Capítulo Treze
Salvação e alegria sob o reinado do Messias
1. Descreva a condição espiritual do povo pactuado de Deus nos dias de Isaías.
NOS dias de Isaías, a condição espiritual do povo pactuado de Deus era ruim. Mesmo sob o reinado de reis fiéis, como Uzias e Jotão, muitos adoravam nos altos. (2 Reis 15:1-4, 34, 35; 2 Crônicas 26:1, 4) Quando Ezequias se tornou rei, teve de remover do país os acessórios da adoração de Baal. (2 Crônicas 31:1) Não é de admirar que Jeová exortasse seu povo a retornar a ele e os advertisse sobre a disciplina que sofreriam.
2, 3. Que encorajamento Jeová fornece para quem deseja servi-lo apesar da generalizada falta de fé?
2 Contudo, nem todos eram rebeldes insolentes. Jeová tinha profetas fiéis, e provavelmente havia alguns judeus que lhes davam ouvidos. Para eles, Jeová tinha palavras encorajadoras. Após descrever as terríveis depredações que Judá sofreria durante a invasão dos assírios, o profeta Isaías foi inspirado a escrever uma das mais belas passagens registradas na Bíblia, uma descrição das vindouras bênçãos sob o reinado do Messias.a Alguns aspectos dessas bênçãos se cumpriram em escala menor quando os judeus retornaram do cativeiro em Babilônia. Mas um cumprimento principal da profecia como um todo ocorre hoje. É verdade que Isaías e judeus fiéis, contemporâneos dele, não viveram para ver essas bênçãos. Mas eles as aguardavam ansiosamente, com fé, e verão o cumprimento das palavras de Isaías após a ressurreição. — Hebreus 11:35.
3 Atualmente, o povo de Jeová também precisa de encorajamento. Os valores morais em rápido declínio no mundo, a feroz oposição à mensagem do Reino e as fraquezas pessoais constituem desafios para todos eles. As maravilhosas palavras de Isaías sobre o Messias e seu reinado podem fortalecer e ajudar o povo de Deus a enfrentar esses desafios.
O Messias — um líder capaz
4, 5. O que Isaías profetizou com respeito à vinda do Messias, e que aplicação Mateus parece ter feito dessas palavras?
4 Séculos antes do nascimento de Isaías, outros escritores bíblicos, hebreus, profetizaram a vinda do Messias, o verdadeiro Líder, a quem Jeová enviaria a Israel. (Gênesis 49:10; Deuteronômio 18:18; Salmo 118:22, 26) Agora, Jeová fornece mais detalhes por meio de Isaías, que escreve: “Do toco de Jessé terá de sair um renovo; e das suas raízes frutificará um rebentão.” (Isaías 11:1; note Salmo 132:11.) As palavras “renovo” e “rebentão” indicam que o Messias seria o descendente de Jessé por meio de seu filho Davi, que havia sido ungido com óleo para ser rei de Israel. (1 Samuel 16:13; Jeremias 23:5; Revelação [Apocalipse] 22:16) Quando chegasse o verdadeiro Messias, esse “rebentão” da casa de Davi produziria frutos de boa qualidade.
5 Jesus é o prometido Messias. Mateus, escritor do Evangelho que leva seu nome, aludiu às palavras de Isaías 11:1 quando disse que o fato de Jesus ser chamado de “Nazareno” cumpria as palavras dos profetas. Por ter sido criado na cidade de Nazaré, Jesus era chamado de Nazareno, nome aparentemente relacionado com a palavra hebraica usada em Isaías 11:1 para “rebentão”.b — Mateus 2:23, nota; Lucas 2:39, 40.
6. De acordo com a profecia, que tipo de governante seria o Messias?
6 Que tipo de governante seria o Messias? Seria como o cruel e obstinado assírio que destruiu o reino setentrional de dez tribos de Israel? É óbvio que não. Isaías diz a respeito do Messias: “Sobre ele terá de pousar o espírito de Jeová, o espírito de sabedoria e de compreensão, o espírito de conselho e de potência, o espírito de conhecimento e do temor de Jeová; e deleitar-se-á no temor de Jeová.” (Isaías 11:2, 3a) O Messias seria ungido, não com óleo, mas com o espírito santo de Deus. Isso aconteceu no batismo de Jesus, quando João, o Batizador, viu o espírito santo de Deus descer sobre Jesus em forma de pomba. (Lucas 3:22) O espírito de Jeová ‘pousou sobre Jesus’, e ele deu evidência de ter esse espírito ao agir com sabedoria, compreensão, obediência, poder e conhecimento. Que excelentes qualidades para um governante!
