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Os lolardos, corajosos pregadores da BíbliaA Sentinela — 1981 | 1.° de fevereiro
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das tradições e dos ensinos falsos que se haviam desenvolvido durante a Idade do Obscurantismo e a Idade Média. Os lolardos sobreviveram a este período. Quando os escritos de Lutero chegaram a Inglaterra, as congregações dos lolardos fundiram-se com o novo movimento, tão similares eram os ensinos.
A Bíblia, aos poucos, estava sendo liberta dos grilhões que a haviam tornado um livro fechado para todos, exceto uns poucos favorecidos e ricos. Sabemos hoje avaliar a coragem demonstrada por aquelas pessoas? Elas prezavam a Bíblia como livro que valia ser lido e estudado — que valia sua terra, sua liberdade e sua vida. Damos valor a esta liberdade de estudar as Escrituras, ganha tão arduamente? Podemos somente dizer que tem tal valor para nós, se estudarmos a Bíblia e demonstrarmos ter uma fé ativa, divulgando as suas verdades a outros.
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Acha divertido o que Deus odeia?A Sentinela — 1981 | 1.° de fevereiro
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Acha divertido o que Deus odeia?
CERTO ministro cristão e sua esposa tinham ingressos para o que se supunha ser uma peça shakespeariana. Entretanto, quando entraram no teatro, descobriram que a peça shakespeariana não tivera muito sucesso, e, assim, fora substituída por uma peça moderna. A assistência era na maior parte de pessoas mais velhas, de rendimentos médio e superior, sendo o teatro um dos melhores da cidade de Nova Iorque.
Após observar a peça por cerca de três ou quatro minutos, o ministro virou-se para sua esposa e perguntou: “Está pronta?” Sabendo exatamente o que ele tinha em mente, ela respondeu “sim”, e ambos se levantaram e saíram. Por quê? O início daquela peça foi tão inimaginavelmente sujo em linguagem, gestos e conteúdo, que não acharam que desejavam tolerar tamanho insulto. Em outras ocasiões, também, testemunhas cristãs de Jeová acharam necessário agir como este casal, por terem sido enganados pela publicidade.
O que Deus odeia? Odeia tudo o que é mau. Odeia, entre outras coisas, ‘o coração que projeta ardis prejudiciais e pés que se apressam a correr para a maldade’. (Pro. 6:16-19) Por odiar tudo que é mau, julgará adversamente todos os que praticam a impureza moral. — Heb. 13:4.
Nunca antes houve tanta imundície moral por todos os lados. Filmes, peças teatrais, shows de TV, livros e revistas, todos se prestam ao interesse popular em pornografia e coisas obscenas.
Por que a natureza humana é tão propensa a achar divertido o que Deus odeia? É devido ao mau começo que nossos primeiros pais, Adão e Eva, nos legaram. Por se empenharem num proceder egoísta, desobediente e rebelde, “a inclinação do coração do homem é má desde a sua mocidade”. Após receber repreensão por sérios pecados cometidos contra Jeová, o Rei Davi escreveu: “Em erro fui dado à luz com dores de parto, e em pecado me concebeu minha mãe.” — Gên. 8:21; Sal. 51:5; 2 Sam. 12:7-14.
O prazer que os humanos imperfeitos derivam das coisas que Deus odeia pode ser comparado ao desejo ardente que um diabético tem de doces. A diabetes e em grande parte uma doença herdada, embora a imprudência no comer e no beber, ou outros fatores, possam ativar seu início e agravar sua seriedade. Devido a uma disfunção química do organismo, a vítima tem um forte anseio por exatamente aquilo que ela não deve comer. Isto faz lembrar uma frase de Shakespeare: “Seus sentimentos são o apetite dum homem doente, que deseja mais o que lhe agravaria o mal.” De fato, assim como certas doenças vêm acompanhadas de desejos ardentes de coisas que agravariam a doença, nossas tendências decaídas, herdadas, nos inclinam para o que é mau.
Não ousamos ceder a qualquer anseio de diversão imprópria. Por que não? Porque nos acostumaremos tanto com ele, que ficaremos inclinados a praticá-lo, e, depois, quando surge uma forte tentação, não resistiremos e cairemos, para nossa duradoura tristeza.
Até mesmo o apóstolo Paulo teve uma luta neste respeito. Por isso é que escreveu: “O bem que quero, não faço, mas o mal que não quero, este é o que pratico. Acho assim a seguinte lei no meu caso: que, quando quero fazer o que é direito, esta presente em mim aquilo que é mau. Eu realmente me deleito na lei de Deus . . . mas observo em meus membros outra lei guerreando contra a lei da minha mente e levando-me cativo a lei do pecado que está nos meus membros.” — Rom 7:19, 21-23.
