Chegue-se ao ouvinte de oração
“Ó Ouvinte de oração, sim, a ti chegarão pessoas de toda carne.” — Sal. 65:2.
1, 2. (a) Que convite se faz a todos? (b) É difícil para Deus ouvir uma oração, e a oração de quem ouve?
ATÉ que ponto usa a sua faculdade de falar? Poderá ser mesmo uma boa bênção para os outros com a maravilhosa faculdade de falar. Mas, além disso, o inventor da fala e da voz faz o grandioso convite de chegar a ele em oração. Os que têm apreço, por sua vez, aceitam este convite e erguem sua voz em grato louvor e petição ao Criador da fala. — Sal. 150:6.
2 Quando ora a Deus, cujo nome é Jeová, o ambiente em sua volta pode estar cheio de outras vozes, de música ou de ruídos de diversas espécies. Não obstante, aquele que tornou a fala possível pode decifrar as orações daqueles que aceitam seu convite de se chegarem a ele com suas petições. Sua audição não depende das ondas sonoras, nem é problema quando as ondas aéreas estão cheias de conversa sem significado daqueles que estão sem Deus. Assegura-se-nos a respeito da capacidade de Deus ouvir: “Certamente ouvirás o desejo dos mansos, ó Jeová. . . . Prestarás atenção com o teu ouvido.” — Sal. 10:17.
3. Há um modo correto de se orar? Como o sabemos?
3 A oração é um costume religioso popular em todo o mundo, havendo uma multidão de idéias sobre a maneira de fazê-la. Talvez esteja entre as muitas pessoas que têm orado e ainda assim se têm perguntado se usam a maneira correta de se dirigir ao verdadeiro Deus. Obviamente, há um modo reverente de se falar a ele. Sendo Deus comunicativo, com grande amor, proveu ampla informação na sua Palavra inspirada, para pessoas de todas as formações nacionais, sobre como podem chegar a saber o modo correto e respeitoso de ‘se chegar a Deus’ em oração. — Tia. 4:8.
4. Quais são alguns dos requisitos para as orações serem ouvidas por Deus?
4 Ao orar, não está falando apenas a alguém, mas sim à “majestade nos céus”. (Heb. 8:1) Só isso já enfatiza a necessidade de reconhecermos nossa própria condição imperfeita. A sinceridade e a fé também podem ser alistadas entre os requisitos. Note a íntima relação entre a fé e a oração, nas palavras de Jesus: “É por isso que vos digo: Todas as coisas pelas quais orais e que pedis, tende fé que praticamente já as recebestes, e as tereis.” (Mar. 11:24) Ao se esforçar a explicar em pensamento e palavra aquilo que o preocupa, faça-o de ‘todo o coração’. — Sal. 119:145.
O MODO DE SE CHEGAR A ELE
5, 6. (a) A quem permitiu Jeová anteriormente que orasse a ele? (b) Como se respondeu às orações de Cornélio?
5 “Pessoas de toda carne” e de todas as origens nacionais podem chegar-se a Deus, quando vêem a necessidade de ajuda espiritual. Mesmo quando a nação de Israel era ‘propriedade particular’ de Deus, também os estrangeiros podiam dirigir-se a Jeová. Podiam vir e orar em direção à casa de Jeová em Jerusalém, certos de que Deus escutaria desde os céus. (2 Crô. 6:32, 33) No lar de Cornélio, o apóstolo Pedro reconheceu isso, dizendo: “Deus não é parcial, mas em cada nação, o homem que o teme e que faz a justiça lhe é aceitável.” — Atos 10:34, 35.
6 Cornélio era homem das nações, “oficial do exército . . . homem devoto e que temia a Deus”, mas era homem que expressava sua fé. Imagine a alegria de Cornélio quando um anjo lhe assegurou que suas orações e suas dádivas de misericórdia produziram uma resposta favorável de Deus! Acolheu o testemunho dado por Pedro, e ele e os de sua casa foram batizados. — Atos 10:1-4.