7. Que promessa Jesus fez aos seus seguidores leais?
7 Os seguidores de Jesus também podem receber espírito santo. Jesus declarou num de seus discursos: “Se vós, embora iníquos, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o Pai, no céu, dará espírito santo aos que lhe pedirem!” (Lucas 11:13) Por isso, jamais devemos hesitar em pedir espírito santo a Deus, nem deixar de desenvolver seus frutos salutares — “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio”. (Gálatas 5:22, 23) Jeová promete atender os seguidores de Jesus que pedem “sabedoria de cima” a fim de ajudá-los a ser bem-sucedidos em lidar com os desafios da vida. — Tiago 1:5; 3:17.
8. Como Jesus deriva alegria por ter temor de Jeová?
8 Em que sentido o Messias teria temor de Jeová? Jesus obviamente não teria medo de Jeová, ficando temeroso de ser condenado por ele. Em vez disso, o Messias teria respeitoso temor de Deus, uma amorosa reverência por ele. Assim como Jesus, a pessoa que teme a Deus sempre deseja fazer ‘as coisas que Lhe agradam’. (João 8:29) Jesus nos ensina, por palavra e exemplo, que não há alegria maior do que viver cada dia no temor salutar de Jeová.
Um juiz justo e misericordioso
9. Que exemplo Jesus dá aos que precisam atuar como juízes na congregação cristã?
9 Isaías prediz mais sobre as características do Messias: “Não julgará pelo que meramente parece aos seus olhos, nem repreenderá simplesmente segundo a coisa ouvida pelos seus ouvidos.” (Isaías 11:3b) Se você tivesse de comparecer perante um tribunal, não gostaria de ser julgado por um juiz assim? Como Juiz de toda a humanidade, o Messias não é influenciado por argumentos falsos, manobras jurídicas astutas, boatos ou coisas superficiais, como riqueza, por exemplo. Ele detecta qualquer trapaça e vê além das aparências externas desfavoráveis, discernindo “a pessoa secreta do coração”, “o homem oculto”. (1 Pedro 3:4, nota) O exemplo superlativo de Jesus serve de modelo para todos que precisam atuar como juízes na congregação cristã. — 1 Coríntios 6:1-4.
10, 11. (a) De que maneira Jesus corrige seus seguidores? (b) Que sentença Jesus aplicará aos perversos?
10 Como as qualidades superlativas do Messias influenciarão suas decisões judiciais? Isaías explica: “Terá de julgar com justiça os de condição humilde e terá de dar repreensão com retidão em benefício dos mansos da terra. E terá de golpear a terra com a vara da sua boca; e ao iníquo entregará à morte com o espírito de seus lábios. E a justiça terá de mostrar ser o cinto de seus quadris, e a fidelidade, o cinto de seus lombos.” — Isaías 11:4, 5.
11 Quando seus seguidores precisam de correção, Jesus a aplica de uma maneira que possam tirar o maior benefício — um excelente exemplo para os anciãos cristãos. Por outro lado, os que praticam atos perversos podem esperar uma sentença severa. Quando Deus ajustar as contas com este sistema, o Messias irá “golpear a Terra” com sua voz de autoridade, proferindo uma sentença de destruição para todos os perversos. (Salmo 2:9; note Revelação 19:15.) Por fim, não haverá mais pessoas perversas para perturbar a paz da humanidade. (Salmo 37:10, 11) Jesus, que tem os quadris e os lombos cingidos com justiça e fidelidade, tem poder para fazer isso. — Salmo 45:3-7.
