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SargãoEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2
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Nos seus anais, Sargão fez a afirmação: “Cerquei e conquistei Samaria (Sa-me-ri-na).” (Ancient Near Eastern Texts [Textos Antigos do Oriente Próximo], editado por James B. Pritchard, 1974, p. 284.) Todavia, isto parece ser apenas uma simples jactância de Sargão ou daqueles que queriam glorificá-lo, atribuindo a este novo monarca a façanha do governante anterior. Uma crônica babilônica, talvez mais neutra, declara a respeito de Salmaneser V: “Ele devastou Samaria.” (Assyrian and Babylonian Chronicles [Crônicas Assírias e Babilônicas], de A. K. Grayson, 1975, p. 73) A Bíblia, em 2 Reis 18:9, 10, declara simplesmente que Salmaneser ‘sitiou’ Samaria, e que eles “foram capturá-la”. Compare isso com 2 Reis 17:1-6, que diz que Salmaneser, rei da Assíria, impôs tributo a Oseias, rei de Samaria, e depois declara que, mais tarde, “o rei da Assíria capturou Samaria”.
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SargãoEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2
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O reinado agressivo de Sargão levou o Império Assírio a um novo apogeu de poder e produziu a última grande dinastia assíria. Historiadores atribuem a Sargão um governo de 17 anos. Visto que ele supostamente começou a governar na ocasião, ou logo depois, da queda de Samaria, no sexto ano de Ezequias (2Rs 18:10), e visto que seu filho e sucessor no trono, Senaqueribe, invadiu Judá no 14.º ano de Ezequias (2Rs 18:13), um governo de 17 anos de Sargão só seria possível se Senaqueribe fosse corregente na época em que atacou Judá. Parece igualmente provável que os dados dos historiadores estejam errados. Eles certamente não podem basear-se nas listas de epônimos para determinar estes reinados, conforme se mostra no artigo CRONOLOGIA. A inconsistência geral dos escribas assírios e sua prática de “ajustar” as diferentes edições dos anais para satisfazer o ego do governante também são consideradas nesse artigo.
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