Você pode se beneficiar do novo pacto

 1. Que comissão dupla Jeremias recebeu?

JEOVÁ deu a Jeremias uma comissão dupla. Por um lado, ele tinha de ‘desarraigar, demolir, destruir e derrubar’. Por outro lado, tinha de ‘construir e plantar’. O profeta cumpriu a primeira parte ao expor a maldade dos judeus orgulhosos, pronunciando o julgamento de Deus contra eles e contra Babilônia. Mas as profecias de Jeremias incluíam esperança para o futuro. Ele predisse a construção do que Deus havia decidido construir e a plantação do que Deus havia decidido plantar. Por exemplo, Jeremias cumpriu a segunda parte de sua comissão ao chamar a atenção para a restauração dos judeus na sua terra. — Jer. 1:10; 30:17, 18.

 2. Por que Jeová executaria seu julgamento contra seu povo, e até que ponto?

² O fato de Jeremias proclamar uma restauração não significava que Deus mimaria seu povo ou alteraria seu padrão de justiça. Não, ele executaria o julgamento contra os judeus rebeldes. (Leia Jeremias 16:17, 18.) Nos dias de Jeremias, poucos em Jerusalém estavam ‘praticando a justiça’ ou ‘procurando a fidelidade’, e a paciência de Jeová tinha chegado ao limite. Ele disse: “Fatiguei-me de sentir lástima.” (Jer. 5:1; 15:6, 7) Aqueles judeus tinham ‘voltado aos erros de seus antepassados, os primeiros, que se negaram a obedecer’ às palavras de Jeová. Além disso, faziam Deus ficar irado por causa das relações adúlteras com deuses falsos. (Jer. 11:10; 34:18) Jeová corrigiria seu povo e até os castigaria, “no grau correto”. Em resultado disso, talvez alguns caíssem em si e retornassem a ele. — Jer. 30:11; 46:28.

 3. Por que você deve considerar a profecia sobre o novo pacto?

³ Deus usou Jeremias para predizer algo que traria benefícios muito mais amplos a longo prazo — um novo pacto. Ao considerar os escritos proféticos de Jeremias, temos muitas razões para nos concentrar neste aspecto maravilhoso: o novo pacto. Ele substituiria o pacto que tinha sido feito com Israel após o Êxodo, tendo Moisés como mediador. (Leia Jeremias 31:31, 32.) Ao instituir a Refeição Noturna do Senhor, Jesus Cristo falou desse novo pacto, de modo que sem dúvida é algo que nos interessa. (Luc. 22:20) O apóstolo Paulo se referiu a esse pacto quando escreveu aos hebreus. Ele citou a profecia de Jeremias e destacou a importância do novo pacto. (Heb. 8:7-9) Mas o que é exatamente o novo pacto? Por que se tornou necessário? Quem está envolvido, e como você pode se beneficiar pessoalmente? Vejamos.

 4. O que o pacto da Lei realizou?

⁴ Para entender o novo pacto, primeiro temos de entender o objetivo do anterior, o pacto da Lei. Ele atingiria uma série de objetivos excelentes para a nação que aguardava um Descendente prometido, Descendente esse que seria um meio de abençoar muitos. (Gên. 22:17, 18) Quando os israelitas aceitaram o pacto da Lei, eles se tornaram “propriedade especial” de Deus. Sob esse pacto, a tribo de Levi proveria sacerdotes para a nação. Quando Jeová fez esse pacto nacional com Israel no monte Sinai, ele mencionou “um reino de sacerdotes e uma nação santa”, embora não tenha especificado quando e como isso se tornaria realidade. (Êxo. 19:5-8) Até isso acontecer, esse pacto deixava claro que os israelitas não eram capazes de cumprir todos os aspectos da Lei. Ele expunha seus pecados. Portanto, sob a Lei, os israelitas tinham de oferecer sacrifícios regularmente para cobrir os pecados. No entanto, ficava clara a necessidade de algo maior — de um sacrifício perfeito que nunca mais teria de ser oferecido. De fato, havia uma grande necessidade de um perdão duradouro de pecados. — Gál. 3:19-22.

