”. (Efésios 1:13; 4:30; 2 Coríntios 1:22) Cada cristão ungido é ‘chamado e escolhido’, e se tem mostrado ‘fiel’. — Revelação 17:14.
16. (a) Quando se completou a selagem do apóstolo Paulo, e como sabemos isso? (b) Quando a esposa do Cordeiro ‘se terá preparado’ plenamente?
16 Depois de passar por décadas de provas, o próprio Paulo podia declarar: “Tenho travado a luta excelente, tenho corrido até o fim da carreira, tenho observado a fé. Doravante me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, o justo juiz, me dará como recompensa naquele dia, contudo, não somente a mim, mas também a todos os que amaram a sua manifestação.” (2 Timóteo 4:7, 8) A selagem do apóstolo parece ter sido completada, embora ele ainda estivesse na carne e ainda enfrentaria o martírio. De maneira similar, tem de vir o tempo em que todos os remanescentes dos 144.000 na Terra terão sido individualmente selados como pertencentes a Jeová. (2 Timóteo 2:19) Isso acontecerá quando a esposa do Cordeiro se tiver plenamente preparado — a grande maioria dos 144.000 então já terá recebido sua recompensa celestial e aqueles que ainda estiverem na Terra já terão sido finalmente aprovados e selados como fiéis.
17. Quando poderá realizar-se o casamento do Cordeiro?
17 Nesse ponto no cronograma de Jeová, quando a selagem dos 144.000 tiver sido completada, os anjos soltarão os quatro ventos da grande tribulação. (Revelação 7:1-3) Primeiro se executa o julgamento na meretrícia Babilônia, a Grande. A seguir, o vitorioso Cristo passa rapidamente para o Armagedom, a fim de destruir o restante da organização de Satanás na Terra e, finalmente, lançar Satanás e seus demônios no abismo. (Revelação 19:11–20:3) Se alguns dos ungidos ainda estiverem na Terra, sem dúvida terão sua recompensa celestial logo depois de Cristo concluir a sua vitória e se juntarão aos seus companheiros, membros da classe da noiva. Daí, no tempo devido de Deus, o casamento do Cordeiro poderá ser realizado!
18. Como o Salmo 45 confirma a sequência dos eventos com respeito ao casamento do Cordeiro?
18 O relato profético no Salmo 45 descreve a sequência dos acontecimentos. Primeiro, o Rei entronizado sai cavalgando para vencer seus inimigos. (Versículos 1-7) Daí se realiza o casamento, sendo a noiva celestial assistida na Terra pelas suas companheiras virgens, a grande multidão. (Versículos 8-15) A seguir, o casamento se torna frutífero, sendo os humanos ressuscitados levados à perfeição sob a supervisão de “príncipes em toda a terra”. (Versículos 16, 17) Quão gloriosas são as bênçãos que acompanham o casamento do Cordeiro!
Felizes os Convidados
19. Qual é a quarta das sete felicidades em Revelação, e quem participa dessa felicidade específica?
19 João registra agora a quarta das sete felicidades em Revelação: “E ele [o anjo que vem revelando essas coisas a João] me diz: ‘Escreve: Felizes os convidados à refeição noturna do casamento do Cordeiro.’ Ele me diz também: ‘Estas são as palavras verazes de Deus.’” (Revelação 19:9)d Os convidados para “a refeição noturna do casamento do Cordeiro” são os membros da classe da noiva. (Veja Mateus 22:1-14.) Todo o grupo nupcial de ungidos participa na felicidade de receber esse convite. A maioria dos convidados já foram para o céu, o lugar da refeição noturna nupcial. Aqueles que ainda estão na Terra também são felizes de receberem o convite. Seu lugar na refeição noturna nupcial está assegurado. (João 14:1-3; 1 Pedro 1:3-9) Quando forem ressuscitados para o céu, então a noiva toda, unida, passará a participar com o Cordeiro naquele supremamente feliz casamento.
20. (a) Qual é a implicação das palavras: “Estas são as palavras verazes de Deus”? (b) Que efeito as palavras do anjo tiveram sobre João, e qual foi a reação do anjo?