Mudança de condições na Terra
12. Que preocupações poderia ter um judeu ao pensar em voltar de Babilônia para a Terra Prometida?
12 Pense num israelita que tivesse acabado de tomar conhecimento do decreto emitido por Ciro para que os judeus voltassem a Jerusalém e reconstruíssem o templo. Deixaria ele a segurança de Babilônia para fazer a longa viagem para casa? Durante os 70 anos de ausência do povo de Israel, o mato tomou conta dos campos abandonados. Lobos, leopardos, leões e ursos vagueavam livremente por eles. Najas também passaram a habitar ali. Para sobreviver, os judeus que regressassem à sua terra teriam de depender de animais domésticos — rebanhos e manadas proveriam leite, lã e carne, e bois puxariam o arado. Seriam os animais devorados por predadores? As crianças seriam picadas por cobras? Que dizer do perigo de caírem em emboscadas durante a viagem?
13. (a) Que quadro emocionante Isaías descreve? (b) Como sabemos que a paz descrita por Isaías envolveria mais do que a segurança contra animais selvagens?
13 A seguir, Isaías descreve um quadro emocionante das condições que Deus implantaria no país. Ele diz: “O lobo, de fato, residirá por um tempo com o cordeiro e o próprio leopardo se deitará com o cabritinho, e o bezerro, e o leão novo jubado, e o animal cevado, todos juntos; e um pequeno rapaz é que será o condutor deles. E a própria vaca e a ursa pastarão; juntas se deitarão as suas crias. E até mesmo o leão comerá palha como o touro. E a criança de peito há de brincar sobre a toca da naja; e a criança desmamada porá realmente sua própria mão sobre a fresta de luz da cobra venenosa. Não se fará dano, nem se causará ruína em todo o meu santo monte; porque a terra há de encher-se do conhecimento de Jeová assim como as águas cobrem o próprio mar.” (Isaías 11:6-9) Palavras emocionantes, não é verdade? Observe que a paz descrita aqui resultaria de terem conhecimento de Jeová. Assim, não se tratava apenas de estarem seguros contra animais selvagens. O conhecimento de Jeová não mudaria animais, mas influenciaria pessoas. Quer em viagem a caminho de casa, quer em sua terra restaurada, os israelitas não precisariam temer os animais selvagens nem os homens com personalidades animalescas. — Esdras 8:21, 22; Isaías 35:8-10; 65:25.
14. Qual é o cumprimento maior de Isaías 11:6-9?
14 Mas essa profecia tem um cumprimento maior. Em 1914, Jesus, o Messias, foi entronizado no monte Sião celestial. Em 1919, os remanescentes do “Israel de Deus” foram libertados do cativeiro babilônico e participaram na restauração da adoração verdadeira. (Gálatas 6:16) Isso abriu caminho para o cumprimento moderno da profecia de Isaías sobre o paraíso. O “conhecimento exato”, o conhecimento sobre Jeová, tem feito com que as pessoas transformem sua personalidade. (Colossenses 3:9, 10) Pessoas violentas tornaram-se pacíficas. (Romanos 12:2; Efésios 4:17-24) Esses acontecimentos já envolveram milhões, porque a profecia de Isaías engloba agora os cristãos com esperança terrestre, cujo número aumenta rapidamente. (Salmo 37:29; Isaías 60:22) Essas pessoas aprenderam a aguardar o tempo em que toda a Terra será transformada num paraíso seguro, pacífico, de acordo com o propósito original de Deus. — Mateus 6:9, 10; 2 Pedro 3:13.
15. É razoável esperarmos que as palavras de Isaías se cumpram literalmente no novo mundo? Explique.
15 Será que a profecia de Isaías terá um cumprimento adicional, talvez mais literal, no Paraíso restaurado? Parece razoável pensar que sim. A profecia dá a todos os que viverão sob o reinado do Messias a mesma garantia que deu aos israelitas que retornavam do cativeiro; eles e seus filhos não sentirão ameaça de fonte alguma — humana ou animal. Sob o reinado do Messias, todos os habitantes da Terra usufruirão condições pacíficas, similares às que Adão e Eva usufruíam no Éden. Obviamente, as Escrituras não revelam cada detalhe sobre como era a vida no Éden ou sobre como será no Paraíso. Mas podemos ter confiança de que, sob o governo sábio e amoroso do Rei Jesus Cristo, todas as coisas serão exatamente como deviam ser.
