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Chegue-se ao ouvinte de oraçãoA Sentinela — 1976 | 1.° de janeiro
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as súplicas que se fazem sejam em vão ou que talvez não se tenha orado exatamente na maneira certa para ajudar os perseguidos. O que Deus faz em resposta é o que deveríamos ter pedido, se tivéssemos sabido como fazê-lo. (Rom. 8:26, 27) Cada um deve confiar em que, com o decorrer dos séculos, o poder de Jeová não diminuiu, nem ficou ele surdo, incapaz de ouvir as orações de seus adoradores.
FRANQUEZA NA ORAÇÃO
21. (a) Por que não nos devemos refrear de orar? (b) Que qualidades excelentes nos atraem a Jeová?
21 Aquele em quem o amor de Deus alcança sua plena expressão sente-se livre para se chegar a ele em plena confiança. Por que se refrearia alguém de fazer uma oração de agradecimento, louvor ou pedido a um Deus com tantas qualidades maravilhosas, inclusive misericórdia, longanimidade e benevolência? (Sal. 36:7) Ao obterem perspicácia quanto a estas qualidades de Sua personalidade, os imperfeitos deviam criar coragem para se chegar a Jeová, o “Deus da glória”, com qualquer assunto e pedir ajuda em fazer a vontade divina dele. (Atos 7:2) Visto que vivemos no meio dum mundo frio e egoísta, quão animador é para nós chegar-nos e orarmos a um pai que é compassivo e tem misericórdia de nós quando estamos em dificuldades ou em desvantagem. Conforme ele mesmo declarou a Moisés: “Jeová, Deus misericordioso e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência e em verdade.” — Êxo. 34:6.
22. Que motivo adicional há para se chegar francamente a Jeová?
22 Há também um motivo adicional para nos chegarmos a tal Deus com franqueza no falar na oração, desde que aprendemos o papel desempenhado por Cristo Jesus neste arranjo. O apóstolo Paulo fixa nossa atenção nele, nestas palavras de Hebreus 4:15, 16: “Pois temos por sumo sacerdote, não alguém que não se possa compadecer das nossas fraquezas, mas alguém que foi provado em todos os sentidos como nós mesmos, porém sem pecado. Aproximemo-nos, portanto, com franqueza no falar, do trono de benignidade imerecida, para obtermos misericórdia e acharmos benignidade imerecida para ajuda no tempo certo.” Sabendo que ele sofreu as mesmíssimas coisas que temos de enfrentar e suportar, sabemos avaliar quão compreensivo ele pode ser e de quanta ajuda para nós, ao passo que nós, criaturas pecadoras, nos esforçamos a ser reconciliados com Deus, por meio dele, como nosso redentor e mediador. — Heb. 7:25.
23. (a) Por que se sentiu Jesus à vontade de falar com seu Pai? (b) Especialmente em que ocasiões orava ele?
23 Jesus sentiu-se à vontade para se comunicar com seu Pai no céu, quando esteve na terra. Naquele tempo, quando esteve muito longe da presença de Jeová, podemos imaginar quanto ele se agradou em falar com Deus por meio da oração. Teve assuntos importantes a dizer a Deus, e, por isso, foi a lugares solitários que contribuíram para a meditação. Todas as narrativas evangélicas revelam a Jesus como homem de oração — orou no seu batismo; também quando alimentou multidões; novamente, antes de escolher seus apóstolos; também na ceia comemorativa e na estaca de tortura. Nestas e em outras ocasiões, Jesus comunicou-se com seu Pai celestial. Quis agradar a seu Pai em todas as coisas e fazer a vontade Dele, não a sua própria. (João 5:30) Prosseguiu com sua obra designada, sabendo que suas súplicas e petições eram ouvidas favoravelmente. (Heb. 5:7-10) Nunca transigiu para evitar perseguições, mas levou uma vida de integridade, defendendo a soberania de Jeová. Em resultado, até mesmo criaturas celestiais o proclamaram digno da honra e da glória que alcançou. — Rev. 5:11, 12.