7. A quem concede Deus conhecimento?
7 Iguais a Cornélio, os que hoje têm fome espiritual deviam similarmente tatear por Deus e seriamente procurá-lo. (Atos 17:27) Deviam seriamente procurar conhecer sua vontade e o que Deus exige para que se lhe agrade. Por sua vez, Deus é clemente e misericordioso, concedendo tal conhecimento em resposta aos que têm coração inclinado para com a justiça e que expressam fé sincera.
8. (a) Que provisão fez Jeová para nos chegarmos a ele? (b) Por que pediu Jesus que se fizesse a oração em seu nome?
8 A fim de se comunicar prontamente com o Pai celestial, é preciso aceitar a Cristo Jesus como Senhor. A paz com Deus só pode ser obtida do modo designado, pela provisão de resgate pelo Senhor Jesus. (Mat. 20:28; 1 Tim. 2:5, 6) Ele é a provisão para se chegar a Deus em oração e para a reconciliação com este. Jesus declarou corretamente: “Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6) Ele é o “ajudador” que desempenha um papel vital em termos acesso ao Ouvinte de oração. (1 João 2:1, 2) Portanto, o modo de se chegar a Deus é à base dos serviços oficiais de Cristo qual sumo sacerdote, bem como do resgate que proveu para a humanidade. Fazermos petição em seu nome e chegarmo-nos ao Pai, portanto, dá-se em reconhecimento de seu cargo de “Agente Principal da vida”, da parte de Deus. Nenhum outro intermediário é necessário para dirigirmos nossas orações a Deus. — Atos 3:15; João 14:13, 14; Heb. 10:19-22.
9. Se esperamos que Deus ouça nossos pedidos, como devemos orar?
9 Devemos sempre sentir-nos à vontade para levar nossas petições a Deus. Isto é excelente, mas devemos lembrar que ele não precisa nem tem a obrigação de responder a todas elas. Porque devia escutar orações ou responder a elas, se não forem nos seus interesses, nem nos interesses de seu povo, ou talvez até mesmo forem para o dano de quem pede? Ele não age contrário aos seus próprios propósitos, nem contra os que o adoram. Para se conceder um pedido, precisa agradar ao Ouvinte de oração. Isto mostra a necessidade de fazermos pedidos segundo a vontade de Deus, se esperamos que escute nossas orações, assim como está escrito: “Esta é a confiança que temos nele, que, não importa o que peçamos segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1 João 5:14) O conhecimento de sua vontade deve governar o teor de nossas petições a ele.
ORE EM FÉ
10. Por que é necessária a fé para se falar francamente a Deus?
10 O inteiro proceder na vida do verdadeiro cristão é controlado pela fé, habilitando-o a vencer obstáculos no seu serviço a Deus. Assim, também no que se refere à oração, crer que há um Deus real e vivente, que pode ouvir e ouve orações, contribui para falarmos livremente com ele. De fato, é importante ter plena fé em que ‘Deus existe e é recompensador dos que seriamente o buscam’. (Heb. 11:6) Aquele que sabe o que é melhor e se importa mais está sempre apercebido de nossas necessidades, embora variem grandemente com relação aos que vivem nas diversas partes do mundo. Em sentido figurado, ‘Jeová está perto de todos os que o invocam em fé’, e se apressa a responder às suas necessidades de ajuda. — Sal. 145:18.
11. (a) Conhece Deus as nossas necessidades? (b) Então por que devemos orar por elas?
11 Ao invocarmos Aquele cujos ouvidos estão atentos às orações dos justos, somos lembrados de que se apercebe plenamente do que precisamos, mesmo antes de o pedirmos. Seu próprio filho declarou a respeito do alimento, da bebida e da vestimenta: “Vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas.” (Mat. 6:32) Mas, embora Deus tenha todo o conhecimento e percepção dessas coisas, quer que lhe peçamos nossas necessidades e desejos. Em vista do convite permanente de se chegar a ele, mostraria falta de apreço adotar o conceito de que não devemos incomodá-lo com pedidos de nossas necessidades diárias. Como guardião do homem, o “Deus de vista” fixa os olhos nos bons tanto quanto nos maus na terra, e ele não abandona os que o amam, de modo a obrigá-los a resolverem sozinhos todos os seus problemas. De fato, Jeová Deus deve gostar de ouvir os que confiam nele, ao lhe dizerem nas suas próprias palavras que o reconhecem qual seu Pai e refúgio, e fonte de sua força. — Gên. 16:13; Sal. 46:1; Pro. 15:3.