Restauração da adoração pura por meio do Messias
16. O que serviu como sinal para o povo de Deus em 537 AEC?
16 O primeiro ataque contra a adoração pura se deu no Éden, quando Satanás conseguiu influenciar Adão e Eva a desobedecer a Jeová. Até hoje, Satanás não desistiu do objetivo de desviar de Deus o maior número possível de pessoas. Mas Jeová jamais permitirá que a adoração pura seja eliminada da Terra. Seu nome está envolvido, e ele se importa com os que o servem. Por isso, ele faz uma notável promessa por meio de Isaías: “Naquele dia terá de acontecer que haverá a raiz de Jessé posta de pé qual sinal de aviso para os povos. A ele é que irão consultar as nações, e seu lugar de descanso terá de tornar-se glorioso.” (Isaías 11:10) Em 537 AEC, Jerusalém, a cidade que Davi havia transformado em capital nacional, serviu como sinal, chamando um restante fiel do povo judeu disperso para retornar e reconstruir o templo.
17. Como Jesus ‘surgiu para governar nações’, tanto no primeiro século como em nossos dias?
17 Contudo, a profecia chama atenção para mais do que isso. Como já vimos, ela aponta para o reinado do Messias, o verdadeiro Líder para pessoas de todas as nações. O apóstolo Paulo citou Isaías 11:10 para mostrar que, nos seus dias, as pessoas das nações teriam um lugar na congregação cristã. Citando a tradução desse versículo conforme a versão Septuaginta, ele escreveu: “Isaías diz: ‘Haverá a raiz de Jessé, e haverá um surgindo para governar as nações; nele é que as nações basearão a sua esperança.’” (Romanos 15:12) Além disso, o alcance da profecia se estende até os nossos dias, quando pessoas de todas as nações demonstram amor a Jeová por apoiar os irmãos ungidos do Messias. — Isaías 61:5-9; Mateus 25:31-40.
18. Como Jesus tem servido como “ponto de agrupamento” em nossos dias?
18 No cumprimento moderno, ‘aquele dia’ mencionado por Isaías começou quando o Messias foi entronizado como Rei do Reino celestial de Deus, em 1914. (Lucas 21:10; 2 Timóteo 3:1-5; Revelação 12:10) Desde então, Jesus tem servido como sinal claro, um “ponto de agrupamento” para o Israel espiritual e para pessoas de todas as nações, que anseiam um governo justo. Sob a orientação do Messias, as boas novas do Reino têm sido pregadas a todas as nações, como Jesus predisse. (Mateus 24:14; Marcos 13:10) Essas boas novas têm um efeito poderoso. “Uma grande multidão, que nenhum homem [pode] contar, de todas as nações”, tem se submetido ao Messias por juntar-se ao restante ungido na adoração pura. (Revelação 7:9) À medida que muitos novos continuam a associar-se com o restante na “casa de oração” espiritual de Jeová, eles aumentam a glória do “lugar de descanso” do Messias, o grande templo espiritual de Deus. — Isaías 56:7; Ageu 2:7.
Um povo unido serve a Jeová
19. Em que duas ocasiões Jeová restaurou um restante de seu povo espalhado por toda a Terra?
19 A seguir, Isaías lembra aos israelitas que Jeová os havia salvado numa ocasião em que a nação estava sendo oprimida por um inimigo poderoso. Os judeus fiéis prezavam muito aquela parte da história de Israel — o fato de Jeová ter libertado a nação do cativeiro no Egito. Isaías escreve: “Naquele dia terá de acontecer que Jeová oferecerá novamente a sua mão, pela segunda vez, para adquirir o restante do seu povo, que remanescerá da Assíria, e do Egito, e de Patros, e de Cus, e de Elão, e de Sinear, e de Hamate, e das ilhas do mar. E ele há de levantar um sinal de aviso para as nações e ajuntar os dispersos de Israel; e reunirá os espalhados de Judá desde as quatro extremidades da terra.” (Isaías 11:11, 12) Como que levando-os pela mão, Jeová tiraria um fiel restante, tanto de Israel como de Judá, das nações às quais haviam sido espalhados e os levaria em segurança para casa. Isso aconteceu em pequena escala, em 537 AEC. Mas o cumprimento principal foi muito mais glorioso. Em 1914, Jeová suscitou o entronizado Jesus Cristo como “sinal de aviso para as nações”. Começando em 1919, os remanescentes do “Israel de Deus” passaram a ajuntar-se a esse sinal, ansiosos de participar na adoração pura sob o Reino de Deus. Essa nação espiritual ímpar procede de “toda tribo, e língua, e povo, e nação”. — Revelação 5:9.
