Qual é o propósito de Deus para a humanidade?
1-4. (a) Qual era o propósito original de Deus para a humanidade? (b) Por que o homem se mostrou desobediente? (Veja o quadro “Quem é Satanás?”)
A PROMESSA de um mundo sem guerra, conforme revelada em Isaías 2:2-4 e Miquéias 4:1-4, não só nos fornece uma esperança bem alicerçada para o futuro próximo, mas também nos diz algo muito importante sobre nosso Criador. Ele é um Deus de propósito. A profecia de Isaías, capítulo 2, realmente faz parte duma longa série de profecias que vai das primeiras páginas da Bíblia até as últimas, tornando claro para nós como Deus cumprirá seu propósito original.
2 Quando Deus criou o primeiro casal humano, revelou-lhes em termos claros qual era seu propósito para eles. Em Gênesis, capítulo 1, versículo 28, lemos: “Deus os abençoou e Deus lhes disse: ‘Sede férteis e aumentai, enchei a Terra e dominai-a; e subjugai os peixes do mar, as aves do céu, e todas as coisas viventes que rastejam na Terra.’” Quando relacionamos essa ordem com o que é declarado no capítulo seguinte de Gênesis — “O SENHOR Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden, para cultivá-lo e tomar conta dele” — fica evidente que Deus intencionava que o primeiro casal, junto com sua descendência, ampliasse o Paraíso para além dos limites do jardim do Éden, para por fim abranger o globo terrestre inteiro.a — Gênesis 2:15.
3 Por quanto tempo desfrutariam desse lar paradísico? As Escrituras dão a entender que o homem foi criado para viver para sempre na Terra. A morte só sobreviria à humanidade se esta desobedecesse ao Criador, conforme declarado em Gênesis, capítulo 2, versículos 16 e 17: “O SENHOR Deus ordenou ao homem, dizendo: ‘De toda árvore do jardim estás livre para comer; mas quanto à árvore do conhecimento do bem e do mal, não deves comer dela; pois, assim que comeres dela, morrerás.’” Portanto, é razoável concluirmos que a obediência continuada teria resultado na continuidade da vida, em vida eterna, em tais condições paradísicas. — Salmo 37:29; Provérbios 2:21, 22.
4 Contudo, certo anjo, mais tarde chamado de Satanás (que significa “Adversário”), influenciou aquele primeiro casal a fazer mau uso do livre-arbítrio, escolhendo desobedecer a Deus. (Jó 1:6-12; compare com Deuteronômio 30:19, 20.) Criando a ilusão de que uma serpente estava falando, esse anjo rebelde disse a Eva e, por meio dela, a Adão, que se tornariam mais sábios e sua vida ficaria mais completa por não se sujeitarem a Deus como a Derradeira Autoridade.b (Gênesis 3:1-19) Devido à sua franca rebelião, foram condenados à morte. Significava isso que o propósito de Deus para a humanidade foi frustrado ou fracassou? Não, antes, significava que haveria necessidade dum outro meio para cumprir o propósito original de Deus de ter uma Terra paradísica cheia de humanos obedientes desfrutando de vida eterna. Como se daria isso?
Uma Semente Prometida
5, 6. (a) O que prometeu Deus como solução para os problemas na Terra causados pela rebelião de Satanás? (b) O que prometeu Deus a Abraão?
5 Ao pronunciar a sentença para os envolvidos na rebelião contra sua autoridade, Jeová Deus declarou que suscitaria uma “semente”, ou “descendência”, que desfaria os danos causados pelo instigador da rebelião. Em linguagem simbólica, Deus falou da serpente, representando a Satanás, como sendo golpeada, ou esmagada, na cabeça por essa Semente, pondo assim fim à existência e à rebelião de Satanás. No decorrer dos anos, esse versículo de Gênesis foi interpretado de maneiras variadas e contraditórias. Mas, uma vez que a palavra “semente” é usada em muitas profecias, outras promessas relacionadas revelam seu significado. — Gênesis 3:15.