 5. Por que Jeová predisse o novo pacto?

⁵ Podemos, então, começar a perceber por que, mesmo o pacto da Lei estando em vigor, Deus mandou Jeremias falar sobre um pacto futuro, o novo pacto. Motivado por seu amor e bondade, Jeová queria tornar disponível uma ajuda permanente que beneficiasse não apenas uma nação. Por meio de Jeremias, Deus disse o seguinte sobre os que estivessem sob esse pacto futuro: “Perdoarei seu erro e não me lembrarei mais do seu pecado.” (Jer. 31:34) Embora essa promessa tenha sido feita nos dias de Jeremias, ela contém uma perspectiva maravilhosa para toda a humanidade. Como assim?

6, 7. (a) Como alguns se sentem por causa de seus pecados? (b) Por que considerar o novo pacto pode encorajar você?

⁶ Ainda somos imperfeitos e muitas vezes nos damos conta dessa realidade. Isso fica claro no exemplo de certo irmão que estava lutando contra um problema pessoal que o perturbava. Ele comenta: “Quando eu tinha uma recaída, me sentia arrasado. Achava que nunca poderia consertar o que tinha feito. Era difícil orar. Eu começava a oração assim: ‘Jeová, não sei se o senhor vai ouvir essa oração, mas . . . ’” Alguns que também já tiveram uma recaída ou cometeram um pecado passaram a sentir como se houvesse “uma massa de nuvem” impedindo suas orações de chegar a Deus. (Lam. 3:44) Outros são atormentados por lembranças de alguma conduta errada no passado, mesmo anos depois de isso ter acontecido. Até mesmo cristãos que costumam ser exemplares podem dizer coisas das quais mais tarde se arrependem. — Tia. 3:5-10.

⁷ Nenhum de nós deve achar que está imune a se envolver em conduta imprópria. (1 Cor. 10:12) Até mesmo o apóstolo Paulo sabia que cometia erros. (Leia Romanos 7:21-25.) Sobre esse assunto, deveríamos nos lembrar do novo pacto e de um dos seus aspectos fundamentais: Deus prometeu que com o novo pacto Ele não se lembraria mais dos pecados. Que benefício incomparável! Jeremias com certeza deve ter ficado muito emocionado ao predizer isso, e nós também ficaremos à medida que aprendermos mais sobre o novo pacto e vermos como ele pode nos beneficiar.

8, 9. Qual foi o custo que Jeová teve para tornar possível o perdão de pecados?

⁸ Quanto mais você conhece a Jeová, mais percebe como ele é bondoso e misericordioso com humanos imperfeitos. (Sal. 103:13, 14) Ao predizer o novo pacto, Jeremias destacou que Jeová ‘perdoaria o erro’ e não mais se lembraria do pecado. (Jer. 31:34) Podemos até imaginar Jeremias se perguntando como Deus tornaria possível esse perdão. Pelo menos ele podia entender que ao falar de um novo pacto, Deus estava se referindo a um acordo, ou contrato, entre Ele e humanos. De alguma forma, por meio desse pacto, Jeová realizaria aquilo que havia inspirado Jeremias a destacar, incluindo o perdão. Certos detalhes seriam entendidos mais tarde à medida que Deus revelasse seu propósito, o que abrange aquilo que o Messias faria.