12. (a) Como encaram alguns erroneamente a oração? (b) Por que, porém, é proveitoso orar?
12 Os que têm pouca fé talvez achem que Deus esteja ausente, tendo deixado a humanidade entregue a si mesma. Ou talvez pensem que a oração é apenas uma forma de enganar a si mesmo. Outros talvez pensem que é uma ajuda ou muleta psicológica, a fim de manter a pessoa numa disposição mental pacífica, desenvolvendo seus pensamentos em linhas espirituais. No entanto, há muito mais envolvido do que uma sensação emocional. Não está falando consigo mesmo, mas se está dirigindo ao Pai celestial, vivente, que pode “fazer mais do que superabundantemente além de todas as coisas que peçamos ou concebamos”. (Efé. 3:20) Quando é preciso tomar decisões, grandes ou pequenas, é o espírito e a direção de Jeová que podem abrir o caminho a tomar. Embora Deus seja autosuficiente e, não lhe faltando nada, tem muita empatia para com as necessidades dos de seu povo, e eles são bem-vindos a ‘lançar sobre ele toda a sua ansiedade da vida cotidiana, porque tem cuidado deles’. — 1 Ped. 5:7.
A ORAÇÃO PRODUZ RESULTADOS
13. Como funcionou a oração para Elias?
13 Foi por meio dum profeta de Israel que se ilustrou a força e eficácia da oração. Depois de se anunciar o próximo fim duma longa seca em Israel, Elias orou no cume do monte Carmelo, pedindo que chovesse novamente. Daquele lugar, seu ajudante viu a oração respondida — primeiro uma pequena nuvem, precursora da chuva, e depois o aguaceiro que seguiu. O escritor bíblico Tiago, trazendo à atenção este acontecimento da história, comenta a capacidade de Jeová, de responder às orações de seus servos, que oram segundo o propósito dele. Lemos: “A súplica do justo, quando em operação, tem muita força.” — Tia. 5:16-18; 1 Reis, capítulos 17, 18.
14. Por que se deve persistir em orar pelas necessidades?
14 O Pai da família humana providenciou que todos se mantivessem em contato com ele, dia e noite, como alguém realmente interessado no bem-estar e na felicidade deles. Os pais apreciam quando seus filhos recorrem a eles sempre em busca do que necessitam; tanto mais Jeová, que sabe como prover para os que persistem nas suas petições a ele. Salientando o mesmo ponto, Jesus deu aos seus discípulos uma ilustração ‘a respeito da necessidade de sempre orarem e de nunca desistirem’. (Luc. 18:1-8) Se pedir repetidas vezes o que precisa, mostra assim sua preocupação, e, quando suas orações são respondidas, sua persistência é recompensada.
15. De que valor é a oração durante oposição?
15 A interferência na divulgação das boas novas invariavelmente afeta os portadores delas mais cedo ou mais tarde. Podem resultar sofrimento e perseguição, assim como Cristo Jesus passou por tais coisas. Está escrito: “Todos os que desejarem viver com devoção piedosa em associação com Cristo Jesus também serão perseguidos.” (2 Tim. 3:12) No entanto, a oração e a súplica a Deus, junto com amor a ele e confiança nele, ajudam as testemunhas cristãs de Jeová no seu proceder de fidelidade, venha o que vier. (Sal. 34:15) O conselho em Romanos 12:12 é: “Perseverai em tribulação”, e, ao mesmo tempo, “persisti em oração”.
16, 17. (a) Como podemos mostrar preocupação com nossos irmãos quando sofrem perseguição? (b) Por sua vez, o que mostra isso da parte de quem pede?
16 Ocasionalmente se impõem proscrições para impedir a pregação das boas novas, resultando em processos nos tribunais, em perseguições e às vezes em encarceramentos para os pregadores. Quando ouvimos falar de tais coisas, sentimos profundamente por nossos irmãos, que se mantêm firmes, não transigindo nem mesmo para obter alívio temporário. Podemos ser fortalecidos pela atitude esplêndida deles a favor da justiça, sob pressão, e eles, por sua vez, podem ser encorajados e ajudados pelas nossas orações. Sim, é correto orar a favor dos em posições governamentais, para que os cristãos possam seguir sua vida e atividade cristã, sem interferência. — 1 Tim. 2:1, 2.