6 O termo “semente” se relaciona freqüentemente com a realização do propósito de Deus para a humanidade como um todo. Conforme registrado em Gênesis 22:18, o fiel hebreu Abraão recebeu a seguinte promessa de Deus: “Todas as nações da Terra abençoarão a si mesmas por meio de teus descendentes [semente, JP], porque obedeceste à Minha ordem.” (O grifo é nosso.) Deus mostrou especial interesse em Abraão como homem que genuinamente O buscava. Contudo, embora Deus recompensasse diretamente a Abraão, esse texto mostra claramente que o interesse de Deus não era só em Abraão, nem exclusivamente em seus descendentes carnais. Deus tinha bem em mente seu propósito original duma Terra paradísica para toda a humanidade, para “todas as nações”. Ele revelava então a Abraão que, em resultado de sua fidelidade, teria o privilégio de produzir a “semente” por meio da qual todas as nações abençoariam a si mesmas.
7, 8. De que modo essa prometida Semente ficou ligada aos conceitos de reinado e do Messias?
7 Abraão foi pai de muitas grandes nações. (Gênesis 17:4, 5) Mas Jeová Deus revelou claramente através de qual dessas linhagens viria a prometida Semente, que traria bênçãos a toda a humanidade. (Gênesis 17:17, 21) Tanto o filho de Abraão, Isaque, como seu neto, Jacó, foram mencionados como pertencentes à linhagem que produziria a “semente”. Uma das nações que se originaram de Abraão foi a nação de Israel, que abrangia as 12 tribos que descenderam dos filhos de Jacó, neto de Abraão. Era nessa nação que finalmente surgiria a prometida “semente”. — Gênesis 26:1, 4; 28:10, 13-15, JP.
8 Profecias posteriores revelaram que uma semente especial, ou governante, viria especificamente por meio da tribo de Judá. Gênesis 49:10 declara: “O bastão não se afastará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e sua seja a obediência dos povos.”3 O comentarista bíblico Rashi declara que a frase “até que venha Siló” significa “até que venha o Rei Messias, a quem pertencerá o reino”.4 Como Rashi, muitos comentaristas bíblicos têm entendido essa profecia como tendo significado messiânico.
9. (a) O que prometeu Deus ao Rei Davi com respeito à Semente? (b) Como se relaciona a promessa de Gênesis 49:10 com a do Salmo 72:7, 8?
9 O primeiro governante da linhagem de Judá, o Rei Davi, recebeu a seguinte promessa de Deus: “Tua casa e . . . teu trono ficar[ão] estabelecido[s] para sempre.” (2 Samuel 7:16) Deus prometeu adicionalmente: “Suscitarei a tua semente depois ti, . . . e estabelecerei seu reino. Ele Me construirá uma casa, e eu estabelecerei seu trono para sempre.” (1 Crônicas 17:11, 12, JP) O filho e sucessor de Davi, o Rei Salomão, de fato construiu a casa, ou o templo, de Jeová, mas ele obviamente não reinou para sempre. Contudo, um dos da semente de Davi seria o mesmo “Siló”, ou Messias, profetizado em Gênesis 49:10. (JP) Falando profeticamente sobre este, o Rei Davi escreveu: “Em seus dias floresça o justo e haja abundância de paz, até que não haja mais lua. Que ele tenha domínio também de mar a mar, e do Rio até os confins da Terra.” — Salmo 72:7, 8, JP.
10 O que havia de ser realizado pela Semente prometida de Gênesis 3:15, e como isso se harmoniza com a promessa dada a Abraão?
10 Se seguirmos a revelação gradual por meio das profecias, passamos a entender que as bênçãos prometidas a Abraão — “em tua semente todas as nações da Terra serão abençoadas” — de fato se cumprirão por meio desse mesmo Governante da linhagem de Davi. (Gênesis 22:18, JP) Desse modo as profecias sobre a Semente se vinculam à esperança da nação judaica no Messias, em cujo reinado a Terra usufruirá paz total. De fato, ele é a “semente” mencionada em Gênesis 3:15, que porá fim à rebelião original contra a soberania de Deus e desfará os danos resultantes disso. (Salmo 2:5, 8, 9) Outras perguntas e informações sobre o prometido Messias são tratadas na seção “Quem Conduzirá as Nações à Paz?” Mas por ora consideremos como Deus lidou adicionalmente com os descendentes de Abraão.