20 O anjo acrescenta então que “estas são as palavras verazes de Deus”. Esta palavra, “verazes”, traduz a palavra grega a·le·thi·nós e significa “genuíno” ou “fidedigno”. Visto que essas palavras são realmente da parte de Jeová, elas são fiéis e fidedignas. (Veja 1 João 4:1-3; Revelação 21:5; 22:6.) João, como convidado para essa festa de casamento, deve ter ficado cheio de alegria ao ouvir isso e ao contemplar as bênçãos que aguardam os da classe da noiva. De fato, ele ficou tão profundamente comovido que o anjo teve de dar-lhe conselho, conforme João relata: “Prostrei-me então diante dos seus pés para adorá-lo. Mas ele me diz: ‘Toma cuidado! Não faças isso! Sou apenas coescravo teu e dos teus irmãos, que têm a obra de dar testemunho de Jesus. Adora a Deus.’” — Revelação 19:10a.
21. (a) O que Revelação desvenda com respeito aos anjos? (b) Que atitude os cristãos devem ter para com os anjos?
21 Em toda a Revelação dá-se um notável testemunho da fidelidade e diligência dos anjos. Eles estão envolvidos na transmissão da verdade revelada. (Revelação 1:1) Atuam ao lado de humanos na pregação das boas novas e no derramamento das pragas simbólicas. (Revelação 14:6, 7; 16:1) Lutaram ao lado de Jesus para lançar do céu a Satanás e seus anjos, e lutarão de novo ao lado dele no Armagedom. (Revelação 12:7; 19:11-14) De fato, eles têm acesso à própria pessoa de Jeová. (Mateus 18:10; Revelação 15:6) Não obstante, não são mais do que humildes escravos de Deus. Não há lugar na adoração pura para se adorar anjos, ou mesmo para uma adoração relativa, na qual se dirija a adoração a Deus mediante algum “santo” ou anjo. (Colossenses 2:18) Os cristãos adoram apenas a Jeová, apresentando suas petições a ele em nome de Jesus. — João 14:12, 13.
O Papel de Jesus na Profecia
22. O que o anjo diz a João, e o que essas palavras significam?
22 O anjo diz então: “Pois, dar-se testemunho de Jesus é o que inspira o profetizar.” (Revelação 19:10b) Em que sentido? Isso significa que todas as profecias inspiradas vieram a existir por causa de Jesus e do papel que desempenha nos propósitos de Jeová. A primeira profecia na Bíblia prometeu a vinda dum descendente. (Gênesis 3:15) Jesus tornou-se esse Descendente. Revelações subsequentes edificaram sobre essa promessa básica uma enorme estrutura de verdade profética. O apóstolo Pedro disse ao crente gentio Cornélio: “Dele [Jesus] é que todos os profetas dão testemunho.” (Atos 10:43) Uns 20 anos mais tarde, o apóstolo Paulo disse: “Não importa quantas sejam as promessas de Deus, elas se tornaram Sim por meio dele [Jesus].” (2 Coríntios 1:20) Depois de mais 43 anos, o próprio João nos lembra: “A verdade [veio] à existência por intermédio de Jesus Cristo.” — João 1:17.
23. Por que a elevada posição e autoridade de Jesus não detrai da adoração que prestamos a Jeová?
23 Detrai isso de algum modo da adoração que prestamos a Jeová? Não. Lembre-se do conselho acautelador do anjo: “Adora a Deus.” Jesus nunca tenta rivalizar com Jeová. (Filipenses 2:6) É verdade que se manda que ‘todos os anjos prestem homenagem a Jesus’, e toda a criação precisa reconhecer a elevada posição dele, para que, “no nome de Jesus, se dobre todo joelho”. Mas note que isso é “para a glória de Deus, o Pai”, e por Sua ordem. (Hebreus 1:6; Filipenses 2:9-11) Jeová deu a Jesus a grande autoridade que este tem, e, por reconhecermos essa autoridade, damos glória a Deus. Recusar sujeitar-nos ao domínio de Jesus é equivalente a rejeitar o próprio Jeová Deus. — Salmo 2:11, 12.
24. Que dois espantosos eventos contemplamos, e que palavras devemos portanto expressar?
24 Portanto, expressemos unidos as palavras iniciais dos Salmos 146 a 150: “Louvai a Jah!” Que os coros de aleluia trovejem na expectativa do triunfo de Jeová sobre o babilônico império mundial da religião falsa! E haja abundante alegria ao se aproximar o casamento do Cordeiro!
