Observando o Mundo
“Viver em pecado” não é pecado?
O Conselho de Responsabilidade Social da Igreja Anglicana informou recentemente à igreja que “viver em pecado” não é mais pecado, disse o Guardian Weekly. Segundo a reportagem, o conselho também avisou a igreja que “as congregações podem aprender de pessoas que vivem juntas sem estar casadas, o que inclui casais de homossexuais e lésbicas, e que deve resistir à tentação do saudosismo dos ‘bons tempos da família’”. O Guardian cita o clérigo Philip Hacking, que respondeu: “Isso faz da Igreja objeto de ridículo e causa grande angústia entre muitos cristãos fiéis.”
Desaprenderam a ler e escrever
Uns três milhões de pessoas na Alemanha desaprenderam a ler e escrever por falta de prática. Johannes Ring, secretário da Fundação Para Leitura, explicou que o avanço da mídia eletrônica está agravando o problema. Na Conferência Mundial de Combate ao Analfabetismo, Ring declarou que o aumento desse tipo de analfabetismo se deve, em parte, ao uso generalizado da televisão, dos computadores e dos videogames, informa o Frankfurter Allgemeine Zeitung.
Beber mais água para pensar melhor
Sente dificuldade em se concentrar? Talvez precise beber mais água, sugere a Asiaweek. A revista diz que os professores e os pais de algumas crianças de Hong Kong foram recentemente informados de que beber bastante água ajuda os alunos a combater a desatenção. Foi dito aos pais que as crianças devem beber de 8 a 15 copos de água por dia. Citando o livro The Learning Brain (O Cérebro Que Aprende), a reportagem aponta para estudos que indicam que a desidratação pode diminuir a capacidade de aprendizado. Beber água pura e limpa é melhor do que tomar refrigerantes, café, chá ou mesmo sucos, que podem acabar estimulando o corpo a eliminar líquidos, declara a Asiaweek.
Alerta contra os pesticidas
Os americanos ficam mais expostos a pesticidas por meio de produtos de uso doméstico do que aos borrifados nas frutas e vegetais, segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Inseticidas para matar baratas, papel pega-moscas, aerossol para matar pulgas, bolinhas de naftalina e produtos semelhantes contêm produtos químicos tóxicos. Além de provocar milhares de envenenamentos por ano, muitos podem, com o tempo, estragar a saúde. O UC Berkeley Wellness Letter recomenda alternativas mais seguras: conserte ou instale telas e vede as rachaduras no chão e nas paredes para impedir a entrada de insetos; guarde os alimentos e o lixo em sacos plásticos; use um mata-moscas; limpe bem a mesa e varra o chão após as refeições; limpe a vapor os tapetes e o carpete; mantenha as roupas de lã sempre limpas e guarde-as em sacos de plástico bem vedados. Se as baratas não desaparecerem, tente usar armadilhas pegajosas ou borrifar ácido bórico atrás dos armários, mas proteja as crianças e os animais de estimação do contato com esses produtos, sugere o Wellness Letter.
Programas de TV para crianças: violentos demais
Um estudo sobre as redes americanas de televisão concluiu que há “lutas violentas e sinistras” demais em muitos dos programas feitos para crianças. Segundo o The Wall Street Journal, o estudo realizado na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, alistou várias séries de desenho animado populares que continham “violência pelo prazer da violência”. Normalmente, os programas vão ao ar aos sábados de manhã, quando as crianças não estão na escola e os pais talvez ainda não estejam acordados. Embora esse tipo de programa não seja novo, o estudo descobriu que “as conotações de ocultismo e as lutas implacáveis desses desenhos constituem uma tendência bastante recente, que parece estar em alta”.
Árvore-maravilha
Cientistas britânicos descobriram sementes que podem purificar a água e eliminar a necessidade de se usar produtos químicos caros. As sementes moídas da árvore Moringa oleifera, do norte da Índia, atraem bactérias e vírus e grudam neles. Estes depois podem ser retirados ou filtrados, informa o jornal The Times, de Londres. Essas sementes versáteis também servem para fazer óleo de cozinha, sabão, produtos de beleza, óleo para lâmpadas, e um ungüento para infecções de pele. A árvore é fácil de cultivar, é resistente às secas, pode servir de quebra-vento e até mesmo fornece combustível e polpa para a fabricação de papel. Os pesquisadores recomendam que essas árvores sejam plantadas para produzir sementes que ajudarão a evitar milhões de mortes anuais provocadas por água contaminada.