O Objetivo do Pacto da Lei
11-13. De que modo o pacto da Lei beneficiou a nação, e destinava-se a durar para sempre?
11 Os israelitas tornaram-se uma nação algumas centenas de anos depois do tempo de Abraão. Deus libertou esses descendentes do cativeiro no Egito, e, sob a liderança de Moisés, outro homem de fé que Ele escolhera, Deus celebrou um pacto, ou acordo, especial com eles. (Êxodo 19:5, 6; Deuteronômio 5:2, 3) Esse pacto da Lei forneceu à nação orientações claras de como Deus desejava ser adorado. Organizou-os como nação para tal adoração.
12 Convém notarmos que esse pacto, desde o início, era condicional. Antes de revelar à nação de Israel os Dez Mandamentos e o inteiro pacto do qual esses faziam parte, Deus a informou: “Agora, pois, se Me obedecerdes fielmente e guardardes Meu pacto, sereis Minha estimada possessão entre todos os povos. Deveras, toda a Terra é Minha, mas vós sereis para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa.” (Êxodo 19:5, 6) A fim de continuarem a ser usados por Deus qual estimada possessão, teriam de obedecer fielmente a ele. Esses eram os termos do pacto.
13 A prometida recompensa pela fidelidade — servirem qual reino de sacerdotes — revela que o pacto da Lei não era um fim em si mesmo, antes, era um passo de transição para a habilitação dum sacerdócio que contribuiria para outras nações passarem a conhecer o verdadeiro Deus. Desde o início, o propósito de Deus era que toda a humanidade, e não apenas indivíduos duma única nação, abençoasse a si mesma. — Gênesis 22:18.
14. Que outros benefícios resultaram do pacto da Lei?
14 Visto que o pacto da Lei não era um fim em si mesmo, qual era seu objetivo? Sem dúvida, serviu para expor e denunciar sem rodeios todos os conceitos religiosos falsos que o homem começara a desenvolver independentemente desde o tempo da rebelião no jardim do Éden. (Deuteronômio 18:9-13) Protegia também a nação de Israel das práticas detestáveis e da adoração das nações em volta por reduzir ao mínimo todo o contato com aquelas nações. (Deuteronômio 7:1-6) Enquanto Israel guardasse a Lei, seria preservado numa condição religiosa pura, na qual poderia por fim tanto identificar como acolher a prometida Semente, ou Messias.
15, 16. Que importantes lições espirituais incorporadas no pacto da Lei também apontam para sua natureza temporária?
15 O pacto da Lei também destacava a necessidade de expiação, incorporando um sistema bem definido de sacrifícios que eram parte integrante da adoração judaica. (Levítico 1:1-17; 3:1-17; 16:1-34; Números 15:22-29) A partir da rebelião de Adão e Eva, a humanidade perdeu a perfeição que a teria habilitado a viver eternamente com saúde perfeita. (Gênesis 2:17) Em resultado do primeiro pecado, os descendentes de Adão e Eva (todos nascidos após a rebelião) herdaram a imperfeição e a tendência inata para o pecado. (Gênesis 8:21; Salmo 51:7 [51:5, NM]; Eclesiastes 7:20) A imperfeição levou a doenças, velhice e morte, bem como à criação duma barreira entre o homem e Deus. (1 Reis 8:46; compare com Lamentações 3:44.) Havia a necessidade de alguma base para desfazer os danos, bem como para vencer e fazer expiação pela condição imperfeita do homem. Homens de fé sempre estiveram vivamente apercebidos dessa necessidade. — Jó 1:4, 5; Salmo 32:1-5.