O que nos protegerá? Odiar profunda e sinceramente o que Jeová odeia, sim, abominá-lo: “Abominai o que é iníquo.” (Rom. 12:9) Isso não é fácil de fazer. Conforme o expressou certa escritora, que passou um tempo difícil tentando parar de fumar: “Como posso odiar aquilo que me dá prazer?” Mas, a pessoa pode tomar uma resolução e persistir dizendo a si mesma para odiar e abominar o que é mau, iníquo, prejudicial, o que é destrutivo, o que é imprudente. O apóstolo fez algo neste respeito, conforme escreveu a outra congregação cristã: “Amofino o meu corpo e o conduzo como escravo, para que, depois de ter pregado a outros, eu mesmo não venha a ser de algum modo reprovado.” — 1 Cor. 9:27.
Isto não significa que Paulo literalmente amofinava seu corpo do modo como Martinho Lutero fez enquanto era frade, açoitando seu corpo até sangrar. Antes, Paulo disciplinava a si mesmo; exercia rígido e severo autodomínio. Por fazer isso, podia escrever: “De modo algum damos qualquer causa para tropeço, para que não se ache falta no nosso ministério; mas, recomendam-nos de todo modo como ministros de Deus, . . . pela pureza, . . . pelo amor livre de hipocrisia.” Precisamos fazer o mesmo. — 2 Cor. 6:3, 4, 6
Ordena-se que amemos a Deus de todo o coração e de toda a alma, de toda nossa mente e força. Se realmente amarmos a Deus, desejaremos evitar tudo que o desagrada. (Mar. 12:30) Ele é santo e quer que sejamos santos. (1 Ped. 1:15, 16) Há também a questão de se agradar ao esclarecido interesse pessoal. Deus nos manda amar a nós mesmos, mas, da mesma forma, amar nosso próximo como a nós mesmos. (Mar. 12:31) Precisamos persistir dizendo a nós mesmos que entregar-nos ao que é mau simplesmente não vale a pena. Conforme diz a Palavra de Deus: “Não vos deixeis desencaminhar: De Deus não se mofa. Pois, o que o homem semear, isso também ceifará; porque aquele que semeia visando a sua carne, ceifará da carne corrupção, mas aquele que semeia visando o espírito, ceifará do espírito vida eterna.” — Gál. 6:7, 8.
Desenvolver hábitos mentais salutares será de ajuda. Continuemos vigilantes quanto ao que lemos, o que vemos, em que fixamos nossa mente. Ajudará ler a Bíblia diariamente, até mesmo memorizar textos bíblicos. Tampouco devemos negligenciar o valor obtido da oração. Faça da oração um hábito. “Persisti em oração “ Jesus deu-nos um excelente exemplo, pois está escrito a seu respeito: “Amaste a justiça e odiaste o que é contra a lei.” — Rom. 12:12; Heb. 1:9.
Que recompensas há para tais esforços? Verificaremos que são verazes em nosso caso as palavras adicionais do apóstolo Paulo: “A devoção piedosa é proveitosa para todas as coisas, visto que tem a promessa da vida agora e daquela que há de vir.” Isto significa caminhar pela estrada estreita e difícil da autodisciplina, mas a paz mental e o contentamento acompanham-na agora, e o fim dela é a vida eterna. — 1 Tim. 4:8; Mat. 7:13, 14.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1981 | 1.° de fevereiro
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Perguntas dos Leitores
● Quando um amigo meu tornou-se cristão, sua esposa se divorciou dele e nega-se até mesmo a vê-lo. Embora ele se desse conta, à base da Bíblia, de que não estava livre para se casar de novo, passou a namorar alguém. O que indica a Bíblia sobre tal namoro, e como posso ajudá-lo da melhor maneira?
É lamentável que a esposa dele, por um divórcio injustificável, o expusesse a solidão e à tentação. Ainda assim, enquanto ele não estiver biblicamente livre para se casar de novo, seu namoro é errado e perigoso. Precisa de ajuda bondosa, mas firme, que em parte talvez possa dar-lhe.
Hoje em dia, concedem-se divórcios legais por muitos motivos. Aos olhos dos governos, uma vez que tal divórcio se torna definitivo, as duas pessoas são novamente “solteiras”. Mas a Palavra de Deus apresenta um conceito diferente. Jesus disse: “Todo aquele que se divorciar de sua esposa, exceto em razão de fornicação [porneia, grave imoralidade sexual], e se casar com outra, comete adultério.” (Mat. 19:9) Portanto, quando um governo concede um divórcio legal sem haver base bíblica para ele, e não tendo havido imoralidade desde então, Deus ainda considera os dois como marido e mulher.
Este conhecimento ajuda os cristãos a reconhecerem como alguém que não está biblicamente livre para se casar de novo deve comportar-se. Devem agir como fariam se ele e ela ainda estivessem casados e vivessem com o cônjuge. Embora Provérbios 5:15-21 se refira especificamente às relações maritais, o texto torna claro que o homem casado não deve buscar interesses românticos em outra mulher: ‘Seja fiel à sua própria esposa e dê seu amor somente a ela. Seja feliz com sua esposa e sinta alegria na moça com quem se casou. Deixe que os encantos dela o mantenham feliz; deixe que o rodeie com seu amor. Por que deveria dar seu amor a outra? O Senhor vê tudo o que você faz.’ (Good News Bible) Sim, a pessoa que aos olhos de Deus está casada deve evitar
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