⁹ Você já deve ter visto pais que negligenciam as suas responsabilidades e permitem que seus filhos façam o que bem entendem. Você esperaria que Jeová fosse assim? De modo algum! Isso fica claro pelo modo como o novo pacto entrou em vigor. Em vez de simplesmente anular os pecados, Deus se apegou com firmeza a seu próprio padrão de justiça e o aplicou, dando uma base legal para o perdão de pecados, fazendo isso com grande custo para si mesmo. Você pode entender melhor esse assunto por ver o que Paulo escreveu quando falou sobre o novo pacto. (Leia Hebreus 9:15, 22, 28.) Paulo mencionou “livramento, por meio de resgate” e disse que “a menos que se derrame sangue, não há perdão”. No caso do novo pacto, isso não significava o sangue sacrificial de touros ou de bodes como acontecia sob a Lei. Não, o novo pacto entrou em funcionamento por meio do sangue de Jesus. Com base nesse sacrifício perfeito, Jeová podia ‘perdoar o erro e o pecado’ permanentemente. (Atos 2:38; 3:19) Mas quem faria parte desse novo pacto e ganharia esse perdão? A nação judaica não teria esse benefício. Jesus disse que Deus rejeitaria os judeus, os que ofereciam sacrifícios de animais debaixo da Lei, e que Ele voltaria sua atenção para outra nação. (Mat. 21:43; Atos 3:13-15) Essa nação mostrou ser “o Israel de Deus”, composto dos cristãos ungidos com espírito santo. Em termos simples, o pacto da Lei era entre Deus e o Israel natural, ao passo que o novo pacto é entre Deus e o Israel espiritual, tendo Jesus como seu Mediador. — Gál. 6:16; Rom. 9:6.

10. (a) Quem é o ‘renovo para Davi’? (b) Como os humanos podem se beneficiar do “renovo”?

¹⁰ Jeremias retratou Aquele que viria, o Messias, como o ‘renovo para Davi’. É uma descrição apropriada. Quando Jeremias ainda servia como profeta, a árvore genealógica da casa real de Davi foi cortada. No entanto, o toco não morreu. Com o tempo, Jesus nasceu na linhagem do Rei Davi. Ele podia ser chamado de “Jeová É Nossa Justiça”, destacando a profunda preocupação de Deus por essa qualidade. (Leia Jeremias 23:5, 6.) Jeová permitiu que seu Filho unigênito sofresse na Terra e morresse. Depois, Jeová — em harmonia com a justiça — podia aplicar o valor do sacrifício resgatador do ‘renovo para Davi’ como base para o perdão. (Jer. 33:15) Isso abriu o caminho para que alguns humanos fossem declarados “justos para a vida” e ungidos com espírito santo, passando a ser uma das partes do novo pacto. Outra evidência da preocupação de Deus pela justiça é que outros que não estão diretamente nesse pacto podem se beneficiar e de fato se beneficiam dele, como veremos mais à frente. — Rom. 5:18.

11. (a) Onde é escrita a lei do novo pacto? (b) Por que as “outras ovelhas” se interessam pela lei do novo pacto?

¹¹ Você gostaria de conhecer outros aspectos peculiares do novo pacto? Uma das principais diferenças entre ele e o pacto da Lei mosaica é onde foram escritos. (Leia Jeremias 31:33.) Os Dez Mandamentos do pacto da Lei foram escritos em tábuas de pedra, que mais tarde desapareceram. Em contraste, Jeremias profetizou que a lei do novo pacto seria escrita em corações humanos de forma permanente. Os que fazem parte do novo pacto, os cristãos ungidos, têm verdadeiro apreço por essa lei. E que dizer dos que não fazem parte diretamente do novo pacto, as “outras ovelhas”, que têm a esperança de viver para sempre na Terra? (João 10:16) Elas também têm apreço pela lei de Deus. De certa forma, são como os residentes forasteiros em Israel, que aceitavam a Lei mosaica e se beneficiavam dela. — Lev. 24:22; Núm. 15:15.

12, 13. (a) O que é a lei do novo pacto? (b) Sob “a lei do Cristo”, por que você não se sente forçado a servir a Deus?

