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MiguelEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2
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um a quem Deus designou como o principal, ou cabeça, da hoste angélica. Em 1 Tessalonicenses 4:16 descreve-se a voz do ressuscitado Senhor Jesus Cristo como a dum arcanjo, sugerindo que ele mesmo, efetivamente, é o arcanjo. Este texto descreve-o como descendo do céu com “chamada dominante”. Portanto, é apenas lógico que a voz que faz esta chamada dominante seja descrita por uma palavra que não diminuiria ou rebaixaria a grande autoridade que Cristo Jesus tem agora como Rei dos reis e Senhor dos senhores. (Mt 28:18; Re 17:14) Se a designação “arcanjo” não se aplicasse a Jesus Cristo, mas a outros anjos, então não seria apropriada a referência à “voz de arcanjo”. Neste caso, descreveria a voz de uma autoridade inferior à do Filho de Deus.
Há também outras correspondências que estabelecem que Miguel realmente é o Filho de Deus. Daniel, depois de fazer a primeira referência a Miguel (Da 10:13), registrou uma profecia que se estende ao “tempo do fim” (Da 11:40) e depois declarou: “E durante esse tempo pôr-se-á de pé Miguel, o grande príncipe que está de pé a favor dos filhos de teu povo [o de Daniel].” (Da 12:1) Miguel ‘pôr-se de pé’ devia ser associado a “um tempo de aflição tal como nunca se fez ocorrer, desde que veio a haver nação até esse tempo”. (Da 12:1) Na profecia de Daniel, ‘pôr-se de pé’ frequentemente se refere à ação de um rei, quer por ele assumir o poder régio, quer por agir eficazmente na qualidade de rei. (Da 11:2-4, 7, 16b, 20, 21) Isto apoia a conclusão de que Miguel é Jesus Cristo, visto que Jesus é o Rei designado de Jeová, comissionado para destruir todas as nações no Har-Magedon. — Re 11:15; 16:14-16.
O livro de Revelação (Apocalipse 12:7, 10, 12) menciona especificamente Miguel relacionado com o estabelecimento do Reino de Deus, e liga este evento com tribulação para a Terra: “E irrompeu uma guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam com o dragão, e o dragão e os seus anjos batalhavam. E ouvi uma voz alta no céu dizer: ‘Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos . . . Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e vós os que neles residis! Ai da terra e do mar.’” Jesus Cristo é mais adiante retratado como chefiando os exércitos celestiais na guerra contra as nações da Terra. (Re 19:11-16) Isto significaria um período de aflição para elas, que logicamente estaria incluído no “tempo de aflição” associado com Miguel pôr-se de pé. (Da 12:1) Visto que o Filho de Deus deve combater as nações, é apenas razoável que foi ele quem anteriormente, com seus anjos, batalhara contra o dragão sobre-humano, Satanás, o Diabo, e os anjos dele.
Jesus, na sua existência pré-humana, foi chamado de “a Palavra”. (Jo 1:1) Ele tinha também o nome pessoal de Miguel. Por reter o nome Jesus depois da sua ressurreição (At 9:5), “a Palavra” mostra ser idêntico ao Filho de Deus na Terra. Reassumir ele seu nome celestial, Miguel, e seu título (ou nome) de “A Palavra de Deus” (Re 19:13) relaciona-o com sua existência pré-humana. O próprio nome Miguel, fazendo a pergunta: “Quem É Semelhante a Deus?” indica que Jeová Deus é sem igual, ou semelhante, e que Miguel, seu arcanjo, é seu grande Defensor ou Vingador.
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MijamimEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2
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MIJAMIM
[Da Mão Direita].
1. Descendente de Arão, escolhido por sortes para encabeçar a sexta turma de serviço sacerdotal nos dias do Rei Davi. — 1Cr 24:1, 3, 5, 9.
2. Um dos cabeças dos sacerdotes que retornaram de Babilônia junto com Zorobabel. (Ne 12:1, 5, 7) Ele talvez tenha fundado a casa paterna de Miniamim, mencionada em Neemias 12:17 (onde o nome do cabeça desta casa parece ter sido uma inadvertida omissão de escriba no texto hebraico).
3. Um “dos filhos de Parós”, que despediram “as esposas [estrangeiras] junto com os filhos”, conforme aconselhados por Esdras. — Esd 10:25, 44.
4. Sacerdote (ou possivelmente antepassado dum sacerdote) alistado entre os que atestaram com selo o “arranjo fidedigno” no tempo de Neemias. (Ne 9:38; 10:1, 7, 8) Ele parece ser o mesmo que o Miniamim de Neemias 12:41.
No hebraico, Mijamim parece ser uma contração do nome Miniamim.
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MilagresEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2
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MILAGRES
Ocorrências que maravilham ou espantam; efeitos no mundo físico, que ultrapassam todos os conhecidos poderes humanos ou naturais, e que, portanto, são atribuídos a uma causa sobrenatural. Nas Escrituras Hebraicas, a palavra moh·féth, às vezes traduzida “milagre”, significa também “portento”, “maravilha” e “sinal”. (De 28:46; 1Cr 16:12 n) Frequentemente é usada em conjunto com a palavra hebraica ʼohth, que também significa “sinal”. (De 4:34) Nas Escrituras Gregas, a palavra dý·na·mis, “poder”, é traduzida “obras poderosas”, “capacidade”, “milagre”. — Mt 25:15; Lu 6:19; 1Co 12:10, ALA, BJ, IBB, NM.