17 Quando nossos irmãos estão em dificuldades, como num caso notório num tribunal, podemos refletir nossa preocupação por nossa persistência na oração por eles. É evidente que Deus permite que os suplicantes demonstrem a profundeza de seu amor, a genuinidade de sua motivação, ao pedirem alívio. A distância ou os muros duma prisão não anulam sua súplica. Não há dúvida de que as Escrituras mostram que a persistência na oração pode produzir alívio para os em situação difícil. — 2 Cor. 1:8-11.
PACIÊNCIA E PERSEVERANÇA EM ORAÇÃO
18. Por que é a paciência vital na oração?
18 Mas, sempre precisamos reconhecer a necessidade de esperar por Jeová, para ele responder às orações relativas a proscrições e perseguições. A aparente demora, às vezes, da parte de Deus não deve ser considerada como incapacidade de atuar a favor daqueles que ama. É possível que não seja seu tempo para dar vitória num processo judicial ou alívio de outros modos, porque talvez se possa dar um testemunho ainda maior do reino de Deus, se o alívio vier mais tarde. Nunca classifique a Deus de “vagaroso”, mas reconheça que ele tem seu ‘tempo devido’ para tudo. No ínterim, pode prover proteção angélica. Pode-se tirar também consolo do que o apóstolo Pedro disse: “Jeová sabe livrar da provação os de devoção piedosa, mas reservar os injustos para o dia do julgamento . . . Jeová não é vagaroso com respeito à sua promessa, conforme alguns consideram a vagarosidade.” (2 Ped. 2:9; 3:9) Sim, de fato, o Ouvinte de oração pode fortalecer os que são pacientes e se apegam a fazer a vontade dele.
19. (a) Devemos orar pedindo que Deus impeça a perseguição? (b) O que poderá Jeová sempre fazer, se quiser?
19 O poder da oração que intercede por outros não deve ser desconsiderado, quer feita individualmente, quer por muitos. Jeová não é obrigado a agir pelo mero peso do número dos que oram. A súplica daqueles que pedem é que se faça a vontade de Jeová, e têm interesse unido e preocupação amorosa na ajuda e proteção de seus co-pregadores das boas novas. Pode ser que seja da vontade de Deus trazer alívio dum modo não previsto pelos envolvidos. Estribe-se confiantemente no seguinte fato: Jeová apoiará os que mantiverem a integridade sob dificuldades!
20. Devemos achar que nossas súplicas por outros sejam em vão?
20 Por isso, nunca se deve pensar que as súplicas que se fazem sejam em vão ou que talvez não se tenha orado exatamente na maneira certa para ajudar os perseguidos. O que Deus faz em resposta é o que deveríamos ter pedido, se tivéssemos sabido como fazê-lo. (Rom. 8:26, 27) Cada um deve confiar em que, com o decorrer dos séculos, o poder de Jeová não diminuiu, nem ficou ele surdo, incapaz de ouvir as orações de seus adoradores.
FRANQUEZA NA ORAÇÃO
21. (a) Por que não nos devemos refrear de orar? (b) Que qualidades excelentes nos atraem a Jeová?
21 Aquele em quem o amor de Deus alcança sua plena expressão sente-se livre para se chegar a ele em plena confiança. Por que se refrearia alguém de fazer uma oração de agradecimento, louvor ou pedido a um Deus com tantas qualidades maravilhosas, inclusive misericórdia, longanimidade e benevolência? (Sal. 36:7) Ao obterem perspicácia quanto a estas qualidades de Sua personalidade, os imperfeitos deviam criar coragem para se chegar a Jeová, o “Deus da glória”, com qualquer assunto e pedir ajuda em fazer a vontade divina dele. (Atos 7:2) Visto que vivemos no meio dum mundo frio e egoísta, quão animador é para nós chegar-nos e orarmos a um pai que é compassivo e tem misericórdia de nós quando estamos em dificuldades ou em desvantagem. Conforme ele mesmo declarou a Moisés: “Jeová, Deus misericordioso e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência e em verdade.” — Êxo. 34:6.