16 O pacto da Lei frisava que Deus tem normas legais que precisam ser satisfeitas. Fornecia também a base para o entendimento de como as normas de justiça de Deus seriam plenamente satisfeitas.c As provisões de sacrifício no pacto da Lei jamais poderiam restabelecer o propósito original de Deus para a humanidade, visto que seu efeito era temporário, destacando a condição pecaminosa, mas não a removendo ou prevenindo. Por conseguinte, a Lei era um passo de transição para ajudar aquela nação organizada de adoradores a compreender, no momento apropriado, como identificar a Semente e como essa Semente desfaria os danos causados pelo pecado de Adão. Onde é que a Tora indicava isso?
A Promessa dum Profeta Semelhante a Moisés
17, 18. O que indicava a promessa de Deus em Deuteronômio 18:15, 18, 19 de suscitar um profeta?
17 Em Deuteronômio, capítulo 18, versículo 15, Moisés disse à nação de Israel: “O SENHOR, vosso Deus, suscitará para vós um profeta dentre vosso próprio povo, semelhante a mim; a ele vós ouvireis.” No mesmo capítulo,versículos 18 e 19, Jeová falou a Moisés, aquele a quem Ele designara mediador entre ele mesmo e Seu povo, dizendo: “Suscitarei um profeta para eles dentre seu próprio povo, semelhante a ti mesmo: porei Minhas palavras em sua boca e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar; e se alguém deixar de acatar as palavras que ele falar em Meu nome, eu mesmo o chamarei para prestar contas.” Como se deve entender essa profecia?
18 O profeta aqui mencionado é claramente uma pessoa específica e especial. O contexto torna claro que não se trata de mero princípio geral sobre a intenção de Deus de continuar a suscitar profetas para a nação, como alguns têm suposto. A palavra hebraica para profeta (na·víʼ) está no singular, comparando-o a Moisés, que foi ímpar na história da nação. Além disso, as palavras concludentes do mesmo livro de Deuteronômio declaram: “Nunca mais houve em Israel um profeta semelhante a Moisés — a quem o SENHOR escolheu, face a face.” (Deuteronômio 34:10-12) Quem registrou essas palavras foi bem provavelmente Josué, filho de Num, ele próprio um grande líder e profeta designado por Deus. Mas, à base do que ele mesmo disse, não há dúvida de que não via em si mesmo o cumprimento das palavras de Moisés sobre um profeta semelhante a este. Portanto, o que queria Deus dizer quando prometeu suscitar um profeta semelhante a Moisés? Como era Moisés?
Profetizado um Novo Pacto
19. (a) Em que sentido foi Moisés ímpar? (b) Um profeta semelhante a Moisés teria de servir como o que mais?
19 Moisés foi um grande líder; foi legislador, profeta, realizador de milagres, instrutor e juiz. Foi também mediador, o único profeta que mediara um pacto entre Deus e o homem (neste caso, a nação de Israel). Um profeta verdadeiramente semelhante a ele teria de fazer algo similar. Significa isso que Deus intencionava que o pacto da Lei fosse suplantado por outro pacto? Sim, significa. Por meio do profeta Jeremias, Deus declarou claramente sua intenção de celebrar um novo pacto. Um novo pacto exigiria um novo mediador. Apenas alguém semelhante a Moisés poderia preencher os requisitos para tal incumbência. Se examinarmos o que o novo pacto abrange, poderemos entender melhor o papel do mediador.
20, 21. (a) O que se promete em Jeremias 31:31-34? (b) Qual era o propósito declarado do novo pacto? (c) Em resultado disso, o que aconteceria com o pacto da Lei?
20 Foi cerca de 900 anos depois de Moisés que Jeremias transmitiu à nação de Israel as seguintes palavras de Deus: “Vede, está chegando o tempo — declara o SENHOR — em que farei um novo pacto com a Casa de Israel e a Casa de Judá. Não será como o pacto que fiz com seus pais, quando os tomei pela mão para conduzi-los para fora da terra do Egito, um pacto que eles violaram, . . . — declara o SENHOR. Mas assim é o pacto que farei com a Casa de Israel depois destes dias . . . perdoarei suas iniqüidades, e não mais me lembrarei de seus pecados.”d — Jeremias 31:31-34.