24. Para tornarmos nosso caminho bem sucedido, que poderemos fazer?
24 Que belo exemplo para todos os cristãos seguirem é tal Líder e Amo, que fez seu caminho bem sucedido por meio da oração! Todos os que querem ser bem sucedidos assim como ele devem imitar o exemplo deste que estava muito ansioso de fazer cada dia o que seu Pai queria que fizesse. Falando a Deus de coração, pedindo a força e apoio para fazer a vontade divina, ajuda o peticionário a andar e a falar dum modo agradável ao Criador. Achegar-nos a Deus, implorar-lhe num espírito de dependência e buscar sua orientação pode ser um alívio revigorante para nós. Somos exortados a lançar todas as nossas ansiedades sobre Deus. (1 Ped. 5:7) O conselho de Jesus, conforme se deve lembrar, era o de orar e de não desistir de pedir a Deus tudo o que talvez necessitemos. — Luc. 18:1-7.
CONTINUE A ORAR
25. Como poderá mostrar uma atitude de espera?
25 Dar a avaliação correta à comunicação com Jeová ajudará o suplicante a manter o proceder justo, ao mesmo tempo não esperando uma resposta espetacular a cada pedido. De fato, talvez se tenha de usar de muita paciência, quando em provação ou castigo, à espera duma resposta. Nunca se deve subestimar o poder da oração, mas, antes, deve-se mostrar uma “atitude de espera”, em expectativa confiante, conforme expresso pelo profeta Miquéias, de que “meu Deus me ouvirá”. — Miq. 7:7.
26, 27. (a) Como poderá mostrar fé no poder da oração? (b) A que o deverá induzir seu amor a Deus?
26 Depois de ter cometido algum mal, não é ocasião de se parar de implorar o favor de Deus, como se não se sentisse qualificado para orar. Não se deve ‘encobrir’ as transgressões que se comete. (Pro. 28:13) Se quiser misericórdia, diga a Jeová, seu Deus, quanto lamenta o que fez, talvez sem pensar, naquele momento. Depois de ter corrigido o assunto no melhor que puder, mostre que tem fé no poder da oração e na disposição de Deus, de perdoar, por pedir desculpas a ele. Assim poderá demonstrar confiança em que Jeová ouve seus clamores de ajuda e compreende o que realmente necessita. — Sal. 5:1, 2.
27 Entende plenamente a importância do convite a pessoas de toda a carne, de se chegarem ao ouvinte de oração? Se alguém sentir de certo modo temor ou pavor de se chegar a Deus, não demonstra isso certa falta de amor a ele, até mesmo falta de apreço da provisão do resgate? Nossas imperfeições, certamente, não devem ser um impedimento para uma pronta aproximação ao Criador amoroso. De fato, o amor a Deus deve induzir-nos a expressar-nos francamente ao nosso misericordioso Criador. — 1 João 4:16-18.
28. (a) De que modo podem os anciãos ser-lhe uma bênção? (b) Que exemplo há de alguém com graves pecados, que pediu a misericórdia de Deus?
28 No entanto, a perda de confiança para invocar a Jeová em busca de ajuda pode acontecer. Pode ser que a má consciência ou algo que saiu errado na sua vida lhe tenha dado o sentimento negativo de se sentir indigno. Numa situação assim, há grave perigo se deixar de pedir a ajuda de Deus. Por que piorar a questão por deixar de orar? Para os que se refreiam de se dirigir a Deus por iniciativa própria e de falar-lhe francamente, as orações intercessoras dos anciãos na congregação podem ser uma bênção. Estes habilitados, na congregação, estão ali para ajudá-lo, caso ache que há uma “massa de nuvem” bloqueando sua aproximação a Deus e impedindo a passagem de suas orações. (Lam. 3:44) Foi a respeito da oração de uns pelos outros que Tiago escreveu: “A súplica do justo, quando em operação, tem muita força.” (Tia. 5:16) Tal pedido de ajuda é um arranjo amoroso de conselho e oração a favor dos que hesitam em derramar seu coração de iniciativa própria perante o Deus que é absolutamente justo, bom e santo. Por outro lado, o pecador que se chega pessoalmente a Deus pode ser realmente abençoado em rogar a Deus misericórdia. Funcionou para o Rei Manassés de Judá. Ele continuou a orar, e seu pedido foi finalmente ouvido. — 2 Crô. 33:12, 13.