22. Que motivo adicional há para se chegar francamente a Jeová?
22 Há também um motivo adicional para nos chegarmos a tal Deus com franqueza no falar na oração, desde que aprendemos o papel desempenhado por Cristo Jesus neste arranjo. O apóstolo Paulo fixa nossa atenção nele, nestas palavras de Hebreus 4:15, 16: “Pois temos por sumo sacerdote, não alguém que não se possa compadecer das nossas fraquezas, mas alguém que foi provado em todos os sentidos como nós mesmos, porém sem pecado. Aproximemo-nos, portanto, com franqueza no falar, do trono de benignidade imerecida, para obtermos misericórdia e acharmos benignidade imerecida para ajuda no tempo certo.” Sabendo que ele sofreu as mesmíssimas coisas que temos de enfrentar e suportar, sabemos avaliar quão compreensivo ele pode ser e de quanta ajuda para nós, ao passo que nós, criaturas pecadoras, nos esforçamos a ser reconciliados com Deus, por meio dele, como nosso redentor e mediador. — Heb. 7:25.
23. (a) Por que se sentiu Jesus à vontade de falar com seu Pai? (b) Especialmente em que ocasiões orava ele?
23 Jesus sentiu-se à vontade para se comunicar com seu Pai no céu, quando esteve na terra. Naquele tempo, quando esteve muito longe da presença de Jeová, podemos imaginar quanto ele se agradou em falar com Deus por meio da oração. Teve assuntos importantes a dizer a Deus, e, por isso, foi a lugares solitários que contribuíram para a meditação. Todas as narrativas evangélicas revelam a Jesus como homem de oração — orou no seu batismo; também quando alimentou multidões; novamente, antes de escolher seus apóstolos; também na ceia comemorativa e na estaca de tortura. Nestas e em outras ocasiões, Jesus comunicou-se com seu Pai celestial. Quis agradar a seu Pai em todas as coisas e fazer a vontade Dele, não a sua própria. (João 5:30) Prosseguiu com sua obra designada, sabendo que suas súplicas e petições eram ouvidas favoravelmente. (Heb. 5:7-10) Nunca transigiu para evitar perseguições, mas levou uma vida de integridade, defendendo a soberania de Jeová. Em resultado, até mesmo criaturas celestiais o proclamaram digno da honra e da glória que alcançou. — Rev. 5:11, 12.
24. Para tornarmos nosso caminho bem sucedido, que poderemos fazer?
24 Que belo exemplo para todos os cristãos seguirem é tal Líder e Amo, que fez seu caminho bem sucedido por meio da oração! Todos os que querem ser bem sucedidos assim como ele devem imitar o exemplo deste que estava muito ansioso de fazer cada dia o que seu Pai queria que fizesse. Falando a Deus de coração, pedindo a força e apoio para fazer a vontade divina, ajuda o peticionário a andar e a falar dum modo agradável ao Criador. Achegar-nos a Deus, implorar-lhe num espírito de dependência e buscar sua orientação pode ser um alívio revigorante para nós. Somos exortados a lançar todas as nossas ansiedades sobre Deus. (1 Ped. 5:7) O conselho de Jesus, conforme se deve lembrar, era o de orar e de não desistir de pedir a Deus tudo o que talvez necessitemos. — Luc. 18:1-7.
CONTINUE A ORAR
25. Como poderá mostrar uma atitude de espera?
25 Dar a avaliação correta à comunicação com Jeová ajudará o suplicante a manter o proceder justo, ao mesmo tempo não esperando uma resposta espetacular a cada pedido. De fato, talvez se tenha de usar de muita paciência, quando em provação ou castigo, à espera duma resposta. Nunca se deve subestimar o poder da oração, mas, antes, deve-se mostrar uma “atitude de espera”, em expectativa confiante, conforme expresso pelo profeta Miquéias, de que “meu Deus me ouvirá”. — Miq. 7:7.