[Nota(s) de rodapé]
a Nota na Tradução do Novo Mundo com Referências.
b Nota na Tradução do Novo Mundo com Referências.
c Nota na Tradução do Novo Mundo com Referências.
d Veja também Revelação 1:3; 14:13; 16:15.
[Quadro na página 273]
“Epístola a Sodoma e Gomorra”
Sob esse tópico, o jornal The Daily Telegraph de Londres, de 12 de novembro de 1987, noticiou uma moção apresentada ao Sínodo Geral da Igreja Anglicana. Requeria a expulsão da igreja de “cristãos” homossexuais. O colunista Godfrey Barker declarou: “O Arcebispo de Cantuária ontem opinou lugubremente: ‘Se S. Paulo fosse escrever uma epístola à Igreja Anglicana, poderíamos muito bem perguntar-nos que tipo de carta seria.’” O próprio Sr. Barker comentou: “A resposta é uma epístola a Sodoma e Gomorra”, e acrescentou: “O Dr. Runcie [o arcebispo] imaginou que ela seria como Romanos, Cap. 1.”
O escritor citou as palavras de Paulo em Romanos 1:26-32: “Deus os entregou na lascívia dos seus corações a impurezas. . . . Homens cometendo atos vergonhosos com homens . . . embora conheçam o decreto de Deus, de que aqueles que fazem tais coisas merecem morrer, eles não somente as fazem, mas aprovam aqueles que as praticam.” Ele concluiu: “S. Paulo estava apenas preocupado com os que ocupavam os bancos das igrejas. O problema do Dr. Runcie são os que estão nos púlpitos.”
Por que tem o arcebispo tal problema? Grandes manchetes no jornal Daily Mail de Londres, de 22 de outubro de 1987, haviam declarado: “‘Um vigário em três é homossexual’ . . . Campanha para expulsar homossexuais ‘fecharia Igreja Anglicana’.” A reportagem citou o “reverendo” secretário-geral do Movimento Cristão Lésbico e Gay como dizendo: “Se esta moção fosse aprovada, arruinaria a Igreja, e o Arcebispo de Cantuária sabe disso. Como cifra geral, achamos que entre 30 e 40 por cento dos clérigos da Igreja Anglicana são homossexuais. E eles são os contribuintes mais ativos para o ministério da Igreja.” O número minguante de frequentadores da igreja, sem dúvida, reflete parcialmente a repugnância por esse vicejante ministério homossexual.
O que decidiu o sínodo da igreja? Uma grande maioria de 388 membros (95 por cento dos clérigos) votou a favor duma moção atenuante. Sobre isso, The Economist de 14 de novembro de 1987 noticiou: “A Igreja Anglicana é contra práticas homossexuais, mas não muito. O sínodo geral, o parlamento da Igreja, pensando nos clérigos homossexuais, decidiu esta semana que atos homossexuais, dessemelhantemente da fornicação e do adultério, não constituem pecado: eles apenas ‘não atingem o ideal’ de que ‘as relações sexuais constituem um ato de compromisso total, próprio duma relação marital permanente’.” Contrastando a posição do Arcebispo de Cantuária com a declaração franca do apóstolo Paulo em Romanos 1:26, 27, The Economist apresentou uma citação das palavras de Paulo acima da legenda: “S. Paulo sabia do que estava falando.”
Jesus Cristo também sabia do que estava falando, e o expressou em termos explícitos. Ele disse que “no Dia do Juízo será mais suportável para a terra de Sodoma” do que para os religiosos que desprezaram a mensagem dele. (Mateus 11:23, 24) Jesus usou aqui uma hipérbole para mostrar que aqueles líderes religiosos, que rejeitavam o Filho de Deus e seus ensinos, eram ainda mais repreensíveis do que os sodomitas. Judas 7 declara que aqueles sodomitas ‘sofreram a punição judicial do fogo eterno’, significando a destruição eterna. (Mateus 25:41, 46) Quão severo, então, será o julgamento dos chamados líderes cristãos que cegamente desviam seus rebanhos cegados das elevadas normas de moral do Reino de Deus para os modos permissivos e depravados deste mundo! (Mateus 15:14) A respeito da religião falsa, Babilônia, a Grande, a voz saída do céu clama com urgência: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.” — Revelação 18:2, 4.
[Fotos na página 275]
O céu ressoa com quatro aleluias, louvando a Jah pela sua derradeira vitória sobre Babilônia, a Grande