29. Por que devem todos ser honestos nas suas orações?
29 Cabe a todos, sem exceção, ser francos e honestos com Jeová Deus, se quiserem que lhes conceda seu pedido. Por que tentaria alguém ocultar-lhe algo? Ele até mesmo ‘conhece o coração de todos’. Por isso, nunca tente enganá-lo. (Atos 1:24; Jer. 17:10) Nas suas orações, seja específico, franco, reconhecendo sinceramente seus pecados e erros contra seu Pai celestial. Tenha o profundo apreço que o leal Davi teve e peça que Deus o esquadrinhe e conheça seu coração. Suplique-lhe que dê ouvidos à sua oração e preste atenção aos seus rogos. (Sal. 139:23; 86:6) Lembre-se de que a oração do reto lhe é um prazer. Portanto, pense nos muitos motivos pelos quais deve continuar a orar francamente, confiante na expectativa de que Deus o ouça e ajude. — Pro. 15:8.
30. A quem deverá chegar-se sem reservas?
30 Há Alguém a quem se poderá chegar sem reservas. Ele é o “Ouvinte de oração”. Assim, por que não o torna feliz ao passo que, ‘por oração e súplica, junto com agradecimento, faz conhecer as suas petições a Deus’? (Fil. 4:6) Agindo assim, poderá prosseguir, sentindo o amor que Deus tem aos que se chegam a ele.
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Seja constante na oraçãoA Sentinela — 1976 | 1.° de janeiro
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Seja constante na oração
“Todo aquele que é leal orará a ti.” — Sal. 32:6.
1, 2. (a) Por que nos devemos comunicar com Deus? (b) Como se mostra preferência pela vontade de Deus?
NESTA era moderna, a maioria das pessoas parecem ter pouco ou nenhum tempo para Deus. Há muitas desculpas para não o tomarem em consideração na sua vida diária. No entanto, quando alguém afirma servir o Deus vivente e verdadeiro, deve lealmente comunicar-se com ele, recorrendo a ele, como aquele a quem servir e obedecer em tudo.
2 Especialmente depois de alguém se ter comprometido de servir a Jeová Deus, deverá tomar a oração a sério. Em vez de encará-la como dever, deve usufruí-la como privilégio. Com preferência a fazer a vontade de Deus e em submissão teocrática a ela, orar-se-á: “Faze-me saber os teus próprios caminhos, ó Jeová; ensina-me as tuas próprias veredas. Faze-me andar na tua verdade e ensina-me, pois tu és o meu Deus de salvação.” — Sal. 25:4, 5.
SINCERIDADE NA ORAÇÃO
3. Como podemos ser sinceros em nossos pedidos a Deus?
3 A sinceridade está envolvida quando fala ao Altíssimo, se espera que dê atenção aos seus pedidos. Devemos ser honestos na avaliação de nós mesmos, em toda a seriedade e de plena posse dos nossos sentidos. Para sermos leais aos modos justos de Deus, não atenuaremos nossos próprios hábitos errados ou atitudes questionáveis. Não é possível enganar Aquele com quem temos uma prestação de contas. (Heb. 4:12) Seria tolice orarmos de um modo e agirmos em desacordo com o pedido.
4. O que devemos fazer para agradar ao Ouvinte de oração?
4 Os que lealmente observam os mandamentos dele têm a garantia: “Os olhos de Jeová estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos às súplicas deles;
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