¹² O que responderia se lhe perguntassem: ‘Que lei é essa que é inscrita no coração dos cristãos ungidos?’ Essa lei também é conhecida como “a lei do Cristo”. Foi dada primeiro aos israelitas espirituais, que estão no novo pacto. (Gál. 6:2; Rom. 2:28, 29) Podemos resumir “a lei do Cristo” com uma palavra: amor. (Mat. 22:36-39) Como essa lei é escrita no coração dos ungidos? Isso é possível principalmente pelo estudo da Palavra de Deus e por se aproximarem de Jeová em oração. Da mesma forma, esses aspectos da verdadeira adoração devem ser parte regular da vida de todos os verdadeiros cristãos, mesmo os que não estão no novo pacto, mas que querem se beneficiar dele.

¹³ “A lei do Cristo” é descrita como “a lei perfeita que pertence à liberdade” e a “lei dum povo livre”. (Tia. 1:25; 2:12) Muitos nasceram sob a Lei mosaica, mas ninguém nasce no novo pacto ou sob a lei do Cristo. As pessoas que se tornam obedientes à lei do Cristo não são forçadas a servir a Deus. Em vez disso, elas têm prazer em saber que a lei de Deus pode ser escrita no coração e que os benefícios duradouros do pacto que Jeremias predisse estão disponíveis para os humanos hoje.

14. Quem claramente se beneficia do novo pacto?

¹⁴ Depois de saber que os 144 mil estão no novo pacto, alguns talvez pensem que esses são os únicos que se beneficiam dele. Pode ser que achem isso porque apenas os ungidos participam dos emblemas na Comemoração anual da morte de Cristo, onde o vinho representa o “sangue do pacto”. (Mar. 14:24) No entanto, é bom lembrar que aqueles que estão no novo pacto fazem parte, junto com Jesus, do “descendente” de Abraão, por meio do qual todas as nações serão abençoadas. (Gál. 3:8, 9, 29; Gên. 12:3) De alguma forma, com o novo pacto, Jeová cumprirá sua promessa de abençoar toda a humanidade por meio do “descendente” de Abraão.

15. Conforme profetizado, que papel os ungidos terão?

¹⁵ Jesus Cristo, a parte primária do descendente de Abraão, serve como sumo sacerdote e proveu o sacrifício perfeito que torna possível o perdão do erro e do pecado. (Leia Hebreus 2:17, 18.) Mas Deus há muito tempo disse que no futuro haveria “um reino de sacerdotes e uma nação santa”. (Êxo. 19:6) No Israel natural, os sacerdotes eram de uma tribo e os reis eram de outra. Então, como surgiria essa nação prometida de reis-sacerdotes? O apóstolo Pedro escreveu sua primeira carta para pessoas santificadas pelo espírito. (1 Ped. 1:1, 2) Ele se referiu a elas como “sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial”. (1 Ped. 2:9) Assim, os cristãos ungidos no novo pacto servirão como subsacerdotes. Já pensou no que isso significa? Todos os dias lutamos contra a influência do pecado, que ainda ‘reina’. Os que servirão como subsacerdotes terão passado pela mesma situação. (Rom. 5:21) Eles sabem o que é cometer erros e lidar com sentimentos de culpa. Por isso, junto com Cristo, poderão ter empatia à medida que superarmos tendências pecaminosas.

16. Que encorajamento a “grande multidão” pode receber de Revelação 7:9, 14?

¹⁶ Em Revelação 7:9, 14, os da “grande multidão” são descritos como estando “trajados de compridas vestes brancas”, o que indica uma posição limpa perante Deus. Essa grande multidão que sobreviverá à “grande tribulação” já está sendo formada. Isso quer dizer que mesmo agora essas pessoas atingem até certo ponto uma posição justa perante Deus. Estão sendo declaradas justas como amigos de Jeová. (Rom. 4:2, 3; Tia. 2:23) Que bênção maravilhosa! Se você faz parte da grande multidão, pode ter certeza de que Deus quer ajudá-lo à medida que você luta para se manter limpo aos olhos dele.