21 Se o profeta semelhante a Moisés havia de servir como novo mediador dum novo pacto, então fica também claro que todos os detalhes específicos da adoração exigida sob a Lei mosaica não vigorariam permanentemente, mas sim só até o estabelecimento do novo pacto. Certamente, quando Deus fornecesse a base para ‘o perdão de suas iniqüidades e não mais se lembrasse de seus pecados’, não mais haveria necessidade do inteiro sistema de sacrifícios proporcionado pela provisão do templo, que só concedia perdão temporário. Com o estabelecimento do novo pacto, os aspectos cerimoniais do pacto da Lei, tal como a observância do Sábado e de feriados religiosos, também não mais teriam o mesmo significado. No devido tempo, Deus certamente revelaria o que se exigiria daqueles que fariam parte da provisão do prometido novo pacto. — Amós 3:7.
Bênçãos Para Todas as Nações
22, 23. (a) Qual foi o propósito do novo pacto com respeito às nações? (b) De que modo outras profecias mostram qual era o propósito de Deus para todas as nações?
22 Entender que o profeta semelhante a Moisés e a Semente de Abraão são a mesma pessoa ajuda-nos a perceber outro aspecto muito importante do novo pacto; este seria o instrumento legal por meio do qual pessoas de todas as nações poderiam adorar o verdadeiro Deus. Visto que Gênesis 22:18 diz que é por meio desta “semente” (JP) que “todas as nações da Terra abençoarão a si mesmas”, é evidente que em algum momento crítico da história humana Deus não mais lidaria exclusivamente com apenas uma nação, os descendentes de Abraão. Depois de a nação de Israel ter servido nesse papel vital de fornecer essa prometida Semente, e após o estabelecimento de um novo pacto, a oportunidade de adorar o verdadeiro Deus seria aberta para pessoas de todas as nações e raças.
23 Certamente ninguém poderia razoavelmente contestar a justeza de Deus ao permitir que pessoas sinceras de todas as nações e raças o adorassem. Essa era a intenção de Deus desde o início, e há muitas profecias na Bíblia que confirmam que pessoas de todas as nações abençoariam a si mesmas por meio da semente de Abraão. (Zacarias 8:20-23) Encontramos um exemplo em Sofonias, capítulo 3, versículo 9, onde Deus declara: “Pois então farei com que os povos falem uma língua pura, para que todos eles invoquem o SENHOR por nome e O sirvam de comum acordo.” A própria profecia de Isaías, capítulo 2, mencionada no início desta brochura destaca esse aspecto unificador da adoração de Deus, com pessoas de muitas nações voltando-se para servi-lo genuinamente, aprendendo os caminhos da paz; destaca também quando isso ocorreria: “Há de acontecer no fim dos dias.” (Isaías 2:2, JP) O que se quer dizer com essa expressão: “fim dos dias”?
24. (a) O que indica a expressão “fim dos dias”? (b) O que se descreve em Ezequiel, capítulos 38 e 39?
24 As Escrituras falam repetidas vezes do dia em que Deus levará todas as nações a julgamento. (Isaías 34:2, 8; Jeremias 25:31-35; Joel 4:2 [3:2, NM]; Habacuque 3:12; Sofonias 1:18; 3:8) Desde a rejeição da soberania de Deus no jardim do Éden, o fracasso da humanidade em governar a si mesma com êxito tem-se tornado cada vez mais evidente. Os governos humanos têm sido um completo fracasso, causando indizível sofrimento. Se se permitisse que prosseguissem por muito mais tempo nesta era de armas nucleares e de poluição ambiental global, os homens poderiam destruir a si mesmos e ao seu lar terrestre. Por conseguinte, Deus, usando seu Messias designado, a Semente, intervirá. (Salmo 2:1-11; 110:1-6) O profeta Ezequiel anteviu a batalha final de Deus contra os governos humanos. Nos capítulos 38 e 39 de seu livro, ele descreve a guerra de Deus contra “Gogue da terra de Magogue”. (Ezequiel 38:2) Essa é amplamente reconhecida como profecia referente aos últimos dias. “Gogue ” será uma coalizão de nações que atacará o povo de Deus em toda a Terra. Nos bastidores, Satanás estará planejando e liderando esse ataque. É esse ataque que dará início à completa destruição dessas forças satânicas. Essa destruição será feita pelo impressionante poder de Deus. — Ezequiel 38:18-22.