Um milagre, espantoso para os olhos de quem o observa, é algo além da sua capacidade de realização ou mesmo de plena compreensão. É também uma obra poderosa, que exige maior poder ou conhecimento do que ele possui. Mas, do ponto de vista daquele que é a fonte de tal poder, não é milagre. Ele o compreende e tem a capacidade de realizá-lo. Assim, muitos atos realizados por Deus são espantosos para os humanos que os observam, mas são apenas o exercício do poder Dele. Quando alguém crê numa deidade, especialmente no Deus da criação, não pode coerentemente negar o poder de Deus, de realizar coisas espantosas aos olhos dos homens. — Ro 1:20; veja PODER, OBRAS PODEROSAS.
São os milagres compatíveis com as leis naturais?
Por estudo e observação, os pesquisadores têm identificado diversas operações uniformes de coisas no universo e têm reconhecido leis que abrangem tal uniformidade nos fenômenos naturais. Uma delas é a ‘lei da gravidade’. Os cientistas admitem a complexidade, e ainda assim a confiabilidade dessas leis, e, ao chamá-las de “leis”, dão a entender a existência Daquele que pôs essas leis em vigor. Os cépticos encaram os milagres como violação de leis que eles aceitam como naturais, irrevogáveis e inexoráveis; portanto, dizem eles, nunca ocorre um milagre. Convém lembrar-se de que a atitude deles é que, se algo é incompreensível e inexplicável para nós, tanto quanto discernimos essas leis, então não pode acontecer.
Todavia, cientistas habilitados ficam cada vez mais cautelosos quanto a dizer que certa coisa é impossível. O Professor John R. Brobeck, da Universidade de Pensilvânia (EUA), declarou: “O cientista não pode mais dizer honestamente que algo é impossível. Pode apenas dizer que é improvável. Mas, ele poderá dizer que algo é impossível de explicar em termos de nosso conhecimento atual. A ciência não pode dizer que todas as propriedades da matéria e todas as formas de energia são conhecidas. . . . [Para haver um milagre] uma coisa que precisa ser adicionada é uma fonte de energia desconhecida a nós, em nossas ciências biológicas e fisiológicas. Em nossas Escrituras, esta fonte de energia é identificada como o poder de Deus.” (Time, 4 de julho de 1955) Desde que se fez esta declaração, desenvolvimentos científicos adicionais a tornaram mais enfática.
Os cientistas não entendem plenamente as propriedades do calor, da luz, da ação atômica e nuclear, da eletricidade, nem qualquer das formas de matéria mesmo em condições normais. Mais deficiente ainda é seu entendimento dessas propriedades sob condições incomuns ou anormais. Por exemplo, foi apenas relativamente recente que se começaram a fazer extensas investigações sob condições de extremo frio, mas, neste curto tempo, observaram-se muitas reações estranhas dos elementos. O chumbo, que não é condutor elétrico ideal, quando imerso em hélio líquido esfriado a uma temperatura de -271°C, estranhamente torna-se um supercondutor e um poderoso eletromagneto quando se coloca perto dele um ímã em barra. Em tal temperatura superfria, o próprio hélio parece desafiar a lei da gravidade por subir pelos lados do recipiente de vidro e transbordá-lo, saindo do recipiente. — Matter (Matéria), Life Science Library, 1963, pp. 68, 69.
Esta descoberta é uma das muitas que assombraram os cientistas, parecendo transtornar suas ideias anteriores. Então, como pode alguém dizer que Deus violou suas próprias leis ao realizar obras poderosas que aos homens pareciam assombrosas e miraculosas? Certamente, o Criador do universo físico tem perfeito controle sobre aquilo que criou e pode manobrar estas coisas dentro da estrutura das leis que criou inerentes nelas. (Jó 38) Ele pode criar as condições necessárias para a realização dessas obras; pode acelerar, retardar, modificar ou neutralizar reações. Ou os anjos, com poder superior ao do homem, podem fazer isso na execução da vontade de Jeová. — Êx 3:2; Sal 78:44-49.
O cientista certamente não suplanta ou ultrapassa as leis físicas quando aplica mais calor ou mais frio, ou mais oxigênio, e assim por diante, para acelerar ou retardar um processo químico. Não obstante, os cépticos questionam os milagres da Bíblia, inclusive o “milagre” da criação. Estes desafiadores afirmam, na realidade, que eles estão familiarizados com todas as condições e todos os processos que já ocorreram. Insistem em que as operações do Criador devem ficar restritas às limitações do entendimento que eles têm das leis que governam as coisas físicas.
Esta fraqueza da parte de cientistas é admitida por um professor sueco de física dos plasmas, que salientou: “Ninguém questiona a obediência da atmosfera da terra às leis da mecânica e da física atômica. Ainda assim, pode ser extremamente difícil para nós determinar como funcionam estas leis com respeito a qualquer situação determinada que envolva os fenômenos atmosféricos.” (Worlds-Antiworlds [Mundos-Antimundos], de H. Alfvén, 1966, p. 5) Este professor aplicou essa ideia à origem do universo. Deus estabeleceu as leis físicas que governam a Terra, o Sol e a Lua, e dentro desta estrutura os homens puderam fazer coisas maravilhosas. Certamente, Deus podia aplicar as leis de modo a produzirem um resultado inesperado pelos humanos; não era problema para ele dividir o Mar Vermelho, de modo que ‘as águas eram uma muralha’ em ambos os lados. (Êx 14:22) Embora para o homem andar sobre a água seja uma façanha espantosa, com quanta facilidade pôde ser realizado no poder de “Aquele que estende os céus como uma gaze fina e que os estica como uma tenda em
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