20. Que união o povo de Deus usufruiria ao retornar de Babilônia?
20 A seguir, Isaías descreve a união da nação restaurada. Referindo-se ao reino setentrional como Efraim e ao reino meridional como Judá, ele diz: “O ciúme de Efraim terá de afastar-se, e até mesmo os que são hostis a Judá serão decepados. O próprio Efraim não terá ciúmes de Judá, nem será Judá hostil para com Efraim. E terão de voar contra o ombro dos filisteus ao oeste; juntos saquearão os filhos do Oriente. Edom e Moabe serão os sobre quem estenderão sua mão, e os filhos de Amom serão os seus súditos.” (Isaías 11:13, 14) Ao retornarem de Babilônia, os judeus não mais estariam divididos em duas nações. Membros de todas as tribos de Israel voltariam unidos ao seu país. (Esdras 6:17) Não mais demonstrariam ressentimentos e hostilidade uns para com os outros. Como povo unido, assumiriam uma posição triunfante perante seus inimigos das nações vizinhas.
21. Em que sentido é realmente notável a união do povo de Deus hoje?
21 Mais impressionante ainda é a união do “Israel de Deus”. Já por quase 2 mil anos, as 12 tribos simbólicas do Israel espiritual usufruem uma união baseada no amor a Deus e a seus irmãos e irmãs espirituais. (Colossenses 3:14; Revelação 7:4-8) Atualmente, o povo de Jeová em todo o mundo — tanto os do Israel espiritual como os que têm esperança de viver na Terra — desfruta de paz e união sob o governo do Messias, condições que as igrejas da cristandade desconhecem. As Testemunhas de Jeová formam uma frente espiritual unida contra os empenhos de Satanás de interferir na adoração que prestam a Deus. Como um só povo, cumprem a comissão dada por Jesus de pregar e ensinar as boas novas sobre o Reino do Messias em todas as nações. — Mateus 28:19, 20.
Obstáculos a vencer
22. Como Jeová ‘cortaria o esteiro do mar egípcio’ e ‘sacudiria sua mão contra o Rio’?
22 Havia muitos obstáculos, tanto literais como figurativos, dificultando a volta dos israelitas do exílio. Como seriam vencidos? Isaías diz: “Jeová certamente cortará o esteiro do mar egípcio e sacudirá sua mão contra o Rio, no fulgor do seu espírito. E terá de golpeá-lo nas suas sete torrentes e fará as pessoas realmente andar nas suas sandálias.” (Isaías 11:15) O próprio Jeová removeria todos os empecilhos ao retorno de seu povo. Mesmo um obstáculo tão assustador como um esteiro do mar Vermelho (como o golfo de Suez) ou tão intransponível como o poderoso rio Eufrates seria drenado, por assim dizer, para que se pudesse atravessá-lo sem ter de tirar as sandálias!
23. Em que sentido ‘viria a haver uma estrada principal saindo da Assíria’?
23 Nos dias de Moisés, Jeová preparou um caminho para Israel escapar do Egito e marchar para a Terra Prometida. Agora, ele faria algo similar: “Terá de vir a haver uma estrada principal saindo da Assíria para o restante do seu povo, que remanescerá, assim como veio a haver uma para Israel, no dia em que subiu da terra do Egito.” (Isaías 11:16) Jeová conduziria seu povo exilado ao retorno como se estivessem andando por uma estrada desde o exílio até sua terra natal. Opositores tentariam impedi-los, mas seu Deus, Jeová, estaria com eles. Atualmente, os cristãos ungidos e seus companheiros também sofrem ataques violentos, mas prosseguem corajosamente. Saíram da moderna Assíria, o mundo de Satanás, e ajudam outros a fazer o mesmo. Sabem que a adoração pura será bem-sucedida e prosperará. A obra não é de homens, mas de Deus.
Alegria infindável para os súditos do Messias!
24, 25. Que expressões de louvor e gratidão seriam proferidas pelo povo de Jeová?