25. O que se profetizou que ocorrerá após a destruição das forças de Satanás?
25 Após a destruição das forças de Satanás, as condições paradísicas originais do Éden serão restabelecidas. Mas desta vez, sob a provisão do novo pacto, a humanidade será obediente a Deus. (Isaías 11:1-9; 35:1-10) Não só serão perdoados os pecados, mas a humanidade será completamente restabelecida na perfeição. (Isaías 26:9) Em resultado disso, ser-lhe-á concedida vida eterna. (Salmo 37:29; Isaías 25:8) Nesse tempo, até mesmo os mortos, tanto os que morreram fiéis a Deus como bilhões que nunca tiveram plena oportunidade de realmente aprender sobre ele, serão restabelecidos — serão ressuscitados! (Daniel 12:2, 12 [Daniel 12:2, 13, NM, JP]; Isaías 26:19) Não nos achega mais tal esperança maravilhosa ao Deus que concebeu tais coisas?
26. O que requer de nós a vinda do profeta semelhante a Moisés?
26 Estas são apenas algumas das bênçãos em reserva para pessoas de todas as nações que identificam e escutam a voz do profeta semelhante a Moisés, a Semente que governará no trono de Davi “até que não haja mais lua”, o que significa para sempre. (Salmo 72:7) Com referência a esse profeta semelhante a Moisés, Deuteronômio 18:19 diz também: “Se alguém deixar de acatar as palavras que ele falar em Meu nome, eu mesmo o chamarei para prestar contas.” Tomará você tempo e fará o esforço necessário para identificar esse Profeta semelhante a Moisés, esse Messias, aprendendo assim tudo o que Deus requer? Chegará a conhecer pessoalmente o verdadeiro Deus?
a O relato do livro de Gênesis que descreve o jardim do Éden não é uma parábola, mas o Éden era um lugar real e bem extenso. O texto indica um local ao norte das planícies mesopotâmicas, a nascente dos rios Eufrates e Tigre. (Gênesis 2:7-14) Era para servir de modelo em que o homem podia basear-se para cultivar o restante da Terra.
b Para um entendimento mais profundo das implicações dessa rebelião, veja o quadro Por Que Permite Deus a Perversidade?
c O precedente legal codificado por Moisés no que se refere ao tipo de pagamento por infrações da Lei — “vida por vida, olho por olho, dente por dente” — reflete o princípio orientador aplicado pelo próprio Deus para resolver a questão da salvação do homem. (Deuteronômio 19:21) Um homem perfeito, Adão, fora responsável pela condenação da raça humana, de modo que se fazia necessário outro homem perfeito para expiar essa perda por entregar sua vida. Assim, sua morte expiaria de forma perfeita o pecado de Adão e suas conseqüências para a humanidade. Apenas a vinda da prometida “semente”, cuja vida seria oferecida como resgate legal, poderia produzir plenamente tal livramento. (Gênesis 3:15, JP) Para uma consideração mais completa desse aspecto da Semente no propósito de Deus, veja a seção “Quem conduzirá as nações à paz?,” parágrafos 17 a 20.
d A explicação comum dada pelo judaísmo da atualidade é que Jeremias simplesmente predizia uma renovação ou reafirmação do pacto da Lei feito com Israel, como ocorreu após o retorno do exílio em Babilônia em 537 AEC. (Esdras 10:1-14) Mas a própria profecia novamente nega tal explicação. Deus declarou claramente que este será um “novo pacto”, não meramente um pacto renovado. Ademais, ele frisa que é diferente do pacto feito quando os livrou do cativeiro no Egito. Alguns têm dito que era “novo” no sentido de que então eles guardariam fielmente o mesmo pacto, mas a história indica o contrário. De fato, sua falta de fidelidade levou à destruição do segundo templo. — Deuteronômio 18:19; 28:45-48.