17. Em que sentido Jeová não se ‘lembra’ mais dos pecados?

¹⁷ O que acontece com os pecados cometidos por aqueles a quem Deus concede seu favor? Como já mencionado, Jeová disse o seguinte por meio de Jeremias: “Perdoarei seu erro e não me lembrarei mais do seu pecado.” (Jer. 31:34) Deus faz isso aos ungidos à base do sacrifício de Jesus. De forma similar, Deus pode perdoar os erros da grande multidão à base do mesmo “sangue do pacto”. O fato de Jeremias dizer que Deus não se ‘lembraria’ mais dos pecados não significa que Ele teria um lapso de memória e que não seria capaz de lembrar dos pecados. O que isso quer dizer é que depois de Jeová aplicar a disciplina necessária e ter perdoado um pecador arrependido, Deus joga esse pecado passado para trás Dele. Pense nos pecados do Rei Davi envolvendo Bate-Seba e Urias. Davi foi disciplinado e sentiu as consequências de seus pecados. (2 Sam. 11:4, 15, 27; 12:9-14; Isa. 38:17) Mas Deus não continuou a cobrar Davi por esses pecados. (Leia 2 Crônicas 7:17, 18.) Como indica o novo pacto, depois que Jeová perdoa pecados à base do sacrifício de Jesus, ele não se lembra mais deles. — Eze. 18:21, 22.

18, 19. O novo pacto contém que lição sobre perdão?

¹⁸ Assim, o novo pacto destaca um aspecto maravilhoso do modo de Jeová lidar com humanos pecaminosos, tanto ungidos, que fazem parte do pacto, como os que têm esperança terrestre. Pode ter certeza de que depois de Jeová lidar com os pecados que você cometeu, ele não os trará à tona novamente. Dessa maneira, a promessa de Deus sobre o novo pacto nos ensina uma lição. Pergunte-se: “Tento imitar a Jeová por não ‘desenterrar’ as ofensas de outros, ou seja, os erros que eu já disse ter perdoado?” (Mat. 6:14, 15) Isso se aplica a pequenas ofensas e a erros grandes, como o pecado de adultério cometido por um cônjuge cristão. Se o cônjuge inocente aceita perdoar o adúltero arrependido, o correto seria ‘não se lembrar mais do pecado’, não é mesmo? É verdade que colocar os erros para trás pode não ser fácil, mas é uma maneira de imitar a Jeová.a

¹⁹ Podemos aplicar essa lição relacionada ao novo pacto mesmo quando se trata de um desassociado que se arrependeu e foi readmitido. O que você fará se essa pessoa lhe causou uma perda ou de algum modo o difamou? Agora ele foi aceito de novo na congregação. Como o que lemos em Jeremias 31:34 pode influenciar nossa maneira de pensar e nossa reação? Perdoaremos o transgressor e não continuaremos a mencionar as coisas erradas que ele fez? (2 Cor. 2:6-8) Sem dúvida, isso é algo que todos os que têm apreço pelo novo pacto devem tentar aplicar na vida.

20. Como sua atitude é diferente da atitude de muitas pessoas dos dias de Jeremias?

²⁰ Nos dias de Jeremias, muitos judeus tinham o seguinte pensamento: “Jeová não fará o que é bom e não fará o que é mau.” (Sof. 1:12) Embora tivessem algum conhecimento sobre quem Jeová é e como ele é, eles achavam que Deus não tomaria nenhuma ação, nem esperaria que eles vivessem à altura de Seus princípios. Mas sabemos que nada escapa aos olhos de Deus. Com certeza, você tem um temor respeitoso por ele e sem dúvida procura evitar fazer coisas erradas. (Jer. 16:17) Ao mesmo tempo, sabe que Jeová é um Pai benevolente. Ele observa as coisas boas que fazemos, mesmo que outras pessoas não notem. — 2 Crô. 16:9.

21, 22. Por que você já não precisa que alguém lhe diga: ‘Conheça a Jeová’?