26, 27. (a) Como poderá mostrar fé no poder da oração? (b) A que o deverá induzir seu amor a Deus?
26 Depois de ter cometido algum mal, não é ocasião de se parar de implorar o favor de Deus, como se não se sentisse qualificado para orar. Não se deve ‘encobrir’ as transgressões que se comete. (Pro. 28:13) Se quiser misericórdia, diga a Jeová, seu Deus, quanto lamenta o que fez, talvez sem pensar, naquele momento. Depois de ter corrigido o assunto no melhor que puder, mostre que tem fé no poder da oração e na disposição de Deus, de perdoar, por pedir desculpas a ele. Assim poderá demonstrar confiança em que Jeová ouve seus clamores de ajuda e compreende o que realmente necessita. — Sal. 5:1, 2.
27 Entende plenamente a importância do convite a pessoas de toda a carne, de se chegarem ao ouvinte de oração? Se alguém sentir de certo modo temor ou pavor de se chegar a Deus, não demonstra isso certa falta de amor a ele, até mesmo falta de apreço da provisão do resgate? Nossas imperfeições, certamente, não devem ser um impedimento para uma pronta aproximação ao Criador amoroso. De fato, o amor a Deus deve induzir-nos a expressar-nos francamente ao nosso misericordioso Criador. — 1 João 4:16-18.
28. (a) De que modo podem os anciãos ser-lhe uma bênção? (b) Que exemplo há de alguém com graves pecados, que pediu a misericórdia de Deus?
28 No entanto, a perda de confiança para invocar a Jeová em busca de ajuda pode acontecer. Pode ser que a má consciência ou algo que saiu errado na sua vida lhe tenha dado o sentimento negativo de se sentir indigno. Numa situação assim, há grave perigo se deixar de pedir a ajuda de Deus. Por que piorar a questão por deixar de orar? Para os que se refreiam de se dirigir a Deus por iniciativa própria e de falar-lhe francamente, as orações intercessoras dos anciãos na congregação podem ser uma bênção. Estes habilitados, na congregação, estão ali para ajudá-lo, caso ache que há uma “massa de nuvem” bloqueando sua aproximação a Deus e impedindo a passagem de suas orações. (Lam. 3:44) Foi a respeito da oração de uns pelos outros que Tiago escreveu: “A súplica do justo, quando em operação, tem muita força.” (Tia. 5:16) Tal pedido de ajuda é um arranjo amoroso de conselho e oração a favor dos que hesitam em derramar seu coração de iniciativa própria perante o Deus que é absolutamente justo, bom e santo. Por outro lado, o pecador que se chega pessoalmente a Deus pode ser realmente abençoado em rogar a Deus misericórdia. Funcionou para o Rei Manassés de Judá. Ele continuou a orar, e seu pedido foi finalmente ouvido. — 2 Crô. 33:12, 13.
29. Por que devem todos ser honestos nas suas orações?
29 Cabe a todos, sem exceção, ser francos e honestos com Jeová Deus, se quiserem que lhes conceda seu pedido. Por que tentaria alguém ocultar-lhe algo? Ele até mesmo ‘conhece o coração de todos’. Por isso, nunca tente enganá-lo. (Atos 1:24; Jer. 17:10) Nas suas orações, seja específico, franco, reconhecendo sinceramente seus pecados e erros contra seu Pai celestial. Tenha o profundo apreço que o leal Davi teve e peça que Deus o esquadrinhe e conheça seu coração. Suplique-lhe que dê ouvidos à sua oração e preste atenção aos seus rogos. (Sal. 139:23; 86:6) Lembre-se de que a oração do reto lhe é um prazer. Portanto, pense nos muitos motivos pelos quais deve continuar a orar francamente, confiante na expectativa de que Deus o ouça e ajude. — Pro. 15:8.
30. A quem deverá chegar-se sem reservas?
30 Há Alguém a quem se poderá chegar sem reservas. Ele é o “Ouvinte de oração”. Assim, por que não o torna feliz ao passo que, ‘por oração e súplica, junto com agradecimento, faz conhecer as suas petições a Deus’? (Fil. 4:6) Agindo assim, poderá prosseguir, sentindo o amor que Deus tem aos que se chegam a ele.