24 Numa linguagem alegre, Isaías passa a descrever a extrema alegria do povo de Jeová por causa do cumprimento de Sua palavra: “Naquele dia seguramente dirás: ‘Agradecer-te-ei, ó Jeová, pois, embora te irasses comigo, tua ira recuou gradualmente e passaste a consolar-me.’” (Isaías 12:1) Jeová aplicaria uma disciplina severa ao seu povo rebelde. Mas cumpriria o objetivo de restabelecer a relação do povo com ele e restaurar a adoração pura. Jeová reassegurava a salvação aos seus adoradores fiéis. Não é de admirar que expressassem apreço!
25 Os israelitas repatriados teriam sua confiança em Jeová completamente confirmada, e clamariam: “‘Eis que Deus é minha salvação. Confiarei e não ficarei apavorado; porque Jah Jeová é minha força e meu poder, e ele veio a ser minha salvação.’ Com exultação haveis de tirar água dos mananciais de salvação.” (Isaías 12:2, 3) A palavra hebraica traduzida “poder”, no versículo 2 de Is 12, aparece como “louvor” na versão Septuaginta. Os adoradores irromperiam em cantos de louvor devido à salvação da parte de “Jah Jeová”. O termo “Jah”, uma forma abreviada do nome Jeová, é usado na Bíblia para expressar profundos sentimentos de louvor e gratidão. O fato de usarem a expressão “Jah Jeová” — menção dupla do nome divino — aumentaria ainda mais a intensidade do louvor a Deus.
26. Quem atualmente divulga em toda a Terra as ações de Deus?
26 Os verdadeiros adoradores de Jeová não conseguiriam esconder sua alegria. Isaías prediz: “Naquele dia certamente direis: ‘Agradecei a Jeová! Invocai o seu nome. Tornai conhecidas entre os povos as suas ações. Fazei menção de que seu nome deve ser sublimado. Entoai melodias a Jeová, porque agiu magnificamente. Isto se deve dar a conhecer em toda a terra.’” (Isaías 12:4, 5) Desde 1919, os cristãos ungidos — ajudados posteriormente por seus companheiros das “outras ovelhas” — têm ‘divulgado as excelências daquele que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz’. Eles compõem a “raça escolhida”, a “nação santa” reservada para esse propósito. (João 10:16; 1 Pedro 2:9) Os ungidos declaram que o santo nome de Jeová é sublime e participam em divulgá-lo em toda a Terra. Lideram todos os adoradores de Jeová em alegrar-se com a provisão que ele fez para salvá-los. É exatamente como Isaías exclama: “Grita estridentemente e grita de júbilo, ó moradora de Sião, pois grande no teu meio é o Santo de Israel.” (Isaías 12:6) O Santo de Israel é o próprio Jeová Deus.
Encare o futuro com confiança!
27. Enquanto aguardam a concretização de sua esperança, em que confiam os cristãos?
27 Nos nossos dias, milhões têm se ajuntado ao “sinal de aviso para os povos” — Jesus Cristo entronizado no Reino de Deus. Eles se alegram de ser súditos desse Reino e ficam emocionados por conhecer a Jeová Deus e seu Filho. (João 17:3) Derivam grande felicidade de seu companheirismo cristão unido e empenham-se com determinação para manter a paz, sinal distintivo dos verdadeiros servos de Jeová. (Isaías 54:13) Convencidos de que Jah Jeová é um Deus que cumpre suas promessas, têm confiança na esperança que nutrem e sentem grande alegria de partilhá-la com outros. Cada adorador de Jeová precisa continuar a usar todas as suas forças para servir a Deus e ajudar outros a fazer o mesmo. Que todos tomem a peito as palavras de Isaías e se alegrem na salvação por meio do Messias de Jeová!
[Nota(s) de rodapé]
a “Messias” deriva-se da palavra hebraica ma·shí·ahh, que significa “o Ungido”. A palavra grega equivalente é Khri·stós, ou “Cristo”. — Mateus 2:4, nota.
b A palavra hebraica para “rebentão” é né·tser, e para “Nazareno” é Nots·rí.
[Fotos na página 158]
O Messias seria “um renovo” de Jessé, por meio do Rei Davi
[Foto de página inteira na página 162]
[Foto na página 170]
Isaías 12:4, 5, conforme aparece nos Rolos do Mar Morto (As ocorrências do nome de Deus estão em destaque.)