²¹ Um aspecto significativo do novo pacto é o seguinte: “Vou pôr a minha lei no seu íntimo e a escreverei no seu coração. E vou tornar-me seu Deus . . . E não mais ensinarão, cada um ao seu companheiro e cada um ao seu irmão, dizendo: ‘Conhecei a Jeová!’ porque todos eles me conhecerão.” (Jer. 31:33, 34) Os ungidos na Terra hoje têm mostrado que a lei de Deus está no seu íntimo. Eles amam as verdades que ela contém, em vez de confiar em ensinos humanos. E com alegria compartilham o conhecimento bíblico com os da grande multidão. Assim, os que têm esperança terrestre também passam a conhecer e a amar a Jeová. Voluntariamente se sujeitam à orientação dele e confiam nas suas promessas. É provável que você se encaixe nessa descrição. Você conhece a Deus como Pessoa e tem um relacionamento pessoal com ele. Que privilégio inigualável!

²² Como você tem conseguido fortalecer sua relação com Jeová? Com certeza lembra de ocasiões em que sentiu que ele respondeu suas orações. Essas experiências aumentaram seu apreço pelo tipo de Deus que ele é. Talvez tenha percebido sua ajuda ao lembrar de um texto bíblico que o ajudou a lidar com alguma adversidade. Preze essas experiências. À medida que continuar estudando sua Palavra, seu conhecimento sobre ele aumentará — o que é uma bênção contínua.

23. De que modo conhecer a Jeová pode libertá-lo de sentimentos aflitivos desnecessários?

²³ Mas há outra bênção relacionada ao novo pacto que podemos sentir desde já. Conhecer a Jeová como aquele que provê perdão à base desse pacto pode nos livrar de sentimentos persistentes de culpa. Por exemplo, alguns que fizeram um aborto antes de conhecer os padrões de Jeová talvez tenham um senso de culpa e de tristeza por terem deliberadamente colocado fim à vida de um ser humano em desenvolvimento. Outros têm sentimentos similares por terem tirado a vida de pessoas na guerra. O sacrifício de resgate de Jesus — essencial para o novo pacto — torna possível que pessoas verdadeiramente arrependidas sejam perdoadas. Sendo assim, não acha que deveríamos ficar convencidos de que se Jeová perdoou nossos pecados, com certeza ele encara o assunto como encerrado? Não é necessário ficar remoendo pecados que Jeová perdoou por completo.

24. Que encorajamento você obtém de Jeremias 31:20?

²⁴ Encontramos uma evidência bem vívida do perdão de Jeová em Jeremias 31:20. (Leia.) Décadas antes dos dias de Jeremias, Jeová puniu o reino de Israel ao norte, de dez tribos, (representado por Efraim, a tribo mais destacada) por causa de sua idolatria. Eles foram levados ao exílio. Mas Deus estava profundamente apegado ao povo daquela nação e mostrou terna afeição por eles. Ainda os amava como a “um menino tratado com mimo”, isto é, com carinho. Quando pensava neles, suas entranhas ‘ficavam turbulentas’, ou seja, isso mexia com seus sentimentos mais profundos. Esse relato, no contexto do novo pacto, mostra como Jeová perdoa liberalmente os que se arrependem de sua má conduta.

25. Por que você pode se sentir grato a Jeová pelo novo pacto?

²⁵ A promessa de Jeová de perdoar pecados por meio do novo pacto atingirá seu alcance máximo no fim do Reinado Milenar de Cristo. Jesus Cristo, junto com os 144 mil subsacerdotes, terão levado à perfeição os humanos leais. Após o teste final, as pessoas da humanidade farão parte da família universal de Jeová no pleno sentido. (Leia Romanos 8:19-22.) Durante séculos, todos têm gemido sob o fardo do pecado. No entanto, naquele tempo, a criação humana de Jeová terá “a liberdade gloriosa dos filhos de Deus”, liberdade do pecado e da morte. Portanto, esteja certo de que por meio do amoroso arranjo do novo pacto, você terá muitas bênçãos. Poderá se beneficiar agora e para sempre através do ‘renovo para Davi’ e viver na época em que Jeová exercerá “justiça na terra”. — Jer. 9:24; 33:15.