É estresse mesmo?
‘Há uma tendência de associar todo problema a estresse. O termo deixou de ser apenas a designação médica que indica o desgaste generalizado do organismo’, afirma O Estado de S. Paulo. Testes feitos pela psicóloga Marilda Novaes Lipp revelam, porém, que enquanto ‘32% dos que disseram que tinham estresse estavam enganados, 68% dos avaliados realmente apresentavam sintomas de estresse’. É interessante que, segundo o professor Sérgio Tufik da Universidade Federal de São Paulo, “as pessoas de classe média-alta gostam de dizer que estão estressadas porque trabalham muito, mas quem mais sofre de estresse são os pobres”. O professor Lourenço Gallo Junior, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, acrescenta: “A luta pela sobrevivência das pessoas de baixa renda é altamente estressante.”
Picada de cobra: o que não se deve fazer
Os especialistas nem sempre concordam sobre como se deve tratar as vítimas de picada de cobra. Segundo a revista FDA Consumer, porém, os profissionais da área de saúde dos EUA são, na maior parte, “quase unânimes no que não se deve fazer”. Se você estiver a 30 ou 40 minutos de um hospital ou posto de saúde, o conselho é: não coloque gelo no local da picada, não faça torniquetes nem dê choques elétricos na vítima, e não faça incisões na área ferida. Uma recomendação amplamente aceita é que mesmo que a cobra não pareça venenosa, todas as picadas devem ser tratadas como emergência médica, e a vítima deve ser levada imediatamente a um hospital. A melhor medida preventiva é “deixar as cobras em paz. Muita gente é picada porque tenta matar a cobra ou olhá-la mais de perto”, diz o FDA Consumer.
“Faltam” mulheres
Estudos das Nações Unidas revelam que “nas sociedades que tratam bem as mulheres em termos de saúde, há 106 mulheres para cada 100 homens. Este é um fato biológico”. Mas também é um fato que, nos países asiáticos como a China, a Coréia do Sul, o Paquistão e a Índia, há, em média, só 94 mulheres para cada 100 homens. Por quê? A Courier, revista publicada pela União Européia, explica que “o progresso da ciência tornou possível saber com antecedência o sexo do feto” e isso resultou em “anormalidades na proporção de nascimentos de homens e mulheres”. Na Coréia, por exemplo, em 1982, nasceram 94 meninas para cada 100 meninos, mas em 1989 essa proporção caiu para 88:100. A publicação Our Planet, da ONU, acrescenta: “As estatísticas chocam: ‘faltam’ 100 milhões de mulheres asiáticas por causa de infanticídio e aborto de fetos do sexo feminino.”
Sorrisos genuínos são contagiantes
Há dois tipos de sorriso, segundo os pesquisadores finlandeses Dr. Jari Hietanen, da Universidade de Tampere, e o Dr. Veikko Surakka, do Instituto de Biomedicina, da Universidade de Helsinque. O primeiro tipo é conhecido pelos especialistas como sorriso social, que é dado apenas por obrigação, e em que se movem apenas as bochechas. O sorriso genuíno, por sua vez, expressa sentimentos de satisfação reais e além dos músculos das bochechas, ativa também os músculos ao redor dos olhos. Um estudo recente na Finlândia sugere que os sorrisos genuínos são contagiantes. Detectando e registrando movimentos musculares mínimos, os pesquisadores descobriram que as pessoas pesquisadas foram induzidas a sorrir simplesmente por olhar uma fotografia de alguém com um sorriso genuíno. Esta reação não foi observada quando elas olhavam fotos de pessoas que ostentavam sorrisos sociais.
Astrólogos falham
De acordo com o jornal alemão Die Zeit, 44 astrólogos da Holanda recentemente aceitaram submeter-se a um teste preparado pela Sociedade Holandesa dos Céticos. Os astrólogos receberam duas listas. Uma continha o local e a data de nascimento de sete pessoas. A segunda tinha várias informações sobre cada uma delas. Os astrólogos tinham de relacionar cada pessoa da primeira lista com sua respectiva descrição na segunda lista, usando os conhecimentos de astrologia que alegam possuir. Qual foi o resultado? Metade dos astrólogos não conseguiu acertar nem sequer uma resposta, e nenhum deles conseguiu relacionar corretamente mais do que três pessoas. Experiências anteriores já haviam dado resultados parecidos, mas os astrólogos alegaram que as informações que haviam recebido eram erradas. Só que, neste caso, os termos do teste foram propostos pelos próprios astrólogos.